Comunicação apresentada no V Congresso da ASPESM, Braga, 2014 EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DO CINEMA Arte cinematográfica e saúde mental – um outro olhar

July 25, 2017 | Autor: Ana Monteiro | Categoria: Pedagogy
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Comunicação apresentada no V Congresso da ASPESM, Braga, 2014 EXPERIÊNCIAS

PEDAGÓGICAS

NO

ENSINO

DE

ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DO CINEMA Arte cinematográfica e saúde mental – um outro olhar AUTORES Ana Paula Teixeira de Almeida Vieira Monteiro 1, Manuel Alberto Pereira Pinto2, Amorim Gabriel Santos Rosa3 1.Escola Superior de Enfermagem de Coimbra 2.Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra 3.Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra

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Resumo A visualização de filmes como recurso pedagógico de formação básica em Enfermagem pode ser útil para aprender reflexivamente sobre alguns itens da psicopatologia clássica, analisar a complexidade da interacção entre doentes e terapeutas ou reflectir sobre os contextos culturais e as representações sociais dominantes sobre a doença mental. Este artigo pretende descrever uma experiência de aprendizagem de conteúdos específicos de Psiquiatria e Saúde Mental, desenvolvendo o pensamento crítico e reflexivo em estudantes da licenciatura de Enfermagem nos anos lectivos de 2012/2013 e 2013/2014, a partir da visualização de material cinematográfico. Foi seleccionado material cinematográfico considerado relevante para os objectivos de aprendizagem. A visualização de filmes, conjuntamente com a realização de fichas pedagógicas foi aprofundada em discussões de grupo e aulas teórico-práticas. A estratégia pedagógica revelou-se bastante motivadora para os estudantes, que articularam, de uma forma activa e criativa, os referenciais teóricos e conceptuais em psiquiatria com os referentes identificados nas produções cinematográficas utilizadas. A utilização de arte cinematográfica pode ser um excelente contributo na formação básica em enfermagem de saúde mental. Palavras-chave: Saúde mental; Enfermagem; Cinema; Estratégias pedagógicas Abstract - The use of cinema as a teaching resource can be helpful in understanding the complexity of the interaction between patients and therapists or to reflect on the cultural contexts of mental illness. This paper aimed to describe a pedagogic experience in mental health nursing. Teachers used selected films about

mental health issues and psychiatry as a teaching strategy for students of Nursing, during the academic year 2011/2012 and 2012/2013. The educational process has proven to be highly motivating for students. The use of Cinema can be a great contribution in basic training in mental health nursing. Key words: Mental Health; Nursing; Cinema; Pedagogical strategies.

Introdução O nascimento da linguagem cinematográfica é contemporâneo da afirmação da clínica psiquiátrica moderna e da psicanálise. Talvez por isso, o cinema tem sido um domínio cultural privilegiado de reflexão sobre o sujeito e os seus processos de intersubjectividade. O olhar cinematográfico está também muito próximo do material onírico, da reinterpretação da realidade, da experiência sensorial básica, da autorreflexividade e da emoção estrutural. Também as questões da diferença, do preconceito e estigma, do fascínio amedrontado que perpassa nos discursos sociais sobre “a loucura” e as instituições psiquiátricas, estão presentes nas produções cinematográficas desde o seu início. Muitos dos filmes que versam sobre temas no domínio da psiquiatria ou da psicopatologia não são construídos exclusivamente como objectos estéticos ou reflexivos mas com finalidades estritamente comerciais, explorando e reproduzindo um olhar estigmatizante sobre processos patológicos. No entanto, neste diálogo de fronteiras, a arte cinematográfica tem sido também uma forma de combater o estigma, de afirmar os direitos de pessoas com doença mental e suas famílias, desconstruindo representações socialmente dominantes sobre os processos do adoecer mental e ajudando a um outro olhar de proximidade face ao sofrimento psicológico (Owen, 2007). A literatura reporta numerosas experiências pedagógicas na formação de técnicos de saúde (estudantes de medicina, psiquiatria e enfermagem) baseadas no recurso à visualização de produções cinematográficas sobre a temática da saúde mental (Bhugra, 2003; Hyde & Fife, 2005; Akram, O'Brien, O'Neill & Latham, 2009).

