Consciência e Sensação – O corpo na fenomenologia da percepção de Merleau Ponty Por Vivian C Jukemura

May 26, 2017 | Autor: Vivian Jukemura | Categoria: Fenomenología, Fenomenologia, Resenha
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Consciência e Sensação – O corpo na fenomenologia da percepção de Merleau Ponty
Por Vivian C Jukemura
O sujeito, seu corpo e o mundo: o corpo é um lugar onde a subjetividade pode ser
revestida de uma situação física e histórica. A fenomenologia é um estudo das essências, ou seja, repõe as essências na existência. É uma ambição filosófica de torna-se uma 'ciência exata', mas é também um relato do espaço, do tempo e do mundo vividos. O mundo é o meio natural e o campo de todos os meus pensamentos e de todas as minhas percepções. A percepção é o fundo sobre o qual todos os atos se destacam e ela é pressuposta por eles. O 'cogito' é o pensamento de fato e ser no mundo.
O pensar ( cogito) me da consciência de um eu pensador , de ser no mundo.
O movimento gerador do corpo desdobra a trajetória de um aqui em direção a um ali. Efetuo a síntese por meio do corpo que me insere no espaço, cujo movimento me permite alcançar uma visão global do espaço. Nosso corpo se move a si mesmo, ele é inseparável de uma visão do mundo realizada como condição de possibilidade de todas as operações expressivas e de todas as aquisições que constituem o mundo cultural.
O corpo próprio está no mundo e forma com ele um sistema. Se para mim existe e se posso alcançar um objeto é porque pela experiência perceptiva eu me afundo na espessura do mundo.
O corpo me da consciência do mundo , ao meio natural, onde eu como ser estou inserido. O corpo reage a vários estímulos sensoriais ao seu redor, uma junção entre o psíquico e corporal.
A coisa e o mundo me são dados com as partes de meu corpo em uma conexão viva, idêntica à que existe entre as partes do meu corpo. Trata-se de despertar a experiência do mundo tal como ele nos aparece enquanto estamos no mundo por nosso corpo.
O mundo fenomenológico não é o ser puro, mas o sentido, a experiência, a subjetividade e a intersubjetividade. O logos que preexiste é o próprio mundo.
 
Bibliografia:
Merleau-Ponty, M. (1994).Fenomenologia da percepção(C. Moura, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Texto original publicado em 1945)
 



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