Crónica: O bom senso pesa até na altura de escrever

O bom senso pesa até na altura de escrever

Será a oralização da escrita na internet um empobrecimento da língua ou uma nova possibilidade de utilização da mesma? Um estudo da Universidade de São Paulo concluiu que as abreviaturas usadas na internet aparecem em anotações de aulas e em composições; outro estudo, em 2004, mostrou que quem usa a ''linguagem da internet'' sabe quando e onde a usar.
A escrita no ambiente digital é híbrida: mistura letras, números, imagens, pontuação e sons, criada para trazer maior realidade e fidelidade a um diálogo ''mudo''- muitos acreditam que isto seja um novo problema no ensino da Língua Portuguesa. Se, por um lado, o meio digital incita a escrita e a leitura (o que transforma muitos em leitores e em leitores mais ativos), ao sentido de opinião e a exteriorização da mesma; por outro lado, provoca também, uma pior caligrafia e mais lenta ou o desinteresse pelos clássicos da Literatura. É possível que, com a intensificação do uso do ''internetês'' algumas ''manias'' sejam adquiridas, como o uso de abreviaturas falado antes: o problema está em não saber quando usar. Nos apontamentos das aulas ou nos rascunhos, não é um problema, passando a sê-lo quando há algum descuido e é esquecido ''para quem estamos a escrever'' – não falando na acentuação, que nas redes sociais e nos SMS é esquecida, verificando-se depois com o passar do tempo uma desaprendizagem da língua.
Finalizando, não vejo nesta forma de comunicação um problema, desde que as duas sejam praticadas; enquanto o sujeito escrever tantos textos de opinião como comentários no facebook, não há motivo para ser tecnofóbico.

Ana Margarida Galveia Queirós, nº de aluna: 2012103179
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