Contribuições da implementação de etiquetas inteligentes no ambiente organizacional

May 24, 2017 | Autor: Henry Kupty | Categoria: RFID
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RIT – Revista Inovação Tecnológica Volume 3, número 2 – 2013 ISSN: 2179-2895 Editor Científico: Alessandro Marco Rosini Avaliação: Melhores práticas editoriais da ANPAD

CONTRIBUIÇÕES DA IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS INTELIGENTES NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL Ari Rocha Especialista em MBA Gestão Estratégica pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected] Clovis Bianchini Especialista em MBA Gestão Estratégica pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected] Henry Julio Kupty Mestre em Administração pelo Centro Universitário da FEI Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected] Jonathan H. Govier Especialista em MBA Gestão Estratégica pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected]

RESUMO Este artigo apresenta as contribuições da implementação de etiquetas inteligentes no ambiente organizacional, especificamente em uma instituição financeira. Etiqueta inteligente é um dos componentes da tecnologia RFID, abreviação de Radio Frequency Identification – Identificação por Rádio Frequência. Na etiqueta inteligente é possível armazenar diversas informações sobre o item a ser etiquetado, possibilitando sua localização e identificação com rapidez e eficiência. Com o aumento significativo na utilização de equipamentos móveis (telefones celulares, tablets e notebooks) por executivos das organizações- inclusive instituições financeiras - ficou cada vez mais difícil a gestão e monitoramento desses equipamentos. Como o ambiente de instituição financeira proporciona ambientes tecnológicos mais atualizados para um monitoramento e controle eficaz, a implementação desse tipo de tecnologia torna-se viável complementando uma gestão patrimonial otimizada. Palavras-chave: RFID; etiquetas inteligentes; gestão patrimonial; segurança da informação.

Data do recebimento do artigo: 20/05/2013 Data do aceite de publicação: 10/08/2012

Ari Rocha, Clovis Bianchini, Henry Julio Kupty & Jonathan H. Govier

INTRODUÇÃO Os sistemas de informação utilizados nas organizações contribuíram significativamente na maneira de negociar e gerenciar grandes volumes de informações, permitindo operações mais dinâmicas e seguras. No entanto, ainda persistem dificuldades entre o mundo virtual e o real. A velocidade das informações possibilitam agilidade e rapidez nas tomadas de decisões estratégicas e operacionais de forma a contribuir nos negócios da organização. Os métodos para inclusão dessas informações evoluíram em menor escala. Os primeiros sistemas de informação eram alimentados por digitação, evoluindo para leitora de códigos de barra, códigos 3D até as atuais etiquetas eletrônicas de identificação por rádio frequência, também conhecidas como etiquetas inteligentes. Esse conceito de tecnologia alavancou o grau de integração sistêmica, possibilitando identificação e controles mais apurados em tempo real. A Identificação por Rádio Frequência, tradução da sigla RFID – Radio Frequency Identification, abrange uma série de alternativas tecnológicas por meio dessa tecnologia extremamente flexível. Partindo de controle de ativos, agilidade nos processos logísticos de abastecimento, permeando por toda a cadeia produtiva, desde o controle dos itens (compras) para produção, controles de estoque e vendas. O termo etiqueta inteligente é devido à sua alta capacidade de armazenamento de informações do item etiquetado que podem abranger desde data de fabricação, nome do item, lote, origem, data de validade até o local de armazenamento. Neste artigo apresentaremos a contribuição da implementação de etiquetas inteligentes numa instituição financeira de porte médio, sediada em São Paulo, focada principalmente na identificação e localização imediata de ativos com alto valor agregado. Foram considerados nesse conceito os seguintes ativos: smartphones (telefones celulares), notebooks, tablets, terminais de atendimento ao cliente, conhecidos tecnicamente como ATM (Asynchronous Transfer Model). Esses ativos descritos possuem alto valor no mercado paralelo, pois seus componentes podem ser vendidos separadamente ou reconfigurados de forma a retornarem ao mercado paralelo de peças e aparelhos. Segundo Mandarini (2005) a segurança nas empresas trata apenas da proteção das pessoas (empregados em geral e alta administração) e dos ativos (bens tangíveis e intangíveis). A segurança corporativa estratégica, por sua vez, objetivando estabelece singular proteção à produção ou à prestação de serviços vai além: especificam os planejamentos integrados, mantém suas ações coordenadas e institui programas de educação para segurança. A segurança corporativa estratégica abrange mais que uma proteção de pessoas e patrimônio, coordena ações que visam educar para o conceito global de segurança.

