D. Branca de Vilhena: património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV, Porto: Edições UFP, 2008. Prefácio do Professor Doutor José Marques.

July 3, 2017 | Autor: J. Gonçalves de F... | Categoria: Medieval Nobility, Medieval Chapels, Power elites
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Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

D. Branc� de Vilhen� Património e Redes Sociais de uma Nobre Senhora no Século XV

PORTO, 2008

FICHA TÉCNICA TÍTULO. D. Branca de Vilhena património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV © 2008 - universidade fernando pessoa autor. judite antonieta gonçalves freitas edição. edições universidade fernando pessoa praça 9 de abril, 349 . 4249-004 porto - portugal tel. 22 507 1300 . fax.22 5508269 . [email protected] composição e impressão. oficina gráfica da ufp acabamentos. Gráficos reunidos, lda depósito legal. 282953/08 ISBN. 978-989-643-018-4 Reservados todos os direitos. toda a reprodução ou transmissão, por qualquer forma, seja esta mecânica, electrónica, fotocópia, gravação ou qualquer outra, sem a prévia autorização escrita do autor ou editor, é ilícita e passível de prodecimento judicial contra o infractor

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇãO ----------------------------------------------------------------FREITAS, Judite Antonieta Gonçalves de, 1964D. Branca de Vilhena : património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV / Judite Antonieta Gonçalves de Freitas. - Porto : Edições Universidade Fernando Pessoa, 2008. - 224 p. ; 22,5 cm ISBN 978-989-643-018-4 História de Portugal / Capelas--Estruturas sociais--História / Linhagens--Bens fundiários CDU 94(469)

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

D. Branc� de Vilhen� Património e Redes Sociais de uma Nobre Senhora no Século XV

edições UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA

Índice Geral Apresentação ......................................................................................................................... 7 Nota prévia ............................................................................................................................. 11 Introdução .............................................................................................................................. 13 1. Fonte e metodologia ...................................................................................................... 16 2. Perfil social ........................................................................................................................ 22 3. O Testamento ................................................................................................................... 24 3.1. O lavrar do documento: reconstituição de um processo ......................... 24 3.2. A derradeira vontade de D. Branca de Vilhena .............................................. 25 4. Domínio patrimonial .................................................................................................... 31 4.1. Considerações introdutórias .................................................................................. 31 4.2. Património – enquadramento geográfico ........................................................ 33 4.3. Distribuição patrimonial ......................................................................................... 35 4.3.1. Área rústica ................................................................................................................ 35 4.3.2. Área urbana ............................................................................................................... 40 4.4. A economia dos campos e das leiras .................................................................. 43 4.5. Sinopse de um património ..................................................................................... 47 5. Composição das rendas ................................................................................................ 48 5.1. Considerações introdutórias .................................................................................. 48 5.2. Formas de pagamento ............................................................................................... 48 5.3. Os caseiros ..................................................................................................................... 52 Conclusão ................................................................................................................................ 55 Bibliografia geral .................................................................................................................. 57 1. Fontes ................................................................................................................................... 57 2. Instrumentos de trabalho ........................................................................................... 58 3. Bibliografia ........................................................................................................................ 59 Anexos ...................................................................................................................................... 65 Mapas anexos ......................................................................................................................... 67 Mapa 1 – Domínio patrimonial da capela de D. Branca de Vilhena. Localização e identificação dos casais (1499) .......................................................... 68 Mapa 2 – Bens patrimoniais da capela de D. Branca de Vilhena. Área rústica e urbana dos casais (1499) ..................................................................... 69 Mapa 3 – Foros da capela de D. Branca de Vilhena. Moeda e géneros (1499) .................................................................................................... 70 Mapa 4 – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena. Campos segundo a dimensão da propriedade (1499) .......................................... 71 Mapa 5 – Superfície rústica dos casais da capela de D. Branca de Vilhena. Souto, Vinha e outros usos agro-florestais (1499) ........................ 72

Quadros anexos .................................................................................................................... 73 Quadro I - Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena (1499) ............. 73 Quadro II – Concelhos e freguesias com propriedades da capela e seus caseiros ....................................................................................................................... 97 Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros ........... 99 Quadro IV – Distribuição por títulos patrimoniais das rendas e prazos ..... 101 Quadro V – Vinhas, vinhedos e uveiras da capela ................................................ 105 Quadro VI – Soutos e outras espécies de árvores da capela .............................. 107 Quadro VII – Montes da capela ..................................................................................... 110 Quadro VIII – Sanjoaneiras devidas à capela de D. Branca de Vilhena ........ 111 Transcrição Documental .................................................................................................. 113 Regras de Transcrição ........................................................................................................ 115 Tombo de propriedades da capela de D. Branca de Vilhena ............................. 117 Testamento e cédulas ......................................................................................................... 204 Índices ...................................................................................................................................... 211 Índice Antroponímico ....................................................................................................... 211 Índice Toponímico .............................................................................................................. 214 Índice Ideográfico ................................................................................................................ 219

Apresentação Com o estudo D. Branca de Vilhena: património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV, a Prof.ª Doutora Judite Antonieta Gonçalves de Freitas demonstrou, mais uma vez, a sua fidelidade à formação de medievalista, de que deu inequívocas provas com as dissertações apresentadas para a sucessiva obtenção dos graus de mestre e de doutor, motivo por que nos apraz redigir esta nota de apresentação. Dispensamo-nos de referir outros trabalhos seus, com incidência no referido período cronológico, mas impõe-se salientar, neste momento, que a partir de um extenso tombo, similar a tantos outros, elaborados por ordem de D. Manuel I, nos finais de 1498 e nos primeiros meses do ano seguinte, a Autora põe-nos em contacto com D. Branca de Vilhena nobre senhora coeva de D. João I, e com um segmento importante da sociedade nobre do seu tempo, com a qual conviveu até à sua morte, revelando-nos também o volume e dimensão da parte do seu património fundiário, vinculado à capela erigida no convento de S. Domingos de Guimarães, em 1438. Estamos, assim, perante um estudo, essencialmente, de história social e económica, onde não faltam, de forma abreviada, vertentes relacionadas com algumas vicissitudes políticas da história pátria e com a mentalidade religiosa, a diplomática, os recursos aos métodos quantitativos e à cartografia histórica. Clarificando o que acabamos de afirmar, convém recordar que D. Branca de Vilhena, filha de D. Henrique Manuel de Vilhena, conde de Seia, e de D. Brites de Sousa, casou, em 1399, com Rui Vasques Coutinho, e, posteriormente, em segundas núpcias, com Fernão Vasques da Cunha, senhor de Celorico de Basto, Montelongo e terra da Maia, chegando a ser também fronteiro-mor em Ceuta, condição em que viria a falecer, em Tânger, em Setembro de 1437. Através destas situações e realidades familiares, constituiu um vasto património, de que dispôs por testamento, feito em 24 de Junho de 1438, perante o tabelião André Gonçalves, que, para o efeito, se deslocou a sua casa e Quinta do Freixieiro, no julgado de Celorico de Basto, de cujo teor consta, entre outras cláusulas, a instituição da mencionada capela, na igreja do convento de S. Domingos de Guimarães, vinculando-lhe significativa parte do seu património, para as respectivas gestão e conservação, bem como para o pleno cumprimento das obrigações estabelecidas, sem esquecer as condições de sucessão na sua administração, efectivamente, respeitada ao longo do século XV. O curso normal da vida administrativa desta e de muitas outras capelas e morgados quatrocentistas, a partir dos finais desta centúria, confrontou-se com as

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exigências da determinação régia, surgida em circunstâncias inesperadas para estas e outras instituições, algumas já pluricentenárias. Com efeito, tendo D. Leonor, viúva de D. João II e Regente do Reino, durante a ausência de D. Manuel I - seu irmão -, em Castela, instituído a Confraria da Misericórdia de Lisboa, em Agosto de 1498, o Venturoso, ao regressar, aprovou a nova Confraria, e, de certo modo, retomando o antigo projecto do Príncipe Perfeito - que tão empenhado andou, desde os tempos anteriores à ascensão ao trono, na reforma das instituições de assistência – mandou elaborar os inventários de todos os hospitais, confrarias, capelas, gafarias, morgados e outras instituições que tivessem quaisquer obrigações assistenciais, muitas das quais viriam a ser, gradualmente, integradas nas diversas Misericórdias, que se foram espalhando pelo Reino, como é, geralmente, sabido. Neste contexto, foi elaborado também o inventário da capela de D. Branca de Vilhena, em 24 de Maio de 1499, apresentado a Diogo Borges, juiz e contador dos resíduos no Entre Douro e Minho, que, por ordem régia, superintendia em todos os processos similares, organizados nesta província. Foi deste extenso e minucioso documento que Judite de Freitas partiu para o estudo que agora vem a público, tendo recorrido a muitas outras fontes e diversificada bibliografia para definir a integração genealógica e o quadro das relações sociais de D. Branca de Vilhena e seus descendentes e proceder, com segurança, à análise do mencionado tombo ou inventário. Mediante expressivos quadros, conseguiu oferecer aos leitores a identificação e situação geográfica dos numerosos casais, com indicação dos concelhos e freguesias onde se encontravam, número e natureza das parcelas integrantes de cada um deles, respectivas áreas urbanas e rústicas, regime de aforamento, identificação dos foreiros, natureza e diversificada composição dos foros e outros direitos, formas de pagamento e seus montantes, etc., procedendo às convenientes análises quantitativas, mediante expressivos quadros e gráficos. Se através destes diversos instrumentos de análise já é possível documentar o volume e a grande dispersão do património vinculado a esta capela, erecta no convento dominicano de Guimarães, conjugando-os com os elucidativos mapas, expressamente elaborados com esta finalidade, melhor se captará, não só a anunciada dispersão, mas também o grau de concentração que, no referido contexto, é possível detectar, em diversas freguesias ou, mesmo, em concelhos do Entre Douro e Minho. Recorrendo a estes métodos de análise, a Autora prestou um excelente serviço a quantos pretendam conhecer com rigor o conteúdo deste extenso tombo do património vinculado por D. Branca de Vilhena à capela instituída, em 1438, e o seu estado, ao declinar o século XV, pois através da mera leitura discursiva, apesar de facilitada pela transcrição completa, apresentada em apêndice, ninguém poderia reter o essencial e a variedade desta rica informação, cujo acesso soube proporcionar, de vários pontos de vista, mediante um conjunto de oito quadros construídos, após paciente releitura da fonte estudada e mais uma vez publicada.

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Face à qualidade do trabalho realizado, resta-nos felicitar a Prof.ª Doutora Judite de Freitas, na convicção de que os leitores darão por bem empregado o tempo dedicado à sua leitura, e de que os estudos e a investigação em História Medieval muito esperam ficar a dever-lhe, durante a longa carreira académica que tem à sua frente. José Marques.

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Nota prévia Os fundos medievais distribuem-se por muitos arquivos e bibliotecas do país, sendo constituídos por uma variedade de fontes manuscritas, não raro inéditas. As colecções de fontes de arquivo, maioritariamente manuscritas, dispõem de acervos documentais que se foram gerando à medida das necessidades quotidianas, de forma espontânea ou organizada, com ou sem preocupações futuras, produzidas por autoridades colectivas ou individuais ao longo do tempo. Todo o estudioso reconhece o valor instrumental das edições de fontes medievais e modernas para o desenvolvimento dos seus trabalhos de investigação. Neste contexto, entendemos que a edição e o estudo de fontes inéditas: códices, crónicas, registos notariais, livros de registo, actas das vereações, regulamentos,… e tantos outros monumentos mudos, compostos ou avulsos, passíveis de fornecer os indícios da actividade humana passada, constituem uma das tarefas de primeira ordem no métier d’historien. É neste contexto que inscrevemos a edição e o estudo de pormenor do Tombo das propriedades da capela de D. Branca de Vilhena que pertence ao acervo do Arquivo Municipal de Penafiel e que aqui apresentamos. Todavia, sabemos que não devemos, nem tão pouco perspectivamos, escrever a história da propriedade local ou regional da Idade Média Final apoiando-nos apenas nos registos cadastrais de domínio, mas de igual modo estamos conscientes de que negligencá-los evita o conhecimento integral das formas de propriedade (senhorial, eclesiástica, concelhia ou outra), dos regimes de exploração, das práticas rentistas e da evolução da unidade de exploração constituída pelo casal, nomeadamente. Por outro lado, e visto que o tombo se reporta ao registo das propriedades adstritas a uma capela erigida por vontade de um particular (D. Branca de Vilhena), servindo simultaneamente de prova e de instrumento de gestão patrimonial, o seu estudo cuidado concebe-se como mais um contributo para o conhecimento deste instituto de raiz medieval.

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Introdução O Livro de Tombo das herdades que pertencem à capela da Sra. Dona Branca de Vilhena de 1499 pertence ao acervo documental do Arquivo Municipal de Penafiel(1). Trata-se de um códice composto por títulos de propriedade ordenados por fragmentos textuais (itens) que comportam uma descrição pormenorizada da respectiva localização geográfica e dimensão territorial. Este livro serve de registo e prova dos contratos firmados com os caseiros a quem foram distribuídos casais cujas propriedades são exaustivamente demarcadas com recurso às confrontações nomeadas, quer através de topónimos e microtopónimos, quer pela referência a entidades vizinhas, a pessoas individuais ou colectivas, mosteiros ou igrejas que detinham herdades e bens em áreas contíguas. Muito embora se trate de propriedades situadas em zonas predominantemente rurais, o ordenamento territorial e toponímico foi sofrendo alterações ao longo do tempo o que nos impossibilitou a identificação da totalidade dos micro-topónimos. Perante estas limitações optámos por distribuir e situar geograficamente os casais primeiro por concelhos e posteriormente por freguesias, já que quanto a estes não há novidades no que respeita à denominação actual. Mas a maior contrariedade com que nos defrontamos relacionou-se com a localização exacta dos diversos bens rústicos e urbanos afectos a cada casal, onde imperam as designações microtoponímicas. Os pequenos topónimos encontram-se ausentes da carta militar de Portugal 1/250000, assim como d’ «O mais antigo mapa de Portugal»(2). Por conseguinte, o registo cadastral dos bens afectos à capela instituída no mosteiro de S. Domingos de Guimarães por D. Branca de Vilhena permite-nos conhecer a distribuição geográfica dos bens dando-nos conta do número de casais e de parcelas por freguesia, o nome dos caseiros, os tipos de bens imóveis (urbanos e rústicos), bem como alguns elementos descritivos da paisagem agrária, designadamente os tipos de campos e a sua repartição espacial. Surgem esparsas referências às espécies de animais de criação dominantes. Bastante mais frequentes são as menções a áreas ocupadas por terrenos incultos, montes ou baldios e às culturas arbustivas e arbóreas. Este rol de parcelas medidas geometricamente fornece-nos alguma luz sobre o tipo de sociedade rural dominante (dos foreiros) e sobre o ordenamento da paisagem campestre dentro da qual se revelam sobretudo três áreas de actividade: 1 Arquivo Municipal de Penafiel (doravante AMP), Particulares, 18, Casa de D. Branca de Vilhena, fl. 80. Para facilitar a identificação passaremos a denominá-lo de Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, muito embora a cota de arquivo seja conforme ao mencionado. 2 Amorim Girão Alves Ferreira et al. – “O Mais Antigo Mapa de Portugal”, Boletim do Centro de Estudos Geográficos, Coimbra, Faculdade de Letras/IAC, vol. II, nºs 12-13 (1956), pp. 1-66 e nºs 14-15 (1957), pp. 10-43. Estes mapas listam vários topónimos das regiões em apreço mas omitem muitos outros.

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a agricultura, a produção de vinho e a criação de gado, para além da referência a (matas de) soutos(3). Por tudo isto é um instrumento importante para aferirmos da dimensão económica e territorial do património da capela instituída por D. Branca de Vilhena(4), muito embora, a fonte não seja muito pormenorizada quanto a alguns dos principais aspectos da vida económica e agrária local. Desconhecemos o tipo de regas e de culturas de regadio, assim como referências à utilização de fertilizantes e aos índices de produtividade (ignoramos o número de alqueires utilizados por semeadura e a capacidade de produção de cada parcela), os tipos de povoamento(5), os instrumentos e práticas agrárias (enxadas, arados, etc) e o número e espécies de gado dominantes (graúdo ou miúdo). O códice revela, apesar de tudo, um significativo peso enquanto instrumento jurídico e administrativo, pois surge como resultado de uma ordem do monarca D. Manuel I mandada executar por Diogo Borges, enquanto seu delegado e juiz e contador dos resíduos da comarca de Entre Douro e Minho, a três de Março de 1499(6). O processo de medição dos bens pertencentes à capela de D. Branca de Vilhena teve início naquela data e culminou cerca de três meses mais tarde, a dezasseis de Maio do mesmo ano(7). Dele resultou a elaboração do tombo das propriedades que transcrevemos na íntegra e que serviu de ponto de partida para a avaliação dos bens fundiários e dos prédios urbanos que sustentavam a capela da referida senhora fundada no mosteiro de S. Domingos de Guimarães(8). Por conseguinte, a principal razão que presidiu à elaboração do códice foi a de permitir saber quais os bens que se encontravam afectos à capela instituída naquele mosteiro(9), e daí que os esclarecimentos que mais nos forneça sejam relativos à superfície dos casais e ao tipo de parcelas de que estes se compõem (leiras, campos Orlando Ribeiro distingue entre matas, arvoredos esparsos e plantações de árvores. A fonte trabalhada refere-se à existência das duas primeiras (matas e arvoredos esparsos) e não faz menção da existência das terceiras. As matas “não admitem nenhuma cultura entre as suas árvores densas; associações espontâneas ou subespontâneas, tomam, (...) o aspecto bravio e natural (...) os arvoredos esparsos, em regra, subespontâneos, que o homem obtém eliminando um certo número de pés quando procede à cultura dos campos onde os deixa medrar” (Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Esboço de relações geográficas, 5ª ed., Lisboa: Sá da Costa, 1987, pp. 67-68). 4 Estes aspectos são analisados e desenvolvidos no capítulo 4. 5 Um dos poucos casos em que se faz alusão à população refere-se ao casal de Cimo de Vila cuja enfiteuta é a mulher de Álvaro Anes, Maria Anes, em que se diz expressamente «despovoado». Cfr. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 68v. Sobre o nível de ocupação humana debruçar-nos-emos mais à frente quando tratar-mos dos locatários dos casais vinculados à capela. 6 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 3. 7 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 72. 8 Sobre a instalação dos mendicantes em Guimarães e mormente dos dominicanos, vd. José Marques – “A confraria de S. Domingos de Guimarães”, sep. da Revista da Faculdade de Letras, História, série II, vol. I, Porto, 1984, pp. 57-95. 9 A data de edificação do monumento segundo por Frei Luís de Sousa é 1279, porém esta parece hoje colocada de parte tudo fazendo apontar para uma data um pouco posterior. Cfr. Frei Luís de Sousa História de S. Domingos, vol. I, Porto: Lello & Irmão, 1977, p. 449 e José Marques – ob. cit., pp. 59-60. 3

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de fruto, campos de cereal, matas de souto), as condições contratuais, os foreiros e os tributos e rendas respectivas, em género e em moeda. O instrumento de medida dos bens rústicos e urbanos é a vara de cinco palmos, que convertemos para um metro e dez centímetros. Este acervo foi executado com o objectivo de proceder ao levantamento cadastral dos domínios da capela fundada por D. Branca de Vilhena, conforme já afirmámos, e por essa razão não alude à dimensão total do património da instituidora nem tão pouco quanto à forma como o reuniu. Para o estudo agora encetado, a transcrição e a crítica documental do testamento incluso na parte final do tombo veio prestar-nos os devidos esclarecimentos acerca da forma como D. Branca quis dispor dos bens imóveis e móveis junto dos seus herdeiros, criados e serviçais, assim como quanto ao modo como propôs que fossem administrados, à data da redacção, ano de 1438. Do conjunto de bens destaca-se a quinta da Parada, em Gestaço, e a honra da Teixeira, situados no concelho de Baião e legadas à sua filha testamenteira, D. Beatriz de Vilhena. O primeiro dos quais ficara para a capela que edificou no mosteiro de S. Domingos de Guimarães, onde se rezaria missa pela sua alma e pela de seu falecido marido, Fernão Vasques da Cunha. Para a elaboração do nosso estudo servimo-nos das duas unidades documentais que constituem o códice, i.e., o tombo propriamente dito, subdividido em títulos, e o testamento de D. Branca de Vilhena, ambos publicados em apêndice.

h No ano de 1991, na altura da primeira edição da fonte que teve uma limitada difusão(10), assumimos o compromisso público de efectuar o seu estudo monográfico que, diga-se em abono da verdade, só foi sucessivamente adiado em virtude dos compromissos profissionais e académicos em que, entretanto, nos vimos envolvida (provas de doutoramento, designadamente). Como sabemos, os trabalhos de transcrição complementados pelo estudo monográfico de tombos são bastante demorados e exigentes porque envolvem um conjunto de procedimentos próprios das ciências históricas de modo a que autor possa compreender e transmitir um conhecimento organizado sobre tudo aquilo que conduziu à execução do registo (motivos pelo qual se efectuou, em que circunstâncias, com que resultados). De igual modo, são documentos que remetem para a utilização de recursos do âmbito da cartografia histórica, implicando a elaboração de pesquisas em cartas e mapas 10 Judite A. Gonçalves de Freitas – “Tombo da capela de D. Branca de Vilhena (1499)”, Boletim Municipal de Cultura, 3ª série, nº6/7, Penafiel, pp. 153-222.

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«coevos», dicionários topográficos, elucidários de palavras e termos; da economia histórica e da história social, pelo levantamento do escopo social ai representado e pela necessidade de reconstituição de linhagens, matéria do âmbito da erudição genealógica(11). Por conseguinte, são registos que exigem uma intervenção multidisciplinar, demonstrando as possibilidades oferecidas pela utilização das ferramentas e métodos de trabalho comuns no ofício de historiador. Cuidando do princípio de que as promessas são para se cumprir..., consignamos, desde inícios do ano de 2006, muito do pouco tempo de que dispusemos para a actividade de investigação no avançar e concluir do adiado projecto, já que o presente trabalho foi efectuado em simultâneo com a preparação dos textos levados a provas para o título de Professora Agregada.

1. Fonte e metodologia A fonte que transcrevemos, e de que procedemos ao estudo monográfico, é um traslado mandado executar por Diogo Borges, juiz e contador dos resíduos da comarca de Entre Douro e Minho, a pedido do administrador da capela, Rui Teles. Trata-se de um códice em papel branco, composto por 81 fólios, com capa em pergaminho e com as dimensões de 290mm x 210mm, escrito em gótico cursivo, pela mão de Fernão Nogueira, tabelião público nas vilas de Mesão Frio, Vila Marim e Cidadelhe. Contém algumas letras capitais sem ornamentos. O estado adiantado de degradação do documento impôs restrições a um manuseamento prolongado, tendo sido requisitada a respectiva leitura e transcrição paleográfica, no ano de 1990, pela direcção do Arquivo Municipal de Penafiel, de forma a evitar a sua perda total. Na ausência de numeração coeva, e mercê das incorrecções verificadas na numeração introduzida posteriormente (talvez do século XVIII), optamos por considerar de novo o códice seguindo na transcrição esta última numeração. Os critérios de transcrição adoptados são os propostos pelo Padre Avelino de Jesus da Costa(12). O livro de registo estrutura-se em duas unidades documentais distintas, conforme já adiantámos, os estatutos da capela instituída em S. Domingos de Guimarães que incluem o registo cadastral das propriedades rústicas e urbanas e os foros respectivos (o tombo propriamente dito)(13), e o testamento de D. Branca de Vilhena(14). 11 A consulta de todas as publicações e estudos efectuados para a mesma época no sentido de procedermos à identificação da filiação dos indivíduos e o confronto com os dados fornecidos através da consulta de nobiliários e livros de linhagens. O testamento incluso na parte final do registo transcrito em apêndice levantou inúmeras pistas que foi necessário confirmar ou infirmar a respeito dos herdeiros dos bens pertencentes à capela de D. Branca de Vilhena. 12 Para a (re)edição do códice foi necessária uma revisão paleográfica que seguiu as Normas gerais de transcrição e Publicação de Documentos e Textos Medievais e Modernos, 3ª ed., Coimbra, 1993. 13 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fls. 1 a 76v. 14 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fls. 76v a 81v.

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A importância histórica destes documentos é inegável sob o ponto de vista da história económica e social, designadamente o primeiro dos documentos, mas também enquanto denunciadores do pensamento e cultura de que está imbuído o testador e das práticas religiosas quotidianas, no caso pendente o segundo documento. Tratando-se de diplomas jurídicos unilaterais, os testamentos, pertencem a um tipo documental relativamente escasso na Idade Média. Por estes documentos, uma pessoa capaz, em conformidade com a lei, entende dispor dos seus bens no todo ou em parte, para depois da sua morte. Estes documentos fixam, regra geral, determinações relativas à filiação e aos herdeiros directos, denunciando as estruturas de organização familiar e a rede de relações parentais e socialmente mais próximas, por isso se revelam de elevada importância para a história da família e da genealogia. A análise do teor dos dois documentos justifica-se neste duplo contexto. Não dispomos de qualquer um dos originais que serviram para elaborar a cédula do testamento que foi copiada para o registo das propriedades objecto da nossa análise e estudo. No entanto, parece-nos lógico aceitar como verdadeiras as declarações e informações nele contidas visto que o requerimento do traslado partiu do juiz da Casa do Cível de Lisboa, Francisco Pestana, com o intuito de que se evitasse a perda e garantisse o bom desempenho das atribuições de Rui Teles, enquanto provedor da capela. O inventário patrimonial (tombo) é o resultado final da medição de todas as propriedades arroladas depois de efectuada a respectiva avaliação entre três de Março de 1499 e dezasseis de Maio do mesmo ano(15); ou seja, o tombo de propriedade de que partimos representa a situação dos bens e rendimentos da capela instituída por de D. Branca de Vilhena no Convento de S. Domingos de Guimarães à data da medição, primeira metade do ano de 1499, e por isso mesmo pode não corresponder inteiramente àquela que foi deixada à data da instituição, que data dos finais da década de 30 do século XV (1438). O tombo apresenta especificidades e características de redacção e descrição do património que justificam a presença assídua de uns elementos e a omissão de alguns aspectos relacionados com as formas de economia agrária das superfícies locais demarcadas. Daí que convenha desde já adiantar o seguinte: 1) Cada um dos casais ou títulos de propriedade pode surgir identificado de uma de três formas distintas: a. A identificação surge no início com referência ao título do casal e ao respectivo enfiteuta. Ex.: “Titulo do casal que se chama de So Paço que ora traz Pero Dias”(16).

Crf. por todos, AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fls. 3 e 72 respectivamente. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 7v.

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b. A identificação surge no início, mas de forma mais complexa. Ex: “Tombo dos casais que ora traz Lopo Afonso e uma quebrada da dita freguesia de S. Miguel que se chama o casal de Cimo de Vila e o casal de Fundo de Vila e a quebrada que se chama de Vale de Parada”(17). c. A identificação surge com menção por ordem arbitrária à freguesia, ao enfiteuta e à designação do casal. Exs.: "Título do casal da dita capela que ora traz Pedro Eanes na aldeia de Parada que é na freguesia de Tresouras”(18) ou “Título do casal de Tresouras que se chama de Parada que ora traz João Álvares de Pedragal”(19). 2) Por norma, é de forma destacada que surge a entrada dos títulos de propriedade de cada uma das freguesias recorrendo à seguinte fórmula: “Titulo da freyguesia de Sam Joham de Gestaçoo”(20) ou “Titulo das herdades que a dicta capella tem em sam Martinho de Mouros na Freyguesia de Sam Salvador de Resende”(21). 3) Primeiro são enumeradas as áreas ocupadas pelos bens urbanos (casas cobertas ou não, cortes, celeiros, pardieiros, cozinhas, etc); de seguida surge o arrolamento dos campos, leiras, vinhas, montados ou outros componentes da propriedade rústica. De todos os prédios ou áreas de construção e bens rústicos são apresentadas as confrontações, de forma minuciosa, medidas por varas de cinco palmos, fazendo corresponder a cada um dos bens nomeados um item distinto. 4) A situação geográfica de posição de cada parcela ou courela é dada pelas coordenadas mais utilizadas então: aquilão (Norte), soão (Leste/nascente), vendaval (Sul) e travessia (Oeste/poente), complementadas pela referência a barreiras criadas pelo homem, tais como: «junto a estrada publica», «estrada velha», «pelo caminho publico», ou ainda limitadas pelas expressões coevas de grande utilização: «cerrada sobre sy», «em que faz uma chave», «e entesta na». Uma forma igualmente comum de proceder à localização das courelas repousa na alusão a acidentes naturais (vias fluviais, sebes, etc) ou a outras parcelas de casais pertencentes a senhorios particulares ou institutos religiosos(22). Quanto a estes últimos parece-nos importante salientar a partilha de propriedade vinculada à capela de AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 10v. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 14. 19 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 17v. 20 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 18. 21 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 64v. 22 A este propósito citemos como exemplo: “Item na Costa dos Martigos tem hũa leyra e da travesia parte com herdades da See de Lamego e de Tarouca e d’aguiom com Ansede” (AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, fl. 72v) 17

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D. Branca de Vilhena e outros institutos religiosos. Consideramos a título exemplificativo o “Titulo das herdades que a dicta capela tem em Sam Martinho de Mouros na freyguesia de Sam Salvador de Resende”(23), que se encontravam conjuntos (“andam mistigos”) com herdades do Mosteiro de Cerzeda e da comenda de Barro e os bens de João Esteves de Tarouca, tendo sido partidos “per sortes ao terço” por homens bons (Martim Afonso e Gonçalo Martins de Paredes) visto que as duas primeiras entidades não enviaram os seus representantes(24), tendo ficado para o Mosteiro de Cerzeda e João Esteves os outros dois terços(25). Um outro bom exemplo é o do “Titulo da quinta do Ribeiro que he no dicto logo de Paredes que traz Luis Martinz de Seara que he de tres senhorios”(26), a saber: comendador de Barro, João Esteves de Tarouca e Luís Martins de Seara que traz o casal da Quinta do Ribeiro acima mencionada. A partilha foi executada pelos mesmos homens bons e obedeceu a uma distribuição por terços. Logo de seguida surge um outro casal, situado em Paredes, em Resende, que traz Gonçalo Anes, enfiteuta da capela, que resultou da partilha de propriedade efectuada entre a capela, o Mosteiro de Cerzeda e mais uma vez João Esteves de Tarouca. Foi partida também por terços e por sortes pelo referido caseiro e homens bons(27). Estes casos justificam a existência de confrontações de bens ou courelas vinculadas à capela com outros senhorios (institutos religiosos, uma maioria das vezes, ou senhorios particulares), indicando algumas das dificuldades em estabelecer os limites de exercício do poder de cada um, suportados, certamente, no respectivo domínio ou senhorio. 5) A minúcia com que são descritas as confrontações das pequenas parcelas ou áreas apelando regularmente a microtopónimos, na sua grande maioria caídos em desuso ou desconhecidos nos nossos dias, impediram a sua cartografia mais pormenorizada. Por seu lado, a circunstância de se tratar de uma região de forte parcelamento da propriedade rústica dificulta ainda mais este trabalho que, ultrapassa o âmbito deste estudo. Contudo, procedemos à definição da situação geográfica da quase totalidade dos casais, unidades autónomas de superfície identificadas a partir da fonte, ainda que alguns apontem para denominações de carácter microtoponímico(28). No que diz respeito ao tratamento estatístico e analítico do vasto e pormenorizado rol das mais pequenas courelas adscritas à capela, foi necessário proceder à AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 64v. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 64v. 25 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 65v. 26 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fls. 65v-66. 27 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 66v. 28 Foi necessária a compulsa de vários dicionários geográficos, corográficos e topográficos, antigos e recentes. Cfr., infra, na bibliografia geral o ponto 2. Instrumentos de Trabalho. 23

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conversão em dados decimais a fim de determinar as áreas de todos os bens urbanos e rústicos mencionados(29), calculando as medidas atribuídas em varas de cinco palmos em metros quadrados, e a montante destes em hectares(30). Na maioria dos casos verificámos tratar-se de áreas de forma quadrangular ou rectangular, circunstância que não ofereceu qualquer resistência ao cálculo da superfície total, mas para um número menor de fracções ou courelas cujas confrontações nomeadas nos davam indicadores de que se tratava de superfícies trapezoidais recorremos, de forma a diminuir as possibilidades de erro de cálculo, ao software Autocad(31). Para um ínfimo conjunto de quinze (15) parcelas não pudemos efectuar, por falta de dados na fonte, o cálculo das áreas respectivas(32). Porém, dado o pequeníssimo peso no conjunto (2,64% do total), não está de modo nenhum em causa o valor global e parcial dos dados com que trabalhamos. Posteriormente, procedemos à informatização global dos dados recorrendo ao software Excel, considerando para efeitos de sistematização e categorização das informações facultadas pela fonte os seguintes elementos: Freguesias, Títulos patrimoniais / denominação dos casais, caseiro(s), áreas urbanas (m2), áreas rústicas (m2), prazos e foros em numerário e em espécie(33). Foram depois fixados os somatórios parciais das superfícies urbanas e rústicas de cada casal no sentido de verificar, comparando, as áreas territoriais ocupadas. Optámos, neste primeiro quadro, por nos manter fiéis ao alinhamento pelo qual surgem os dados na fonte, por isso não quisemos proceder à ordenação alfabética das designações dos casais e destes em freguesias. Esta opção funda-se na necessidade de fornecer ao leitor a lógica intrínseca e o correr original do tombar das parcelas pelo redactor e escrivão à data da execução do rol (1499). A partir deste quadro geral procedemos, num segundo quadro, à distribuição dos casais por freguesias e estas por concelho, no sentido de fixar o número de casais total(34). O passo seguinte foi o de localizar geograficamente as unidades casal identi29 Efectuámos o levantamento de quinhentas e sessenta e sete (567) unidades ou parcelas de propriedade rústica, calculando a área de cada uma estabelecida em varas convertidas em metros quadrados, e noventa (90) parcelas respeitantes a bens urbanos. O elenco geral das unidades é apresentado, em anexo, no Quadro I – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena (1499). 30 Considerando que um palmo tem a medida de vinte e dois centímetros. Uma vara corresponde a um metro e dez centímetros. 31 Gostariamos de aproveitar a ocasião para agradecer à Prof.ª Doutora Luísa Vasconcelos, ao Arquitecto Prof. Doutor Luís Pinto Faria e à Mestre Sandra Bernardo da Universidade Fernando Pessoa toda a disponibilidade em nos ajudar a encontrar a melhor forma de cálculo das áreas irregulares, recorrendo aos mais sofisticados meios tecnológicos de medida de superfícies, assim como a disponibilidade para a troca de impresões gerais sobre o trabalho desenvolvido. 32 Em dez dos casos por absoluta falta de registo das medidas e nos restantes cinco casos por termos deparado com registos incompletos. No Quadro I – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena (1499), em anexo, os primeiros foram assinados com zero (0) e os segundos com um asterisco (*). 33 Cfr., em anexo, Quadro I – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena (1499), p. 73. 34 Cfr., em anexo, Quadro II – Concelhos e freguesias com propriedades da capela (1499), p. 97.

