2-2016 (21- 48) CONSUMO DE SERVIÇOS BANCÁRIOS AUTOMATIZADOS POR ADULTOS COM BAIXOS NÍVEIS DE INSTRUÇÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE A PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA DURANTE O PERÍODO 2010-2014
Gabriel Henrique Pimenta Isboli*
RESUMO
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa objetivando identificar, na produção científica publicada – referente aos periódicos nacionais e eventos promovidos pela ANPAD –, estudos relacionados ao consumo de serviços bancários automatizados, em terminais de autoatendimento, por adultos com baixos níveis de instrução formal. O trabalho parte de considerações realizadas por Jae e Viswanathan (2012) e Adkins e Ozanne (2005) de que o mercado, mesmo que não intencionalmente, acaba não se comunicando adequadamente com os consumidores que possuem pouco estudo, uma vez que limitações de leitura e escrita prejudicam o entendimento desses quanto às comunicações desenvolvidas pelas organizações. Para a pesquisa, conduziu-se uma revisão sistemática de publicações ocorridas entre os anos de 2010 a 2014 em 107 periódicos nacionais e em cinco eventos promovidos pela ANPAD no mesmo período, cobrindo todas as edições compreendidas no período mencionado. Ao fim das triagens, 59 artigos foram selecionados, sendo possível encontrar: (1) o estado nacional de esforços dedicados na produção científica da temática de consumo bancário, além de sinalizar potenciais destinos para submissões com o pensamento de provável alinhamento com o escopo desejado; e (2) a problemática ainda não foi explorada, haja vista que o campo científico possui publicações relacionando consumo e pessoas com baixos níveis de instrução formal e renda, mas focando essencialmente em produtos, atestando que há valor científico e gerencial em estudo decorrente do levantamento. Com isso, demonstra-se que há espaço na academia para a proposta de estudo aqui problematizada. Palavras-chave: Serviços automatizados. Bancos. Pessoas com baixos níveis de instrução.
*
Doutorando em Administração (Universidade Estadual de Maringá - UEM), Mestre em Administração (UEM), Especialista em Marketing pelo MBA Gestão de Varejo e Vendas (UEM). E-mail:
[email protected].
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1 INTRODUÇÃO O setor de serviços bancários brasileiro pode ser considerado um dos mais desenvolvidos do mundo, investindo em sua tecnologia somas de dinheiro próximas de países considerados desenvolvidos, como França e Alemanha. Nos cinco anos referentes ao período 2010-2014, o volume de transações bancárias registradas aumentou 62%, ao passo que o custo de cada transação decresceu 32%, possibilitando o pensamento de que isso possa ter sido motivado por uma maior utilização dos canais virtuais para realização dos serviços financeiros (FEBRABAN, 2014, MÜLLER; ALEXANDRINI, 2012). Nos últimos anos, o Brasil se mostrou também como um dos países com maior acesso a terminais automatizados do mundo, possuindo a razão de 220 terminais de autoatendimento para cada 100 mil habitantes, sendo que os Estados Unidos (2º lugar) possuem a razão de 177 terminais para cada 100 mil habitantes (FEBRABAN, 2013). Essa mudança, na forma como as pessoas vem consumindo os serviços bancários, além de representar novas oportunidades para as empresas explorarem mais os canais virtuais, também apresenta novas possibilidades de estudos à academia, como eventuais dificuldades que clientes possam apresentar no consumo de serviços bancários em plataformas automatizadas, além de formas como tais dificuldades são enfrentadas para que essas pessoas satisfaçam suas necessidades de consumo. Orientado por esse pensamento, o estudo presente ao longo das próximas páginas tem como objetivo verificar a viabilidade de um estudo com tais temáticas, através de revisão sistemática desenvolvida em periódicos e eventos nacionais.
1.1 JUSTIFICATIVA
Embora o setor bancário alcance grande parte da população, existe certo público que não consome (de maneira satisfatória para as instituições bancárias) esses serviços oferecidos via plataformas automatizadas, como expõem Miller e West (2009), os quais destacam que existem consumidores que possuem níveis de instrução formal baixos, inviabilizando que os mesmos utilizem os meios digitais, necessitando que sejam ‘alfabetizados’ para essa tecnologia utilizada.
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Faz-se importante estudar o consumo de grupos específicos, pois isso permite um entendimento mais aprofundado sobre pessoas com características em comum,
possibilitando
desenvolver
ações
que
atuem
buscando
satisfazer
determinado nicho, o que tem sua relevância reforçada por meio de estudos como o de Fiebig e Freitas (2011), por exemplo, ao encontrarem que clientes mais satisfeitos são mais rentáveis aos bancos. No Brasil, mais de 80 milhões das pessoas que estão acima dos 18 anos de idade possuem qualificação abaixo ao ensino médio completo, em uma população total de, aproximadamente, 190 milhões de pessoas (esse montante representa próximo de 43% da população brasileira). A situação se torna ainda mais impactante ao observar apenas as pessoas acima de 18 anos de idade que ou não possuem instrução alguma ou possuem ensino fundamental incompleto: mais de 60 milhões de pessoas (32% da população nacional, aproximadamente), distribuídos conforme a Tabela 1 (IBGE, 2010). Tabela 1 – Pessoas de 18 anos ou mais de idade, por nível de instrução e os grupos de idade – Brasil – 2010
Grupos de idade
18 ou 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos ou mais Total
Total
Pessoas de 18 anos ou mais de idade Nível de instrução Sem Fundamental Médio instrução e completo e completo e Superior fundamental médio superior completo incompleto incompleto incompleto
Não determinado
6.632.923
1.774.868
2.256.312
2.435.176
55.519
111.048
17.240.864
4.374.675
3.891.501
7.900.399
941.146
133.143
17.102.917
4.821.684
3.161.596
6.819.360
2.218.550
81.728
15.744.616
5.706.389
2.633.830
5.221.051
2.122.480
60.866
13.888.191
5.946.282
2.295.633
3.896.870
1.705.017
44.388
13.008.496
6.173.071
2.086.818
3.197.845
1.516.328
34.433
11.834.647
5.925.439
1.826.006
2.640.675
1.416.051
26.476
18.418.755
10.527.354
2.444.178
3.354.868
2.062.733
29.621
20.588.890
15.365.887
1.756.191
2.026.142
1.420.856
19.814
134.460.298
60.615.649
22.352.065
37.492.386
13.458.680
541.517
Fonte: Adaptado de IBGE (2010, p. 111).