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Com a adoção do RFID, vários quesitos de segurança são imediatamente revalidados, podendo se destacar: a localização do ativo na sede onde o colaborador executa suas atividades, sumarização de equipamentos ativos no local, localização do equipamento para uso em outras localidades, identificação com status de disponibilidade do equipamento, informações de entrada/saída do equipamento do local mapeado pela solução. A instituição financeira, por motivos de segurança, não nos permitiu a divulgação de sua razão social, por consequente a nomearemos como Banco Fortaleza. O Banco Fortaleza tem em aproximadamente dois mil funcionários, gerando uma receita anual em torno de R$ 1 bilhão. O artigo propõe que com a aplicação do RFID na instituição, haverá redução nas perdas de ativo, aprimorando os atuais controles de gestão patrimonial. Para composição deste artigo utilizaremos a metodologia descritiva, com abordagem qualitativa, natureza teórica e fontes secundárias. JUSTIFICATIVA Atualmente diversas organizações utilizam sistemas de informação para gerenciar seus bens patrimoniais, tendo como meio de identificação dos itens, as etiquetas com códigos de barras. Essa solução, embora de baixo custo, possui baixo nível de confiabilidade, refletidos nos efeitos da inutilização das linhas impressas do código de barras (se apagam) e na possibilidade de alterações nas linhas impressas (falsificações). Somado à baixa confiabilidade e consequente risco de perda das informações, temos o elevado tempo desprendido para que equipes executem o levantamento do inventário, pois é necessário passar item a item em uma leitora de códigos de barra. A gestão dos inventários físicos geram custos consideráveis para a organização, especificamente nas despesas com as equipes e o tempo demandado na tarefa. Conforme indicação do anuário do Congresso Internacional de Automação Bancária – CIAB (2012, p.22) os bancos continuam intensificando os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) com crescimento de 27% nos últimos três anos, saltando de R$ 14 bilhões em 2009 para R$ 18 bilhões em 2011. A maior parte desses investimentos foi em software, com 25% do volume investido. Esses investimentos refletem em automatização de processos e controles cada vez mais eficazes em instituições financeiras. Dentro dessa premissa, os ativos imobilizados dessas instituições tornam-se fator preocupante, quer no requisito perdas, quer no requisito riscos.

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Figura 1 – Estatística de Despesas e Investimentos em tecnologia por bancos no Brasil Fonte: Anuário CIAB 2012, p.22

Colaborando com esse cenário propício, a empresa de consultoria Gartner Group destaca que uma das dez estratégicas tecnologias para 2013 e que irão impactar a TI é a adoção de dispositivos móveis, especialmente telefones celulares com acesso a web, devendo ultrapassar os computadores pessoais como dispositivos mais comuns de acesso à web (CIAB Noticias, 2012). Complementando, a consultoria Gartner Group afirma que esses dispositivos vão substituir os computadores pessoais, exigindo que os departamentos de TI se adequem para suportar esses dispositivos móveis, criando rotinas específicas para gerenciamento de seu conteúdo, acesso e segurança, uma vez que, mais profissionais utilizem dessa facilidade em suas funções (FEBRABAN, 2012). A somatória desses dados estatísticos e previsões de empresas de conceito no mercado resultam num cenário favorável para que as instituições financeiras possam aprimorar seus