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ficadas por topónimos e por microtopónimos. Quanto a estes últimos, levantaramse alguns problemas de reconhecimento invocados por todos quantos se dedicam à análise de registos deste tipo. A maioria dos casais foi devidamente reconhecida, e posteriormente representada cartograficamente com a ajuda incontornável do Gabinete de Cartografia e Comunicação Gráfica da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, se bem que, e apesar de todos os nossos esforços, tenham ficado três casais por cartografar. Um casal cuja fonte não menciona designação nem o conjunto de parcelas nos fornece indicadores geográficos suficientes, isto apesar de sabermos que se situa na freguesia de Tresouras; o Casal de Parada no lugar de Bostes, que não conseguimos identificar, na freguesia de Ovil; outro casal designado da Portela, situado no concelho de Baião e na freguesia de S. Pedro da Teixeira(35). O terceiro e quarto quadros sistematizam a distribuição das contribuições (foros) pecuniárias ou em géneros devidas por unidade rústica de casal identificada por concelho e frequesia. Os restantes quadros complementam e dão expressão cabal ao estudo por nós encetado, nomeadamente quanto aos tipos de exploração dos solos, com vinha, árvores, matas de souto, etc. De igual modo, entendemos como fundamental a elaboração dos cinco mapas apresentados em anexo, de forma a perceber cabalmente a área de implantação geográfica dos bens rústicos e urbanos dos casais, dando assim mais corpo à exposição textual. No mapa 1 estão localizados os casais identificados a partir do registo cadastral das propreidades(36) e no mapa 2 encontram-se representados os bens patrimoniais e as respectivas áreas rústica e urbana(37). Os dois primeiros mapas fornecem-nos de forma directa e real as áreas de implantação e distribuição geográfica dos bens patrimoniais da capela de D. Branca de Vilhena, permitindo numa primeira visualização, confirmar a predominância da fisionomia rural sobre a urbana dos referidos bens.

35 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 74. Identificamos várias Portelas na mesma localidade, na dúvida optámos por não representar cartograficamente. 36 Cfr., em anexo, Mapa 1 – Domínio patrimonial da capela de D. Branca de Vilhena (1499), p.68. 37 Cfr., em anexo, Mapa 2 – Bens patrimoniais da capela de D. Branca de Vilhena (1499). Área rústica e urbana dos casais, p. 69.

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2. Perfil social Sob este título propomo-nos revelar as origens sociais e os laços parentais de D. Branca de Vilhena no sentido de desenhar o respectivo enquadramento social e a origem dos respectivos bens patrimoniais(38). D. Branca de Vilhena era filha de D. Henrique Manuel(39) de Vilhena(40), conde de Seia, alcaide-mor de Sintra e da condessa D. Brites de Sousa. Casou em primeiras núpcias, no ano de 1399, com Rui Vasques Coutinho, senhor de Ferreira das Aves (Viseu), Carapito (Pinhel)(41) e Vilar Maior(42), conde de Olivença, Meirinhomor do Reino, de quem teve duas filhas D. Beatriz de Vilhena, que morreu em 1473, e D. Margarida de Vilhena que viria a perecer em 1485 e um filho João Rodrigues Coutinho(43), de quem aliás pouco se sabe em virtude, ao que pensamos, da sua morte precoce em Tânger, em 1437(44). Posteriormente à morte de Rui Vasques Coutinho(45), D. Branca de Vilhena, veio a casar com Fernão Vasques da Cunha(46), cavaleiro, rico-homem, senhor de Celorico de Basto, Montelongo(47) e terra da Maia, que foi fronteiro-mor em Ceuta, tendo falecido em Setembro de 1437 em Tânger(48). No malogrado desastre de Tânger pereceram o único filho do primeiro Cfr., em anexo, Genealogia - Os Vilhenas, os Melo e os Teles de Menezes, p. 67. Este apelido Manuel deriva do patronímico paterno, Manuel de Castela, seu pai. (cfr. por todos, Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da sala de Sintra, L. 3, p. 6, n. 1. 40 Foi criado na corte portuguesa Anselmo Braamcamp FREIRE – Brasões da Sala de Sintra, L. I, Coimbra, 1921, p. 170 e L. III, 1930, pp. 6-8. 41 Recebe estes bens das mãos de D. João I por confisco a João Fernandes Pacheco por desserviço deste último, em carta de 1398. Abril.16 (IANTT, Chancelaria de D. João I, L. 3, fls. 95 e 96). 42 Recebe estes bens «de juro e herdade», em 1401.Janeiro.06. A confirmação é de 1434.Junho.10 (IANTT, Chancelaria de D. João I, L. 3, fl. 7 e Chancelaria de D. Duarte, L. 1, fl. 95v.). 43 As irmãs abandonaram o apelido COUTINHO que usaram até à maior idade, por terem sido criadas com a avó materna (D. Beatriz de Sousa casada com o Conde Henrique Manuel de Vilhena) passaram a usar o apelido VILHENA da linhagem materna (IANTT, Chancelaria de D. João I, L. 4, fl. 60v.). 44 Pelas fontes compulsadas pouco ou nada nos é dado conhecer deste filho do primeiro matrimónio de D. Branca de Vilhena com Rui Vasques Coutinho. Os nobiliários praticamente o ignoram. A única referência de que dispomos foi extraída de Felgueiras Gayo, Nobiliário de famílias de Portugal, tomo X, ed. Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Aranja Affonso, 1938, p. 21. 45 Luís Filipe Oliveira – A Casa dos Coutinhos. Linhagem, espaço e poder (1360-1452), Cascais: Patrimonia, 1999. 46 Filho de Gil Vasques da Cunha, que serviu o Mestre de Avis, alferes-mor do reino, que morreu em 1418. Em 1421, uma carta de sentença foi dada a favor de seu filho Fernão Vasques da Cunha, relativa à sucessão da terra da Maia (IANTT, Chancelaria de D. João I, L. IV, fl. 62). Em 1434, é-lhe confirmada uma doação das terras da Maia que herdara de seu pai, tendo o direito de as deixar aos descendentes (IANTT, Chancelaria de D. Duarte, L. 1, fl. 34). 47 Por carta de D. Duarte, de 1434.Dezembro.20 – Coruche, é confirmada a doação de metade das terras de Montelongo pertencentes a Gil Vasques a Dona Maria da Cunha, filha de Fernão Vasques da Cunha, enquanto esta for viva. Transcreve carta de 1393.Março.18 (IANTT, Chancelaria de D. Duarte, L. I, fls. 66-66v.) 48 Anselmo Braamcamp Freire – Brasões da Sala de Sintra, L. I, p. 170; Humberto Carlos Baquero Moreno – A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e significado Histórico, vol. II, Lourenço Marques, 1973, pp. 779-780. 38 39

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matrimónio de D. Branca de Vilhena e o seu segundo marido. Deste casamento teve uma única filha, D. Maria da Cunha, sua herdeira que viria a casar com Fernão Coutinho, marechal do Reino, que por ela foi senhor de Celorico de Basto, Borba de Azinhores, Vale de Boiro, Montelongo e Portocarreiro(49). A política matrimonial segue uma estratégia de perseguição de bens e construção e alargamento do património familiar. D. Maria da Cunha foi feita herdeira dos bens que pertenceram a Rui Vasques Coutinho, com quem casou em primeiras núpcias D. Branca de Vilhena, sua mãe(50). Por conseguinte, os filhos do primeiro casamento de D. Branca de Vilhena com Rui Vasques Coutinho foram preteridos na sucessão linhagística dos bens de família em favor de D. Maria da Cunha, filha do segundo casamento de D. Branca de Vilhena com Fernão Vasques da Cunha, ainda que contra a vontade implícita de D. Branca de Vilhena. D. Beatriz de Vilhena casou com Diogo Soares de Albergaria, cavaleiro fidalgo, do conselho régio e nobre beirão. Este estivera empenhado em dar apoio à rainha D. Leonor de Aragão, em 1439, no conflito em torno da disputa pela regência que a opôs ao Infante D. Pedro. Foi alcaide do castelo da Guarda e fronteiro-mor dessa região desde 1449(51). Diogo Soares de Albergaria foi mais tarde nomeado fronteiro e vedor das obras da comarca da Beira(52). D. Beatriz de Vilhena foi aia e madrinha do príncipe D. João, tendo estado no seu baptizado a 11 de Maio de 1455 na Sé de Lisboa(53). O seu marido esteve presente no auto do juramento do futuro rei celebrado a 25 de Junho de 1455(54), tendo vindo a ocupar o ofício de mordomo-mor do príncipe D. João(55) até à data da sua morte em 1472(56). A mulher, D. Beatriz de Vilhena, sobrevive-lhe por pouco tempo (1473), tendo recebido dez anos antes de faceler uma carta de privilégios para todos os seus lavradores da quinta de Parada, em Gestaço(57). O casal não teve descendência, de modo que o rei concedeu os bens respectivos a Luís da Cunha casado com D. Mécia Soares, irmã de Diogo Soares Albergaria(58). D. Luís da Cunha foi cavaleiro de D. Afonso V, de acordo com a lista

IANTT, Chancelaria de D. João I, L. 2, fl. 177v. IANTT, Chancelaria de D. Duarte, L. 1, fl. 166v. e L. 3, fl. 30v. 51 IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 13, fl. 159 (1449.Setembro.15). 52 IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 9, fl. 151v. (1462.Fevereiro.05). 53 Ruy de Pina – “Crónica de D. Afonso V”, cap. CXXXVI, p. 769. 54 Pode ver-se uma biografia em Humberto Baquero Moreno – Batalha (A) de Alfarrobeira..., vol. II, pp. 687-689. 55 IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 9, fl. 151v. 56 O epitáfio pode ver-se em Anselmo Braamcamp Freire - Brasões da Sala de Sintra, L. II, p. 78. 57 IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 33, fl. 39-39v (1463.Outubro.20). 58 Ayres de Sá – Frei Gonçalo Velho, vol. II, Lisboa, 1900, p. 150-151. 49 50

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de moradores de 1467, senhor de Tábua e neto de Estêvão Soares da Cunha, foi sepultado na Igreja de Santa Maria de Celorico de Basto(59). D. Margarida de Vilhena foi casada com Martim Afonso de Melo (1493), guarda-mor de D. Afonso V, de quem teve uma filha a quem deu o nome da avó, D. Branca de Vilhena, que foi segunda mulher de Rui de Sousa, Senhor de Sagres, que concluiu o convento dos Lóios em Évora, onde está sepultado com a sua esposa(60). D. Beatriz, filha de D. Margarida de Vilhena, recebe de D. Afonso V uma tença a 13 de Abril de 1455, de 13 mil reais brancos para seu mantimento e vestir(61). A instituidora da capela-mor de S. Domingos, ainda donzela, foi dada como “reféns nas pazes entre Portugal e Castela, [corria o] ano de 1382”(62). O que permite dizer que à data da redacção do testamento, D. Branca andaria muito próximo dos 70 anos(63).

3. O Testamento 3.1. O lavrar do documento: reconstituição histórica Aos quatro dias do mês de Junho de 1438, D. Branca de Vilhena encontrando-se em sua casa na Quinta do Freixieiro, no termo do julgado de Celorico de Basto, chamou André Gonçalves, tabelião daquele lugar, para que lavrasse de sua mão o testamento, dispondo-se a provar que se encontrava de perfeito «siso e entendimento» anulando todas as cláusulas e disposições que contra ele foram até ali feitas. Testemunhavam o solene momento Pedro Afonso, abade de Vila Cova, seu capelão, Aires Botelho, escudeiro régio, conferindo maior dignidade ao acto, e Lopo Rodrigues escudeiro de D. Beatriz de Vilhena, sua filha, herdeira e legítima testamenteira. André Gonçalves no cumprimento da função para que foi chamado redige os últimos desígnios de D. Branca de Vilhena. Anselmo Braamcamp Freire – Brasões da Sala de Sintra, L. 1, p. 163. Para além desta filha teve ainda Rodrigo Afonso de Melo, senhor de Ferreira da Aves, Carapito e Vila Maior, terras prometidas carta de 1444.Abril.02 (IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 24, fl. 42) e doadas por carta de 1451. Agosto.10 visto naquela data ainda ser menor (IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 11, fl. 119); e Manuel de Melo e João de Melo, bispo de Silves em 1467, capelão-mor do príncipe D. João em 1471 e nomeado em 1480 arcebispo de Braga não chegara a tomar de posse porque falecera nesse mesmo ano. 61 IANTT, Chancelaria de D. Afonso V, L. 34, fl. 135v. 62 Igreja de S. Domingos de Guimarães, Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, [Lisboa]: Ministério das Obras Públicas, Junho de 1962, nº 108, p. 18. 63 As cláusulas testamentárias nada nos dizem a respeito da origem dos bens patrimoniais deixados à capela, não sendo de excluir a hipótese de estes derivarem de herança materna (Dona Brites de Sousa), tanto mais que não temos provas de posse de bens patrimoniais nos concelhos de Baião, de Mesão Frio e de Resende quer por Rui Vasques Coutinho (primeiro marido da instituidora), quer por Fernaão Vasques da Cunha (segundo marido de Branca de Vilhena). 59

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Sessenta e um ano depois, aos 7 dias do mês de Janeiro, Francisco Pestana, Juiz da Casa do Cível de Lisboa, manda trasladar a cédula do testamento e aprovação apresentados por Lançarote Rodrigues, escudeiro de Rui Teles, administrador da capela de D. Branca de Vilhena no mosteiro de S. Domingos de Guimarães, com o intuito de evitar a perda em "caso fortuito que podia recrear asy per agua como per fogo ou se perder e romper em que o dito Ruy Teelez receberia perda"(64). A responsabilidade de redigir a pública forma do documento coube, desta feita, a Jorge Fernandes, tabelião público. Poucos meses depois, a 24 de Maio de 1499, foram apresentados a Diogo Borges, juiz e contador dos resíduos da comarca de Entre Douro e Minho, por sua ordem e requerimento, o testamento e os estatutos das herdades da capela de D. Branca de Vilhena, que os confirmou juntamente com João Lopes, escrivão dos resíduos. O traslado foi mandado executar para guarda na arca do concelho "segundo sua alteza manda"(65). Só posteriormente foi solicitado por Fernão Nogueira, em nome de Rui Teles, administrador da capela, o traslado do tombo para "o teer por em guarda da capela e sobre as erdades que lhe pertencerom"(66), corria o ano de 1505.

3.2. A derradeira vontade de D. Branca de Vilhena “Não te iludas: não estou ainda bastante fraco[a] para ceder às imaginações do medo, quase tão absurdas como as da esperança e seguramente muito mais penosas. Se fosse preciso enganar-me a mim mesmo, preferia que fosse no sentido da confiança; não perderia mais com isso e sofreria menos. Este fim tão próximo não é necessariamente imediato (...) Qualquer pessoa pode morrer de um momento para o outro, mas o doente sabe que passados dez anos já não será vivo”(67).

Aproveitamos um excerto da carta escrita pelo imperador Adriano a Antinoos, nas vésperas da morte, por definir de forma eloquente a consciência do sentido da vida patente nos sentimentos e vontades que antecedem o fim(68). Neste ponto procuraremos salientar os aspectos mais importantes da última vontade de D. Branca de Vilhena e do inventário e arrolamento dos bens destinados ao local que escolheu no Convento de S. Domingos de Guimarães para que lhe fosse feito culto religioso, ou seja a sua capela funerária. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 80. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 80v. 66 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 81. 67 Marguerite Yourcenar – Memórias de Adriano, Mem Martins: Círculo de Leitores, 1988, p. 10. 68 São já inúmeros os estudos sobre testamentos, rituais e vivências sociais da morte no período medieval. De entre muitos trabalhos referidos na bibliografia final cabe destacar uma obra de conjunto O reino dos mortos na Idade Média Peninsular, dir. José Mattoso, Lisboa: Sá da Costa, 1996. 64 65

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A cédula do testamento foi apresentada a Diogo Borges, no Porto, aos vinte e quatro dias do mês de Maio de 1499, por Lançarote Rodrigues, escudeiro de Rui Teles, onde estava a fazer correição(69) para evitar a perda “por algum caso fortuito que podya recrear asy per auga como per fogo ou se perder e romper em que o dicto Ruy Telles [provedor da capela] receberia perda”(70). Diogo Borges, juiz e contador dos resíduos, confrontando o instrumento de aprovação que não continha qualquer “vicio e rescadura nem antrelinhado em lugar sospeitoso antrepos pera ello sua autoriadade e mandou que lhe fosse dado o trellado em publica forma e que valesse e fezesse como o original”(71). Este documento está inserto na parte final do tombo correspondendo aos fólios 76v. a 81v. do livro de registo transcrito a partir da pública forma datada de sete de Janeiro de 1499. Como documento denunciador da vontade pessoal faz prova de factos passados à altura da respectiva redacção (1438.Junho.24 – Quinta do Freixieiro(72)). Um testamento é “um acto unilateral e revogável em que prevalece a vontade individual do testador”(73). O documento é redigido sem que revele, ao contrário da carta do Imperador Adriano, qualquer estado de doença ou outra fraqueza de D. Branca de Vilhena para além da consciência do seu fim e “acabamento dos seus dias” por sentir o peso da idade (velhice). A leitura atenta do texto permite descortinar as reais motivações do acto relacionadas com dois intuitos: Primeiro, designar como sua testamenteira a filha, D. Beatriz de Vilhena(74), garantindo o vínculo da linhagem para memória e conservação do seu nome; Segundo, revogar algumas escrituras feitas por Fernão Vasques da Cunha, seu falecido marido, em seu prejuízo e das suas filhas e herdeiras, que conforme diz foram consumadas contra sua vontade(75). Efectivamente, parece-nos que durante o seu primeiro matrimónio com Rui Vasques Coutinho, tinha ficado estabelecida uma linha de sucessão dos bens patrimoniais que pendia para os filhos que teve deste matrimónio. Porém, o segundo casamento com Fernão Vasques da Cunha conduziu a uma maior pressão para a alteração das disposições sucessórias iniciais a partir do nascimento de uma filha de ambos, D. Maria da Cunha, provocando a respectiva revogação. Esta alteração AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77v. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77v. 71 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 80. 72 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 79v. 73 Maria Ângela Beirante – “Para a história da morte em Portugal (séculos XII-XIV)”, sep. de Estudos de História de Portugal, vol. I: séculos X-XV. Homenagem a A H. de Oliveira Marques, Lisboa: Estampa, 1982, p. 362. 74 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77. Sobre as obrigações dos testamenteiros cfr. por todos Ordenações Manuelinas, L. II, tit. XXV (“Dos residos, e em que maneira o Contador provera sobre elles, e sobre os Órfãos e Capelas”), pp. 162-180. 75 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 79. 69 70

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não foi do seu inteiro agrado, pois disso são-nos concedidos significativos vestígios na passagem do testamento em que declara pretender revogar o que tinha sido condicionada a fazer. Facto é que poucos meses após a morte de Fernão Vasques da Cunha, em Tânger, logo se dispôs a estabelecer, de acordo com a lei, a revogação de “todallas cousas que em seu tempo fizera porque foram feitas com medo e prema grande que delle tinha”(76). Por conseguinte, mandou executar um instrumento de revogação por quanto sua “vontade sempre foy e he agora em fym de (...) vida (...) que (...) [suas] filhas partam em minhas arras segundo (...) minha consciencia e porque esta he a (...) [sua] derradeira vontade”(77). E assim manda que este testamento seja “firme e forte e valha” e revoga “todallos outros testamentos e mandados e coudisilhos cedullas que atee aqui tenha feitos”(78). Este será o melhor sinal de que se sentiria muito agravada na sua vontade. O plano de deixar, uma filha do primeiro matrimónio, por legítima testamenteira e à frente da administração da capela, parece ter sido concluído. Mas retomemos as cláusulas iniciais do testamento. O documento começa por reforçar que a testadora se encontra no pleno do seu entendimento e “grande juizo”, invocando o respeito a Deus Pai e à Virgem Maria sua Mãe a quem entrega a guarda da sua alma(79). Esta devoção religiosa associa-se ao temor do juízo final, desejando que a divindade “nom esguarde aos meus grandes pecados segundo sua grande misericordia se amercee de mym”(80). De seguida, nomeia como executora das cláusulas testamentárias D. Beatriz de Vilhena, a quem competia zelar pelo cumprimento de todas as suas últimas vontades. Pede para ser sepultada na capela que mandara edificar no Convento de S. Domingos de Guimarães e que, segundo refere o documento agora em análise, deveria ser uma campa simples coberta de pedra com a inscrição de “quem som e quem foi meu padre”(81). Este desejo expresso documentalmente não condiz inteiramente com a descrição do local de fixação do túmulo que, e segundo as palavras de Francisco Xavier da Serra Craesbeeck, em 1726, estaria “toda abobada de pedra dourada e pintada, como o arco, que a devide da igreja, e fechada com grades de pao AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 79 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 79. 78 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 79-79v. 79 Na ordem de invocação do divino, que busca a fundamentação escatológica para a realização do acto, constam fórmulas idênticas assumidas neste tipo de actos pro anima. A tendência, a partir dos séculos XIII-XIV, é de concentrar no início do documento as “expressões de conteúdo religioso” (cfr. por todos, Maria Ângela Beirante – ob. cit., pp. 372-373). 80 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77. Podem confrontar-se outros preâmbulos trecentistas, que não andam muito longe do analisado, em Maria Ângela Beirante – ob. cit., pp. 373-374. 81 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77. 76 77

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preto, bromzeadas (...) Jas a dita Senhora à parte do evangelho, em hum muimento levantado, metido dentro de hum arco; e, no alto deste, está hum escudo das armas dos Vilhenas e outro escudo sobre o mesmo tumulo e, por baixo, hum letreiro gothico, que dis o seguinte: AQVI.IAS.D.BRANCA.DE.VILHENA.FILHA.DO.CONDE.D.HENRIQUE. MANUEL. DE.VILHENA.E.DA.CONDEÇA.D.BRITES.DE.SOUZA.”(82). Esta inscrição encontra-se efectivamente no convento de S. Domingos de Guimarães junto ao túmulo que se situa na zona central da igreja próximo ao altarmor, do lado esquerdo e eleva-se a mais de um metro do chão. Segundo a descrição do autor oitocentista foi fundado “(...) nas paredes dos lados moimentos para seu enterro, com as armas da sua família”(83). Isto é o que restou até aos nossos dias da antiga capela gótica fundada por D. Branca de Vilhena. De qualquer modo, as ‘profundas’ alterações de que foi alvo no século XVIII conduziram a uma reforma que se traduziu nomeadamente pela substituição da capela-mor. A lembrança simbólica dos antepassados através das armas familiares é complementada pelo desejo dominante da instituidora em reforçar os elos de família pela via da propriedade particular transmitida à descendência directa. De acordo com as disposições da testadora “todollos meus beens movees e de raiz que na minha terça montar aa dicta minha filha Dona Britiz a que leyxo por minha testamenteira erdeira”(84). O legado testamentário da terça dos bens móveis e de raiz para prover à capela, conforme os cânones(85), era destinado a garantir que depois de morta fossem celebradas missas de sufrágio e outros actos pios para salvação da sua alma e da do seu falecido marido (Fernão Vasques da Cunha). Pelo testamento não colhemos notícia alguma da encomenda da alma do seu único filho, João Rodrigues Coutinho, filho de Rui Vasques Coutinho, seu primeiro marido, e que segundo Felgueiras Gayo teria morrido em Tânger, tal como o padrasto(86).

82 Memórias ressuscitadas da Província de Entre Douro e Minho 1726, 2 vol., Ponte de Lima: Ed. Carvalhos de Basto, 1992 e Padre Torcato Peixoto de Azevedo – Memórias resuscitadas da Antiga Guimarães, [1962], 2ª ed., Porto, Gráfica Vimaranense, 2000, p. 336. 83 Padre Torcato Peixoto de Azevedo – Memórias resuscitadas da Antiga Guimarães, [1962], 2ª ed., Porto, Gráfica Vimaranense, 2000, p. 336. 84 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77. 85 Cfr. por todos, Paulo Merêa – “Sobre as origens da terça”, Estudos do Direito Hispânico Medieval, t. II, Coimbra, 1953, pp. 65-66. 86 Nobiliário de famílias de Portugal, tomo X, ed. Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Aranja Affonso, 1938, p. 21.

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As capelas enquanto obras pias, e por essa qualidade, são locais de culto familiar, constituídas para acautelar a “memória dos que nelas estavam inumados”(87). Regra geral o testador reservava em vida as rendas necessárias ao cumprimento pelo capelão dos ofícios divinos ou, num menor número de casos, doava à instituição que acolhia a capela os bens, geralmente herdades. Conforme adianta Maria Ângela Beirante para a diocese de Évora, nos inícios do século XVI, “Na maioria dos casos, os bens ficavam apenas vinculados às capelas através do pagamento de uma renda, (...) Em casos mais restritos, os bens eram mesmo doados às instituições religiosas, mediadoras, por excelência, entre Deus e os homens”(88). Pela leitura crítica do testamento ficámos com a ideia de que D. Branca de Vilhena era uma mulher consciente dos seus actos dando indicações rigorosas a respeito da forma como gostaria que fosse processada a sucessão da administração da capela. Transmite ao herdeiro de Gestaço a governança da capela a quem competia a boa gestão dos direitos da quinta de Parada e da honra da Teixeira devidos à capela para celebração de duas missas (uma por si e outra pela alma do seu defunto marido, Fernão Vasques da Cunha), além das ordenadas “nas festas de Deus”(89), nomeadamente pelo Natal, Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Trindade, festas da Virgem Maria e no dia dos mortos. Por conseguinte, dispõe que o herdeiro assuma a responsabilidade de “tomar de aver d’apanhar os dinheiros da dicta quinta pera os dar aos frades e pam e vinho e carnes pera os dar aos dictos quatro pobres e por deffender e povoar e emprazar os casaaes da dicta quinta como se fossem seus”(90). Estabelece as condições de realização dos serviços fúnebres, das práticas litúrgicas e dias de oração. Quanto às celebrações fúnebres expressa a vontade de que não sejam chamados fidalgos nem demais pessoas, para além de clérigos para rezarem um “trintayro [no dia do enterramento] e asy ao mês e ao anno”(91). Esta preocupação em realçar a simplicidade e desprendimento das honras terrenas serve, de algum modo, os seus intuitos em distinguir a sua dignidade de carácter e a sua fé e devoção, sobretudo à Virgem Mãe. Faz doação à capela de um cálix, galhetas e uma cruz; ornamentos que teve o cuidado de mandar fazer propositadamente para que o capelão deles se servis Manuela Santos Silva – “Contribuição para o estudo das oligarquias urbanas medievais: a instituição de capelas funerárias em Óbidos na Baixa Idade Média”, Região (A) de Óbidos na época medieval. Estudos, p. 157. 88 “As «heranças das almas» na diocese de Évora no início do século XVI”, Para a história da morte em Portugal (séculos XII-XIV), sep. de Estudos de História de Portugal, vol. I: séculos X-XV. Homenagem a A H. de Oliveira Marques, Lisboa: Estampa, 1982, p. 109. 89 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77v. 90 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 77v. 91 AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, 77v. 87

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se no cumprimento dos divinos ofícios. De igual modo, deixa ao mosteiro de S. Domingos de Vila Real cinco reais como garantia de um missa por sua alma nas festas da Virgem. Dá ordens expressas acerca do conjunto de pormenores litúrgicos a observar nos aniversários pelos capelães, consignando que seja rezada uma missa cantada, e sobre a sua sepultura derramada água benta e responso. Procede à distribuição de um conjunto de bens e valores monetários pela criadagem que em sua casa trabalhava a título de gratificação do bom e fiel serviço e aos pobres como símbolo da solidariedade para com os desvalidos. De igual forma, e para remissão dos seus pecados concede alforria a duas servas (Isabel Fernandes e Milicia, sua filha) e solicita que D. Maria da Cunha, filha do primeiro matrimónio, liberte Elvira, sua serva. Faz questão em pagar todos os trabalhos que tem em dívida, às moças da cozinha, aos azeméis e outros serviçais em moeda. Cuida em sustentar o vestir dos frades de S. Domingos de Guimarães, custeando-lhes as “senhas” (sinais), os gibões e as saias; manda que sejam doadas peças de pano de Castela aos pobres; ordena que o seu confessor João de Freitas ajude a filha a edificar a sua sepultura e “requeira as missas da (...) capela”(92). D. Branca de Vilhena cede as rendas das propriedades tombadas para os compromissos da capela associada a morgado, para tal designa em testamento a ordem de sucessão da provedoria da capela e garante que os bens sejam transmitidos de forma indivisível e intransmissível aos herdeiros directos. Procurámos seguir o rasto deste legado e constatámos que é muito provável que depois da morte de D. Beatriz de Vilhena, em 1473, e na ausência de descendentes directos, o herdeiro da administração das propriedades da capela tenha sido Rui Teles de Menezes, 4º senhor de Unhão, filho de D. Maria de Vilhena, sua sobrinha, e de Fernão Teles de Menezes. Nos senhores de Unhão se manterá o morgadio até 1756. A impossibilidade de alienar o património e o respeito pela vontade do instituidor garantiu a sucessão linhagística e a manutenção da capela associada a morgado até meados do século XVIII, pelo menos. A fundação de instituições perpétuas cria a necessidade de nomear um administrador da capela, pertencente, geralmente, à linhagem do instituidor. Em suma, o documento analisado é revelador das últimas vontades de D. Branca de Vilhena e da sua determinação em que a capela que lhe iria servir de derradeiro repouso no convento de S. Domingos de Guimarães dispusesse dos bens necessários para fazer cumprir todos os ofícios religiosos exigidos, para salvação da sua alma e dos seus entes queridos, e promovesse a ordem natural de sucessão familiar na administração dos bens instituídos em capela associada a morgado assegurando a perpetuidade e o prestígio da linhagem. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 78v.

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4. Domínio patrimonial 4.1. Considerações introdutórias No âmbito das instituições medievais portuguesas, e no que ao domínio vinculado particular diz respeito, o estudo da organização, posse e administração das capelas e das rendas das capelas surge como um campo de elevado interesse a par de outros, nomeadamente dos morgados(93). Em 1998, João José Alves Dias salientava a falta de conhecimento da grandeza do património e da importância tácita e social destas instituições quando refere que: “A dimensão patrimonial destas instituições [capelas] cuja vocação era guardar o corpo e rezar pela alma dos que nelas estavam sepultados podia atingir níveis impressionantes, e raramente se têm falado disso (...) A inalienabilidade e a indivisibilidade deste património convertia a instituição de capelas numa verdadeira estratégia sucessória e de perpetuação das famílias”(94).

Entretanto, este tema foi alvo de um estudo aprofundado e global, que apreende as principais linhas evolutivas da respectiva instituição vincular para os séculos finais da Idade Média(95). Por conseguinte, no presente estudo não temos a pretensão de explorar singularmente a dimensão deste instituto, nem é esse o nosso intuito, mas apenas averiguar com mais um contributo alguns dos respectivos aspectos patrimoniais e rentistas e, eventualmente «biografar» os elementos da respectiva história institucional. Do ponto de vista jurídico, as capelas parecem ter merecido uma maior destaque durante o reinado de D. Manuel nas várias edições das Ordenações Manuelinas(96) conhecidas. Um sinal do aumento progressivo do número deste tipo de Maria de Lurdes Rosa – Morgadio (O) em Portugal. Sécs. XIV-XV, Lisboa: Editorial Estampa, 1995. Portugal do Renascimento à Crise Dinástica (coord. idem, in Nova História de Portugal (dir. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques), Lisboa: Presença, 1998, p. 149. 95 Maria de Lurdes Rosa – «As Almas Herdeiras». Fundação de capelas fúnebres e afirmação da alma como sujeito de direito (Portugal, 1400-1521), Dissertação de Doutoramento, École des Hautes Études en Sciences Sociales / Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa, policopiada, Lisboa, 2005. É de toda a justiça salientar os contributos de Albertina C. M. S. Barbosa – “Capelas e aniversários do Mosteiro de S. Domingos do Porto no século XV, dissertação de mestrado, Porto: FLUP, 1995; Manuela Santos Silva - “Contribuição para o estudo das oligarquias urbanas medievais: a instituição de capelas funerárias em Óbidos na Baixa Idade Média”, Região (A) de Óbidos na época medieval: estudos, Caldas da Rainha, 1994, pp. 155-169; Maria Ângela Beirante – “Capelas (As) de Évora”, Cidade (A) de Évora. Boletim Cultural da Câmara, 65-66 (1982-1983), pp. 21-50; Ivo Carneiro de Sousa – “Legados pios do convento de S. Francisco do Porto. As fundações de missas nos séculos XV e XVI”, Boletim do Arquivo Distrital do Porto, I (1982), pp. 59-119. 96 O assunto da administração dos bens das capelas e da sua transmissão é primeiramente tratado na edição fac-símile da edição de Valentim Fernandes de 1512-1513, o L. II, no título “Dos resiidos e a quem pertence ho conhecimento delles em que maneira se ham de arrecadar”, fls. XLIII-LX. Na edição defi93

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institutos e o alcance social e político que vieram a ter nos tempos finais da Idade Média chamou a atenção para a necessidade de criar um padrão legislativo que intentasse a respectiva regulação e, simultaneamente, procedesse ao levantamento da dimensão das áreas de implantação local e regional. As anteriores compilações legislativas não lhe dedicam qualquer título específico, v.g. as Ordenações de D. Duarte e as Ordenações Afonsinas. Quanto às segundas cabe destacar a ausência de regulação específica sobre os vínculos, por ventura mais um sinal da respectiva falta de actualidade a que tantos historiadores «tout court» e iuri historiadores têm votado a sua atenção. Foi mais tarde que se procurou dar o enquadramento legal aos bens irrevogáveis e intransmissíveis (vulgo “vínculos”). Para melhor controlar a organização patrimonial dos bens vinculados às capelas, aos morgados, aos institutos religiosos e outros, D. Manuel ordenou em 1498, a execução do inventário das propriedades respectivas, nas várias comarcas do reino. Aos juízes dos resíduos de comarca competiria mandar executar a ordem régia. No caso pendente, coube a Diogo Borges, no exercício das suas funções de juiz dos resíduos da comarca de Entre Douro e Minho, executar o arrolamento dos bens afectos à capela de D. Branca de Vilhena no Convento de S. Domingos de Guimarães. Posteriormente ao trabalho de levantamento cadastral dos bens vinculados, o monarca D. Manuel procede à reorganização destes por diploma datado de 1504, onde ordena a reforma destes institutos vinculares através da promulgação Do Regimento das capelas, hospitais e albergarias e confrarias da cidade de Lisboa(97), do qual não se conhece actualmente o texto. Aos nossos dias chegou o texto do «novo» regimento de 1514 pelo qual se procede à reforma geral das capelas do reino mandado executar pelo mesmo monarca e impresso pelo conhecido João Pedro Bomini de Cremona(98). É necessário notar que a reforma das capelas se insere num conjunto mais vasto de reformas administrativas e políticas de maior fôlego, e até hoje bastante mais debatidas e estudadas, do reinado do «Venturoso»(99).

nitiva de 1521, no L. II, o titulo XXXV: “Dos residos, e em que maneira o Contador proverá sobre elles, e sobre os órfãos e capelas”, p. 162 e p. 193 respectivamente volta a referir-se ao tema. 97 A referência à existência deste regimento vem no II livro das Ordenações Manuelinas no tit. XXXV, “Dos residos, e em que maneira o Contador proverá sobre elles, e sobre os órfãos e capelas”, p. 162 e p. 193. Marcello Caetano no prefácio à edição do Regimento dos oficiais das cidades, vilas e lugares destes reinos faz-lhe referência (Lisboa: Fundação Casa Bragança, 1965, p. 43). 98 “Regimento de como os contadores das comarcas hão de prover sobre as capelas: ospitais, albergarias: confrarias: gafarias: obras: terças e resídos: novamete ordenado e copillado pello muyto alto e poderoso Rey dom Manuel nosso senhor. E per especial mandado de sua Alteza Iohã Pedro de bonhomini de cremona ho mandou emprimir” (reimpr. Lisboa, Luís Rodrigues, [1533-1544]. Referido por Marcello Caetano, ob. cit., p. 43. 99 Nesta mesma data saiu uma segunda impressão das Ordenações Manuelinas dos prelos de João de Cremona. Sobre a importância atribuída às reformas manuelinas pode ver-se nomeadamente João José Alves DIAS - Portugal do Renascimento à Crise Dinástica (coord. idem, in Nova História de Portugal (dir. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques), Lisboa: Presença, 1998, pp. 714-716.