Com isso, as empresas se veem em uma situação desconfortável, pois existe um valor expressivo investido na tecnologia da informação inserida nos processos.
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Em 2013, foram gastos 11,1 bilhões de dólares pela indústria bancária brasileira, montante próximo ao investido por países considerados desenvolvidos, como França (12,1 bilhões) e Alemanha (14,8 bilhões). Em 2014, esses países gastaram, ainda mais, com o Brasil investindo 11,9 bilhões de dólares, a França 17,2 bilhões e a Alemanha 22,8 bilhões (FEBRABAN, 2014, 2013). Se os consumidores não utilizam as ferramentas desenvolvidas para a automatização, é como se as empresas estivessem desperdiçando dinheiro. Brasil (2006, p. 13) aponta que o nível de instrução formal é uma das variáveis mais consistentes que contribuem na explicação de variações com relação ao uso de canais de autoatendimento, em que pessoas mais instruídas tendem a utilizar mais os sistemas baseados em tecnologias, contribuindo para “[...] adoção e uso de inovações ou avanços tecnológicos”. Esse pensamento é reforçado, através de Sahi e Gupta (2013), em que os autores estudaram as motivações dos consumidores e o uso dos caixas eletrônicos nos bancos de varejo canadenses, encontrando que a única variável demográfica que alterava a classificação entre usuários e não usuários dessa tecnologia era a educação. Com isso, a academia demonstra interesse em estudar as pessoas com baixos níveis de instrução formal, em que existem produções que buscam expandir a compreensão de aspectos relacionados às formas de consumo, como em Jae e Viswanathan (2012), Kopp (2012) e Pappalardo (2012), para citar alguns. Os três artigos citados anteriormente demonstram relação da importância das atividades de leitura e escrita (ainda que parcialmente desenvolvidas) para que os consumidores consigam melhor conhecer os produtos e, assim, poderem realizar melhores escolhas nos ambientes de compra. Pappalardo (2012) aponta que, com um melhor nível de instrução sobre os produtos, implica nos consumidores conseguirem estimar benefícios e custos das escolhas, compreenderem essas informações e, então, avaliarem tais informações para realização da escolha. Em busca também de abordar dificuldades apresentadas pelos consumidores no ambiente de compra, Jae e Viswanathan (2012) buscaram compreender formas
melhores para apresentação de informações dos produtos combinando texto e imagem (pois, em referências prévias, as autoras encontraram que as pessoas com
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baixos níveis de instrução formal tendem a recorrer mais a imagens para processar informações no ambiente de compra), apurando que esse público diminui mais os erros quando existem imagens congruentes e sem legenda explicativa. Com base nas obras expostas no parágrafo anterior, é possível ver que os níveis de instrução ‘formal’ e ‘sobre produtos’ acabam relacionando-se, pois avaliações diferentes acabam sendo realizadas conforme os recursos necessários para cada escolha, podendo impactar tanto em termos de curto prazo (como insatisfação com a escolha de um alimento) como também no longo prazo (como basear escolhas de alimentos apenas com relação ao valor calórico da tabela nutricional). Em trabalho realizado por Adkins e Ozanne (2005), as autoras examinaram a intersecção das habilidades de alfabetização e atividades de consumo, identificando as
estratégias
de
enfrentamento
que
tais
consumidores
empregam
para
conseguirem suprir suas necessidades, uma vez que esse público se depara com mais frequência (do que as pessoas com maior nível de instrução formal) com problemas como escolha incorreta de dado produto ou mesmo entendimento incorreto acerca das informações ligadas à precificação do item. Tal estudo contribuiu para a literatura ao apresentar essa discussão voltada ao ambiente de varejo, em que as comunicações costumam ser voltadas para consumidores mais instruídos formalmente, mesmo que de maneira não intencional. Por outro lado, não se trabalha o direcionamento para serviços, o que aponta para a existência de uma lacuna, tanto no estudo em questão como também na literatura, pois a temática aqui exposta não havia sido previamente estudada em sua totalidade (uma construção que englobasse, ao mesmo tempo, consumo, serviços bancários automatizados e adultos com baixos níveis de instrução formal), apenas produções que seguiam alguns dos enfoques aqui apresentados, mas com outros direcionamentos (como
exposto). De tal forma, o trabalho das autoras supracitadas e o trabalho aqui idealizado partilham da consideração de que os consumidores com pouco estudo precisam desenvolver maneiras de enfrentar o mercado que usualmente se comunica utilizando formas escritas ou recorrendo ao auxílio de outras pessoas ou eles
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mesmos realizando o consumo através de variadas saídas. Porém, os trabalhos se distanciam em função do objeto do estudo, aqui correspondendo ao consumo de serviços e o consumo de autosserviço automatizado é trazido à discussão, enquanto a obra referenciada discute o consumo voltado essencialmente a produtos propriamente ditos, como em supermercados, óticas e farmácias, citando alguns. Nesse intuito, a proposta busca dar uma oportunidade maior de compreensão de como os adultos com baixos níveis de instrução formal consomem serviços bancários cada vez mais automatizados e com menor contato humano, visando compreender como os mesmos lidam com a tecnologia para conseguirem realizar as operações bancárias desejadas. Através das análises e considerações devidas, espera-se também até mesmo indicar caminhos que poderiam ser melhor explorados pelas organizações, em busca de facilitar essa relação de troca entre empresa e consumidor, uma vez que isso pode se refletir em clientes mais rentáveis aos bancos, como visto em Fiebig e Freitas (2011). O levantamento aqui conduzido segue de maneira complementar ao trabalho desenvolvido por Ensslin, Ensslin e Pinto (2013). No artigo citado, os autores desenvolveram um estudo bibliométrico sobre a avaliação da qualidade dos serviços bancários. Aqui, foram observadas também obras ligadas ao consumo (e consumo bancário, especificamente), níveis de instrução (com maior direcionamento a baixos níveis de instrução formal), além de também seguir com a observação da temática bancos, em vista de demonstrar valor teórico e gerencial no desenvolvimento de estudo referente ao consumo de serviços bancários automatizados, oferecidos em terminais de autoatendimento, por adultos com baixos níveis de instrução formal. Com isso, a construção exposta na sequência buscou publicações ocorridas a partir do ano de 2010 até o ano 2014, sendo selecionadas, inicialmente, em eventos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD) e periódicos selecionados na plataforma online Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da área de Administração,
c om os estratos A2, B1 e B2, com a apresentação dos achados realizada de maneira similar à forma utilizada por Monteiro (2014).