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controles de gestão e localização desses patrimônios móveis com a implementação de uma tecnologia confiável de etiquetas inteligentes. Apesar de a tecnologia RFID existir a décadas, ainda hoje se verifica pouco uso de controles informatizados e monitoramento de bens patrimoniais, principalmente nos itens de alto valor agregado da organização. Essa tecnologia foi inicialmente aplicada no controle da cadeia de abastecimento de empresas de grande porte, tais como: Gillette, Boeing, Airbus e Wall Mart tendo como principal foco os produtos com valor agregado devido ao seu alto custo, especialmente na fabricação da própria etiqueta. No decorrer dos anos, houve redução significativa no custo da etiqueta inteligente e a tecnologia de código de barras ficou sedimentada, tornando-se viável a utilização do RFID em produtos com menor valor agregado. Atualmente o Banco Fortaleza já se utiliza desse tipo de tecnologia nos crachás de seus funcionários e colaboradores, viabilizando ainda mais o projeto para controle de bens móveis. No entanto, cabe ressaltar que o Banco Fortaleza não dispõe de antenas em todos os pavimentos do edifício sede, pois as mesmas entram localizadas somente na entrada principal do edifício. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Costa (2002, p. 185) um complicador para o gerenciamento dos bens de patrimônio é o fato desses bens estarem distribuídos pelas diversas áreas da empresa, e manuseadas por pessoas diversas, que muitas vezes desconhecem a importância da informação da movimentação de um bem patrimonial. Os funcionários das organizações não conseguem mensurar a importância de localização dos bens patrimoniais, especialmente os dispositivos móveis que tem por característica intrínseca não permanecerem sempre no mesmo local. A localização do bem é necessária para gestão e segurança patrimonial. A proposta de implementação de etiquetas inteligentes em ativos de alto valor agregado é um passo inicial para que esse complicador de gerenciamento seja minimizado, proporcionando além do controle, uma maior eficácia na segurança deste património. Conforme Bhuptani & Moradpour (2004, p. 44) as tecnologias tem seu uso mais específico após 20 ou 30 anos lançadas ao mercado. Por meio da EPC Global, organização sem fins lucrativos, a implementação e padronização da tecnologia RFID foi disponibilizada para algumas empresas pioneiras, tais como: Gillette e Procter & Gamble. Podemos observar que mesmo tecnologias inovadoras só são aceitas no ambiente organizacional por meio de iniciativas isoladas de empresas de grande porte, e que mesmo assim, demandam certo tempo para sedimentarem no mercado. Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 29-41, Jul./dez. 2013 - ISSN 2179-2895

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FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA: O FUNCIONAMENTO DA TECNOLOGIA RFID Partindo da premissa de utilização de recursos baseados em tecnologia de rádio frequência, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), iniciou na década de 80, estudos para rastreamento e localização em larga escala de produtos A partir desse estudo foi criada o Código Eletrônico de Produtos – EPC (Electronic Product Code) que definiu uma arquitetura para identificação por rádio frequência, denominada posteriormente de RFID. A figura 2 ilustra um sistema básico de RFID.

Figura 2: Sistema básico de RFID Fonte: www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm

Conforme Maximiano (1997, p.70) a proposta do projeto é uma ferramenta extremamente importante de administração. Primeiro, a proposta é o registro das ideias a respeito do projeto e suas considerações de realização, e, portanto, ajuda a analisar, esclarecer e tomar decisões, bem como revela a clareza e lógica da equipe. Nesse contexto de Maximiano, é importante que a instituição Banco Fortaleza elabore um projeto de implementação dessa solução com as devidas integrações sistêmicas para esclarecer a alta administração dos benefícios que essa solução irá agregar a instituição. O projeto dessa arquitetura de identificação e localização necessita de alguns requisitos e especificações aos quais são consideradas como principais: 1- Especificação da planta baixa do edifício onde serão monitorados os itens; 2- Relação dos itens a serem monitorados; 3- Especificação de um Sistema de Controle de Ativos a ser integrado ao middleware (programa de computador que faz a mediação entre um software e demais aplicações); Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 29-41, jul./dez. 2013 - ISSN 2179-2895