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As Ordenações Manuelinas distinguem as capelas dos morgados, considerando para o efeito que as capelas são o resultado de um legado patrimonial efectuado com o intuito de garantir o local de inumação e guarda do corpo e prover ao cumprimento das obras pias, e os morgados uma instituição em que os fundadores deixam a maioria dos rendimentos aos herdeiros reservando uma pequena parcela para obras piedosas(100). Conforme salienta Manuela Santos Silva, do ponto de vista jurídico, “O facto de as famílias ficarem para sempre ligadas à capela, por linha directa ou, falhando esta, por linha colateral, aproxima as capelas dos morgados ou, pelo menos, dos vínculos”(101). O tombo agora analisado lista as propriedades e bens vinculados à capela destinados essencialmente a obras pias.

1.2. Património – enquadramento geográfico As unidades de propriedade vinculada à capela situam-se, considerando as divisões maiores propostas por Orlando Ribeiro e abraçadas por Carlos Alberto Medeiros(102), no conhecido Norte Atlântico, coincidindo com unidades de paisagens típicas das montanhas do Norte da Beira e do Douro. Baião, Mesão Frio e Resende, são para todos os efeitos os três concelhos onde localizámos os casais, não havendo do ponto de vista geomorfológico fronteiras rígidas naturais como aquelas que consideramos administrativamente. Para efeitos operacionais procederemos inicialmente a um enquadramento político administrativo actual dos concelhos, depois apontaremos as coordenadas principais da paisagem rural contextualizando-a de acordo com a área em estudo, a partir de relatórios e estudos efectuados por geógrafos(103). Baião pertence actualmente ao distrito do Porto, Mesão Frio fica localizado no extremo sul-sudoeste do distrito de Vila Real e Resende ao distrito de Viseu; muito embora as coordenadas geográficas os aproximem muito mais do que a divisão administrativa pode fazer crer. Baião e Resende situam-se no Douro Litoral, respectivamente na margem direita e esquerda do rio, e as propriedades e bens situados no concelho de Mesão Frio cabem hoje ao distrito e diocese de Vila Real, ou seja inserem-se na província de Trás-os-Montes e Alto Douro. Ordenações Manuelinas, L. II, tit. XXXV, p. 192. Cfr. Maria de Lurdes Rosa – ob. cit., p. 247. “Contribuição para o estudo das oligarquias urbanas medievais: a instituição de capelas funerárias em Óbidos na Baixa Idade Média”, in A região de Óbidos na época medieval: estudos, Caldas da Rainha, 1994, p. 160. 102 Geografia de Portugal. Ambiente natural e Ocupação Humana. Uma introdução, 5ª ed., Lisboa: Editorial Estampa, p. 163 ss. 103 Foram vários os estudos por nós compulsados no sentido de conhecer as características geomorfológicas e topográficas dos concelhos de Baião, Mesão Frio e Resende. Relativamente ao primeiro gostariamos de realçar o Estudo Geomorfológico da Área de Baião da autoria de Hélder Sousa, José Gomes, Liliana Pinto e Natércia Silva do curso de geografia da FL/UP disponível em , [consultado em 4 de Janeiro de 2006]. 100 101

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Outro dado de localização geográfica a salientar, visto ser indispensável na explicação do tipo de distribuição predominante de propriedade e de culturas, é a circunstância de Baião, se situar a 520 metros de altitude, e Mesão Frio, cuja cota mais elevada, no monte de São Silvestre, em Vila Jusã, alcança uns 531 metros de altitude, pertencendo ao agrupamento dos concelhos do Vale do Douro Norte. O que é comum a estes dois concelhos é o facto de se situarem nas faldas da serra do Marão, na margem direita do rio Douro. A rede hidrográfica é importante e marcante nestas áreas. Em Baião, o rio Ovil, afluente do rio Douro, sulcando um vale, com uma orientação de NE para SW, algumas das propriedades da capela, pela proximidade, aproveitavam a respectiva bacia hidrográfica(104). Mesão Frio, “pertence à vasta zona de xisto-câmbrico, que se estende ao rio Tua”, descaindo mais ao fundo sobre o rio Teixeira, que deu o nome à povoação da Teixeira do concelho de Baião. Apesar da designação «Frio», o clima é ameno apresentando uma temperatura média anual de 16º centígrados, a despeito da proximidade do Marão. Resende, na sua fronteira norte é banhada pelo rio Douro, a parte alta abrange a cordilheira da serra de Montemuro, na vertente setentrional da montanha, e a parte baixa mergulha no Douro. O seu território é essencialmente Montemurano, de onde boa parte da sua extensão territorial corresponda a uma área de relevo acidentado e de formas contrastadas, com vertentes muito declivosas e vales encaixados. “Os vales são normalmente estreitos, à excepção de certas áreas aplanadas nas margens do rio Douro e de duas pequenas áreas ligeiramente inclinadas no ribeiro de S. Martinho de Mouros (...) O horizonte do concelho é vasto, abrangendo Baião e Mesão Frio, bem como parte da serra do Marão”(105). Por seu lado, parece-nos relevante observar que uma larga maioria dos casais se situa a uma altitude entre os 200 e os 400 metros ou entre os 400 e os 600 metros. Para os primeiros encontramos, designadamente Covelas, os dois Outeiros em Covelas, no concelho de Baião; o casal de Cimo de Vila, o casal de Parada e o casal da Fraga em Tresouras. Para os segundos o casal de Tralo Paço, a Quebrada do Vale de Parada e o casal de Trás da Quinta em Tresouras e o casal de Vila Jusã em Mesão Frio. Aliás, a própria designação dos casais ou parcelas alude, de algum modo, à sua posição geográfica. «Outeiro» na freguesia de Covelas, em Baião, remete para monte, colina, «Cimo de Vila», de igual modo indica uma situação relativa a algo que estaria mais abaixo, «quebrada», indicativo de que se trata de um terreno implantado numa área que propende em declive, geralmente pequena courela ou terra onde se cultivam cereais, legumes e vinha. 104 De entre todas, o destaque para o casal da Quinta dos Loivos do Monte e o casal de Arão, na freguesia de Gestaço, situados a norte do concelho de Baião, e mais a sul, os casais de Chavães e Vilarelho, na actual freguesia de Ovil, no mesmo concelho. Cfr. por todos, em anexo, o Mapa 1 – Domínio patrimonial da Capela de D. Branca de Vilhena. Localização e identificação dos casais (1499), p. 68. 105 Disponível em < http://www.cm-resende.pt>, [consultado em 4 de Janeiro de 2006].

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Apenas quatro casais se alcandoraram a uma implantação em superfície mais elevada, entre os 600 e os 800 metros de altitude, nomeadamente Furacasas e Quebrada da Aldeia, em Gestaço e So Paço, em Tresouras, situados no actual concelho de Baião(106). Em termos de características gerais, os três concelhos (Baião, Mesão Frio e Resende(107)) patenteiam um relevo acidentado, marcado pela rede hidrográfica do Douro e pela proximidade das serras do Marão e de Montemuro, em que o tipo predominante de paisagem rural é dominado por pequenas e médias parcelas sem nunca atingirem o latifúndio, com um sistema de lavoura de regadio, com leiras e campos separados por lombadas de sequeiro e solo pedregoso. Um indício do parcelamento e pequena exploração dominantes podemos encontrá-lo no extenso inventário dos lotes que cabem dentro de cada casal e respectivas dimensões, num conjunto alargado, constituído de pequenas courelas pulverizadas(108).

4.3.Distribuição patrimonial 4.3.1. A área rústica Do conjunto de casais cartografado uma maioria situa-se no concelho de Baião, distribuindo-se a área rústica fundamentalmente por cinco dos seus principais povoados, a saber: treze na freguesia de Gestaço, doze na freguesia de Tresouras, cinco na freguesia de Ovil e três, respectivamente em Covelas e na freguesia da Teixeira. Em termos de área rústica afecta aos trinta e seis enfiteutas das propriedades da capela de D. Branca, em 1499, observemos o quadro seguinte: Freguesias Nº de casais

Área rústica m2





1. Covelas

3 0(109)



2. Gestaço

13

1 606 925,210



3. Ovil

5

387 234,490



4. Teixeira

3

140 391,847



5. Tresouras

12

1 997 339,450

36

4 131 890,800



Totais

Quadro I. Área total ocupada pelos casais do concelho de Baião por freguesias Cfr. por todos, em anexo, Mapa 1 - Domínio patrimonial da Capela de D. Branca de Vilhena. Localização e identificação dos casais (1499), p. 68. 107 Dos três concelhos o mais pequeno actualmente é o de Mesão Frio (com uma área de 2700 ha), os dois maiores são respectivamente Baião (com uma área de 17600 ha) e Resende (com uma área de 12300 ha). 108 Cfr., em anexo, Quadro I – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, p. 73. 109 Não encontrámos registo da superfície das parcelas aforadas pertencentes à capela na freguesia de Covelas (cfr. Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 72). 106

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Em Baião situa-se uma boa parte do domínio rústico da capela instituída por D. Branca, num conjunto de apenas cinco das suas vinte freguesias actuais. A área de implantação corresponde a 4131890,8 m2, ou seja, cerca de 413 ha de um total 436,451 ha da superfície rural adjudicada à capela nos três concelhos: Baião, Mesão Frio e Resende. Uma larga maioria dos bens rurais adstritos à capela (94.72% do total) situam-se no concelho de Baião(110). As freguesias onde estão implantados maior número de casais correspondem àquelas onde se encontram distribuídas maior número de glebas. No entanto e numa escala mais pequena, sobressai a enorme variedade de superfície de cada um dos casais ou parcelas atribuídas a diferentes foreiros nesta freguesia. Por exemplo, o casal de Tralo Paço tem uma área rústica total de 68424,885m2 (cerca de 7 ha) e o casal do Azebeiro uma superfície rústica de 1711110,605 m2 (cerca de 17 ha), bem mais do dobro. A gleba mais pequena, designada de quebrada da Aldeia, tem uma área de 30361,32 m2 (à volta de 3 ha) e é a única que não detém qualquer quota coberta (urbana)(111). No que respeita ao concelho vizinho de Mesão Frio, pode identificar-se no livro de arrolamento das glebas apenas um casal, situado em S. Martinho de Vila Jusã, e três courelas, sem designação aí emprazadas a diferentes caseiros(112). Freguesias Nº de casais

Área rústica m2



Vila Jusã

1

20 286,255

(113)

22 201,080

4

42 487,335







Vila Jusã

3



Totais

Quadro II. Área total ocupada pelos casais do concelho de Mesão Frio por freguesias

Os terrenos distribuídos pelos quatro enfiteutas da capela neste concelho estendem-se por 4,2 ha, o equivalente a uns escassos 0.97% do total de bens rústicos da capela. Área bastante mais exígua se comparada com a extensão e número de casais no concelho de Baião.

110 O Foral Manuelino de Baião foi outorgado a 1 de Setembro de 1513, estipulando os tributos pagos pelas parcelas reguengas que andavam em mão de diferentes senhorios. Dos tributos em géneros se pode inferir os tipos de culturas concelhias predominantes (cereais e vinho). Este diploma encontra-se no livro II respeitante à comarca de Trás-os-Montes, divisão política e administrativa coeva (cfr. por todos, Luiz Fernando de Carvalho Dias – Forais Manuelinos do Reino de Portugal e do Algarve. Trás-os-Montes, L. II, Lisboa: Edição do Autor, 1961, pp. 43-45). 111 Cfr. por todos, em anexo, o Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros, p. 99. 112 Cfr. por todos, em anexo, o Quadro II – Concelhos e freguesias com propriedades da capela e seus caseiros. 113 Parcelas sem designação situadas na freguesia de Vila Jusã.

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No concelho de Resende, disposto, conforme referimos, na margem sul do rio Douro, entre os concelhos de Cinfães e de Lamego, detém um conjunto de oito casais, sete dos quais sitos à freguesia sede do concelho, S. Salvador de Resende e um na actual freguesia de S. Martinho de Mouros. Freguesias

Nº de casais

Área rústica m2

Resende

7

159 503,87

S. Martinho de Mouros

1

30 636,79

Totais

8

190 140,66

Quadro III. Área total ocupada pelos casais do concelho de Resende por freguesias

Na margem sul do rio Douro, em Resende, a área rústica dos bens da capela corresponde a uns parcos 4,35 % do total, ficando a maioria dos casais localizados na parte Oeste do concelho. Para a caracterização do tipo de propriedade dominante nas terras e casais pertencentes à capela de D. Branca de Vilhena tivemos, numa primeirra fase, que proceder ao levantamento exaustivo das dimensões das parcelas componentes de cada casal e, posteriormente, que prosseguir na determinação dos modelos de exploração agrária empreendidos e do regime de exploração privilegiado. No sentido de alcançar-mos tal desiderato foi necessário, conforme referimos, proceder ao levantamento sistemático da superfície das courelas por unidade de casal, tal como se encontram tombadas no livro de registo, convertendo as medidas de superfície apontadas em varas de cinco palmos para metros quadrados e destes para hectares. O nosso intuito era o de saber o tipo de propriedade predominante (pequena, média ou grande), para de seguida proceder à respectiva cartografia. Por conseguinte, foi necessário elaborar um quadro de trabalho onde procedemos ao levantamento exaustivo, descritivo e quantitativo da área e número de leiras e/ou parcelas por unidade de superfície. Só depois de feito este lançamento exaustivo pudemos efectuar com exactidão a distribuição do total de parcelas e/ou leiras pelos intervalos de unidade de superfíce considerados no quadro que de seguida apresentamos: Áreas

< 0,5 ha

0,5-1 ha

1 – 2 ha

2 – 3 ha

3 – 4 ha

> 4 ha

Totais

Total de parcelas

345

90

48

22

9

7

521

%

66,21%

17,27 %

9,21%

4,22%

1,72%

1,34%

100%

Quadro IV. Distribuição do total de courelas por unidades de superfície(114)

114 As unidades de superfície por nós estabelecidas permitem uma aproximação qualitativa e, de algum modo, quantitativa daquilo que pode considerar-se dentro das áreas abrangidas, por pequena e média pro-

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

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Seguindo de perto a sistematização analítica e representativa efectuada, verificámos que os tipos de campos e leiras integrantes de uma maioria dos casais correspondem à pequena propriedade. Uma percentagem convincente de 66,21% das parcelas detém uma dimensão que ronda o meio hectare ou menos: se lhe somarmos os dois grupos seguintes, o montante é esclarecedor: 92,69% dos campos têm uma área rústica igual ou, numa maioria dos casos, inferior a 2 ha. Daqui resulta que apenas 5,94% das courelas tenha uma superfície acima dos 2 ha podendo, no entanto, atingir os 4 ha. Somente 1,3 % das parcelas ultrapassa a barreira dos 4 ha. A representação cartográfica do Mapa 4(115) ilustra, do ponto de vista técnico, e de forma evidente, o tipo de propriedade dominante e a distribuição geográfica da superfície rústica dos casais da capela. Em suma, um dos traços dominantes que ressalta da representação cartográfica e da análise da propriedade rústica a que procedemos tem a ver com o facto das glebas (campos e leiras) serem, na generalidade, pequenas e se distribuírem de forma muito fraccionada. Concordamos com A. H. de Oliveira Marques quando diz que foi nos domínios dos foreiros que as terras menos se apresentavam de forma contínua. Uma das principais razões adiantadas pelo referido autor, a qual este estudo parece vir corroborar, prende-se com a circunstância de cada casal ter necessidade de incluir “a variedade de culturas necessária – ou, pelo menos recomendável – à subsistência familiar, as terras de pão, as vinhas, as matas, os pastos, etc”(116), por conseguinte encontrando-se divididos em fracções distintas do ponto de vista das qualidades de solo aproveitáveis, mas que constituíam parte integrante do casal. Uma das características desta região, no que ao domínio rústico diz respeito, é o forte parcelamento, devido não apenas ao proveito económico do casal, mas também às circunstâncias locais derivadas do acidentado do terreno, em socalcos típicos do Noroeste e da Beira Alta(117). Apesar de tudo, há uma expressiva variedade na área total da propriedade agrária contabilizada para cada um dos casais identificados na fonte. Podendo uma larga maioria apontar-se como casais com uma área de cultivo de pequena dimensão, uns poucos de média dimensão, havendo porém, alguns casais com uma dimensão total de mais de 15 ha. Vejamos, a título de exemplo, os seguintes casos. O casal do Outeiro dos Loivos do Monte, na freguesia de Gestaço, em Baião, tem uma priedade. Não sabemos exactamente qual era à época o valor médio de superfície da propriedade rústica. 115 Cfr. por todos, em anexo, o Mapa 4 – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena. Campos segundo as dimensões da propriedade (1499). 116 Nova História de Portugal (dir. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques), vol. IV, Portugal na crise dos séculos XIV e XV, Lisboa: Presença, 1985, p. 80. 117 Cfr. por todos, em anexo, o Mapa 4 – Propriedades da capela de D. Branca de Vilhena. Campos segundo as dimensões da propriedade (1499), p. 71.

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superfície total de 21,632 ha, enquanto o casal da Portela, na freguesia da Teixeira, em Baião, tem uma área rústica de 241,782 m2 (0,02 ha). Estamos em presença do limite máximo e mínimo das unidades de propriedade compulsadas. No quadro que de seguida apresentamos, procedemos de forma a agrupar os casais e as propriedades identificados na fonte(118) por faixas de unidades de superfície. Áreas

< 2 ha

2 - 4 ha

4 – 6 ha

6 - 8 ha

8 – 10 ha

10 -15 ha

> 15 ha

Total de casais

11

10

3

2

3

7

8

%

25,00

22,77

6,81

4,54

6,81

15,90

18,18

Quadro V – Distribuição dos casais por faixas de unidade de superfície rústica

Num conjunto de quarenta e quatro casais considerado para efeitos de elaboração do presente quadro, cerca de vinte e um (21) detém uma superfície que não ultrapassa os 4 ha, correspondendo a 47,77 % do total. No entanto, as duas últimas faixas que apontam para casais com uma superfície elevada ou relativamente elevada, isto considerando a zona de implantação do domínio da capela, regiões durienses, bordejando as margens Norte e Sul do Douro, o grupo de casais compreendido entre os 10-15 ha e os de área superior a 15 ha são bem expressivos, correspondendo respectivamente a 15,90 % e a 18,18 % do total. Por seu lado, e um pouco inesperadamente devemos adiantar que nas faixas intermédias daqueles grupos que relativamente ao conjunto considerado tendem para a propriedade de média dimensão, se agrupa um menor número de casais com superfícies que se situam no intervalo dos 4 a 10 hectares comportando um valor percentual relativamente baixo 18,16% do total. Esta circunstância levanta a questão da confrontação dos benefícios extraídos dos casais tomando como referente os dados disponíveis na fonte – as rendas e foros pagos por unidade de casal à capela. Mais difícil será para nós adiantar dados conclusivos sobre a relação entre o rendimento e o tipo de culturas e de produção agro-pecuária implantadas ou o regime de lavoura. Sobre estes assuntos iremos debruçar-nos no ponto 4.4. (A economia dos campos e das leiras). Deste modo, parece-nos relevante salientar, por um lado, a expressiva fragmentação das parcelas e courelas que constituem a unidade casal, por outro a variedade da superfície dos casais identificados, tendo constatado a existência de vários tipos de propriedade de pequena, média e de superior extensão, sem que possamos designar estas últimas apropriadamente de latifúndio(119). Conforme re Cfr. em anexo, o Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros, p. 99. A terra estava essencialmente dividida pelos grandes senhorios (rei, ordens militares, clero e grandes senhores laicos). Não cremos que nenhum dos conjuntos de parcelas de cada casal, consignados no tom-

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mata Oliveira Marques, “a tendência para o minifundismo caracterizou os derradeiros séculos da época medieval”(120).

4.3.2. A área urbana Como se viu a posição geográfica do conjunto de bens rústicos encontra-se dispersa por um número significativo de freguesias rurais, onde a área urbana ou coberta assume um peso bastante mais exíguo, constituindo-se, não raras vezes, como o abrigo complementar das actividades desenvolvidas no amanho dos campos. Este é um dos traços característicos destas regiões, onde a área de pequena e média exploração agrária é predominante. Deste modo, a área coberta ajusta-se às condições naturais resultantes das desigualdades do relevo e do fraccionamento da propriedade de cultivo diverso. É evidente que uma larga maioria dos casais detém vários espaços de área coberta e fechada, excepção feita ao Casal da Portela e Casal do Outeiro, na freguesia da Teixeira, em Baião; o casal da Fraga, na freguesia de Tresouras, em Baião e os casais de Cimo do Vila e Invenções, em Resende. Inventariamos algumas quebradas para as quais não são mencionadas áreas cobertas, nomeadamente a Quebrada da Aldeia, na freguesia de Gestaço, a Quebrada da Queimada e a Quebrada de Tolões, na freguesia de Ovil, e a Quebrada de Vale de Parada em Tresouras, todas pertencentes ao concelho de Baião(121). Por fim, um conjunto menor de bens rústicos tombados não dispõe igualmente de prédios urbanos ou qualquer outro tipo de área coberta, nomeadamente duas parcelas no lugar da Fraga, sito à freguesia de Tresouras e mais três courelas em Vila Jusã de pequena(122) e média dimensão(123). Todos os outros casais detêm recintos e abrigos diversos, podendo as construções distribuir-se por tipos com distintas aplicações. Veja-se o gráfico que de seguida apresentamos:

bo, detivesse um tão vasto domínio rural que nos permita dizer tratar-se de um latifúndio, considerando os «padrões» da época. 120 Nova História de Portugal (dir. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques), vol. IV, Portugal na crise dos séculos XIV e XV, Lisboa: Editorial Presença, 1985, p. 79. 121 Cfr. por todos, em anexo, Mapa 1 – Domínio patrimonial da capela de D. Branca de Vilhena. Localização e identificação dos casais (1499), p. 68. 122 Uma com uma superfície de 11107,8 m2. 123 Outra com uma superfície de 5575,68 m2.

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AdeGAs/lAGAres

5

CAsAs

15

Celeiros

12

Cortes/Cortelhos

32

CoZinhAs

15

eirAs

1

PAlheiros

2

PArdieiros

17

outros

1 0

5

10

15

20

25

30

35

Gráfico I. Prédios urbanos (tipos)

A leitura deste gráfico prova que, com algumas variantes, estamos em presença de um domínio ‘senhorial’ onde o tipo de construções usual é característico do meio rural. Trinta e dois por cento das áreas de construção são cortes, sendo igualmente de destacar a presença dos pardieiros (17 % do total), muitas vezes ajustados a abrigo durante o tempo dos trabalhos agrícolas. Outras construções típicas do meio rural vêm a destacar-se: os celeiros (12 % total) e as adegas e lagares (5 % do total), sinal de que a produção de cereais e vinho eram das mais importantes nas regiões em estudo. Os cómodos domésticos onde incluímos as casas e as cozinhas, detém idêntica presença (15% do total), são geralmente apontadas como áreas colmadas. Quanto aos detalhes de construção nada mais nos é adiantado. Não houve da parte do ‘tombador’ preocupação na descrição dos aposentos interiores, de forma que ficamos sem saber em quantos cómodos se dividem as habitações, por onde se faz a entrada nos aposentos, que material é usado, quantas aberturas exteriores detém, etc. Não é possível proceder ao interessante estudo do tipo de construção coevo e em uso na região, nos finais do século XV. Dispomos, no entanto, de frequente referência à cobertura de casas, cozinhas, celeiros e cortes, ‘todas’ colmaças(124), bem assim quanto aos alpendres e telheiros. Sabemos existirem cómodos destinados à guarda do gado, das alfaias e produtos agrícolas, se bem que tais indicações não venham explícitas na fonte. É, por seu lado, recorrente a as-

“Item o celleyro e adega e hûa corte todo colmaço” (cfr. por todos, AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 49v).

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sociação das cortes aos quinteiros, pequenos recintos destinados a guardar mato, folhas ou outros(125). Não obstante isto, a exactidão da medição e descrição dos cómodos de área coberta ou cercada que integravam os casais torna possível o conhecimento em pormenor das duas e únicas áreas em que se distribui o espaço dos casais: a área rústica propriamente dita de que já falámos e a área urbana. O total de área coberta, no conjunto dos casais exaustivamente levantados, corresponde a 24078,57 m2, ou seja, 2,4078 ha contra os 436,451 ha de área rústica. Regra geral, as áreas cobertas ocupam uma pequena extensão no conjunto dos bens de cada casal. O quadro seguinte procede a uma avaliação do património urbano dos casais e propriedades aforadas da capela, considerando para o efeito distintas franjas de unidade de superfície:

Áreas

< 100 m2

100-250 m2

250-500 m2

500-750 m2

750-1000 m2

> 1000 m2

Nº de casais

11

9

3

2

2

4

%

35,48

29,03

9,67

6,45

6,45

12,90

Quadro VI. Distribuição dos casais por faixas de unidade de superfície urbana

De um conjunto de 44 casais com área rústica discriminada, apenas 31 detém área coberta, ou seja, 70,45% do total. Um número expressivo de cómodos levantados, oscila entre os 27,22 m2 e os 249 m2 (64,51 % do total), encontrando-se, no entanto bastante fraccionados em casas, cozinhas, cortes, palheiros, celeiros, salvo nos casos em que surge a medida unitária referente a um conjunto de dois ou três cómodos pertencentes a um casal(126). Este fraccionamento não era somente relativo ao diferente tipo de recinto ou superfície coberta, mas também respeitava à localização no terreno. Junto das áreas de residência e habitação (cozinhas e casas colmaças) encontram-se anexos, geralmente, os celeiros, as cortes, os pardieiros e outros aposentos com distintas funções. Noutros casos, entre as várias edificações

“Item contra o aguiom tem tres cortes e huum quinteiro” (cfr. por todos, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 56). 126 “Item huum quinteyro todo cerrado sobre sy com sete casas colmaças aredor da cozinha e celeiro e cortes que he de comprido vinte e cinquo varas e de largo vinte varas” (cfr. por todos AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 44). 125

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e prédios urbanos dispõem-se, em espaço aberto, eiras e rossios, que podem circundar-se de uveiras e latadas(127). Finalmente, devemos realçar que não há menção do número de pisos das construções, tudo nos fazendo crer que a forma dominante dos cómodos rurais fosse, no que toca ao património conhecido, de edificação térrea.

4.4. A economia dos campos e das leiras “No Norte, designa-se por casal esse tipo de exploração que combina parcelas de campo, prado e vinha, distintas ou coexistentes na mesma terra, com bouças onde a gente se abastece de mato e lenha, indispensável reserva de incultos (...) Eles encontram-se até em enclaves rurais no interior da cidade do Porto”. Orlando Ribeiro(128)

Nos séculos XIV e XV, em conexão com casal existe “uma poeira de herdades, leiras, courelas, chousos, vilares, por onde cada camponês espalhava o seu trabalho, como aliás já estava habituado a fazer quando cultivava o seu casal disperso”(129). Conforme já tivemos oportunidade de salientar cada casal era constituído por um conjunto mais ou menos vasto de parcelas ou courelas distribuídas geográfica e topograficamente (quebradas, outeiros,...) de forma desigual e descontínua, compreendendo nomeadamente campos de vinha, terrenos de cultivo, rossios, áreas florestais, lameiros, quinteiros e outros.

127 Sirva de exemplo, a descrição do casal da Fonte, na freguesia de Gestaço, concelho de Baião: “Item primeiramente hũa cozinha colmaça que he de comprido com huum alpendre que tem no outom contra o caminho dez varas e de largo cinquo. Item hum celeiro colmaço que he de comprido oito varas e de largo cinquo varas. Item outro celleiro que he de comprido seis varas e de largo quatro e parte do soãao e aguiom com herdade e casas do casal da capella de Luiz Alverez. Item duas cortes que som de comprido nove varas e de largo quatro varas. Item huum palheiro que he de comprido nove varas e de largo cinquo varas. E acima deste palheiro esta hũa eira e antre a cozinha do celleyro e as cortes esta huum resio e a fundo destas casas contra o vendavel e arredor das casas estam huveyras e lactada (...)” (Cfr. AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 34). 128 O Autor chamava a atenção para este facto à data da redacção da primerira edição do texto (1945) com o título Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Estudo geográfico, Coimbra, Coimbra Editora, Col. “Universitas”. Cremos que o quadro traçado seja válido para os tempos medievos na zona Norte do país (cfr. a 3ª edição: Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Esboço de relações geográficas, 1967, p. 119 e José Marques – “A confraria de São Domingos de Guimarães 1498, in Revista da Faculdade de Letras. História, II série, vol. I, Porto, 1984, p. 75). 129 Iria Gonçalves – O temporal do Mosteiro de Alcobaça, vol. I, 1984, p. 229.

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O rigor na identificação(130) e descrição das medidas das parcelas (campos ou leiras) que compõem cada um dos casais, contrasta com a falta de registo, no extenso rol das propriedades, de emprego de animais nos trabalhos agrícolas e no transporte de produtos e/ou alfaias, porém tal não nos permite dizer que não fossem utilizados. De igual modo, documentalmente não encontramos registo do tipo de técnicas agrárias, nem do emprego de diferentes espécies de sementes, designadamente de cereal, no aproveitamento das courelas dos casais disseminados pelos três concelhos referidos. Também não temos testemunho da fruição comum de matos e reservas de pasto ou aproveitamento de produtos florestais. Os principais traços que ressaltam, do ponto de vista da fonte, da utilização da propriedade rústica são relativos ao cultivo de vinha e à presença de latadas(131) e uveiras(132), paralelamente à menção de soutos e outras espécies arbóreas (figueiras, salgueiros, entre outros de reduzida representação se comparada com a presença de castanheiros)(133). Para além destes, temos o testemunho da existência de montes bravos(134), podendo estes estar ou não relacionados com a criação de gado ou o pastoreio extensivo. Com alguma incidência podemos juntar-lhe os lameiros e regados, geralmente zonas de pasto no Verão. Este manto de retalhos é a base de sustento da vida do casal, a forma como se combinam os seus elementos de distinta natureza e as necessidades económicas a que procuram dar resposta resultam na prevalência de um regime de policultura de subsistência. Como o relevo da paisagem é agreste, e as serranias estão próximas, verificase uma situação em que as culturas arbustivas ou arborescentes se interpõem nos campos de vinha ou cereal. Conforme diz Orlando Ribeiro, “Foi a vinha o principal incentivo para se arrotearem terras pobres, declivosas ou areentas”(135).

130 O lugar (microtopónimo) onde se situam os diferentes tipos de bens rústicos é um elemento bastante presente como componente de identificação. 131 De acordo com Orlando Ribeiro designa-se de latada ou parreira, a vinha que cresce em altura e os ramos se desenvolvem a ensombrar caminhos e quintais, bastante vulgar no Norte de Portugal (Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico..., ed. cit., p. 73). O termo significa também “uma espécie de grade formada por algumas varas ou caniços dispostos ao longo de paredes para nelas se apoiarem videiras, arbustos ou trepadeiras” (cfr. Dicionário da Língua Portuguesa, ed. António Morais e Silva, vol. 6, p. 162). 132 Também designada de vinha de enforcado permite que a planta se desenvolva naturalmente e “a vide, como um cipó, que é na sua forma espontânea, enrola-se nos troncos, enlaça os ramos e confunde as parras com a folhagem da árvore que lhe serve de suporte (uveira) A vinha assim disposta, não forma plantações e alinha-se na orla de campos e caminhos” (cfr. Orlando Ribeiro, ob. cit., p. 73. e Quadro V - Vinhas, vinhedos e uveiras da capela (1499). Significado semelhante é confirmado pelo Dicionário da Língua Portuguesa ao referir que a designação corresponde “a árvore a que se prendem os braços de videira, no sistema de vinha de enforcado usado no Baixo Minho, etc” (vol. 11, p. 468). 133 Cfr. Quadro VI - Soutos e outras espécies de árvores da capela (1499), p. 107. 134 Cfr. Quadro VII - Montes da capela (1499), p. 110. 135 Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico..., ed. cit., p. 70.

