COSME, Susana Rodrigues (2010) - Levantamento Etno-Arqueológico da Albufeira de Odelouca. A Identificação e caracterização dos valores patrimoniais.

June 9, 2017 | Autor: Susana Cosme | Categoria: Ethnography, Algarve, Archeology
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10 Actas do 7º Encontro de Arqueologia do Algarve

Pormenor de Mosaico Romano - Museu Municipal de Faro

Silves - 22, 23 e 24 Outubro 2009

LVI. Levantamento Etno-Arqueológico da Albufeira de Odelouca. A identificação e caracterização dos valores patrimoniais Susana Rodrigues Cosme *

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Levantamento Etno-Arqueológico da Albufeira de Odelouca. A identificação e caracterização dos valores patrimoniais | Susana Rodrigues Cosme

Resumo

Do Levantamento Etno-Arqueológico da Albufeira de Odelouca, realizado em São Marcos da Serra (Silves) e Alferce (Monchique), em 2007/2008 pela empresa ArcheoEstudos, para as Águas do Algarve, resultou num conjunto de estruturas/sítios que vão ficar submersos pela referida albufeira. Neste trabalho foram identificados, localizados e caracterizados os sítios/estruturas com interesse arqueológico, etnográfico ou arquitectónico. Para além do trabalho da recolha e estudo de tipologias, funcionalidades e cronologias de estruturas, pretendeu-se criar uma memória futura das estruturas/sítios.

Abstract

Of the Etno-Archaeological Survey of the Albufeira de Odelouca, carried through in São Marcos da Serra (Silves) and Alferce (Monchique), in 2007/2008 for the Archeo’Estudos company, for Águas do Algarve, resulted in a set of structures/sites that go to be submerged for the barrage related one. The work had as objective, first, to identify, to locate and to characterize the sites/structures with archaeological, ethnographic or architectural interest. In this study, it stops beyond the work of retraction and study of typologies, functionalities and chronologies of structures, was intended to create a future memory of the structures/sites for the coming population.

* Arqueóloga, direcção de intervenção arqueológica para a empresa Archeo’Estudos, Lda., e investigadora do CITCEM. susanacosme70@ hotmail com

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Fig. 1 – Localização dos elementos 150 elementos levantados, dentro do regolfo da Barragem de Odelouca.

Introdução O âmbito geográfico deste trabalho abrange a área da albufeira da barragem de Odelouca até à cota de expropriação (103m) nas freguesias de São Marcos da Serra, concelho de Silves e na freguesia de Alferce, concelho de Monchique. Este estudo foi realizado pela empresa Archeo’Estudos, Lda, para as Águas do Algarve1 e incidiu na identificação, localização e caracterização de sítios/estruturas com interesse arqueológico, etnográfico ou arquitectónico que se encontrassem na área de estudo. Este trabalho teve por base dois estudos2 efectuados numa fase anterior dos quais resultou a identificação de 21 sítios de referência. Partindo da re-localização desses elementos foi efectuada a identificação e a localização de outros

sítios/estruturas, num total de 150, detectados ao longo de dois meses de trabalho de campo. Para cada um destes 150 sítios/estruturas foi elaborada uma ficha. Em termos de localização geográfica e organização espacial as estruturas distribuem-se de forma dispersa e não homogénea (Fig. 1). No entanto, existe uma relação de complementaridade, quer entre as próprias estruturas, quer entre as estruturas e o meio social e geográfico envolvente. Esta relação consubstancia-se na explicitação da funcionalidade de cada um destes elementos. Assim, optou-se por agrupar os 150 sítios/estruturas em 6 grupos principais: 1 - Conjuntos Habitacionais; 2 – Destilarias; 3 – Moinhos de rio e de vento; 4 – Poços, Noras e Tanques; 5 – Vias de Comunicação e 6 – Sítios Arqueológicos.

O trabalho de Levantamento Etno-Arqueológico foi realizado em colaboração com a antropóloga, Dr.ª Tânia Madureira. Relatório de prospecção arqueológica a Sul de UTM 41.29 (Bloco A) realizado pela Dr.ª Alexandra Soares e pelo Dr. Rui Val da empresa GAIAA – Gabinete de Investigação Arqueológica e Antropológica, Lda., subcontratada pela empresa Archeocélis, Unipessoal Lda. e o Relatório de prospecção arqueológica a Norte de UTM 41.29 (Bloco B) realizado pelo Dr. João Paulo Pereira do INAG, ambos realizados em 2003. 1 2

