COLEÇÃO VOZES: PROCESSOS CRIATIVOS SOB A PERSPECTIVA DO ATIVISMO ANTIRACISTA

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COLEÇÃO VOZES: PROCESSOS CRIATIVOS SOB A PERSPECTIVA DO ATIVISMO ANTIRACISTA Lima, Caroline Barreto de.1 Mestre, Universidade Federal da Bahia, [email protected] Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM – UFBA

Este trabalho visa a elaboração de uma reflexão teórico-prática e crítica dos resultados construídos por meio do Projeto de Circulação Internacional da ‘Coleção VOZES: Moda e Ancestralidades’ de minha autoria como designer de moda, militante feminista, antiracista e acadêmica. A criação desse texto visa registrar brevemente as etapas do Projeto VOZES desde a criação, às fases de confecção e processo criativo colaborativo com estudantes de moda e artes visuais, as interlocuções com as comunidades Quilombolas do Recôncavo Baiano e as ações de difusão e circulação internacional. O debate acontece sob a perspectiva da discussão sobre Racismo, provocando uma reflexão acerca da importância da moda na contribuição à desconstrução dessas assimetrias sociais. Palavras chave: Design de Moda; Cultura, Racismo; Feminismos.

O projeto de Circulação Internacional da ‘Coleção Vozes: Moda e ancestralidades’ está pautado no compartilhamento de saberes e também de experiências moderada na produção horizontal no âmbito da criação em moda, música, audiovisual e na confecção de têxtil e vestuário, pensando o campo das artes também como ativismo político no enfrentamento aos processos de subordinação e opressão bem como nos processos de invisibilização de outras vozes e paisagens culturais na esfera criativa, intentando produzir resultados que possam fazer ecoar identidades de fronteira e referências de comunidades ainda vulneráveis na Bahia. A coleção Vozes apresentada na Black Fashion Week Paris em 2015, evoca um debate sobre pós-colonialidade e

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Designer de moda, Docente do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo - DEGF – UFBA. Pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM. Doutoranda no Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, sob orientação da Profa. Dra. Renata Pitombo Cidreira.

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questiona: O que significa ser fruto de um país que foi colonizado? Que marcas de identidade podem ser interpretadas como subalternidade ou resistência? E por tratar sobre os processos de colonização no Brasil, foi elaborada a partir de oficinas e laboratórios criativos com estudantes de Design de Moda e Artes Visuais, a partir de resíduos e retalhos de tecido africano, outras bases de algodão e têxteis sintéticos, como meio para a construção de tecidos exclusivos e modelagem inovadora. A fase atual da pesquisa consiste em registro e reflexão teórico-prática e crítica acerca das etapas e significados que compõem o Projeto de Circulação Internacional da ‘Coleção VOZES: Moda e Ancestralidades’, que ainda está em andamento. A elaboração do projeto VOZES se iniciou em fevereiro de 2015 assim passamos às fases de confecção e processo criativo colaborativo com estudantes de moda e artes visuais no período entre julho a novembro de 2015, as interlocuções com as comunidades Quilombolas de Santiago do Iguape, São Francisco do Paraguaçu, Engenho da Ponte e Quilombo Tabuleiro da Vitória, situadas em Cachoeira – BA em outubro de 2015, e as ações de difusão e circulação internacional com o desfile na Black Fashion Week Paris em dezembro de 2015, em fevereiro de 2016 como convidada a representar o Brasil dentre 07 criadores da Diáspora Africana na exposição Water Carry Me Go no Royal Ontario Museum e no Harbourfront Center em Toronto – CA, em março de 2016 exposições e Artist Talks em duas galerias de arte em Chicago – IL – EUA. Em outubro de 2016 representando o País na 2ª edição do Mercado de Indústrias Culturais dos Países do Sul (Micsul), compondo o catálogo oficial do evento em Bogotá, Colômbia. Essa circulação internacional abarca também as apresentações dos resultados do projeto nas comunidades quilombolas supracitadas em maio de 2016 e o lançamento em Salvador do Edudoc ‘Moda.Devir’ (das criações de Carol Barreto), dirigido por Claudio Manoel Duarte, em 2