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4- Especificações do Sistema de Controle de Acesso ao edifício sede (software de crachá ou ponto eletrônico); 5- Especificação do Sistema de Gestão de Recursos Humanos; 6- Indicação da equipe de redes de telecomunicações que atuará na solução; 7- Indicação do ponto focal do projeto e da equipe de ativos e segurança patrimonial que respondem pela implementação do projeto; 8- Especificação do tipo de etiquetas e respectivas antenas leitoras; 9- Especificação de um conjunto de programas (softwares) para o Sistema de RFID, desde integração à comunicação com os demais sistemas utilizados pela instituição financeira. 10- Planejamento de implementação com escopo do negócio a ser alcançado; 11- Plano de ação para implementação e suas atividades distribuídas entre todas as áreas envolvidas na solução. A instituição Banco Fortaleza considerou cerca de mil itens utilizando a solução de RFID, dentre eles telefones celulares do tipo smartphone, notebooks com acesso wi-fi e modems para acesso a internet; tablets com chip para acesso a internet e ATM de todas as agencias. Especificamente sobre os ATM, seguindo os atuais conceitos de mercado financeiro para redução de custos operacionais, o principal objetivo é compartilhar esse equipamento de alto custo de modo que possam ser utilizados por mais de uma instituição financeira. Com a utilização de etiquetas inteligentes será possível identificar rapidamente quais instituições financeiras o equipamento é compartilhado. O sistema de controle de ativos que se integrará à solução de RFID é conhecido como SIGMA: Sistema de Gerenciamento de Materiais Ativo-Inativos, onde encontraremos dados gerais do ativo, sua manutenção e vida útil. Esse sistema possui cadastro de todos os materiais adquiridos pelo Banco Fortaleza e todo seu histórico. Após a aquisição de cada ativo, a equipe executa o cadastramento de patrimônio com emplacamento físico, identifica seu valor de aquisição, suas especificações, inclusive técnicas, dados da nota fiscal e a respectiva área responsável pelo equipamento e sua utilização. O item então é encaminhado para área de segurança patrimonial que efetua o cadastramento no sistema de RFID e instala uma etiqueta de controle, possibilitando a inclusão de foto e informações do seu usuário. Este usuário, por sua vez, já se encontra autorizado pelo sistema de gestão de recursos humanos, que informa a segurança patrimonial, se o usuário está autorizado a transitar com o bem entre os andares e sair do edifício. Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 29-41, Jul./dez. 2013 - ISSN 2179-2895

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Por meio da análise das plantas baixas do edifício é possível identificar a melhor localização das antenas-leitoras de etiquetas RFID em cada um dos pavimentos. A intenção é determinar a quantidade de antenas-leitoras necessárias, a demanda de equipamentos monitorados, desde a entrada no edifício, elevadores e escadarias. A quantidade de antenas a ser instalada depende do tamanho dos pavimentos, levando em consideração a utilização do padrão de comunicação de rádio entre 1.800 e 2.300 GHz (Giga-hertz – 1 GHz equivale a 109 ciclos por segundo da frequência de rádio) envolvendo uma segurança do sinal emitido e a monitoração exata do equipamento procurado pelo operador do sistema de monitoramento. Principais especificações das antenas: a)

As antenas são instaladas na saída/entrada do edifício, salas, escadarias,

elevadores e demais locais para identificar o local exato do equipamento conforme análise das plantas baixas; b)

Funcionam de forma independente, não requerendo um servidor separado

para sua operação; c)

Fabricadas em acrílico se adaptam a qualquer decoração, permitindo ficarem

em locais discretos; d)

Operam em modo de economia de energia, entram em funcionamento ativo

com aproximação de fluxo; e)

