JOÃO CANDIDO PEREIRA DE CASTRO NETO
CURSO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA
CURITIBA – PR 2002
ÍNDICE ÍNDICE........................................................................................................................................... I LISTA DE TABELAS ................................................................................................................... III 1
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
2
PERCENTAGENS..................................................................................................................2
3
4
5
6
2.1
ACRÉSCIMOS E ABATIMENTOS SOBRE PREÇOS INICIAIS E FINAIS .................................................2
2.2
ACRÉSCIMOS E ABATIMENTOS SUCESSIVOS ...........................................................................6
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA .............................................................10 3.1
O PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA .........................................................................................10
3.2
AS TAXAS DE JUROS .......................................................................................................11
3.3
DIAGRAMA DE FLUXOS DE CAIXA .......................................................................................12
O REGIME DE CAPITALIZAÇÃO SIMPLES........................................................................13 4.1
JUROS SIMPLES .............................................................................................................13
4.2
MONTANTE SIMPLES .......................................................................................................14
4.3
TAXAS ..........................................................................................................................15
4.4
DESCONTOS SIMPLES .....................................................................................................15
4.4.1
Cálculo do Desconto Simples Comercial.................................................................16
4.4.2
Cálculo do Valor Atual Comercial............................................................................17
O REGIME DE CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA...................................................................19 5.1
MONTANTE E JUROS DE UM ÚNICO PAGAMENTO ...................................................................19
5.2
DESCONTO ...................................................................................................................20
5.3
TAXAS DE JUROS COMPOSTOS ..........................................................................................20
5.4
TAXAS PROPORCIONAIS E EQUIVALENTES ............................................................................20
5.5
TAXAS NOMINAIS E EFETIVAS.............................................................................................21
5.6
REGIME DE CAPITALIZAÇÃO MISTA.....................................................................................22
5.7
EQUIVALÊNCIA DE FLUXOS DE CAIXA ..................................................................................23
SÉRIES UNIFORMES..........................................................................................................26 6.1
CLASSIFICAÇÃO, ELEMENTOS E CÁLCULOS ..........................................................................26
6.2
SÉRIES ANTECIPADAS .....................................................................................................26
6.3
SÉRIES IMEDIATAS ..........................................................................................................28
6.4
SÉRIES DIFERIDAS ..........................................................................................................29
6.5
SÉRIES GRADIENTES ......................................................................................................30
6.6
DECOMPOSIÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
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8
SISTEMAS DE FINANCIAMENTO.......................................................................................33 7.1
SISTEMA DO MONTANTE ..................................................................................................34
7.2
SISTEMA DO JURO ANTECIPADO (DESCONTOS) ...................................................................34
7.3
SISTEMA FRANCÊS OU SISTEMA PRICE ...............................................................................35
7.4
SISTEMA DE AMORTIZAÇÕES CONSTANTES .........................................................................36
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS DE FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO ..........................39 8.1
MÉTODOS DE ANÁLISE ....................................................................................................40
8.1.1
Método do Custo Anual .........................................................................................40
8.1.2
Método do Valor Presente Líquido .........................................................................45
8.1.3
Método da Taxa Interna de Retorno.......................................................................50
8.2
CLASSIFICAÇÃO DE ALTERNATIVAS ....................................................................................53
8.2.1
Alternativas Singulares...........................................................................................53
8.2.2
Alternativas Múltiplas .............................................................................................53
8.2.3
Alternativas com Vidas Econômicas Diferentes ......................................................54
ANEXOS......................................................................................................................................55 BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................62
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LISTA DE TABELAS
VALOR PRESENTE DE UM PAGAMENTO .................................................................................56 VALOR FUTURO DE UM PAGAMENTO .....................................................................................57 VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE UNIFORME IMEDIATA......................................................58 VALOR FUTURO DE UMA SÉRIE UNIFORME IMEDIATA..........................................................59 FATOR DE CONVERSÃO DE SÉRIE GRADIENTE PARA IMEDIATA .........................................60 TABELA PARA CONTAGEM DE DIAS ENTRE DATAS ..............................................................61
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1. Introdução Tornou-se lugar comum afirmar que, no Brasil, a grande maioria das empresas fecha suas portas ao final dos cinco primeiros anos de operação e parece ser consenso entre professores, consultores e administradores que as dificuldades na obtenção e administração do capital de giro respondem pela quase totalidade dessas baixas. Sabe-se, também, que a maior parte do tempo destinado à administração das empresas brasileiras é dedicada à administração financeira. De fato, o ambiente econômico e financeiro nacional não perdoa os amadores. Altos níveis de concentração de renda, taxas de juros estratosféricas e carga tributária extorsiva constituem entraves seriíssimos à atividade econômica que tornam o dia a dia da gestão empresarial um desafio gigantesco. Nesse contexto, o conhecimento da matemática comercial e financeira, mais que nunca, é fundamental para a administração nas mais diversas áreas. Do cálculo das comissões de vendas, à avaliação de projetos alternativos de investimento, buscou-se, neste trabalho, apresentar as poderosas ferramentas da matemática comercial e financeira com uma preocupação permanente com a linguagem acessível e com a sua utilidade prática. Sempre que possível, buscou-se utilizar uma nomenclatura idêntica à das calculadoras financeiras, de modo a facilitar a compreensão e o uso daqueles instrumentos. Nos anexos apresentam-se tabelas de índices que têm o objetivo de possibilitar cálculos rápidos para algumas taxas e prazos e, ainda, uma tabela prática para cálculo de prazos entre datas. Espera-se oferecer um instrumento de aprendizado e consulta que possa auxiliar nossos alunos e treinandos na ampliação e consolidação de seus conhecimentos e na sua evolução profissional.
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2. Percentagens Uma percentagem é um número relativo, que pode ser utilizado para comparar grandezas de qualquer espécie: volume, área, peso, etc. A percentagem (r) representa parte (p) de uma grandeza que foi dividida em cem unidades, que chamamos de principal (P). Fazendo uma regra de três, temos: P p = 100 r
p=
P×r r = P× 100 100
p = P×i
Onde i é uma taxa e é igual à percentagem dividida por cem: i=
r 100
Exemplo: Calcular 8% de 560. Comentário: Podemos calcular utilizando a percentagem ou a taxa. p=
560 × 8 = 44,8 100
ou p = 560 × 0,08 = 44,8
2.1
Acréscimos e abatimentos O valor resultante de um acréscimo é chamado de valor bruto (B) e é igual
ao principal mais a parte que foi acrescida.
B = P+ p Nós já vimos que a parte é igual ao principal multiplicado pela taxa:
p = P×i Substituindo na equação anterior, temos:
B = P + P×i ou B = P × (1 + i ) Da mesma forma, ao fazermos um abatimento, o valor resultante é o valor líquido (L), que é igual ao principal menos a parte que foi abatida.
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L = P− p Como:
p = P×i Substituindo na equação anterior:
L = P − P×i ou L = P × (1 − i ) 2.2
Operações com mercadorias Nos acréscimos como nos abatimentos, podemos considerar como
principal tanto o preço inicial (Po), que é o preço antes da operação ou preço de custo, como o preço final (Pn) que é o preço depois da operação ou preço de venda. Isso costuma gerar muita confusão, pois um mesmo acréscimo ou abatimento pode ser representado por duas percentagens, uma calculada "sobre" o preço inicial e outra calculada "sobre" o preço final. Assim, se o principal é o preço inicial, o que é mais comum, em um acréscimo o preço final é um valor bruto igual ao preço inicial mais o acréscimo: B = P × (1 + i )
Pn = P0 × (1 + i0 )
Em um abatimento, o preço final é um valor líquido igual ao preço inicial menos o abatimento: L = P × (1 − i )
Pn = P0 × (1 − i0 )
Porém, em certas ocasiões como no cálculo do ICMS, por exemplo, o principal é o preço final, isto é, o cálculo é feito sobre o preço que já inclui a operação. Nesse caso, em um acréscimo, o preço inicial é um valor líquido igual ao preço final menos o acréscimo: L = P × (1 − i )
P0 = Pn × (1 − in )
ou
Pn =
P0 (1 − in )
Em um abatimento, o preço inicial é um valor bruto igual ao preço final mais o abatimento: Rua Luiz Leduc, 210 s. 03 82100 – 010 Curitiba – PR
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B = P × (1 + i )
P0 = Pn × (1 + in )
ou
Pn =
P0 (1 + in )
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EXERCÍCIOS 1) Quanto é 8% de 1.253.897,33? 2) Quanto por cento 1.200 é de 8.000? 3) 1.000,00 são 3% de quanto? 4) A cotação da libra esterlina passou de R$ 1,86 para R$ 1,90. Qual foi a variação percentual? 5) A saca de café passou de US$ 40,00 para US$ 30,00. Qual foi a variação percentual? 6) A saca de café passou de R$ 75,00 para R$ 100,00. Qual foi a variação percentual? 7) O preço de venda de certa mercadoria representa um acréscimo de 15% sobre o preço de custo de R$ 5.800,00. Qual é o preço de venda? 8) O preço de venda de certa mercadoria é R$ 1.500,00 e representa um acréscimo de 25% sobre o preço de custo. Calcule o preço de custo. 9) O preço de venda de certa mercadoria é de R$ 6.700,00, o que inclui uma margem que representa 25% desse preço de venda. Calcule o preço de custo. 10) O preço de custo de certa mercadoria é de R$ 8.000,00, o que permite vendê-la com uma margem que representa 20% do preço de venda. Calcule esse preço de venda. 11) Uma mercadoria que custou R$ 12.000,00 foi vendida por R$ 16.000,00. Qual foi a margem sobre o preço de custo? Qual sobre o de venda? 12) O preço de venda de certa mercadoria é R$ 1.500,00 e resulta de um abatimento de 25% sobre o preço de custo. Calcule o preço de custo. 13) Uma mercadoria custou R$ 9.000,00, o que obriga a vendê-la com um prejuízo de 30% sobre o preço de custo. Calcular o preço de venda. 14) O preço de venda de certa mercadoria é de R$ 6.700,00 e resulta de um desconto de 25% sobre a venda. Calcule o preço de custo. 15) O preço de custo de certa mercadoria é de R$ 8.000,00, o que obriga a vendê-la com um prejuízo que representa 20% do preço de venda. Calcule esse preço de venda.