julho de 2016 na Saladearte Cinema do Museu em Salvador-BA, com apresentação em Maceió – AL em outubro de 2016 e exibições agendadas em outros países como Alemanha e Angola. Os resultados e desdobramentos construídos nesse intercâmbio contribuiram a uma análise das relações de poder estabelecidas no campo das artes, modificando tais estruturas uma vez que uma mulher negra baiana foi protagonista de espaços de circulação de trabalhos artísticos usualmente excludentes para a população negra brasileira. Tais ações contribuem no sentido de ampliar o alcance do debate racial para o campo da moda e das artes, pensando sobre o campo vestimentar e da construção da aparência com locus de relações de poder, contribuindo assim para

a elaboração de estratégias de

enfrentamento do racismo, etnocídio e da misoginia que ainda hoje se fazem presentes no campo da cultura. Da minha trajetória individual e profissional aos enfrentamentos no âmbito prático do universo da moda, vejo materializarem-se as estratégias de invisibilização que a estrutura racista da sociedade brasileira e baiana continuam a produzir. Como designer de moda, segundo análises de registros midiáticos, fui a primeira mulher negra brasileira e que debate as relações étnico-raciais e de gênero como tema nas coleções, assumindo a perspectiva feminista e anti-racista nas criações, a alcançar visibilidade internacional. Não obstante, são pouquíssimos os convites para apresentação ou exposição das coleções no Brasil. Como criadora de moda autoral, me inspiro a continuar trabalhando num universo limitado e excludente, pela possibilidade de expressar por meio da moda interpretações sobre Brasilidade sob a perspectiva do meu pertencimento, materializando e construindo por meio da visualidade da roupa e dos processos criativos e produtivos envolvidos, o desafio de expressar as referências culturais de um país com dimensões 3

continentais, descentralizando essas mesmas representações - geralmente pautadas em padrões hegemônicos. Nesse projeto, a postura contra hegemônica se constitui antes da passarela ou da elaboração da imagem de moda, constituindo um compartilhamento também de experiências pautada na produção horizontalizada no que tange à compreensão da possibilidade de que a produção de uma coleção para um desfile possa fazer ecoar identidades de fronteira ou referências de comunidades ainda vulneráveis no Brasil. Por esse motivo as imagens de divulgação da Coleção Vozes foram feitas na região de antigos quilombos em Cachoeira-BA, local de refúgio e resistência de descendentes de africanos escravizados na colônia brasileira, onde hoje podem ser encontradas diversas manifestações culturais e artísticas de resistência. Assim, podemos ao mesmo tempo pensar o campo da moda como linguagem que se pretende universal, estereotipando grupos humanos com características e valores estéticos específicos, assim como também um campo de luta política. A simulação da neutralidade e da universalização é estratégica e está comumente pautada na idéia de perpetuação do cânone europeu em detrimento às demandas e questões políticas da diversidade da população brasileira nas nossas lutas descoloniais. Por isso permeio o meu trabalho de motivações para expansão de uma nova prática em design de moda e na diversidade de referências envolvidas na criação dessas imagens que influenciam milhares de pessoas que geralmente não se vêem representadas nas passarelas e editoriais de moda. Desse modo, tenho apresentado coleções que trazem fazeres artesanais populares caraterísticos da região do Recôncavo da Bahia e outros têxteis artesanais nordestinos, envolvendo as pessoas que os constroem, adotando materiais e técnicas que marcaram as estratégias de transcendência da condição de permanente sofrimento e 4

