Conhecimento etnobiológico de pescadores artesanais do município de São João de Pirabas, nordeste do estado do Pará

July 15, 2017 | Autor: R. Chagas | Categoria: Amazonia, Peixes, Pescadores Artesanais, ENGENHARIA DE PESCA, Pesca Artesanal
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12/06/2015

[Artigo] ­ Educação Ambiental em Ação

ISSN 1678­0701

Número 52, Ano XIV. Junho­Agosto/2015.

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 Artigos 01/06/2015

CONHECIMENTO ETNOBIOLÓGICO DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DE PIRABAS, NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088   Like 3 people like this. Be the first of your friends.

CONHECIMENTO  ETNOBIOLÓGICO  DE  PESCADORES  ARTESANAIS DO  MUNICÍPIO  DE  SÃO  JOÃO  DE  PIRABAS,  NORDESTE  DO  ESTADO DO PARÁ   Rafael Anaisce das Chagas¹ Wagner Cesar Rosa dos Santos² Ana Virgília Pereira do Vale³ Carlos Romildo Santos de Sousa4   ¹  Graduando  de  Engenharia  de  Pesca  da  Universidade  Federal  Rural  da Amazônia, [email protected] ²  Graduando  de  Engenharia  de  Pesca  da  Universidade  Federal  Rural  da Amazônia, [email protected] ³  Graduanda  de  Engenharia  de  Pesca  da  Universidade  Federal  Rural  da Amazônia. [email protected] 4  Graduando  de  Engenharia  de  Pesca  da  Universidade  Federal  Rural  da Amazônia, [email protected]   Resumo O  propósito  deste  estudo  é  descrever  o  conhecimento  de  pescadores artesanais do município de São João de Pirabas, nordeste paraense, acerca do  comportamento,  usos  de  hábitat,  aspectos  reprodutivos  e  migração  da pescada­gó Macrodon ancylodon,  buscando  a  valorização  do  conhecimento empírico. Os resultados apresentados revelam que o saber dos pescadores acerca da ecologia e biologia, com ênfase nos aspectos do comportamento, distribuição,  reprodução,  e  alimentação  são  relevantes  quando  comparados aos estudos científicos relacionados a esse peixe. Os pescadores indicaram também  os  principais  fatores  (bióticas  e  abióticas)  que  determinam  a migração  para  dentro  ou  fora  do  estuário.  Desta  forma,  é  destacado  no presente  trabalho  o  papel  fundamental  da  etnoictiologia  na  obtenção  de dados  plausíveis  para  o  manejo  da  pesca  a  partir  do  conhecimento  de pescadores. http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088

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  Palavras–chave: Ecologia. Pesca artesanal. Pescada­gó.   Introdução A etnobiologia caracteriza­se percepção humana sobre os recursos naturais, ou seja, os processos empregados na classificação dos elementos presentes nos  ecossistemas  (BEGOSSI,  2004).  Este  conhecimento  baseia­se  em informações  empíricas,  orientado  na  prática  e,  no  caso  das  populações costeiras,  engloba  saberes  sobre  o  comportamento  dos  peixes,  o  ambiente marinho  e  as  interações  neste  ecossistema  (THÉ,  MADI  &  NORDI,  2003), sendo  etnoictiologia  a  denominação  da  inter­relação  entre  o  homem  e  o peixe (ADAMS, 2000; COSTA­NETO, 2001).   Resultados  de  estudos  sobre  a  etnoictiologia  demonstram  que  os pescadores exibem um conhecimento detalhado sobre o comportamento dos peixes, o qual é aplicado nas estratégias de pesca e geralmente condiz com as  observações  científicas  (MARQUES,  1991;  COSTA­NETO,  2001). Contudo, a tarefa de combinar o saber de uma região com o conhecimento científico  não  é  simples  e  requer  o  delineamento  de  metodologias  que integrem  os  dados  e  informações  de  cada  tipo  de  conhecimento  (VALBO­ JORGENSEN  &  POULSEN,  2000).  A  etnociências,  forma  atual  de incorporação entre os dois saberes, visam subsidiar as políticas públicas no manejo  pesqueiro  regional  (BATISTA,  ISAAC  &  VIANA,  2004),  pois contribuem  para  planos  de  manejo  e  conservação  de  ecossistemas (BEGOSSI,  1993),  através  de  modelos  de  gerenciamento  de  recursos naturais por povos nativos (BEGOSSI et al., 1999).   Para Santos e Ferreira (1999), apesar do reconhecimento da importância das populações  pesqueiras  artesanais  e  da  necessidade  do  melhor conhecimento  da  dinâmica  de  suas  pescarias  afirmam  que  há  pouca informação  etnoictiológica  levantada  na  região  amazônica,  que  tem  como  a pesca  uma  das  atividades  mais  tradicionais,  desempenhando  um  papel importante na economia e no processo de ocupação humana na Amazônia.   Desta  forma,  o  presente  estudo  pretende  investigar  o  conhecimento  de pescadores  artesanais  do  município  de  São  João  de  Pirabas,  acerca  de informações  do  comportamento,  usos  do  habitat,  reprodução,  morfologia  e migração  da  pescada­gó  Macrodon  ancylodon  Bloch  &  Schneider,  1801 buscando  a  valorização  do  conhecimento  empírico  e  destaque  do  papel fundamental  da  etnoictiologia  na  obtenção  de  dados  plausíveis  para  o manejo e da pesca.   Materiais e Métodos O  estudo  foi  realizado  em  junho  de  2014  no  município  de  São  João  de Pirabas  (00°46’29”  S;  47°10’38”  W),  situado  no  nordeste  paraense,  distante 190  km  da  capital  Belém,  abrange  uma  área  de  709,4  km2  possuindo aproximadamente 20 mil habitantes.   Escolheu­se  o  primeiro  entrevistado  aleatoriamente  e,  em  seguida,  foi adotada  a  amostragem  do  tipo  snow  ball  (ALBUQUERQUE  &  LUCENA, 2004),  que  consiste  na  indicação  dos  novos  informantes  pelos  próprios entrevistados.  No  total  foram  empregados  12  formulários  semiestruturados previamente elaborado sobre informações da pescada­gó (M. ancylodon) no que  diz  respeito  ao  horário  de  captura,  alimentação,  uso  do  hábitat, http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088