RESPOSTAS: 1) 100.311,79 2) 15% 3) 33.333,33 4) 2,15% 5) - 25% 6) 33,33% 7) R$ 6.670,00 8) R$ 1.200,00 9) R$ 5.025,00 10) R$ 10.000,00 11) 33,33% e 25% 12) R$ 2.000,00 13) R$ 6.300,00 14) R$ 8.375,00 15) R$ 6.666,67
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2.3
Acréscimos e abatimentos sucessivos Os acréscimos e abatimentos podem ser feitos de forma sucessiva. Isso
quer dizer que, em uma série de Operações, cada operação é realizada de forma acumulada, "sobre" o resultado da operação anterior. Dessa forma, o bruto de cada acréscimo ou o líquido de cada abatimento passa a ser o principal da operação seguinte. Vamos imaginar uma série de acréscimos feitos de forma sucessiva, a partir de um principal. O bruto do primeiro acréscimo seria calculado por:
B1 = P × (1 + i1 ) O do segundo, por:
B2 = B1 × (1 + i 2 ) = P × (1 + i1 ) × (1 + i2 ) O terceiro, por:
B3 = B2 × (1 + i3 ) = P × (1 + i1 ) × (1 + i2 ) × (1 + i3 ) E assim por diante. Sendo n uma quantidade qualquer de acréscimos, poderíamos escrever que:
Bn = P × (1 + i1 ) × (1 + i2 ) × ... × (1 + in ) E se fossem vários acréscimos iguais, teríamos: Bn = P × (1 + i ) × (1 + i ) × ... × (1 + i )
Bn = P × (1 + i ) n
Como esses acréscimos são realizados sobre principais diferentes, o acréscimo total é sempre diferente do (maior que o) obtido pela simples soma das taxas. Isto nos leva à busca de uma taxa única que corresponda à aplicação de diversas taxas de forma sucessiva. Assim, o valor bruto produzido por essa taxa única de acréscimos (iua) será igual ao valor bruto produzido pelas diversas taxas de acréscimos sucessivos:
Bu = B n sendo:
Bu = P × (1 + iua )
e
Bn = P × (1 + i1 ) × (1 + i2 ) × ... × (1 + in )
assim,
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P × (1 + iua ) = P × (1 + i1 ) × (1 + i2 ) × ... × (1 + in ) 1 + iua = (1 + i1 ) × (1 + i 2 ) × ... × (1 + in ) e, finalmente:
iua = (1 + i1 ) × (1 + i2 ) × ... × (1 + in ) − 1 Se fossem vários acréscimos iguais, teríamos: iua = (1 + i) × (1 + i) × ... × (1 + i) − 1
iua = (1 + i ) n − 1
Vamos imaginar, agora, uma série de abatimentos feitos de forma sucessiva, a partir de um principal. O líquido do primeiro abatimento seria:
L1 = P × (1 − i1 ) O do segundo, por:
L2 = L1 × (1 − i 2 ) = P × (1 − i1 ) × (1 − i2 ) O terceiro, por:
L3 = L2 × (1 − i3 ) = P × (1 − i1 ) × (1 − i2 ) × (1 − i3 ) E assim por diante. Sendo n uma quantidade qualquer de abatimentos, poderíamos escrever que:
Ln = P × (1 − i1 ) × (1 − i2 ) × ... × (1 − i n ) E se fossem vários abatimentos iguais, teríamos: Ln = P × (1 − i) × (1 − i) × ... × (1 − i )
Ln = P × (1 − i ) n
Como os abatimentos sucessivos resultam em um abatimento total diferente da (menor que a) soma das taxas de abatimento, podemos calcular a taxa única que corresponde à aplicação de diversas taxas de abatimento sucessivas. O valor líquido produzido por essa taxa única de abatimentos, ou taxa única de descontos (iud) será igual ao valor líquido produzido pelas diversas taxas de abatimentos sucessivos:
Lu = Ln sendo:
Lu = P × (1 − iud ) e
Ln = P × (1 − i1 ) × (1 − i2 ) × ... × (1 − i n ) Rua Luiz Leduc, 210 s. 03 82100 – 010 Curitiba – PR
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Assim,
P × (1 − iud ) = P × (1 − i1 ) × (1 − i2 ) × ... × (1 − i n ) 1 − iud = (1 − i1 ) × (1 − i 2 ) × ... × (1 − in ) − iud = (1 − i1 ) × (1 − i 2 ) × ... × (1 − i n ) − 1 E, finalmente:
iud = 1 − (1 − i1 ) × (1 − i 2 ) × ... × (1 − in ) E, se fossem vários abatimentos iguais, teríamos: iud = 1 − (1 − i) × (1 − i) × ... × (1 − i )
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iud = 1 − (1 − i) n
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EXERCÍCIOS 1) Calcular o valor bruto de uma mercadoria cujo preço de fábrica é de R$ 1.200,00 por unidade e que sofre os acréscimos sucessivos de 3%, 5% e 7%. 2) Calcular o valor inicial de uma mercadoria que sofreu, de forma sucessiva, os acréscimos de 5%, 10%, 15% e 20% e foi vendida por R$ 150.000,00. 3) Calcular o valor líquido de uma mercadoria que sofreu, sucessivamente, os abatimentos de 5%, 10%, 15% e 20% sobre o valor inicial de R$ 100.000,00. 4) Calcular o valor inicial de uma mercadoria que foi vendida por R$ 50.000,00 após sofrer os abatimentos sucessivos de 10%, 20%, 30% e 40%. 5) Qual a taxa única que corresponde aos acréscimos de 5%, 10%, 15% e 20% aplicados de forma sucessiva? 6) Qual a taxa única que corresponde aos abatimentos de 5%, 10%, 15% e 20% aplicados de forma sucessiva? 7) Uma mercadoria cujo preço de fábrica é de R$ 15.000,00 sofre, de forma sucessiva, os acréscimos de 3%, 5%, 8% e um quarto que eleva o seu preço final a R$ 21.024,36. Qual a percentagem do o último acréscimo? 8) Ao comprar certa mercadoria por R$ 20.000,00, obtive os descontos de 15%, 20% e um terceiro. Os descontos foram realizados de forma sucessiva, sobre o preço da etiqueta de R$ 42.016,81. Qual a percentagem do último desconto? 9) O acréscimo total de 27,63% foi resultante da aplicação de cinco taxas iguais de forma sucessiva. Qual a percentagem dessas taxas? 10) O abatimento total de 22,62% foi resultante da aplicação de cinco taxas iguais de forma sucessiva. Qual a percentagem dessas taxas?
RESPOSTAS: 1) R$ 1.388,65 2) R$ 94.108,79 3) R$ 58.140,00 4) R$ 165.343,92 5) 59,39% 6) 41,86% 7) 20,00% 8) 30,00% 9) 5,00% 10) 5,00%
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3. Fundamentos da Matemática Financeira
3.1
O Princípio da Equivalência O princípio fundamental da Matemática Financeira é o princípio da
equivalência. O princípio da equivalência baseia-se no fato de que o dinheiro muda de valor no decorrer do tempo. Assim, uma determinada quantia teria significados econômicos diferentes em épocas diferentes, ainda que em ambiente não inflacionário. A partir desse raciocínio, podemos imaginar uma outra quantia, situada em época futura, que tenha o mesmo significado econômico, o mesmo valor, que certa quantia conhecida no presente. Em outras palavras, um Valor Futuro (FV) equivalente ao Valor Presente (PV) conhecido. Da mesma forma, podemos imaginar que exista, no presente, uma quantia com o mesmo valor que outra quantia conhecida no futuro, ou prevista. Em outras palavras, um Valor Presente equivalente ao Valor Futuro conhecido ou previsto. A diferença entre o Valor Presente e o Valor Futuro é a parcela correspondente aos juros (j). Os juros podem ser definidos livremente como o aluguel do capital. Existem várias justificativas para os juros. Entre elas podemos citar a teoria da produtividade marginal do capital: o capital, associado aos outros fatores de produção, é, também produtivo. Como o capital é, então, um dos fatores de produção, os juros correspondem à remuneração do fator capital, da mesma forma, por exemplo, que os salários remuneram o fator trabalho. Outra teoria é a do preço do tempo ou abstinência de Böhm-Bawerk (escola psicológica austríaca) que diz que um capital emprestado é um bem presente que se dá em troca de um bem futuro. Como a expectativa de um bem futuro vale menos que a realidade do bem presente, os juros compensariam essa diferença. Assim, o Valor Futuro é o resultado da soma do Valor Presente com a sua remuneração sob a forma de juros:
FV = PV + j
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3.2
As Taxas de Juros O nível de preços dos bens e serviços é função de sua escassez. Da
mesma maneira que as forças de oferta e demanda determinam o preço dos bens e serviços, as forças de oferta de fundos e a procura de crédito determinam o preço do crédito que é representado pela taxa de juros. Na verdade, essas forças de mercado determinam o nível (i0) da taxa de juros pura (ip), correspondente a uma situação de virtual equilíbrio de mercado decorrente da quantidade (Q0) de recursos demandados (Q).