violência no período de escravização e que até hoje são tidas como motivo de agrupamento de mulheres trabalhadoras, lavadeiras, marisqueiras e etc, como os bordados e a rendas. Criações vistas como menores por suas marcas de identidade nãohegemônicas, produzidas majoritariamente por mulheres negras, pobres, de zona rural, adultas e idosas, mães, chefas de família e com baixa escolaridade. Do mesmo modo em que muitas coleções anteriores trazem à tona um debate sobre brasilidade e ancestralidades africanas. Nesse âmbito, pretendo por meio da pesquisa acadêmica, contribuir a uma reflexão acerca da centralidade da moda e da aparência nos processos de autoreconhecimento e empoderamento de mulheres negras; elaborando uma provocação no que se refere às possíveis interlocuções entre forma e conteúdo, propondo se pensar numa prática e numa escrita ativistas que façam ecoar vozes subalternizadas numa proposta descolonial, tanto de nossas experiências, produção de conhecimento como de práticas acadêmicas e artísticas. Daqui em diante se faz necessário um debate sobre as relações entre moda, aparência, Raça e racismo, campo ainda incipiente no Brasil, tanto na esfera acadêmica quanto no cotidiano das pessoas, onde a discussão é ainda mais invisisibilizada pelo “mito da democracia racial” que ainda ocupa o imaginário das pessoas, muitas vezes interferindo em processos de auto reconhecimento. Portanto, se faz útil a conceituação da categoria Raça e dentre diversos (as) autores (as) que trabalharam na definição do termo, Antônio Sérgio Guimarães no texto “Como trabalhar com “raça” em Sociologia”, reconhece Raça como um construção social, estudada por um campo específico da Sociologia ou das Ciências Sociais, que debate as identidades sociais, situdas no campo da cultura e também da cultura simbólica – que aqui muito me interessa para a análise 5

proposta – e construindo portanto na base do discurso e das narrativas sobre origem, como explica: As sociedades humanas constroem discursos sobre suas origens e sobre a transmissão de essências entre gerações. Esse é o terreno próprio às identidades sociais e o seu estudo trata desses discursos sobre origem. Usando essa idéia, podemos dizer o seguinte: certos discursos falam de essências que são basicamente traços fisionômicos e qualidades morais e intelectuais; só nesse campo a idéia de raça faz sentido. O que são raças para a sociologia, portanto? São discursos sobre as origens de um grupo, que usam termos que remetem à transmissão de traços fisionômicos, qualidades morais, intelectuais, psicológicas, etc., pelo sangue (conceito fundamental para entender raças e certas essências). (GUIMARÃES, p. 96, 2003)

Compreendedo a Aparência como discurso, e os traços fisionômicos como cita o autor como índice ou símbolo de aspectos morais, intelectuais dentre outros a partir da produção da noção de essência X aparência (CIDREIRA, 2005, p. 17), o fato de estar inteiramente visível não nos dá necessariamente a possibilidade de manipulação acerca da interpretação sobre a nossa aparência como aspecto simbólico da nossa origem, limitando, mas não eliminando as possibilidades de manipulação uma vez que, no caso de pessoas negras, ainda não reconfiguramos as memórias de subalternidade elaboradas a partir do passado e do presente ainda escravista e assimétrico, como declara Marcelo Paixâo no artigo “Das relações raciais no Brasil: Entre a emergência de um novo tempo e a persistência do modelo autoritário”: Em geral costuma-se associar as assimetrias de cor ou raça no Brasil ao distante passado escravista. De fato, nosso país abriga um triste legado em seu período colonial e imperial; indelevelmente maculado pelo signo do regime servil. Tal como dizia Joaquim Nabuco no seu célebre O Abolicionismo, a escravidão — e seus amplos efeitos econômicos, sociais, políticos e culturais — era a marca por excelência da identidade nacional. Talvez ainda o seja. (PAIXÃO, p. 17, 2015)

