CULTURAS, POLÍTICAS E PRÁTICAS DE INCLUSÃO EM EDUCAÇÃO SUPERIOR: AS VOZES DOS FORMADORES DE PROFESSORES

June 4, 2017 | Autor: Mônica P.Santos | Categoria: Teacher Education, Higher Education, Inclusive Education
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Descrição do Produto

Congresso Brasileiro de Educação
http://cev.org.br/eventos/iii-congresso-brasileiro-educacao
4, 5 e 6 de julho
UNESP – Bauru-SP
Categoria do trabalho: Pôster
Eixo Temático: Profissão Docente

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No 1º arquivo:
Nomes dos autores e respectivas instituições
Profª Dra Mônica Pereira dos Santos
Profª Doutoranda Elisa Maçãs
Graduanda Manoella Senna
Graduanda Maria Izabel Hallak

No 2º arquivo
Resumo Expandido
Palavras-chave
Contato


CULTURAS, POLÍTICAS E PRÁTICAS DE INCLUSÃO EM EDUCAÇÃO SUPERIOR: AS VOZES DOS FORMADORES DE PROFESSORES.

Resumo Expandido:
Introdução e Objetivos
Esta pesquisa pretende, como objetivo central, descrever e discutir o panorama dos processos de inclusão/exclusão em 8 (oito) universidades, de 6 (seis) países localizados em 3 (três) continentes, no tocante à construção de culturas, ao desenvolvimento de políticas e à orquestração de práticas, de inclusão e/ou exclusão, tendo como foco e objeto de análise os professores das mesmas. Os países envolvidos são: Portugal, Cuba, Moçambique, Cabo Verde, Espanha, e Brasil. Tal cenário nos permitirá desdobrar esse objetivo central em 5 (cinco) objetivos específicos:
1. Investigar a concepção dos professores sobre os processos de inclusão e exclusão presentes na instituição de ensino superior que atuam;
2. Analisar o perfil dos professores de instituições de formação de educadores no que tange: (a) ao seu grau de motivação para o exercício da profissão e (b) à sua reflexividade em relação à sua prática pedagógica e às políticas institucionais de inclusão/exclusão, em consonância com aquelas das instituições em que trabalham;
3. Descrever as práticas de ensino e as abordagens curriculares adotadas e defendidas pelos professores, no que se refere à participação e à aprendizagem dos alunos e relacioná-las com as políticas institucionais de inclusão/exclusão;
4. Identificar e analisar os processos de construção de culturas, desenvolvimento de políticas e de orquestração de práticas de inclusão/exclusão correlacionando com as principais diretrizes que regulamentam a inclusão no Ensino Superior na universidade pública e as legislações nacionais, os estatutos e regulamentos internos das universidades participantes;
5. Identificar e analisar se e como a diversidade e a inclusão são contempladas nos projetos de pesquisa, nos projetos de inovação docente, de cooperação e desenvolvimento, projetos europeus, programas de atividades formativas, atividades culturais, etc..
Com este estudo, pretendemos então relacionar as semelhanças e as diferenças entre as culturas, as políticas e as práticas que norteiam e fazem parte das universidades participantes desta pesquisa, assim como caracterizaremos o perfil do professor dos dias atuais, suas necessidades e desafios, numa dimensão global e não só local. Da mesma forma, contextualizaremos o "estado da arte" da formação de professores, sua inclusão ou não no cenário da sociedade atual, analisando as políticas públicas apresentadas nos documentos oficiais dos países a que pertencem essas universidades, em consonância com a opinião dos formadores em relação às culturas, políticas e práticas pedagógicas e de gestão.
Falta uma seção (a mais importante) descrevendo o referencial teórico, aqui!
Metodologia
Esta pesquisa insere-se em um paradigma qualitativo de investigação e adota, para o trato analítico dos dados, o método comparativo e a análise de conteúdo. As fontes de dados vão recorrer a documentos relativos às políticas institucionais e nacionais referentes à inclusão no ensino superior e respostas verbais aos questionários que, depois de validados, serão aplicados aos professores alvos da pesquisa. Os professores lecionam nos cursos de Licenciaturas das Faculdades de Educação das Universidades participantes, a saber: do Brasil (UFRJ - Rio de Janeiro/Brasil, América do Sul), de Cuba (Caribe), de Cabo Verde e de Maputo/Moçambique (África), de Córdoba e Sevilha (Espanha - Europa) e de Coimbra e dos Açores (Portugal - Europa).