ip D
S
io Q0
Q
O mercado adiciona, a essa taxa pura, um conjunto de outras taxas (spread) que visam cobrir impostos (IOF), comissões (flat) e custos de intermediação financeira e uma taxa correspondente à remuneração do fator risco (iρ), que é variável e visa remunerar o risco específico daquele tipo de operação. O resultado é a taxa real (ir) de juros, que corresponde ao custo real das operações financeiras. Assim, a taxa real é:
ir = ip + IOF + flat + custos + iρ
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ir
ir0 iρ
ip + flat + IOF + custos
ρ0
ρ
À taxa real pode, então, ser acumulada a expectativa de inflação (iη) para constituir a taxa efetiva (ie) de juros, como a seguir:
ie = (1 + ir) . (1 + iη) - 1
Observe que a taxa de inflação acumula-se à taxa real de juros, como nos acréscimos sucessivos (2.3), para formar a taxa efetiva. Não basta, portanto, somar a taxa de inflação à taxa de juros, pois os juros incidem sobre o capital já corrigido monetariamente, i. e., já compensado pelo desgaste da inflação. 3.3
Diagrama de Fluxos de Caixa O Diagrama de Fluxos de Caixa (DFC) é a representação gráfica das
operações financeiras. Como o valor de um fluxo de caixa (pagamento ou recebimento) é função do tempo, necessita ser representado em uma escala cronológica que o situe exatamente na época de sua ocorrência. Assim, o DFC é constituído de um segmento de reta graduado de forma a representar os intervalos de tempo entre os fluxos. Estes são representados por vetores verticais orientados para cima (recebimentos - fluxos positivos) ou para baixo (pagamentos - fluxos
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negativos) com origem na escala cronológica, na graduação correspondente à época de ocorrência. Um Diagrama de Fluxos de Caixa pode ter o seguinte aspecto: 200
200
100
0
1
2
100
3
4
5
6
7
8
9
10
100
11
12
13
14
50 100
100 150 200
4. O Regime de Capitalização Simples
4.1
Juros Simples Juro é o prêmio que se paga pela utilização de um capital por certo tempo. A capitalização simples é um regime de cálculo de juros (j) em que estes
são definidos, em cada período, como uma parte de um mesmo principal. Este principal é o capital (C) da operação financeira. Os juros são, então, obtidos pela aplicação de uma percentagem ou taxa, a taxa de juros (i) sobre este principal. Como sabemos,
p=P.i
Logo,
j=C.i
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Para obter o total de juros produzidos em certo número de períodos (n), fazemos:
j=C.i.n
Exemplo: Calcular os juros simples do capital de R$ 1000,00, a 15% a.a., em cinco meses. Comentário: Para todo o cálculo financeiro, é fundamental que o prazo e a taxa de juros estejam se referindo ao mesmo período de capitalização. No exemplo acima, temos uma taxa ao ano (a.a.) e um prazo expresso em meses. No entanto, esse prazo pode ser expresso como uma fração do período de capitalização anual:
C = 100
j = C.i.n
i = 0,15a.a.
j = 1000.0,15.
n = 5me =
4.2
5 a 12
5 12
j = R$62,50
Montante Simples Montante Simples (M) é o resultado da soma do capital com os juros. Portanto, M=C+j Como vimos anteriormente, j=C.i.n Logo, M = C + C. i. n ou M = C . ( 1 + i . n)
Exemplo: Calcular o montante de um capital de R$ 700,00, a 10% a.me., em 6 meses.
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Comentário: Nesse caso, a taxa e o prazo já se referem ao mesmo período de capitalização (um mês). Podemos, portanto, aplicar a fórmula diretamente:
C = 700 i = 0,10a.me. n = 6me 4.3
M = C .(1 + i.n) M = 700.(1 + 0,10.6) M = R$1.120, 00
Taxas As taxas de juros podem ser classificadas em proporcionais e
equivalentes. Taxas proporcionais são aquelas que se relacionam com os prazos a que se referem formando uma proporção. Assim, a taxa de 24% ao ano é proporcional a 12 % ao semestre, a 2% ao mês, etc. Taxas equivalentes são aquelas que produzem o mesmo resultado quando aplicadas pelo mesmo prazo. No Regime de Capitalização Simples, as taxas proporcionais são equivalentes. Assim, se aplicarmos um capital a 5% ao mês durante dois anos, iremos obter a mesma quantidade de juros que obteríamos aplicando por dois anos esse capital a 10 % ao bimestre, a 30% ao semestre ou a 60% ao ano. A matemática financeira utiliza duas convenções para contagem do prazo das operações financeiras (período financeiro): o ano comercial, com 360 dias e, portanto, 12 meses com 30 dias cada, e o ano civil, com 365 ou 366 dias quando bissexto e com os 12 meses com a respectiva quantidade de dias. Em geral, quando o contrato não especifica se é juro comercial ou juro civil, utiliza-se a convenção comercial por maior facilidade. No entanto, quando o contrato especifica o contrário, ou quando o prazo é estabelecido entre duas datas, utiliza-se o ano civil. Para a contagem de dias entre duas datas, ver a Tabela nº 4.2 - p.59 . 4.4
Descontos Simples A operação de desconto é inversa à da capitalização e consiste em se
determinar um Valor Presente equivalente a um determinado Valor Futuro. Em termos práticos, as operações de desconto são realizadas com os títulos de crédito que são os instrumentos de crédito que possuem garantia legal (duplicatas, notas Rua Luiz Leduc, 210 s. 03 82100 – 010 Curitiba – PR
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promissórias, etc.). Possuindo garantia legal, esses títulos podem ser negociados livremente, antes de sua data de vencimento. Assim, um título de crédito pode ser convertido em dinheiro ou substituído por outro(s) título(s) anteriormente à data prevista para sua liquidação. A conversão é feita pelo Valor Atual (An) ou Valor Presente do título, que corresponde ao Valor de Face, Valor Nominal (N) ou Valor Futuro do título, menos o desconto (d) que é a compensação em valor pela antecipação do resgate do título. O Regime de Capitalização Simples utiliza duas formas de cálculo para o desconto: o Desconto Simples Comercial e o Desconto Simples Racional. Como apenas a modalidade comercial é praticada, ainda que sua utilização seja restrita a operações de curto prazo, nos ateremos ao seu estudo. 4.4.1 Cálculo do Desconto Simples Comercial O Desconto Simples Comercial (dc), também chamado Desconto Simples "Por Fora", equivale aos juros simples calculados sobre o Valor Nominal (F) do título. Da fórmula dos juros simples: j=C.i.n
Tiramos, substituindo j por dc e C por N, dc = N . i . n
Exemplo: Calcular o desconto comercial de um título de R$ 500,00, descontado 27 dias antes do vencimento, à taxa de desconto de 5% ao mês. Comentário: Como o prazo não está em uma unidade de tempo compatível com o período de capitalização da taxa, é necessário expressá-lo em função dessa nova unidade de tempo.
N = 500
dc = N .i.n
i = 0, 05a.me. n = 27 d =
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27 me 30
dc = 500.0, 05.
27 30
d c = R$22, 50
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4.4.2 Cálculo do Valor Atual Comercial O Valor Atual é o valor pelo qual o título é resgatado ou negociado antes do seu vencimento e corresponde à diferença entre o Valor Nominal e o Desconto: Anc = N - dc
Porém, como dc = N . i . n,
podemos escrever: Anc = N - N . i . n
=>
Anc = N (1 - i . n)
Exemplo: Calcular o Valor de Resgate de um título de R$ 1100,00, 25 dias antes do seu vencimento, à taxa de desconto de 8% a.me. Comentário: O exemplo não especifica a modalidade de desconto simples utilizada. Sendo assim, como norma, utilizamos o desconto comercial.
N = 1100
Anc = N (1 − i.n)
i = 0, 08a.me.
Anc = 1100.(1 − 0, 08.
n = 25d =
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25 me 30
25 ) 30
Anc = R$1.026, 67
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EXERCÍCIOS 1) Calcular os juros simples do capital de R$ 1.000,00 durante 19 dias 16% ao mês. 2) Calcular o montante a juros simples do capital de R$ 2.500,00, durante 23 dias, a 14% ao mês. 3) Ao fim de quanto tempo o capital de R$ 5.000,00 a 20% a.a. produzirá juros simples de R$ 1.500,00? 4) Ao fim de quanto tempo o capital de R$ 2.500,00 a 10% ao ano produzirá o montante a juros simples de R$3.250,00? 5) Um investidor aplicou R$ 250.000,00 em Letras de Câmbio no dia 15 de janeiro de 1995 e, ao resgatá-las no dia 16 de março do mesmo ano, recebeu R$ 320.500,00. Quanto recebeu de juros? Que taxa mensal remunerou seu capital nesse período? 6) Um empresário pediu um empréstimo de R$ 25.000,00 a uma instituição financeira, por certo período. Na liberação do empréstimo, pagou antecipadamente, como previa o contrato, 22% de juros. Qual o valor pago de juros? Qual a quantia efetivamente liberada? Considerando a quantia liberada como empréstimo, qual foi a taxa efetiva de juros? 7) Um título foi descontado, 47 dias antes de seu vencimento, à taxa de 7% a.me., por R$ 4.451,67. Calcular o Valor Nominal do título. 8) Uma nota promissória de R$ 7.500,00 foi resgatada, dois meses antes de seu vencimento, por R$ 5.250,00. Calcular a taxa de desconto. 9) Uma empresa descontou em um banco, no dia 26 de maio, três títulos de R$ 20.000,00; R$ 15.000,00 e R$35.000,00, vencíveis, respectivamente, em 27 de junho, 28 de julho e 24 de agosto do mesmo ano. Calcule o valor atual utilizando a taxa de desconto de 15% a.me. 10) Uma empresa devedora de três títulos de R$ 2.000,00; R$ 1.500,00 e R$ 3.000,00, vencíveis em 32, 63 e 90 dias, respectivamente, propõe ao banco credor substituí-los por dois outros, de mesmo valor nominal, para 40 e 75 dias. Calcule o valor nominal desses títulos a uma taxa de desconto de 15% ao mês.