De facto, a visualização de filmes como recurso de formação básica em saúde mental e psiquiatria pode ser útil para aprender alguns itens do exame mental, para compreender as dificuldades de diagnóstico em psiquiatria, para analisar a complexidade da interação entre doentes e terapeutas ou para refletir sobre os contextos culturais e as representações sociais dominantes sobre a doença mental e/ou as instituições psiquiátricas. As experiências na formação básica de enfermeiros utilizando recursos no domínio das artes, nomeadamente cinema, permitem aos estudantes construir competências reflexivas, relacionais e habilidades de pensamento crítico, fundamentais para o seu desenvolvimento pessoal e profissional (Jensen & Curtis, 2008). No entanto, a utilização do cinema em sala de aula não pode ser reduzida a um mero instrumento didáctico-pedagógico para atingir um determinado objectivo de aquisição formal de conhecimentos técnico-científicos. A arte cinematográfica é, na sua essência, uma experiência libertária, desafiadora, a marca de um gesto de criação (Bergala, 2008). Por isso mesmo, a introdução da arte cinematográfica no espaço institucional curricular formal permite a criação de “espaços de respiração estética” (Cohn, 2013) possibilitando uma experiência criativa profundamente pessoal. A arte, para permanecer arte, tem sempre um fermento de anarquia, de escândalo, de desordem, de encontro com a alteridade (Bergala, 2008: 30). Este confronto, enquanto processo de perplexidade existencial, com o seu quê de desafiante e de desorganizador é também o ponto de partida na construção de capacidades de relação de ajuda.

Estratégia de ensino em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria - uma experiência de aprendizagem significativa A unidade curricular de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria do Curso de Licenciatura de Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra desenvolvese a partir de cinco módulos essenciais, num total de 90 horas. O primeiro módulo,

“Conceitos básicos em enfermagem de saúde mental e psiquiatria” diz respeito às conceções da saúde e doença mental. Numa perspectiva integradora, a saúde mental é abordada como parte integrante do conceito de saúde. O tema é desenvolvido tendo em conta as influências culturais, antropológicas e sociais que ao longo dos tempos se podem observar na análise dos processos mentais e do comportamento do Homem. Os módulos dois e três, “Psicopatologia” e “Modalidades terapêuticas/tratamento em cuidados de enfermagem psiquiátricos” preparam o estudante para o reconhecimento das diversas alterações e das necessidades de cuidados de enfermagem do indivíduo. Os módulos quatro e cinco são teórico-prático e prático, respectivamente, proporcionando aprendizagens ao estudante no sentido de adquirir e treinar habilidades comunicacionais e relacionais específicas ao atendimento da Pessoa em situações de crise. As estratégias pedagógicas adoptadas pretenderam desenvolver o pensamento crítico e reflexivo sobre temas eticamente complexos e incentivar a autonomia e criatividade dos estudantes enquanto protagonistas do seu processo de formação (Freire, 1997). Neste contexto, tem especial relevância o desenvolvimento da competência de aprendizagem dos alunos, definida como o conjunto de atitudes, saberes e capacidades necessários para aprender um determinado conteúdo. Esta competência, implícita em expressões como “aprender a aprender”, constitui a base do processo de desenvolvimento das competências académicas e da autonomia dos estudantes no processo de aprendizagem, especialmente relevante no ensino superior (Vieira et al., 2004). Outro objectivo foi o de promover uma aprendizagem significativa tendente a uma mudança no comportamento do indivíduo, na orientação da açcão futura e nas atitudes (Rogers, 1985:253). A visualização de obras cinematográficas tendo como domínio central a área da psiquiatria e da doença mental, instituições psiquiátricas ou relações terapêuticas, envolve profundamente os estudantes. Implica uma reorganização estrutural - não apenas do ponto