A marca desses efeitos econômicos, sociais, políticos e culturais como traço de brasilidade, inclusive pode ser facilmente percebida no campo das representações imagéticas locais, especialmente nas narrativas televisivas por meio das novelas, da ausência de negros e negras como âncoras de jornais e demais programas de TV e no 6

contexto da Moda as assimetrias são bem perceptíveis. Um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2009 entre a São Paulo Fashion Week e o Ministério Público do Estado de São Paulo, que sugeriu às grifes que pelo menos 10% dos modelos nos desfiles da temporada sejam negros, acordo estabelecido entre o MPS (Ministério da Previdência Social) com a empresa Luminosidade, responsável pela organização do SPFW e Fashion Rio e estabelecia que 10% das modelos de cada desfile precisariam ser, necessariamente, negras ou de descendência indígena, e caso alguma marca não cumprisse o acordo a organização estaria sujeita a uma multa de 250 mil reais, mas esse TAC teve a duração de apenas dois anos, terminando em 2011. Nesse período foram escritas muitas matérias jornalísticas sobre o assunto e hoje, numa rápida pesquisa via internet, poderemos colecionar as reações destas jornalistas e demais profissionais da área com indescritíveis posicionamento racistas. Na Bahia também, mesmo que sejamos maioria numérica da população, as modelos negras trabalham pouco e compõem a cota obrigatória na moda e na publicidade. Especialmente, sendo um estado composto por um recorte significativo de africanos capturados no período da colonização, podemos reconhecer na estética da cultura, um dos traços que contribui para diagnosticar os efeitos da segregação racial analisando como foi efetiva a manutenção de um legado cultural riquíssimo, como o candomblé, a capoeira, o samba de roda, o maculelê, a música e outros ritos tradicionais e festas populares que não se encontram em qualquer outro lugar fora do Brasil: ‘O Brasil foi a nação que mais importou africanos sequestrados em seu continente ancestral entre os séculos XVI e XIX. País sempre marcado por suas transições lentas e graduais, igualmente foi o último a acabar com o regime servil no Hemisfério Americano, em 1888, dois anos depois de Cuba.’ (PAIXÃO, p.13, 2015). Este grande quantitavo é inversamente proporcional à

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condição de minoria em representatividade que as pessoas negras ocupam nos mais diversos setores da sociedade brasileira. Assim, busco também questionar qual o papel das artes, do design e de demais produções da nossa cultura material nos processos de auto-reconhecimento da população negra. A compreensão da relação entre imagem e autoestima nos processos de autoreconhecimento é tema de interesse de muitas (os) ativistas e acadêmicas (os) da área de estudos sobre Relações Raciais no Brasil e nos Estados Unidos. Essa radicalização cognitiva para criar novas condições para formação de uma diferente gramática para conceituar, refletir informar a existência negra como uma existência política, se faz de grande importância para a desconstrução e reconstrução da imagem das pessoas negras no Brasil. Tal atitude só se torna possível a partir de uma leitura crítica das formas de produção de conhecimento, arte e política que nos são ofertadas e passíveis de reforçar a branquitude como modelo e prática que se instala desde a colonização. No artigo ‘Etnografias do Brau: Corpo, Masculinidade e Raça na Reafricanização em Salvador.’ Osmundo Pinho (2005) apresenta uma interessante reflexão acerca das interseccionalidades (CRESHAW, 2000) entre raça, gênero, classe social ao trazer uma reflexão sobre o ‘brau’ como uma forma de representação e de reinvenção de identidade, fruto também de um processo de reafricanização da cidade de Salvador, como uma forma de guerra e resistência da população negra local que recupera e reinterpreta os signos de Àfrica reinventando também as identidades negras nas aparências, percebendo o corpo como locus de disputa e representação de referências estéticas dissonantes da hegemonia. Pensando a construção da imagem e performance do corpo como registro da relação entre pessoa e sociedade, num fluxo entrecortado por relações de raciais, de gênero, de sexualidades e demais marcadores sociais de diferença, o autor elabora um 8