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2 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS ARTIGOS
Para a realização do levantamento apresentado anteriormente, consultou-se, de início, a plataforma Sucupira, em que a mesma fornece a classificação de centenas de periódicos conforme a área de publicação dos estudos (ex: Administração, Turismo, Educação, Enfermagem, Contabilidade e muitas outras), bem como a expressividade científica dos estudos neles inseridos, representando um conceito variando entre A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C. Aqui, foram selecionadas as revistas científicas nacionais presentes nos estratos A1, A2, B1 e B2, com o pensamento de que tais estratos contemplam trabalhos cientificamente mais expressivos, contribuindo para uma produção melhor embasada. Ao todo foram acessados os websites de 107 revistas nacionais, revisando todas as publicações de 2010 até 2014, em busca de encontrar artigos relacionados à temática em questão. Desse número, 13 são revistas A2, 66 são B1 e 28 são B2. Quanto à estratificação A1, não existem periódicos nacionais, em Administração, pertencentes a ela. Acrescenta-se que foi decidido pela não inclusão do ano 2015 no levantamento, pois existem periódicos que ainda não publicaram todas as edições do referido ano, o que poderia resultar em uma busca incompleta. Para complementar a busca realizada nos periódicos nacionais, também foi realizada uma busca nos seguintes eventos da ANPAD (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração) em todas as edições ocorridas no período já mencionado: EnANPAD (Encontro da ANPAD), 3Es (Encontro de Estudos em Estratégia), EMA (Encontro da Divisão de Marketing da ANPAD), EnEO (Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD) e EnAPG (Encontro da Divisão de Administração Pública/APB da ANPAD).
3 SELEÇÃO DO PORTFÓLIO DE ARTIGOS
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Uma vez selecionadas as fontes para levantamento do material, deu-se início ao processo de seleção dos artigos a serem analisados posteriormente. A busca ocorreu de maneira manual, observando todos os títulos dos estudos presentes nos periódicos e eventos selecionados. Foi escolhida essa maneira de busca em virtude de realizar uma seleção mais fina, pois nem sempre os títulos dos trabalhos contêm os termos de busca e um olhar mais envolvido com a temática auxilia em perceber uma produção potencialmente útil. Nesse momento, então, houve a coleta dos estudos, selecionados com base em temas como ‘bancos’, ‘comportamento do consumidor’, ‘educação’, ‘serviços’, ‘serviços automatizados’, ‘social’ e ‘tecnologia’. Cabe informar que essa etapa corresponde ao levantamento inicial, não necessitando que os estudos englobassem todos os termos, embora já fossem eliminados automaticamente artigos que, embora estivessem relacionados a algum dos temas, não tivessem perspectiva de serem utilizados pelo autor. O levantamento inicial compreendeu 160 artigos, configurando a base de dados bruta sobre a qual foram selecionando aqueles com maior potencial de colaboração. Desse total, estavam inseridos trabalhos provenientes de diversas áreas de estudo. Após leitura dos títulos de todos os artigos salvos, foram eliminados aqueles que, embora relacionados aos temas, não estavam relacionados ao enfoque particular escolhido. Para fins de exemplificação, cita-se o artigo “Indicadores sociais internos e a geração de valor adicionado: uma análise da relação do balanço social e da demonstração do valor adicionado em bancos brasileiros”, de Taiarol, Raimundini e Behr (2011), em que, embora contemple o tema banco, sua construção é voltada para a contabilidade. Isso não quer dizer que o trabalho não possui valor acadêmico (pelo contrário), mas não está alinhado com o
enfoque pretendido. Ao fim dessa leitura inicial dos títulos, 140 artigos seguiram para a próxima triagem. Foram lidos novamente os títulos em busca de classificar aqueles que fossem considerados com maior perspectiva de contribuição em função de alinhamento mais próximo. Selecionados os artigos, foram lidos os resumos de
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todos os selecionados, buscando nova triagem em razão de itens como potenciais fontes de referências úteis, por exemplo. Terminada essa etapa, restaram 85 artigos. Por fim, foram lidas a introdução e conclusão dos estudos remanescentes, buscando selecionar aqueles que pudessem suprir lacunas na literatura e fornecerem contribuições mais próximas ao pretendido. O conjunto final foi composto por 59 artigos, os quais podem ser consultados no Anexo I, na qual seguiram as considerações, expostas em números, a seguir. As etapas relatadas nos parágrafos anteriores foram inspiradas nas utilizadas por Ensslin, Ensslin e Pinto (2013), demonstrando suporte prévio na literatura.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Partindo do número final de 59 artigos, inicialmente, foram detalhados os nomes e instituições as quais pertencem os autores, em busca de verificar se existe alguma tendência de linha de pesquisa em determinada instituição, bem como aqueles que mais produzem. Ao todo, foram encontrados 151 autores, distribuídos
em 61 instituições identificadas. Inicialmente observando os autores, por meio de análise da frequência, temse que os autores com mais artigos na amostra são Simone Bacellar Leal Ferreira (pesquisando sobre tecnologias e dificuldades desse consumo), Ana Augusta Ferreira de Freitas (satisfação do cliente em relação a serviços), Marcio de Oliveira Mota (marketing de serviços e comportamento do consumidor) e Dennis Silva da Silveira (tecnologias e dificuldades desse consumo), todos com três artigos cada. Com dois artigos cada aparecem Eduardo Botti Abbade (serviços bancários automatizados), Carlo Gabriel Porto Bellini (limitações digitais), Simony Rodrigues Marins (marketing de serviços e comportamento do consumidor), Greice de Bem Noro (serviços bancários automatizados), Rita de Cássia de Faria Pereira (limitações de instrução – financeira e digital). Os demais autores foram suprimidos devido ao fato de todos possuírem apenas um artigo.
