Controle Fisiográfico do Patrimônio Arqueológico da região de Piraí da Serra - Paraná

July 22, 2017 | Autor: F. Pereira de Oli... | Categoria: Arqueología, Geografia
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CONTROLE FISIOGRÁFICO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DA REGIÃO DE PIRAÍ DA SERRA - PARANÁ. O presente trabalho visa documentar, interpretar e correlacionar com fatores ambientais as pinturas rupestres existentes na região de Piraí da Serra, enfatizando a importância do estudo e preservação do patrimônio arqueológico regional. A região de Piraí da Serra situa-se nos Campos Gerais do Paraná. É limitada pelo Rio Fortaleza-Guaricanga a noroeste, Escarpa Devoniana a sudeste, rodovia PR-090 a nordeste e Rio Iapó a sudoeste, abrangendo uma área de cerca de 500 km2. A presença do obstáculo natural representado pela Escarpa Devoniana, onde os vales encaixados dos rios constituem passos naturais, e a ocorrência de rochas favoráveis para o surgimento de tetos formam abrigos naturais, influenciaram para que Piraí da Serra apresente vários sítios arqueológicos, contendo principalmente pinturas rupestres. Os objetivos são realizar uma sistematização da documentação das pinturas rupestres encontradas, classificar essas pinturas de acordo com sistemas encontrados na bibliografia e correlacionar os sítios arqueológicos com fatores ambientais. Os estudos compreenderam o levantamento dos sítios já conhecidos e de novos sítios arqueológicos; a documentação e interpretação das pinturas rupestres; a análise dos fatores ambientais relacionados com a localização dos sítios. As pinturas encontradas na área estão distribuídas em 14 sítios relacionados às tradições Geométrica e Planalto, onde predominam figuras de animais, como cervídeos. O pigmento utilizado é vermelho, encontrado em seixos de rocha contendo grande quantidade de minerais com ferro alterados (hematita e seus produtos de intemperismo). Os abrigos são lugares com boa visibilidade e a grande maioria tem sua parte frontal direcionada para o Norte, para beneficiar-se da insolação máxima o que garante que os mesmos permaneçam secos. Os poucos face Sul apresentam muitas plantas e umidade no seu interior, o que influencia na degradação das pinturas. O estudo dos abrigos-sobrocha na região revela em vários casos forte degradação resultante de ação antrópica (fogo, depredação) ou natural (intemperismo das paredes rochosas, crescimento de organismos). A localização e o posicionamento dos abrigos podem indicar vários fatores condicionantes dos grupos indígenas pré-históricos, tais como: corredores de rotas migratórias, deslocamentos impostos por condições climáticas, melhor lugar para observação e captura da caça, etc. A proximidade de rios e cachoeiras é também um dos elementos fundamentais para escolher um lugar para abrigo. Os vestígios arqueológicos podem apoiar o conhecimento do contexto paleoecológico dos homens pré-históricos para interpretar as semelhanças e as diferenças constatadas de difusão ou de adaptação, de origem cultural, ou resultantes das imposições da natureza local.Verifica-se a existência de muitos sítios com pinturas rupestres na área, porém com poucas informações contextualizadas e datadas, que poderiam permitir uma análise mais detalhada e a conseqüente definição de territórios.

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