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Nos três concelhos é assinalada a presença de vinhas e uveiras, sendo no entanto o concelho de Baião aquele em que qualitativamente(136) mais disseminada se encontra esta cultura(137). Os casais pertencentes às freguesias de Gestaçô, Ovil e Tresouras, situados entre o rio Zêzere e o rio Teixeira são aqueles em que se manifesta a presença deste tipo de lavoura, só comparável às propriedades de Vila Jusão, em Mesão Frio(138). Nas propriedades situadas no concelho de Resende a presença de vinhedos, sendo no entanto bastante menor, ainda detém alguma implantação(139). Não obstante esta tendência para o plantio e exploração da vinha nestas regiões, apenas dois casais pagam vinho de foro(140). Não dispomos de dados que nos permitam dizer se isto se deve à fraca rentabilidade e benefício deste produto agrícola proporcionalmente às áreas de implantação e cultivo, ou à prevalência de outros foros em género, designadamente de cereais, de maior produção e necessidade de consumo, conforme veremos mais à frente. A importância de culturas arbustivas e arbóreas relaciona-se sobretudo com a presença de castanheiros que procedem das condições naturais originárias para o respectivo desenvolvimento e implantação(141). A darmos crédito à toponímia, a árvore mais abundante era o castanheiro, presente em todo o país “(...) mas sobretudo em Entre Douro e Minho e no actual distrito de Viseu. Soutos e seus derivados existiam por toda a parte (...)(142). Para além dos soutos, com menor representatividade figuram os olivais(143), que fornecem uma gordura vegetal de Referimo-nos a dados de natureza qualitativa, uma vez que como podemos observar no Quadro IV – Vinhas, vinhedos e uveiras da capela (1499), em anexo, muitas vezes a menção à existência de vinha não é exclusiva de uma parcela ou courela. Daqui que as medidas em metros quadrados ai apresentadas possam corresponder a um campo cercado de vinha, ou a um pedaço de vinha numa leira de que se apresentam as medidas totais. Ou seja, a representação cartográfica efectuada no Mapa 5 - Superfície rústica dos casais da Capela de D. Branca de Vilhena – Souto, Vinha, Montes e outros usos agro-florestais (1499), em anexo, resultou de uma avaliação aproximada, mas de natureza qualitativa, da maior ou menor incidência da presença de vinha por casal e não da precisa medição das áreas que esta ocupa; dados que a fonte não permite inferir com rigor. Procedemos de igual modo na representação cartográfica dos soutos e dos montes, na mesma carta. 137 Cfr. por todos o Mapa 5 – Superfície rústica dos casais da Capela de D. Branca de Vilhena – Souto, Vinha, Montes e outros usos agro-florestais (1499), p. 72. 138 Pode igualmente confrontar-se o Quadro V – Vinhas, vinhedos e uveiras da capela (1499), p. 105. 139 Cfr. por todos o Mapa 5 - Superfície rústica dos casais da Capela de D. Branca de Vilhena – Souto, Vinha, Montes e outros usos agro-florestais (1499), p. 72. 140 Designadamente o casal de Baianquas (Baiões), na freguesia de Gestaço, e o casal da Quinta de Parada, na freguesia de Tresouras. Cfr. por todos, o Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros (1499), p.99. 141 A área coberta por mata na Idade Média em Portugal, como em toda a Europa Ocidental, era vasta e utilizada na manufactura dos instrumentos agrícolas, domésticos e artesanais (Ver por dos, A. H. de Oliveira Marques – Nova História de Portugal..., pp. 101-103. 142 Cfr. por todos Diccionario Postal e Chorographico do reino de Portugal ..., de João Baptista da Silva Lopes, tomo I a III, Lisboa, 1891-94. 143 As menções a oliveiras estão presentes em casais de Vila Jusã, em Mesão Frio (cfr. Tombo da Capela de D. Branca de Vilhena (1499), fls. 62 e 62v). As fontes vêm confirmar a tese de que “No século XVI, o ponto mais setentrional onde havia olivais de grande rendimento crê-se ter sido Aveiro; eles rarea136

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grande utilidade na Idade Média, nomeadamente para a alimentação, a iluminação (doméstica e das obras pias) e fabrico de substâncias medicamentosas manipuladas pelos boticários. O castanheiro fornecia um importante complemento alimentar das populações na região, servindo para o fabrico artesanal de pão meado, papas ou engorda de animais. Segundo Alberto Sampaio, na região Norte de Portugal, de entre “Os frutos, sobretudo as castanhas, encontravam-se num dia ou noutro na mesa do lavrador”(144) e camponês medievo. Apesar da rara alusão a pomares(145), presenciamos a comparência de laranjeiras, figueiras e macieiras (sidras); estas surgem em pés isolados, o que transforma a sua presença pouco representativa no conjunto da superfície total da propriedade agrária contabilizada. Por seu lado, as glebas de vinhedo comportam espécies arbóreas de fruto, madeira ou lenha, dispostas em fileira ou envolvendo no todo ou em parte os campos(146). Quer isto dizer que, com excepção do castanheiro e da oliveira, o plantio de árvores é disperso e intermitente, surgindo muitas vezes como suporte ou limite das parcelas agrícolas. Alguns pés de nogueiras(147) e a presença de um salgueiral(148) completam o elenco arbóreo. Relativamente aos montes ou matas de arvoredo, que marcam presença nas propriedades da capela, ocupando na totalidade algumas das leiras e dos campos ou propagando-se próximo das principais culturas locais(149), seriam rompidos para preparação de camas de gado, carvão vegetal e lenha, ramagem para cobertura de casas, etc(150). Por seu lado, não há menção directa ao regime de plantio de cereais (trigo, centeio ou milho miúdo e alvo), mas sabemos serem culturas da região. Aos cereais está acometido o grosso do pagamento dos encargos em géneros pelos caseiros da capela, encontrando-se representadas quase todas as espécies, excepção feita à cevada. Nas regiões durienses estudadas (Baião, Mesão Frio e Resende) as pequenas e médias courelas, que raramente atingem os 2 ha, sustentavam uma superfície em vam na maior parte da Beira e em todo o Norte” (cfr. Orlando Ribeiro – Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico..., ed. cit., p. 69 e “Agricultura”, in Dicionário de História de Portugal (dir. Joel Serrão), vol. I, Porto: Livraria Figueirinhas, 1985, p. 62). 144 “As vilas do Norte de Portugal”, in Estudos Históricos e Económicos, vol. I, p. 98. 145 Veja-se uma das referências à existência de pomares numa parcela do casal da Portela, na freguesia de Gestaço (cfr. AMP, Tombo da Capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 50). 146 Sirvam de exemplo, o casal da Quinta dos Loivos do Monte, na freguesia Gestaço - “ um campo cerrado com castanheiros e árvores”; o casal da Portela, na mesma freguesia - “um pedaço de herdade com souto”; “souto ao redor da leira”; o casal de Chavães, na freguesia de Ovil - “um pedaço de campo que tem souto” e o casal de Parada, em Ovil – figueira, ramada e fruteiras (cfr. por todos, em anexo, o Quadro V – Soutos e outras espécies de árvores da capela (1499) e o Tombo da capela de D. Branca de Vilhena (1499), fls. 44, 50v., 53v. e 56v., respectivamente). 147 Cfr. AMP, Tombo da Capela de D. Branca de Vilhena (1499), fls. 29 e 65, designadamente. 148 Cfr. AMP, Tombo da Capela de D. Branca de Vilhena (1499), fl. 20. 149 “Uma vinha com um pedaço de monte no meio” (cfr. AMP, Tombo da Capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 63v). 150 Cfr. por todos, em anexo, o Quadro VII – Montes da Capela (1499), p. 110.

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regime de policultura(151), tudo nos levando a crer, que o cultivo de cereal ocupasse a maior parte da superfície das unidades constituintes de cada casal. No conjunto dos casais que pagam rendas em géneros, o centeio, o milho e o trigo ocupam lugar de destaque(152). Não dispomos de informações sobre o rendimento por unidade de superfície ou por unidade de casal; sabemos, no entanto, os valores dos respectivos tributos pagos à capela de onde poderemos inferir, com alguma reserva, a relação com o nível de benefício conseguido.

4.5. Sinopse de um património Partindo da análise a que procedemos anteriormente entendemos ser este o momento de apresentar um balanço das ideias até aqui expostas sobre a dimensão e o uso dos bens patrimoniais, rústicos e urbanos, da capela de D. Banca de Vilhena, sintetizando as suas principais características. Iniciamos a nossa exposição por conceber um esboço paisagístico, focando os aspectos do relevo e das características orgânicas do Noroeste e da Beira Alta (incidindo, evidentemente, na caracterização das áreas regionais de implantação dos casais que estudámos). Estes parecem surgir dispostos e fraccionados, em área de menor altitude e relativamente plana, quer em superfície de encosta de maior elevação, numa série de campos e leiras, constituindo uma série de pequenas e médias glebas aráveis, seguindo o trilho imposto pelas curvas de nível. O regime de propriedade foreira dominante é o minifúndio e o parcelamento das glebas sustenta um regime de policultura, onde a vinha, o souto e os cereais são, ao que tudo indica, as culturas dominantes, para além da existência possível de pequenas hortas. Do conjunto de casais identificado na fonte, a maioria situa-se no actual concelho de Baião, cerca de 75 % do total, distribuindo-se os restantes 16, 66% por Resende e apenas 8,33 % situam-se em Mesão Frio. A variedade da dimensão da superfície dos casais é também outro dos aspectos a destacar. Dos 44 casais contabilizados para este efeito 21 detém uma área total que não ultrapassa os 4 ha (47,77% do total). Porém, um outro núcleo constituído por 15 casais apresenta uma superfície total que ultrapassa os 10 ha (34,08 % do total). Estes parecem ser os casais com maiores recursos agro-florestais, tanto mais que para as regiões em causa as unidades de superfície com esta grandeza não deveriam constituir a norma. No tocante aos bens urbanos, em síntese, podemos dizer que uma maioria dos casais e títulos de propriedade rústica detém espaços cobertos e fechados (70,45 % Vinhas, soutos e várias espécies de árvores faziam igualmente parte dos domínios aforados. Cfr., em anexo, o Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros (1499), p. 99.

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do total), definidos e com funções diversas, salientando-se no entanto os abrigos típicos de áreas rurais, designadamente as cortes e pardieiros (49 % do total), seguidos dos celeiros (12 % do total) e das adegas e lagares (5 % do total). As glebas de vinhedo, os soutos e outras espécies arbóreas, para além do plantio de cereais caracterizam as mais de quinhentas e cinquenta fracções rústicas que se distribuem pelo conjunto dos casais da capela de D. Branca de Vilhena, atestando a sua importância e implantação regional.

5. Composição das rendas e formas rentistas 5.1. Considerações introdutórias No sentido de prosseguirmos com a explanação e conhecimento dos rendimentos adstritos à capela, procedemos à elaboração de alguns quadros que correspondem a outros tantos momentos da nossa análise. Nestes apresentamos em síntese os principais indicadores e a distribuição dos respectivos benefícios por unidade de casal ou, se assim for o caso, título patrimonial. O núcleo duro do património da capela é constituído pelo domínio rústico a que se junta, conforme vimos, um conjunto de prédios e abrigos sem que se estabeleça ao nível dos foros uma distinção dos quantitativos a pagar pelo domínio rústico e urbano. Ou seja, o pagamento incide sobre a totalidade do património de cada um dos casais ou títulos contratuais. A discrepância entre os foros pagos, quer em géneros, quer em dinheiro, é uma das características salientes da análise a que procedemos dos réditos da capela. O exame das rendas(153) indicia, de algum modo, a lógica de segmentação distributiva dos foros nos finais da Idade Média. Tomaremos como base os valores totais e globais expressos em moeda e a qualidade dos foros pagos em géneros, numa tentativa de prover à comparação com a superfície total das unidades de casal.

5.2. Formas de pagamento As modalidades de pagamento da renda ou foros devidos pelos enfiteutas são o objecto principal de análise neste ponto. Uma maioria dos contratos estabelecidos com os emprazadores das propriedades da capela estipula o pagamento de foros preferencialmente em moeda(154), constituindo um grupo menor o daqueles que 153 A renda ou foro é uma parcela do produto que cabe ao titular dos bens que intervém na actividade económica (Armando de Castro – “Renda”, in Dicionário de História de Portugal, (dir. Joel Serrão) vol. V, Porto: Livraria Figueirinhas, pp. 282-285). 154 Dos quarenta e oito títulos de propriedade rústica arrolados no tombo, apenas um não estipula o montante das rendas a pagar, quer em numerário, quer em géneros. Trata-se de uma parcela sem de-

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paga exclusivamente em espécie, bem como do grupo dos que pagam em forma natural e monetária. O quadro seguinte sintetiza a recolha e a análise crítica dos dados que são um indicador iniludível acerca da representatividade de cada um dos modos de pagamento exigidos aos foreiros no acto da realização dos contratos de aforamento. Nº de enfiteutas3 que paga foros em moeda

Nº de enfiteutas que paga foros em espécie

Nº de enfiteutas que paga foros em moeda e espécie

31 (67,39%)

8 (17,39 %)

7 (15,21%)

Quadro VII. Distribuição dos tipos de foros pagos

Uma alargada maioria dos enfiteutas paga foros em moeda (67,39 %). O número dos que pagam em espécie (17,39 %) e dos que assumem o encargo de pagamento dos direitos mistos (em espécie e em moeda) (15,21 %) é muito aproximado. É de frisar que no seu conjunto estes dois grupos equivaliam a menos de metade (32,6 %) do total dos enfiteutas que pagam rendas exclusivamente em moeda. O quadro evolutivo das alterações no que toca à proporção do peso das rendas em prestações em géneros e em moeda está por fazer para a Idade Média Final portuguesa. Mas tudo aponta para que a partir de meados do século XIII as rendas em numerário suplantem as de espécie, nas propriedades régias e/ou senhoriais(155). Segundo estudos recentes, as rendas em numerário ocupam, em tempos finais da Idade Média, um peso tendencialmente maior, podendo o facto estar também relacionado com as sucessivas desvalorizações monetárias(156). Para aferirmos a expressão quantitativa das rendas teremos em conta o total dos foros em moeda e géneros pagos à capela e a área de superfície de cada unidade. A diversidade das modalidades de pagamento impede-nos de estabelecer com rigor uma media padrão que relacione a superfície total com o volume das rendas devidas. De um modo geral, os casais ou unidades de propriedade, com maior superfície rústica são aqueles sobre os quais impendem os mais pesados ónus. Sirvam de exemplo, os casais de So Paço e da Fraga, situados na freguesia de Tresouras, que são os que mais elevada renda pagam sob a forma monetária (430 reais/ano). Apesignação em Vila Jusã, aforada a Álvaro Anes da Portela em três vidas, ele consta como a primeira vida (cfr. Tombo da das propriedades da capela de D. Branca de Vilhena, fl. 62v. e Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros (1499). 155 Vitorino Magalhães Godinho – “Finanças Públicas e Estrutura do Estado”, in Dicionário de História de Portugal, (dir. Joel Serrão), vol. III, Porto: Livraria Figueirinhas, 1985, pp. 20-40. 156 “Os preços”, in Portugal na crise dos séculos XIV e XV = Nova História de Portugal, vol. IV, coord. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques, Lisboa: Presença, 1987, pp. 216-219. Ver também Maria Helena da Cruz Coelho – Baixo (O) Mondego nos finais da Idade Média (Estudo de História Rural), vol. I, Coimbra, 1983, p. 428 ss.; A. H. de Oliveira Marques – Introdução à História da Agricultura em Portugal: A questão cerealífera durante a Idade Média, Lisboa: Edições cosmos, 1962.

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sar disso, vários aspectos de natureza económica os distinguem. So Paço dispõe de uma área rústica e urbana, a primeira anda à volta de 16,16 ha e a área urbana de 231,71 m2. O casal da Fraga, também situado em Tresouras, só dispõe de área agrária de 16,54 ha. Para além do mais, o casal de So Paço tem que satisfazer um conjunto de encargos que lhe foram impostos em géneros, nomeadamente o pagamento de 4 alqueires de trigo e outro tanto em milho, 8 almudes de vinho e 2 alqueires(157) de azeite. Provavelmente o regime contributivo mais pesado está relacionado com a presença de alguns bens imóveis urbanos. Existem no entanto algumas excepções a este princípio atestadas pelo Outeiro em Furacasas(158), freguesia de Gestaço, e o casal da Quinta dos Loivos do Monte(159), naquela mesma freguesia. O primeiro detém uma área urbana (3853,63 m2) bastante superior ao mencionado para o segundo (60,5 m2)(160), mas uma superfície rústica aproximada se bem que ligeiramente inferior. Em termos de renda, o contraste é evidente, ao primeiro compete o pagamento de 400 reais/ano e uma marrã(161), ao segundo uma quantia de 270 reais/ano. O património urbano parece ter induzido o detentor do domínio directo da propriedade a agravar o foro do primeiro. Outro caso dissemelhante reporta-se ao casal do Azebeiro, situado na mesma freguesia de Gestaço, no concelho de Baião, que detém uma superfície rústica de 17,11 ha e urbana de 215,12 m2, sendo obrigado ao pagamento de 401 reais/ano, uma marrã e uma galinha. Valores que o distinguem do casal do Outeiro em Furacasas, mas que em termos de renda anual devida os aproxima. Poderíamos dar continuidade à nossa exposição com exemplos que atestam o contraste entre os foros pagos por cada um dos casais, não obstante, em termos gerais, termos constatado que os casais que dispõem de uma área de superfície rústica e/ ou urbana superior sejam também os que pagam as mais elevadas contribuições(162). O pagamento de lutuosa é um dos cânones a satisfazer por pelo menos doze dos caseiros (25%). O direito de lutuosa é das mais antigas obrigações devidas “ao 157 As unidades de pesos e medidas vão variando ao longo da Idade Média e consoante a região do país. D. Pedro I (1357-1367) procedeu a uma actualização do alqueire, fazendo-o corresponder a 9,825 litros. No entanto, com a reforma de D. Manuel I (1495-1521) o alqueire legal passou a corresponder a 13,1 litros. Sobre o assunto pode ver-se um estudo de síntese de Luís Seabra Lopes – “Sistemas Legais de Medidas de Peso e Capacidade, do Condado Portucalense ao Século XVI”, Portugalia, Nova Série, vol. XXIV, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2003, pp. 113-164. 158 A área rústica corresponde a cerca de 14,85 ha. 159 A área rústica corresponde a cerca de 15,53 ha. 160 Porém o casal da Quinta dos Loivos do Monte compreende de sete casas cobertas de que não dispomos de medida alguma, por conseguinte o valor relativo aos bens urbanos peca por defeito. Dada a exiguidade dos bens urbanos entendemos não haver vantagem na conversão da área de superfície de metros quadrados para hectares, o mesmo não acontece com a superfície rústica. 161 O significado é de «carne de porco». Cfr. José Marques – “ Em torno do termo marrã”, Separata da Revista da Faculdade de Letras, II série, vol. XIII, Porto, 1996, pp. 249-257. 162 Cfr., em anexo, Quadro III – Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros (1499), p. 99.

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rei, aos donatários ou aos prelados por morte (...) dos vassalos, dos rendeiros ou dos abades”(163), sendo frequente constar dos contratos de enfiteuse realizados por mais do que uma vida. Trata-se de um direito devido por óbito do enfiteura. Por conseguinte, o detentor do domínio directo ou senhorio recebia de lutuosa uma importância igual à renda anual e normalmente na mesma espécie(164). Olhemos agora para o peso dos diferentes tipos de contribuições em géneros. Para isso procedemos à elaboração de um gráfico que representa os valores totais de cada uma das espécies de cereal que constituem parte das obrigações anuais em dívida ao provedor da capela. 90

84

80

67

70 60 50 40 30

23

20 10 0

CENTEIO

MILHO

CENTEIO

Gráfico II. Total das rendas pagas em cereal (alqueires)

O centeio representa o valor mais elevado (84 alqueires) no total das contribuições logo seguido pelo milho representando um total de 67 alqueires. O trigo afigura-se como o valor mais baixo no total das rendas (23 alqueires), cerca de um terço do valor representado pelo centeio. Não há registo do pagamento de foros em cevada, cereal que estaria verosimilmente ausente como espécie cultivável nas terras e propriedades da capela. O vinho e o azeite são outros produtos agrícolas que constam como foro muito embora o seu peso no conjunto seja significativamente menor, em termos comparativos. Para o vinho temos registo do pagamento de cinco alqueires pelo casal de Baianquas (Baiões), o casal da Quinta de Parada com Padre Avelino de Jesus da Costa – “Lutuosa”, in Dicionário de História de Portugal (dir. Joel Serrão), vol. IV, Porto: Livraria Figueirinhas, 1985, p. 86 e Dicionário da Língua Portuguesa (ed. António Morais e Silva), vol. 6, p. 330). 164 Sousa Viterbo – “Loitosa”, in Elucidário das palavras..., t. II, p. 369. 163

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uma renda de dois almudes de vinho mole e o casal de So Paço, cujo foro em vinho equivalia a oito almudes. A presença de azeite nas rendas é ainda menor, apenas o casal de So Paço, em Tresouras, paga de foro dois alqueires de azeite. Galinhas, ovos e espáduas de porco fazem igualmente parte dos tributos devidos, muito embora com uma presença rara. Em alguns dos casos em análise a liquidação dos foros devidos pelo enfiteuta é fragmentada por várias épocas do ano (Natal, Páscoa, S. João, S. Miguel e/ou S. Martinho), dando a entender que esta seria uma forma de contornar o volume de encargos diluindo-o no tempo e ajustar a data de pagamento segundo a data do benefício. Regra geral o pagamento dos tributos em géneros decorre por S. Miguel e a liquidação das rendas em moeda está distribuída por duas ou mais épocas do ano (Natal e S. João(165) ou Natal, Páscoa e S. João(166)). Para além das quantias referidas são igualmente devidos à capela tributos pagos por alturas do S. João, designadas de sanjoaneiras(167), entregues ao senhorio da Quinta de Parada referente à honra da Teixeira(168). Em síntese, os quarenta e oito títulos patrimoniais, situados em freguesias predominantemente rurais e compostos por pequenas fracções de terra agrícola, ficaram obrigados ao sustento das rendas necessárias para provimento dos ofícios divinos da capela instituída como morgado. Verificámos por conseguinte que a análise quantitativa e qualitativa das rendas é uma expressiva forma de proceder à avaliação dos factores de exploração económica locais permitindo delinear alguns dos traços da história rural dos espaços regionais envolvidos.

5.3. Os caseiros O universo humano adstrito às propriedades da capela é a todos os títulos um importante factor sócio-profissional a analisar. É certo que para uma maioria dos casais conhecemos apenas o nome e o sexo do enfiteuta, sem que se saiba a sua proveniência ou a sua actividade profissional. De entre o conjunto de caseiros uma maioria é do sexo masculino, quarenta e quatro (91,66 % do total), sendo apenas quatro mulheres (8,33 % do total). A fonte raramente menciona a respectiva actividade profissional. No entanto, dos casos manifestos, a maioria desempenhava a função de agricultor, havendo Sirva de exemplo o casal de Parada, na freguesia de Ovil, em Baião (AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 57v.). 166 Sirva de exemplo o casal da Portela (Anquião), na freguesia de Gestaço, em Baião (AMP, Tombo da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 51). 167 Cfr. por todos Dicionário da Língua Portuguesa, (ed. António Morais e Silva), vol. 9, p. 888. 168 Cfr., em anexo, o Quadro VIII – Sanjoaneiras devidas à capela de D. Branca de Vilhena (1499), p. 111. 165

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apenas um barbeiro. Do mesmo modo, socialmente parece-nos relevante observar que são muito raros os foreiros qualificados de escudeiros (dois) ou de homens bons (um). Por seu lado, os casos de homonímia são para todos os efeitos importantes de analisar, já que poderão atestar a posse de exploração sob o mesmo enfiteuta de vários bens rústicos. Se há casos em que temos fortes indícios de que se trata do mesmo indivíduo, noutros não dispomos de informação suficiente que ateste a respectiva identidade. Um bom exemplo do primeiro é o de Lopo Afonso, lavrador, morador em Parada, que detém sob o sua exploração o casal de Cimo de Vila, a quebrada de Vale de Parada e o casal de Fundo de Vila, na freguesia de Tresouras, no concelho de Baião. A sequência de exposição e arrolamento dos títulos de propriedade presentes no tombo, a proximidade geográfica e o aglomerar num item do total de foros a pagar pelos três títulos constituem fortes indícios de que Lopo Afonso detinha o domínio útil daqueles bens, para além da letra do tombo não nos deixar dúvidas ao pronunciar: “Estes dous casaaes com esta quebrada traz Lopo Afonso lavrador morador em Parada e paga dellas em cada huum anno aa capella seiscentos reaes – VI reaes”(169). O melhor exemplo do segundo é o de um tal João Gonçalves, enfiteuta do casal de Baiões, em Gestaço, e de um homónimo que detém o casal da Portela (Anquião), em Gestaço, mas que pensámos não se tratar do mesmo dada a localização e distância entre os bens, para além da falta de alusão à posse da exploração dos dois casais mencionados. Em virtude do carácter da fonte, que procura especificamente arrolar as propriedades aforadas que garantem os sufrágios religiosos da capela, informando mais pela necessidade de evidência do enfiteuta responsável pela utilização agrícola dos bens do que pela determinação do respectivo perfil social, a escassez de dados que proporcionem o enquadramento social e familiar dos emprazadores é naturalmente compreensível. A distinção social dos caseiros não constitui o fim último do levantamento patrimonial e territorial efectuado em 1499.

Cfr. AMP, Tombo das propriedades da capela de D. Branca de Vilhena, 1499, fl. 14.

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Conclusão Quando iniciámos o estudo dos bens fundiários e urbanos adstritos à capela de D. Branca de Vilhena mandada edificar no Convento de S. Domingos de Guimarães (1438) e proporcionada pela leitura e análise do tombo de propriedades datado de 1499, pensávamos que o nosso trabalho se circunscreveria a uma incisiva e aprofundada abordagem do ponto de vista sócio-económico do registo citado. Porém, à medida que fomos conhecendo e interiorizando a estrutura lógica de apresentação da fonte e investigando uns poucos dados sobre a instituidora da capela, aumentou a nossa curiosidade e necessidade em identificar, estabelecer e interpretar o fundamento da origem e localização dos bens rústicos. Para dar resposta a esta questão tínhamos necessidade de conhecer a procedência social e familiar, inspirada que fomos pelo testamento felizmente trasladado no final do livro de registo da propriedade. Assim, vimo-nos impelida a reconstituir a rede familiar da “criadora”, que segundo pensamos, forneceria a explicação da localização e razão dos benefícios doados no acto de instituição. Para tal fomos ajustando o foco inicial de abordagem alargando-o de forma a apreender globalmente o modelo de constituição do instituto vincular. Para tal vasculhámos o Arquivo Municipais de Guimarães (Alfredo Pimenta – AMAP) no sentido de averiguar a existência do documento original de instituição da capela. Infelizmente as nossas esperanças saíram goradas. O que dispomos radica na análise das disposições testamentárias, que nos dão indicações de que a fundação do instituto vincular terá ocorrido pouco depois da morte do segundo marido de D. Branca de Vilhena, Fernão Vasques da Cunha, falecido em Tânger (1437); circunstância que terá proporcionado a celebração de uma declaração derrogatória das anteriores disposições no testamento que encerra a última das vontades daquela nobre senhora. Não obstante a composição do testamento se dissolver numa série de fórmulas tabeliónicas de uso corrente na época e de fácil identificação, é inegável que da expressão discursiva se vislumbram os autênticos desígnios de D. Branca de Vilhena. A doação por alma e a designação de um testamentário segundo a sua mais profunda inclinação constituem a real motivação para a execução do acto. É um documento que fala quer pela sugestão, quer pelos dados que textualmente nos lega. Por seu lado, o documento em estudo proporciona-nos o panorama da gestão patrimonial, a cargo de Rui Teles, administrador dos bens rústicos e urbanos da capela de D. Branca de Vilhena no ano de 1499, bem como da respectiva distribuição humana (caseiros) e contribuições devidas por unidade de casal. Conforme tivemos oportunidade de salientar, o registo cadastral de todas as parcelas rústicas ou urbanas por casal permitiu-nos proceder ao desenho do conjunto de bens patrimoniais da capela. O inventário pormenorizado é valioso em informações de carácter económico-social, fornecendo indicadores sobre o modo de gestão e aproveitamento das distintas unidades integrantes de cada um dos casais.

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O património adstrito à capela de D. Branca de Vilhena situa-se no meio rural, relativamente afastado dos principais núcleos urbanos e sedes concelhias, mormente Baião, Mesão Frio e Resende, onde predomina a pequena e média propriedade de exploração familiar. Cada casal aforado a colonos dispunha de um conjunto de glebas dispersas que, de algum modo, induziam a um povoamento igualmente disperso. A grande maioria dos casais está dividida em duas áreas distintas, contudo complementares: a área rústica e a área urbana. Poucos são os casais que não dispõem de área urbana, ainda que esta seja constituída essencialmente por adegas, pardieiros, cortes, cozinhas e lagares (cobertos ou não), que remetem para um tipo de urbanização característico de zonas predominantemente rurais. Estas são construções de apoio às actividades desenvolvidas no campo. O pagamento dos foros é efectuado por unidade de casal e, consequentemente, não está estabelecido qualquer compromisso específico das rendas pagas pelos bens urbanos, sejam casas ou exidos. Do estudo a que procedemos da propriedade e das actividades de aproveitamento e cultivo dos campos ressalta um património territorial bastante talhado, numa composição de campos, leiras, montes, soutos e vinhas, ilustrando uma manta de retalhos capaz de incorporar terrenos com diversas qualidades e características geográficas de forma a garantir o essencial do sustento da vida do casal. Uma paisagem estruturada em sulcos de pequena e média dimensão que mergulham nas margens do Douro.

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Fontes 1. Fontes Manuscritas Arquivo Municipal Alfredo Pimenta Guimarães – Cartório do Convento de S. Domingos. Arquivo Municipal de Penafiel - Particulares, Casa de D. Branca de Vilhena, 18.

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2. Instrumentos de trabalho Carta Militar de Portugal, Baião (folha 125); Cinfães (folha 136); Lamego (folha 137) e Peso da Régua (folha 126), Lisboa: Instituto Geográfico do Exército. Escala 1:25 000. Site: www.igeoe.pt/ Costa, Avelino de Jesus da - Normas Gerais de Transcrição e Publicação de Documentos e Textos Medievais e Modernos, 3ª edição, Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra/ Instituto de Paleografia e Diplomática, 1993. Dicionário de História de Portugal, 6 vols., (dir.Joel Serrão), Porto: Livraria Figueirinhas, 1985. Dicionário de Língua Portuguesa (ed. António Morais e Silva), 10ª ed., Lisboa: Editorial Confluência, [1968]. Diccionario postal e chorographico do Reino de Portugal comprehendendo a divisão administrativa, judicial e ecclesiastica do Continente do Reino e dos archipelagos dos Açores e Madeira, coord. de João Baptista da Silva Lopes, Lisboa: Imprensa Nacional, 1891-1894. Ferreira, Amorim Girão Alves et al. – “O mais Antigo Mapa de Portugal”, Boletim do Centro de Estudos Geográficos, Coimbra: Faculdade de Letras / IAC, vol. II, nºs 12-13 (1956), pp. 1-66 e nºs 14-15 (1957), pp. 10-43. Leal, Augusto Soares d’ Azevedo Barbosa de Pinho e Ferreira, Pedro Augusto — Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira, 1873-1890. Médiéviste (Le) devant ses sources. Questions et méthodes, (dir. Carozzi, C. e Taviani-Carozzi, H.), Provence: Publications de l’Université de Provence, 2004. Saly, Pierre et al. – Le commentaire de documents en Histoire, Paris  : Armand Colin, 2005. Viterbo, Fr. Joaquim de Santa Rosa de Sousa – Elucidário das palavras, termos e frases que em Portugal antigamente se usaram e que hoje regularmente se ignoram, vol. A e vol. B-Z, Porto-Lisboa: Liv. Civilização, s/data.

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Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

3. Bibliografia Alves, José Maria Gomes – Património artístico e cultural de Guimarães, I-II, Guimarães, 1984. Azevedo, Padre Torquato Peixoto de – Memorias resuscitadas da Antiga Guimarães [1ª ed. 1962], 2ª ed., Porto: Gráfica Vimaranense, 2000. Barros, Henrique da Gama – Historia da Administração Publica em Portugal nos séculos XII a XV, 2ª edição, vol. III, Lisboa: Imprensa Nacional, 1885-1934. Barros, Henrique da Gama – “Situação Económica do País”, História da Administração Pública, (1ª ed. 1885), L. III, vol. VII, pp. 221-307. Bastos, Maria do Rosário da Costa – Santa Maria de Oliveira. Um domínio monástico do Entre Douro e Minho em Finais da Idade Média, Famalicão: Câmara Municipal de Famalicão, 1996. Beirante, Maria Ângela - “As «heranças das almas» na diocese de Évora no início do século XVI”, sep. de Estudos de História de Portugal, vol. I: séculos X-XV. Homenagem a A. H. de Oliveira Marques, Lisboa: Estampa, 1982, pp. 105-117. Beirante, Maria Ângela – “Para a história da morte em Portugal (séculos XII-XIV)”, sep. de Estudos de História de Portugal, vol. I: séculos X-XV. Homenagem a A H. de Oliveira Marques, Lisboa: Estampa, 1982, pp. 359-383. Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Lisboa, nº 108, 1962. Brito, Raquel Soeiro de – “Introdução geográfica (Portugal Continental)”, in História de Portugal (dir. José Mattoso), vol. I, Lisboa: Círculo de Leitores, 1992, pp. 21-66. Caldas, António José Ferreira – Guimarães: apontamentos para a sua história, Guimarães: Câmara Municipal de Guimarães / Sociedade Martins Sarmento, 1996. Calvão, Filipe, e Costa, Teresa, “Fundação de capelas na Lisboa quatrocentista: da morte à vida eterna”, Lusitania Sacra, 2ª s., t. XIII-XIV (20012002), pp. 337-368. Castro, Armando – “Morgado”, in Dicionário de História de Portugal, dir. Joel Serrão, vol. IV, Porto: Livraria Figueirinhas, 1981, pp. 345-348. Coelho, Fátima – “O Instituto vincular, sua decadência e morte: questões várias”, O Século XIX em Portugal, dir. Jaime Reis et al., Lisboa : Presença, 1979, pp. 111-131. Coelho, Fátima – “Vínculos”, Dicionário de História de Portugal Ilustrado, dir. José H. Saraiva, vol. 2, Lisboa: Alfa, 1985, pp. 338-339.

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Coelho, Maria Helena da Cruz – O Baixo Mondego nos finais da Idade Média, vols. I e II, Coimbra, 1983. (2ª edição, Lisboa: incm, 1989). Coelho, Maria Helena da Cruz – Homens, Espaços e Poderes, Séculos XIXVI, vols. I-II, Lisboa: Livros Horizonte, 1990. Craesbeeck, Francisco Xavier da Serra - Memórias ressuscitadas da Província de Entre Douro e Minho 1726, 2 vols., Ponte de Lima: Ed. Carvalhos de Basto, 1992. Ferreira, Maria da Conceição Falcão – Uma rua de elite na Guimarães Medieval (1376-1520), Guimarães: Câmara Municipal de Guimarães, 1989. Ferro, Maria José – Pobreza e morte em Portugal na Idade Média, Lisboa: Editorial Presença, 1989. Freire, Anselmo Braamcamp – Brasões da Sala de Sintra, Ls. I-III, Lisboa: INCM, 1996. Freitas, Judite A. Gonçalves de - «Teemos por bem e mandamos». A Burocracia Régia e os seus oficiais em meados de Quatrocentos (1439-1460), 2 vols., Cascais: Patrimonia, 2001. Freitas, Judite A. Gonçalves de – A Burocracia do «Eloquente» (1433-1438). Os textos, as normas, as gentes, Cascais: Patrimonia, 1996. Gayo, Felgueiras - Nobiliário de famílias de Portugal, Lisboa: ed. Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Aranja Affonso, 1938. GODINHO, Vitorino Magalhães - "Finanças Públicas e Estrutura do Estado", in Dicionário de História de Portugal, (dir. Joel Serrão), vol. III, Porto: Figueirinhas, 1985, pp. 20-40 Gonçalves, Iria – O Temporal do Mosteiro de Alcobaça, dissertação de doutoramento, vols. I-II, Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 1984. Gonçalves, Iria – “Da estrutura do casal nos finais da Idade Média”, in História e Crítica, nº 7, Março, Lisboa, 1981, pp. 60-72. Gonçalves, Isabel Cristina - As capelas em Braga na Baixa Idade Média, dissertação de mestrado, policop., Braga: Universidade do Minho, 2001. Igreja de S. Domingos de Guimarães, Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, [Lisboa]: Ministério das Obras Públicas, nº 108, Junho de 1962. Le Goff, Jacques – A Bolsa e a Vida. Economia e Religião na Idade Média, Lisboa: Teorema, 1986. Lemaitre, Jean-Loup – “Nécrologes et obituaires  : une source privilégiée pour l’histoire des intuitions ecclésiastiques et de la société au Moyen Age, in Le Médiéviste devant ses sources. Questions et méthodes (dir. C. Carozzi e H. Taviani-Carozzi), Provence: Presses de l’Université de Provence, 2004, pp. 25-40.