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Especificamente sobre as produções encontradas, a maioria dos dados foi originária do evento EnANPAD (ao longo de todas as edições), contendo mais de 57% dos artigos selecionados, seguido por outro evento da ANPAD, o EMA, com 10,2% do total. Apenas depois desses é que começam a aparecer estudos oriundos de periódicos. Já sobre os anos em que essas obras mais foram publicadas, 2010 foi o ano mais produtivo, porém cabe uma consideração: embora os outros anos tenham menos publicações selecionadas, nota-se que houve praticamente uma constância, demonstrando que o campo científico mantém interesse e segue produzindo. Tais considerações podem ser visualizadas na Tabela 2 e Gráfico 1, respectivamente. Tabela 2 – Origens dos estudos encontrados Local da publicação EnANPAD EMA Informação & Sociedade ReMark ReUFSM Análise BAR BBR Dados ERAE Gestão & Regionalidade Gestão e Produção Meta RAC RAUSP RCA REAd REE TOTAL Fonte: O autor.
N 34 6
% 57,6 10,2
2
3,4
2 2 1 1 1 1 1
3,4 3,4 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7
1
1,7
1 1 1 1 1 1 1 59
1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 100,0
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Gráfico 1 – Anos de publicação dos estudos encontrados
Fonte: O Autor.
Uma vez conhecidas as origens dos títulos, cabe agora conhecer a configuração dos mesmos. Existe um predomínio de pesquisas empíricas (78,1% dos casos), em comparação com as teóricas (21,9%), embora haja relativo equilíbrio entre pesquisas quantitativas e qualitativas, uma vez que as primeiras representam 51,6% da amostra, com 40,6% da segunda e o restante (7,8%) sendo composto por pesquisas híbridas (qualitativa e quantitativa). Independente de qual dos dois direcionamentos escolhidos (ou também o formato híbrido entre qualitativo e quantitativo), o estudo científico deve ser pautado em
conhecimentos prévios.
Assim,
certos autores/obras/fontes se fizeram
recorrentes ao longo dos materiais, devendo ser relatados como potenciais integrantes de um novo referencial bibliográfico.
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Partindo das considerações sobre consumo e serviços, existem três livros que cabem à menção: Lovelock et al (2011), Lovelock e Wirtz (2006) e Solomon (2002). Além dessas obras, autores como Zeithaml, Barry, Parasuraman e Venkatesh também produzem conhecimentos complementares e são pensadores que auxiliam na construção do tópico em questão. Dessa forma, demonstra-se a importância e a validade daquilo que se pretende estudar tal como feito por Otuzi e Fortunato (2013), em que apresentam pesquisas prévias que reafirmam os desdobramentos de um consumidor satisfeito. Considerando, então, a construção do referencial direcionado aos níveis de instrução formal, as fontes principais que devem ser buscadas são os levantamentos desenvolvidos por órgãos como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Ministério da Educação e Cultura, Ministério do Trabalho e Emprego, por exemplo. Por conta do contínuo desenvolvimento de pesquisas, deve-se sempre consultar os respectivos portais eletrônicos em busca de dados atualizados. Além de dados populacionais, certos autores costumam desenvolver estudos explorando as limitações sociais por conta da falta de determinado nível de instrução formal, como Prahalad, Jae, Delvecchio, Viswanathan, Kopp, Adkins, Ozanne e Bellini. Cabe ressaltar que o baixo nível de instrução formal não está, necessariamente, relacionado à baixa renda, porém Hemais e Casotti (2010) sinalizam que existe relação entre os dois. Quanto às referências relacionadas aos bancos, pesquisas desenvolvidas pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) fornecem dados sobre o contexto bancário nacional, além de apresentar comparativos com outras nações ao redor do mundo, como FEBRABAN (2014, 2013), por exemplo. Além disso, a obra de Fonseca, Meirelles e Diniz (2010) apresenta a evolução da tecnologia bancária no cenário brasileiro ao longo das últimas décadas, complementando assim com uma visão histórica. De modo a demonstrar o desenvolvimento de pesquisas científicas relacionadas à qualidade dos serviços bancários, a bibliometria de Ensslin, Ensslin e Pinto (2013) (já mencionada) apresenta um panorama útil sob a forma de demonstrar lacunas que poderiam ser exploradas de melhor forma.
