construção historica do corpo feminino completo slides.pptx

May 23, 2017 | Autor: Raquel Conte | Categoria: Psicología, Antropología, Feminino
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Casamento monogâmico: cria-se o mito da Virgem Maria, pois o mito da Eva já não englobava todas as mulheres.
O casamento comportava a imagem feminina purificada com a exaltação da maternidade.
As mulheres eram afastadas das funções sacerdotais e de certas funções litúrgicas que eram reservadas aos homens. Igreja faz um regime discriminatório.
Somente em 1963, com a Encíclica Pacem in terris , com o Papa João XXIII, rompe-se com a doutrina tradicional da Igreja, da hierarquia entre os sexos na vida familiar e a submissão da mulher ao marido.
A Encíclica concede à mulher a emancipação e consagra a igualdade de direitos e obrigações do casal na vida familiar.
A mulher não merece mais ser tratada como objeto.

A segunda saída seria o complexo de masculinidade, não renunciando ao seu desejo de possuir um pênis e podendo levar a uma escolha objetal homossexual manifesta.
A terceira saída seria a de tornar-se mulher pela via da passividade e maternidade, substituindo o desejo de ter um pênis pelo de ter um filho e, pela renúncia do desejo ativo clitoridiano pelo desejo passivo da vagina.
O texto de Colling (2015) traz que as ideias de Freud são semelhantes às ideias de Aristóteles, em relação à normatização da figura da mulher.

Agacisnski, em Política dos Sexos, faz uma aproximação entre Freud e Aristóteles: a mulher não produz sementes, apenas o macho fecunda.
A mulher aparece como "macho mutilado".
Para Aristóteles a mutilação feminina se deve a uma falta de calor e, portanto de semente...
Para Freud a castração se deve à descoberta da falta de pênis nas meninas.
Para Agacinski (citado por Colling, 2015, p. 197) a diferenciação dos sexos é substituída por um modelo onde o masculino é único e, posteriormente, pelo sexo visível.
Conclusões da autora

A subordinação e inferioridade das mulheres se converteram em tradição, na vida cotidiana e nos escritos eruditos.
O ideal masculino continua sendo da mulher fiel, serviçal, e o pesadelo seria as más mulheres: voluntariosas, falsas, volúveis, frívolas.
Os discursos relativos às mulheres influenciou os Códigos civis, as Constituições de todo Ocidente, justificando a inferioridade em que o sexo feminino foi colocado.
O discurso da diferença biológica entre os sexos assume um caráter universal e imutável, atravessando as diversas ciências e as relações sociais, legitimando-se.
O exercício da desconstrução e da genealogia nos oferece pistas para entendimento.
A desqualificação do feminino, a desconsideração com o corpo feminino, fizeram morada em homens e mulheres.
Referências...
COLLING, Ana M. A construção do corpo feminino. In: Caderno Espaço feminino, Uberlândia-MG- v. 28, n.2, jul/dez/2015- Disponível: DOI: http://dx.doi.org/10.14393/CEF-v28n2a2015-9

FREUD, S. (1950[1895]). Projeto para uma psicologia científica. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 1. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 385-529.

_________. Sexualidade feminina [1931]. In:___. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas. Trad. de Jayme Salomão. Rio de Janeiro. Imago, 1972. v. XXI.
O mito de Eva: lembrado pelos contatos com a força do mal- práticas da feiticeiras detentoras de saberes e poderes ensinados por Satanás.
São Paulo: inspirador religioso – Reforça que a mulher deve aprender em silêncio e submissão. Adão foi criado primeiro e, depois Eva.
São Tomás de Aquino também reforça a superioridade masculina. Além da pressão das circunstâncias externas, soma-se a desigualdade natural dos sexos, pela inferioridade natural da mulher (deficiência da natureza) e por natureza, de menor valor e dignidade que o homem.
Padre Antonio Vieira (1608-1697) em seus Sermões dedica atenção à sedução feminina oriunda do pecado original, criando e reforçando estereótipos sobre a mulher.
http://peregrinacultural.wordpress.com/2008/07/21/diferencas-entre-cerebros-femininos-e-masculinos/
Idade Média- Predomínio do pensamento Aristotélico
A moral sexual ocidental é fruto do discurso filosófico e religioso.
Tradição cristã judaica contribui para reforçar a inferioridade da mulher.
Condenação bíblica provém ideia da impureza da mulher: nos períodos da menstruação e do parto.
Lepra- transmitida pelo toque da mulher menstruada, concepção de filhos nesse período geraria monstros.
Olhar de uma mulher menstruada embaciava os espelhos.
Véu: uma das marcas da vergonha que a mulher sempre deveria levar
Seu comportamento deveria sempre ser regulado por ideias de sujeição e expiação.