RESPOSTAS: 1) R$ 101,33 2) R$ 268,33 3) 1a6me 4) 3a 5) R$ 70 500,00; 14,10% a.me. 6) R$ 5.500,00; R$ 19.500,00; 28,21% 7) R$ 5.000,00 8) 15% a.me. 9) R$ 46.325,00 10) R$ 3.057,89
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5. O Regime de Capitalização Composta
5.1
Montante e juros de um único pagamento No Regime de Capitalização Composta, os juros são sempre calculados
sobre o valor bruto do período anterior. Ao contrário do que ocorre no Regime de Capitalização Simples, no qual temos sempre o mesmo principal, neste regime o principal muda a cada período de capitalização. O principal é sempre o Montante ou Valor Futuro (FV) do período anterior. É claro que para o primeiro período não temos montante do período anterior. Assim, os juros compostos do primeiro período são iguais aos juros simples, se usarmos a mesma taxa e o mesmo capital e, claro, o montante também é o mesmo. Partindo de um certo Capital Inicial (PV), os juros do primeiro período seriam, como em juros simples:
j = PV . i
e o montante seria: FV1 = PV . (1 + i . 1) = PV . (1 + i)
O montante do segundo período seria: FV2 = FV1 . (1 + i) = PV . (1 + i) . (1 + i) = PV . (1 + i)2
O montante do terceiro período seria: FV3 = FV2 . (1 + i) = PV . (1 + i)2 . (1 + i) = PV . (1 + i)3
E assim por diante, o que nos permite generalizar assim: FV = PV. (1 + i)n (Ver Tabela 2 - p.64)
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Ao trabalhar com juros compostos, é mais simples obter o montante e depois subtrair o capital inicial para obter o valor dos juros. Assim: j = FV - PV j = PV . (1 + i)n - PV
e, finalmente, j = PV . [(1 + i)n - 1] 5.2
Desconto O desconto é a operação inversa da capitalização. Enquanto a operação
de capitalização agrega, a cada período, os juros ao capital inicial ou Valor Presente para produzir o montante ou Valor Futuro, a operação de desconto retira, a cada período, os juros de um determinado Valor Futuro para produzir o Valor Presente daquele período. Usando a fórmula do montante, basta isolarmos no primeiro membro o Valor Presente: FV = PV . (1 + I)n =>
PV = FV . (1 + i)-n
(Ver Tabela 1 - p. 63) 5.3
Taxas de juros compostos
5.4
Taxas proporcionais e equivalentes A exemplo do que vimos em juros simples, as taxas podem ser
classificadas em proporcionais e equivalentes. Porém, ao contrário do que ocorre nos juros simples, no Regime de Capitalização Composta as taxas proporcionais não são equivalentes. Isso ocorre porque, nesse regime, os juros não são calculados sempre sobre o mesmo principal, mas sim sobre o montante do período anterior. Como as taxas incidem, a cada período, sobre um principal diferente, a taxa equivalente ao fim de um certo número de períodos não pode ser simplesmente o resultado do produto da taxa ao período pelo número de períodos, como uma taxa proporcional.
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Usando a fórmula do valor futuro e um valor presente igual a um, vamos imaginar uma taxa (iq) que produza, no mesmo prazo, o mesmo montante em um número de períodos (1/q) que outra taxa (it) produziria em outro número de períodos (1/t). As fórmulas ficariam assim: FV = PV. (1 + iq)1/q FV = PV . (1 + it)1/t
Como ambas dão como resultado o mesmo FV, podemos igualá-las: PV . (1 + iq)1/q = PV . (1 + it)1/t
e, simplificando PV, temos: (1 + iq)
1/q
= (1 + it)
1/t
1 + iq = (1 + it)q/t iq = (1 + it)q/t - 1 Para facilidade de aplicação, podemos ler esta fórmula desta forma pouco ortodoxa: "A taxa que queremos (iq) é igual a 1 mais a taxa que temos (it), elevado ao número de capitalizações que queremos (q), em um certo prazo, dividido pelo número de capitalizações que temos (t), no mesmo prazo, menos 1." P. Ex. calcular a taxa anual equivalente a 2% a.m.. it = 2% a.m. (a taxa que temos) t
= 1 (número de capitalizações que temos – 1 mês)
q
= 12 (número de capitalizações que queremos – 12 meses)
iq = (1 + it)q/t – 1 iq = (1 + 0,02)12/1 – 1 iq = 1,0212 – 1 iq = 1,2682 – 1 iq = 0,2682 = 26,82% a.a. 5.5
Taxas nominais e efetivas É comum que os contratos financeiros apresentem a taxa de juros relativa
a um período de tempo (geralmente ao ano), chamado de período financeiro, mas
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que os cálculos considerem a incidência dos juros em um período diferente (geralmente ao mês), chamado de período de capitalização. O cálculo, nesses casos, é feito com a utilização da taxa no período de capitalização proporcional à taxa contratada no período financeiro. P. Ex. 10% a.a. capitalizados mensalmente:
taxa contratada:
10% a.a.
capitalização: mensal
período financeiro:
um ano
período de capitalização:
um mês
taxa proporcional no período de capitalização:
10% ÷ 12 = 0,83% a.m.
Sabemos, no entanto, que, por se tratar do regime de capitalização composta, o resultado obtido será diferente do resultado indicado pela taxa contratada.
Assim, a taxa contratada de 10% a.a. é apenas uma taxa anual
proporcional à taxa no período de capitalização, é uma taxa meramente nominal, pois não corresponde ao resultado da operação. A taxa que realmente reflete o custo financeiro anual da operação é a taxa anual equivalente a 0,83% a.m.. Já vimos como calculá-la: iq = (1 + it)q/t – 1 iq = (1 + 0,0083)12/1 – 1 iq = 1,008312 – 1 iq = 1,1043 – 1 iq = 0,1043 = 10,43% a.a. Esta taxa de 10,43% a.a. é a taxa efetiva da operação e corresponde ao custo anual da operação, diferentemente da taxa nominal de 10% a.a.. 5.6
Regime de Capitalização Mista Já
pudemos
verificar que o montante gerado pelo Regime de
Capitalização Composta é maior que o gerado pelo Regime de Capitalização Simples. Porém, isso só ocorre para um número inteiro de períodos. Quando o prazo é uma quantidade não inteira de períodos de capitalização, o montante gerado na parte fracionária do prazo, e apenas nessa parte fracionária, será maior se for calculado a juros simples. Assim, o mercado adota a Convenção Linear, que
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calcula o montante a juros compostos pela parte inteira de períodos de capitalização de um prazo, e o montante desse resultado a juros simples pela sua parte fracionária. Considerando um prazo fracionário, representado pela fração mista np/q, teríamos como valor futuro a juros compostos da parte inteira do prazo, FVn,:
FVn = PV .(1 + i )n E para a parte fracionária do prazo, tomando FVn como valor presente no segundo cálculo, o valor futuro a juros simples, FVnp/q,:
FVn p q = FVn. 1 + i.
p q
Porém, como:
FVn = PV .(1 + i )n , FVn p q = FV .(1 + i) n . 1 + i. 5.7
p q
Equivalência de Fluxos de Caixa Como vimos no item sobre Desconto (2.3.2), as operações de Desconto e
Capitalização são operações inversas. Isso significa que, capitalizando um determinado valor presente (PV) por um certo número de períodos (n) a uma determinada taxa (i), obtendo, assim, um valor futuro (FV), se descontarmos esse valor futuro (FV) à mesma taxa (i), pelo mesmo número de períodos (n), iremos obter o mesmo valor presente (PV). Esse raciocínio ilustra bem o princípio fundamental da matemática financeira: o Princípio da Equivalência. Este princípio nos diz que capitais iguais, situados em épocas diferentes, têm valores diferentes, mesmo no pressuposto de uma economia com moeda constante, ou seja, mesmo com inflação nula. Assim, podemos imaginar um capital situado em uma data futura que, embora diferente, tenha o mesmo valor que outro capital situado no presente; da mesma forma podemos imaginar um capital no presente que, embora diferente, possua o mesmo valor que outro colocado no futuro. Esses capitais diferentes, colocados em datas diferentes, teriam, na mesma data, o mesmo valor, seriam equivalentes. O mecanismo que estabelece o grau de
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equivalência e, portanto, que capital situado em uma determinada data é equivalente a outro em outra data é a taxa de juros. Isso é de extrema valia quando se trata de comparar valores (fluxos de caixa) situados em épocas diferentes, pois podemos, indiferentemente, capitalizar um ou mais fluxos para uma data futura, ou descontar um ou mais fluxos para uma data presente. Como só podemos comparar, operar algebricamente ou trocar fluxos de caixa situados na mesma data, utilizamos os recursos da capitalização e do desconto para "movimentá-los" ao longo do tempo, "atualizando-os" para a mesma data e, então, realizando a operação que desejamos. A equivalência permite, na prática, a troca de um título de crédito (duplicata, nota promissória, etc.) ou de um grupo de títulos situados em uma, ou diversas datas, por outro título ou por outro grupo situados em outra ou em outras datas diferentes. Para isso, é necessário que, em uma data qualquer, os seus valores equivalentes (presentes ou futuros) sejam iguais. Tomando o seguinte conjunto de fluxos de caixa equivalentes:
PV4 FV3 FV2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1000 FV4 PV5
Temos que: PV4 + FV3 + FV2 = 1000 + FV4 + PV5 EXERCÍCIOS 1) Calcular a taxa efetiva anual correspondente a 180% ao ano, capitalizados mensalmente. 2) Qual o tempo necessário para que R$ 2.500,00 produzam o montante de R$ 5.190,40, à taxa de 24% a.a. com capitalizações trimestrais? 3) No fim de quanto tempo os capitais de R$ 5.000,00, a 20% a.a. capitalizados trimestralmente e de R$ 15.000,00 u.m., a 10% a.a. capitalizados semestralmente produzirão juros iguais?