Independente de sua orientação, as antenas possuem capacidade de leitura

mínima de oito etiquetas por segundo. f)

Principais

características da solução sistêmica: g)

Pode ser instalado em um ou mais computadores, permitindo os

colaboradores da segurança patrimonial receber informações do item e do respectivo responsável quando o alarme for acionado na saída ou entrada do edifício sede; h)

Possui integração com alarmes sonoros e/ou visuais que são acionados

quando da detecção dos itens etiquetados; i)

O sistema de identificação por RFID se integra com o Sistema de

Gerenciamento de Materiais Ativos, possibilitando inclusive a conexão com câmeras de vídeo; j)

A instalação de versões mais atualizadas é possível de forma remota, por

meio de softwares de comunicação, garantido por controles eficazes de segurança sistêmico. k)

Os equipamentos que eventualmente apresentarem erros ou problemas são

imediatamente diagnosticados e informados aos operadores do sistema. l)

Os itens etiquetados que eventualmente estiverem saindo do edifício serão

identificados e registrados com dado de data e hora de sua saída. Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 29-41, jul./dez. 2013 - ISSN 2179-2895

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O Banco Fortaleza já utiliza em sua identificação de funcionários crachás com

a mesma tecnologia RFID possibilitando integração entre os sistemas para o cruzamento de informações entre equipamento e seu portador nas dependências controladas do prédio. Associado às câmeras de segurança, obteremos um conjunto de informações úteis ao controle mais efetivo e seguro dos equipamentos. As instituições financeiras brasileiras de médio porte tem em seu conceito o uso constante e permanente de tecnologias sedimentadas no mercado para aprimoramento de seus controles e processos bancários. As instituições de grande porte também dispõem do uso de tecnologias inovadoras para a competição no mercado, sendo inclusive um atrativo para novos clientes. Atualmente os sistemas de informação dessas instituições possuem um bom nível de integração, conceito esse, utilizado largamente para que os sistemas possam trabalhar de forma a atingir o nível desejado de automação e resultados positivos. Esse fator possibilita que a integração sistêmica entre o novo sistema e os demais já existentes seja mais eficiente. COMO E ONDE O RFID PODE PROPORCIONAR RECEITA Partindo da premissa que a tecnologia RFID proporciona um melhor controle patrimonial de equipamentos de valor agregado podemos considerar que a instituição financeira reduzirá suas perdas patrimoniais significativamente, principalmente quando integrarmos essa solução com as demais soluções de gestão patrimoniais e segurança existentes. Aliado a esse fato podemos considerar a redução de custos de pessoal, com a redução significa de funcionários alocados para atividades de contagem dos bens e sua localização para composição de inventários. Para casos específicos da perda do dado e/ou informação em ambiente externo (fora da corporação) pode-se agregar softwares, que invalidariam o acesso ao conteúdo de dados. Para isso, a política de segurança para dispositivos móveis deverá adotar procedimentos específicos para recebimento da informação de perda/furto/extravio em períodos de vinte e quatro horas até sete dias por semana. Desta forma pode-se obter uma atuação operacional mais alinhada com as necessidades impostas pela instituição financeira. A área de auditoria poderá efetuar a gestão da segurança da informação mais efetiva, por meio de relatórios periódicos com os acessos, deslocamento entre andares e movimentação de bens entre usuários autorizados. Como beneficio complementar haverá condições de quantificar a depreciação dos bens etiquetados com mais agilidade e preciso, pois as etiquetas poderão ser gravadas com informações que permitam essa calculo. Essa depreciação é necessária para apurações nos balanços anuais da instituição, adequando-se a padrões internacionais de divulgação anual.