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Lobo, A. de Sousa Silva Costa – História da Sociedade em Portugal no século XV, prefácio de José Mattoso, Lisboa: Edições Rolim, 1984 (1ª edição é de 1903). Lopes, Luís Seabra - “ Medidas Portuguesas de Capacidade. Do Alqueire de Coimbra de 1111 ao Sistema de Medidas de Dom Manuel”, Revista Portuguesa de História, vol. 32, 1997-1998, pp. 543-583. Lopes, Luís Seabra - “Medidas Portuguesas de Capacidade: Origem e Difusão dos Alqueires usados até ao Século XIX”, Revista Portuguesa de História, vol. 36 (2), 2003, pp. 345-360. Lopes, Luís Seabra – “Sistemas legais de medidas de peso e capacidade, do Condado Portucalense ao Século XVI”, Portugalia, Nova Série, XXIV, Faculdade de Letras, Porto, 2003, pp. 113-164. Marques, A. H. de Oliveira – “Centeio”, in Dicionário de História de Portugal, vol. II, Porto: Livraria Figueirinhas, 1985, pp. 38-39. Marques, A. H. de Oliveira – “Dominial, sistema de economia”, in Dicionário de História de Portugal, (dir. Joel Serrão), vol. I, Porto: Livraria Figueirinhas, 1985, pp. 333-334. Marques, A. H. de Oliveira – “Os preços”, in Portugal na crise dos séculos XIV e XV = Nova História de Portugal, vol. IV, coord. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques, Lisboa: Presença, 1987, pp. 216-219. Marques, A. H. de Oliveira – Introdução à Historia da Agricultura em Portugal: A questão cerealífera durante a Idade Média, 3.ª ed., Lisboa: Edições Cosmos, 1978. Marques, A. H. de Oliveira - Nova História de Portugal (dir. Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques), vol. IV – Portugal na crise dos séculos XIV e XV, Lisboa: Presença, 1987. Marques, A. H. de Oliveira – A Sociedade Medieval Portuguesa. Aspectos de vida quotidiana, 5ª ed., Lisboa: Sá da Costa, 1987. Marques, A. H. de Oliveira - “Para a História do Concelho de Cascais na Idade Média – I”, Novos Ensaios de História Medieval de Portugal, Lisboa, 1988, pp. 113-4. Marques, José – A Arquidiocese de Braga no século XV, Lisboa: incm, 1988. Marques, José – “A confraria de S. Domingos de Guimarães”, sep. da Revista da Faculdade de Letras, História, série II, vol. I, Porto, 1984, pp. 57-95. Marques, José – “Em torno do termo marrã”, sep. da Revista da Faculdade de Letras, História, II série; vol. XIII, Porto, 1996, pp. 249-257. Marques, José – “Património e rendas da Colegiada de Guimarães em 1442”, Actas do Congresso Histórico de Guimarães e sua Colegiada, vol. II, Guimarães, 1981, pp. 213-237.

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

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Mattoso, José – Identificação de um País. Ensaio sobre as origens de Portugal 1096-1325, vol. I, Oposição, Lisboa: Círculo de Leitores, 2000 (1ª edição é de 1985). Mattoso, José – “A nobreza e a Revolução de 1383”, in Fragmentos de uma composição medieval e outros textos. José MATTOSO. Obras Completas, vol. 6, Mem Martins: Círculo de Leitores, 2001, pp. 218-231. Mattoso, José, “O poder e a morte”, Anuario de Estudios Medievales, 25 (1995), pp. 395-427. Mattoso, José (dir.) – O Reino dos Mortos na Idade Média Peninsular, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1996. Mattoso, José - “1383-1385 e a crise geral dos séculos XIV-XV”, Jornadas de História Medieval. Actas, Lisboa, 1985, pp. 391-402. MERÊA, Paulo - "Sobre as origens da terça", Estudos do Direito Hispânico Medieval, T. II, Coimbra, 1953, pp. 65-66. Miguéns, Maria Isabel N. – O Tombo do Hospital e Gafaria do Santo Espírito em Sintra, Cascais: Patrimonia, 1997. Moreno, Humberto Carlos Baquero – A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e significado Histórico, vol. II, Lourenço Marques, 1973. Nogueira, Bernardo Sá – Lourenço Eanes, tabelião de Lisboa, Dissertação de Mestrado, policop., Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1988. Oliveira, Luís Filipe – A Casa dos Coutinhos. Linhagem, espaço e poder (1360-1452), Cascais: Patrimonia, 1999. Oliveira, Luís Filipe – “As Residências dos Coutinhos na região de Lamego (sécs. XIV – XV)”, Actas das V Jornadas Arqueológicas da Associação de Arqueologia Portuguesa (20, 21, 22 de Maio 1993), 2º vol., Lisboa, 1994, pp. 299-308. Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, vol. I, Lisboa: ippar, 1993. Ribeiro, Fernanda – O acesso à Informação nos Arquivos, 2 vols., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian / FCT, 2003. Ribeiro, Orlando - “Agricultura”, in Dicionário de História de Portugal (dir. Joel Serrão), vol. I, Porto: Livraria Figueirinhas, 1985, pp. 60-67. Ribeiro, Orlando – Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Esboço de relações geográficas, 3ª ed., Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1967. Rosa, Maria de Lurdes – «As almas herdeiras». Fundação de capelas fúnebres e afirmação da alma como sujeito de direito (Portugal, 1400-1521), Dissertação de doutoramento, policop., Lisboa: École des Hautes Études en Sciences Sociales / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2005.

62

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Rosa, Maria de Lurdes – O Morgadio em Portugal. Sécs. XIV-XV, Lisboa: Editorial Estampa, 1995. Sá, Aires de – Frei Gonçalo Velho, vol. II, Lisboa, 1900. Sampaio, Alberto – “As Vilas do Norte de Portugal”, in Estudos Históricos e Económicos, vol. I, Porto: Liv. Chardron, 1923, pp. 3-255. Santos, Albertina, Capelas e aniversários do mosteiro de S. Domingos do Porto no século XV, Dissertação de Mestrado, policop., Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 1995. Saramago, Alfredo – Fé e grandeza. A boa vida de uma casa monástica. Para uma História do Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Beja, Lisboa: Assírio & Alvim, 2005. Schmitt, Jean-Claude – Le Corps, les rites, les rêves, le temps. Essais d’anthropologie médiévale, Paris : Gallimard, 2001. Seminário sobre Arquivos de Família e Pessoais. Vila real: Grupo de Trabalho para os Arquivos de Família e Pessoais da BAD, 1997. Silva, Maria Manuela Santos - “Contribuição para o estudo das oligarquias urbanas medievais: a instituição de capelas funerárias em Óbidos na Baixa Idade Média”, in A região de Óbidos na época medieval: estudos, Caldas da Rainha, 1994, pp. 155-169. Silva, Hilário Oliveira da – Capelas, cruzeiros e clamores no arciprestado de Guimarães e Vizela, Guimarães: s/ed., 2004. Silva, Rebelo – Memória sobre a População e a Agricultura em Portugal, Lisboa, 1868. Sousa, Frei Luís - História de S. Domingos, vol. I, Porto: Lello & Irmão, 1977. Sousa, Ivo Carneiro de Sousa - “Legados pios do convento de S. Francisco do Porto: as fundações de missas nos séculox XV e XVI”, Boletim do Arquivo Distrital do Porto, I (1982), pp. 59-119. Tavares, Maria José Pimenta Ferro – “A Nobreza no reinado de D. Fernando”, Revista de História Económica e Social, nº 12, Lisboa: Sá da Costa, 1983, pp. 45-89. Tavares, Maria José Pimenta Ferro – Pobreza e morte em Portugal na Idade Média, Lisboa: Presença, 1989. Vilar, Hermínia Vasconcelos – “Rituais da morte em testamentos dos séculos XIV e XV (Coimbra e Santarém)”, in O Reino dos Mortos na Idade Média Peninsular, (dir. de José Mattoso), Lisboa: Sá da Costa, 1996, pp. 165-176. Vilar, Hermínia Vasconcelos – A Vivência da Morte na Estremadura Portuguesa (1300-1500), Dissertação de Mestrado, policop., Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 1990.

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

63

Anexos

= Fernão Teles de menezes

=

rui de Sousa

(4º senhor de vagos, administrador da capela de D. Branca de Vilhena)

Aires Teles

(3º senhor de vagos)

D. Maria de Vilhena

D. Branca de Vilhena

(alcaide de Olivença, guarda-mor)

D. Beatriz da silva

=

Martim Afonso de Melo II

Diogo Soares de Albergaria

(bispo de Silves, arcebispo de Braga)

d. João de Melo

(MARECHAL DO REINO, SENHOR DE BASTO)

= FERNÃO COUTINHO

=

rui Teles de menezes

d. Pedro de Sousa

Manuel de Melo

(Senhor de CELORICO DE BASTO, MONTE LONGO, TERRA DA MAIA; † TÂNGER, 1437)

FERNÃO VASQUEZ DA CUNHA

d. MARIA DA CUNHA

Rodrigo Afonso de Melo

=2º

=

(† 1473)

(Tânger, † 1437)

D. Branca de Vilhena

d. margarida de Vilhena

=1º

(† 1485)

d. Beatriz de Vilhena

João Rodrigues Coutinho

(Senhor de Ferreira das Aves carapito, Vila maior)

Rui Vasques Coutinho

D. Beatriz de Sousa

=

(conde de seia)

D. Henrique Manuel de Vilhena

Anexo I. Os Vilhena, os Melo e os Teles de Menezes

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

67

Mapa 1. Domínio patrimonial da Capela de D. Branca de Vilhena Localização e identificação dos Casais (1499)

68

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Mapa 2. Bens patrimoniais da Capela de D. Branca Vilhena Área rústica e urbana dos casais (1499)

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

69

Mapa 3. Foros da Capela de D. Branca de Vilhena Moeda e géneros (1499)

70

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Mapa 4. Propriedades da Capela de D. Branca de Vilhena Campos segundo a dimensões da propriedade (1499)

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

71

Mapa 5. Superfície rústica dos Casais de D. Branca de Vilhena Souto, Vinha, Montes e outros usos agro-florestais (1499)

72

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tresouras

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De Trás a Quinta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gonçalo Anes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

de Campelo

 

 

 

 

 

 

1 palheiro

1 cortelho

1 corte de gado

1 celeiro colmaço

1 cozinha colmaça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 casa colmaça

1 pedaço de monte

1 leira em Santiago

1 leira no Lousal

1 leira na Costa da Corredoura

1 leira no Chão da Cerdeira

1 leira no Chão da Cerdeira

1 leira na Aldeia de Parada

1 souto na Regadinha

1 leira no Curtinhal

1 leira no campo do pomar

1 rossio (latada e uveiras)

 

TOTAIS

1 leira designada de Cheirras

1 leira sobre o Novoedo

1 terço de monte Figueire Alvare

1 montado de São Silvestre

1 campo lavrado

1 leira de Monte

1 vinha designada Santiago

1 leira

1 campo designado o Lousal

1 campo designado Carvalhinho

1 campo designado de Santa Maria da Graça

1 regada designada do Curtinhal

1 regada designada do Curtinhal

2 campo designado a Eira

1 campo

1 casa

 

 

 

 

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas Cozinha, adega, 1 campo com uveiras casa + 3 pardieiros designado da Porta

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais Caseiros         BAIÃO Tresouras Quinta de Parada Diogo Pires, escudeiro, 133,1  

0  

10897,26  

18150  

0  

23599,84  

3025  

33880  

1306,8  

0  

0  

56265  

2831,4  

4827,68  

2213,09  

 

 

 

 

 

 

38,72

7,26

29,04

33,88

48,4

 

27225  

7986  

4477  

8053,76  

2184,05  

2032,8  

18513  

1006,72  

7114,8  

762,3  

72,6 1ª de 3 vidas

   

110,11 157929,585  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

19,36

90,75

Áreas (m2) Prazos Urbanas Rústicas   425,92 800,415 1ª de 3 vidas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

200 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

de vinho mole

Vinho - 2 almudes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

Quadro I. Propriedades da Capela de D. Branca de Vilhena (1499)

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

73

74

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

Tresouras

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tresouras

 

BAIÃO

 

 

 

 

Cimo de Vila

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

So Paço

 

 

 

 

 

Lopo Afonso, lavrador

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pedro Dias

 

 

1 pardieiro

1 cozinha

1 casa colmaça

1 celeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 pardieiros

2 cortes

1 casa colmaça e telhada

1 adega e lagar colmaço

1 alpendre colmaço

1 campo

1 leira nos Vales

1 campo

2 latadas de vinha

 

TOTAIS

1 talho de herdade com castanheiros

1 regada no Cortinhal

1 souto no Enxopral

1 leira no Rapalobos

1 leira no Vimeal

1 leira sobre o salgueiro

1 leira no Chão da Cerdeira

1 leira na Fraga do Coucieiro

1 leira no Couceiro

1 leira em Painçães

1 leira na Portela

1 leira de souto em Vales

1 leira no Souto da Pertega

1 leira no Vale da Vinha

1 leira no campo da porta

1 campo do Olival com souto

1 terra na Costa da Sobreira

1 chantado de vinha e árvores

1 rossio entre cortes

TOTAIS

1 campo na Fraga

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 pedaço de monte em Cimoraes

1 casa de cozinha

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

s/ medidas

s/ medidas

s/ medidas

48,4

 

231,71

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9,68+7,26

32,67

30,85

48,4

65,34

54,45

157,3

 

Prazos  

8518,4  

35900,7  

5771,7  

5021,5 1ª de 3 vidas

   

161626,78  

169,4  

4105,53  

3632,42  

8507,5  

41868,42  

1471,36  

0  

7597,59  

3993  

3025  

8136,46  

574,75  

13097  

10454  

0  

20346  

34485  

0  

Numerário

230 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

430 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

163,35 Não tem prazo  

121027,83  

3484,8  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   38115   Espécie

 

 

 

 

 

Azeite - 2 alqueires

Vinho mole - 8 almudes

Milho - 4 alqueires

Trigo - 4 alqueires

Paga por ano:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

75

 

 

 

 

 

 

 

 

Tresouras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aldeia de Parada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

 

 

 

Lopo Afonso, lavrador

 

 

 

 

 

 

Pedro Anes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Fundo de Vila Lopo Afonso, lavrador

 

 

Quebrada de Vale de Parada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tresouras

BAIÃO

 

 

 

Tresouras

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 pardieiro

1 corte

1 celeiro

1 casa de cozinha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 campo da Nogueira

1 campo cerrado

1 rossio

 

TOTAIS

1 leira no Outeiro da Mó

1 leira nas Encruzilhadas

1 leira na Tapada

1 leira na Castanheira

1 leira nas Fontainhas

1 leira na Fraga

1 leira nas Portelas

1 campo cerrado na Regadinha

1 leira na Aldeia de Parada

1 leira nos Vales

1 leira no Campo dos Carros

1 cerrado de vinha

1 cerrado de ramadas e uveiras

1 rossio

 

 

1 campo com 1 figueira, 1 nogueira

TOTAIS

1 leira na Fonte das Eiras

1 vinha no Tojal

1 leira na Pertega

1 leira no Coucieiro

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira em Painçães

1 cozinha com 3 cortes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

24,2

33,03

28,21

 

163,35

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

163,35

 

 

0

48,4

 

 

 

 

Prazos  

2947,56  

7865  

196,02 1ª de 2 vidas

   

123783  

7550,4  

7666,56  

4011,15  

11493,79  

29001,28  

15826,8  

12777,6  

11652,3  

13126,08  

8440,96  

735,68  

290,4  

1210  

0  

   

   

960008,6  

140275,3  

9075  

14157  

11688,6  

26716,8  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   23425,6  

 

 

 

 

às Terças

600 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

76

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

Tresouras

 

 

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tresouras

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Fraga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

 

 

de Mesão Frio

Gonçalo Pires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Lopes, barbeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TOTAIS

1 campo

1 vinha

 

TOTAIS

1 campo com árvores em Vale da Vinha

1 vinha com monte e souto em Çamoraes

1 pedaço de monte

1 cerrado com vinha e 20 castanheiros

1 campo com forno telheiro

1 campo com uveiras

1 campo com monte e moinho

1 vinha

TOTAIS

1 leira em Pertega

1 leira no caminho para Mesão Frio

1 leira e meio souto em ribeiro Castanheira

1 leira em Pedragal

1 leira em Castanheira

1 campo em Lameiros

1 campo cerrado em Bouça

1 leira em Vales

1 leira de chantoado em Bacelo

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 2 pardieiros 1 campo cerrado em Bacilinho

 

 

0

 

0

 

0

 

 

 

 

 

 

 

0

132,74

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

   

15578,75  

1361,25  

14217,5 1ª de 3 vidas

   

165485,65  

24200  

23038,4  

43197  

42009,99  

2541  

3133,9  

14907,2  

Numerário

220 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

100 reais/ano

 

 

 

 

430 reais/ano

 

 

 

 

 

 

12458,16 Não tem prazo  

93689,76  

24684  

3398,98  

1331  

9752,6  

27954  

4607,68  

6098,4  

624,36  

1084,16  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas 47,3 3146  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros Espécie

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

77

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tresouras

BAIÃO

 

Tresouras

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Baianquas (Baiões)

 

 

 

 

 

Casal de Parada

 

Fraga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Gonçalves

 

 

 

 

 

João Álvares do Pedragal

 

Diogo Borges

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 lagar com alpendre

1 casa de celeiro colmaço

3 cortes

1 casa

1 cozinha colmaça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 leira em Salgueiros

1 leira em Salgueiros

1 leira

1 leira em Vale

1 leira

1 leira na Fraga dos Curtinhais

1 leira em Candeiro

1 leira em Chão do Paço

1 ribada com árvores de uveiras

1 rossio

1 latada de vinha, com uveiras, figueiras

1 eira

TOTAIS

1 leira nas Lamas com 5 castanheiros

1 leira do Novoedo em Pertega

1 leira no Quebranceiro

1 cerrado

1 rossio e 1 latada

 

1 vinha emprazada

 

TOTAIS

 

1 campo com monte

1 lagar com alpendre

 

 

 

 

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 3 casas (cozinha + celeiro 1 vinha + corte)

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais Caseiros         BAIÃO Tresouras Fraga Martim Anes

 

 

 

 

60,5

 

0

 

60,5

 

 

 

 

 

 

 

580,8

79,86

84,7

53,67

51,56

12100

 

0

Prazos  

3368,64  

12511,4  

3398,89  

332,75  

1703,68  

4965,84  

2123,55  

1058,75  

254,1  

367,84  

3020,16  

580,8 1ª de 3 vidas

29499,195  

2613,6  

21417  

484  

4764,375  

Numerário

 

140 reais/ano

 

70 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

135 reais/ano

 

 

 

 

220,22 Não tem prazo  

   

7260 1ª de 3 vidas

   

21175  

   

21175  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas 12100 0   Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 galinha

 

 

 

Foros

78

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tralo Paço

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deladeu Gonçalves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 cozinha

1 vinha 1 campo junto às vinhas

1 leira

 

 

 

 

1 curral

1 leira sobre a tapada do casal do Paço

1 leira em Portelas

1 pedaço de devesa nos Caseirinhos

1 rossio

1 pedaço de montado de devesa

1 corte ao fundo da cozinha 1 vinha e 1 fraga

1 casa de cozinha

1 celeiro e adega colmaço

1 latada de vinha

TOTAIS

1 leira na Água Morta

1 leira na Levada

1 leira no lugar da Junta

1 leira na Jugada

1 leira na Togeira

1 leira na Lama da Várzea

1 leira no Moinho da Igreja

1 pedaço de souto

1 leira

1 leira

1 leira

1 leira designada de Nogueira

1 leira em Quartas

1 leira em Gouça

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira em Castelos

1 palheiro + 1 corte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

98,01

30,25

38,11

50,82

54,45

503,36

850,59

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1550  

8125,15  

689,7  

159,72  

1756,92  

5322,79  

3083,08  

1936  

1810,16  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3025 Não tem prazo  

96986,34  

3678,4  

2625,7  

5808  

1089  

14883  

5454,68  

3872  

1355,2  

1969,88  

4611,31  

4598  

3034,68  

459,8  

7047,04  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   2813,25   Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

geiras de 5 homens

 

Vinho - 5 alqueires

Milho - 5 alqueires

Centeio - 10 alqueires

Trigo - 5 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

79

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Azebeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Afonso

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 alpendre

1 corte por cima da eira

2 cortes

1 cozinha colmaça

1 leira no Espadanal

1 campo da Pedreira

1 talho de herdade

1 leira de souto designada de Cimo de Vila

1 cerrado de souto

1 vinha nas Figueiras

1 campo cerrado

1 cerrado de vinha e latada e uveiras

1 latada de vinha c/ adega e lagar cerrados

1 rossio

1 rossio

1 eira

TOTAIS

1 leira no Penedo do Gandeiro

1 leira da Curugeira

1 leira no Sabugueiro

1 leira em Sás

1 campo cerrado em Linhar de Sande

1 leira nas Cangas

1 leira no Bareiro

1 leira no Candeiro

1 leira no Outeiro de Marinha

1 leira no Amieiro

1 leira no Nogueiredo

1 leira com 5 pés de castanheiros

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira na tapada do casal do Paço

1 celeiro telhado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

 

 

 

49,91

24,2

60,5

30,6

49,91

775

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12441,22  

13007,5  

106,48  

169,4  

17357,45  

957,35  

3003,22  

2456,3  

2758,8  

102,85  

145,2  

387,2  

68424,885  

2117,5  

4781,92  

3526,545  

13958,56  

6987,75  

2450,25  

508,2  

0  

1391,5  

1282,6  

387,2  

2170,74  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   1403,6  

Prazos  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

180 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

80

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal do Outeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Álvaro de Castro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 pardieiro

1 corredoira

1 corte

2 pardieiros

1 corte

1 talho de herdade com 4 castanheiros

1 leira com 4 castanheiros e uveiras

1 leira designada de Souto das Lamas

1 leira com souto

1 leira de souto no Estremadoiro

1 vinha

1 vinha com souto

1 rossio

TOTAIS

1 pedaço de herdade com castanheiros

1 leira

1 leira nos Castelos

1 leira designada de Coartos

1 leira em Lodoeiro

1 leira

1 campo e souto na Vinha das Paredes

1 leira sobre o Outeiro de Prado

1 leira nas Cerdeiras

1 leira no Chão da Cerdeira

1 leira no Prado

1 leira no Moinho da Igreja

1 campo designado Prado

1 leira designada de Raposeira

1 leira

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira em Lamas de Linhares

1 cozinha colmaça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais               4174,5  

133,1  

10338,24  

6795,36  

6543,68  

2265,5  

2595,45  

3388  

7415  

3954,28  

20514,34  

1718,2  

1611,72  

12487,2  

32218,065  

 

 

60,5

33,88

36,3

0

0

0

Prazos  

798,6  

1694  

914,76  

4658,5  

896,61  

2831,4  

5929  

Numerário

401 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

0 Não tem prazo  

215,12 171110,605  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   2065   Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

1 galinha

1 marrã

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

81

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quebrada de Marnotos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Anes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 leira

1 leira em Chão do Ferreiro

1 leira em Raposeira

1 leira em Lamelas

1 leira

1 leira em Vale Covo

1 leira em Baião

1 leira em Figueiras

1 leira em Vale dos Alcaides

1 leira em Vale dos Montes

1 leira em Bacelos

1 leira em Bacilinhos

1 campo em Alcaidas

1 campo cerrado sobre si

1 leira

1 quinteiro

TOTAIS

1 leira nas Lamas

1 leira no Galveiro

1 leira no lugar designado Prado

1 leira no lugar designado Prado

1 leira no Outeiro do Prado

1 leira em Cerdeiras

1 leira designada Porcos

1 leira na Pedreira

1 herdade de souto em Souto das Paredes

1 leira em Quartos

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 regada designada da Costa

1 casa colmaça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

43,56

130,68

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

4235  

1499,19  

3264,58  

4446,75  

1645,6  

3212,55  

3057,67  

532,4  

3388  

2480,5  

609,84  

1241,46  

1761,76  

2233,66  

1195,48  

24,22 1ª de 3 vidas

86813,26  

16417,28  

10967,44  

0  

6229,08  

2238,5  

7586,7  

3034,68  

7269,07  

5353,04  

5505,5  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   4489,1  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

112 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 marrã

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

82

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

 

BAIÃO

Gestaço

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Fonte

Quebrada da Aldeia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Branca Afonso

Pedro Gonçalves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 cozinha colmaça

 

 

 

 

 

 

 

1 palheiro

2 cortes

1 celeiro colmaço

1 celeiro colmaço

1 leira no Avenal

1 leira no Avenal

1 leira designada de Redondos

1 campo cerrado em Nogueira

1 campo cerrado, 3 castanheiros e 2 uveiras

1 leira com devesa

1 leira com 2 castanheiros em Novela

1 leira de souto, uveiras e latada

1 pedaço de herdade no Tapadinho

1 leira

1 leira no Campo do Mel

1 rossio, 1 eira e 1 latada

1 quebrada cercada c/ campos, souto...

 

TOTAIS

1 leira em Curtinhas de Papim

1 leira no Candeiro

1 leira na Tapada

1 leira no Corvo

1 leira na Pereira

1 leira na Marquesa

1 leira em Costa da Marquesa

1 leira em Lama Redonda

1 campo em Baião

1 leira em Chãos

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira em Fiéis de Deus

3 pardieiros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

 

 

 

54,45

43,56

29,04

48,4

60,5

0

 

43,56

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

4864,2  

12000,78  

10454,4  

2439,36  

4356  

1161,6  

1132,56  

5989,5  

314,6  

4549,6  

1694  

1517,34 1ª de 3 vidas

30361.32 1ª de 3 vidas

   

60385,07  

1858,56  

1747,24  

4840  

1210  

1573  

1916,64  

1863,4  

6446,88  

863,94  

1542,75  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   1694  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

180 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trigo - 5 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

83

Gestaço

 

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

Outeiro em Furacasas João Gonçalves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 corte

1 campo com castanheiros e uveiras

1 leira

1 cerrado

TOTAIS

1 leira no Outeiro Redondo

1 leira designada o Calvo

1 leira

1 leira

1 leira no Seixal

1 leira em Vale de Moreiras

1 leira nas Fontainhas

1 leira designada de Lapa da Mulher

1 leira

1 leira em Poça das Eiras

1 leira designada Sobre o Rego do Fojo

1 leira

1 leira nas Eiras

1 leira no Chão das Eiras

1 leira no Seixalinho

1 leira no Outeiro do Talho

1 leira em Chão do Bezerro

1 leira em Catuia

1 leira em Cortesia

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira na Pedrinha

2 celeiros, 1 palheiro + 5 cortes de gado

1 cozinha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

1600,83

2274,8

0

235,95

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

3775,2  

5747,5  

2323,2 2ª de 3 vidas

135552,14  

3872  

3630  

1851,3  

1698,84  

4356  

1312,32  

7054,3  

19099,85  

1148,29  

762,3  

2671,68  

716,32  

1439,9  

2845,92  

3136,32  

6292  

1433,85  

3640,89  

6485,6  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   11630,52  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

Galinhas - 6

Carneiros - 1

1 espádoa de 12 costas

Milho - 10,5 alqueires

Centeio - 13,5 alqueires

Trigo - 3 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

84

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

1 leira

1 leira em Eiras

1 leira

1 leira

1 leira em Grolho

1 leira no Espinheiro

1 leira em Valinhos

1 leira no Cerdelho

1 leira em Porgosa

1 leira

1 leira em Cortesia

1 leira em Chão do Bezerro

1 leira em Entre as Baiancas

1 leira em Linhares

1 leira de souto em Souto dos Moroucos

1 leira na Costa dos Maroucos

1 leira em Vale das Moreiras

1 leira com 1 pedaço de monte

1 leira no Seixal

1 campo cerrado em Várzea o Fojo

1 campo cerrado em Vale Covo

1 campo cerrado no Avenal

1 leira no Campo do Fojo

1 leira de souto em Prado

1 campo cerrado em Tapadinho

1 leira

1 leira

1 campo cerrado em Fontelas

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 devesa em Chão da Mó

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1324,95  

9079,84  

1452  

1161,6  

1558,48  

1966,25  

3496,9  

2674,1  

7652,04  

3757,05  

11766,04  

3760,68  

8228  

2874,96  

600,16  

8828,16  

7426,98  

3430,35  

5499,45  

3277,89  

9982,5  

4162,4  

19360  

4210,8  

726  

1058,75  

780,45  

2729,76  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   1452  

Prazos  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

1 marrã

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

85

 

 

 

Gestaço

 

 

 

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quinta dos Loivos do Monte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outeiro dos Loivos do Monte

 

João Pires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e João Pires

1 cozinha, celeiro e cortes

7 casas colmaças

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 cortes

2 cortes

4 cortes

1 celeiro colmaço

1 cozinha colmaça

Gonçalo Martins

Gestaço

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

1 leira em Vale de Paredes

1 campo cerrado

TOTAIS

1 leira em vale de Macieira

1 leira no ribeiro de Levada

1 leira em Leravada

1 leira em Vale do Feijoal

1 leira em Pedragal

1 leira no Lameiro do Outeiro

1 leira no Aguilhom

1 leira em Loureiro

1 leira

1 leira em Chão do Loureiro

1 leira em Carregos do penedo d’Ara

1 leira em Vale do Regedouro

1 leira em Chão do Ladrão

1 leira em Vale do Loureiro

1 leira em Casal de Fás

1 campo em Quebradas

1 campo cerrado designado Trugal

1 campo

1 campo designado o Vale

1 quintal

TOTAIS

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

60,5

0

249,865

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

38

48,4

67,76

53,24

42,35

3875,63

Prazos  

4961  

8731,36 1ª de 3 vidas

216325,01  

7260  

6449,3  

2964,5  

484  

24393,6  

40075,2  

11136,84  

0  

1452  

1795,64  

25117,18  

10890  

22687,5  

2896,74  

31762,5  

3136,32  

6243,6  

6534  

10779,89  

266,2 1ª de 3 vidas

148517,82  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   2393,38  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

400 reais/ano

 

Numerário

Espécie

 

 

Lutuosa outro tanto

 

Trigo - 1 alqueire

Pão meado - 18 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

dos caseiros

metade para cada um

Lutuosa outro tanto

 

Foros

86

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Arão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Mancebo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6 cortes

1 celeiro

1 eira com 1 palheiro

1 leira em Vale do Ferreiro

1 leira em Resaio

1 leira em Vale Longo

1 leira em Chão da Mó

1 leira na Costinha

1 campo cerrado

1 ? no Chão do Carvalho

1 campo cerrado na Várzea

1 leira

1 campo cerrado em Vale de Portela

1 rossio c/ 1 carvalho e 1 pereira

1 latada de vinha e árvores

TOTAIS

1 leira em Sovereira

1 leira em Vale dos Outeiros

1 leira em Vale do Covo

1 leira em Pinleda

1 leira no Cerzeda

1 leira em Vale do Loureiro

1 leira em Nadega do Outeiro

1 leira em Foio

1 leira em Pedras Alvas

1 leira em Alqueivada

1 leira em Poça de Sam Paio

1 campo na levada

1 leira em Lavandeira

1 campo na Várzea

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira na Galfaneira

1 palheiro com lagar

1 cozinha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

 

 

 

423,5

58,08

580,3

67,76

53,24

60,5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

6098,4  

21896,16  

3025  

5701,52  

1017,61  

0  

13461,25  

1724,25  

1482,25  

5142,5  

1219,68  

1815 3ª de 3 vidas

155361,25  

2323,2  

10276,53  

11035,2  

4737,15  

10708,5  

7656,88  

11858  

22687,5  

19118  

8966,1  

3862,32  

11895,51  

3960  

6534  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   6050  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

270 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

87

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Portela (Anquião)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Gonçalves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 pardieiro

1 celeiro + adega + corte colmaça

1 vinha no Campo da Oliveira

1 leira com souto

1 leira

1 leira

1 vinha

1 campo cerrado

1 quintal cerrado com 1 latada

TOTAIS

1 leira

1 leira na Lama

1 leira em Vale do Castanheiro

1 leira em Lagarteira

1 leira em Vale do Castanheiro

1 leira [em Togal]

1 leira em Togal

1 leira em Cruz

1 leira em Vale de Ortiga

1 leira em Ramalgo

1 campo cerrado em Costa do Rio

1 leira [em Linharinhos]

1 leira em Linharinhos

1 leira em Cima da Bouça

1 rossio por trás do palheiro

1 leira em Vale da Pedra

1 leira em Vale dos Pardieiros

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira em Cortinhas

1 cozinha colmaça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

58,08

152,46

54,45

1182,88

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

459,8  

1931,16  

8092,48  

1815  

1306,8  

3896,2  

193,6 1ª de 3 vidas

170511,2  

262,57  

1331  

1595,2  

3025  

5808  

5989,5  

3025  

7235,8  

3726,8  

3267  

12342  

9563,84  

4900,5  

3571,92  

580.8  

8742,25  

10164  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   23377,2  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ovos - 10

Galinhas - 1

1 espádoa de 12 costas

Milho - 15 alqueires

Centeio- 14 alqueires

Trigo - 1 alqueire

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

88

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

Ovil

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestaço

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Chavães

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Paredinhas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 pardieiros

1 cozinha colmaça

 

 

 

 

 

 

 

   

 

1 pardieiro 1 corte com 1 pardieiro

3 pardieiros

1 leira em Ervins

1 leira em Ervins

1 leira no Vale

1 pedaço de campo

TOTAIS

1 leira em Valinhos

1 leira em Vale dos Peliteiros

1 leira em Vale do Outeiro

1 leira de monte

1 leira em Pereira sobre os Chãos

1 leira nos Linharinhos

1 leira em Chãos

1 leira nos Vales

1 leira nos Vales

1 leira no Conchouso da Costa

1 campo cerrado

1 campo cerrado na Regada

 

TOTAIS

1 souto e monte bravo

1 pedaço de herdade com souto

1 pedaço de monte no Carro do Castanheiro

1 leira de vinha em Cone de Lobos

1 pedaço de monte

1 leira de vinha

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 campo com olival

Álvaro Gonçalves 1 corte colmaça d’Arvis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Anes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

54,45

210,54

43,56

30,65

532,4

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

484

48,4

 

264,99

 

 

 

 

 

 

Prazos  

1331  

3847,8  

1500,4  

774,4 1ª de 3 vidas

112586,87  

3267  

7623  

55055  

9075  

10648  

1517,34  

7260  

3194,4  

1196,69  

1698,84  

8954  

3097,6 1ª de 3 vidas

   

153989,44  

72600  

6050  

20328  

12218,58  

526,35  

9451,31  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   15120,16  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

280 reais/ano

 

S. João

Natal, Páscoa

 

 

 

 

Numerário

Espécie

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

Milho - 10 alqueires

Centeio - 10 alqueires

Paga pelo S. Miguel:

 

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

89

 

 

 

Ovil

 

 

 

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Parada/ Bostes ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João do Boso

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 cortes + 1 quinteiro

1 campo ao fundo das casas e latada

1 latada de vinha

TOTAIS

1 leira em Curvelhe

1 leira

1 leira em Carvalho Alvar

1 leira na Seixosa

1 campo cerrado em Entre os Penedos

1 leira no Vale Azedeiro

1 leira na Bouça Guimbra

1 leira em Chão da Curvelha

1 leira em Outoressa

1 leira

1 leira no Outeiro de Medim

1 leira na Boca do Carril

1 campo da Ponte

1 leira

1 leira no Acadrinho

1 leira na Pedreira

1 leira em Vale da Pega

1 leira nos Conchousos

1 leira

1 leira no Tapadinho

1 leira com castanheiros e fraga

1 leira na Regadinha

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira de souto

3 casa colmaças

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

309,76

123,42

339,2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prazos  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3775,2  

 

1084,16 Não tem prazo  

50677,66  

107,25  

121  

1815  

1361,25  

2337,72  

6098,4  

6345,24  

1251,14  

781,66  

1239,04  

3271,84  

907,5  

3901,04  

1028,5  

*  

4323  

82,28  

387,2  

*  

1069,64  

1287,44  

4356  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   1151,92   Numerário

Espécie

 

 

Lutuosa outro tanto

 

Milho - 7 alqueires

Centeio - 7 alqueires

Trigo - 4 alqueires

Paga por S. Miguel:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

90

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

Caseiros  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 leira em Para do Arco ?