de vista sensoriomotor (o filme enquanto experiência estética e sensorial) mas implica todo um processo de questionamento existencial face à complexidade dos mecanismos identificatórios e de manejo emocional relacionados com a visualização directa de imagens ou contextos que tocam as vulnerabilidades do sentir humano. Por outro lado, a partir desta experiência os estudantes podem construir outras competências em contexto relacional. A utilização de conteúdos cinematográficos é uma estratégia pedagógica particularmente interessante em enfermagem de saúde mental porque tem as vantagens das técnicas de role play sem as suas desvantagens, pelo facto de se “estabelecer a maior segregação física possível entre o espectador e o espectáculo” (Morin, 1970: 118). A ausência física dos actores torna impossível qualquer confronto disruptivo entre quem representa e quem se sente representado. Neste processo, o estudante pode estruturar alguns princípios organizadores do pensamento, apreendendo a unidade humana no meio das diversidades individuais e culturais e, simultaneamente, o que é diverso dentro de cada indivíduo (Morin, 2001: 25). Desta forma, a arte cinematográgica pode ser um instrumento para “ensinar o que não é ensinável”, nomeadamente a capacidade de empatia, a compreensão do outro, o entusiamo e paixão no exercício dos cuidados de saúde (Blasco & Moreto, 2012).

Metodologia e procedimentos A visualização de filmes seleccionados sobre temas de saúde mental e psiquiatria foi utilizada como estratégia pedagógica em estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem (3ºano, Turma C), na Unidade curricular Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, durante os anos letivos de 2011/2012 (83 alunos inscritos) e 2012/2013 (73 alunos inscritos). Os filmes e extractos de filmes e documentários foram selecionados tendo em conta a sua qualidade técnica e estética e a pertinência do material cinematográfico relativamente aos conteúdos selecionados.

A visualização de filmes ou extractos de filmes disponíveis online foi enquadrada por uma sistematização teórica prévia sobre a problemática em causa (por exemplo o estigma da doença mental, doenças mentais específicas como a esquizofrenia, comunicação, sintomas psiquiátricos). Além disso, antes da visualização do filme, foi distribuída aos estudantes uma ficha didáctica com os objectivos e guidelines específicos desta actividade, de forma a que a visualização do filme fosse dirigida a aspectos a desenvolver. A utilização deste processo pedagógico decorreu durante aulas teóricas e teórico-práticas. Foram seleccionados os seguintes extractos dos filmes, disponíveis online: “One Flew Over the Cuckoo's Nest” (em português: Voando sobre um Ninho de Cucos) um filme de Miloš Forman (1975), um filme dos mais premiados na história do cinema, galardoado nas principais categorias de Óscares (melhor filme, melhor realizador, melhor actor principal, melhor actriz principal e melhor argumento) e prémios internacionais (AFTA de melhor filme, Golden Globe Award de melhor filme dramático, Globo de Ouro de melhor direção, Globo de Ouro de melhor actriz em filme dramático, BAFTA de melhor actriz, Golden Globe Award de melhor ator em filme dramático). O filme foi utilizado para desenvolver os seguintes conteúdos programáticos: diferentes perspetivas do adoecer mental; história das Ideias em Psiquiatria; modelos de doença mental, institucionalização da doença mental. O enquadramento e contextualização histórica e societal do filme foi realizado tendo em conta as dimensões do movimento de afirmação dos Direitos humanos/ grupos minoritários/ direitos das pessoas com doença mental nos EUA durante a década de setenta, o movimento de desinstitucionalização do doentes mentais e a análise do filme como um manifesto político em sentido lato. Com base no filme foram debatidas algumas “questões de fratura” em psiquiatria: a barreira entre o normal e o psicopatológico, o poder institucional da ciência

psiquiátrica versus o contrapoder da loucura libertária, as fronteiras da autonomia pessoal nos processos de decisão institucional, a crítica à instituição psiquiátrica e à utilização

de

certas

formas

de

intervenção

psicoterapêutica

como

a

electroconvulsivoterapia e a psicocirurgia. “A Beautiful Mind” (em português: Uma Mente Brilhante), um filme de Ron Howard (2001). Galardoado com Óscares (2002) nas categorias de melhor filme (Brian Grazer e Ron Howard), melhor roteiro adaptado (Akiva Goldsman), melhor director (Ron Howard) e melhor Actriz (coadjuvante/secundária) (Jennifer Connelly);vencedor nas categorias de melhor ator em papel principal (Russell Crowe) e melhor Actriz secundária (Jennifer Connelly) - BAFTA 2002; Premiado nas categorias de melhor filme, melhor actuação; (Russell Crowe, Jennifer Connelly) e melhor roteiro – Globos de Ouro 2002. O filme foi utilizado para desenvolver os seguintes conteúdos programáticos: perturbações esquizofrénicas, sinais e sintomas; direitos das pessoas com doença mental grave; impacto da doença mental grave na família; evolução das abordagens terapêuticas em psiquiatria sensibilização para o preconceito e estigma de que são alvo pessoas com doença mental grave.