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reprodução e migração. Os critérios utilizados para a escolha da espécie de estudo  baseou­se  em  Barboza  e  Pezzuti  (2011)  onde  (1)  verificou­se  a existência de informações ecológicas na literatura científica para a espécie e (2)  a  importância  do  ponto  de  vista  sócio­econômico  desta  espécie  para  os pescadores do município.   A  análise  das  informações  obtidas  foi  estritamente  qualitativa,  efetuada  por meio da interpretação do discurso dos entrevistados, buscando, sempre que possível,  justapor  o  modelo  percebido  (conhecimento  etnoecológico)  ao modelo operacional (conhecimento científico).   Resultados e Discussão A  espécie  M.  ancylodon,  localmente  conhecida  por  pescada­gó,  é  um  dos principais  recursos  pesqueiros  de  valor  comercial  do  Brasil  (HAIMOVICI, MARTINS & VIEIRA, 1996). Quando perguntados sobre o melhor horário de captura da pescada­gó, 50% dos pescadores comentaram que a noite seria o melhor horário para a captura, 30% considera compreende que seja melhor durante  o  dia  e  20%  afirma  que  pode  ser  qualquer  horário,  dependendo apenas da maré.   Relacionando sobre a alimentação, todos comentaram que a pescada­gó se alimenta de animais pequenos (tais como, camarões, sardinhas e pescada­ gó menores), ou seja, uma espécie carnívora. Sobre o local de alimentação, 40%  acusa  que  esse  peixe  se  alimenta  ao  longo  da  costa  norte,  30% comenta  que  a  região  do  município  de  S.  J.  de  Pirabas  seria  a  área  de alimentação e 30% disse que segue a direção do cardume, ou seja, não há uma definição de local fixo de alimentação, variando de acordo com o aporte de  alimento.  A  afirmação  dos  pescadores  coincide  com  trabalhos  feitos  por Juras  e  Yamaguti  (1985)  e  Magro,  Cergole  e  Rossi­Wongtschowski  (2000), onde  revelam  um  habito  alimentar  carnívoro,  com  evidências  a  canibalismo alimentando­se  preferencialmente  de  camarões  e  peixes,  sendo  este  último dominante  na  dieta  à  medida  que  os  indivíduos  crescem  (FONSECA  & CASTRO, 2000).   Sobre o local em que a pescada­gó é encontrada, 70% afirma que encontra­ se esse peixe em toda costa norte e 30% a encontra no estuário. De acordo com Fonseca e Castro (2000) a pescada­gó é um peixe costeiro, demersal, que  habita  ambientes  de  substratos  arenosos,  ocorrendo  no  Atlântico Ocidental, desde a Venezuela até a Argentina (FIGUEIREDO & MENEZES, 1978;  YAMAGUTI,  1979)  e  apresentando  diferentes  estratégias  biológicas quanto à distribuição espacial e abundância relativa durante seus respectivos ciclos de vida (CAMARGO & ISAAC, 1998; CAMARGO, 1999).   Em  relação  a  identificação  de  um  indivíduo  adulto,  80%  os  pescadores citaram que os adultos possuem um comprimento superior à 25cm, enquanto que  20%  cita  que  esta  categoria  inclui  animais  acima  de  15cm.  Sobre  a diferenciação  sexual,  20%  dos  pescadores  comentam  que  o  abdômen  da fêmea  é  mais  “arredondado”,  enquanto  que  80%  afirmam  que  a diferenciação sexual através da morfologia externa é difícil, podem identificar facilmente  através  da  morfologia  interna  através  da  “ova”.  A  denominação “ova”  conferem  com  o  estádio  de  maturação  avançada,  ou  seja,  indivíduos maduro  segundo  na  escala  determinada  por  Vazzoler  (1996),  com  ovários desenvolvidos,  ovócitos  maduros,  ocupando  quase  toda  a  parte  interna  da cavidade celomática, com grandes vasos sanguíneos e de fácil extrusão. http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088