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Relacionando consumo em bancos, Diniz (o mesmo citado no parágrafo anterior) possui produções sobre bancos e Internet Banking, sendo um autor com linha de pesquisa próxima. Também foi encontrada a obra de Zacharias, Figueiredo e Almeida (2008), como referência recorrente, devendo ser considerada no processo de fundamentação teórica. Por fim, os estudos de Prado (2010) (delimitando os serviços bancários automatizados como autoatendimento, telefone e online) e de Abbade e Noro (2012) (indicando os serviços mais utilizados nas plataformas eletrônicas) consolidam a base para desenvolvimento do estudo proposto. Dessa forma, o levantamento resultou em um retrato de obras e pesquisadores que provavelmente venham a compor a literatura de posterior estudo empírico decorrente da problemática levantada, envolvendo ‘consumo’, ‘serviços bancários automatizados’ e ‘pessoas com baixos níveis de instrução formal’. Como pôde ser visualizado, o campo científico mantém interesse na temática, havendo espaço tanto para pesquisas quantitativas como qualitativas. Através da revisão dos pares, busca-se validação dos esforços para a construção aqui apresentada sobre a forma de um estudo pautado em métodos científicos considerados válidos, como orienta Tracy (2010).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tomando por base as considerações expostas ao longo da presente revisão sistemática, este trabalho obteve referenciais que possibilitam a construção de pesquisa orientada ao entendimento de como as pessoas pouco instruídas formalmente consomem os serviços bancários oferecidos em caixas eletrônicos, objetivando verificar a viabilidade de um estudo com tal temática. A busca por esse objetivo resultou em levantamento que percorreu as bases de 107 revistas, além da verificação das publicações presentes nos eventos da ANPAD, reunindo 160 artigos. Como resultado de triagens, 59 artigos foram selecionados, os quais estavam relacionados às temáticas de consumo e serviços, níveis de instrução, bancos e consumo em bancos, possibilitando a construção de um referencial teórico atual, composto por estudos divulgados entre os anos de 2010 até 2014. Seguindo os procedimentos expostos, esse estudo expande a pesquisa de Ensslin, Ensslin e
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Pinto (2013) ao apresentar o cenário nacional de esforços dedicados na produção científica da temática ‘consumo bancário’ por um nicho específico, além de sinalizar potenciais destinos para submissões com o pensamento de melhor alinhamento com
o escopo desejado. Devido ao cenário apresentado na Introdução, imagina-se que, por conta das comunicações com o mercado, desenvolveram-se esforços que acabam não atendendo dificuldades de determinados nichos de mercado (como o de pessoas pouco instruídas formalmente). Estudos como o de Isboli e Pépece (2016) seguem nesse entendimento, adicionando que o atendimento a tal público poderia mesclar elementos não textuais às mensagens já presentes nos caixas eletrônicos, ou, ainda, buscar tornar tais consumidores mais autônomos (sem que necessitem de suporte no uso da máquina), desenvolvendo tecnologias como as presentes nos self-checkouts de supermercados. Sob a forma de uma limitação do estudo, considera-se que uma análise bibliométrica poderia ter sido conduzida em vista de somar ao objetivo de demonstrar a viabilidade do estudo futuro discutido. Porém, ainda que tenha decorrido
de
uma
metodologia
científica
menos
rigorosoa
(comparado
à
bibliometria), foi possível apresentar autores que mais publicaram no levantamento feito, bem como os anos de maior produção e os periódicos e eventos que mais publicamcom escopo mais alinhado. Apuraram-se, também, os tipos de estudos desenvolvidos (entre quantitativos, qualitativos ou um híbrido dos dois anteriores), contribuindo assim para o conhecimento dos direcionamentos mais frequentes das pesquisas. Embora os trabalhos se relacionem às palavras-chave, existe uma lacuna na literatura envolvendo o título em sua plenitude, uma vez que existem produções sobre consumo de serviços, serviços bancários e também consumo por pessoas com baixos níveis de instrução formal e renda. Porém, tais estudos costumam adicionar à literatura considerações sobre produtos, havendo espaços não explorados, como a proposta de consumo em terminais de autoatendimento bancário, de tal forma que o objeto de estudo pretendido apresenta potencial contribuição teórica e gerencial, adicionando considerações sobre o consumo de
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serviços (e tecnologias) por determinado segmento do mercado. Logo, existem evidências de que um estudo decorrente da revisão sistemática aqui apresentada tende a ser bem aceito do ponto de vista acadêmico, haja vista que há um constante interesse pela temática no campo.
CONSUMPTION OF AUTOMATED BANKING SERVICES BY ADULTS WITH LOW EDUCATION LEVELS: A SYSTEMATIC REVIEW OF BRAZILIAN ACADEMY PRODUCTION DURING THE PERIOD 2010-2014 ABSTRACT
This paper presents the results of a research aiming to identify, in the published scientific production – referring to journals from Brazil and events promoted by ANPAD –, studies related to the consumption of automated banking services, in self service terminals, by adults with low education levels. The work starts from considerations made by Jae and Viswanathan (2012) and Adkins and Ozanne (2005) that the market, even not intentionally, does not communicate adequately with consumers with few study, once that limitations such as reading and writing jeopardizes the understanding of these people about the communications developed by the organizations. To the research, it was conducted a systematic review of publications during the years of 2010 to 2014 in 107 Brazilian journals and five events promoted by ANPAD in the same period. At the end of the trials, 59 papers were selected, being possible to find: (1) the national state of dedicated efforts in the scientific production about the theme banking consumption, also pointing to potential sites to submissions with the thinking of probable alignment with the pursued goal; and (2) the problematic were not explored, due to the fact that the scientific field has publications relating consumption and people with low education levels and low income, but focusing essentially in products, attesting that there is scientific and managerial value in a following study. So, it is demonstrated that there is space in the academia to the study proposal here problematized. Keywords: Automated services. Banks. People with low education levels.
AGRADECIMENTOS
36
À CAPES, pela bolsa de estudos.
REFERÊNCIAS
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37
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38
SAHI, Gurjeet Kaur; GUPTA, Sangeeta. Predicting consumers’ behavioral intentions toward ATM services. Journal of Indian Business Research, Bingley, v. 5, n. 4, p. 251-270, 2013. SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. TAIAROL, Silvane Maria; RAIMUNDINI, Simone Letícia; BEHR, Ariel. Indicadores sociais internos e a geração de valor adicionado: uma análise da relação do balanço social e da demonstração do valor adicionado em bancos brasileiros. In: ENCONTRO DA ANPAD, 35., 2011, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro-RJ.: ANPAD, 2011. TRACY, Sarah J. Qualitative quality: eight “big-tent” criteria for excellent qualitative research. Qualitative Inquiry, Thousand Oaks, Calif., v. 16, n. 10, p. 837-851, 2010. ZACHARIAS, Maria Luiza Barcellos; FIGUEIREDO, Kleber Fossati; ALMEIDA, Victor Manoel Cunha de. Determinantes da satisfação dos clientes com serviços bancários. RAE Eletrônica, São Paulo, v. 7, n. 2, 2008.
