CORDOALHA ENGRAXADA EM LAJES DE EDIFICAÇÕES NA CIDADE DE TERESINA-PI

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CORDOALHA ENGRAXADA EM LAJES DE EDIFICAÇÕES NA CIDADE DE TERESINA-PI PRESTRESSED UNBORDED TENDONS IN BUILDINGS SLABS AT TERESINA – PI Wallison Angelim Medeiros (1); Carol Chaves Mesquita e Ferreira (2) (1) Graduado em Engenharia Civil, Mestrando em Estruturas, Universidade Federal de São Carlos (2) Professora Especialista, Centro Universitário Uninovafapi; Mestranda, Instituto Federal do Piauí

Resumo Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas e utilizadas na construção civil, visando reduzir tempo, custo e mão de obra. O concreto protendido com cordoalhas engraxadas é um exemplo de sistema utilizado mundialmente. Frente a essa tendência, este trabalho que não versa sobre o cálculo, mas sim, sobre a técnica de construção, demonstra no seu conteúdo a grande importância na atualidade dessa tecnologia, tanto pela sua competitividade econômica, como pelas possibilidades técnicas que ela proporciona nas estruturas das lajes dos edifícios comerciais e residenciais. Trata ainda, do uso desta tendência na cidade de Teresina (PI). Foram abordados nos capítulos, a história do concreto protendido; os conceitos do concreto protendido nas estruturas, materiais, equipamentos, acessórios utilizados no sistema; o processo de execução em obra; e os critérios que são considerados em projeto. Por fim, abordou-se o uso da protensão com cordoalhas engraxadas em lajes de edificações na cidade de Teresina, estado do Piauí, ressaltando os motivos pelos quais a proeminente tecnologia é praticamente não utilizada na cidade. Com isto, formou-se um material de apoio para a escolha ou não da utilização de cordoalhas engraxadas na execução dos edifícios residenciais e comerciais de lajes planas. Palavras-Chave: concreto protendido, protensão sem aderência, cordoalha engraxada.

Abstract New technologies are being developed and used in construction, to reduce time, cost and manpower. The prestressed concrete with unbonded tendons is an example system used worldwide. Faced with this trend, this work does not relate to the calculation, but rather on the construction technique, demonstrates in its content the importance today of this technology, both for its economic competitiveness as the technical possibilities it provides the structures slabs of commercial and residential buildings. It still, the use of this trend in the city of Teresina (PI). Addressed in chapters, the story of prestressed concrete, the concepts of prestressed concrete in structures, materials, equipment and accessories used in the system, the process of execution on site, criteria that are considered in design. Finally, discussed the use of unbonded tendons in buildings with polished slabs in the city of Teresina, state of Piauí, highlighting the reasons for the outstanding technology is virtually unused in town. As a result, it formed a support material for choosing or not using prestressed unbonded tendons in the execution of residential and commercial buildings with flat slabs. Keywords: prestressed concrete, prestressed without grip, unbonded tendons.

ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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1 Introdução A cada dia, as construções têm ficado cada vez mais leves e os projetos mais ousados. Os vãos livres tornam-se maiores, assim como a altura dos edifícios e o número de subsolos. As estruturas delgadas deram maior flexibilidade ao projeto de arquitetura e os elementos industrializados reduzem cada vez mais o tempo de execução. É inquestionável que o cenário da construção civil mudou devido os grandes avanços tecnológicos em estruturas, fundações e concreto. Protender uma estrutura de concreto é fazer uso de uma tecnologia inteligente, eficaz e duradoura que atende a essas exigências. As lajes protendidas com cordoalhas não aderentes têm sido executadas nos Estados Unidos, principalmente na Califórnia, desde o final da década de 50. Milhões de metros quadrados de lajes construídas e em bom estado de serviço, atestam o excelente desempenho desta tecnologia e dos métodos de cálculo e de detalhamento utilizados no projeto das mesmas. No Brasil, somente a partir de 1997, as cordoalhas engraxadas e plastificadas começaram a ser fabricadas pela Belgo Mineira, seguindo as especificações do PTI – Post-Tensioning Institute, dos Estados Unidos (LOUREIRO, 2006). As lajes planas sem viga comumente são adotadas quando se busca por estruturas racionais e de rápida e fácil execução. O sistema de protensão com cordoalhas engraxadas e plastificadas usado no mundo todo, apresenta-se como solução tecnológica para as lajes planas dos edifícios residenciais principalmente quanto à praticidade e simplicidade dos materiais e serviços, permitindo ainda o maior controle sobre deformações e fissurações e, consequentemente, o uso de elementos estruturais de menores dimensões, além de maiores vãos livres, em comparação com as estruturas de concreto armado. Hoje a protensão com cordoalhas engraxadas vem sendo muito usada na execução de pavimentos de edifícios, tanto na região Sudeste como no Nordeste do país (NAKAMURA, 2012). Apesar de sua estrema simplicidade de aplicação, a protensão sem aderência continua sendo um assunto técnico de responsabilidade, e como tal deve ser tratado. Visto a característica de perda total de sua influência na estrutura na ocorrência de uma falha, estudar os devidos cuidados e preocupações demonstram-se de relevante importância. Após pesquisa em instituições como Conselho Regional de Engenharia e Agrimensura do Piauí (CREA-PI); Sindicato da Indústria da Construção Civil de Teresina (SINDUSCONTeresina); a construtoras; e a profissionais qualificados da cidade, constatou-se a presença de apenas sete obras que possuem a protensão sem aderência na cidade de Teresina, sendo que cinco destas encontram-se ainda em construção. Portanto, pouquíssimas edificações adotaram a utilização de cordoalhas engraxadas, técnica tão promissora, o que nos remete a questão do porquê uma técnica tão amplamente difundida no Brasil e no mundo não está sendo usada na capital do Estado. Isto, justifica este trabalho que procura reunir informações sobre o tema, focalizando os aspectos estruturais voltados à aplicação em lajes de edifícios de concreto. Ainda, devido à falta de informações sobre a tecnologia na cidade, este trabalho busca mostrar as diferenças existentes e comprovar as vantagens estruturais, construtivas, arquitetônicas e econômicas da protensão não aderente para o mercado local.

2 Objetivos ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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2.1 Objetivo Geral Verificar a aplicabilidade do uso de cordoalha engraxada em lajes de edificações comerciais e residenciais de Teresina

2.2 Objetivo Específico • Evidenciar as vantagens e as desvantagens da utilização das lajes protendidas com monocordoalhas; • Mostrar as facilidades e dificuldades construtivas que as lajes protendidas proporcionam; • Diagnosticar os motivos pelos quais essa tecnologia não é amplamente utilizada; • Identificar se há viabilidade de utilização de lajes protendidas levando-se em consideração aspectos técnicos e culturais;

3 Revisão Bibliográfica 3.1 Concreto Protendido O concreto protendido é um sistema reconhecido mundialmente e nacionalmente, porém pouco utilizado em Teresina quando se trata de edificações residenciais com projetos convencionais e pequenos vãos. A palavra protensão ou pré-tensão (presstressing em inglês) expressa a idéia da instalação de um estado prévio de tensões em algum objeto. Na engenharia a protensão é aplicada a peças estruturais e materiais de construção (VERÍSSIMO & CÉSAR JR, 1998). A NBR 6118:2014 define elementos de concreto protendido como sendo aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensão, com a finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no estado-limite último (ELU). Tratando ainda a armadura ativa (de protensão) como a armadura constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um préalongamento inicial. O concreto protendido é um sistema que proporciona vantagens na sua utilização, tanto em obras de grande porte quanto em pequenas edificações. Apesar disso, esse método construtivo tem particularidades na sua execução, se não for fiscalizado corretamente, um pequeno erro na execução pode ser muito prejudicial à estrutura, devido à grande escala das forças de protensão. Visto isso, e considerando que muitos engenheiros em Teresina ainda não têm o domínio desse método por falta de cultura de sua utilização na cidade, em obras que não necessitam de um projeto diferenciado, essa se apresenta como a maior desvantagem do concreto protendido. Na obra que utiliza protensão a mão de obra envolvida no processo construtivo deve ser muito bem treinada e fiscalizada por um ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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profissional qualificado, pois qualquer improvisação nesse método pode ser muito perigosa (CAUDURO, 2002). Atualmente, os aços utilizados para a protensão caracterizam-se por suas elevadas resistências e pela ausência de um patamar de escoamento. Eles são agrupados em três grupos principais: fios trefilados, cordoalhas e barras (HANAI, 2005). Os Fios trefilados de aço carbono, em geral, de ø3mm a ø8mm, atingindo até ø12mm, são fornecidos sem rolos ou bobinas. O processo de trefilação destes fios, produz encruamento do aço, aumentando a sua resistência, obtendo-se resistências mais elevadas para fios de menor diâmetro (VERÍSSIMO & CÉSAR JR, 1998). As Cordoalhas utilizadas nas estruturas de concreto protendido são produtos formados por fios enrolados em forma de hélice, como uma corda. As mais comuns são constituídas por três ou sete fios. O processo de fabricação das cordoalhas deve garantir que, ao serem cortados com discos, os seus fios componentes não saiam de sua posição original ou que, caso saiam, possam ser reposicionados manualmente. No Brasil, somente em 1997 é que iniciaram a utilização de cordoalhas engraxadas, quando a fabricante nacional começou a produzi-la (SCHMID, 2004). As Barras de aço são ligas de alta resistência, laminadas a quente, com diâmetro superior a ø12mm, fornecidas em peças retilíneas e com comprimento limitado (NAKAMURA, 2012).