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  Em  relação  a  percepção  sobre  a  época  de  reprodução  e  como  identificar essa  época,  em  totalidade,  os  pescadores  afirmam  que  o  período  de reprodução é de junho a agosto, sendo neste período os peixes se deslocam para áreas se substrato com pedras e “lama”, onde segundo os pescadores, é uma área “remanso”. Em relação do modo como ocorre essa reprodução, os  pescadores  comentaram  que  não  sabia  descrever.  O  período  de reprodução citado pelos pescadores está entre o período verificado por Ikeda (2003),  no  qual  divide  em  dois  períodos  de  desova  ao  longo  do  ano.  Para (SILVANO & BEGOSSI, 2002; SILVANO et al., 2006) uma explicação para a ausência de conhecimento dos pescadores sobre a reprodução da pescada­ gó se deve ao fato dos eventos reprodutivos serem curtos e difíceis de serem observados,  ao  contrário  de  outros  aspectos  biológicos  como  habitat  e   alimentação.   Segundo  os  pescadores,  a  migração  da  pescada­gó  ocorre  por  conta  da disponibilidade  de  alimento  e  do  movimento  da  maré,  sendo  que  os indivíduos  adultos  seguem  um  sentido  do  estuário  para  o  mar  aberto. Camargo (1999) descreve que a migração ocorre de acordo com as fases do seu ciclo de vida e com as mudanças nas condições ambientais, em especial a entrada e saída das águas do mar, em virtude dos movimentos das marés. Barboza  e  Pezzuti  (2011)  encontraram  resultados  semelhantes  a  este estudo,  adicionado  as  fatores  migratórios  a  fuga  de  predadores  e  proteção contra  alguns  tipos  de  pescarias,  como  fatores  importantes  na  distribuição espacial e temporal desses peixes.   Quando  perguntados  sobre  a  situação  atual  da  pesca  desse  peixe,  com ênfase sua disponibilidade no meio ambiente natural, os pescadores afirmam que este pescado vem diminuindo ao longo dos anos, principalmente devido os  constantes  arrastos  efetuados  na  costa  litorânea.  Essa  diminuição  da disponibilidade  de  pescada­gó  citada  pelos  pescadores  explica­se  devido  a pesca  artesanal  que  ocorre  tradicionalmente  na  região  Norte,  sendo  que nesta região, segundo Paiva (1997), não existe uma espécie alvo, e sim um produto  composto  por  grande  diversidade  de  espécies  de  peixes  e crustáceos, que é comercializado localmente, e pelo exportação da “grude”, a  bexiga  natatória  dos  peixes.  Outro  fator  e  a  atuação  excessiva  da  pesca industrial,  principalmente  com  a  frota  de  pesca  de  arrasto  do  camarão Farfantepenaeus  subtilis  e  da  piramutaba  Blachyplathystoma  vaillantii,  que fazem  com  que  outros  recursos  pesqueiros,  além  desses  dois,  sejam capturados e, dentre eles, a pescada­gó (IKEDA, 2003).   Estudos  etnoictiológicos  vêm  revelando  o  conhecimento  detalhado  de pescadores  sobre  hábitat  de  peixes,  e  segundo  Doria  et  al.  (2008)  as comunidades  amazônicas  são  reconhecidas  pelo  apurado  conhecimento tradicional  acumulado,  sendo  que  nas  pescarias,  o  convívio  diário  do ribeirinho  com  o  ambiente  aquático  somado  a  necessidade  de  exploração, lapidou  a  experiência  do  pescador  o  qual  é  capaz  de  reconhecer  com eficiência  a  distribuição  das  espécies  exploradas,  as  variações  sazonais  na abundância  e  os  movimentos  migratórios.  Para  Berkers  et  al.  (2006)  os conhecimentos  cientifico  e  tradicional,  se  mostram  complementares  na construção e no sucesso dos novos planos de gestão formas de gestão.   Conclusão O conhecimento ecológico tradicional do pescador do município de São João http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088