“As Good as It Gets” (em português: Melhor É Impossível), um filme de James L. Brooks (1997), Vencedor do Óscar 1998 de melhor ator. O filme foi utilizado para desenvolver os seguintes conteúdos programáticos: perturbação obsessivocompulsiva, sinais e sintomas, possibilidades de intervenções terapêuticas nestes casos clínicos.

Foram também utilizados curtos documentários e filmes do Youtube, alguns sugeridos pelos próprios estudantes tendo como objetivo abordar aspetos mais

específicos do conteúdo programáticos, como exame mental, sintomas específicos, comunicação, princípios de relação de ajuda.

A visualização de material cinematográfico constituiu um primeiro momento de aprendizagem orientada, tendo sido realizados alguns comentários contextualizadores ao longo dos filmes projectados, relativamente a aspectos considerados fulcrais. O impacto dos filmes frequentemente provoca nos estudantes emoções e pensamentos contraditórios, questionamentos e perplexidades. Nesta fase pode surgir a tentação, quer da parte da audiência quer da parte dos docentes, para sentir satisfação com as emoções e descobertas que foram surgindo ao longo do filme. Mas de facto, o verdadeiro trabalho começa mal o filme acaba (Blasco & Moreto, 2012:25). A reflexão pós-visualização foi aprofundada em sala de aula com trabalhos de grupo, utilizando fichas didáticas orientadoras. Para cada filme foram formuladas questões para análise reflexiva, seguidos de uma discussão/debate final com todos os alunos. Além destas estratégias, os estudantes foram incentivados a incorporarem experiências pessoais suscitadas pelos filmes, através de um registo escrito sobre as emoções/pensamentos, questões suscitados pela sua visualização ao longo da semana seguinte – um diário de bordo. “O filme trabalha em surdina, a sua onda de choque se propaga-se lentamente” (Bergala, 2008: 61). Esta construção subterrânea de sentidos, muito próxima do trabalho da relação terapêutica, foi proposta como caminho de aprendizagem de competências pessoais fundamentais na área de enfermagem e saúde mental e psiquiatria. Análise de resultados As estratégias pedagógicas utilizadas revelaram-se bastante motivadoras para os estudantes, que articularam, de uma forma ativa e criativa, os referenciais teóricos e

conceptuais com as situações patológicas e desenvolvimentais identificadas nas produções cinematográficas utilizadas. Das actividades e debates de grupo emergiram algumas questões essenciais: a identificação crítica de zonas de fronteira entre a área de Saúde Mental e o cinema; a consolidação teórica em Saúde Mental a partir dos filmes visualizados (exame mental, quadros psicopatológicos, intervenções terapêuticas em psiquiatria) e as reflexões sobre a atuação dos profissionais de enfermagem (relação de ajuda, comunicação terapêutica em contextos de saúde mental, gestão de ambiente terapêutico). Os estudantes realçaram o impacto de alguns planos e fragmentos de filmes para a compreensão de aspetos fulcrais na área da saúde mental/psiquiatria. Esta “pedagogia do fragmento”, que considera cada plano como uma base autónoma do filme, possibilitou o desenvolvimento de um olhar que ultrapassa o simples acompanhamento do fluxo narrativo. Também aqui foi possível fazer a ponte para as narrativas da experiência subjetiva do adoecer e do sofrimento emocional das pessoas concretas - valorizar o sofrimento emocional situado num determinado momento existencial, mas ao mesmo tempo atender às dimensões longitudinais da história de vida da pessoa alvo dos cuidados de enfermagem. Os “diários de bordo” pessoais e as tarefas semanais permitiram aos estudantes construir a ponte entre a experiência visual/emocional e a organização do pensamento através do discurso, da palavra e da apropriação/reconfiguração da experiência do filme. Desta forma, os estudantes tornaram-se espectadores-criadores, fazendo uma leitura criativa dos filmes, assumindo que é necessário tempo para o encontro mais profundo com uma obra de arte cinematográfica. Conclusões A estratégia pedagógica utilizada ajudou a melhorar a compreensão dos fenómenos e a profundidade da discussão/debate em grupo em torno das fichas didácticas de trabalho.