entendimento sofisticado sobre a centralidade do corpo e consequentemente da aparência como uma fronteira de si, frente aos padrões impostos socialmente, de maneira intersubjetiva e interelacional, desconstruindo a idéia de sociedade como entidade autônoma, pensando o indivíduo como invenção da cultura, mas no entanto afirma que no caso específico do corpo negro, este só poderia ser analisado como um “objeto” cultural se interpretado a partir do campo das batalhas discursivas e nesse aspecto podemos compreender a potencial da linguagem da aparência como maneira de reinventar-se, ressignificar os estigmas impostos sobre si mesmos: Meu argumento para esse aspecto, é preciso dizê-lo claramente, é de que as formas de alteração visual, de manipulação da aparência e de reversão de estigma são formas políticas de inscrição da visualidade afrodescendente no ‘corpo’ da cidade, subvertendo a paisagem e reinventando os lugares como espaços públicos para o contra- público negro incipiente em Salvador. Identidades sociais reafricanizadas, nesse sentido, seriam formadas não contra o pano de fundo da paisagem e das culturas urbanas, mas nesses complexos arranjos interconectivos de paisagem, corpo e discurso. O gesto negro, fixado como uma re-presentação, é marca da constituição do indivíduo afrodescendente sob os constrangimentos sociais que constituíram o ambiente integral do racismo e da divisão racial do trabalho, repetido como forma alienada de viver a cultura. A reafricanização tem dado nova inflexão às formas tradicionais de intervenção crítica afrodescendente, assim como para a tradição contracultural da diáspora. O gesto negro como ato subversivo, encarnado na performance do brau, revela o corpo negro como um não-ser, uma fronteira variável e em disputa. (PINHO, p.141, 2005)

Esse modo de inscrição do corpo numa cidade segregada racialmente como Salvador, carrega em si uma potência controlada uma vez que as regras de conduta social, de performance estética e de visualidade no que tange à aparência, são regulados exclusivamente sob a égide da branquitude, situando a aparência de negritude como característica somente dos espaços de serviço e do entretenimento subalternizados. Nesse interim, para o autor, o corpo negro seria um elemento disputado e mediado pelas representações e estereótipos, muito embora reconheça que as imagens são potentes tanto para definir expressões de autoridade quanto de subalternidade, portanto os deslocamentos de fronteira e perturbações de sentido são possíveis. 9

Assim podemos pensar que além da naturalização da ausência de diversidade étnico-racial, de geração, de acessibilidade, de silhueta e outros marcadores sociais de diferença, são diversos os padrões excludentes que no cenário profissional brasileiro que tornaram reconhecíveis a linguagem do desfile de moda. No Brasil, a passarela ainda espelha um país branco, de olhos azuis e mesmo estando na Bahia, essa característica dos eventos de moda permanece. Observo que a participação de profissionais negras, quando não são modelos, está majoritariamente atrelada a funções vistas como subalternas como a organização de camarim, passadeiras, costureiras, cortadeiras e etc. No meu trabalho como criadora de moda autoral, mesmo com a necessidade de atender minimamente ao certos modelos e padrões de apresentação das criações de moda, intento construir uma mudança em termos de ação, processo e performance na produção das coleções, o que se materializa na minha trajetória e por meio das identidades das artistas colaboradoras que se conectam com os ativismos presentes, pois nossas criações estão pautadas em processos criativos que visibilizem visualidades e sonoridades lidas como inferiores por conta dos sujeitos que as constituem, elaborando um olhar inovador nesse campo pela expressividade de número e de atuação de mulheres negras e de referências da cultura afro-brasileira com as quais trabalhamos.

Referências CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, 2000, pp. 171-188. BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e Branquitude no Brasil. In: Psicologia social do racismo – estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil / Iray Carone, Maria Aparecida Silva Bento (Organizadoras) Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, p. (25-58). CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda (vestuário, comunicação e cultura). São Paulo: Annablume, 2005. 10

GUIMARÃES, Antônio Sérgio A. Como trabalhar com “raça” em Sociologia. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 93-107, jan./jun. 2003. PAIXÂO, Marcelo. Das relações raciais no Brasil: Entre a emergência de um novo tempo e a persistência do modelo autoritário. LasaForum, Spring 2015: volume xlvi: issue 2. PINHO, Osmundo de A. Etnografias do Brau: Corpo, Masculinidade e Raça na Reafricanização em Salvador. In: Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 216, janeiro-abril/2005.

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