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Aspectos geo-morfológicos Em termos geo-morfológicos com o avanço da prospecção etno-arqueológica foram definidas três áreas com base nos aspectos geo-morfológicos mas que se vieram a reflectir no povoamento e economia da região. Assim, dentro do Vale da Ribeira de Odelouca, inserida na serra de xisto, podemos observar: A Primeira Zona – Entre São Marcos da Serra e a Foz de Benafátima, com um vale aberto da Ribeira de Odelouca, com cascalheiras, aluviões e terrenos de cultivo de regadio, onde proliferam os poços e noras, onde o povoamento é mais concentrado e a vegetação é arbórea; A Segunda Zona – Entre a Foz de Benafátima e a Foz do Carvalho, com um vale mais estreito entre montes com encostas altas e inclinadas na margem esquerda e declive um pouco mais suave na margem direita, com vegetação de sub-bosque de medronheiro e esteva, onde o povoamento é disperso aproveitando os terrenos desta margem para alguma cultura de regadio. Abundam as destilarias nesta zona; A Terceira Zona – Entre a Foz do Carvalho e Odelouca, caracteriza-se por um vale estreito, com encostas abruptas e vegetação muito densa, aqui o povoamento é quase nulo, mas mais concentrado junto ao paredão da barragem. Os terrenos encontram-se plantados de eucaliptos e apresentando uma vegetação densa.

1. Conjuntos habitacionais Designamos de estruturas de habitação, casas isoladas ou núcleos de casas que tenham servido ou ainda sirvam de habitação às populações locais. Integrados nos conjuntos habitacionais estão, os fornos de pão, armazéns, telheiros, currais e eiras. 1.1. As casas As casas são estruturas térreas, construídas em taipa (Fig. 2) ou em alvenaria seca xisto (Fig. 3) de planta rectangular ampla ou com duas divisões, rebocadas apenas na fachada principal. Os telhados são de uma ou duas águas em telha vã sobre ripado e canas, não existem chaminés e apresentam uma porta e poucas janelas. Os vãos das portas e janelas são abertos depois da parede executada. O chão é em terra batida ou pavimentadas em lajes de xisto ou tijoleira.

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Fig. 2 – Casa em taipa.

Fig. 3 – Casa em alvenaria seca.

1.2. Os fornos de pão Directamente relacionados com a casa de habitação, são construídos em xisto, com cúpula em tijolo de burro forrado com o mesmo material, alguns com revestimento em terra e rebocados a argamassa (Fig. 4), havendo também alguns exemplares caiados. Planta circular ou subquadrangular, com portas em pedra ou em ferro. Foram registados 38 fornos. 1.3. Os armazéns ou telheiros Construção em alvenaria seca ou em taipa, sem portas e sem reboco, telhados de uma água, em telha vã sob ripado, portas amovíveis em madeira. Estas estruturas são adossadas às estruturas de habitação ou são construídas próximo das hortas.

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1.4. Os Currais Construídos em alvenaria seca de xisto, sem telhado e com portas amovíveis. 1.1. As eiras Construídas em xisto, de planta circular. Existe em quase todos os núcleos habitacionais.

2. Destilarias

pequena janela. Os telhados são, ora de uma só água em telha vã, ora com duas águas. As destilarias, apesar de terem fornalha a funcionar, não possuíam chaminé, utilizam a telha vã, sendo que hoje algumas utilizam um tubo metálico e duas telhas ao alto seguras com arame (Fig. 5). Foram registados 32 destilarias.

3. Moinhos de rio e de vento

As destilarias são, a par dos moinhos de rio, as construções com maior importância para a vida económica e social desta região. São casas térreas, construídas em taipa, com planta rectangular, amplas, sem divisões, com fornalha e tanque de arrefecimento numa das paredes. Quer a fornalha quer o tanque são, na sua maioria, feitos em xisto, rebocados e caiados, sendo algumas fornalhas revestidas a tijolo. Normalmente, estes edifícios só têm uma porta de acesso em madeira e nenhuma ou apenas uma

Os moinhos de rio encontram-se na área definida, entre a Foz de Benafátima e a Foz do Carvalho, nomeadamente, Talurdo 2 – Ficha n.º 067 e Talurdo 4 – Ficha n.º 70, zona de agricultura de sequeiro ou na transição desta com a zona de agricultura de regadio, no caso do Moinho da Ladeira – Ficha n.º 065. Os moinhos de rio nesta região funcionavam como pólos aglutinadores onde toda a população se deslocava. Quando por falta de água não era possível ir ao moinho de rio, a população deslocavase ao moinho de vento.

Fig. 4 – Forno de pão.