39
Anexo I – Artigos encontrados na pesquisa Nº
Título
Autores
Instituição
Potenciais e Desafios da
YOKOMIZO,
Adoção da Tecnologia de
Akira
Cesar
Origem
Ano
FIA
Correspondentes Bancários 1
para
Expansão Crédito:
a
do
(Micro?)
um
Estudo
Exploratório População
na de
EnANPA DINIZ,
Eduardo
Henrique
D
FGV
2010
Baixa
Renda no Brasil Indicadores
2
de
NASCIMENTO,
Desenvolvimento Social:
Sabrina do
Impacto
MACHADO,
do
Índice
de
Matrículas, número de
Gomes
Alunos e Professores e
SCARPIN,
Gastos
Eduardo
Públicos
Municipais
UNOESC
Débora
Jorge
FURG EnANPA
UFPR
D
com
2010
Educação na Taxa de Analfabetismo
nos
Municípios do Estado de
VESCO,
Delci
Grapegia Dal
UNIOESTE
Santa Catarina Universidade
TOLENTINO,
Estadual
Marlúcia Araújo Orçamento Público para a Educação Básica: uma 3
Análise
dos
Realizados Municípios
Gastos pelos
da
Região
Norte de Minas Gerais
BOTELHO,
Montes Claros
Ernani
Mendes
BATISTA,
Georgino
Evangelista Quintino
LOPES,
Maria
Aparecida Soares
4
de
Universidade Estadual
de
Montes Claros
EnANPA
Universidade
D
Estadual
2010
de
Montes Claros Universidade Estadual
de
Montes Claros
Matrizes Históricas das
NASCIMENTO,
UDF
Centro
Políticas Públicas para
Anderson Rafael
Universitário
EnANPA D
2010
40
Nº
Título
Autores
Instituição
ZUQUIM, Judith
USP
Origem
Ano
Infância e Adolescência: assistencialismo, tecnicidade
e
educatividade em disputa ARTONI, Recebi
5
Um
SMS,
e
Patricia
Regina Caldeira Daré
Mackenzie
Agora? O Consumidor De
ZANATTA, Camila
N/E
Baixa Renda Frente Às
HARASIN, Emilyn
N/E
Ações
SANCHES, Manuela
N/E
ANDRADE, Odair
N/E
FALCÃO, Priscila
N/E
De
Mobile
marketing
Classes
EnANPA D
2010
Sociais,
Peculiaridades na Base 6
da
Pirâmide
e
Possibilidade
a de
MATTOSO,
Cecília
Lima de Queiros
EnANPA
PUC-RJ
D
2010
Esquemas Classificatórios GROHMANN, Márcia
7
Aceitação e adoção de
Zampieri
produtos com inovações
BATTISTELLA,
tecnológicas:
Luciana Flores
o
gênero
como fator moderador
VELTER,
8
do
Comportamento
Oliveira
Planejado
VEIGA,
Decomposto:
Determinantes Utilização
do
de Serviço
Mobile Banking
Aline
Teixeira MOURA,
Luiz
UFMG EnANPA
UFMG
D
Faculdade
qualidade na intenção de
da Costa
Faria
uso do internet banking
PIRES, Péricles José
UFPR
A
PLUTARCO,
Faculdades
Francisca Flávia
Cearenses
Finalização
da
de
Comerciais e o Processo
de Serviços Passivos,
Reativos
Sentimentais
FREITAS,
Ana
Augusta Ferreira de
e
HEMAIS,
-
Wilcox
Marcus
2010
Centro
FILHO, Bento Alves
percepção
de Atribuição no Contexto
11
Ricardo
2010
UFSC
Universitário UMA
Relacionamentos 10
Deborah
D
Rodrigo Cunha
A 9
SANTOS,
EnANPA
UFSC
Nadalin Teoria
UFSC
UECe
UCRJ
Alves
EnANPA D
EnANPA D
EnANPA D
2010
2010
2010
41
Nº
Título
Autores
Consumidores de Baixa Renda
Projetam
suas
Insatisfações
CASOTTI,
Leticia
Moreira AMARAL,
Negativas
no
Beatriz Ferreira
Pará de Minas
Comportamento
do
NETO, Mário Teixeira
Universidade
Reis
FUMEC
no
Setor
Envolvendo
Márcia
Origem
Faculdade
de
EnANPA
Bancário Custos
de
OLIVEIRA,
Centro
Maximiliano
Universitário
e
Francisco de
Belo Horizonte
e
ABBADE,
Mudança, Comprometimento
Ano
UFRJ
Experiências Positivas e
Consumidor: Um Estudo 12
Instituição
D
2010
de
Emoções Avaliação, 13
utilização
resistência na adoção de serviços
de
auto-
atendimento bancário
14
Greice
SILVA,
em Rede: uma Aplicação
Pereira da
da
Análise
de
Redes
Sociais na Comunidade
O
Comportamento
de
da
TORRES,
Gislene
Polyanna
de Arruda FRANÇA, André Luiz
Estratégicos no Mercado
Pereira
uma
Inovação
em
Serviços? Como
as
Inovações em Serviços? Um Estudo Exploratório de Empresas no Brasil
2010
Faculdade Maurício
N/E
de EnANPA D
2011
UFPB
ZILBER, Moisés Ari CHACON,
Thiago
José Torreão MOREIRA,
UPM
EnANPA D
Marina
Figueiredo Ocorrem
D
BARBOSA, Conceição Aparecida
Débito Direto Autorizado:
EnANPA
Faculdade
Nassau
Rivalidade dos Grupos
2005 e 2009
Universitário
Palotina
Dias de
Bancário Brasileiro entre
17
NORO,
Centro
Franciscano
Proteção e Anticonsumo
Site ReclameAQUI
16
Botti
Bem
Virtual do Banco X do
15
Eduardo
VASCONCELLOS, Luis Henrique Rigato MARX, Roberto
2011
Mackenzie
N/E
UnB
FGV
USP
EnANPA D
EnANPA D
2011
2011
42
Nº
Título
Autores
Instituição
Origem
Ano
MAPURUNGA, A 18
Segmentação
Mercado
de
em
Web
Bankings no Brasil
Patrícia Vasconcelos Rocha MENESES,
Anelise
Florencio de BOLZAN,