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4) No fim de quanto tempo o capital de R$ 500,00 a 10% a.a. e R$ 400,00 a 12% a.a. produzirão montantes iguais? 5) Qual deve ser a taxa média mensal de inflação para que os preços dupliquem em 3 anos? 6) Qual a taxa anual de juros capitalizada mensalmente que faz com que R$ 2.500,00 produzam o montante de R$ 5.190,40 em 7 meses e meio? 7) O desconto de um título, pagável em 3 meses e 18 dias, é de R$ 2.164,74. Calcular o Valor Nominal do título, sabendo que a taxa empregada foi de 30% a.a. com capitalizações mensais. 8) Ao fim de quanto tempo o capital de R$ 5.000,00, a 40% a.a. capitalizados mensalmente produzirá R$4.500,00 de juros? 9) Duas notas promissórias, de R$ 5.000,00 para 1 ano e 6 meses e de R$ 8.000,00 para 2 anos e 3 meses, serão substituídas por uma única para 3 anos. Estipulando a taxa de 18% a.a. capitalizados mensalmente para essa operação, calcular o Valor Nominal do título. 10) Uma empresa toma um empréstimo de R$ 200,00 por três anos a 20% a.a. capitalizados mensalmente. Algum tempo após, propõe saldar a dívida com três pagamentos anuais realizáveis no fim do 2º, 3º e 4º anos. O primeiro pagamento será de R$ 50,00 e o segundo, de R$ 100,00. Calcular o valor do último pagamento, sabendo que a taxa do desconto real é de 12% a.a. com capitalizações mensais.
RESPOSTAS: 1) 435,03% a.a.; 2) 3a1me19d; 3) 7a1me8d; 4) 12a4me19d; 5) 1,94% a.me.; 6) 122,76% a.a. cap. mens.; 7) R$ 25.450,49; 8) 1a7m18d; 9) R$ 15.683,82; 10) R$ 251,54
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6. Séries Uniformes
6.1
Classificação, elementos e cálculos As séries uniformes são constituídas, tanto nas operações de recuperação
de capital (amortização), como nas de formação de capital (capitalização). Nas operações de amortização (empréstimos, financiamentos, etc.) o valor a ser amortizado é anterior à série, é a sua causa, e recebe o nome de Valor Atual ou Valor Presente (PV) de uma série. Nas operações de capitalização, o capital formado é posterior à série, é a sua conseqüência, e recebe o nome de Montante ou Valor Futuro (FV) da série. Os fluxos de caixa que constituem a série são denominados Termos ou Pagamentos (PMT), o número de termos (n) e a taxa no período (i) são os demais elementos de uma operação com séries uniformes. As
séries
uniformes
classificam-se
em
Antecipadas,
Imediatas
(Postecipadas) e Diferidas em função da época em que ocorrem os seus fluxos. 6.2
Séries Antecipadas Em uma Série Antecipada, os fluxos ocorrem no início dos respectivos
períodos. As séries antecipadas são mais freqüentes nas operações de capitalização, embora sejam utilizadas, também, em operações de amortização. O DFC de uma Série Antecipada tem o seguinte aspecto: 0
1
2
3
4
5
...
n-2
n-1
n
O Valor Presente da uma série Antecipada corresponde à soma dos valores presentes de todos os termos (PMT) iguais que a compõem. Calculando os valores presentes de todos os termos e somando-os temos:
PV (a) = PMT .(1 + i )− n+1 + ... + PMT .(1 + i) −3 + PMT .(1 + i )−2 + PMT .(1 + i )−1 + PMT PV (a) = PMT .[(1 + i)− n+1 + ... + (1 + i )−3 + (1 + i) −2 + (1 + i )−1 + 1]
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27
Fazendo:
(1 + i ) = u , temos:
PV (a) = PMT .(u − n+1 + ... + u −3 + u −2 + u −1 + 1) Com a expressão entre parênteses representando a soma dos termos de uma Progressão Geométrica de razão q = u. A fórmula que permite calcular a soma dos termos de uma P.G. é:
Sn =
an .q − a1 ; q −1
Substituindo os elementos, temos:
Sn =
1.u − u − n+1 u − u − n+1 ; = u −1 i
Multiplicando ambos os termos da fração por un-1:
Sn =
u − u − n+1 u n−1 u.u n −1 − u − n+1.u n −1 u n − 1 . n−1 = = n−1 i u i.u n −1 i.u
PV (a) = PMT .
un −1 i.u n−1
ou
PV (a) = PMT .
(1 + i )n − 1 i.(1 + i )n −1
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para o desenvolvimento das fórmulas para cálculo do Valor Futuro:
FV (a) = PMT .(1 + i )n + ... + PMT .(1 + i)3 + PMT .(1 + i )2 + PMT .(1 + i )1 FV (a) = PMT .[(1 + i) n + ... + (1 + i )3 + (1 + i )2 + (1 + i )1 ] Fazendo:
(1 + i ) = u , temos:
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28
FV (a) = PMT .(u n + ... + u 3 + u 2 + u1 ) Com a expressão entre parênteses representando a soma dos termos de uma Progressão Geométrica Decrescente de razão q = u-1. Substituindo os elementos na fórmula do cálculo da soma dos termos da P.G. decrescente:
Sn =
a1 − an .q 1− q
Sn =
u n − u.u −1 u n − 1 = ; 1 − u −1 1 − u −1
Multiplicando ambos os termos da fração por u: Sn =
u n − 1 u u n .u − 1.u u.(u n − 1) un −1 . = = = . u 1 − u −1 u 1.u − u −1.u u −1 i
FV (a) = PMT .u.
6.3
u n −1 i
FV (a) = PMT .(1 + i ).
ou
(1 + i) n − 1 i
Séries Imediatas Em uma série Imediata, os fluxos ocorrem no final dos respectivos
períodos. As séries Imediatas são mais características das operações de amortização, embora possam ser utilizadas, também, em operações especiais de capitalização na constituição de fundos de reembolso para o resgate de dívidas ou fundos de provisão para a substituição de equipamentos. O DFC de uma série Imediata tem o seguinte aspecto: 0
1
2
3
4
5
6 ...
n-1
n
O Valor Presente da uma série Imediata pode ser obtido pela seguinte fórmula:
PV (i ) = PMT .
un −1 i.u n
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ou
PV (i) = PMT .
(1 + i )n − 1 i.(1 + i )n
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29
(Ver Tabela 3 - P.65) O Valor Futuro é calculado por:
FV (i ) = PMT .
un −1 i
ou
FV (i) = PMT .
(1 + i )n − 1 i
(Ver Tabela 4 - p.66) 6.4
Séries Diferidas Em uma série Diferida, os fluxos ocorrem no final dos respectivos
períodos, posteriores a um prazo de carência ou diferimento. As séries Diferidas são praticamente exclusivas das operações de amortização, embora sejam utilizadas, ainda que raramente, em operações de capitalização nos mesmos casos previstos nas séries imediatas. As séries diferidas incluem no cálculo um elemento adicional: a carência ou prazo de diferimento (m). O DFC de uma série Diferida tem o seguinte aspecto:
0
1
2 ...
0
1
2
3
m
m+1
m+2
m+3
4
...
m+4 ...
n-1
n
m+n-1
m+ n
O Valor Presente da uma série Diferida pode ser obtido pela seguinte fórmula:
PV (d ) = PMT .
un −1 i.u m + n
ou
PV (d ) = PMT .
(1 + i) n − 1 i.(1 + i)m + n
O Valor Futuro é calculado de forma idêntica ao das séries imediatas, já que o prazo de carência ou diferimento não interfere nesse cálculo:
un −1 (1 + i) n − 1 ou FV (d ) = PMT . i i Todos esses valores podem ser calculados pelas fórmulas acima, pelo
FV (d ) = PMT .
emprego de tábuas financeiras e com as calculadoras financeiras, e, ainda, por decomposição dos fluxos de caixa. Rua Luiz Leduc, 210 s. 03 82100 – 010 Curitiba – PR
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30
6.5
Séries Gradientes Séries Gradientes ou Séries em Gradiente são séries de pagamentos
cujos termos crescem em progressão aritmética de razão G, sendo que o primeiro termo também é igual a G e ocorre no segundo período. O DFC de uma Série Gradiente tem o seguinte aspecto: 0
1
2
3
4
5
G
2G
3G
4G
6 ...
5G
n-1
n
n-2G n-1G
Para efeito de cálculo, a Série Gradiente é convertida em uma série imediata equivalente, segundo o fator de conversão:
1 n i − . n i i u −1 (Ver Tabela 5 - p.66) Assim, o valor do termo (PMT) de uma Série Imediata equivalente a uma Série Gradiente em G é:
P M T (i ) = G .
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1 n i − . n i i u −1
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EXERCÍCIOS Calcule o valor equivalente das seguintes séries, usando a taxa de 10%: 1)
2)
3)
RESPOSTAS: 1) PV=R$ 1.071,16; 2) FV=R$ 14.024,93; 3) PV=R$ 2.677,23
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32
6.6
Decomposição de Fluxos de Caixa Nem todas as operações financeiras se comportam de forma uniforme. As
operações mais complexas parecem conjuntos desordenados de fluxos de caixa quando traduzidas para um diagrama. No entanto, podemos decompô-las em dois ou mais conjuntos de pagamentos isolados e séries uniformes, simplificando o seu cálculo. A decomposição de fluxos de caixa é feita por "cortes" verticais ou horizontais nos diagramas, que, assim, são decompostos em outros diagramas mais simples e uniformes, como no exemplo a seguir:
Que pode ser decomposto horizontalmente em:
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7. Sistemas de financiamento São vários os sistemas utilizados para o pagamento de um empréstimo ou de um financiamento. Trataremos dos mais freqüentes no nosso mercado. Para exemplificarmos, utilizaremos como exemplo, o empréstimo do capital de R$ 30.000,00, a 10% ao mês, por cinco meses.