1 leira no Bogia

1 leira

1 leira no Azeval

1 leira em Queimada

1 leira em Bouços

1 leira na Abelheira

1 leira em Vale do Boso

1 leira [em Paradela]

1 leira [em Paradela]

1 leira em Paradela

1 leira em Peçanos

1 talho de souto

1 talho de souto

1 leira de souto

1 leira no Outeiro do Brosal

1 leira no Garregal

1 leira no Caparro

1 leira na Coelheira

1 campo em Torrão de Parada

1 leira

1 campo no Marco

1 leira no Vale do Lourinho

1 leira no Biticobo

1 leira

1 cerrado designado Vinha

1 campo designado de Bosco

1 campo cerrado com figueiras e fruteiras

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 adega + 1 celeiro 1 ramada designada de Cordeiros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2129,6  

3811,5  

2722,5  

3368,64  

8552,28  

1361,25  

2371,6  

239,58  

279,51  

551,76  

225,06  

2090,88  

271,04  

348,48  

532,4  

3569,5  

3932,5  

992,2  

1524,6  

4192,65  

718,74  

2060  

174,24  

592,9  

890,56  

5154,6  

13261,6  

304,92  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas 658,24 849,42  

Prazos  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Numerário

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros Espécie

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

91

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ovil

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Vilarelho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Anes de Vilarelho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 pardieiros

2 cortes

1 leira

1 leira em Mogado

1 leira em Vale de Cadela

1 leira em Portela da Fervida

1 leira [em Çopegal]

1 leira em Çopegal

1 leira em Vale da Mouta

1 leira no Perogal

1 leira em Remudas

1 leira no Chão do Forno

1 leira

1 leira na Costa do Moinho

1 leira no Ribeiro da Fervida

1 leira no Ribeiro da Fervida

1 leira [no Linar]

1 leira no Linar

1 leira designada Lagea da Cerdeira

2 leiras cerradas

1 leira na Costa da Fontainha

1 leira designada o Vale

1 rossio por trás da cozinha

1 quinteiro

TOTAIS

1 leira no Encovelho

1 leira na Silveira

1 campo de monte no Lameiro da Sesta

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 campo cerrado no Godinho

1 celeiro + 1 corte

1 cozinha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

186,34

81,67

70,97

49,91

1091,42

 

 

 

3115,75  

1815  

17472,4  

69,3  

3025  

5320,62  

7840,8  

15103,22  

9365,4  

1859,77  

*  

35392,5  

2541  

82,5  

1512,5  

629,2  

961,95  

5566  

5808  

4936,8  

464,64  

141,57  

160632,92  

2904  

21725,55  

24139,5  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   39930  

Prazos  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

230 rs / ano

 

S. João 1/2

Natal 1/2

 

Numerário

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros Espécie

92

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

Vila Jusão

 

MESÃO FRIO

 

 

 

Vila Jusão

 

 

 

 

 

 

 

MESÃO FRIO

 

 

 

 

 

 

 

Vila Jusão

 

 

 

Ovil

BAIÃO

MESÃO FRIO

parcela s/ designação Álvaro Anes

 

 

 

 

 

 

Casal de Vila Jusão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Afonso, escudeiro

Afonso Pereira e

 

 

 

 

 

 

 

 

0

 

0

0

 

 

 

 

 

1 vinha designada Vinha

1 leira em Chãos

1 leira em Chãos

1 leira de vinha

1 campo com uveiras, oliveiras e figueiras

 

TOTAIS

1 campo de olival em Ferreira

1 leira de souto em Lamego

 

388,89

 

 

 

 

 

Prazos  

952,87  

3208,92  

905,08  

1600,83  

803,44  

4123,68 1ª de 3 vidas

   

11107,8  

5759,6  

5348,2 1ª de 3 vidas

   

5575,68 1ª de 3 vidas

   

39465,36  

31334,16  

8131,2 1ª de 3 vidas

10193,03  

5553,9  

958,32  

245,02  

Numerário

 

150 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

200 reais/ano

Natal

 

 

 

 

80 reais/ano

 

 

33 reais/ano

 

 

 

 

2482,92 Não tem prazo  

 

126265,51  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   3241,59  

66,55

 

0

 

0

 

1 vinha com 1 campo de oliveiras  

 

TOTAIS

1 montado dos Vales do Ermo

1 quebrada

TOTAIS

1 leira nas Portelas

1 leira no Reguengo

1 leira no Cabrial

1 leira

1 leira em Lamera Longa

 

TOTAIS

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 leira no Aveseiro

1 casa telhada

 

 

João Afonso da Cal  

 

 

 

 

 

 

João Gonçalves de   Tolões

 

parcela s/ designação Pedro Anes filho de

 

 

 

Quebrada de Tolões

 

   

 

 

 

 

 

   

 

 

  Martinho da Reixela

 

 

 

 

 

Quebrada de Queimada

 

 

Ovil

 

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais               Espécie

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Centeio - 2 alqueires

 

Foros

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

93

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Quinta do Ribeiro em Luís Martins de Paredes Seara

 

 

 

 

foi por sortes ao terço)

(a distribuição dos bens

RESENDE Resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 casa colmaça

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TOTAIS

1 leira nas Dianteiras

1 leira Entre as Ribas

1 leira na Tapada de Macieira

1 leira na Conchada

1 quinta

TOTAIS

1 leira em Pena

1 leira no Outeiro da Seara

1 campo com nogueira em Linhares

1 pedaço de souto em Marinhaneta

1 campo

 

1 souto em Cepada

 

TOTAIS

1 vinha q traz Diogo Fernandes de Resende

 

27,22

 

 

 

 

27,22

49

 

 

 

 

49

 

 

 

66,55

 

Prazos  

   

18542,94  

5575,68  

2855,6  

2976,6  

4974  

2161,06  

33717,09  

12051,6  

2850,76  

813,12  

8214,69  

9786,92  

   

5517,6 1ª de 3 vidas

   

20286,255  

   

1694  

*  

2098,14  

2202,2  

3294,225  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas   355,74  

1 leira de vinha no Souto da Costa  

1 leira em São Pedro

1 leira de souto no Carvalhal

1 leira de monte

1 vinha com monte em Bouça Matosa

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 talho de herdade na Ferreira

Beatriz Gonçalves 1 casa telhada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

   

parcela s/ designação Afonso Anes Ramalho

 

 

 

 

 

Quinta de Paredes

Vila Jusão

MESÃO FRIO

 

 

RESENDE Resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais               Espécie

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

Paga Afonso Pereira

João Afonso paga 1/2

Afonso Pereira paga 2/3

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

Foros

 

40 reais/ano

Natal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

33,5 reais/ano Paga 1/3

 

 

 

 

 

 

100 reais/ano

 

35 reais/ano

120 reais/ano

160 reais/ano

 

 

 

 

 

Numerário

94

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cimo de Vila

 

 

 

RESENDE Resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

mulher de Álvaro   Anes

Maria Anes,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

homem bom

Gonçalo Martins, 1 casa telhada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     

 

 

 

 

 

   

 

 

 

Casal de Paredes

 

 

 

 

RESENDE Resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 leira com 1 pedaço de souto

1 leira no Souto com castanheiros

1 leira em Regadelas

1 lameira do Cerdeiro

1 leira na Pena

1 leira nos Raposinhos

1 campo do Orgal com 1 leira

 

TOTAIS

1 leira em Baiancas

1 leira na Lama Grande

1 leira em Fonte da Cobra

1 campo cerrado em Brincos

1 leira em Sobreira

1 leira em Lama Grande

1 campo cerrado em Dezemães

1 campo com árvores

1 pedaço de latada com uveiras e eira

 

TOTAIS

1 leira em Regadelas

1 leira em Carvalho Ventoso

1 leira em Carril

1 tapada em Lameira da Estrada

1 campo de vinha com souto

1 pedaço de souto e campo

 

 

 

 

(casal dos três senhorios)

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas 1 casa colmaça 1 pedaço de chantoada de vinha

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais Caseiros         Gonçalo Anes RESENDE Resende S. Martinho de Mouros

 

 

 

 

 

 

0

 

27,22

 

 

 

 

 

 

 

 

27,22

   

51,12

 

 

 

 

 

 

Prazos  

9256,5  

0  

653,4  

217,8  

P  

309,76  

0 Tem prazo

   

37253,48  

5354,25  

958,32  

4094,64  

8075,54  

12719,52  

755,04  

2436,94  

2057  

802,23  

 

39636,79  

10948,08  

6969,6  

4181,76  

*  

13256,76  

2515,59  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas 51,12 1765  

 

 

 

 

 

 

 

 

20 reais/ano

S. Martinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

40 reais/ano

Natal

 

 

 

 

 

 

Numerário

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros Espécie

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

95

 

 

 

RESENDE Resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pedro Álvares

  Martim Anes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal do Outeiro em Covelas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Matim Afonso de 1 casa colmaça Paredes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Pardelhas

 

 

 

 

 

 

RESENDE Resende

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 cozinha colmaça

Casal de Paredes

 

RESENDE Resende

 

 

 

TOTAIS

1 leira nos Currais

1 leira no Rapado

1 leira nas Aveleiras

1 leira na Lama Grande

1 leira na Conchada

1 castanheiro longal nos Barcos

1 leira nos Carvalhos

1 pedaço de campo com 2 castanheiros

1 latada com um rossio

 

TOTAIS

1 leira em Currais

1 leira em Cerzedo

o Lameiro Redondo cercado

1 leira em Fonte Arcada

1 leira nos Temporãos

1 leira na Vinha

1 leira do Ervilhal

1 leira

o Souto da Seara

1 pedaço de souto

1 campo

1 pedaço de chantoada de vinha

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas TOTAIS

 

Caseiros  

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais              

 

0

 

33,88

 

 

 

 

 

 

 

 

33,88

42,35

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

42,35

 

Prazos    

0  

   

16920,64  

1406,02  

1742,4  

3726,8  

2032,8  

1747,24  

522,72  

4235  

1228,15  

Numerário

 

20 reais/ano

S.Martinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 reais/ano

 

20 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

279,51 Não tem prazo  

 

38606,26  

2207,04  

3793,35  

3332,34  

6006,44  

2283,27  

1045,44  

4704,48  

2894,32  

8015,04  

2998,38  

781,66  

544,5 Não tem prazo  

Áreas (m2) Urbanas Rústicas 0 10437,46  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros Espécie

96

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

 

 

 

 

 

 

 

 

Teixeira

 

BAIÃO

 

 

 

 

Teixeira

BAIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Teixeira

 

BAIÃO

 

Resende

Resende

 

 

 

 

 

 

 

Casal do Outeiro

 

 

Casal da Portela

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal S. Tomé

Casal Invenções

Casal de Covelas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 celeiro

1 cozinha

 

 

 

Sobradelho

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bastião Loutenço  

 

Diogo Martins de  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gonçalo Anes

Não diz

Nicolau Anes

Concelhos Freguesias Títulos patrimoniais Caseiros         João Fernandes   Resende Casal do Outeiro em Covelas

TOTAIS

1 leira em Meia dos Outeiros

1 campo cerrado no Curso

1 leira no Outeirinho

1 leira em Coartas

1 campo com souto cerrado

 

 

todo o casal

 

TOTAIS

1 leira na Fonte do Vale dos Mosqueiros

1 campo no Pousadouro

1 leira no Chão do Lameiro

1 talho de herdade em Vale

1 leira

1 leira

1 leira em Fonte do Pousande

1 leira nos Cotos da Pedra

1 leira nos Cotinhos

1 leira na costa dos Martigos

1 campo com souto

campos, mato e souto

 

 

Número e natureza das parcelas Urbanas Rústicas  

 

0  

0

 

 

 

 

0

 

 

 

 

Prazos  

20 reais/ano

7 reais/ano

Numerário 3,5 reais/ano

6050  

15652,56  

8470  

629,2  

1452  

3872  

5420,8  

5989,5  

2371,6  

8621,25  

15978,05  

36154,8  

0  

595,32  

8189,28  

3630  

23740,2 1ª de 3 vidas

   

   

241,782  

 

150 reais/ano

Natal

 

 

 

 

 

 

S. Miguel

 

106 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

29488,305 Não tem prazo  

0  

114,525 103995,265  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

33,88

80,645

0

0

Áreas (m2) Urbanas Rústicas 0 0   Espécie

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

Milho - 1 alqueire

Centeio - 13 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foros

Quadro II. Concelhos e freguesias com propriedades da capela e seus caseiros (1499) Concelhos BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO

Freguesias Covelas   Covelas   Covelas   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Gestaço   Ovil   Ovil   Ovil   Ovil   Ovil   Teixeira   Teixeira   Teixeira   Tresouras

Títulos patrimoniais Casal do Outeiro   Casal do Outeiro   Casal de Covelas   Casal de Baianquas (Baiões)   Tralo Paço   Casal de Azebeiro   Casal do Outeiro   Quebrada de Marnotos   Casal da Fonte   Outeiro em Furacasas   Outeiro dos Loivos do Monte   Quinta dos Loivos do Monte   Casal de Arão   Casal da Portela (Anquião)   Casal de Paredinhas   Casal de Chavães   Casal de Parada/Bostes ?   Casal de Vilarelho   Quebrada de Queimada   Quebrada de Tolões   Casal S. Tomé   Casal da Portela   Casal do Outeiro   Quinta de Parada

Caseiros Martim Anes   João Fernandes   Nicolau Anes   João Gonçalves   Deladeu Gonçalves   Afonso   Álvaro de Castro   Maria Anes   Branca Afonso   João Gonçalves   Gonçalo Martins e João Pires   João Pires   João Mancebo   João Gonçalves   João Anes   Álvaro Gonçalves de Arvis   João do Boso   João Anes de Vilarelho   Martinho da Reixela   João Gonçalves de Tolões   Gonçalo Anes   Diogo Martins de Sobradelho   Bastião Loutenço   Diogo Pires de Campelo*

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

97

Concelhos   BAIÃO

Freguesias   Tresouras

Títulos patrimoniais   De Trás a Quinta

Caseiros   Gonçalo Anes

BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO

Tresouras   Tresouras   Tresouras

Cimo de Vila   Quebrada de Vale de Parada   Casal de Fundo de Vila

Lopo Afonso, lavrador   Lopo Afonso, lavrador   Lopo Afonso, lavrador

BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   BAIÃO   MESÃO FRIO

Tresouras   Tresouras   Tresouras   Tresouras   Tresouras   Tresouras   Vila Jusão

Aldeia de Parada   Casal da Fraga   Fraga (no lugar da)   Fraga (no lugar da)   Fraga (no lugar da)   Casal de Parada   parcela s/ designação

Pedro Anes   João Lopes, barbeiro   Gonçalo Pires de Mesão Frio   Martim Anes   Diogo Borges   João Álvares do Pedragal   Álvaro Anes

MESÃO FRIO   MESÃO FRIO

Vila Jusão   Vila Jusão

parcela s/ designação   Casal de Vila Jusão

Pedro Anes filho de João Afonso da Cal   Afonso Pereira e João Afonso**

MESÃO FRIO   RESENDE   RESENDE   RESENDE     RESENDE   RESENDE   RESENDE   RESENDE  

Vila Jusão   Resende   Resende   Resende     Resende   Resende   Resende   Resende  

parcela s/ designação   Quinta de Paredes   Quinta do Ribeiro em Paredes   S. Martinho de Mouros (casal dos três senhorios)   Casal de Paredes   Casal de Paredes   Casal de Pardelhas   Casal de Invenções  

Afonso Anes Ramalho   Beatriz Gonçalves   Luís Martins de Seara   Gonçalo Anes     Gonçalo Martins***   Pedro Álvares   Matim Afonso de Paredes   Não menciona  

* Escudeiro ** Escudeiro *** Homem bom

98

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Quadro III. Áreas urbanas e rústicas dos casais e respectivos foros Concelho

Freguesia

Títulos patrimoniais

Área urbana m2

Área rústica m2

 

 

 

 

 

Foros em moeda  

BAIÃO

COVELAS

Covelas**

0

0

7

 

 

Outeiro*

0

0

3

 

 

Outeiro*

0

0

3,5 13,5

Totais

 

 

0

0

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

GESTAÇO

Anquião (Casal da Portela)

264,99

153989,44

280

 

 

Azebeiro

215,12

171110,605

401

 

 

Baianquas (Baiões)

850,59

96986,34

0

 

 

Casal de Arão

1182,88

170511,2

0

 

 

Fonte (Casal da)

235,95

135552,14

0

 

 

Furacasas (Outeiro em)

3875,63

148517,82

400

 

 

Outeiro (Casal do)

130,68

86813,26

112

 

 

Outeiro dos Loivos do Monte

249,865

216325,01

0

 

 

Quebrada da Aldeia

0

30361,32

0

 

 

Quebrada de Marnotos

43,56

60385,07

 

 

 

Quinta dos Loivos do Monte

60,5

155361,25

270

 

 

Paredinhas**

532,4

112586,87

0

 

 

Tralo Paço

775

68424,885

180

Totais

 

 

8417,165

1606925,21

1643

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

OVIL

Casal de Parada (aldeia de Bostes)**

1091,42

160632,93

230

 

 

Chavães

339,2

50677,66

0

 

 

Quebrada de Tolões

0

39465,36

80

 

 

Vilarelho

388,89

126265,51

150

 

 

Quebrada de Queimada

0

10193,03

33

Totais

 

 

1819,51

387234,49

493

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

TEIXEIRA

Outeiro

0

36154,8

150

 

 

Portela

0

241,782

0

 

 

S. Tomé

114,525

103995,265

106

Totais

 

 

114,525

140391,847

256

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

TRESOURAS

Aldeia de Parada

132,74

93689,76

220

 

 

Casal de Parada

60,5

29499,195

135

 

 

Cimo de Vila

48,4

140275,3

0

 

 

De Trás a Quinta

157,3

121027,83

230

 

 

Fraga****

12100

209499,4

740

 

 

Fundo de Vila

163,35

123783

600

 

 

Quebrada de Vale de Parada

0

960008,6

0

 

 

Quinta de Parada

536,03

157929,585

200

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

99

Concelho

Freguesia

Títulos patrimoniais

Área urbana m2

Área rústica m2

 

 

 

 

 

 

 

 

So Paço

231,71

161626,78

430

Totais

 

 

13430,03

1997339,45

2555

 

 

 

 

 

 

MESÃO FRIO

VILA JUSÃ

Vila Jusã

66,55

20286,255

315

 

 

Outras parcelas***

0

22201,08

320

Totais

 

 

66,55

42487,335

635

 

 

 

 

 

 

RESENDE

RESENDE (S. Salvador de)

Casal de Paredes

27,22

37253,48

20

 

 

Casal de Paredes

42,35

38606,26

20

 

 

Cimo de Vila

0

10437,46

0

 

 

Invenções (Casal de)

0

0

20

 

 

Pardelhas (Casal de)

33,88

16920,64

20

 

 

Quinta de Paredes

49

33717,09

33,5

 

 

Quinta do Ribeiro

27,22

13568,94

40

 

 

S. Martinho de Mouros

51,12

39636,79

40

Totais

 

 

230,79

190140,66

193,5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24078,57

4364518,992

 

2,4078 ha

436,451 ha

 

* Não refere as dimensões dos casais, apenas os foros.

 

 

 

** Casais que não conseguimos localizar.

 

 

 

*** Não se trata de casais mas apenas de parcelas aforadas.

 

 

 

**** Todas as parcelas do lugar da Fraga, incluindo casais.

 

 

 

LEGENDA:

100

Foros em moeda

 

 

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Quadro IV. Distribuição por títulos patrimoniais das rendas e dos prazos Concelhos

Freguesias

 

 

 

Títulos patrimoniais

BAIÃO

Covelas

 

Covelas

Áreas (m2)

Prazos

Rústicas

Casal do Outeiro em Covelas

0

0

 

3 reais/ano

 

Casal do Outeiro em Covelas

0

0

 

3,5 reais/ano

 

 

7 reais/ano

 

 

 

 

Covelas

Casal de Covelas

0

0

 

 

 

 

 

 

Foros

Urbanas

Numerário

 

Espécie

BAIÃO

Gestaço

Casal da Baianquas (Baiões)

850,59

96986,34

1ª de 3 vidas

 

Trigo - 5 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Centeio - 10 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 5 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Vinho - 5 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

geiras de 5 homens

 

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Tralo Paço

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Casal de Azebeiro

  775

Não tem prazo 180 reais/ano  

 

 

215,12

171110,605

 

401 reais/ano

1 marrã; 1 galinha

 

 

130,68

86813,26

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Casal do Outeiro

 

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Quebrada de Marnotos

 

 

 

   

 

43,56

60385,07

 

BAIÃO

Gestaço

Quebrada da Aldeia

 

 

 

 

68424,885

  0

30361,32

 

 

Não tem prazo 112 reais/ano   1ª de 3 vidas  

 

Lutuosa outro tanto

  1 marrã  

180 reais/ano

 

 

 

1ª de 3 vidas

 

Trigo - 5 alqueires

 

 

Centeio - 10 alqueires Milho - 10 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Casal da Fonte

1ª de 3 vidas

0

Trigo - 3 alqueires Centeio - 13,5 alqueires

235,95

135552,14

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 10,5 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

1 espádoa de 12 costas

 

 

 

 

 

 

 

Carneiros - 1

 

 

 

 

 

 

 

Galinhas - 6

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

3875,63

148517,82

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Outeiro em Furacasas

 

 

 

 

 

 

 

  2ª de 3 vidas  

 

 

400 reais/ano

1 marrã

 

Lutuosa outro tanto Pão meado - 18 alqueires

BAIÃO

Gestaço

Outeiro dos Loivos do Monte

249,865

216325,01

1ª de 3 vidas

 

 

 

 

 

 

 

 

Trigo - 1 alqueire

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Quinta dos Loivos do Monte

 

 

 

 

  60,5

 

  155361,25

 

1ª de 3 vidas  

 

 

270 reais/ano

Lutuosa outro tanto

 

 

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

101

102

Concelhos

Freguesias

 

 

 

Títulos patrimoniais

Urbanas

Áreas (m2) Rústicas

 

Prazos

BAIÃO

Gestaço

Casal de Arão

1182,88

170511,2

3ª de 3 vidas

Foros Numerário

Espécie

 

Trigo - 1 alqueire Centeio- 14 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 15 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

1 espádoa de 12 costas

 

 

 

 

 

 

 

Galinhas - 1

 

 

 

 

 

 

 

Ovos - 10

 

 

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Anquião (Casal da Portela)

264,99

153989,44

Natal, Páscoa

Lutuosa outro tanto

1ª de 3 vidas

 

 

 

 

 

 

S. João

 

 

 

 

 

 

 

280 reais/ano

 

 

 

 

BAIÃO

Gestaço

Casal de Paredinhas

 

 

532,4

112586,87

 

 

 

1ª de 3 vidas

 

Paga pelo S. Miguel:

 

 

 

 

 

 

 

Centeio - 10 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 10 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

Ovil

Casal de Chavães

1ª de 3 vidas

 

Paga por S. Miguel:

 

  339,2

50677,66

 

 

 

 

 

 

 

Trigo - 4 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Centeio - 7 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 7 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

1091,42

160632,92

 

 

 

BAIÃO

Ovil

Casal de Parada/Bostes ?

 

 

  Não tem prazo

 

 

Natal 1/2

 

 

 

 

 

 

 

S. João 1/2

 

 

 

 

 

 

 

230 reais/ano

 

 

 

 

BAIÃO

Ovil

Casal de Vilarelho

 

 

 

388,89

126265,51

 

 

 

 

150 reais/ano

centeio - 2 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

Ovil

Quebrada de Queimada

0

10193,03

Não tem prazo

33 reais/ano

 

BAIÃO

Ovil

Quebrada de Tolões

0

39465,36

1ª de 3 vidas

80 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

114,525

103995,265

BAIÃO

Teixeira

Casal S. Tomé

 

 

 

 

Não tem prazo 106 reais/ano

  0

 

 

 

 

BAIÃO

Teixeira

Casal da Portela

241,782

 

S. Miguel

Centeio - 13 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 1 alqueire

 

 

 

 

 

 

 

 

BAIÃO

Teixeira

Casal do Outeiro

36154,8

1ª de 3 vidas

Natal

Lutuosa outro tanto

0

 

 

 

 

 

 

150 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1ª de 3 vidas

BAIÃO

Tresouras

Quinta de Parada

536,03

157.929

200 reais/ano

Vinho - 2 almudes de

 

 

 

 

 

 

 

vinho mole

 

 

 

 

 

 

 

 

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Concelhos

Freguesias

 

 

 

Títulos patrimoniais

BAIÃO

Tresouras

De Trás a Quinta

 

 

 

Áreas (m2)

Prazos

Urbanas

Rústicas

157,3

121027,83

 

 

 

Foros Numerário

1ª de 3 vidas  

Espécie

230 reais/ano

 

 

 

BAIÃO

Tresouras

So Paço

231,71

161626,78

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Milho - 4 alqueires

 

 

 

 

 

 

 

Vinho mole - 8 almudes

 

 

 

Azeite - 2 alqueires

 

 

 

BAIÃO

Tresouras

Cimo de Vila

 

 

 

 

BAIÃO

Tresouras

Quebrada de Vale de Parada

 

   

 

140275,3

1ª de 3 vidas

 

 

 

 

 

0

960008,6

 

 

 

 

 

 

 

163,35

123783

 

600 reais/ano

Lutuosa outro tanto

 

às Terças

 

 

 

 

  48,4

 

 

 

 

BAIÃO

Tresouras

Casal de Fundo de Vila

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

BAIÃO

Tresouras

Aldeia de Parada

 

 

 

132,74

BAIÃO

Tresouras

Casal da Fraga

0

 

BAIÃO

Tresouras

Fraga (no lugar da)

0

 

 

 

BAIÃO

Tresouras

Fraga (no lugar da)

 

 

BAIÃO

Tresouras

Fraga (no lugar da)

 

 

 

BAIÃO

Tresouras

Casal de Parada

 

 

 

   

Vila Jusão

parcela s/ designação

 

 

21175  

 

 

15578,75  

0

7260  

60,5

1ª de 2 vidas  

165485,65

12100  

MESÃO FRIO

93689,76  

   

Paga por ano: Trigo - 4 alqueires

 

 

 

Não tem prazo 430 reais/ano

 

 

 

 

Não tem prazo 430 reais/ano 1ª de 3 vidas

 

100 reais/ano

 

 

 

 

 

70 reais/ano

1 galinha

 

 

 

140 reais/ano

 

1ª de 3 vidas  

29499,195

220 reais/ano

 

 

Não tem prazo 135 reais/ano

 

 

 

 

5575,68

1ª de 3 vidas

 

 

 

 

 

 

 

0

MESÃO FRIO

Vila Jusão

parcela s/ designação

11107,8

1ª de 3 vidas

Natal

 

 

 

 

 

 

 

220 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MESÃO FRIO

Vila Jusão

Casal de Vila Jusão

20286,255

1ª de 3 vidas

160 reais/ano

Afonso Pereira paga 2/3

 

 

 

 

 

 

120 reais/ano

João Afonso paga 1/2

 

 

 

 

 

 

35 reais/ano

Paga Afonso Pereira

 

 

 

 

 

 

 

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

 

 

 

 

5517,6

1ª de 3 vidas

100 reais/ano

Lutuosa outro tanto

 

 

 

 

33717,09

 

33,5 reais/ano

Paga 1/3

 

 

 

 

MESÃO FRIO

Vila Jusão

parcela s/ designação

 

 

 

RESENDE

Resende

Quinta de Paredes

 

 

 

66,55

0   49  

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

103

104

Concelhos

Freguesias

 

 

 

Títulos patrimoniais

RESENDE

Resende

Quinta do Ribeiro em Paredes

 

 

 

   

 

 

 

RESENDE

Resende

S. Martinho de Mouros

Áreas (m2)

Prazos

Rústicas

27,22

13568,94

 

Natal

 

 

 

40 reais/ano

 

51,12

 

Foros

Urbanas

Numerário

Espécie

 

 

 

 

39636,79

 

Natal

 

 

 

(casal dos três senhorios)

 

 

 

40 reais/ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESENDE

Resende

Casal de Paredes

 

 

 

   

 

 

 

RESENDE

Resende

Cimo de Vila

 

 

 

RESENDE

Resende

Casal de Paredes

 

 

 

RESENDE

Resende

Casal de Pardelhas

 

 

 

RESENDE

Resende

Casal de Invenções

 

 

 

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

27,22

 

S. Martinho

 

 

 

20 reais/ano

 

 

 

 

 

0

10437,46

 

 

 

 

 

 

 

42,35

38606,26

Não tem prazo

S. Martinho

 

 

 

20 reais/ano

 

16920,64

Não tem prazo

20 reais/ano

 

 

 

 

 

0

 

20 reais/ano

 

 

 

 

 

    33,88   0  

37253,48

Quadro V. Vinhas, vinhedos e uveiras da capela (1499) Objecto Quinta de Parada     De Trás a Quinta       So Paço       Cimo de Vila     Fundo de Vila     Aldeia de Parada     Fraga                 Casal de Parada   Casal de Baiões       Tralo o Paço       Casal do Azebeiro     Casal do Outeiro      

Localização Tresouras     Tresouras       Tresouras       Tresouras     Tresouras     Tresouras     Tresouras                 Tresouras   Gestaço       Gestaço       Gestaço     Gestaço      

Vinhas e uveiras uveiras no campo da Porta 1 vinha em Santiago   1 latada e 1 uveira uveiras no Cortinhal ao redor do campo 1 vinha em Santiago   chantado de vinha e outros uveiras ao redor de um campo 1 uveira e 3 castanheiros num campo   1 rossio com uma ramada 2 latadas de vinha   1 cerrado com ramadas e uveiras 1 cerrado de vinha   1 campo cerrado sobre si c/ uveiras 1 chantado de vinha e uveiras no Bacelo   1 vinha 1 campo com uveiras junto ao ribeiro da Fraga 1 pedaço de vinha num campo cerrado 1 vinha com monte e souto em Simorães 1 campo com uveiras, 1 pereira e castanheiros 1 vinha 1 vinha no lugar da Fraga e 3 casas 1 vinha no ribeiro das Caldas   1 latada e 1 rossio   7 uveiras no termo de 1 eira 1 latada de vinha com uveiras e figueiras e outras árvores 1 ribada com árvores de uveiras   1 latada de vinha 1 vinha 1 vinha e 1 fraga   1 latada de vinha com adega e lagara cerrados 1 vinha nas Figueiras   1 vinha com souto 1 vinha 1 leira com castanheiros e uveiras  

m2 90.75 33880   72,6 7114,8 7986   20001,3 s/ medidas 169,4   s/ medidas 5021,5   1210 290,4   7865 1084,16   12458,16 3133,9 42009,99 23038,4 24200 14217,5 12100 7260

Fls. 3v. 4v.   6 6v. 7   7v. 8v. 10   10v. 11   12v. 12v.   14v. 15   16 16 16 16v. 16v. 17 17 17v.   17v.

  220,22  

  580,8 3020,16 254,1   3025 1810,16 5322,79   2758,8 957,35   5929 2831,4 1694  

18v. 18v. 19   22v. 22v. 22v.   25v. 25v.   28v. 29 29v.  

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

105

Objecto Casal da Fonte         Outeiro em Furacasas       Casal de Arão   Casal da Portela (Anquião)             Casal de Parada         Sem designação   Casal de Vila Jusã           Quinta do Ribeiro   Casal de três senhorios     Casal de Paredes     Casal de Pardelhas  

Localização Gestaço         Gestaço       Gestaço   Gestaço             Ovil         Vila Jusã   Vila Jusã           Resende   Resende     Resende     Resende  

Vinhas e uveiras 1 latada, 1 rossio e 1 eira 1 leira de souto, uveiras e latada 1 leira de souto e uveiras 1 campo cerrado com 2 uveiras e 3 castanheiros   1 campo com castanheiros e uveiras 1 campo com castanheiros e uveiras e árvores 1 campo nas Fontelhas com uveiras e árvores   1 latada de vinha e árvores   1 quintal cerrado com 1 latada 1 campo cerrado de vinha e pomar 1 vinha 1 vinha no campo da Oliveira 1 leira de vinha designada o Vale 1 leira de vinha em Cone de Lobos com pedaço de monte   1 latada de vinha 1 ramada designada dos Cordeiros com 1 pedaço de campo 1 cerrado com ramada, figueiras e fruteiras 1 cerrado designado a Vinha   1 vinha e 1 campo com oliveiras   1 campo com uveiras, oliveiras e figueiras, árvores e souto 1 leira de vinha 1 vinha que se chama a Vinha 1 vinha com 1 pedaço de monte no meio 1 leira de vinha no Souto da Costa   campos, soutos, árvores e uveiras   1 pedaço chantado de vinha 1 campo de vinha com souto   1 pedaço de latada com uveiras e eira 1 campo com árvores, castanheiro e uveiras   1 latada com um rossio e 1 laranjeira  

m2 1517,34 4549,6 5989,5 4356   5747,5 3775,2 2729,76   1815   193,6 3896,2 1306,8 459,8 9451,31 12218,58   1084,16 849,42 304,92 5154,6   5575,68   4123,68 803,44 3208,92 3204,225 1694   0   1765 13256,76   802,23 2057   279,51   353686,625 35.36 ha

106

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Fls. 34v. 34v. 34v. 35   38 38 38v.   46v.   50 50 50 50v. 50v. 51   56 56v. 56v. 56v.   62   63 63 63-63v. 63v. 63v.   65v.   66v. 66v.   67v. 68   71  

Quadro VI. Soutos e outras espécies de árvores da capela (1499) Objecto

Localização

Soutos*

m2

Fls.

