Curso: Tópicos Especiais de História da filosofia VII: Conhecimento, conceito e definição: Perspectivas filosóficas em comparação

July 14, 2017 | Autor: Angelo Marinucci | Categoria: Wittgenstein, Platão, Conceito
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Tópicos Especiais de História da filosofia VII Prof. Angelo Marinucci 2° Semestre/2015 Sigla: HG930 A Sala: IH8 Horário: quinta-feira 8.00-12.00 Horário de atendimento: quinta-feira 14.00-16.00 Avaliação: relatório ou exame oral

Conhecimento, conceito e definição: Perspectivas filosóficas em comparação À partir da ideia de conceito como conjunto de caraterísticas comuns que definem algo, neste curso pretende-se aprofundar a ligação entre definição e conceito em relação ao problema do conhecimento. O objetivo central do curso consiste na apresentação de diferentes perspetivas e usos da “definição” e do “conceito” para o conhecimento. Durante o curso pretendo analisar alguns textos de Platão, Nietzsche e Wittgenstein. Em primeiro lugar, Platão expõe, no Eutífron, de maneira muito clara a estratégia filosófica dele, presente em todos os diálogos: conhecer significa responder à pergunta “o que é?”. Neste sentido, o fim da busca filosófica é a definição do conceito de algo, a essência. O valor do conceito será, então, fundativo do ponto de vista teorético e moral. Em segundo lugar, depois de uma breve apresentação da ideia de “revolução copernicana” de Kant, pretendo analisar o texto de Nietzsche Sobre verdade e mentira. Aqui o autor propõe que o conceito seja um resíduo da metáfora. Neste sentido, o conceito não mostra a essência de algo, mas apenas uma perspetiva sobre algo, uma perspetiva que jamais consegue agarrar todos os aspectos da coisa. Ao contrário de Platão, a pergunta “o que é?” não é mais a pergunta fundamental da filosofia. Em todas suas obras, Nietzsche mostra ser interessado à pergunta “como é?”. Neste sentido, a definição de um conceito será apenas um resultado contingente. Em terceiro e último lugar, os textos de Wittgenstein representarão a conclusão do percurso do curso, porque ele reflete sobre o sentido de “traçar um confim” conceitual e, então, sobre a definição no sentido etimológico e porque ele inverte a perspetiva epistemológica de Platão. Se o Sócrates dos diálogos platônicos recusa sempre os exemplos porque procura uma definição, o “segundo” Wittgenstein estima os exemplos como fundamentais para chegar a uma definição específica cujo valor é igualmente específico. Em outros termos, a definição não funda nada, ela apenas expõe um uso contingente de um conceito. Bibliografia essencial Platão, Eutífron, em Diálogos III, Edipro, 2008 ou Platon, Euthyphron, em Platon Werke, Band 11, Vandenhoeck & Ruprecht, 2013 ou Platone, Eutifrone, em Platone, Eutifrone – Apologia di Socrate – Critone, Einaudi, 2010. Kant, Crítica da razão pura, Introdução e Prefácios, Vozes, 2012. Nietzsche, Sobre verdade e mentira, Hedra, 2007. Wittgenstein, Investigações filosóficas, Vozes, 2013 partes. Wittgenstein, Livro azul, Edições 70, 1992, partes. Wittgenstein, Livro marrom, Edições 70, 1992, partes. Os textos de bibliografia secundaria serão propostos durantes as aulas.

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