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Com a flexibilidade de novos softwares pode-se abrir perspectivas maiores de segurança, busca e controle dos equipamentos, sem que para isso, sejam necessárias aquisições de novas soluções de alto custo. As soluções tecnológicas explicitadas nesse contexto buscam uma apreciação minuciosa de integrações, processos em escala e com mínimo de condições de risco. Áreas de segurança ajustadas por procedimentos operacionais e demandando comunicação ininterrupta. Esses quesitos são obrigações consensuais e contratuais, que validam os acordos de nível de serviço ofertados pela área de tecnologia, segurança, administração e usuários da solução. CONCLUSÃO O sistema financeiro brasileiro e suas respectivas instituições são reconhecidos mundialmente por eficiência e automatização de controles e processos bancários. O nível de informações bancárias que o sistema financeiro brasileiro dispõe é um dos mais ricos e detalhados, conforme podemos verificar em seus balanços comerciais e dividendos aos acionistas. Nesse cenário, a implementação de um controle e gestão patrimonial em uma quantidade de equipamentos de valor agregado considerável, proporciona um complemento na eficiência de processos e informações, ampliando não só para dados bancários, mas também o controle de informações dos bens patrimoniais. A busca de eficiência é uma constante nesse segmento que cada vez mais coloca a tecnologia a seu favor nos diversos segmentos organizacionais. Usuários e colaboradores desejam a flexibilidade e harmonia nos equipamentos repassados pelo ambiente corporativo, impondo soluções mais robustas, consolidadas e pontuais à dinâmica dos processos empresariais destacados nesse momento globalizado, onde as ferramentas de apoio à informação e à decisão são fatores decisivos em vários negócios. O controle e a gestão desses bens, atrelados à comodidade de informações em tempo real, consolida a capacitação de uma empresa com foco operacional sistêmico para soluções de ponta no mercado e redução de custos operacionais. Por outro lado, temos a junção de vários fatores comerciais que impõe soluções mais leves para o usuário, contudo nossa expectativa é a aquisição de novas soluções implementadas pelos fornecedores de soluções agregadas a essa tecnologia no futuro. Esse desejo atrelado em soluções embarcadas na otimização devem surpreender novas formas de controle e gestão desses materiais num espaço de dez anos. Verificamos que a tecnologia tende a diminuir e compactar cada vez mais os componentes desse tipo de solução, dessa forma, o usuário poderá atuar com seu dispositivo em qualquer local do mundo, estando conectado com novas ondas de rádio, hoje segregadas à tecnologias inferiores. Nesse