Larissa
Medianeira Validação 19
Instrumento Identificar
um
VIEIRA,
Capaz
de
Mendes
Nível
de
CORONEL,
de
o
Inclusão Digital Individual
Kelmara
Daniel
Arruda LÖBLER,
Mauri
Leodir TAVARES, Elaine LUCAS,
Cristina
Castro A Influência do Uso de 20
Tecnologias Móveis na Inovação em Serviços
21
de
Caso
Edimara
Mezzomo Eliane
Pinheiro
Acesso
à
Web
pelos
Analfabetos Funcionais
FERREIRA, Simone Bacellar Leal SILVEIRA,
Denis
Silva da MODESTO,
Débora
Maurmo Avaliação 23
de
Acessibilidade Terceira WebSites
para
Idade
em
Utilizando
UnB
SANTOS,
Andréa
Gomes dos SILVEIRA, Silva da
Denis
2012
N/E
PUC-RS
CAPRA,
22
N/E
DIEHL, Felipe Müller
LUCIANO,
o
UFSM
N/E
Maurício
2013
UFSM
PHILIPPE, Jean
Tecnologia
Nacional:
I&S
D
Gregianin
Desafio
UFSM
N/E
Usuários a Mudanças de
Informação
UFSM
LEO, Pierre-Yves
TESTA,
2011
UFCe
EnANPA
sobre a Adaptação de
da
D
N/E
Christine
Estudo
EnANPA
DIALO, Mbaye Fall
MONNOYER, Marie-
Um
UFCe
PUC-RS
EnANPA D
2012
PUC-RS
UNIRIO
UFRJ
UFPe
EnANPA D
2012
UFRJ
N/E
UFRJ
EnANPA D
2012
43
Nº
Título
Autores
Lógica Fuzzy
LOIOLA,
Instituição Eliane
Maria FERREIRA, Simone Bacellar Leal
24
Avaliação do Envio de
BESSA, Allan Telles
Mensagens de Texto pelo
ALMEIDA,
Público de Terceira Idade
Xavier E. de
nos Celulares dos Tipos
FERREIRA, Simone
Touch
Bacellar Leal
Screen
e
Convencional por Meio
SILVEIRA,
do Modelo GQM
Silva da
Rafael
Denis
AMARAL,
Nicoli
Wanderley A Percepção da Inovação no Contexto de Serviços 25
e
sua
Influência
na
Satisfação e Lealdade do Cliente
MOTA,
Marcio
de
Oliveira FREITAS,
Ana
Augusta Ferreira de JUNIOR,
Sergio
Botelho TERRA,
26
A Influência da Inovação
Mendonça
em Produtos e Processos
BARBOSA,
no
Desempenho
de
Empresas Brasileiras
Natália
Origem
Ano
UPe
UFRJ UFRJ UFRJ EnANPA D
UFRJ
2012
UFPe
UECe
UECe
EnANPA D
UECe
2012
UECe Universidade Estácio de Sá
José
Universidade
EnANPA
Geraldo Pereira
Estácio de Sá
D
BOUZADA,
Universidade
Marco
Aurélio Carino
2013
Estácio de Sá Centro
Satisfação 27
do
Consumidor,
OTUZI, Roberto
FORTUNATO,
28
análise
da
mediação da Capacidade
Jeffman
de Inovação em Mercado
PERIN,
na
Gattermann
relação
Orientação
entre ao
Consumidor e Sucesso de Novos Produtos 29
SANTOS,
Os
Modelos
de
SAMPAIO,
das
EnANPA D
2013
FUCAPE
Graziela Uma
Dinâmica Cataratas
Rentabilidade e Valor ao Acionista
Universitádio
Mirela
Marcelo
UNISC
PUC-RS
EnANPA D
Cláudio
Hoffman MONDO, Tiago Savi
2013
N/E
IFSC
EnANPA
2013
44
Nº
Título
Autores
Instituição
Origem
Qualidade em Serviços: Mapeamento
D
da
Produção Científica de Alto Impacto para a Área de
Ano
Administração
no
FIATES,
Gabriela
Gonçalves Silveira
UFSC
Brasil Até 2012 (título abreviado)
30
Lan House e Inclusão
SOARES,
Carla
Digital no Brasil: uma
Danielle Monteiro
Abordagem Ator-Rede
JOIA, Luiz Antonio
Gonçalves
Possibilidade
de
Alteração
das
Expectativas 31
para
Geração
de
Gaps
Positivos
na
Escala
SERVQUAL
sem
Alterações no Serviço
FILHO,
Hélio Raimundo SILVA,
Rubens
Cardoso da SÁ,
José
Roberto
Silva de BELTRÃO,
Norma
Ely Santos FERREIRA, Aline de Oliveira
Ficar ou Partir? – Um Estudo 32
sobre
Consequentes
os de
Atitudes de Vingança no Contexto de Serviços
Simony
Rodrigues ROCHA, Ana Paula Benício da Marcio
de
Oliveira SOUSA,
Felipe
Gerhard Paula Pesquisa Científica em Marketing de Serviços no 33
Brasil: Literatura
Revisão desde
Década de 1960
da a
SOUZA, Lucas Lopes Ferreira de MARINS,
Simony
Rodrigues MOTA,
D
2014
UFPA
N/E
UFPA EnANPA D
N/E
2014
UFPA Faculdade Maurício
de
Nassau
MARINS,
MOTA,
EnANPA
FGV
NETO, João Moreira
FERREIRA
FGV
Marcio
de
Oliveira FREITAS,
Ana
Augusta Ferreira de
UECe
UECe
EnANPA D
2014
UECe
UECe
UECe
UECe
UECe
UECe
EnANPA D
2014
45
Nº
Título Em
34
Autores Busca
de
Instituição
um
PINTO, Marcelo de
Instrumento
de
Rezende
Mensuração
da
LEITE, Ramon Silva
VIEIRA,
EXQ
Aparecida
(Customer
Cristiane
Ano
PUC-MG PUC-MG
Experiência de Serviços: um Estudo Envolvendo a
Origem
EnANPA D
2014
N/E
Experience Quality) MEDEIROS, Gabriela
35
Endividamento e Literacia
Marques de
Financeira
na
DANTAS,
Perspectiva
dos
Queiroga
Gabriela
Consumidores
SILVA, Josueliton da
Endividados no Cartão de
Costa
Crédito
PEREIRA,
Rita
de
Cássia de Faria Comportamento
UFPB
UFPB
UFPB
EnANPA D
2014
UFPB
do
Consumidor e Consumo de 36
Tecnologia:
Perspectivas