A pesquisa iniciada em março de 2010 integra pesquisadores dos países envolvidos, mencionados acima, que se reúnem de quinze em quinze dias em ambiente virtual, via internet, pelo Skype - um programa de comunicação e interação entre indivíduos e grupos. Essas reuniões seguem pautas com assuntos previamente estabelecidos a fim de que, gradativamente, se alcancem os objetivos propostos na pesquisa. Em 2010 foi, primeiramente, construído um questionário que será fonte de coleta de dados e opiniões dos formadores que vão respondê-lo nas referidas universidades. A previsão é de que sejam ouvidos aproximadamente 800 formadores. Entretanto, antes de darmos início a essa aplicação, procedemos à fase de validação do instrumento, testando-o com a aplicação em professores de outros cursos, nas áreas humanas, das universidades participantes. Esses professores aceitaram o convite para realizar essa atividade de validação A experiência já nos conduziu a algumas modificações no instrumento, em especial por conta dos diferentes sentidos que as palavras adquirem, quando traduzidas nos diferentes contextos nacionais. Após a fase de validação concluída, procederemos à aplicação do questionário aos professores das universidades que se prontificaram a respondê-lo. Atualmente, começamos a discussão dos documentos oficiais, de cada país, que tratam da questão da inclusão em educação e formação de professores. Iniciamos pelo Plano Nacional de Educação – versão atual (2011-2020), em discussão no Senado brasileiro.
Discussões e Considerações Finais
As perguntas do referido questionário, mencionado anteriormente, e que estão relacionadas ao tema das culturas, políticas e práticas de inclusão em educação superior visam discutir e responder aos seguintes aspectos:
Construção de Culturas de Inclusão
Definição de Inclusão em Educação e a sua importância para os formadores de formadores;
Experiências de exclusão, pessoais ou institucionais;
Observação de situações de exclusão em educação;
Motivos geradores de exclusão em educação;
Reflexões sobre a cultura institucional de inclusão que promovem possíveis mudanças;
Valorização e reconhecimento profissional;
Motivações para exercício da profissão docente;
Demonstração de valores compartilhados por indivíduos e equipes;
Colaboração entre os profissionais e equipes no cotidiano do trabalho.
Desenvolvimento de Políticas de Inclusão
Existência de políticas de Inclusão em Educação nas respectivas universidades;
Participação ativa acerca da construção dessas políticas por parte dos formadores de formadores;
Movimentos dos professores para discutir políticas de inclusão/ exclusão;
Decisões políticas em consonância com as opiniões individuais.
Orquestração das Práticas de Inclusão
Forma de abordagem, em sala de aula ou em outras atividades acadêmicas, do tema inclusão/exclusão;
Avaliação das práticas pedagógicas em relação às políticas de inclusão/exclusão existentes nas universidades;
Existência de planejamento, individual e em grupo, da prática pedagógica;
Atuação em diferentes modalidades do ensino (presencial, semipresencial e à distância);
Modificação da prática pedagógica em função dos resultados alcançados;
Forma de comunicação entre alunos e professores cuja primeira língua é diferente da oficial;
Fatores que influenciam no exercício da prática docente.
Pretendemos, assim, responder se as formas de compreensão dos processos de inclusão/exclusão, expressos nessas culturas e nessas políticas, indicam tipos determinados de práticas pedagógicas na formação de formadores e também se influenciam no grau de motivação dos formadores para o exercício docente. A partir daí pretendemos sugerir princípios e aspectos comuns que devem reger a formação continuada dos formadores de professores, contribuindo para consolidar um conceito de inclusão que privilegia uma educação de qualidade por meio da participação efetiva e igualitária de todos os alunos na vida acadêmica, independente de gênero, etnias, condições sociais, religião, localização geográfica e outros. Esta perspectiva implica portanto, em compreender a inclusão como um processo permanente que depende de contínuo desenvolvimento pedagógico e organizacional das instituições educacionais, ao invés de vê-la como uma simples mudança sistêmica nas redes de ensino (BOOTH & AINSCOW, 1998).
Referências
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BOOTH, Tony. & AINSCOW, Mel. Index Para a Inclusão. Desenvolvendo a aprendizagem e a participação na escola. Traduzido por: Mônica Pereira dos Santos. Produzido pelo LaPEADE, 2002.
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Palavras-chave: formadores, inclusão, educação.
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