Colóquio \"Terramoto de Lisboa - Arqueologia e História\" - breve crónica

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Descrição do Produto

dois suportes... ...duas

revistas diferentes

o mesmo cuidado editorial

revista impressa

Iª Série (1982-1986)

IIª Série (1992-...)

(2005-...)

revista digital em formato pdf

edições

[http://www.almadan.publ.pt] [http://issuu.com/almadan]

EDITORIAL

P

Capa | Luís Barros e Jorge Raposo Pormenor da muralha do Castro de Sabrosa, povoado fortificado com ocupação da Idade do Ferro à Alta Idade Média. Também conhecido por “Castelo dos Mouros”, está classificado como Imóvel de Interesse Público. Fotografia © Município de Sabrosa.

II Série, n.º 20, Janeiro 2016 Propriedade | Centro de Arqueologia de Almada, Apartado 603 EC Pragal, 2801-601 Almada Portugal Tel. / Fax | 212 766 975 E-mail | [email protected] Internet | www.almadan.publ.pt Registo de imprensa | 108998 ISSN | 0871-066X Depósito Legal | 92457/95 Impressão | A Triunfadora, Artes Gráficas Ld.ª

ortugal ocupa um território continental que, há vários milénios, oferece condições para a fixação de comunidades humanas que o vão transformando e adaptando às suas necessidades. Enquanto realidade nacional com perto de 900 anos de História, abrange também territórios insulares onde a expansão marítima conduziu os que navegavam sob a sua bandeira no início do século XV. Fruto dessa longa, intensa e profícua interacção entre o Homem e o Meio, são muitas as marcas que as sucessivas transformações sociais e civilizacionais deixaram no terreno e hoje perduram, enriquecendo e diversificando o Património cultural do país e, nomeadamente, o de natureza arqueológica. Contudo, nem sempre esse Património arqueológico é apreendido e fruído como instrumento de partilha e sociabilização do conhecimento, por ignorância da sua existência e/ou valor, por menosprezo da sua preservação e valorização ou, simplesmente, por falta de condições de acesso e visita. Naturalmente, a fruição deste recurso cultural finito e não renovável pelas gerações do presente implica que estas adoptem um comportamento responsável, individual e colectivo, no sentido de garantir que a sua acção (ou inacção), por incúria, insensibilidade ou, até, intenção delituosa, não implica risco para a natureza, fragilidade e/ou estado de conservação de bens que devem ser transmitidos às gerações futuras. É um equilíbrio difícil, cuja discussão técnica e política tem alimentado fóruns e debates científicos e culturais dentro e fora das nossas fronteiras (mais fora do que dentro, diga-se), principalmente quando aumenta a importância do turismo cultural e ambiental no contexto de modelos de desenvolvimento sustentado de nível local, regional ou mesmo nacional. Enquanto associação que há mais de quatro décadas procura promover o Património arqueológico, o Centro de Arqueologia de Almada encara a questão numa perspectiva optimista e confiante na maturidade dos cidadãos e cidadãs e, por outro lado, responsabilizante dos poderes públicos e privados. Por isso, esta Al-Madan impressa reedita uma iniciativa pela primeira vez concretizada em 2001, com uma nova abordagem à temática dos sítios arqueológicos portugueses visitáveis. Com base num inquérito promovido a nível nacional, são 500 propostas de visita, listadas e sumariamente descritas nestas páginas, mas também traduzidas numa aplicação online que será posteriormente complementada e actualizada com novas fontes e em resultado da interacção com os futuros visitantes. Tendo por ponto de partida esta edição, é um serviço público doravante disponibilizado através do sítio web da Al-Madan (www.almadan.publ.pt). Encontrará ainda outros assuntos de interesse nesta Al-Madan impressa, sem esquecer que, à semelhança dos últimos anos, ela é acompanhada de mais um tomo da Al-Madan Online, revista digital com conteúdos distintos em distribuição gratuita e generalizada através da Internet (ver www.almadan.publ.pt ou https://issuu.com/almadan). Como sempre, votos de boa leitura...