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de Pirabas é forte e informativo, sendo capaz de gerar informações básicas sobre  etnoictiologia  da  pescada­gó,  o  que  permite  adequar  a  política  da pesca para o manejo deste a partir do conhecimento de pescadores.   Referências ADAMS, C. Caiçaras na mata Atlântica: pesquisa versus planejamento e Gestão ambiental. Editora Annablume, São Paulo, Brasil, 337p, 2000.   ALBUQUERQUE,  U.  P.  &  LUCENA,  R.  F.  P.  Métodos  e  técnicas  para coleta de dados. In: ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P. & CUNHA, L.  V.  F.  C.  Métodos  e  Técnicas  na  Pesquisa  Etnobotânica.  Editora  Livro Rápido/NUPEEA, Recife. p. 37­62, 2004.   BARBOZA,  R.  S.  L.  &  PEZZUTI,  J.  C.  B.  Etnoictiologia  dos  pescadores artesanais  da  Resex  Marinha  Caeté­Taperaçu,  Pará:  aspectos  relacionados com  etologia,  usos  de  hábitat  e  migração  de  peixes  da  família  Sciaenidae. Sitientibus, Série: Ciências Biológicas, v. 11, n. 2, p. 133­141, 2011.   BATISTA,  V.  S.;  ISAAC,  V.  J.  &  VIANA,  J.  P.  Exploração  e  manejo  dos recursos  pesqueiros  da  Amazônia.  In:  RUFFINO,  M.  L.  A  Pesca  e  os Recursos Pesqueiros na Amazônia Brasileira. Ibama/ProVárzea, Manaus. p. 63­151, 2004.   BEGOSSI, A. Ecologia humana: um enfoque das relações homem ambiente. Interciência, v. 18, n. 3, p. 121­132, 1993.   BEGOSSI, A. Ecologia humana.  In:  BEGOSSI,  A.  Ecologia  de  pescadores da  Mata  Atlântica  e  da  Amazônia.  HUCITEC/Unicamp/USP/Fapesp,  São Paulo. p. 13­36, 2004.   BEGOSSI,  A.,  et  al.  Uses  of  fish  and  game  by  inhabitants  of  an  extractive reserve  (Upper  Juruá,  Acre,  Brazil).  Environment,  Development  and Sustainability, v. 1, p. 73­93, 1999.   BERKERS,  F.,  et  al.  Gestão  de  pesca  de  pequena  escala:  diretrizes  e métodos alternativos. Ed. FURG, Rio Grande, Brasil, 360p, 2006.   CAMARGO,  M.  Biologia  e  Estrutura  Populacional  das  Espécies  da Família  Sciaenidae  (Pisces:  Perciformes),  no  Estuário  do  Rio  Caeté Município  de  Bragança,  Pará,  Brasil.  1999.  Dissertação  de  Mestrado  ­ Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, 1999.   CAMARGO,  M.  &  ISAAC,  V.  J.  Populations  structure  of  fish  fauna  in  the estuarine area of Caeté River, Pará, Brazil. Acta Scientiarum, v. 20, n. 2, p. 171­177, 1998.   COSTA­NETO,  E.  M.  A  cultura  pesqueira  do  litoral  norte  da  Bahia: Etnoictiologia,  desenvolvimento  e  sustentabilidade.  Salvador:  Ed. EDUFBA, 159p, 2001.   DORIA,  C.  R.  D.  C.,  et  al.  Contribuição  da  etnoictiologia  à  análise  da legislação pesqueira referente ao defeso de espécies de peixes de interesse comercial  no  oeste  da  Amazônia  Brasileira,  rio  Guaporé,  Rondônia,  Brazil. Biotemas, v. 21, n. 2, p. 119­132, 2008. http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088

