Comportamento de nidificacao de Camponotus sericeiventris: novo stio de ocupacao

July 5, 2017 | Autor: B. Corrêa Barbosa | Categoria: Ecology
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Comportamento de nidificação de Camponotus sericeiventris: novo sítio de ocupação Elisa F. Fernandes (1); Mariana M. Castro

(1);

Bruno C. Barbosa (1); Viviane Z. Rodrigues (1); Fabio Prezoto (1)

(1) Laboratório de Ecologia Comportamental (LABEC), Universidade Federal de Juiz de Fora, 36036-900 Juiz de Fora, MG, Brasil. Apoio Financeiro: FAPEMIG

INTRODUÇÃO A formiga Camponotus sericeiventris forma colônias bastante populosas e possui hábito de nidificação arborícola, em árvores de grande porte vivas ou mortas, preferencialmente em madeira morta ou de constituição macia, a qual facilita a construção e manutenção do ninho. Esta espécie vem sendo relatada em ambientes urbanos, com formação de grandes colônias ativas e bem-sucedidas.

Assim, o objetivo deste trabalho, foi de descrever o comportamento atípico de nidificação de Camponotus sericeiventris em ambiente urbano.

MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi desenvolvido no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira.

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Figura 1: A - Orifício de entrada para entrada/saída de indivíduos da colônia no solo. B - Local onde se encontrava o ninho.

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As observações foram realizadas em uma colônia de Camponotus sericeiventris em junho de 2012 e junho de 2013. A colônia se encontrava na borda de um fragmento de mata, localizada em uma área subterrânea, abaixo de placas de cimento com aproximadamente 2m x 5m de dimensão (Figura 1A).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Com auxílio de uma ferramenta para remoção das placas de cimento, foi encontrado um orifício ativo de entrada/saída dos indivíduos (Figura 1B). O ninho estava instalado entre as raízes de uma árvore próxima, logo abaixo das placas de cimento, e a terra do local foi removida ativamente pelas operárias, resultando em uma cavidade compactada (Figura 2A). Foram encontrados indivíduos imaturos (ovos, larvas e pupas) e adultos, inclusive alados, o que comprova que a colônia já estava bem estabelecida no local (Figura 2B, 2C e 2D). Do primeiro registro (em 2012) para o segundo (em 2013), houve mudança de local da prole, com deslocamento para uma área mais protegida, mas a atividade dos indivíduos adultos permaneceu também no antigo local

Figura 2: A - Parte da área utilizada para nidificação no solo. B - Adultos transportando ovos e imaturos. C - Parte interna da colônia no solo. D – Forma alada encontrada no colônia

CONCLUSÃO O presente relato atesta a capacidade adaptativa da espécie quanto ao processo de alteração do habitat, ao procurar por novos locais de nidificação e assim suprir as necessidades da colônia. Essa flexibilidade comportamental parece favorecer o estabelecimento dessas colônias em ambientes urbanos.

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