Discurso Religioso

DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA – DISCURSO GREGO
** A obra foi escrita quase 500 anos A.C. e foi utilizado para a elaboração do Código Civil de 1916 para estabelecer que as mulheres era relativamente incapazes em relação ao marido em razão de ter cérebro menor, assim deveria ficar sob a guarda de quem pensava e raciocinava.
Ainda, em 2005 o Reitor da Universidade de Harvard declarou que as mulheres não tem aptidão para ciências e matemática, porque tem cérebro menor.


Ao reconhecer as diferenças sexuais e a mulher visualizar o pênis no homem, se produziria uma comprovação do sentimento de falta e sua fantasia de que o homem seria um "ser completo".
A inveja dessa condição produziria o que Freud denominou "inveja do pênis".
Diante da forma como a menina significa sua castração, ela poderá ter três saídas ( FREUD, 1931)
a primeira saída seria a frigidez e a inibição, instando-se um sentimento de inferioridade, forçando-a a abdicar de sua masculinidade

A Psicanálise nasce através da histeria.
A partir das histéricas Freud apresenta sua teoria baseada no inconsciente e na sexualidade.
Na histeria Freud vai afirmar que existe um corpo da representação ou simbolização regido pelas pulsões sexuais. Pela repressão da época, as mulheres só se permitiam expressar sua sexualidade através da conversão em um órgão, cuja representação implicava numa fantasia ou vivência sexual (FREUD, 1895).
Considerando a época da Teoria de Freud, as mulheres tinham uma condição social muito diferente dos homens, o que lhes causavam desconforto e sentimentos de inferioridade.
Discurso Psicanalítico

João Paulo II na Carta Apostólica Muliers Dignitatem (1988) consolida com fontes bíblicas a igual dignidade para as mulheres e homens, discorre contra a discriminação e inferioridade contra a mulher.
Continua porém negando à mulher o acesso ao sacerdócio, não podem fazer uso da palavra.
Defender a igualdade das mulheres para o Papa significava recuperar sua feminilidade e não masculinizar a mulher.
Exemplificava que Jesus vivia no meio das mulheres, mas também não deixou que elas participassem do sacerdócio. Ele escolheu 12 apóstolos. Nesse discurso deixava claro que Jesus também expressava seu desejo de manter as diferenças entre o homem e a mulher, entre o masculino e o feminino.
A Carta Apostólica, portanto, tem grande valor, demonstra o reconhecimento da Igreja sobre a igualdade entre os dois sexos para uma vida social harmoniosa. Ao mesmo tempo, insistia na natureza masculina de Jesus, para manter a relação hierarquizada dos homens e das mulheres com relação à Igreja e com o poder.
Discurso Médico

GALENO- Médico Grego
Nasceu por volta de 130 D.C

Suas teorias junto com as de Aristóteles vigoraram até o século XVII com forte influência sobre a explicação da natureza feminina
https://academiamedica.com.br/o-melhor-medico-e-tambem-um-filosofo/
Galeno
Ataque Histérico- vapor venenoso produzido pelo útero, que ao passar pelas artérias e pelos poros do corpo lesa todo organismo até o cérebro.
Descrição anatômica dos órgãos sexuais representa os femininos como o reverso dos masculinos
Motivo: falta de calor que faz com que os órgãos femininos não desçam, mantendo-se interiores.
Confina a feminilidade para a mulher mãe de família, guardiã valores eternos.

Teoria do Ventre errante- atribui todos os males ao útero da mulher, que apenas descansa quando ela engravida.


https://static.minilua.com/wp-content/uploads/2015/11/hysterical-1_thumb.jpg
Ventre errante
https://minilua.com/5-disfuncoes-mentais-controversas-psiquiatria-2/
Diagnóstico comum: mulheres briguentas e desobedientes, que vem desde a Grécia Antiga. Filósofos como Hipócrates e Platão consideravam o ventre como uma criatura viva que vagava pelo corpo da mulher e que muitas vezes causavam a doença. A palavra histeria vem da palavra grega que designa útero.
Sintomas: Insônia, nervosismo, irritabilidade, perda de apetite, retenção de líquidos, espasmos musculares e muitos outros sintomas foram ditos resultados do "ventre errante": a histeria.
Diagnóstico comum para freiras, virgens e viúvas por toda a Idade Média, mas foi no século 19 nos Estados Unidos e Europa que os diagnósticos de histeria explodiram, criando um amplo mercado de vibradores, duchas e outros dispositivos similares.
Tratamento: relações sexuais e masturbação, geralmente realizado pelo próprio médico, até que a paciente apresentasse o Paroxismo Histérico (orgasmo).
Discurso Psiquiatrico


Esse discurso se desenvolveu junto com o discurso médico no século XIX.
Autoridade bíblica da subordinação feminina foi substituída pela autoridade biológica.
A mulher "afetada" pela sexualidade no discurso médico passa a ser vista como um ser doentio, afetada pelas paixões, emoções.
O sistema reprodutivo continuava a ser um mistério e os efeitos da menstruação eram exacerbados.
Menstruação- período de invalidez da mulher, restrição as atividades físicas e esforço intelectual.