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7.1
Sistema do Montante É o sistema no qual o devedor restitui ao credor, ao final de um prazo
estipulado, o capital e os juros correspondentes. O cálculo é feito pela fórmula do Valor Futuro de um pagamento único: FV = PV . (1 + i)n FV = 30000 . (1 + 0,10)5 = R$ 48.315,30 7.2
Sistema do Juro Antecipado (Descontos) É o sistema utilizado no cálculo dos penhores e nas operações de
empréstimo com desconto de duplicatas. É, também, a forma utilizada para cálculo de taxas e comissões cobradas antecipadamente (flat), como os seguros de crédito, o IOF, etc. Em geral, o desconto é calculado no regime de capitalização simples. Porém, como os juros são pagos antecipadamente, a taxa de juros efetiva da operação
é
bastante
diferente da taxa de desconto anunciada, o que
freqüentemente conduz a erros de avaliação. Vejamos como ficaria a operação com a taxa de 10% ao mês para o desconto simples:
PV FV = ---------1 - i.n
30000 FV = --------------- = R$ 60.000,00 1 - 0,10 . 5
Assim, para um empréstimo de R$ 30.000,00, temos um Valor Futuro de R$ 60.000,00 em 5 meses. Substituindo esses valores na fórmula do Valor Futuro de um pagamento único a juros compostos, temos: FV = PV . (1 + i)n
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60000 = 30000 . (1 + i)5
60000 --------- = (1 + i)5 30000 2 = (1 + i)5 1 + i = 21/5
1 + i = 1,1487
i = 0,1487 => 14,87% a.m.
Sendo 14,87% ao mês, portanto, a taxa efetiva de juros. Essa diferença se acentua à medida que cresce o prazo e a taxa de desconto. 7.3
Sistema Francês ou Sistema Price É o sistema em que o pagamento do empréstimo ou financiamento é feito
através de prestações iguais, a intervalos de tempo constantes, geralmente ao mês. Essas prestações são compostas de duas partes: os juros mensais calculados sobre o saldo devedor e o restante que compõe uma quota destinada a amortizar o principal da dívida. O cálculo das prestações é feito pelas fórmulas das séries uniformes. Utilizando o exemplo para uma série uniforme imediata, temos: (1+i)n - 1 PV(i) = PMT . ------------i . (1+i)n
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(1+0,10)5 - 1 30000 = PMT . -------------------0,10 . (1+0,10)5
0,6105 30000 = PMT . ---------0,1611
30000 = PMT . 3,7908
30000 PMT = --------- = R$ 7.913,92 3,7908
Através do seguinte Plano de Amortização, podemos observar a evolução dos principais componentes da operação, período a período.
Plano de Amortização - Sistema Francês Capital : 30.000,00 Nº de Pagamentos : 5 Taxa de Juros : 10,00% Per. (n)
Pagamento (PMT)
Juros
Quota de Amortização
Fundo de Amortização
Saldo Devedor (PV)
0 1 2 3 4 5
7913,92 7913,92 7913,92 7913,92 7913,92
3000,00 2508,60 1968,07 1373,49 719,44
4913,92 5405,31 5945,84 6540,43 7194,47
4913,92 10319,24 16265,08 22805,52 30000,00
30000,00 25086,07 19680,75 13734,91 7194,47 0,00
7.4
Sistema de Amortizações Constantes É o sistema pelo qual o empréstimo ou financiamento é pago através de
prestações decrescentes. A quota destinada à amortização do principal é fixa e corresponde à divisão do principal pelo número de prestações. A essa quota são
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acrescentados os juros calculados sobre o saldo devedor do período anterior, para formar a prestação do período. O Plano de Amortização a seguir ilustra bem a solução do nosso exemplo por esse sistema: Plano de Amortização - Sistema de Amortizações Constantes Capital : 30000,00 Nº de Pagamentos : 5 Taxa de Juros : 10,00% Per. (n)
Pagamento (PMT)
Juros
Quota de Amortização
Fundo de Amortização
Saldo Devedor (PV)
0 1 2 3 4 5
9000,00 8400,00 7800,00 7200,00 6600,00
3000,00 2400,00 1800,00 1200,00 600,00
6000,00 6000,00 6000,00 6000,00 6000,00
6000,00 12000,00 18000,00 24000,00 30000,00
30000,00 24000,00 18000,00 12000,00 6000,00 0,00
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EXERCÍCIOS 1) Uma família decidiu comprar um refrigerador a crédito. O esquema de pagamento oferecido pela loja é o seguinte: 15.03.02 R$ 500,00 15.06.02 R$ 300,00 15.07.02 R$ 300,00 15.08.02 R$ 300,00 15.09.02 R$ 300,00 Sabendo que a taxa de juros é de 5% ao mês, determine o valor do refrigerador em 15.05.02. 2) Qual o valor presente de uma série de oito prestações mensais imediatas de R$ 5.000,00, sabendo-se que a taxa mensal de juros é de 3,0%? 3) Qual o valor da prestação mensal de um fundo de investimentos que capitaliza os depósitos à taxa composta de 10% ao ano capitalizados mensalmente, para se obter, no fim de 20 anos, o montante de R$ 500.000,00? 4) Em quanto tempo duplicará um capital aplicado a uma taxa de juros de 1,25% ao mês? 5) Logo que tenha economizado R$ 10.000,00 em valores de hoje, o Sr. Saddam Sahva pretende instalar uma quitanda. Se economizar R$ 500,00 por mês, investindo-os a 1,0% ao mês, quantos meses serão necessários para que o Sr. Saddam obtenha a importância desejada, sabendo-se que a inflação mensal é de 0,485%? 6) O Sr. Komero Toda Furuta comprou uma Kombi em 10 prestações mensais iguais. Sabendo que a Kombi tem seu preço à vista fixado em R$ 30.000,00 e que a taxa de financiamento é de 1,75% ao mês, determine: a) O valor da prestação. b) O saldo devedor após o pagamento da 5ª parcela.
RESPOSTAS: 1) R$ 1.615,04 2) R$ 35.098,46 3) R$ 658,44 4) 4 anos, 7 meses e 24 dias 5) 20 meses 6) R$ 3.296,26 e R$15.650,17
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8. Análise de alternativas de financiamento e investimento A Análise de Alternativas de Financiamento e Investimento conta com um conjunto de técnicas da Engenharia Econômica que permitem a comparação, de forma científica, entre alternativas diferentes. Ao permitir que essas diferenças sejam explicitadas de forma quantitativa, elas constituem ferramenta da maior utilidade no processo de tomada de decisões em qualquer empresa, de qualquer porte ou ramo de atividade. São exemplos típicos da utilização dessas técnicas as alternativas de investimento financeiro, de distribuição em marketing, de automatização na contabilidade, de planos de carreira em administração de pessoal, de aquisição e substituição de equipamentos na administração da produção, na engenharia de produto, etc. Para ser eficiente, a Análise de Investimentos pressupõe alguns princípios fundamentais: − −
− −
− − − − − −
Não existe decisão com alternativa única, todas as alternativas devem ser consideradas; Somente são comparáveis alternativas homogêneas, não se pode optar entre pouco retorno com pouco investimento e muito retorno com muito investimento, por exemplo; Apenas as diferenças entre as alternativas são relevantes, não perca tempo com o que é comum a elas; Os critérios para decisão entre alternativas econômicas devem levar em consideração o valor do dinheiro no tempo, o princípio da equivalência é básico; Não devem ser subestimados os problemas relativos ao racionamento de capital, a menos que isso não seja problema para você; Decisões separáveis são tomadas separadamente; As previsões são necessariamente falhas e o seu grau e tipos de incerteza devem ser explicitados; O evento qualitativo não quantificava monetariamente devem ser claramente especificados; A retroalimentação (feedback) de informações é fundamental e é a única maneira de minimizar o impacto dos erros das previsões; Os dados relevantes são os econômicos e gerenciais, os dados contábeis só são importantes na avaliação após o Imposto de Renda. Não importa de um equipamento é depreciado contabilmente em 10 anos, se está obsoleto em 5 anos.
E tem, também, algumas limitações: Rua Luiz Leduc, 210 s. 03 82100 – 010 Curitiba – PR
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40
−
−
−
− −
−
8.1
A escolha do método, que deve considerar o aspecto mais abrangente do problema, uma vez que é impossível levar em consideração e quantificar todas as variáveis em situações reais. Premissas, restrições e limitações devem ser claramente caracterizadas; Os modelos estudados pressupõem taxas de juros e retorno iguais, embora no mercado as taxas de juros (empréstimos) sejam sempre maiores que as taxas de retorno (aplicação). A taxa de retorno será denominada doravante de Taxa Mínima de Atratividade, ou simplesmente TMA, refletindo a menor taxa de retorno aceitável para um investimento; Os modelos pressupõem taxas constantes, o que recomenda a utilização de uma média das taxas projetadas, ou a explicitação de que a solução está vinculada às circunstâncias presentes; Os modelos pressupõem viabilidade econômica e financeira para o fluxo de caixa real final; Os modelos levam em consideração que os fluxos de caixa ocorrem no final dos respectivos períodos (anos), embora a maioria possa ocorrer durante o período. Nesses casos, esses fluxos de caixa são os valores equivalentes, no final do período, dos demais fluxos ocorridos durante aquele período. A complexidade do modelo deve ser compatível com a confiabilidade dos dados assumidos.