Publicidade | Elisabete Gonçalves

Jorge Raposo

Distribuição | Centro de Arqueologia de Almada Tiragem | 500 exemplares Patrocínio | Câmara M. de Almada

Redacção | Vanessa Dias, Ana L. Duarte, Elisabete Gonçalves e Francisco Silva

Parceria | ArqueoHoje - Conservação e Restauro do Património Monumental, Ld.ª

Resumos | Jorge Raposo (português), Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabel dos Santos (francês)

Apoio | Neoépica, Ld.ª

Modelo gráfico, tratamento de imagem e paginação electrónica | Jorge Raposo

Director | Jorge Raposo ([email protected])

Revisão | Vanessa Dias, Graziela Duarte, Fernanda Lourenço e Sónia Tchissole

Periodicidade | Anual

Conselho Científico | Amílcar Guerra, António Nabais, Luís Raposo, Carlos Marques da Silva e Carlos Tavares da Silva

Colunistas | Amílcar Guerra, Víctor Mestre, Luís Raposo e António Manuel Silva

Colaboram neste número | Maria J. Almeida, ArqueoHoje, Luísa Batalha, Carlos Boavida, Jacinta Bugalhão, Ana Caessa, Guilherme Cardoso, João L. Cardoso, Tânia M. Casimiro, Helena Catarino, Sandra Cavaco, Catarina Coelho, Jaquelina Covaneiro, Ana L. Duarte, Isabel C. Fernandes, Lídia Fernandes, José S. Ferreira, Vanessa Filipe, Ana S. Gomes, Mário V. Gomes, Susana Gómez, Maria J. Gonçalves, Alexandra Gradim, Amílcar Guerra, Florian Hermann, Isabel Inácio, Marco Liberato, Jorge Lopes, Víctor Mestre, Joana S.

Monteiro, Nuno Mota, Nuno Neto, Cristina Nozes, João Pimenta, Eduardo Porfírio, Jorge Raposo, Luís Raposo, Paulo Rebelo, Ricardo Ribeiro, Miguel Rocha, Constança Santos, Raquel Santos, Miguel Serra, António M. Silva, Armando C. F. Silva, Francisco Silva, Rodrigo B. Silva, Sofia Silva, Maria J. Sousa e Félix Teichner Os conteúdos editoriais da Al-Madan não seguem o Acordo Ortográfico de 1990. No entanto, a revista respeita a vontade dos autores, incluindo nas suas páginas tanto artigos que partilham a opção do editor como aqueles que aplicam o dito Acordo.

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ÍNDICE EDITORIAL CURTAS

ESTUDOS

...3

...6

CRÓNICAS

DE …

PRÉ-HISTÓRIA ANTIGA | Luís Raposo ...8

ARQUEOLOGIA CLÁSSICA | Amílcar Guerra ...12 ARQUEOLOGIA PORTUGUESA | António Manuel S. P. Silva ...15 PATRIMÓNIO | Victor Mestre ...20

ARQUEOLOGIA O Castelo dos Mouros nos Primeiros Séculos do I Milénio a.C. | Rodrigo Banha da Silva e Maria João de Sousa ...22 O Balneário Castrejo do Castro de Eiras / Aboim das Choças (Arcos de Valdevez): notícia do achado e ensaio interpretativo | Armando Coelho Ferreira da Silva e José da Silva Ferreira ...27

ARQUEOCIÊNCIAS “Radiografar” o Terreno Para Melhor o Gerir: o exemplo das prospeções geofísicas realizadas em sítios arqueológicos de Alcoutim (resultados preliminares) | Alexandra Gradim, Félix Teichner e Florian Hermann ...35

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II SÉRIE (20)