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  FIGUEIREDO,  J.  L.  &  MENEZES,  N.  A.  Manual  de  peixes  marinhos  do sudeste  do  Brasil.  II.  Teleostei  (1).  São  Paulo,  Museo  de  Zoologia  da Universidade de São Paulo, 110p, 1978.   FONSECA,  F.  A.  L.  &  CASTRO,  A.  C.  L.  D.  Dinâmica  da  nutrição  da pescada­gó,  Macrodon  ancylodon  (Bloch  &  Schneider,  1801)  (Teleostei: Scianidae),  na  costa  do  estado  do  Maranhão.  Boletim  do  Laboratório  de Hidrobiologia, v. 13, p. 43­49, 2000.   HAIMOVICI, M.; MARTINS, A. S. & VIEIRA, P. C. Distribuição e abundância de  peixes  teleósteos  demersais  sobre  a  plataforma  continental  do  sul  do Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v. 56, n. 1, p. 27­50, 1996.   IKEDA, G. P. Idade,  crescimento  e  aspectos  reprodutivos  de  Macrodon ancylodon  (Bloch  &  Schneider,  1801)  na  costa  norte  do  Brasil.  2003. 131p. Tese (Mestrado em Ciência) ­ Universidade de São Paulo, São Paulo ­ SC, 2003.   JURAS,  A.  A.  &  YAMAGUTI,  N.  Food  and  feeding  habits  of  king  weakfish Macrodon ancylodon (Bloch & Schneider, 1801) caught in the southern coast of Brazil (lat 290 to 320 S). Boletim de Instituto Oceanográfica, v. 33, n. 2, p. 149­157, 1985.   MAGRO,  M.;  CERGOLE,  M.  C.  &  ROSSI­WONGTSCHOWSKI,  C.  L.  D.  B. Síntese de conhecimento dos principais recursos pesqueiros costeiros potencialmente  explotáveis  na  costa  sudeste­sul  do  Brasil:  peixes. MMA/ CIRM, 143p, 2000.   MARQUES,  J.  G.  W.  Aspectos  ecológicos  na  etnoictiologia  dos pescadores  do  complexo  estuarino­lagunar  de  Mandaú  Manguaba, Alagoas.  1991.  285p.  Tese  de  Doutorado  ­  UNICAMP,  Campinas  (SP), 1991.   PAIVA,  M.  P.  Recursos  pesqueiros  estuarinos  e  marinhos  do  Brasil. Fortaleza, EUFC, 278p, 1997.   SANTOS,  G.  M.  &  FERREIRA,  E.  G.  Peixes  da  bacia  amazônica.  In: LOWE­MCCONNEL,  R.  H.  Estudos  ecológicos  de  comunidades  de  peixes tropicais. Ed. EDUSP. São Paulo. p. 345­373, 1999.   SILVANO, R. A. M. & BEGOSSI, A. Ethnoichthyology and _ sh conservation in the Piracicaba river (Brazil). Journal of Ethnobiology, v. 22, n. 2, p. 285­ 306, 2002.   SILVANO,  R.  A.  M.,  et  al.  When  does  this  _  sh  spawn?  Fisheremen’s  local knowledge  of  migration  and  reproduction  of  Brazilian  coastal  _  hes. Envioronmental Biolgy of Fish, v. 76, p. 371­386, 2006.   THÉ,  A.  P.  G.;  MADI,  E.  F.  &  NORDI,  N.  Conhecimento  local,  regras informais  e  uso  do  peixe  na  pesca  local  do  Alto­Médio  São  Francisco. In: GODINHO, H. P. & GODINHO, A. L. Águas, Peixes e Pescadores do São Francisco das Minas Gerais. PUC Minas, Belo Horizonte. 2003.   http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2088

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VALBO­JORGENSEN,  J.  &  POULSEN,  A.  F.  Using  local  knowledge  as  a research tool in the study of river fish biology – experiences from the Mekong. Environment, Development, Sustainability, v. 2, n. 3­4, p. 253­276, 2000.   VAZZOLER, A. E. A. D. M. Biologia da Reprodução de Peixes Teleósteos: Teoria e Prática. Maringá ­ PR: EDUEM, 169p, 1996.   YAMAGUTI,  N.  Diferenciação  geográfica  de  Macrodon  ancylodon  (Bloch  & Schneider,  1801)  na  costa  brasileira  entre  as  latitudes  18°36'S  e  32°10'S, etapa 1. Boletim de Instituto Oceanográfica, v. 28, n. 1, p. 53­118, 1979.  

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