Curtir, cutucar, fake/fakes e plugar: a lexicalização sob uma perspectiva centrada no uso

July 1, 2017 | Autor: Adilio Souza | Categoria: Lingüística, Lexicalization, Neologisms
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SOUZA, Adilio Junior de; MATOS, Denilson Pereira de. Curtir, cutucar, fake/fakes e plugar: a lexicalização sob uma perspectiva centrada no uso (Comunicação oral em GT). Niterói: UFF, 2015 Resumo publicado em: Caderno de Resumos do III Simpósio Internacional de Linguística Funcional, 25 a 28 de agosto de 2015. Niterói: UFF, 2015, p. 27-28. Disponível em: «http://iiisilf.blogspot.com.br/p/caderno-de-resumos.html». Acesso em: 13 set. 2015. CURTIR, CUTUCAR, FAKE/FAKES E PLUGAR: A LEXICALIZAÇÃO SOB UMA PERSPECTIVA CENTRADA NO USO Adilio Junior de Souza1 Denilson Pereira de Matos2 Resumo: O presente estudo tem como tema central o processo de criação de itens lexicais (ou lexicalização), tendo em vista como esse processo propicia o aparecimento de novas palavras na língua e como isso enriquece o léxico. Esse processo é investigado sob o prisma da Linguística Funcional (ou Linguística Centrada no Uso), sendo assim, os dados analisados foram extraídos de um corpus que reflete as diversas situações de interação social, isto é, dados colhidos em situações reais de uso. Adotou-se o corpus Projeto AC/DC: corpo Corpus Brasileiro (uma coletânea de cerca de um bilhão de palavras da língua portuguesa do Brasil, resultado de projeto liderado por Tony Berber Sardinha [PUCSP] e financiado pela FAPESP). Os objetivos do estudo são: (i) expor uma discussão sobre os conceitos de léxico, neologismo e lexicalização; (ii) apresentar análises de quatro itens lexicais: curtir, cutucar, fake/fakes e plugar e (iii) discutir sobre a importância da lexicalização para a atualização do multissistema (língua). O procedimento metodológico consistiu em: a) a verificação das unidades lexicais no corpus, com a extração de uma amostragem de 10% de cada uma e b) a organização das amostras serão postas em tabelas padronizadas, facilitando a consulta. A base teórica do estudo é composta, na maior parte, de obras funcionalistas: Martelotta (2011), Contiero e Ferraz (2014), Correia e Almeida (2012), Carvalho (2009), Biderman (1981; 2001), Cambraia, Ramalho e Stradioto (2011), Castilho (2003a; 2003b), Ferraz (2006; 2007) e Gonçalves (2011). Este trabalho contém resultados obtidos na confecção da dissertação de Mestrado em Linguística de Souza (2015). Com este aporte, pôde-se formular o conceito central desta investigação: a lexicalização é diferente da gramaticalização, mas também é um processo produtivo, por meio do qual são criados novos itens ou unidades lexicais, a partir da seleção de propriedades cognitivas e traços semânticos. As unidades lexicais formadas podem funcionar como unidades de valor pleno ou restritivo. Os resultados obtidos revelam que os itens lexicalizados plugar e fakes, segundo o critério de recorrência no corpus, são itens menos prototípicos. Por outro lado, curtir, cutucar e fake, conforme o mesmo critério adotado, são itens mais prototípicos. Os itens lexicais analisados surgiram para ocupar o vazio de um signo linguístico na língua e adquiriram novos significados devido ao uso. Acredita-se que o aumento da frequência de uso destas unidades pode favorecer a ressignificação mediante novos contextos. Diante da temática discutida no estudo, escolheu-se o “Simpósio 2: Análise linguística em perspectiva funcionalista”. Palavras-chave: Lexicalização; Neologismo; Linguística Funcional. 1

Pesquisador do Grupo de Pesquisa Teorias Linguística de Base - TLB/UFPB Mestrando do Programa de PósGraduação em Linguística - PROLING/UFPB. Contato: [email protected]. 2 Professor Doutor, docente do PROLING/UFPB e do Programa de Mestrado Profissional em Linguística e Ensino – MPLE/UFPB. Líder do Grupo de Pesquisa Teorias Linguística de Base - TLB/UFPB. Contato: [email protected].

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