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bastão da inovação, se mede a velocidade e o negócio aperfeiçoado, resultante para uma nova onde de controles numa rede aberta e infinita. REFERÊNCIAS Barata, J. C. A. & Goldman, C. (2009). Informação eletrônica e patrimônio público. Recuperado em 18 outubro, 2012 de http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S010399892009000100010&script=sci_pdf&tlng=pt Barbosa, M. J. P., Carmo, L. F. R. R. S. & Lopes, L. A. S. L. (2011). Estudo de Viabilidade de Implantação de RFID no Armazém do Depósito de Subsistência da Marinha do Rio de Janeiro. Recuperado em 14 outubro, 2012, de http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STO_135_857_17878.pdf Bhutani, M. & Morandpour, S. (2004). RFID: Implementando o Sistema de Identificação Por Radiofrequência. 8. ed. São Paulo: Iman. Costa, F. & Leal, J. C. (2002). Introdução à Administração de Materiais em Sistemas Informatizados. 1. ed. São Paulo: iEditora. CIAB. FEBRABAN - As 10 maiores tendências tecnológicas de 2013, segundo o Gartner. 2013. Recuperado em 20 outubro, 2012 de http://www.ciab.org.br/noticias/detalhe/187 FEBRABAN. CIAB 2012 – A Sociedade Conectada. 2012. Recuperado em 20 outubro, 2012 de http://www.febraban.org.br/7Rof7SWg6qmyvwJcFwF7I0aSDf9jyV/sitefebraban/Ciab12Anuario%20Febraban%2006.07.pdf Grusner, P. M. (2007) Administrando as finanças pessoais para criação de patrimônio. Recuperado em 12 outubro, 2012 de http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21978/000635996.pdf?sequence=1 Kalakota, R. & Robinson, M. (2002). M-Business Tecnologia Móvel e Estratégia. 1. ed. Porto Alegre: Artmed. Recuperado em 20 outubro, 2012, de http://books.google.com.br/books?id=DNkgy4uRELwC&pg=PA183&dq='rfid+em+ativo'&hl=ptBR&sa=X&ei=hFqMUJjNJubX0QGLtIG4CQ&ved=0CDcQ6AEwAA#v=onepage&q='rfid%20em %20ativo'&f=false Mandarini, M. (2005). Segurança Corporativa Estratégica. 1. ed. São Paulo: Editora Manole. Maximiano, A. C. A. (1997). Administração de Projetos – transformando ideias em resultados. São Paulo: Editora Atlas. Pedroso, M. C., Zwicker, R. & Souza, C. A. (2009). A adoção de RFID no Brasil: um estudo exploratório. Recuperado em 10 outubro, 2012, de http://www.scielo.br/pdf/ram/v10n1/v10n1a02.pdf Scavarda, L. F.; Nogueira Filho, C, & Kraemer, V. (2005). RFID na Logística: Fundamentos e Aplicações. Recuperado em 20 outubro, 2012, de http://www.nexo.ind.pucrio.br/Publicacoes/Artigos_em_congressos/2005_RFID%20na%20Log%C3%ADstica,%20Fundam entos%20e%20Aplica%C3%A7%C3%B5es.pdf Severo Filho, J. (2006) Administração de Logística Integrada: Materiais, PCP e Marketing. 2. ed. Rio de Janeiro: E-papers, Recuperado em 20 outubro, de http://books.google.com.br/books?id=WVh06POvIc0C&pg=PA215&dq=rfid+em+ativo'&hl=ptBR&sa=X&ei=w1qMUOrOI6SH0QHUAo&ved=0CEcQ6AEwAw#v=onepage&q='rfid%20em%2 0ativo'&f=false Teixeira, F. L. C. T. & Cavalcante, L. R. M. T. (2005). Relações entre tecnologia, padrões organizacionais e produtividade no setor bancário no Brasil. Recuperado em 12 outubro, 2012, de http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ForazarDescargaArchivo.jsp?cvRev=2234&cvArt=2234173920 Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 29-41, Jul./dez. 2013 - ISSN 2179-2895

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01&nombre=Rela%E7%F5es%20entre%20tecnologia,%20padr%F5es%20organizacionais%20e%2 0produtividade%20no%20setor%20banc%E1rio%20no%20Brasil Turbam, E., Wetherbe, J.C. & Mclean E. (2002). Tecnologia da Informação para Gestão. 3. ed. São Paulo: Artmed.

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CONTRIBUTIONS OF THE IMPLEMENTATION OF INTELLIGENT LABELS IN ORGANIZATIONAL ENVIRONMENT

Ari Rocha Especialista em MBA Gestão Estratégica pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected] Clovis Bianchini Especialista em MBA Gestão Estratégica pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected] Henry Julio Kupty Mestre em Administração pelo Centro Universitário da FEI Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected] Jonathan H. Govier Especialista em MBA Gestão Estratégica pela Faculdade de Informática e Administração Paulista - FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista [email protected]

ABSTRACT This article presents the contributions of implementing RFID technology in the workplace, specifically a financial institution. Electronic tags are an integral part of RFID (Radio Frequency Identification Technology). The electronic tag allows for the storage of a diverse quantity of data, enabling speedy and rapid identification and location of the tagged item. The significant increase in the use of mobile technologies (cell phones, tablets and notebooks) by organization executives, including those within financial institutions, has meant that the monitoring and tracking of such devices has become increasingly challenging. As banking environments tend to provide more up-to-date technological environments for efficient monitoring and control, implementing this kind of technology is a viable solution that is complementary to an optimized asset management by the organization.

Keywords: RFID; smart labels; asset management; information security.

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