JANEIRO 2016

Em Torno das Cerâmicas de Armazenamento: as talhas (al-hawâbî) no Gharb al-Andalus | Marco Liberato, Jacinta Bugalhão, Helena Catarino, Sandra Cavaco, Jaquelina Covaneiro, Isabel Cristina Fernandes, Susana Gómez, Maria José Gonçalves, Isabel Inácio, Constança dos Santos, Catarina Coelho e Ana Sofia Gomes ...41 OPINIÃO Sincronismos, Contemporaneidades, Verosimilhanças... e Paradigmas Dominantes | Luís Raposo ...53

Os Sítios, os Pontos e o Mapa Deles | Maria José de Almeida ...62

HISTÓRIA DA A RQUEOLOGIA PORTUGUESA Henri Breuil e a Arqueologia Portuguesa: primórdios de uma longa actuação | João Luís Cardoso ...197 PATRIMÓNIO Arte-Xávega na Costa da Caparica. Património Cultural Imaterial: uma proposta de inventariação | Francisco Silva ...204

dossiê

SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS PORTUGUESES REVISITADOS 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável Jorge Raposo ...70

NOTICIÁRIO ARQUEOLÓGICO

EVENTOS

ArqueoHoje, Conservação e Restauro do Património Monumental | ArqueoHoje ...211

Congresso de Humanidades Digitais em Portugal: construir pontes e quebrar barreiras na era digital | Maria José de Almeida ...225

Neoépica, Ld.ª 2005-2015: balanço de dez anos de intervenção arqueológica | Nuno Neto, Paulo Rebelo e Raquel Santos ...214

Colóquio “Terramoto de Lisboa: Arqueologia e História” - breve crónica | Mário Varela Gomes, Tânia Manuel Casimiro e Carlos Boavida ...227

Projeto Arqueológico do Outeiro do Circo (Beja): campanha de 2015 | Miguel Serra, Eduardo Porfírio e Sofia Silva ...216 Novas Descobertas no Criptopórtico Romano de Lisboa: Rua da Conceição, 75-77 (primeira fase) | Ana Caessa, Cristina Nozes e Nuno Mota ...220 Silos Medievais de Vila Verde dos Francos | Guilherme Cardoso e Luísa Batalha ...221 Vantajosas Cautelas (2): a defesa de elefante recolhida no mar ao largo do Cabo Sardão e a sua cronologia | João Luís Cardoso ...222 Um Complexo Termal Romano na Rua da Adiça (Lisboa) | Vanessa Filipe e Raquel Santos ...224

NOTÍCIAS Museu de Lisboa -Teatro Romano: um renovado equipamento dedicado à História da cidade de Lisboa | Lídia Fernandes e Joana Sousa Monteiro ...229 Centro de Estudos Arqueológicos de Vila Franca de Xira (CEAX): apresentação de um novo equipamento cultural | João Pimenta ...231 LIVROS

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RECORTES

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Colóquio “Terramoto de Lisboa: Arqueologia e História” breve crónica Mário Varela Gomes, Tânia Manuel Casimiro e Carlos Boavida [Comissão de Estudos Olisiponenses / Associação dos Arqueólogos Portugueses] Por opção dos autores, o texto não segue as regras do Acordo Ortográfico de 1990.