3.2. Classificação A NBR 6118:2014, define três tipos de concreto protendido: • Concreto com armadura ativa pré-tracionada: concreto protendido em que o préalongamento da armadura ativa é feito utilizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes do lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com os referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; • Concreto com armadura ativa pós-tracionada: concreto protendido em que o préalongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, criando posteriormente aderência com o concreto, de modo permanente, através da injeção das bainhas; • Concreto com armadura ativa pós-tracionada sem aderência: concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado após o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do próprio elemento estrutural, mas não sendo criada aderência com o concreto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados. Nesse trabalho tratamos da protensão sem aderência posterior (cordoalhas engraxadas), que é basicamente um método de aplicação de protensão em estruturas e algumas vezes em outras peças no canteiro de obras. A habilidade de protender no canteiro de construção elimina o custo de transporte das peças pré-moldadas e torna possível a utilização dos benefícios da protensão em estruturas de grande extensão, onde não é possível o pré-moldado. As outras vantagens da pós-tração incluem a construção de vãos contínuos e o direcionamento da força de protensão. (CAUDURO, 2002).

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3.3. Vantagens do concreto protendido com cordoalha engraxada Do ponto de vista estrutural, em relação à esbeltez as lajes podem vencer grandes vãos utilizando pequenas espessuras e ao mesmo tempo apresentando fissuras e flechas reduzidas, pois apenas uma parte da carga total seria considerada para a análise de flechas e tensões de tração no concreto. Assim, pode-se adotar, em muitos casos, o momento de inércia da seção bruta de concreto, normalmente sendo de duas a três vezes maior do que o da seção fissurada. De forma conjunta, também há uma melhoria no desempenho da resistência do estado limite último. A cordoalha engraxada tem coeficientes de atrito muito baixos, µ=0,07/rd e k=0,0035/m, reduzindo as perdas por atrito ao longo dos cabos, gerando uma maior força efetiva de protensão. O fato de as ancoragens serem individuais para cada cordoalha, há a minimização das tensões concentradas e das armaduras de fretagem. (LOUREIRO, 2006). Loureiro (2006) destaca, do ponto de vista construtivo, que as lajes protendidas sem vigas permitem o uso de pés-direitos menores, gerando uma menor altura total do edifício, ou num maior número de pavimentos. Nos edifícios residenciais e comerciais, este tipo de laje permite grande flexibilização na utilização dos espaços e o menor número de pilares pode aumentar as vagas de garagem. Além disso, a operação de protensão é simples e rápida, pois utiliza macacos leves. Assim, para vãos a partir de 6,50m, a laje lisa protendida com cordoalhas engraxadas já é uma alternativa estrutural competitiva com a solução convencional de lajes de concreto armado apoiadas em vigas.

3.4. Desvantagens do concreto protendido com cordoalha engraxada Os concretos que possuem maior resistência acabam por exigir um melhor controle de execução e os aços de alta resistência também exigem cuidados especiais, do recebimento até a fase de montagem das cordoalhas nas lajes. O posicionamento dos cabos de protensão deve ser realizado com a máxima precisão já que a força de protensão possui um valor muito alto, e um pequeno desvio do cabo pode produzir esforços não previstos, levando o comportamento inadequado da laje e até mesmo ao colapso. Tanto os equipamentos quanto a mão de obra deve ser especializada, com controle permanente dos esforços aplicados e dos alongamentos. Destaca-se, ainda, que poucos profissionais engenheiros projetistas estruturais desenvolvem projetos com lajes planas para edifícios no Brasil (VERÍSSIMO & CÉSAR JR, 1998).

3.5. Materiais e equipamentos para a protensão sem aderência Para executar a protensão em concreto sem aderência, são necessários basicamente dos seguintes materiais e equipamentos: concreto, cordoalha engraxada, ancoragem e macaco hidráulico. A execução de estruturas protendidas requer um rigoroso controle de qualidade do concreto, com realizações de ensaios e controle contínuo tanto do concreto como dos agregados (VERÍSSIMO & CÉSAR JR, 1998).