Métodos de Análise As principais técnicas utilizadas pela Análise de Investimentos são os
métodos de análise, também chamados “Métodos Equivalentes Para Avaliação de Alternativas de Financiamento e Investimento”. Em seguida, veremos uma apresentação desses métodos e suas principais características. 8.1.1 Método do Custo Anual Consiste em transformar os fluxos de caixa das alternativas em séries uniformes equivalentes, utilizando uma taxa de juros igual à Taxa Mínima de Atratividade. É possível, então, chegar a um Custo Anual Equivalente, que servirá de parâmetro para comparação entre as alternativas. Cabe ressaltar que, embora chamado de Método do Custo Anual, o método se presta a análises em períodos diferentes do ano. É importante, no entanto que, por ora, as alternativas tenham a mesma duração de tempo, i.e., a mesma Vida Econômica. Vejamos o Exemplo 1, a seguir:
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41
Alternativa A B C
Investimento Inicial
Despesas Anuais
Valor Residual
15000,00 20000,00
10000,00 5000,00 4000,00
2000,00
TMA: 10% ao ano Vida Econômica: 10 anos
Solução: . Alternativa A Custo Anual Dado
= 10000
. Alternativa B Custo Anual Equivalente do investimento inicial (PV):
0,10 . 1,1010 PMT(PV) = 15.000 . -----------------
= 2441
1,1010 - 1 Custo Anual Dado
= 5000 -----
Custo Anual Total
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= 7441
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42
. Alternativa C
Custo Anual Equivalente do investimento inicial (PV):
0,10 . 1,1010 PMT(PV) = 20000 . ---------------
= 3255
1,1010 - 1 Custo Anual Dado
= 4000
Retorno Anual Equivalente do Valor Residual (FV):
0,10 PMT(FV) = -2000 . ------------
= - 125
1,1010 - 1 ----Custo Anual Total
= 7130
A alternativa C é a mais vantajosa por apresentar os menores custos anuais equivalentes.
Exemplo 2
Uma companhia deseja mecanizar uma operação de movimentação de materiais em seu almoxarifado. Atualmente, esta operação é realizada manualmente por uma equipe de operários. Os custos anuais com salários e encargos sociais são de R$ 8000,00. A mecanização será obtida com a aquisição de um equipamento cujo valor é de R$ 20000,00. Espera-se uma redução nos custos com mão-de-obra a R$ 2000,00 ao ano. As despesas anuais de operação são estimadas em R$ 500,00 de energia, R$ 1.500,00 de manutenção e R$ 500,00 de seguro e demais despesas.
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43
O equipamento tem vida econômica de 10 anos e um valor de revenda de R$ 2000,00. A uma TMA de 18% a.a., qual a alternativa mais vantajosa economicamente? Solução:
. Alternativa A Custo Anual Dado
= 8000
. Alternativa B Custo Anual Equivalente do investimento inicial (PV):
0,18 . 1,1810 PMT(PV) = 20000 . ---------------
= 4450
1,1810 - 1 Despesas Anuais
= 4500
- Mão-de-Obra
= 2000
- Energia
=
- Manutenção
= 1500
- Seguro, etc.
=
500
500
Retorno Anual Equivalente do Valor de Revenda (FV): 0,18 PMT(FV) = -2000 . ------------
=
- 85
1,1810 - 1 -----Custo Anual Total
= 8865
O maior custo anual da segunda alternativa a desaconselha como decisão econômica.
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EXERCÍCIOS 1) Calcular e comparar os custos anuais dos motores A e B, cuja compra é considerada para 12 anos de serviço a uma TMA de 10%a.a. Item Custo Inicial Valor Residual Estimado Custo Anual de Energia Custo Anual de Reparos CAA = R$ 1.166,91
Motor A 2.500
Motor B 4.000 500 300
1.000 300 220
CAB = 1.060,29 (MELHOR COMPRA)
2) Um serviço de encanamento precisa ser executado em uma empresa. As alternativas que se apresentam são as seguintes: Item Tubo 30 cm Tubo 50 cm Custo Inicial 21.000 32.000 Custo Anual de Operação 6.700 3.850 O período de serviço esperado é de sete anos, após os quais o encanamento será removido com Valor Residual previsto de 5% de seu custo. O retorno mínimo exigido é de 8% ao ano. Comparar os custos anuais. CAA = 10.615,84
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CAB = 9.817,00 (MELHOR COMPRA)
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8.1.2 Método do Valor Presente Líquido Consiste em se calcular a soma algébrica dos valores equivalentes de todos os fluxos de caixa no período zero utilizando a Taxa Mínima de Atratividade. A soma desses Valores Presentes resulta no Valor Presente Líquido da alternativa. A alternativa mais indicada é aquela que apresenta o maior retorno em relação a um investimento, ou o menor custo. É fundamental que se observe o sinal dos respectivos fluxos de caixa. Assim, um VPL positivo significa que o Valor Presente dos retornos é maior que o Valor Presente dos investimentos e das despesas. Quanto maior o VPL positivo, maior essa diferença e, portanto, maior a razão entre retorno e investimento. Se VPL=0 (nulo) o projeto oferece a mesma rentabilidade que a alternativa de investimento financeiro remunerada pela TMA. Se VPL 15% 0 --> i - 605 --> 20%
0 - 2146
i - 15%
--------------- = ------------- 605 - 2146
=> i ~ 18,9% a.a.
20% - 15%
Obviamente, esta forma de cálculo, trabalhosa e imperfeita devido à utilização da interpolação linear, pode ser substituída, com vantagens, pela utilização das funções financeiras avançadas encontradas nas calculadoras financeiras mais completas. É importante observar que o conceito de Taxa Interna de Retorno está intimamente vinculado à Vida Econômica do investimento. Assim, o investimento acima possibilita uma TIR de aproximadamente 18,9% ao ano para uma Vida Econômica de sete anos. Isso quer dizer que o capital investido será remunerado a, aproximadamente 18,9% ao ano e que o investimento será totalmente recuperado em sete anos.
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EXERCÍCIOS 1) A respeito de um projeto são conhecidos os seguintes dados: Item Custo Inicial Custo Op. Anual Valor Residual Vida Econômica Receita Anual Calcular a Taxa Interna de Retorno do investimento.
Valor 12.000 1.506 2.000 25 a. 2.590
2) Uma loja vende amplificadores a R$ 2.500 cada um, mas R$ 500 deverão ser pagos de entrada e R$ 500 no fim de cada mês nos próximos quatro meses, "sem cobrança de juros". Discutindo a possível compra, você descobre que pode comprar o amplificador por R$ 2.250 à vista. Você também fica sabendo que, comprando a prazo, haverá a cobrança, no ato da compra, de R$ 50 referentes a serviços e despesas contratuais. Que taxa de juros será realmente paga se a compra for feita em prestações? 3) Duas alternativas estão sendo consideradas para um investimento de R$ 4.000 por dez anos. Os demais dados seguem: Item Alternativa A Custo Op.Anual 1.100 Valor Residual 400 Receita Anual 2.000 Determinar a melhor alternativa.
Alternativa B 1.600 600 2.500
4) Uma bomba de água essencial para um processo industrial pode ser comprada de dois fornecedores. O fornecedor A vende a bomba por R$ 100.000 e a despesa mensal de operação e manutenção é estimada em R$ 12.000. A bomba do fornecedor B custa R$ 170.000 e a despesa mensal de operação e manutenção é estimada em R$ 8.000. Se ambas as bombas serão usadas por cinco anos e a taxa mínima de retorno exigida é de 10% ao mês, qual das bombas deve ser escolhida? Qual seria a resposta do problema se a TMA fosse de 4% a.m.?
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53
8.2
Classificação de Alternativas
8.2.1 Alternativas Singulares Na análise de alternativas singulares pode-se utilizar os métodos do Valor Presente Líquido e da Taxa Interna de Retorno, como fizemos para cada alternativa nos exemplos desses dois métodos. A análise, nesse caso, é simples. O investimento
que
possua Valor Presente Líquido positivo (VPL > 0) é
economicamente viável, pois possibilita um retorno sobre o investimento superior ao propiciado por uma aplicação financeira à taxa Mínima de Atratividade. No caso do método da Taxa Interna de Retorno, a conclusão é a mesma para um investimento que possua a Taxa Interna de Retorno maior que a Taxa Mínima de Atratividade. 8.2.2 Alternativas Múltiplas Na análise de alternativas múltiplas os métodos do Custo Anual e do Valor Presente Líquido aplicam-se como fizemos nos respectivos exemplos. Já o método da Taxa Interna de Retorno, por pressupor investimentos iguais, exige, no caso de investimentos diferentes, a decomposição em fluxos complementares, de modo a ser definido o fluxo de caixa incremental de um projeto em relação a outro. Este seria o fluxo de caixa composto apenas pelas diferenças incrementais de um projeto em relação a outro. Para um conjunto de alternativas com investimentos diferentes, procederíamos da seguinte maneira: Ordenar as alternativas em ordem crescente de investimentos. Determinar a TIR da primeira alternativa e compará-la com a TMA. Se a TIR < TMA, abandonar esta alternativa e repetir a análise para a alternativa seguinte
e,
assim,
sucessivamente
até
a
obtenção
de
uma
alternativa
economicamente viável. A partir da primeira alternativa viável, calcula-se a Taxa de Retorno incremental da próxima alternativa. A Taxa de retorno incremental é a TIR do fluxo de caixa incremental de um projeto me relação a outro com investimento menor. Este fluxo de caixa incremental é o fluxo de caixa composto pelas diferenças algébricas entre os fluxos de caixa da alternativa com investimento maior e a Rua Luiz Leduc, 210 s. 03 82100 – 010 Curitiba – PR
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54
primeira alternativa viável. A Taxa de Retorno incremental é, também, comparada com a Taxa Mínima de Atratividade. A primeira alternativa é remunerada pela sua TIR e a segunda alternativa é remunerada, em parte pela TIR, e na parte incremental, pela Taxa de Retorno incremental. Se a Taxa de Retorno incremental for maior que a TMA, a alternativa é, também, viável. 8.2.3 Alternativas com Vidas Econômicas Diferentes No caso de se analisar alternativas com diversas vidas econômicas, somente os métodos do Custo Anual e do Valor Presente são aplicáveis. O método do Custo Anual não sofre distorções graves com a diferença de Vidas Econômicas, o que ocorre com o método do Valor Presente Líquido. Em ambos os casos, a diferença pode ser contornada levando-se em consideração a possibilidade de reinvestimento. Define-se assim um prazo que seja o Mínimo Múltiplo Comum entre os prazos das alternativas propostas e repete-se o fluxo de caixa de cada alternativa o número de vezes necessário para preencher o prazo comum. Recai-se então na análise com vidas iguais.