FIG. 1

os dias 30 e 31 de Outubro de 2015, teve lugar no Museu Arqueológico do Carmo o colóquio subordinado ao tema “Terramoto de Lisboa: Arqueologia e História”. A iniciativa partiu da Comissão de Estudos Olisiponenses, em colaboração com a Secção de História, ambas da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP). Contou aquele evento ainda com o apoio do Instituto de Arqueologia e Paleociências e do Instituto de História Contemporânea, dois centros de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, assim como da empresa Lisboa Autêntica. Além assinalar os 260 anos do Terramoto de 1755, foi objectivo do encontro dar a conhecer contextos arqueológicos e informações históricas e documentais relativas a tal cataclismo que, embora conhecido como o Terramoto de Lisboa, não afectou exclusivamente esta cidade. Na sessão de abertura, presidida pelo Dr. José Morais Arnaud, presidente da Direcção da AAP, intervieram a Dr.ª Teresa Marques e o Prof. Dr. Mário Varela Gomes, respectivamente em representação da Secção de História e da Comissão de Estudos Olisiponenses. O último fez uma pequena resenha histórica sobre aquele acontecimento e as suas consequências na evolução da cidade e do país, destacando igualmente os “abalos” sociais e económicos, mas também ao nível das mentalidades e a forma como o Pensamento da Época interpretou a catástrofe. As comunicações organizaram-se em dois grandes temas: “Visões, Relatos e Consequências” e “Sítios e Evidências”. Se em ambos os casos se abordou o tema do ponto de vista histórico, realçando os acontecimentos daqueles dias de meados do século XVIII, no segundo foram analisados diversos locais, em Lisboa, mas também noutros sítios que, de algum modo foram afectados pelo sismo. Além de terem sido apresentados estudos sobre

FIG. 2 − Vários aspectos dos trabalhos.

documentação contemporânea que relata os acontecimentos ocorridos na cidade de Lisboa naqueles dias, também se abordou a forma como as autoridades lisboetas de então reagiram do ponto de vista da assistência e do apoio às populações. A reconstrução da cidade foi igualmente abordada, nomeadamente no que diz respeito à ocupação de espaços até aí periurbanos, mas também dos locais onde durante essa reconstrução foram descobertos alguns edifícios históricos do passado da cidade (em particular o Teatro Romano e as Termas ditas dos Cássios). Os trabalhos da primeira sessão terminaram com a apresentação de um conjunto de painéis de azulejos, onde se destaca exemplar que mostra vista do Terreiro do Paço em momento anterior ao Terramoto. No segundo dia do colóquio, teve lugar a sessão dedicada ao tema “Sítios e Evidências”. Os trabalhos fixaram-se principalmente em torno da cidade de Lisboa, tendo sido abordada a área da Baixa e a sua evolução antes e após o sismo, mas também arqueossítios e edifícios da capital onde foram encontradas evidências da catástrofe ou de que há registos histórico-documentais de que foram afectados por aquela. Destacam-se, entre outros, o Ce-

leiro da Mitra, o Castelo de São Jorge, o Aqueduto das Águas Livres, a Igreja do Carmo e o Palácio dos Duques de Cadaval. Foi também dado a conhecer edifício de construção anterior ao sismo, que lhe sobreviveu graças ao facto de na sua construção, ocorrida na década anterior, terem sido aplicadas técnicas construtivas que depois foram implementadas na reconstrução da cidade, em particular, a designada “gaiola pombalina”. Embora já publicado em diversos locais, uma vez mais, pela sua importância, foram divulgados publicamente os achados ocorridos no local do novo edifício do Museu Nacional dos Coches, onde se identificaram vestígios do tsunami que atingiu a zona, então nos arredores de Lisboa (RAMOS-PEREIRA, ARAÚJO-GOMES e TRINDADE, 2014). Visto que os danos provocados pela catástrofe não se limitaram a Lisboa, foram igualmente apresentados dados sobre as consequências daquela na vila piscatória de Peniche e na cidade galega de Lugo. Tanto num caso como no outro, os dados apresentados são extremamente relevantes, visto que os estragos provocados pelo sismo em ambos os locais eram praticamente desconhecidos tanto dos investigadores como do público.

FOTO: Carlos Boavida.

N

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EVENTOS FIGS. 3 E 4 − Vários aspectos dos trabalhos.