Fig. 5 – Destilaria.

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Os três moinhos de rio encontram-se em agravado estado de abandono e destruição, principalmente desde a cheia de inícios do ano de 2007, que acabou por destruir grande parte das estruturas visitadas. Todos os moinhos de rio vão ficar submersos: Moinho do Talurdo 2, Moinho do Talurdo 4 e o Moinho da Ladeira 3.1. Moinho do Talurdo 2 Situado na margem direita da Ribeira de Odelouca, no fundo do Cerro da Rocha Brava, é um moinho de barranco (Fig. 6). A estrutura do moinho tem uma planta poligonal irregular, com cinco lados. É construído em xisto, rocha-base da região, com argamassa de terra argilosa como ligante. As paredes encontravam-se rebocadas e caiadas. A cobertura era inclinada com uma só água, com telha de cano sobre travejamento em madeira. O acesso ao interior faziase por uma porta virada para jusante. No interior do moinho havia um poial onde se colocavam os sacos de cereal e de farinha. Este era um moinho que possuía como mecanismo, dois rodízios em madeira, medronheiro para as penas e azinheira para o mastro, que faziam mover dois pares de mós. Deste conjunto, faz também parte a casa do moleiro, situada a uma cota superior em relação ao moinho. Tem uma planta rectangular, é construída em alvenaria seca de pedra de xisto, tendo apenas uma porta de acesso, uma janela e duas divisões: uma cozinha com poial e um quarto onde vivia toda a família. A casa foi caiada e foram pintadas bandas azuis na porta e janela. A casa tinha também um forno de pão em xisto e currais, ambos muito destruídos. 3.2. Moinho do Talurdo 4 Encontra-se localizado na margem esquerda da Ribeira de Odelouca, no sopé do Cerro dos Mouros, a cerca de 100m a 200m mais a jusante, em relação ao moinho do Talurdo 2. Este conjunto é composto pela casa do moinho com apenas um rodízio e um conjunto de mós. Deste conjunto faz também parte a casa do moleiro com forno e currais. A água chegava ao moinho através de uma levada perpendicular à ribeira com cerca de 70m, uma levada escavada na rocha (xisto) e construída em xisto sobre a rocha. A planta do moinho é semelhante à do Talurdo 2. Tinha uma porta de acesso virada a jusante, um poial adossado à parede exterior do moinho e um no interior da sala das mós. A casa de habitação

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do moleiro é uma estrutura de planta rectangular construída em xisto rebocado e caiado, à qual foi acrescentada mais um espaço, à esquerda do edifício inicial. Apresenta um telhado de uma água e uns pormenores decorativos nos cunhais e em redor das janelas. O forno de pão, construído em xisto e bastante destruído, encontra-se à direita da casa de habitação. 3.3. Moinho da Ladeira Localiza-se na margem direita da Ribeira de Benafátima, um afluente da Ribeira de Odelouca. Este moinho é de construção mais recente que os do Talurdo e deixou de trabalhar mais cedo que os referidos. Trata-se de uma construção de dois pisos, onde o piso térreo servia de sala das mós, existindo apenas conjunto desses elementos. O andar superior era construído em xisto mas apresenta-se com alguns arranjos já em tijolo. Serviria de casa de habitação do moleiro e sua família, com uma janela virada a montante, no primeiro andar da fachada visível e uma a jusante, também no primeiro andar, com banda pintada a azul sobre caiação. Apresenta também uma levada com cerca de 100m para montante. Quanto aos dois moinhos de vento estudados não vão ser afectados pelo enchimento da Barragem de Odelouca. O seu registo foi efectuado por se encontrarem próximos, por terem tido ligações económicas e sociais com os habitantes da nossa área de estudo e também por serem estruturas passíveis de restauro e fruição, neste ou noutro projecto futuro. Quando não existia água suficiente para se moer nos moinhos de rio, as populações do Vale de Odelouca levavam o seu cereal a moer aos moinhos de vento: 3.4. Moinho do Cerro do Moinho 3.5. Moinho do Cerro da Silveira

4. Poços, Noras e Tanques Noras associadas aos respectivos poços, eram movidas a animais, nomeadamente bois, mulas e principalmente burros. As noras de alcatruzes são as que mais se usaram nesta zona surgindo noras de rodas dentadas metálicas de eixo curto baixo, também conhecidas como noras mouriscas, noras de eixo curto alto em menor número as noras de eixo comprido baixo.

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Fig. 6 – Moinho do Talurdo 2.

Fig. 7 – Poço com nora.

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Fig. 8 – Pinguela.