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3.5.1 Concreto O concreto deve ter boa compacidade e baixa permeabilidade, isso faz com que ele tenha uma proteção contra a corrosão da armadura, que, quando solicitado por maiores tensões, como no caso do concreto protendido, é mais suscetível à corrosão. Esse fenômeno denomina-se corrosão sob tensão (HANAI, 2005). A NBR 6118:2014 exige que o concreto protendido possua fck ≥ 25MPa, sendo usualmente utilizado valores entre 25MPa ≤ fck ≤ 40MPa. Essa alta resistência quando comparada ao concreto armado se deve pela introdução da força de protensão que pode causar solicitações elevadas, geralmente mais altas que as correspondentes a uma situação de serviço e pelo fato dos concretos de alta resistência possuírem em geral, modulo de deformação mais elevado, o que diminui as deformações imediatas como as que ocorrem ao longo do tempo. Na execução, deve ser verificado se os cabos não foram deslocados e se o concreto foi adensado corretamente; se o lançamento ocorreu por grua ou guindaste, deve-se adotar uma altura mínima a fim de evitar que o concreto desloque os cabos na queda; se foi com a utilização de bomba, não se deve apoiar o duto da bomba nos cabos, e ela deve ficar em posição que evite o deslocamento deles; lembrando ainda que os vibradores não devem ser colocados sobre os cabos durante o adensamento do concreto. A protensão dos cabos só é feita depois dos ensaios de resistência a compressão para confirmar que o concreto já atingiu o um fck mínimo especificado em projeto para que a estrutura resista à tensão aplicada nas cordoalhas (CAUDURO, 2002). 3.5.2. Cordoalha Engraxada As cordoalhas engraxadas são idênticas as cordoalhas utilizadas na protensão aderente, entretanto, nesse caso a cordoalha tem uma cobertura de proteção contra corrosão e é revestida por uma bainha de polietileno de alta densidade, conforme demonstrado na Figura 3. As cordoalhas mais utilizadas são as de sete fios, diâmetro nominal de 1/2” ou 5/8”, posicionando as cordoalhas no interior das bainhas formam-se os cabos. Figura 01 – Cordoalha engraxada

Fonte: CAUDURO (2002)

Quanto a comparação à protensão aderente, o uso de cordoalha engraxada é mais eficaz em elementos esbeltos, como lajes lisas, pois as cordoalhas permitem grandes curvaturas ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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no plano horizontal, podendo ser desviadas para a passagem de instalações elétricas e hidráulicas ou devido ao formato da própria estrutura. No Brasil, a NBR 7483:2008, afirma que as cordoalhas devem receber a designação da seguinte forma: CP 190 RB 12,7 significa uma cordoalha de sete fios para concreto protendido (CP), categoria 190, relaxação baixa (RB) e diâmetro nominal de 12,7mm; CP 190 RB 3 x 3,0 significa uma cordoalha para concreto protendido (CP), categoria 190, relaxação baixa (RB), cordoalha de três fios (n) e diâmetro nominal de 3 mm (d) por fio. 3.5.3. Ancoragem As ancoragens são constituídas de placas de ancoragem e cunhas. Conforme figura 2, pode-se perceber as placas de ancoragem, que são peças de ferro, que alojam as cunhas e tem como finalidade transferir a força de protensão para o concreto. O furo em que a cunha é alojada tem a superfície rugosa. A cunha consiste em uma peça de metal, dotada de dentes que são posicionados na cordoalha durante a transferência da força do equipamento de protensão para a ancoragem. Figura 02 – Cordoalha engraxada

Fonte: CAUDURO (2002)

3.5.4. Macaco Hidráulico O macaco hidráulico, indicado na Figura 3, é o equipamento que aplica a força de protensão no concreto. Como as forças de protensão são de valores elevados, o macaco hidráulico é a maneira mais simples de se obter essas forças. O Macaco hidráulico utilizado na protensão sem aderência é leve (19kg), e pode ser posicionado e protender em qualquer parte do comprimento do cabo, tensionando uma cordoalha de cada vez a cada 30 segundos. O conjunto de equipamentos de protensão é constituído por macaco e bomba. Deve ser disponibilizado para a equipe de protensão, junto com os equipamentos, uma tabela de calibração, para que seja conhecida a pressão necessária para aplicar a força na armadura ativa. O manômetro deve vir regulado (CAUDURO, 2002).