Os estudantes aprendem mais facilmente em contexto, ainda que simulado e desenvolvem melhor as suas capacidades em zonas de desenvolvimento proximal (Vygotski, 2007). Assim, através da visualização de obras de arte cinematográfica, da sua análise e discussão em grupo, foi permitido a cada estudante encurtar a distância entre o seu real cognitivo e o seu potencial: os menos preparados foram mediados no seu processo pelos mais desenvoltos e estes pelo professor, que, por sua vez, também caminhou o seu caminho. Nesta experiência, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa (Freire, 2004). É esta a relação em contexto que favorece a formação de um sujeito autónomo, de um cidadão crítico e ético ou, se preferirmos, de “um sujeito com saber pertinente” (Morin, 2001). As dinâmicas de debate e discussão em grupo surgidas em contexto pedagógico foram um processo avaliado em cada momento pelos docentes, de forma a adequar as estratégias aos contextos de aprendizagem e aos achados emergentes (Freire, 1997). Em suma, as experiências de aprendizagem através de recursos cinematográficos podem ser um recurso valioso na aquisição de competências básicas em enfermagem de saúde mental e psiquiatria. No entanto, a estrutura curricular da Licenciatura de Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, tem uma carga horária de componente letiva obrigatória extremamente pesada, dificultando o espaço necessário para a apropriação consciente dos processos de aprendizagem. Na avaliação final, foi sugerido pelos estudantes a construção de um acervo de documentação cinematográfica na Biblioteca da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra sobre temas de saúde mental. Outros recursos avulsos, como alguns filmes disponíveis online (Youtube), reportagens televisivas ou documentários foram também considerados como materiais interessantes para a sensibilização e formação académica sobre temas de saúde mental.

Referências Akram, A.; O'Brien, A; O'Neill, A. & Latham, R. (2009). Crossing the line: Learning psychiatry at the movies, International Review of Psychiatry. 21(3), 267–268. Bergala, A. (2008). A hipótese-cinema. Pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e forada escola. Rio de Janeiro: Booklink. Blasco, P. & Moreto, G. (2012). Teaching Empathy through Movies: Reaching Learners’ Affective Domain in Medical Education. Journal of Education and Learning, 1 (1): 22-34. Bhugra, D. (2003). Teaching psychiatry through cinema. Psychiatric Bulletin, 27, 429-430. Cohn, G. (2013). O ensino contemporâneo da arte e a hipótese de Bergala: diálogos e convergências. Pro-Posições [online], 24(1): 179-199. Freire, P. (1997). Política e educação. São Paulo: Cortez. Freire, P. (2004). Pedagogia do Oprimido, 39ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra. Gil, I. (2011). Crenças e atitudes dos estudantes de enfermagem acerca das doenças e doentes mentais: impacto do ensino clínico de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria. Tese de Mestrado. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra. Greenberg, H. (2009). Caveat actor, Caveat emptor: Some notes on some hazards of Tinseltown teaching. International Review of Psychiatry. 21(3), 241–244. Halter, M. & Polet, J. (2002). The place of baccalaureate nursing programs in the liberal arts setting. Nursing Forum, 37, 21-29. Hyde, N.B. & Fife, E. (2005). Innovative instructional strategy using cinema films in an undergraduate nursing course, ABNFJournal. 6 (5), 95-97. Jensen, A, & Curtis, M. (2008). A Descriptive Qualitative Study of Student Learning in a Psychosocial Nursing Class Infused with Art, Literature, Music, and Film, Internacional Journal of Nursing, 5 (1),1-9. Luckesi, C. (2007). Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez. Morin, E. (1970). O Cinema ou o Homem Imaginário. Lisboa: Moraes Editores.

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