de
Investigação
na
SOUZA,
Rosana
Vieira
UNISINOS
EMA
2010
EMA
2010
Análise
2013
EMA
2012
Sociedade Contemporânea Mobile
Banking:
Impacto
37
o das
PAVARINI,
Sara
Cordeiro Coelho
Características Pessoais
MARCHETTI, Renato
do Consumidor e dos
Zancan
Atributos Percebidos da Inovação
na
Adoção
deste Serviço
SILVA, Wesley Vieira da MATOS,
Celso
Augusto de Reações 38
dos
Consumidores a Falhas de Serviços: Um Estudo no Brasil e EUA
GARRIDO,
Ivan
Lapuente D'ÁVILA, Lívia Castro CALIXTO,
Cyntia
Vilasboas 39
As
Relações
Satisfação,
entre
Confiança,
SANTOS, Michel Finazzi
Patrick
N/E
PUC-PR
PUC-PR
UNISINOS
UNISINOS UNISINOS FGV
UnB
46
Nº
Título
Autores
Lealdade
Atitudinal
de
Origem
Ano
EMA
2012
EMA
2014
EMA
2014
BAR
2012
BBR
2012
Dados
2011
e
Rentabilidade Correntistas
Instituição
de
PORTO,
um
Barreiros
Rafael
UnB
Banco de Varejo
40
A Internet e a Terceira
ESTEVES,
Idade: Elaboração de um
Silva
Priscila
IFRS
Modelo Teórico para a Compreensão
deste
Comportamento
de
SLONGO,
Luiz
Antônio
UFRS
Consumo Valor
Percebido
Correntista 41
no
Bancário
pelo Varejo
PARENTE, Eduardo Soares
UNILAB
(VPCVB):
Conceituação
e
Proposição
de
uma
LEOCÁDIO,
Áurio
Lúcio
UFCe
Escala de Mensuração Limitações
Digitais
em
Adolescentes: Um Estudo 42
sob
a
Perspectiva
da
Teoria da Vulnerabilidade do Consumidor
DINIZ, Ionara Sarai Ferreira Nóbrega PEREIRA,
Rita
Cássia de Faria BELLINI,
Carlo
Gabriel Porto SORDI,
43
de
José
New Technologies, Old
Osvaldo De
Habits:
MEIRELES, Manuel
Automation
without Innovation
VALENTIM,
Marta
Lígia Pomim HOR-MEYLL,
Luis
Fernando Por 44
que
reclamam
consumidores de
compras
online?
BARRETO,
Marcelo
Barreiros CHAUVEL,
Marie
Agnes ARAUJO,
Fabio
Francisco de
45
Desigualdade
de
Oportunidades
e
Resultados Educacionais no Brasil
RIBEIRO, Antonio Costa
Carlos
UFPB
UFPB
UFPB
UNINOVE FACCAMP UNESP
PUC-RJ
PUC-RJ
UFSJDR
PUC-RJ
UERJ
47
Nº
Título Processo de Investigação
46
e Análise Bibliométrica: Avaliação da Qualidade dos Serviços Bancários
Autores
Instituição
ENSSLIN, Leonardo
UFSC
ENSSLIN,
Sandra
Rolim PINTO,
Hugo
de
Moraes RIBEIRO, José Luis
Determinantes 47
da
satisfação e atributos da qualidade
em
serviços
bancários
Duarte MACHADO,
Cássio
Oliveira TINOCO,
UFSC
Ano
RAC
2013
UFSC
UFRGS
UFRGS
Gestão e Produção
Maria
Auxiliadora
Origem
2010
UFRGS
Cannarozzo 48
49
O sucesso da tecnologia bancária brasileira O
banco
do
futuro:
perspectivas e desafios
BADER, Marcos
USP
ERAE
2011
ACCORSI, André
PUC-SP
RAUSP
2014
USP
G&R
2010
I&S
2010
Meta
2011
REAd
2011
ReUFSM
2012
Sites de Internet Banking: 50
uma
Avaliação
da
Qualidade Baseada no
PRADO,
Edmir
Parada Vasques
Modelo WebQual BELLINI,
Carlo
Gabriel Porto 51
Limitações Digitais
GIEBELEN, Edwin CASALI, Richélita do Rosário Brito
Indicador
Nacional
Alfabetismo 52
como
de
Funcional:
avaliar
jovens
adultos
Mônica
Reis
UFPB UFPB
UVA
as
deficiências educacionais de
BERLINER,
UFPB
no
ELLIOT, Ligia Gomes
Fundação Cesgranrio
Brasil Canais de atendimento e 53
lucratividade em serviços: um caso bancário
54
FIEBIG,
Émerson
Adriano FREITAS,
Feevale Ernani
Cesar de
Conhecimento,
ABBADE,
segurança, resistência e
Botti
Universidade
Universidade Feevale
Eduardo
UNIFRA
48
Nº
Título
Autores
utilização de tecnologias de
auto-atendimento
bancário
NORO,
Instituição Greice
Bem CASTRO,
Os 55
fatores
de
de
Ano
ReUFSM
2011
RCA
2013
ReMark
2013
ReMark
2013
REE
2013
UNIFRA
Luiz
Alberto
Marcondes
alavacagem da qualidade
Homen de Mello e
dos internetbankings
GOUVÊA,
Maria
Aparecida JUNIOR, Flávio
Origem
FEA-USP
FEA-USP
Deosir Lobo
de
IFSC
Castro Qualidade de Serviço: um 56
estudo bibliométrico nas bases
de
dados
internacionais
SILVEIRA-MARTINS, Elvis DELUCA,
Marcelo
Augusto Menezes ROSSETTO,
Carlos
Ricardo Mensuração do mix de marketing de serviços, da 57
satisfação e da lealdade em clientes de um banco de varejo
58
SOUZA, Bruno Brito Pereira de GOSLING,
Merlusa
Mendonça GONÇALVES, Carlos Alberto
Segmentação
de
consumidores
de
produtos
e
bancários:
um
serviços estudo
UFPel
UFSC
UNIVALE
UFMG
UFMG
UFMG
BUENO, Regiane
FEA-USP
IKEDA, Ana Akemi
FEA-USP
exploratório Jovens 59
e
adultos
processo escolarização
e
em de
BRITO, Bianca Maria
as
Santana de
FAAP
tecnologias digitais
Recebido em 26 de agosto de 2016 Aceito em 21 de outubro de 2016