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Figura 03 – Macaco Hidráulico

Fonte: CAUDURO (2002)

4 Metodologia Visando evidenciar todas as vantagens técnicas da cordoalha engraxada, bem como mostrar as facilidades e dificuldades de seu uso na cidade de Teresina. Este trabalho foi elaborado através de dados consultados de livros especializados no assunto, manuais técnicos de execução, normas técnicas, artigos científicos e catálogos técnicos devidamente identificados nas referências. Infelizmente, os órgãos responsáveis da cidade, tais como: CREA-PI, PMT, SIDUSCONTeresina, CAU-PI; possuem o registro das edificações e seus responsáveis técnicos, entretanto não revelam, nestes documentos, o tipo do processo construtivo adotado, portanto, foi necessário a realização de uma pesquisa de campo. O estudo de campo consistiu numa busca investigativa sobre edificações residenciais e comerciais de Teresina que utilizaram a cordoalha engraxada em suas lajes; e com uma entrevista através de questionário aplicado a engenheiros construtores e engenheiros estruturais da cidade com capacidade técnica para utilizar a protensão sem aderência. O questionário utilizado encontra-se no apêndice deste trabalho e foi submetido e aprovado pela Comissão Ética da Plataforma Brasil conforme parecer presente nos anexos. O fato do uso de cordoalhas engraxada em lajes planas de edificações, possuírem sua eficiência comprovada em estruturas maiores, com grandes vãos e maior número de lajes reduziu consideravelmente as estruturas, as construtoras e os profissionais a serem pesquisados. Após pesquisa investigativa, definiu-se uma amostra com dez projetistas e dez construtores, visto a tecnologia estudada requerer uma qualificação específica tanto dos profissionais que projetam quanto das empresas construtoras que executam esse tipo de obra, restringindo assim os profissionais realmente habilitados para utilizá-la na cidade de Teresina. Apesar de não se ter a informação precisa, por parte dos órgãos de fiscalização competentes, da quantidade de profissionais e construtoras que já projetaram edificações dessa magnitude na cidade, acredita-se que a amostra determinada representa boa parte do estimado universo a ser estudado. O questionário que se encontra nos anexos deste trabalho está constituído de cinco questões onde duas delas possui espaço para justificativa e assim acrescentar alguma observação não prevista nas hipóteses. ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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Com posse das informações colhidas no processo investigativo e da aplicação dos questionários, fez-se uma tabulação de todos os dados coletados em aplicativo de planilha eletrônica e elaborou-se quadros simplificados, para assim poder analisar mais facilmente os elementos adquiridos e perceber os motivos nos quais a tecnologia estudada não está amplamente difundida no mercado local, além de identificar se há viabilidade para o uso da mesma e assim, fornecer um material que possa auxiliar na escolha ou não do método para quem pretende construir ou projetar uma edificação na cidade.

5 Resultados e Discussões Com base nas pesquisas realizadas, apresentam-se aqui os resultados obtidos neste estudo. Como informado na metodologia, o instrumento utilizado para coleta de dados foi o questionário, pois precisava-se conhecer o mercado local e saber que conhecimentos os engenheiros formadores desse mercado tinham sobre a técnica estudada e assim ser possível identificar os reais motivos que levam a pouca utilização de protensão sem aderência nas lajes dos prédios comerciais e residenciais da cidade de Teresina. Através deste questionário pode-se obter resultados eficientes da situação real do mercado local com informações sobre os participantes da pesquisa, como: tempo de atuação no mercado, habilidades, conhecimento e opiniões em relação ao uso da cordoalha engraxada nas lajes de edificações residenciais e comerciais na cidade de Teresina-PI. Separa-se a seguir, o resultado em três partes a saber: na primeira, os resultados obtidos quanto as respostas dos construtores; na segunda, os resultados encontrados nas respostas dos engenheiros estruturais e uma terceira parte onde uniu-se todos os dados e procurou-se discuti-los mais profundamente.