Final Século XVIII- histeria passa a ser uma doença feminina.
O corpo feminino = corpo saturado de sexualidade, com utilidade social
Foucault – "Vontade de saber" salienta a histerização do corpo da mulher nessa época.
Em 1893- Primeira Tese sobre a histeria feminina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, reforçando a causa da mesma à matriz (ventre)
"Histeria é uma moléstia que o útero é sede" (Rodrigo Maurício Júnior, citado por Colling, 2015, p. 195)
A maternidade era o caminho da sanidade feminina.
Instinto maternal amenizaria o desejo sexual.
Século XX: continua a associação entre mulher e histeria.


DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA – DISCURSO GREGO
ARISTÓTELES

Na questão da geração, ele anula o papel da mulher, retirando o trabalho de criadora, eis que o sêmen é que desempenha a função do artista.
Os discursos sobre a imagem da mulher, sua representação definiam não só normas de comportamento, como normas jurídicas ** e preceitos morais, como o relato bíblico da criação e a queda do paraíso.

DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA – DISCURSO GREGO


ARISTÓTELES

O tamanho do cérebro para caracterizar as mulheres como seres inferiores intelectualmente, aparece no texto "As partes dos animais".
Repete diversas vezes que a mulher é mais fraca, envelhece mais rápido, comparando os seios a intumescências esponjosas.
Da mesma forma que Hipócrates se preocupa com a menstruação (sangue produzido por falta de calor, sinal de frieza feminina)



DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA – DISCURSO GREGO
ARISTÓTELES
"O PRIMEIRO DESVIO É O NASCIMENTO DE UMA FÊMEA"
Há duas maneiras de definir as características dos corpos femininos: a analogia e a inferioridade relativamente aos corpos masculinos.
Relação de correspondência homem / mulher.
Na História dos Animais a comparação é comparando o feminino e o masculino, e a mulher aparece com o corpo mais fraco.
A construção histórica do corpo feminino
Ana Maria Colling
Doutorandas em Diversidade Cultural e Inclusão Social
Me. Lisiana Carraro
Me. Raquel Conte
INTRODUÇÃO
A autora refere que:
O corpo é um resultado de discursos e práticas, portanto um efeito histórico;
Para problematizar a linguagem e os discursos se utilizou de conceitos de Genealogia (propõe o trabalho com a diversidade, singularidade e não com a verdade, procurando discursos que nos fizeram ser o que somos ou não mais (Foucault)) e Desconstrução (abrir o discurso e mostrar nele, não as verdades mas contradições e conflitos (Derrida));


DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA
O corpo feminino é alvo privilegiado nas relações de poder e saber e nas práticas;
Referência a Eva (pecadora) e a Virgem (assexuada) acompanhando a história corporal das mulheres;
Vários discursos (recorrentes, sábio ou populares) praticados pelos homens;


Situação ambígua na Idade Média: Igreja recolhe as mulheres privadas do apoio masculino envolvidos em numerosas guerras.
Por outro lado: persegue-as como feiticeiras aquelas que desejam aprofundar seus conhecimentos e vão para o caminho da magia.
Mulheres são torturadas e mortas nas "caçadas às bruxas"- Auge no séc. XVI e XVII
Mulheres parteiras também são perseguidas por ser do campo da sexualidade.
Séc. XIX- as mulheres se transformam em "anjos-do-lar"- Concílio de Trento reforça o casamento como sacramento e há maior controle moral sobre as mulheres.
São Tomás de Aquino, leitor de Aristóteles, reforça a necessidade das mulheres serem tuteladas por alguém, já que eram consideradas incapazes de se regerem por si mesmas.

DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA – DISCURSO GREGO
* Apresenta teoria da matriz do útero como animal raivoso, dando identidade à mulher;
* Inclui-se o culto à reprodução e a crítica ao celibato, o que mais tarde desemboca na histeria, tida como uma doença feminina, que entre outras causas, tem sua origem na "falta de homem". "é a incompletude da mulher sendo teorizada."

DISCURSOS PRODUZINDO O CORPO NA CULTURA – DISCURSO GREGO
PLATÃO
" O ÚTERO É UM ANIMAL QUE VIVE NELAS ..."
O pensamento grego se preocupou com a origem dos homens e da diferença sexual;
Sobre a natureza feminina : "os machos, dominados por apetites furiosos, querem comandar tudo, na mulher o animal que vive nelas com o desejo de procriar, que se ficar estéril indigina-se, fica doente,..."

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HIPÓCRATES

"A SEMENTE MANCHA É MAIS FORTE QUE A SEMENTE FÊMEA"
Ele refere que se a semente do homem e da mulher forem fortes, o fruto será homem; se a semente é fraca ou se for mais abundante o fruto será fêmea.
Mulher vista como matriz reprodutora e o homem o reprodutor.




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