CUSTEIO ABC (ACTIVITY BASED COSTING): UMA VARIAÇÃO DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

July 4, 2017 | Autor: M. Dotta | Categoria: Accounting, ERP- SAP
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Universidade Latino-americana de Tecnologia

Marcos Fernando Dotta
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Gestão com ERP SAP, Processos de Contabilidade Gerencial e Financeira.




Custeio ABC (Activity Based Costing): uma variação do custeio por absorção



RESUMO

Custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio, criado pelos professores americanos Robert Kaplan e Robin Cooper na década de 1980, em Harvard. Ele está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos fornecendo um método para o tratamento dos custos indiretos que consiste na identificação, análise e alocação de custos aos processos, visando melhor gerenciar a lucratividade e permitindo uma melhor mensuração dos custos, sendo os recursos atribuídos a cada atividade e as atividades atribuídas a objetos de custo, amenizando as distorções provocadas pelo uso do rateio usado pelo método de absorção dos custos. (WIKIPEDIA, 2014). Logo, pode ser visto como uma ferramenta de análise dos fluxos de custos gerados pelas atividades ao longo dos processos interdepartamentais e não somente como custeio de produtos permitindo a melhoria e a otimização desses processos.

Palavras-Chaves: Custeio Baseado em Atividades. Custeio ABC. Activity Based Costing.



Introdução

Custeio Baseado em Atividades

É um método de custeio que procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos e sua diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos (Custeio por Absorção).
O avanço tecnológico, a crescente complexidade dos sistemas de produção e a grande diversidade de produtos e modelos fabricados na mesma planta, principalmente em alguns setores industriais, vêm aumentando os custos indiretos e exigem uma melhor alocação desses custos.
Daí a importância de um tratamento adequado, pois os mesmos graus de arbitrariedade e de subjetividade eventualmente tolerados no passado podem provocar hoje enormes distorções e dependerão dos dois fatores citados: proporção de custos indiretos no total e diversificação das linhas de produto.
Porém sua utilidade não se limita ao custeio de produtos e ao contexto de cada departamento para fins de avaliação de estoques para atender às legislações fiscal e societária. Ele é uma poderosa ferramenta a ser utilizada na gestão de custos, muito mais do que de custeio de produtos (primeira geração do ABC).
A segunda geração do ABC foi concedida de forma a possibilitar a análise de custos sob duas visões:

Visão Econômica de Custeio (visão vertical), no sentido de que apropria os custos aos objetos de custeio através de atividades realizadas em cada departamento;

Visão de Aperfeiçoamento de Processos (visão horizontal), no sentido de que capta os custos dos processos através das atividades realizadas através de vários departamentos, pois reconhece que os processos são interdepartamentais.
Essa 2ª visão permite que os processos sejam analisados, custeados e aperfeiçoados através da melhoria de desempenho na execução das atividades e as informações por ele geradas servem para auxiliar a gestão de processos. A implantação de um sistema de custos baseado nos conceitos do ABC pode dar origem a uma reengenharia de processos e uma empresa que esteja envolvida num projeto de reengenharia pode desejar conhecer os custos das atividades e dos processos e avaliar as economias obtidas. Logo, o ABC pode ser um instrumento de mudanças.
A análise de custos propiciada pelo ABC pode ser complementada pela análise de valor das atividades e dos processos que, sob a óptica do cliente (interno ou externo), ou seja, daquele que recebe e utiliza o bem ou serviço gerado pelas atividades, classificando-as em atividades que adicionam ou não valor para o cliente.
A Gestão Baseada em Atividades apoia-se no planejamento, execução e mensuração do custo das atividades para obter vantagens competitivas; utiliza o Custeio Baseado em Atividades e caracteriza-se por decisões estratégicas." São elas: alterações no mix de produtos, no processo de formação de preços e nos processos, além de redesenho de produtos, eliminação de custos e desperdícios e elaboração de orçamentos baseados em atividades. (MARTINS, 2003, p. 288).

Gestão Estratégica de Custos

"A expressão "Gestão Estratégica de Custos" vem sendo utilizada nos últimos tempos para designar a integração que deve haver entre o processo de gestão de custos e o processo de gestão da empresa como um todo." (MARTINS, 2003, p. 297-298).
Essa integração é necessária porque a empresa precisa perseguir e alcançar altos níveis de qualidade, eficiência e produtividade, eliminando desperdícios e reduzindo custos. Assim, é necessário que os gestores recebam informações precisas, tempestivas e atualizadas para um apoio eficaz ao processo decisório.


CONCLUSÃO

Conclui-se então que o Custeio ABC pode ser visto como uma ferramenta de análise dos fluxos de custos gerados pelas atividades ao longo dos processos interdepartamentais e não somente como custeio de produtos. Essa ferramenta pode ser integrada a um Escritório de Processos já que ela permite a Gestão dos Custos e dos Processos e é caracterizada por decisões estratégicas que permitem a melhoria e a otimização desses processos permitindo a sobrevivência da empresa no mercado globalizado.

BIBLIOGRAFIA

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2003.

WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Custeio baseado em atividades. Disponível em: . Acesso em 19 maio 2014.





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