CONTRIBUTOS PARA O ENSINO, APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO DO PORTUGUÊS NA GALIZA

July 9, 2017 | Autor: Antia Leira | Categoria: Languages and Linguistics, Galician Studies, Language Assessment, Language Teaching
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CONTRIBUTOS PARA O ENSINO, APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO DO PORTUGUÊS NA GALIZA

Antia Cortiças Leira Xurxo Fernández Carballido DPG – Associação Docentes de Português na Galiza Fundão, março de 2015

A avaliação em línguas estrangeiras 

Critérios de avaliação do docente.



Critérios de avaliação do formando.



Critérios sócio-culturais da avaliação.



Choques nos critérios avaliativos.



Segundo o QECR a avaliação baseia-se na: –

Validade



Fiabilidade



Exequibilidade

Desfasamento avaliativo na expressão oral 

Disfunções na avaliação comunicativa em falantes de línguas próximas – – – – – –



“Eu nunca tive problemas de comunicação”. “Estive a fazer um estágio no Porto”. “A minha mãe é brasileira”. “Oriento projetos e teses na Universidade do Minho”. “Trabalhei num hospital em Lisboa”. “O meu namorado é português”.

Avaliação da proficiência competência oral – –

geral

da

Consciencialização da importância da expressão oral. Dar maior importância à forma do que ao

Por obriga Por prazer

Pessoais

Saída Profssional

Bolsas/Estágios

Erasmus

Título

Motivações para estudar português

Alunos livres

Consensos entre docente e formando na avaliação da expressão oral   

 



Diferenciar conteúdos principais e secundários. (O português não é !Xóõ). Não obcecar-se com os falsos amigos. (A solidão mata). Lembrar que a comunicação é um processo múltiplo e complexo. (Não ridicularizar as experiências comunicativas dos formandos, mas encorajá-los a que façam o seu melhor). A luta constante contra o direito à preguiça. (Um direito de quem consegue comunicar). A brincalhona beleza das línguas próximas e a necessidade em adequar o discurso ao contexto. (Nem tudo vale a pena). Fazer parte da Lusofonia. (O usuário como ator principal).

Critérios sistémicos de avaliação da competência oral

Principais questões que devem ser trabalhadas e avaliad 

Nível fonético, reconhecimento e pronúncia: – z como [Ѳ]: quinze, paz. – j ou ge, gi como [x] ou [ʝ]: Jorge, já, gente. – –m fnal das palavras como [m]: com, sem, também. – ch como [ʧ]: chave, chiado, tacho. – diferença fonológica entre [s]-[z]: pressa / presa. – diferença fonológica entre [ʃ]-[ʒ]: queixo / queijo. – diferença fonológica entre [r]-[R]: caro / carro ??? – diferença fonológica entre [v]-[b]: vaca / baca??? – sistema vocálico: Ana / sou / ouro / leite ???

Critérios sistémicos de avaliação da competência oral

Principais questões que devem ser trabalhadas e avaliad 

Nível morfo-sintáctico: – Conjugação incorreta dos tempos verbais regulares ou irregulares. – Má formação dos plurais, nomeadamente os terminados em –ão. – Interferências na formação do feminino ou troca do género. – Interferência dos complexos sitemas e intrasistemas dos pronomes, das crases e das colocações: português, brasileiro, galego, espanhol, culto, popular, histórico, contemporâneo, etc. – Interferência na construção gostar de por *gostar-me. – Uso da preposição a com CD: Um homem mordeu*a um cão. – Confusões e fossilizações nos sistemas verbais: indicativo / conjuntivo; compostos / simples; condicional /

Critérios sistémicos de avaliação da competência oral Principais questões que devem ser trabalhadas e avaliadas Nível léxico e pragmático: – – – –



– –

Interferências de galeguismos / castelhanismos: pero, mui, alunado, atopar, cara a, etc. Confusão entre mais e mas. Utilização de elementos de coesão errados: ademais, nembargantes, anque, todavia, etc. Utilização de expressões incorrectas e decalques: ao melhor por se calhar; amodo por devagar; folga geral por greve geral, etc. Falsos amigos que podem provocar ruído na comunicação: bico / beijo; soto / sótão; ligar / engatar; almoçar / jantar, etc. Uso de bordões não portugueses: *bueno, *vale, *tío, *mira, etc. Confusão nas formas de tratamento: tu / você / a senhora / senhora doutora, etc.

Algumas atitudes que devem ser valorizadas • Cuidado na aplicação dos conteúdos gerais segundo o nível de profciência: [fonéticos, gramaticais, lexicais, culturais, etc.]. • Compreensão ótima. • Expressão apropriada ao contexto comunicativo. • Autocorreção. • Capacidade de recurso à paráfrase. • Uso adequado de bordões linguísticos: [pronto, pois, bom, percebes?, etc.]. •Uso adequado de elementos de coesão: [e, embora, quer, no entanto, todavia, já agora, etc.] • Uso de expressões idiomáticas e enfáticas: [Não sou o teu galego, é que, vamos lá!, sei

Algumas concluções gerais • O objetivo do falante não nativo não é ser um falante nativo. • Relacionar a competência oral com a compreensão auditiva e a compreensão escrita. • Aprender a ler e a pronunciar formas divergentes. [polícia, tranquilo, pastelaria, depois, fobia, copio, canguru, safari, nível, etc.] • Ser compreensíveis com os erros, ver as potencialidades e adaptar a competência oral aos conhecimentos e necessidades gerais do formando. • Algumas fossilizações podem ser naturalizadas? Quais? • Lutar contra a tendência, lógica, dos estudantes com capacidade comunicativa para dar mais importância ao conteúdo e não à forma. • Trabalhar oralmente todas as competências linguísticas. • Trabalhar a competência cultural para alargar conhecimentos gerais e aumentar a competência oral.

Muito obrigada!

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