Árvores várias

Totais

De trás a Quinta

 

1 souto na Regadinha

1006,72

6v.

 

 

Fls.  

 

 

 

 

 

 

 

 

So Paço

Tresouras

1 campo no Olival rodeado de soutos

20346,1

8v.

1 laranjeira e cidreiras

1

8

 

 

souto da Pertega

13097

8

3 castanheiros

3

10

 

 

1 leira de souto

574,75

9

 

 

 

 

 

souto do Enxopral

3632,42

10

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quebrada Vale de Parada

Tresouras

souto

 

12

1 figueira, 1 nogueira

2

12

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Fraga

Tresouras

1 vinha com monte e souto

23038,4

16v.

20 pés de castanheiros

20

16

 

 

 

 

 

1 pereira e castanheiros

1

16v.

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Parada

Tresouras

 

 

 

figueiras e árvores

 

17v.

 

 

  18v.

 

 

 

 

 

Casal de Baianquas(Baiões)

Gestaço

1 pedaço de souto de devesa

1352,2

20v.

figueiras

 

 

 

 

 

 

1 rossio cercado de árvores

 

19

 

 

 

 

 

3 castanheiros

3

19

 

 

 

 

 

1 castanheiro

1

19

 

 

 

 

 

salgueiros

 

20

 

 

 

 

 

 

 

 

Tralo Paço

Gestaço

souto

 

22v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal do Azebeiro

Gestaço

1 cerrado de souto e devesa

17357,45

26

1 pedaço de herdade com castanheiros

 

28v.

 

 

1 leira de souto

169,4

26

 

 

   

 

 

1 campo e souto na Vinha das Paredes

3388

27v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal do Outeiro

Gestaço

1 vinha com souto

5929

28v.

3 castanheiros e 1 nogueira

4

29

 

 

1 leira de souto

896,61

29

1 leira com 4 castanheiros

4

29

 

 

1 leira com souto

4658,5

29

4 castanheiros

4

29-29v.

 

 

1 herdade de souto e devesa

5353,04

29v.

 

 

Quebrada de Marnotos

Gestaço

 

 

 

1 leira que chamam o Prado com castanheiros

 

31v.

 

 

 

 

 

 

 

 

Quebrada da Aldeia

Gestaço

souto

 

33v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Fonte

Gestaço

1 leira com souto e uveiras

4549,6

34v.

1 leira com 2 castanheiros

2

35

 

 

1 leira com souto designada de Sabugal

5989,5

34v.

3 castanheiros onde chamam a Nogueira

3

35

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

107

Objecto

Soutos*

m2

Fls.

Árvores várias

Totais

Fls.

 

 

 

 

 

3 castanheiros onde chamam a Sameira

3

35

 

 

 

 

 

 

 

 

38

1 leira cercada de castanheiros

 

38

Casal do Outeiro

108

Localização

Gestaço

1 leira de souto

1600,83

 

 

1 leira de souto que chamam o Prado

4210,8

38v.

1 campo com castanheiros e árvores

 

38

 

 

1 leira de souto de Marouços

600,16

39v.

1 campo cerrado com árvores

 

38v.

 

 

 

 

 

3 castanheiros

3

38v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

44

Quinta em Loivos do Monte

Gestaço

 

 

 

1 campo cerrado com castanheiros e árvores

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Arão

Gestaço

 

 

 

1 latada de vinha e árvores

 

46

 

 

 

 

 

1 carvalho, 1 pereira e 1 pardeiro

 

46

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal da Portela

Gestaço

souto ao redor de leira

1931,16

50v.

1 cerrado de vinha, pomar e campo

 

50

 

 

1 pedaço de herdade com souto

6050

51

2 oliveiras

2

50

 

 

1 souto e monte bravo

72600

50v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Chavães

Ovil

1 pedaço de campo que tem souto

774,4

53v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Parada/Bostes

Ovil

1 leira de souto

532,4

57v.

figueira, ramada e fruteiras

 

56v.

 

 

1 talho de souto

271,04

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Vilarelho

Ovil

 

 

 

castanheiros e uveiras dentro de umas leiras

 

59v.

 

 

 

 

 

 

 

 

Casais sem designação

Vila Jusã

1 leira de souto em Lamego

5348,2

62v.

15 oliveiras num pedaço de campo

15

62

 

 

 

 

 

1 olival na Ferreira

 

62v.

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Vila Jusã

Vila Jusã

1 leira de souto

905,08

63

oliveiras, figueiras, uveiras, souto e árvores

 

63

 

 

1 leira de souto no Carvalhal

2098,14

63v.

3 castanheiros numa leira

3

63

 

 

 

 

 

 

 

 

(...)

Vila Jusã

1 souto na Cepada

5517,6

64

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quinta de Paredes

Resende

1 pedaço de souto com seu campo

8214,69

65

3 pés de nogueiras

3

65

 

 

 

 

 

1 nogueira num campo

1

65

 

 

 

 

 

 

 

 

Quinta do Ribeiro

Resende

campos, soutos, uveiras e árvores

 

65v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de três senhorios

Resende

1 pedaço de souto e campo

2515,59

66v.

 

 

 

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Objecto

Localização

Soutos*

m2

Fls.

Árvores várias

Totais

 

 

campo da Vinha com o seu souto

13256,76

66v.-67

 

 

Fls.  

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Paredes

Resende

 

 

 

1 campo com árvores (castanheiros)

 

68

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Cimo de Vila

Resende

1 leira com castanheiros no Souto

64,9

69

 

 

 

 

 

1 pedaço de souto

9256,5

69v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de Paredes

Resende

1 pedaço de souto com seu campo

2998,38

70

8 castanheiros numa leira

8

70

 

 

o souto da Seara

8015,04

70

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

71

2 castanheiros e carvalhos num campo

2

71

Casal de Pardelhas

Resende

souto e devesa nos Carvalhos

4235

 

 

 

 

 

1 castanheiro longal em Barcos

1

71v.

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal de S. Tomé

Teixeira

souto, campos e mato

29488,305

72v.

 

 

 

 

 

1 campo com souto ao redor

15978,05

72v.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casal do Outeiro

Teixeira

1 campo com souto todo cerrado

23740,2

74

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

331541,92

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

109

Quadro VII. Montes da Capela (1499)

 

Objecto

Localização

Montes

m2

Fls.

Tresouras

monte bravo de São Silvestre

*

5v.

 

 

monte de Figueire Álvares

18150

 

 

 

 

 

 

Quinta de Parada

De trás a Quinta

Tresouras

1 pedaço de monte

3025

7

 

1 pedaço de monte em Cimorães

38115

7v.

    So Paço

 

 

 

 

Tresouras

1 pedaço de monte por romper

10454

8v.

 

 

 

 

 

Tresouras

1 pedaço de monte

14907,2

16

 

 

1 pedaço de monte

43197

16v.

 

 

 

 

 

Gestaço

1 pedaço de montado de devesa

1756,92

22v.

Casal da Fraga

Casal de Tralo o Paço   Casal do Outeiro

 

 

 

 

Gestaço

1 pedaço de monte

3430,35

38v.

  Casal da Portela

 

 

 

 

Gestaço

1 pedaço de monte

526,35

50v.

 

 

1 pedaço de monte

20328

51

 

 

monte bravo e 1 souto

*

51

 

 

 

 

 

Gestaço

1 leira de monte

9075

52v.

Casal de Paredinhas  

 

 

 

Casal de Parada

monte de Baiãozinho  

52v.  

Ovil

1 campo cerrado de monte

39930

58v.

 

 

1 campo de monte Lameiro da Sesta

24139,5

58v.

 

 

1 leira de monte na Silveira

21725,55

 

 

Casal de Vila Jusã

 

58v.  

1 vinha com 1 pedaço de monte no meio

3294,225

63v.

1 leira de monte

2202,2

63v.

 

1 leira de monte chamada de São Pedro

*

63v.

 

 

 

montado dos Vales do Ermo

31334,16

 

 

 

 

 

Quebrada de Tolões

 

 

   

 

Vila Jusã

 

Ovil  

* Não é possível efectuar o cálculo da área por falta de dados na fonte.

110

*  

Judite Antonieta Gonçalves de Freitas

Quadro VIII. Sanjoaneiras devidas à capela de D. Branca de Vilhena(1) Foro anual em reais

Casais

Designação / caseiro(s)

1 casal

Igreja da Tavoada

1 casal

Sobradelo

9 reais

1 meio casal

Igreja da Teixeira

4,5 reais

1 meio casal

Da Qual, Mosteiro de Tarouca

2 casais

S. Tomé: Cimo de Vila do Mosteiro de Boiro e Male do Mosteiro de Ansede

18 reais

1 casal

Moura Morta

9 reais

1 casal

Barro

9 reais

1 meio casal

Igreja da Teixeira

4,5 reais

1 casal

Chão na Igreja de Vila Cova

9 reais

1 casal

Igreja de Sanhoane

9 reais

1 casal

Vilarelho do Mosteiro de Landim

9 reais

2 casais

Esprital da comenda de Moura Morta

18 reais

2 casais

Cimo de Vila do Mosteiro de Bouro

18 reais

1 casal

Carreira do Mosteiro de Ansede

9 reais

1 casal

De Moura Morta

9 reais

2 casais

Bouro em Cações

18 reais

1 casal

Mosteiro de Arouca

9 reais

1 casal

Mosteiro de Tolões

9 reais

1 casal

Da Qual da Sé do Porto

9 reais

1/2 casal

Afonso Vaz de Mesão Frio

4,5 reais

1 casal

Pereira do Mosteiro de Tolões

9 reais

1 casal

Vilarelho da Igreja da Teixeira e de Afonso Vaz de Mesão Frio

9 reais

1 casal

Vilarelho do Mosteiro de Bouro

9 reais

1 casal

Pereira do Mosteiro de Tolões

9 reais

2 casais

Ribeiro, um do Mosteiro de Bouro e outro de Vila Boa do Bispo, um paga sãojoaneira dobrada

1 casal

Laigens do Mosteiro de Arouca

1 casal

Gavim do Mosteiro de Gundar

9 reais

1 casal

S. Tomé do prior de Ansede, paga em dobro

18 reais

1 casal

Vendeiro de Moura Morta

9 reais

1 casal

Arrabalde

9 reais

1 casal

João Gonçalves

casais

Da Aldeia de Mafamudes

9 reais

27 reais 9 reais

9 reais estão em dívida

1 Estes são os moradores da Teixeira que pagam sanjoaneiras ao senhorio da Quinta de Parada que pertence à capela.

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

111

Transcrição Documental

Regras de transcrição O livro de tombo apresentado foi transcrito conforme as regras da Comissão Internacional de Diplomática, adaptadas no caso português pelo Padre Avelino de Jesus da Costa – Normas Gerais de Transcrição e Publicação de Documentos e Textos Medievais e Modernos, 3ª edição (muito melhorada), Coimbra, 1993. Algumas considerações introdutórias acerca do processo de transcrição, das normas aplicadas e dos procedimentos tidos para levar a bom termo a edição do texto: 1. Na ausência de numeração coeva e mercê de incorrecções verificadas na numeração introduzida posteriormente (muito possivelmente no século XVIII), optámos por numerar de novo o códice seguindo na transcrição esta última numeração. 2. Dado o mau estado de conservação do documento sempre que falta parte do suporte ou se verifica a existência de manchas de água ou outros estragos que impossibilitam a leitura de palavras ou parte do texto assinalámos todos os casos pela utilização de parêntesis rectos com reticências […]. 3. De igual modo, as omissões ou reconstituições de texto foram assinaladas pela utilização de parêntesis rectos – [ ] – e com caracteres em itálico. 4. Procedeu-se ao desdobramento de todas as abreviaturas. 5. Actualizou-se o uso de maiúsculas e minúsculas. 6. Respeitou-se o uso do til (~) em cima da letra “u”, nas diferentes grafias das palavras “hũa(s)”; “algua(s)”; “nenhũa(s)”, considerando o seu valor fonético. 7. Mantiveram-se as consoantes e, naturalmente, as vogais duplas no meio e no final das palavras e no início resumiram-se a uma só. 8. As palavras proclíticas e as aglutinadas foram divididas por apóstrofo, à excepção dos casos que permitiam considerá-las como um único vocábulo. 9. Os erros existentes nas palavras que podem dificultar a leitura e a compreensão do texto foram anotados com (sic). 10. As letras ou palavras entrelinhadas no texto foram assinaladas com < >. 11. Palavras em que temos dúvidas acerca da respectiva grafia foram assinaladas com (?). 12. A numeração e/ou elementos de referência cronológica respeitam, na sua transcrição, a grafia apresentada. De igual modo respeitamos a utilização do “X” aspado e do “R”, equivalente ao valor de 40. 13. Os títulos de casal aparecem destacados tal como constavam na fonte. 14. A pontuação existente foi respeitada e mantida. 15. O hífen (-) usado na translineação de palavras surge por efeito do processamento de texto utilizado e não consta do original.

D. Branca de VilhenA património e redes sociais de uma nobre senhora no século XV

115

Tombo de propriedades da capela de D. Branca de Vilhena (1499)

(fl.l) [...] a 22 de Dezembro acabarão o tombo da honrra em Gestaço era de 89[...] (f1.1 v) (Em branco) (fI.2) Tombo [d]as propriedades da capella de dona Branca de Vilhana [que] se comta no mosteiro de Sam Domingos da vila de Guimarães(170). (f1.2v) (Em branco) (fI.3)(171) [...] Dona Branca de [...] [Do]mingos de Guimarães. Anno do n[as]cimento de Nosso Senhor Jhesus Christo [de] mil e quatrocentos e noventa e nove annos tres dias do mes de Março em a honrra de Gestaço que he termo de julgado de Bayam ante as portas de Joham de Seidas juiz ordenayro na dicta honrra. Estando elle juiz presente em presença de mym Fernam Nogueira tabeliam pubrico em a villa de Meyem Friie e Villa Mariam e Cidadella por o senhor Dom Jorge etc. Perante o dicto juiz pareceo Joham Diiz porteyro dos resiidos da comarqua d’ Antre Douro e Minho e hapresentou huum mandado do senhor Diego Borges juiz dos residos da dicta comarqua d’ Antre Douro e Minho que trazia pera pazer tombo de todas herdades que pertenciam a capela da senhora Dona Branca de Vilhana no qual mandado fazia mençam antre as outras cousas em como lhe dava seu comprido poder ao dicto Joham Diiz que com huum tabeliam pubrico podesse fazer o dicto tombo das dictas herdades todas mididas per varas de cinquo palmos e que ho tabeliam assinase ho dicto tombo he dicto tombo do seu signall pubrico e asy mandava e requeria a todolls juizes e justiças assy da sua comarqua como de fora della que lhe dessem ajuda a favor e sosydio a todo o que lhe per o dicto Joham Diz fosse requerido segundo mandado e regi­ mento d’ El Rey nosso senhor requerendo ho dicto Joham Diz ao dicto juiz da dicta honrra per quando a cabeça da dicta capella era a quinta de Parada que he em seu (fI. 3v)(172) limite e [...] parte dell [...] honrra que fizesse [...] tabeliãaes e ambos [...] assy [...] da parte do dicto senhor [...] por seu ser [...] andasse logo com elle a f [...] do dicto tombo. E visto [...] o dicto juiz o dicto mandado [...] d’ El Rey mandou a mim tabeliam posto que o era neste [...] do que andasse logo com o dicto Joham Diiz e fizesse o dicto tombo e o dicto Joham Diiz requero logo ao dicto juiz que fosse com elle a dicta quintaa de Parada pera começar ho dicto tombo e se deu loguo juramento sobre os santos avangelhos a Gonçalo Affomso de Palhaes como homem boom pera demarquar a dicta quintaa e casaaes aredor della por quanto foy hy nado e criado com o dicto juiz. Item na freyguesia de Sam Miguell de Tra­souros. Item primeiramente o corpo da quintaa de Parada com suas vinhas erdades de pam e soutos.

Em letra muito posterior, segue o seguinte sumário: “Freguesia de Tresouras a fl. 2, freguesia de Gestaço fl. 16, freguesia de S. João de Ouvir fl. 56, freguesia de S. Martinho de Villa Juzam fl. 60, freguesia de S. Martinho de Mouros fl. 63, Covelos e Resende vai a fl. 70. Freguesia da Teixeira fl. 70”. 171 Falta a parte superior do suporte. 172 Falta a parte superior do suporte. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Manuel Teixeira; e repete-se duas vezes “medido”. Na margem direita, igualmente em letra muito posterior: “chama se agora o cazal da Torre”. 170

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Item duas casas que teem huum terço telhado e os deus terços colmaços cozinha adega e casa do lugar e da fronte destas casas estam tres pardieiros e som de comprido vinte e duas varas e de largo dezasseis varas e contra ho poente partem pollo caminho que vay d’aldea pera Ponte Pedrinha e de todallas partes partem com herdades da dicta capella. Item alem do caminho contra ho poente tem outro campo que se chama da Porta que he todo posto de huveyras e he de comprido vinte e sete varas e de largo vinte e quatro e mea e parte de vendavall pollo caminho que vay pera Trasouros e do soãao pello caminho pubrico e de todallas outras partes parte com herdades da dicta capella e no cabo deste campo esta hũa casa he de conprido cinquo varas e de largo tres. Item outro canpo que esta detras do outom da cozinha de Gonçallo Annes caseyro da dicta quintaa que se chama Conchouso he de comprido dez varas e outras tantas de largo e de todallas partes parte com herdades da dicta capella. Item no cabo destes pardieiros contra ho nascente esta hũa (fl. 4)(173) [...] colmaça que [...] quatro varas em comprido e outras […] em largo. [...] detras destes pardieiros contra ho vendaval esta [...] campo que se chama da Eyra e tem de comprido cinquenta e nove varas e de largo trinta e hũa de todallas partes partem com herdades da dicta capella. Item alem do caminho contra ho poente tem outro campo que se chama da Porta he todo posto de huveyras e he de comprido vinte e sete varas e de largo vinte e quatro e mea e parte do vendavall pello caminho que vay pera Trasouros e do soãao pello caminho pubrico e de todallas outras partes parte com herdades da dicta capella e no cabo deste campo esta hũa casa he de conprido cinquo varas e de largo três. Item outro campo que esta detras do outom da cozinha de Gonçalle Annes caseyro da dicta quintaaa que se chama Conchouso he de comprido dez varas e outraa tantas de largo e de todallas partes parte com herdades da dicta capella. Item hũa regada que se chama do Cortinhall que parte contra ho nacente e toda em roda ataa o poente pello caminho que vay pera Trasouros e contra ho vendavall parte com ho casall que traz Alvare Annes de Parada que he do mosteiro de Villa Cova e das outras partes parte com herdades da dicta capella e tem de comprido sessenta e sete varas e de largo cinquoenta e duas varas o aguyom alem do caminho tem dous castinheiros longãaes. (fl.4v)(174) Item outra regada a fundo desta [...] se chama [...] Cortinhall e parte do nacente com [...] canpo d’Alv[aro] Annes de Parada que he do dicto casall [...] Cova e das[...] partes parte com herdades da dicta capella e he de comp[rido] setenta e duas varas e de largo contra o vendav[all] quorenta e tres varas e de largo contra ho aguion vinte e duas varas. Item outro campo que esta em Santa Maria da Graça por fundo per meu da ousya «da igreja» de Santa Maria emtam polla estrada que vay pera Meyjom Friio e todo contra ho soãao da Falta a parte superior do suporte. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medido”. 174 Falta a parte superior do suporte. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medida”. 173

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redor he cerquado de vall e parede pello monte acima e contra ho nacente parte com herdade do casal de Sendos que traz Joham de Sandos que he de Ruy Teelle da quintaa de Gestaçoo e com herdade do casall d’Afonso da Eyra que he de Fonte Arquada e com herdade do casall das Baianquos que he da dicta capella e com herdade do casall do Ribeyro que traz Joham Gonçallvez dos Baianquos que he da igreja d’Ayrãaos e toma outra vez aa dicta ermida de Santa Maria e tem de conprido dozentos e cinquoenta varas e de largo cento e oytenta e seis. Item outro campo que esta onde chamam ho Carvalhinho que parte do nacente com herdade do casall da dicta capella que traz Branca Martinz e com herdade do casall de Pedro Afonso que he de Villa Booa do Bispo e contra aguyom parte com herdade da dicta capella que he do casal de Lopo Afonso e com herdade e com ho casall do mosteiro de Tollões (fl.5)(175) que traz [...] de villa e do vendaval com ho casal [...] de Villa Coova e tem de comprido [...] aguiom pera vendavall de largo cento [...] Item onde chamam ho Lousal esta hũa leira da dicta quintaa he de comprido setenta e hũa varas e de vendaval com o casall de(176) Gonçale Annes que he da dicta capella e do aguion com o casal de Pero Diaz que he da dicta capella e do soãao entesta no caminho que vai per a fraga. Item no dicto loguo aleem do ribeiro outra leyra que he de comprido noventa varas ho longuo do caminho e de larguo doze e parte de todas as partes com herdades da dicta capella. Item hũa vinha que esta onde chamam Santiaguo e parte do soãao com o casal que traz Alvare Annes que he de Villa Cova e per cima parte pollo caminho que vay per a fraga e do poente parte com o casall de Gonçalo Anes que he da dicta capella e assy como entesta no rio e de comprido dozentas varas do caminho pera o rio e o longo do rio he de largo dozentas e trinta varas com hũa chave que entesta na estrada que vem da dicta quintaa pera Meyjon Friio e vay o ribeiro de Santiago per meo da chave em cima pollo caminho da fraga he de largo cinquoenta varas. Item acima desta vinha tem hũa leira de monte e parte do soãao com o dicto casal d’Alvare Annes que he de Villa Cova e de cima pollo Monte Bravo e do poente com herdades da dicta capella e tem de comprido cinquoenta varas he de largo outras cinquoenta. (f1.5v)(177) Item onde chamam a Costa da [...] d’alem e parte contra aguiom pol [...] lo nacente parte com o casal da Fraga que [...] que traz Joham Lopez e contra o vendaval [...] que vay pera Meyjom Friio dereito acima [...] e do poente parte com ho casal de Martinh[o] da Igreja que he de Villa Cova e com o casall de Joham Alverez da Quebrada que he de Gonçalo Pinto e da estrada pera fundo he lavradio e o longo da estrada esta lavrado he de dozentas e doze varas e de largo rio pera estrada noventa e duas varas. Item o montado da estrada pera cima que se chama de Sam Silvestre que parte com as pedras agudas (sic) vertentes contra o soãao pera Çomoraes e contra o poente como vem

Falta a parte superior do suporte. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se, quatro vezes: “medida”. 176 Riscado na mesma tinta: “Caterin”. 177 Na margem esquerda desta página em letra muito posterior, repete-se quatro vezes: “medida”. 175

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auguas vertentes e vem entestar na dicta estrada como diz a midiçam do lavradio acima escripta o qual e monte se pode midir porque he monte bravo. Item onde chamam o chãao de Figueire Alvare com huum terço de monte e parte do nacente e do poente com dous ribeiros e de todallas partes com montes bravos da dicta capel!a e he de comprido cento e cinquenta varas e de largo de ribeiro a ribeiro cem varas. Item onde chamam Sobre ho Novoedo tem a dicta(178) quintaa hũa leira e parte do vendaval com herdades da quintaa dos Loyvos e do soãao com herdades de Barqueyros e do aguiom com herdades da dicta capella he de comprido cento e cinquoenta e oyto varas e de largo cinquoenta e sete varas. Item outra leyra onde chamam as Cheyras que he de comprido (Fl.6)(179) cento iiiiº varas e [...] da parte do soão parte com herdades de Barqueyros e do vendaval parte com herdades da dicta capella e d’aguiom parte com herdades do casall de Femam Pereira e de outras partes com a dicta capella. A qual quinta e herdades traz Diogo Pirez escudeiro morador em Campello per prazo em tres vidas e he a primeira vida de que paga em cada huum anno a dicta capella dozentos reaes iic reaes e dous almudes de vinha molle______ ii almudes.

Titulo do casall que se chama Detras a Quinta que he na dicta freguesia de Sa’Miguell o qual traz Gonçalle Annes. Item hũa cozinha colmaça que he de comprido sete varas e huum palmo e de largo cinquo varas. Item huum celeyro colmaço que he de comprido sete varas e de largo quatro varas. Item hũa corte de gado que he de comprido oyto varas e de largo tres varas. Item huum cortelho no outom da cozinha que he de comprido quatro varas e de largo vara e mea. Item antre estas casas todas esta huum resyo de dez varas de comprido e seis de largo e tem hũa latada e hũa huveyra e per diante contra o poente partem polla estrada pubrica e de vendaval e soãao emtemtam coma as casas da dicta quintaa e de todallas outras partes com herdades da dicta capella. Item no campo que chamam o Pumar esta huum palheyro que he de comprido (fl.6v)(180) oyto varas e de largo quatro varas.

Riscado na mesma tinta: “capella”. Falta a parte superior do suporte. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “os filhos de Francisco de Moura”; e repete-se seis vezes “medido”. 180 Falta a parte superior do suporte. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se quatro vezes “medido”. 178 179

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Item detras do celleiro esta huum campo que se chama do Pumar que he de comprido trinta varas e de largo vinte e hũa e da parte do vendavall parte com huum campo de hũa quintaa e das outras(181) partes com as herdades do casal de Lopo Afonso que he da dicta capella. Item onde chamam o Curtinhall tem ho dicto casall huum campo todo cerquado sobre sy he de comprido noventa e oyto varas e de largo sesenta e todo aredor tem huveyras e parte contra o poente com o ribeiro do Enxoprall e per cima do aguyom com ho caminho que vay pera Trasousaes e das outras partes com herdades da dicta capella. Item onde chamam a Regadinha tem ho dicto casal huum souto que he de comprido sesenta e quatro varas e de largo treze varas e do vendaval parte com casal que traz Lopo Afonso que he da dicta capella e das outras partes parte com o casall que traz Pero Diaz que he da dicta capella. Item acima d’aldea de Parada na Costa de Parada onde chamam a Devesa tem ho dicto casal hũa leyra que he de comprido cento e cinquoenta e tres varas e de largo cem varas e do soãao parte com ribeirinho da Fontainhas e contra vendavall com outro ribeiro da Castinheyra e de cima per aguiom emtesta em herdade do casall que traz Pedre Annes que he da dicta capella e per fundo vay emtestar na dicta aldea. Item na dicta costa onde chamam ho Chãao da Cerdeyra (fl. 7)(182) tem ho dicto casal hũa leyra que he de comprido sesenta varas e de largo vinte e oyto varas e do soãao parte com herdade do casal que traz Alvare Annes que he da igreja de Villa Coova e do aguiom com leira do casall que traz Pero Diiaz que he da dicta e de vendavall emtesta com leyra do casal que traz Pedro Afonso que he do mosteito de Villa Booa do Bispo. Item na dicta Costa esta outra leira que se chama o Chãao da Cerdeyra que he de comprido dozentas varas e de largo noventa e cinquo varas e do aguyom parte com herdade do casall que traz Joham de Sandos que he do senhor Ruy Teelez e da parte do soãao parte com o casall que traz Pero Diiaz que he da dicta capella e das outras partes com o casal que traz Lopo Affonso que he da dicta capella. Item onde chamam a Costa da Corredoura tem o dicto casal outra leyra que he de comprido cento e quatro varas e de largo sesenta e quatro varas e parte de todallas partes com herdades da dicta capella. Item outra leyra no Lousall que he de comprido setenta e quatro varas da carreyra que vay per a fraga ata a o ribeiro de largo cinquoenta varas e do poente parte pollo ribeiro e das outras partes todas com herdades da dicta capella. Item onde chamam Santiaguo tem ho dicto casal hũa vinha que he de comprido cento e cinquoenta varas e de largo quorenta e quatro varas e parte do soãao com a vinha da quinta

Repete-se: “outras”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se três vezes “medido”. 181

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que tem Diogo Pirez e do poente pollo ribeyro e de todas as partes com (fl.7v)(183) herdades da dicta capella. Item acima desta vinha sobre o caminho que vay per a fraga tem hum pedaço de monte asy como vem a vinha dereito acima o monte he de comprido cinquoenta varas e de largo outras tantas e parte de fundo pollo dicto caminho e para cima pollo monte bravo e das outras partes com herdades da dicta capella. Item onde chamam Cimorães tem o dicto casal outro pedaço de monte da estrada que vay pera Meyjom Friio pera cima pera Sam Silvestre he de comprido dozentas e dez varas e de largo cento e cinquoenta varas e do soãao parte da estrada pera cima pello termo de Meyjon Friio dereito acima augua vertentes e daquem de ribeiro de Cemorãaes parte com herdade do casal de Fraga que he da capella e pollo ribeiro acima tem souto. Item mais na fraga huum campo que he de comprido setenta e duas varas e de largo quorenta varas e parte de todas as partes com a dicta capella e tem prazo em tres e he a primeira vida e paga a dicta capella em cada huum anno por dia de Sam Joham dozentos e trinta reaes – iic xxx reaes.

Titulo do casal que se chama de So Paaço que ora traz Pero Diiaz. Item primeiramente hũa casa de cozinha com sua camara sobradada telhada he de comprido dez varas e de largo quatro e mea. (fl.8)(184) Item huum alpendere colmaço he de comprido nove varas e de largo seis varas. Item hũa adega e lagar colmaço dez varas de comprido e quatro d’ancho de largo. Item outra casa colmaça e telhada que he oyto varas e mea de comprido e tres de largo. Item duas cortes de comprido nove varas e de largo tres varas. Item dous pardieiros huum he de comprido quatro varas e de largo duas varas e o outro de comprido tres varas e de largo duas varas. Item huum resyo antre as cortes que he de comprido quinze varas e de largo nove varas e he todo cerquado de parede e da parte do aguiom parte pollo caminho que vay pera Trasouros e do soãao e vendavall pollo caminho que vay pera Ponte Pedrinha. Item destas casas pera o poente esta huum chantado de vinha e arvores e hũa larangeyra e campos de pam e souto e devesa e huveiras todo tapado aredor de parede e vallo e(185) parte do soãao aguiom parte pollos dictos caminhos o que vay pera a Ponte Pedrinha e o que vay pera Trasouros e asy polla erdade d’Alvare Annes do casal de Villa Coava e de todallas

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Gaspar Leme [...] este casal de Rui Pirez [...]; e repete-se duas vezes “medido”. 184 Na margem esquerda desta página, em letra posterior, repete-se seis vezes: “medido”. 185 Riscado na mesma tinta: “do”. 183

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outras partes com erdades da dicta capella e he de comprido cento e noventa e varas e de largo oytenta e sete varas. Item a fundo deste campo contra ho rio de Teyxeira esta outras terra do dicto casall que se chama a Costa da Sobreyra e parte (fl.8v)(186) do aguiom com a dicto çarrado e do poente com herdade do casall ques traz Lopo Affonso que he da dicta capella com herdade do casal que traz Pedro Affonso que he de Villa Booa do Bispo e com a regada de Martim Fernandez que he do casal do mosteiro de Sande e entom polia carreyro que vay do ribeiro das casas pera Pomte Pedrinha e do soãao com erdades da dicta capella e he de comprido cento e noventa e quatro varas e de largo cento e cinquoenta pera fundo pera o riio. Item a fundo do caminho que vay pera Ponte Pedrinha tem ho dicto casall outro campo que se chama ho Ollivall que he todo cerrado sobre sy e tem huum ollival no meo e d' aredor tem souto e parte todo com herdades da dicta capella he de com­prido cento e noventa e de largo oytenta e oyto e mea. Item hũa leira que esta so campo da Ponta toda tapada sobre sy com huveiros d’aredor e do vendaval parte polia caminho que vay pera Trasouros e do poente com herdades do casall que traz Alvare Annes que he de Villa Cova e das outras partes com herdades da dicta capella. Item no çarrado do Vall da Vinha tem ho dicto casal hũa leyra que tem huum pedaço de monte por romper he de comprido cento e ciquoenta varas e de largo quarenta e oyto varas e parte de todallas partes com herdades da dicta capella. Item no souto da Pertega tem ho dicto casall hũa leyra que parte do nacente pollo carrego do chãao do eyrado e do (fl.9)(187) poente emtesta com herdade do casal de Joham Alvarez tecellam que he de Gonçallo Pinto e do aguiom e vendaval com herdades dos casaaes que traz Lopo Afonso que som da dicta capella he de comprido cento e trinta e duas varas e de largo oytenta e duas. Item onde chamam os Valles tem o dicto casall outra leyra de souto que se chama o Souto da Cerquada e parte de todas as partes com herdades da dicta capella he de comprido trinta e oyto varas e de largo doze e mea. Item onde chamam a Portella tem o dicto casall outra leyra que se chama da Portella e parte do poente com souto que he do casall que traz Pedre Afonso que he de Villa Booa do Bispo e do soãao polla monte bravo e das outras partes com herdades dos casaes da dicta capelIa que traz Lopo Afonso e he de compido cento e quatorze varas e de largo(188) cinquoenta e nove varas. Item onde chamam Painçãees tem o dicto casall outras leyra e parte do soãao com monte bravo que he da dicta capella e das outras partes todas com herdades dos casaaes que traz Lopo Afonso que som da dicta capelIa e he de comprido cinquoenta varas e de largo outras tantas. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se quatro vezes: “medida”. Na margem esquerda desta página em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medido” e “medida”. 188 Riscado na mesma tinta: “sesenta”. 186 187

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Item onde chamam o Couceyro tem o dicto casall outras leyra que he de comprido cem varas e de largo trinta e tres varas e do vendaval parte com o casall de Pedra Afonso que he de Villa Booa do Bispo e das outras partes todas com herdades da dicta capella. (fl. 9v)(189) Item na fraga do Coucyeiro tem o dicto casall outra leira que he de comprido noventa e hũa varas e de largo sesenta e nove varas e do vendaval parte com o casal d’ Alvare Anes que he de Villa Cova e do aguiom parte com outro casall de Villa Cova que traz Pedre Annes e das outras partes com herdade da dicta capella. Item onde chamam o Chãao da Cerdeyra tem o dicto casal outra leira que he de comprido se senta e quatro varas e de largo [...] varas e parte com as herdades da dicta capelIa de todalas partes. Item outra leira onde chamam Sobre ho Salgueyro que he de comprido sesenta e quatro varas e de largo dezanove varas e parte do vendaval com o casal que traz Pedro Afonso que he de Villa Booa do Bispo e das outras partes com herdades de dicta capella. Item onde chamam ho Vimeall tem a dicto casal outras leyra e parte do soão com a leira do casal d’Alvare Annes que he de Villa Cova e do vendaval com o casal que traz Branca Martinz que he de Villa Cova e do poente com ho casall do dicto Alvare Annes e com o casal que traz Pedra Afonso que he de Villa Booa do Bispo e do aguyom com herdade do casal da dicta capella que traz Lopo Affomso e he de comprido d’ aguyom a vendavall dozentas e trinta e sete varas e de largo cento e quarenta e seis varas. Item outra leyra onde chamam Rapalobo que he de comprido oytenta e nove varas e de largo setenta e nove e parte do nacente com o casall de Pedra Afonso de Villa Booa do Bispo e do aguiom erdade do casall de Fargoto que he de Villa Cova que traz (fl.10)(190) Joham Gonçallvez de Furacasaes e do vendaval com herdades dos casaaes de Pedragall que traz Joham Alverez. Item onde se chama o Emxoprall tem ho dicto casal huum souto e parte do vendaval pollo ribeiro do Emxoprall e herdade do casall e Pedro Afonso de Villa Booa do Bispo e com a regada do casal de Gonçale Annes que he da dicta capella e com herdade do casal que traz Branca Martinz e do aguiom com outra rega do casall da dicta capella que traz Pedre Annes he de comprido d’ aguiom a vendaval per o caminho foreyro setenta e seis varas e de largo en cima do campo de Pedro Affonso se senta e seis varas e fundo junto do caminho he treze varas. Item hũa regada que se chama do Cortinhall he de comprido cento e dezasete varas e de largo em fundo pera o vendaval cinquoenta varas do caminho pera o ribeyro e en cima contra o aguiom he d’ oyto varas e assy he cerquado todo sobre sy pollo ribeyro e caminho que vay pera Trasoures e assy parte de todallas partes com herdades da dicta(191) capella.