5.1. Engenheiros Construtores O tempo de atuação dos engenheiros construtores pesquisados é entre 40 e 10 anos, tendo-se assim, uma média de 27 anos de atuação no mercado. Destes construtores, observou-se que apenas três já haviam utilizado a protensão sem aderência em suas obras e todas os que utilizaram a técnica estudada são de origem de fora do estado e que seus projetos estruturais são realizados por profissionais também de fora. Dos setes construtores locais estudados, nenhum jamais utilizou a técnica em questão. Quando questionados por quais motivos adotaram ou não o uso de cordoalha engraxada em suas obras, os três construtores que já a utilizaram, relataram que tratar-se da melhor opção para esse tipo de construção (residencial/comercial) pois conseguem ter vantagens econômicas, construtivas e arquitetônicas que trarão maiores vantagens a seus clientes. Dos demais construtores, três não confiam no sistema, por acreditar que estão sujeitos a grande probabilidade de erro no processo construtivo, necessitando de maiores cuidados e atenção por parte dos funcionários e isto torna-se um risco que não estão dispostas a correr. Outros três profissionais não possuíam conhecimento aprofundado do assunto, sabiam da sua existência, mas, entretanto, nunca haviam estudado a possibilidade de ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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executá-lo. Um construtor informou que se faz necessário equipamentos, materiais e pessoal de fora do estado e isto onera seus custos tornando seu uso inviável. Os profissionais também foram questionados se possuíam interesse em construir algum edifício utilizando cordoalhas engraxadas. Os três que utilizavam a protensão sem aderência informaram que esta técnica é a preferencial para as obras deste tipo, adotando-a sempre que possível. Todos os demais, relataram que há a possibilidade de utilização, desde que seja garantido a segurança da estrutura, exista viabilidade técnica e que os custos totais sejam menores quando comparados às estruturas convencionais com armadura passiva. Abaixo, no Quadro 1, pode-se visualizar uma simplificação dos dados coletados. Quadro 01 – Resumo questionário dos engenheiros construtores

CONSTRUTORES

ATUAÇÃO (anos)

UTILIZOU?

POR QUE?

INTERESSE?

A B C D E F G H I J

10 10 12 20 31 33 35 35 40 40

Não Não Sim Não Não Sim Não Não Sim Não

Conhecimento Conhecimento Vantagens Confiabilidade Confiabilidade Vantagens Viabilidade Conhecimento Vantagens Confiabilidade

Talvez Talvez Sim Talvez Talvez Sim Talvez Talvez Sim Talvez

Fonte: Autor

5.2. Engenheiros Calculistas Estruturais Os engenheiros estruturais entrevistados, possuem tempo de formação entre 40 e 11 anos, tendo-se assim, uma média de 25 anos de atuação no mercado. Destes profissionais, observou-se que nenhum deles já utilizou a protensão sem aderência em seus projetos. Quando questionados por quais motivos não adotaram o uso de cordoalha engraxada em seus projetos, quatro engenheiros estruturais relataram que nas estruturas desenvolvidas por eles na cidade, nunca surgiu situação em que houvesse viabilidade técnica para execução da obra. Dos demais engenheiros, três não confiam no sistema, por acreditar que a mão-de-obra da cidade, ainda é bastante desqualificada podendo comprometer a segurança da estrutura, já que se necessita de maiores cuidados e atenção por parte dos funcionários no momento de execução da obra e da protensão. Os outros três engenheiros, apesar de conhecerem a existência do sistema, não possuíam maior conhecimento do assunto e não acreditam que seja um sistema viável para a cidade, assim não se aprofundaram em estuda-lo e compreendê-lo. Os calculistas também foram questionados se possuíam interesse em projetar algum edifício utilizando cordoalhas engraxadas. Sete deles afirmam terem interesse, sendo que quatro, relatam que até o momento não surgiu viabilidade técnica para a execução dos ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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mesmos e três acreditam que teriam interessem desde lhes fossem solicitados e que houvesse equipe qualificada para execução. Os demais informaram que não possuem interesse em projetar com cordoalha engraxada pois acham que não são sistemas viáveis econômico e executivamente para a cidade. A seguir, no Quadro 2, percebe-se o agrupamento dos dados coletados de forma mais simplificada. Quadro 02 – Resumo questionário dos engenheiros calculistas

ENGENHEIRO ESTRUTURAL A B C D E F G H I J

FORMAÇÃO UTILIZOU? (anos) 11 Não 19 Não 20 Não 20 Não 20 Não 24 Não 30 Não 30 Não 39 Não 40 Não

POR QUE?

INTERESSE?