A grande novidade deste encontro de dois dias passou, não apenas pela apresentação de novos dados e interpretações sobre as consequências do Terramoto, mas sobretudo pela consciencialização e consolidação do conceito de “Arqueologia do Terramoto” transversal a todas as comunicações. Mais do que uma Arqueologia sísmica, trata-se de concepção teórica que engloba os vestígios materiais e documentais referentes ao Terramoto de 1755 e a forma como marcaram o quotidiano dos portugueses desde então. Os trabalhos foram encerrados com a exibição do documentário “A Ira de Deus”, episódio da série Catástrofes Extraordinárias, produzida pelo Smithsonian Channel, em parte gravada no espaço do actual Museu Arqueológico do Carmo. No dia 7 de Novembro teve lugar a visita “Lisboa do Terramoto”, passeio pedestre realizado com o apoio da Lisboa Autêntica, no qual participaram três dezenas de pessoas. Inicialmente previsto para dia 1 de Novembro, o passeio teve que ser adiado devido às condições meteorológicas adversas que se verificaram naquela data. Programa

“A Tripla Catástrofe contada ao Papa. Contributo da correspondência entre Portugal e a Santa Sé para o conhecimento dos factos ocorridos em Lisboa” (Carlos Boavida – IAP/FCSH/NOVA; AAP); “O Terremoto de 1755 a partir do Códice 132 do Arquivo do Mosteiro de São Bento da Bahia” (Rafael Marques Ferreira Barbosa Magalhães e Alícia Duhá Lose – Univ. Federal da Bahia); “Após a catástrofe: a gestão da emergência e socorro no terramoto de 1755” (Amélia Ferreira – UCP; Unidade Local de Saúde de Matosinhos; Alexandra Esteves – UCP; LAB2PTICS / Universidade do Minho); “A Graça em 1755. O Terramoto como factor de aceleração de urbanização do Cardal da Graça e do Vale de Cavalinhos” (João Castela Cravo – CITAD / Univ. Lusíada); “O outro lado do Terramoto: para uma revisão do ócio e espectáculos na Lisboa romana” (Sara Henriques dos Reis – FL / UL); “Um painel azulejar do Terreiro do Paço antes do Terramoto e outras visões de Lisboa no palácio do Correio-mor, em Loures” (Augusto Moutinho Borges – CLEPUL, Cátedra Infante Dom Henrique Estudos Insulares e Globalização).

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II SÉRIE (20)

JANEIRO 2016

FOTO: Carlos Boavida.

Visões, Relatos e Consequências

Sítios e Evidências “A Baixa de Lisboa antes e depois do Terramoto” (Jacinta Bugalhão – DGPC); “Sinais de um quotidiano que o terramoto de 1755 interrompeu” (Lídia Fernandes – Museu de Lisboa - Teatro Romano / CML); “O terramoto de 1755 no Castelo de S. Jorge“ (Alexandra Gaspar e Ana Gomes – DGPC); “Palácio Lavradio. Edifício pré-Terramoto” (Cor. José Paulo Berger – Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar); “O Aqueduto das Águas Livres e os danos causados pelo Terramoto de 1755” (Bárbara Silva Bruno – EPAL / Museu da Água); “Igreja e Convento do Carmo: 600 anos de dinâmicas sísmicas” (António Marques – CAL / CML; Raquel Santos – Neoépica); “Largo Duque do Cadaval. Evidências de uma catástrofe” (Mariana Almeida e Tânia Casimiro – IAP / FCSH / NOVA, IHC / FCSH / NOVA); “O Terramoto de 1755 em Belém” (Ana Ramos-

-Pereira – IGOT / UL); “O Terramoto de 1755: o caso de Peniche” (Adriano Constantino, Luís Rendeiro, Inês Lourenço e Daniela Andrade – Associação Patrimonium / Centro de Estudos do Património da Região de Peniche); “La huella del Terremoto de Lisboa en la ciudad de Lugo. La crónica de los daños producidos y de las reformas empreendidas” (Ana E. Goy Diz – Univ. Santiago de Compostela / Directora del Centro de Estudios de la Ciudad). Bibliografia RAMOS-PEREIRA, A.; ARAÚJO-GOMES, J. e TRINDADE, J. (2014) – “Vestígios do Tsunami de 1755 na Zona de Belém”. Rossio. Estudos de Lisboa. Lisboa: Gabinete de Estudos Olisiponenses / DMC / / DPC / CML. 3: 102-107.

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