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ANEXOS
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56
VALOR PRESENTE DE UM PAGAMENTO n
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
9,0%
10,0%
1
0,990099
0,980392
0,970874
0,961538
0,952381
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37,37896
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20
22,01900
24,29737
26,87037
29,77807
33,06595
36,78559
40,99549
45,76196
51,16012 57,274999
21
23,23919
25,78331
28,67648
31,96920
35,71925
39,99272
44,86517
50,42292
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22
24,47158
27,29898
30,53678
34,24797
38,50521
43,39229
49,00573
55,45675
62,87333 71,402749
23
25,71630
28,84496
32,45288
36,61788
41,43047
46,99582
53,43614
60,89329
69,53193 79,543024
24
26,97346
30,42186
34,42647
39,08260
44,50199
50,81557
58,17667
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76,78981 88,497327
25
28,24320
32,03030
36,45926
41,64590
47,72709
54,86451
63,24903
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26
29,52563
33,67090
38,55304
44,31174
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27
30,82088
35,34432
40,70963
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54,66912
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28
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112,9682 134,20993
29
33,45038
38,79223
45,21885
52,96628
62,32271
73,63979
87,34652
103,9659
124,1353 148,63093
30
34,78489
40,56807
47,57541
56,08493
66,43884
79,05818
94,46078
113,2832
136,3075 164,49402
31
36,13274
42,37944
50,00267
59,32833
70,76079
84,80167
102,0730
123,3458
149,5752 181,94342
32
37,49406
44,22703
52,50275
62,70146
75,29882
90,88977
110,2181
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164,0369 201,13776
33
38,86900
46,11157
55,07784
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118,9334
145,9506
179,8003 222,25154
34
40,25769
48,03380
57,73017
69,85790
85,06695
104,1837
128,2587
158,6266
196,9823 245,47669
35
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49,99447
60,46208
73,65222
90,32030
111,4347
138,2368
172,3168
215,7107 271,02436
36
43,07687
51,99436
63,27594
77,59831
95,83632
119,1208
148,9134
187,1021
236,1247 299,12680
42
51,87898
64,86222
82,02319
104,8195
135,2317
175,9505
230,6322
304,2435
403,5281 37,636992
48
61,22260
79,35351
104,4083
139,2632
188,0253
256,5645
353,2700
490,1321
684,2804 960,17233
54
71,14104
95,67307
131,1374
182,8453
258,7739
370,9170
537,3164
785,1140
1155,130 1708,7194
60
81,66967
114,0515
163,0534
237,9906
353,5837
533,1281
813,5203
1253,213
1944,792 3034,8163
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60
FATOR DE CONVERSÃO DE SÉRIE GRADIENTE PARA IMEDIATA n
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
9,0%
10,0%
2
0,497512
0,495050
0,492611
0,490196
0,487805
0,485437
0,483092
0,480769
0,478469
0,476190
3
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0,986799
0,980297
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0,942619
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4
1,487562
1,475249
1,463061
1,450995
1,439053
1,427234
1,415536
1,403960
1,392504
1,381168
5
1,980100
1,960401
1,940905
1,921611
1,902520
1,883633
1,864950
1,846472
1,828197
1,810126
6
2,470980
2,442256
2,413833
2,385715
2,357904
2,330404
2,303217
2,276346
2,249792
2,223557
7
2,960202
2,920815
2,881851
2,843318
2,805225
2,767581
2,730392
2,693665
2,657404
2,621615
8
3,447766
3,396080
3,344963
3,294434
3,244510
3,195208
3,146541
3,098524
3,051166
3,004479
9
3,933673
3,868053
3,803176
3,739077
3,675786
3,613331
3,551740
3,491033
3,431231
3,372351
10
4,417923
4,336736
4,256498
4,177264
4,099085
4,022007
3,946071
3,871314
3,797768
3,725461
11
4,900517
4,802131
4,704936
4,609014
4,514444
4,421295
4,329629
4,239503
4,150964
4,064054
12
5,381454
5,264242
5,148499
5,034348
4,921902
4,811261
4,702516
4,595747
4,491023
4,388402
13
5,860734
5,723071
5,587198
5,453288
5,321501
5,191977
5,064842
4,940207
4,818164
4,698792
14
6,338360
6,178621
6,021042
5,865859
5,713289
5,563521
5,416727
5,273051
5,132618
4,995529
15
6,814330
6,630896
6,450043
6,272087
6,097314
5,925976
5,758295
5,594460
5,434631
5,278933
16
7,288645
7,079899
6,874214
6,672000
6,473629
6,279428
6,089681
5,904626
5,724460
5,549341
17
7,761306
7,525635
7,293567
7,065628
6,842292
6,623972
6,411025
6,203746
6,002375
5,807097
18
8,232314
7,968108
7,708116
7,453002
7,203360
6,959705
6,722474
6,492028
6,268653
6,052560
19
8,701668
8,407322
8,117876
7,834156
7,556896
7,286728
7,024182
6,769688
6,523580
6,286095
20
9,169370
8,843282
8,522862
8,209125
7,902965
7,605148
7,316307
7,036948
6,767450
6,508075
21
9,635420
9,275993
8,923090
8,577945
8,241635
7,915075
7,599014
7,294034
7,000563
6,718878
22
10,09981
9,705459
9,318577
8,940654
8,572976
8,216625
7,872471
7,541181
7,223224
6,918886
23
10,56256
10,13168
9,709341
9,297292
8,897062
8,509914
8,136853
7,778626
7,435742
7,108483
24
11,02366
10,55468
10,09540
9,647901
9,213968
8,795065
8,392336
8,006612
7,638428
7,288054
25
11,48311
10,97445
10,47677
9,992523
9,523771
9,072201
8,639101
8,225382
7,831597
7,457982
26
11,94091
11,39100
10,85348
10,33120
9,826553
9,341450
8,877332
8,435184
8,015563
7,618650
27
12,39707
11,80433
11,22554
10,66398
10,12239
9,602942
9,107217
8,636268
8,190639
7,770437
28
12,85158
12,21446
11,59298
10,99091
10,41138
9,856809
9,328943
8,828883
8,357141
7,913716
29
13,30444
12,62138
11,95581
11,31204
10,69360
10,10318
9,542701
9,013281
8,515378
8,048858
30
13,75566
13,02511
12,31407
11,62742
10,96913
10,34221
9,748684
9,189712
8,665661
8,176226
31
14,20523
13,42566
12,66777
11,93710
11,23808
10,57402
9,947084
9,358427
8,808293
8,296174
32
14,65316
13,82302
13,01694
12,24112
11,50053
10,79875
10,13809
9,519675
8,943578
8,409051
33
15,09945
14,21722
13,36159
12,53955
11,75657
11,01655
10,32191
9,673702
9,071812
8,515196
34
15,54410
14,60825
13,70177
12,83244
12,00629
11,22755
10,49872
9,820753
9,193286
8,614940
35
15,98711
14,99613
14,03749
13,11984
12,24980
11,43191
10,66873
9,961072
9,308285
8,708603
36
16,42848
15,38086
14,36878
13,40181
12,48719
11,62976
10,83212
10,09489
9,417091
8,796497
42
19,04237
17,62368
16,26499
14,98278
13,78844
12,68827
11,68417
10,77440
9,954645
9,218804
48
21,59759
19,75559
18,00889
16,38322
14,89430
13,54854
12,34466
11,27584
10,33170
9,500090
54
24,09445
21,77889
19,60728
17,61671
15,82647
14,24024
12,85000
11,64025
10,59168
9,683974
60
26,53331
23,69610
21,06741
18,69723
16,60617
14,79094
13,23209
11,90153
10,76831
9,802294
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61
TABELA PARA CONTAGEM DE DIAS ENTRE DATAS Dias
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Dias
1
1
32
60
91
121
152
182
213
244
274
305
335
1
2
2
33
61
92
122
153
183
214
245
275
306
336
2
3
3
34
62
93
123
154
184
215
246
276
307
337
3
4
4
35
63
94
124
155
185
216
247
277
308
338
4
5
5
36
64
95
125
156
186
217
248
278
309
339
5
6
6
37
65
96
126
157
187
218
249
279
310
340
6
7
7
38
66
97
127
158
188
219
250
280
311
341
7
8
8
39
67
98
128
159
189
220
251
281
312
342
8
9
9
40
68
99
129
160
190
221
252
282
313
343
9
10
10
41
69
100
130
161
191
222
253
283
314
344
10
11
11
42
70
101
131
162
192
223
254
284
315
345
11
12
12
43
71
102
132
163
193
224
255
285
316
346
12
13
13
44
72
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