Viabilidade Confiabilidade Conhecimento Confiabilidade Viabilidade Viabilidade Conhecimento Viabilidade Confiabilidade Conhecimento

Sim Talvez Não Talvez Sim Sim Não Sim Talvez Não

Fonte: Autor

5.3. Discussão A protensão sem aderência, de um modo geral, está ganhando cada vez mais mercado, sendo utilizada em número crescente de projetos em todo o paísA protensão minimiza a armadura passiva na laje, e devido à ausência de vigas tem-se ainda menos armadura e também menos fôrma. Informou-se também que são gastas menos horas-homem para executar essa laje no mesmo prazo da laje convencional. Assim, o índice de produtividade, é melhor em lajes lisas. Na cidade de Teresina, após pesquisa em campo, pode-se constatar a presença da protensão sem aderência em pouco número de obras, conforme relatado nas justificativas e demonstrado no Quadro 3, a seguir. Quadro 03 – Obras com protensão sem aderência

Edifício Ed. Oscar Niemeyer Shopping Rio Poty Torres Empresariais (Shopping Rio Poty) Ed. Brisas Jóquei Residence Ed. River Center Ed. Mariano Castelo Branco Ed. Saint Paul

Construtora

Data Conclusão (* previsão)

Moana Sá Cavalcante Sá Cavalcante Sá Cavalcante Manhattan Monteplan Manhattan

1998 2015 2016* 2016* 2016* 2016* 2017*

*Obras Em Construção Fonte: Autor ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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Essa situação anômala, instiga a curiosidade para entender porque o método que cresce fortemente no país e no mundo, encontra tanta resistência ao crescimento na capital do Estado do Piaui. Conforme resultados encontrados já evidenciados no capítulo anterior, dos 20 informantes apenas três, já haviam trabalhado com a tecnologia. Pode-se observar com isso duas informações relevantes: a primeira, trata do fato de que estes profissionais são de origem de outros Estados, com experiência e pessoal qualificado de fora da cidade; e uma outra observação relevante é que se trata de estruturas bem recentes, com menos de um ano de conclusão ou ainda em processo de implantação, o que confirma a tendência do mercado nacional para a utilização da protensão sem aderência; com exceção do Ed. Oscar Niemeyer, construído pela Construtora Moana, em 1998, que utilizou a técnica em uma de suas lajes. Gráfico 01 – Informantes com experiência no uso de cordoalhas engraxadas

Fonte: Autor

A participação dos entrevistados, foi de grande importância e voluntária, isto é, ela não foi obrigatória, e o informante teve plena autonomia para decidir se queria ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento. Foi garantido a confidencialidade e a privacidade das informações por eles prestadas e qualquer dado que pudesse identificá-los foi omitido na divulgação dos resultados da pesquisa. Os profissionais entrevistados foram escolhidos por sua qualificação quanto a atuação e por seus conhecimentos técnicos necessários para o emprego da tecnologia estudada dentro da cidade de Teresina-PI. Gráfico 02 - Tempo de atuação dos entrevistados (em anos)

Fonte: Autor

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Quando indagados porque escolheram ou não o uso de cordoalha engraxada em seus projetos e/ou obras observou-se algumas características predominantes. Apesar de todos conhecerem a técnica, percebeu-se a falta do conhecimento técnico mais profundo sobre a tecnologia. Outros acreditaram que o sistema não é confiável para o uso na cidade devido a mão-de-obra pouco qualificada, o que pode trazer problemas futuros quanto a segurança da obra. Ocorreu também, uma preocupação quanto a viabilidade técnica do método, visto a necessidade de equipamentos e mão-de-obra específicos que deveriam ser adquiridos. Observando-se, ainda, uma forte defesa da utilização por parte dos construtores que já utilizam a técnica, enumerando várias vantagens como: menores custos totais da obra, menor quantidade de armadura passiva, rapidez no processo construtivo, limpeza e menos geração de resíduos. Percebeu-se bastante bom senso por parte de alguns profissionais, em entrevista um deles afirmou: “Em qualquer projeto, devem ser feitos estudos prévios para definir qual sistema é mais adequado à obra específica. Nesses estudos, são considerados: interação com a arquitetura, disponibilidade de materiais e mão-de-obra para o sistema específico, viabilidade técnica, custos, entre outros”. Realmente, nenhuma solução é plena e absoluta para qualquer situação, faz-se necessário estudar cada situação, apesar de acreditar-se que prédios residenciais e comercial do padrão estudado possui características bem similares o que podem trazer, geralmente, a uma mesma solução, salvo raras exceções. Gráfico 03 - Razões para a utilização ou não da cordoalha engraxada