Fig. 9 – Necrópole do Monte Branco.

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Encontramos alguns casos, como a nora registada na Ficha n.º 040 do Vale Grande de Baixo (Fig. 7), com um caneiro associado construído em xisto e tijolo a fazer a abobada dos arcos do aqueduto. Ao longo de toda a Ribeira de Odelouca surgem poços sempre com mais de 6-7m de profundidade construídos em xisto em forma circular ou oval. Destaca-se também um poço (Ficha n.º 056), na Sapeira, que nunca teve nora hidráulica mas sim uma cegonhaem madeira.

5. Vias de Comunicação Foram registadas as pontes do Castelo; de Vale Pereirinho; do Monte Clérigo; a Corte Mourão; do Caminho-de-ferro e a Ponte da Sapeira, as mais antigas são de meados do século XX. Os Pontões registados foram: o do Barranco da Silveira e do Ribeiro da Benafátima e são da segunda metade do século XX. Foram registadas as passagens a vau entre a Ponte do Monte Clérigo e a Ponte de Caminho-de-Ferro, depois da foz do Ribeiro de Corte Mourão; no Porto da Figueira para o Vale de Mós. Duas passagens a vau junto ao Monte Branco da Foz do Carvalho para o Cerro dos Mouros e para a Herdade da Parra; a passagem a vau no Monte Ruivo para os Pachecos; a passagem nos Pachecos da margem direita para os Pachecos da margem esquerda da ribeira. Foram detectadas três pinguelas, duas na Ribeira de Odelouca, entre o Monte Branco da Foz do Carvalho (Fig. 8) e o Cerro dos Mouros e outra no Ribeiro do Carvalho, em frente à casa da D. Conceição e do Sr. Ataíde (Ficha n.º 119). A maioria dos caminhos é de terra batida, sendo que o principal, junto à Ribeira, apenas foi aberto na segunda metade do século XX. Até essa altura, os acessos eram feitos por pequenas veredas que chegavam a todas as estruturas de habitação e a todos os cerros.

6. Sítios Arqueológicos 6.1. Fonte das Partilhas (Ficha n.º 004) As referências bibliográficas3 ao achado de moedas romanas datadas do século IV encontradas nuns terrenos junto à Fonte das Partilhas. 3

6.2. Buraco dos Mouros (Ficha n.º 034) Este sítio foi registado através de informações orais. O micro-topónimo, interessante e sugestivo, fazia prever ocupação antiga para o local e por isso foi decidido efectuar a prospecção no cerro, embora não vá ser afectado pela cota de submersão da barragem de Odelouca. 6.3. Barranco do Lagar (Ficha n.º 035) Foi-nos indicado por informação oral que naquele local havia um lagar, embora ninguém se lembre dele. Apesar disso, mantém-se na microtoponímia a memória desse lagar. 6.4. Necrópole da Sapeira (Ficha n.º 052) Necrópole romana de incineração. 6.5. Telheiro da Sapeira (Ficha n.º 058) Em conversa com os habitantes da Sapeira, foinos indicado que, num terreno próximo devia ter existido um telheiro, embora ninguém se lembre dessa construção. 6.6. Foz da Benafátima 1 (Ficha n.º 061) Ao percorrer o terreno para efectuar o registo do poço com nora, Ficha n.º 059 e o tanque, Ficha 060, localizados na margem esquerda do Ribeiro de Benafátima, afluente da margem direita da Ribeira de Odelouca, detectaram-se alguns materiais líticos talhados de época pré-histórica à superfície. 6.7. Casa dos Mouros 1 (Ficha n.º 078) Estrutura de planta rectangular, com duas divisões, com um bom aparelho de xisto envolto em argamassa de terra, quando comparado com o utilizado pela arquitectura tradicional da região. Não são visíveis vestígios de cobertura e em prospecção não foi recolhido qualquer tipo de material arqueológico. 6.8. Casa dos Mouros 2 (Ficha n.º 079) Estrutura de planta rectangular, com duas divisões, com um bom aparelho de xisto envolto

Alarcão: 1988, 180; Gomes; Gomes: 1988, 100; Varela: 1981, 3, 5; AAVV: 100-101.

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em argamassa de terra, quando comparado com o utilizado pela arquitectura tradicional da região. Não são visíveis vestígios de cobertura e em prospecção não foi recolhido qualquer tipo de material arqueológico. 6.9. Necrópole do Monte Branco da Foz do Carvalho (Ficha n.º 095) Necrópole da Idade do Bronze (Fig. 9) e Necrópole Romana de Incineração.

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