Fonte: Autor

A última pergunta feita no questionário tratava da resistência ou não à adoção da protensão sem aderência pelos profissionais construtores e da área de estruturas. Como já informado, os construtores que a utilizam, defenderam a utilização fervorosamente, devido as vantagens já explicitadas. Todos os demais engenheiros construtores mostraram-se bastante receptíveis e curiosos pelo o assunto, evidenciando, porém, a preocupação quanto aos custos e segurança da obra. Entre os engenheiros calculistas, observou-se uma situação um pouco diferente. Apesar da maioria terem interesse no desenvolvimento de projetos estruturais com a protensão sem aderência, alguns explicitaram a ressalva e com bastante bom senso, ressaltaram a preocupação com a viabilidade técnica. Como mostra a parte da entrevista de um deles: “Num projeto sempre se estudam as diversas possibilidades disponíveis. Havendo viabilidade comprovada, o uso de cordoalhas engraxadas será escolhido para o projeto. As cordoalhas engraxadas podem apresentar vantagens em situações específicas”. Ocorreu ainda uma minoria de ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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engenheiros que descartaram o uso da protensão sem aderência, afirmando que a utilização da mesma nos dias de hoje, é inviável e incompatível com o mercado local devido os custos e mão-de-obra pouco qualificada. Gráfico 04 - Interesse em utilizar a cordoalha engraxada

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6 Conclusões O objetivo do presente trabalho foi verificar a aplicabilidade do uso de cordoalha engraxada em lajes de edificações comerciais e residenciais de Teresina. Visto isso, foi feita uma revisão bibliográfica sobre concreto protendido e laje lisa para um embasamento teórico do estudo, identificando as vantagens e desvantagens da tecnologia estudada e demonstrando as facilidades e dificuldades construtivas que as lajes protendidas proporcionam. Também foi feita uma pesquisa de campo com construtoras e engenheiros estruturais qualificados que atuam no mercado da cidade e possuem o conhecimento técnico necessário, onde os mesmos foram questionados sobre a utilização da protensão sem aderência e seus interesses em utiliza-la, para assim diagnosticar os motivos pelos quais essa tecnologia não é amplamente utilizada na capital do Estado. Ainda como objetivos secundários, buscou-se analisar a viabilidade de utilização de lajes protendidas levando-se em consideração aspectos técnicos e econômicos e assim fornecer um material rico que possa auxiliar o engenheiro na escolha pela adoção ou não das cordoalhas engraxadas na execução dos edifícios residenciais e comerciais de lajes planas. Entende-se que, apesar de haver a necessidade de analisar as diversas possibilidades disponíveis e só depois definir o método construtivo mais viável para cada obra, a adoção da protensão não aderente em edifícios residenciais e comerciais vem se tornando cada vez mais frequente, principalmente, devido às imposições arquitetônicas e à tendência de procura, por parte dos proprietários, de maior conforto e liberdade de possuir um apartamento com divisões à sua escolha, tornando seu imóvel único. Assim, suas vantagens frente às estruturas de armadura passivas já são consolidadas e vistas com bons olhos. Foi observado também que, a cidade começa a adotar o uso de cordoalhas engraxadas em edificações residenciais e comerciais com lajes planas, incentivada pela presença de empresas de outros Estados que atuam no mercado local. Notou-se também que as construtoras locais não possuem resistência à tecnologia e demonstram-se bastante interessadas em adquiri-la para assim minimizar seus custos executivos, não abrindo mão ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016

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da segurança da estrutura. Quanto aos engenheiros estruturais locais, observou-se que apesar de nunca terem projetados com a tecnologia, acreditam que a mesma pode ser bastante útil e salutar, reconhecendo também que precisam buscar mais informações e conhecimento sobre o assunto para assim poderem fornecer seus serviços com segurança e qualidade. Entretanto, percebe-se ainda um pouco de resistência por alguns profissionais que, apesar de conhecer a tecnologia, não possuem conhecimento aprofundado sobre o assunto e acreditam que o mercado local atual não está apto para a mesma, visto as necessidades específicas com equipamentos e mão-de-obra. Outro fato relevante, que se pode perceber neste trabalho foi que a cidade de Teresina possui viabilidade técnica para adotar a protensão sem aderência, entretanto faz-se necessário, investimentos na aquisição de equipamentos e qualificação da mão-de-obra. O que não deixa de ser um mercado promissor para algum investidor que queira enveredar por este caminho, visto que as empresas que prestam esses serviços na cidade possuem sedes em outros Estados. Frente ao exposto, podemos afirmar que as cordoalhas engraxadas podem apresentar grandes vantagens em situações específicas, como, por exemplo, em lajes planas de edifícios; e é perfeitamente aplicável na cidade de Teresina-PI, necessitando, entretanto, de investimentos com equipamentos e mão-de-obra. Acredita-se que o mercado se encontra, no momento, carente de empresas que possam fornecer esse serviço, o que não deixa de ser uma grande oportunidade para possíveis empreendedores.

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