189 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “chama se o Campo de Painsais”; “Painsais”; “medido”; e repete-se três vezes “medida”. 190 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se duas vezes “medido”. 191 Riscado na mesma tinta: “quintaa”.

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Item no cimo desta regada acima do caminho contra aguiom esta huum talho d’ erdade que he de comprido trinta e cinquo varas e de largo quatro e tem tres castinheyros e hũa huveyra e do vendaval entesta com herdade de Alvare Annes que he de Villa Cova e das outras partes com herdades da dicta capella. As quaaes herdades demarcou Gonçalo Affomso de Palhaes que foy tomado por homem boom pera demarquar as dictas (fl.10v)(192) herdades e pollo juramento que lhe foy dado declarou estas herdades atras escriptas por da dicta capella e que de mais nom sobra parte e o caseiro per o dicto juramento que lhe foy dado assy o disse e este casal paga em cada huum anno em dinheiro quatrocentos e trinta reaes – iiiic xxx reaes. E de trigo quatro alqueyres - iiii alqueyres. E de milho quatro alqueires - iiii alqueyres. E de vinho molhe oito almudes - viii almudes. E de azeite dous alqueires - ii alqueires. Este casal traz Pero Diaz escudeiro e nom tem prazo.

Tombo dos casaes que traz Lopo Afonso e hũa quebrada da dicta freguesia de Sa’Miguel que se chama o casal de Cima de Villa e o Casal de Fundo de Villa e a quebrada que se chama do Vale de Parada. Item primeiramente as casas. Item huum celeiro colmaço que he de comprido oyto varas e de largo cinquo varas. Item diante deste celeyro esta hũa casa colmaça e huum pardieiro que foy cozinha e antre este pardieiro e o (193) huum resio com hũa ramada sobre a porta do quinteiro e he de comprido da porta do celeyro pera aguiom o cabo do pardieiro om [...] e da porta do palheyro pera porta do quinteiro som [...] e no cabo resio conta (fl. 11)(194) o soãao esta huum palheiro que he de comprido [...] e de largo a porta do celeiro esta huum alpendere com huum lagar. Item alem desta midiçam contra o aguiom e contra ho soãao estam duas latadas de vinha que som de comprido do aguiom ao vendaval oytenta e tres varas e de largo do caminho que vay polla aldea pera o soãao som cinquoenta varas e no meyo esta hũa eyra cerquada de parede e nesta midiçam entram estas casas todas atras escriptas.

192 Na margem esquerda desta página, na mesma letra: “adiante vay a midida”. Na margem direita, em letra muito posterior: “este cazal se cahma agora do Sargaço”. Em pé de página, em letra muito posterior: “a fl. 15 esta o cazal de Parada e vai metido agora com este”. 193 Riscado na mesma tinta: “palheiro”. 194 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “possue Manuel Gouvea de Angeira esta vindido duas vezes”; e repete-se quatro vezes “medido”.

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Item detras destas casaas e vinhas contra o soãao esta huum campo que he de comprido do aguiom ao vendaval noventa varas e de largo cinquoenta e tres varas e do vendaval parte com herdade do casal da Fraga que traz Joham Lopez e com Gonçalle Annes caseiro da dicta capella e do aguiom parte com herdade e souto que traz Pedre Anes que he da dicta capella e das outras partes com herdades que som da dicta capella. Item onde chamam as Valles tem ho dicto casall hũa leyra e parte do vendaval com herdade do casall de Villa Booa do Bispo e do soãao com herdades do casal de Pero Diaz que he da dicta capella e das outras partes com o dicto casal de Villa Booa do Bispo e he de comprido dozentos e quinze varas e de vendaval por aguiom e de largo per fundo contra o vendaval noventa e oito varas e per cima aredor de hũa tapadura cento e noventa e seis varas. Item logo acima desta leira contra aguiom esta huum campo todo cerrado de parede sobre sy e parte do soãao e aguyom (fl.11)(195) com herdade do casal de Pero Diaz e per o monte bravo e do nacente e das partes com suas herdades cento e vinte e oyto varas e de largo cinquoenta e cinquo varas. Item outra leira em Paiçaaes e do soãao parte com este cerrado acima escripto e com o casall de Pero Diaz da dicta capela e do poente com o casall d’Alvare Annes de Villa Coova e com o casall de Pero Diaz e das outras partes com herdades da capella he de comprido cento e sessenta varas e de largo cento e vinte e hũa. Item a par do rechão do Coucieyro tem ho dicto casall outra leira e parte do soãao com herdade do casalI d’Alvare Annes que he de Villa Cova e do aguyom com ho dicto rechão do Coucieyro que he de Pedro do Casall da dicta cape lIa e do vendaval parte com Pedro Afonso que he do casal de Villa Booa e das outras partes com herdade da dicta capella he de comprido cento e vinte e de largo oytenta e quatro. Item em Pertega tem ho dicto casal hũa leira que he de comprido cento e quorenta e de largo sesenta e nove e do nacente parte com erdade do casal de Pedro Afonso que he de Villa Booa do Bispo e do aguyom com herdade do casal de Pero Diiz que he da capelIa e do poente entesta com herdade da quinta dos Loyvos e da outra parte polIo corrego do chão do eyrado. (fl.12)(196) Item a vinha do Togall (sic) que he do dicto casall he de comprido noventa varas e de largo des arriba da herdade do casall da Fraga vindo pera aguiam com huum pedaço do souto que faz hũa chave he de largo cento e trinta varas e parte do soãao e d’ aguiom com ho casal de Villa Booa que traz Pedro Afonso e de todallas outras partes com herdades do dicto casal de Cima de Villa. Item onde chamam a Fonte das Eyras tem ho dicto casal outra leyra e parte do vendaval e do soãao com herdades dos casaaes que traz Joham Alverez do Pedregall e asy de todas as outras partes he de comprido cem varas e de largo setenta e cinquo varas. Na margem erquerda desta página, em letra posterior, para além de várias palavras riscadas e ilegíveis: “medido”; e repete-se duas vezes “medida”. 196 Na margem esquerda desta página, em letra posterior: “vive nelle Domingos Alverez e Andre Pereira”; e repete-se três vezes “medido”. 195

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Titulo da quebrada de Vall de Parada Item a quebrada do Vall de Parada he da dicta capella e esta toda junta que se nom mete antre ella outra cousa de fora e tem lavra de pam e souto e devesa e parte toda do soãao com monte bravo e do aguyom polla estrada pubrica que vay pera Meyjom Friio com herdade do casal que traz Dellodeu Gonçallvez que he do mosteiro d’Ansede e do poente com os casaaes de Gonçalo Annes e de Pero Diiz que som da capella e do vendavall com herdades da dicta capella e mais tem hũa figueira e hũa nogueira huveiras he de comprido quatrocentos e nove varas de largo cento e noventa e quatro varas.

Titulo do casall de Fundo de Villa que traz o dicto Lopo Affomso Item primeiramente hũa cozinha com tres cortes e huum pardieyro todo cerrado sobre sy com huum resido no meo que he (fl. 12v)(197) de comprido quinze varas ataa o caminho e de largo nove varas. Item do longo destas casas contra ho venda e per detras da cozinha ataa o caminho esta huum cerrado de ramadas e huveyras todo sobre sy he comprido per detras da cozinha pera fundo per o vendaval cinquoenta varas e de largo pollo caminho vinte varas e parte do aguyom com herdade do ca que traz Pedre Annes que he de Villa Cova e do se partem as casas e vinha polla estrada pubrica. Item sobre a dicta estrada detras da costa d’adega do casall de Cima de Villa esta outro cerrado de vinha que he de conprido polIa estrada vinte varas e de largo doze varas. Item onde chamam o Campo dos Carros leyra e parte da parte do aguyom com herdade do casal de Pedro Afonso que he de Villa Booa e das outras partes com herdades do casall que traz Pedro Annes que he de Villa Cova e entesta na estrada he de conprido trinta e oyto varas e de largo dezasseis varas. Item onde chamam os Valle outra leyra parte per fundo do vendaval com erdade do casa traz Pedro Annes que he de Villa Cova e de todas outras partes com herdades do casall que traz Pedro Affomso que he de Villa Booa he de comprido e nove varas e em cima contra ho aguyom he de sesenta e quatro varas e em fundo vinte varas. Item a fundo da aldea de Parada contra ho rio esta hũa leyra que se chama do Lousall e do ribeyro de Santiago hyndo pera (fl.12)(198) travesia he de comprido cento e treze varas e de cima vindo pera Santiago he de largo noventa e seis varas e parte de contra o rio com herdades do casall de Martym Fermandez que he do mosteiro d’ Ansede e das outras partes com herdades da capella.

Na margem esquerda desta página, em letra posterior, repete-se cinco vezes: “medido”. Na margem esquerda desta página, em letra posterior, repete-se quatro vezes: “medida”.

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Item onde chama a Regadinha outro campo cerrado sobre sy e de comprido cento e sete varas do nacente pera o poente e vay teer ao ribeiro do Cortinhall he de largo noventa e varas e da parte do vendavall parte com o souto do casall de Pedro Afonso que he de Villa Booa e de todas outras partes com herdades da dicta capella. Item onde chamam as Portellas tem ho dicto casall outras leyra e parte do soão com o casall de Gonçalo Annes que he da dicta capella e do aguiom com herdades do casal que traz Delladeu Gonçallvez que he do mosteiro d’ Ansede e do poente com herdades do casall de Pedro Afonso que he de Villa Booa e do vendaval com herdades da dicta capella he de comprido cento e sesenta varas e de largo se senta e seis varas. Item onde chama a Fraga do Coucieyro tem o dicto casall outra leyra e parte do poente com herdades do casal d’ Alvare Annes e do casal de Pedro Afonso e de todas as outras partes com herdades da dicta capella he de comprido do soãao pera travesia cento e vinte varas e de largo cento e nove(199) varas. Item onde chamam as Fontaynhas tem o dicto casal outras leyra e parte do aguiom e do vendavall com herdade do casall do Pedro Afonso que he de Villa Booa do Bispo e das outras partes todas com herdades da (fl.13v)(200) capella he de comprido dozentos e quatorze varas e de largo cento e doze varas. Item outra leira do dicto casall que se chama da Castinheyra e parte do aguiom com o casal que traz Pedro Afonso de Villa Booa e do soãao com hũa leira do casal que traz Alvare Annes que he de Villa Cova e de todas as outras partes com herdades da dicta capella he de comprido cento e sesenta e hũa varas e de largo cinquoenta e nove varas. Item onde chamam a Tapada tem outra leyra que he de comprido sesenta e cinquo varas e de largo cinquoenta e hũa varas e parte do aguiom com herdade do casal de Villa Booa e do soãao e do vendaval com herdade do casall d’ Alvare Annes e de todallas outras partes com herdades do casall da igreja de Trasouras que traz Martinho da Igreja. Item onde chamam as Emcruzilhadas tem o dicto casall outra leyra e parte do poente com herdade do casal que traz Alvaro Pereyra de Marnotos que he de Pombeiro e com herdade dos casaes que traz Fernam Pereyra de Trasouras e com herdade do casall da dicta igreja de Trasouras e do soãao com herdade do casall que traz Martim Femandez d’Arrufe que he do mosteiro d’ Ansede e do aguiom com herdade do casal que traz o ferreiro de Gestaçoo que he do Ballsamom he de comprido noventa e nove varas e de largo sesenta e quatro varas. Item onde chamam ho Outeiro da Moo tem ho dicto casal hũa leyra que se chama o Souto de Fundo he de comprido cento e quato varas e de largo se senta varas e do poente (f1. 14)(201) emtesta com herdade da quinta dos Loyvos e do soãao emtesta no ribeyro do moinho e das outras partes de fundo e de cima com herdades da dicta capella.

Inicialmente escreveram “onze” e em seguida corrigiram para “nove”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se quatro vezes: “medida”. 201 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, “tralo Rodrigo de Calvos he Iª pessoa”; “medida”; e repete-se três vezes “medida”. 199

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Estes dous casaaes com esta quebrada traz Lopo Afonso lavrador morador em Parada e paga dellas em cada huum anno aa capella seiscentos reaes – vic reaes. Estas herdades todas atras escriptas declarou ho dicto caseyro per juramento dos avamgelhos e assy Gonçalo Afonso de Palhaes homem bom que lhes foy dado que eram da dicta capella. E foram mididas todas ver vara de cinquo palmos per o dicto Joham Diiz Pinheyro e tem prazo em tres vidas ele he a primeyra vida etc e paga aas terças do anno e paga de lutosa de cada pessoa outro tanto como de renda.

Titulo do casall da dicta capella que ora traz Pedre Annes na aldea de Parada que he na dicta freguesia de Tresouras Item primeiramente hũa casa de cozinha que he cinquo varas e mede de comprido e de largo quatro varas e duos terços. Item a fundo desta cozinha este huum celleyro que he de comprido seis varas e mea e de largo quatro varas e huum palmo. Item defronte de porta da cozinha esta hũa corte de comprido cinquo varas e de largo quatro varas. Item detras do celleyro dous pardieiros que som de comprido dez varas e de largo(202) tres varas. (fl. 14v)(203) Item antre o celeyro e os pardieiros esta huum resio que he de comprido des ho outom da corte pera fundo pera o casal d’ Alvare Annes vinte e sete varas e de largo seis varas. Item dante a porta e de largo e o outom da cozinha pera o soãao esta huum canpo todo çarrado sobre sy e tem d’aredor e per o meo huveiras e do outom da cozinha pera o soão he de comprido cento e trinta varas e de largo som(204) cinquoenta varas e(205) parte de cima polla estrada publica e do soãao com herdade do casall da igreja de Villa Cova que se chama dos Pardieiros que ora traz ho dicto Pedre Annes e do vendaval com herdade do casal que traz Alvaro Annes que he de Villa Cova e das outras partes com herdades do dicto casall. Item mais ao longo do casal d’ Alvare Annes huum campo que chamam de Nogueira que he de comprido oytenta e quatro varas e de largo vinte e nove varas e do vendaval entesta no caminho que vay da quinta pera Tresouras e do soãao com ho casall d’Alvare Annes de Villa Cova e de travesia com herdades do casal dos Pardieyros que he de Villa Cova e assy do aguyom.

Riscado na mesma tinta: “qua”. Na margem esquerda desta página, em letra posterior, repete-se três vezes: “medida”; e duas vezes “medido”. 204 Repete-se: “som”. 205 Riscado na mesma tinta: “da”. 202

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Item onde chamam o Bacillinho que e cerrado sobre sy he de comprido cinquoenta e duas varas e de largo cinq uoenta varas e tem souto e devesa e parte da travesia e do aguiom com herdades dos dictos casaes de Villa Cova e das outras partes com herdades da capella. Item honde chamam o Bacello a fundo do casal de Villa (fl.15)(206) Booa esta hũa leyra de chentoado de vinha e huveyras he de comprido sesenta quatro varas e de largo quatorze varas e parte do aguiom com herdades do dicto casal de Villa Booa que traz Pedro Afonso e das outras partes com herdades da dicta capella. Item honde chamam os Valles tem o dicto casall hũa leyra que he de comprido quorenta e tres varas e de largo doze varas e da parte do soãao emtesta com souto do casall de Villa Cova que traz Pedra Annes e das outras partes com herdades da dicta capella que traz Lopo Afonso. tem honde chamam a Bouça tem o dicto casal huum canpo çarrado sobre sy he de comprido noventa varas e de largo cinquoenta e seis varas e de vendaval parte com herdades do casal que traz Martim Femandez que he do A1coforado e do soãao com herdade da capella e das partes com herdades de Villa Coova. Item homde chamam os Lameiros tem huum campo que he de comprido cento e doze varas e de largo per cima cinquoenta varas e em fundo dezoyto varas e da travesya parte com herdade da igreja de Tresouras e das outras partes com herdades da igre de Villa Coova. Item honde chamam a Castanheyra hũa leyra que he de comprido dozentos e vinte varas e de largo per meo cento e vinte e um fundo noventa varas e da travesiia pera vendavall parte com herdades do casal d’ Alvare Annes que he de Villa Cova e do aguiom como casall de Villa Booa do Bispo (f1. 15v)(207) do soãao com a capella. Item no Pedragall hũa leira que he de comprido cento e (208) varas e de largo sesenta e duas do vendaval e soãao parte com herdades de Vila Cova e das outras partes com herdades da dicta capella. Item no ribeiro da Castinheira hũa leyra meo souto herdade he de comprido dozentos e vinte varas e de largo cinquoenta varas e parte da travesiia com herdades da igreja de Villa Cova e de todallas outras partes com a dicta capella. Item a fundo da dicta quinta na costa pollo caminho que vay pera Meyjom Friio tem hũa leira he de comprido cento cinquoenta e tres varas e de largo outras tantas e contra o rio da Teyxeira parte com herdades dos casaaes que traz Fernam Pereyra e das outras partes com herdades da capella. Item em Pertega tem outras leyra que he de comprido cento e setenta e de largo cento e vinte e de contra ho rio parte polla estrada que vay pera os Loyvos e de contra os Loyvos emtesta em herdade dos casaaes de Fernam Pereyra e de cima parte com herdade da capella e do soãao emtesta no ribeiro do Moyo.

Na margem esquerda desta página, em letra posterior repete-se duas vezes: “medido” e “medida”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “por agora iiii”; e repete-se quatro vezes “medida”. 208 Riscado na mesma tinta: “trinta”. 206 207

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He estas herdades declarou ho dicto caseyro que eram da capella pollo juramento dos avangelhos que lhe foy dado com o dicto Gonçalo Affomso de Palhaes homem boom e paga em cada huum anno a dicta capella de renda desta casal dozentos e vinte reaes – iic xx reaes (fl.16)(209) as terças as quaes herdades foram mididas per o dicto Joham Diiz porteiro dos dictos resiidoos per vara de cinquo palmos e tem prazo em duas vidas que a primeyra he.

Titulo do casal da Fraga que he da dicta capella e traze o Joham Lopez Item primeiramente hũa vinha do dicto casall que he de comprido cento e dezasete varas e de largo oytenta e oyto varas e a fundo desta vinha esta huum campo com huum pedaço de monte entre o canpo e a vinha e he de comprido do ribeyro da Fraga ataa o rio da Teixeyra cento e quarenta varas e de largo oytenta e oyto varas e no cabo deste campo esta huum moynho nom moe. E acima desta campo pollo ribeiro da Fraga acima tem outro campo he de comprido setenta varas e de larguo trinta e sete varas e tem huveiras ao longuo do ribeiro de d’alem do ribeiro per so a vinha que traz Martim Annes esta outro campo(210) ho longuo do dicto ribeiro que he de comprido cem varas e de largo polla forno telheyro trinta e duas e no cimo dez varas. Item allem do rio da Teyxeira tem ho dicto casall huum cerrado todo sobre sy per parede e rio e dentro neste campo esta huum pedaço de vinha e vinte pees de castinheiros e he todo de comprido polla estrada que vay pera Meyjom Friio dozentos e treze varas e de largo cento e sesenta e tres varas e per meo deste casall vay o rio da Teyxeira e parte de cima polla estrada publica que vay pera Meyjom Friio. (f1.16v)(211) E acima da estrada dereito pera Sam Silvestre antre a herdade que he demarcada da dicta quinta de Parada e a do casal de tralla quinta que traz Gonçale Annes vay huum pedaço de monte do dicto casall da Fraga que he de comprido dozentos e dez varas e de largo cento e sesenta varas. Item mais onde chamam Çamoraaes tem ho dicto casall hũa (212) (43) vinha com monte e souto alem delaa e he de comprido cento e sesenta varas e de largo cento e doze varas, convém a saber, esta midiçam he des ho ribeiro de Çamoraaes pollia estrada ate as portas

209 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Gaspar Francisco”; “medida”; e repete-se duas vezes “medido”. Em pé de página, em letra igualmente muito posterior: “paga oitenta reis de seIlo, desta e seguinte. Porto 4 de Novembro de 1862. Ferreira. Castro”. 210 Riscado na mesma tinta: “d”. 211 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se duas vezes “medido”. 212 Riscado na mesma tinta uma palavra ilegível.

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de Meyjom Friio e assy como parte poli o rio da Teyxeira e acima da estrada vay Monte Bravo augas vertentes ata Sam Silvestre que pertece e he da dicta capella. Item mais tem ho dicto casall a fundo da aldea de Parada honde chamam o Vall da Vinha huum campo que he de comprido do soãao para travesia dozentas varas e de largo cem varas e arvores tem hũa pereira e huveyras e castinheiros e parte de todallas partes com herdades da dicta capella. E estas herdades foram declaradas por o dicto casal da Fraga que he da dicta capella per Gonçalo Afonso de Palhaes homem boom e traze o Joham Lopez barbeyro de Meyjom Frio e paga em cada huum anno a dicta capella quatrocentos e trinta reaes iiiic xxx. E nom tem prazo. E esta quinta de Parada com estes casaaes atras (fl.17)(213) contheudos teem termo, convém a saber, como parte per Santa Maria da Graça entom as Seyxas Alvas e per o coucom (sic) augas vertentes pollo espigom do monte dereito ao rio da Teixeira e entom pollas portas de Meyjom Friio direito a Sam Silvestre entom pollo espigom do monte dereito a Ponte Pedrinha entom as dicta quinta sem entrar dentro cousa algũa de fora senam todo da dicta capella e neste compasso estam estas tres vinhas adiante escriptas. Item logo acima deste casall pollo ribeiro contra aguyom vay hũa vinha que ora traz Gonçalo Pirez de Meyjom Friio com huum campo per so a vinha a qual vinha he de comprido dozentos e trinta e cinquo varas e de largo cinquoenta varas e o campo he de comprido setenta e cinquo varas e de largo quinze varas e(214) e da parte do vendavall com ho casall da Fraga da dicta capella e per cima contra ho soãao pollo Monte Bravo que he da capella ate freyguesia Elvar e dy pera fundo pollo ribeiro da Fraga e tem prazo em tres vidas he a primeyra vida e paga em dada huum anno por dia de Natall a dicta capelIa cem reaes – ic reaes. Item no dicto logo da Fraga traz Martim Annes hũa vinha e tem tres casas em que vive, convém a saber, cozinha celleyro e hũa corte esta vinha e casas he todo cerrado sobre sy per parede e o ribeiro da Fraga he de comprido dozentas varas e de largo cinquoenta varas e no cimo desta(215) vinha o longo do ribeyro tem mais huum campo com hu[um pe]daço de monte e d’ aguyom pera o vendaval he de comprido polla carreyra trezentas e cinquoenta varas e de largo cinquoenta varas e no fundo da vinha tem huum lagar cuberto com huum alpendere e disto tem prazo em tres vidas elle he a primeira e paga em cada huum anno por dia de Natall a dicta capella em dinheyro setenta reaes Lxx reaes. E hũa galinha - i galinha. (f1.17v)(216) Item no dicto logo da Fraga no ribeiro das Caldas esta hũa vinha que a traz emprazada Diogo Borges morador em Trasouras he de comprido cento e vinte e cinquo varas e de largo quorenta e oito varas e parte de todallas partes com herdades da dicta capella e este Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “tralla Domingo Gonçallvez he primeira pessoa paga ii reaes”; “Ana Martiinz terceira (?) pessoa”; “trala ora Manuell de Freitas primeira pessoa paga ii xxx reaes”; “paga i Lxx, i galinha”; e repete-se duas vezes: “medido”. 214 Riscado na mesma tinta: “da”. 215 Riscado na mesma tinta: “canp”. 216 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “João Monteiro e /.../ Teixeira”; “Hellena de Alvaranga de Vila Juzam posue”; tem ho Branqalho he Ia pessoa paga ii Lx”; “Domingos Alverez de Te213

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Diogo Borges tem prazo em tres vidas e he a primeira vida e paga em cada huum anno por o dia de Natall cento e quorenta reaes - cento Rta reaes.

Titulo do casall de Trasouras que se chama de Parada que ora traz Joham Alvarez do Pedragall Item primeiramente hũa cozinha colmaça que he de comprido dez varas e de largo cinquo varas. Item huum resio ante a porta da cozinha que he de comprido quatorze varas e de largo da porta da cozinha pera a rua treze varas e tem hũa latada. Item detras da cozinha pera o soãao huum cerrado he de comprido oytenta e sete varas e mea e de largo quorenta e cinquo varas e dentro neste cerrado estam figueiras e arvores e per detras do outom da cozinha contra o aguiom e da travesia parte com ho casall que traz Pedre Annes e he de Villa Cova e do vendaval e soãao parte com o casall que traz Femam Pereira que he do mosteiro de Travanca e mtesta outras vez do aguiom com herdade do casall que traz o dicto Joham Al[varez] do Pedragall que he do mosteiro de Caramollos. Item honde chamam o Quebrançeiro tem ho dicto casal hũa leyra que he de comprido quorenta varas e de largo dez varas e parte do soãao com herdade da igreja de Trasouras (fl.18)(217) e do aguiom e travesia com herdades dos casaaes do Pedragall e do vendaval com herdade do casal que traz Pedre Annes que he de Villa Cova. Item honde chamam Pertega tem o dicto casall outras leyra que chamam a Leyra do Novoedo que he de comprido dozentas varas e de largo oitenta e oyto varas e mea e parte da travesia com herdade da igreja de Tresouras e do vendavall com o casall de Pedro Annes Tosquado que he de Villa Cova e do soãao com herdade de Gonçalo Pinto e do aguiom com o casall que traz Femam Pereyra. Item acima d’aldea de Trasouras onde chamam as Lamas tem o dicto casal hũa leyra com cinquo castinheyros e he de comprido cinquoenta e quatro varas e de largo quorenta varas e parte de todas partes com os casaaes do Pedregall que traz ho dicto Joham Alvarez e paga em cada huum anno a dicta capella cento e trinta e v reaes - cento xxx v reaes. E nom tem prazo. Estas herdades deu e declarou por da dicta capella pollo juramento dos avamgelhos que lhe foy dado e que de mais nom sabia parte.

souras disse que estas cazas estiverão onde chamão a Pedra Incavalla mas não posue a sobredita e tambem sabe das outras terras”; estas propriedades vão metidas no cazal do Sargaço”; “medida”. 217 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “trailo Pedro Aires de Bainquas Ia pessoa”; “paga x de trygo, x de milho, x de centeo, v almudes de vinho, v geiras a vinha do poço”; e repetese duas vezes “medida”.

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Titulo da freyguesia de Sam Joham de Gestaçoo Item aos onze dias do mes de Março se começou a fazer na freyguesia de Gestaçoo. Tombo do casall das Baianquas que he da dicta capella. (fl. 18v)(218) Item primeiramente hũa cozinha colmaça que he de comprido oito varas e de largo cinquo varas e hũa terça. Item outras casa que he de comprido oito varas e terça e de largo cinquo varas e hũa terça. Item tres cortes que som de comprido quatorze varas e de largo cinquo varas. Item mais hũa casa de celeiro que he de comprido onze varas e de largo seis varas todo colmaço. Item antre a cozinha e o ce1eyro esta hũa eyra e a cabo da eyra pera o soãao esta huum lagar com huum alpendre com sete huveyras e do outom do ce1eiro ataa ho outom dos [...] pera cima pera aguiom he de comprido trinta varas e de largo per meo da eyra da estrada pera Parada da vinha he de largo dezasseis varas e partem estas casas atras escriptas e midiçom com herdade do casall que traz Joham Afonso de Cima de Villa que he do mosteiro de Gundar e entam pollo caminho pera fundo e das outras partes com herdades do dicto casall. Item logo abayxo destas casas esta hũa latada de vinha com muitas huveyras e figueiras e outras arvores muitas e parte todo assy como esta çarrado sobre sy do soãao com o casal que traz Lopo Fermandez que he d’ Ayraaes e do vendaval com ho casal que traz Pero Gonçalvez do Paço que he do mosteiro d’ Ansede e com ha quebrada que traz Alvaro de Crasto que he da igreja de Sancha (sic) entom polla caminho da dos Bagaços acima e das outras partes com elIe mesmo casall e he de comprido das casas pera fundo cinquoenta e duas varas e de largo pera cima arredor das casas cinquoenta varas e per fundo he de larguo (fl. 19)(219) quarenta e seis varas. Item detras das casas esta huum resio todo cerquado d’ arvores que he de comprido dezanove varas e de largo dezasseis varas e parte do soãao e vendaval com o casal que traz Lopo Femandez que he d’ Ayraes e das outras partes com elle mesmo casall. Item acima das casas da parte d’alem do caminho contra aguiom e travesia esta hũa ribada com arvores de houveiras que he de comprido trinta varas e de largo sete varas e dentro nesta hũa corte e parte polia caminho das [...] e do aguiom e das outras partes com herdades do casall de Ballsamom que traz Cathellina Pirez. Item honde chamam o Chãao do Paaço tem do dicto casal outra leyra que he de comprido cinquoenta varas e de largo contra aldea vinte e seis varas e contra aguiom nove varas e tem tres castinheiros e parte do aguiom com o casal que traz Pero Gonçallvez do

218 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “todas as cazas medidas”; “medida”; e repete-se três vezes “medido”. 219 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medido” e “medida”.

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Paço que he d’ Ansede e com ho casal que traz Joham Afonso de Cima de Villa que he de(220) Gundar e do soãao entesta no caminho foreyro que vay d’ aldea e das outras partes de Ruy Teelez. Item honde chamam o Candeyro tem o dicto casal hũa leyra que he de comprido cento e dezasete varas e de largo quinze varas e tem huum castinheiro e parte da travesia com herdades do casal de Balsamom e do casal d’ Eyraaes que traz Lopo Femandes do aguiom emtesta na presa do Candeyro e do soãao com herdades da comenda de Fonte Arquada que traz Afonso Annes e com o casal de Fundo de Villa e do vendaval emtesta em herdade do casal d’ Ansede que traz Delladeu. (fl. 19v)(221) (52) Item honde chamam a Fraga das(222) tem ho dicto casall que parte com herdades do casall que, traz o dicto Joham Gonçalvez que [he] d’ Ayraaes e do casal que traz Delladeu que he d’ Ansede e do aguiom com o casal de Papim e com outro casal de Papim que he de Pombeiro e do soãao com casall de Balsamom que traz Catarina Pirez e com erdade da comenda de Fonte Arquada que traz Afonso Annes e do vendaval com casal d’ Ansede que traz Delladeu he de comprido sesenta e duas varas e de largo cinquoenta e sete varas. Item logo no dicto logo tem mais outras leira e parte do aguiom com herdades dos dictos casaes de Papim que som de Balsamom e de Pombeiro e emtesta com herdade da dicta capella que traz Maria Annes de Marnotos e contra o soãao com herdade do casall de Catarina Pirez que he de Balsamom e he de comprido oytenta e oyto varas e de largo dezasete varas. Item onde chamam o Valle tem o dicto casal outra leira he de comprido vinte e cinquo varas e de largo onze varas e parte do vendaval com herdade de Pero Gonçalvez de Furacasas e das outras partes com ho casal do Valle que traz Joham de Sendas. Item astam (?) Maria da Graça tem o dicto casall outra leyra e parte polla porta desta Maria emtom polla estrada pubrica e do aguiom parte com casaaes de Fonte Arquada em cima emtesta em herdade do casall d’ Ayraes que traz adicto caseyro e das outras partes com herdades da dicta capella e he de comprido cinquoenta e tres varas e de largo outras tantas. Item honde chamam os Salgueiros(223) tem ho dicto casal outra leira e parte da travesia com herdades do casal d’ Ayraes que traz Lopo Femandez e do casal de Balsamom que traz Catarina Pirez e do vendaval com (fl.20)(224) herdade do casall do Farjoto que he de Villa Cova e do soãao com herdades do casal de Delladeu que he d’ Ansede e do aguiom emtesta com herdade do casaIl de Fonte Arquada que traz Afonso Annes he de comprido fo soãao pera travesia cento e dez varas e de largo noventa e quatro varas. Item no dicto logo dos Salgueiros tem outra leyra e parte do aguiom com o casal do ribeiro que he d’ Ayraes entesta com herdades dos casaes de Fundo de Villa e do soãao com o

Riscado na mesma tinta: “f”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Esta he necessario chamar os contratantes porque faltam vidas”; “Esta satisfeita”; “Não aparece”; e repete-se três vezes “medida”. 222 Riscado na mesma tinta: “Salgueraes”. 223 Entrelinhado em letra posterior: “Salgueraes”. 224 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido” e repete-se três vezes “medida”. 220 221

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casall de Lopo Femandez que he d’ Ayraes e do vendaval entesta co herdade dos casaaes de Fonte Arquada he de comprido noventa e seis varas e de largo vinte e nove. Item honde chamam os Castellos tem o dicto casal outra leyra e parte do soãao com os casaes do Pedregal e do aguiom com o casal de Ruy Teelez que traz Diogo Afonso entesta com herdade da casall do Farjoto e do vendaval com o casal d’ Astrado (sic) he de comprido setenta e cinquo varas e de largo trinta e hũa. Item mais outras leira em Gouça e parte do vendaval com herdade de Ruy Teelez e da comenda de Moura Morta e do soãao e aguiom com herdade de Fonte Arquada e da travesia com os casaaes de Fundo de Billa he de comprido cento e doze varas e de largo cinquoenta e duas e em fundo entesta com herdade da dicta capella. Item em as Quartas tem o dicto casall huum campo todo cerrado sobre sy de parede e he de comprido setenta e seis varas e de largo cinquoenta varas e do soãao parte com herdade da dicta capella e das outras partes com herdades de Ruy Teellez. (fl. 20v)(225) Item em Luboçam honde chamam a Nog[u]eira tem ho dicto casall hũa leira e parte do soãao com casall do Ribeiro que he d’ Ansede que traz Delladeu e do vendaval com herdade de Moura Morta e do aguiom com herdade de Ruy Teelez e da travesia entesta outra leira do dicto casal he de comprido cinquoenta e sete varas e de largo quorenta e quatro. Item mais outra leyra no dicto logo e de soãao e de travesia parte com Ruy Teelez e do aguiom e do vendaval parte com herdade de Moura Morta e de comprido cem varas e de largo trinta e oito varas e tem souto. Item mais outra leyra no dicto logo que parte da travesia com Moura Morta e d’ aguiom com o casal do Ribeiro que traz Joham Afonso e das outras partes com herdades de Ruy Teelez he de comprido cento e quorenta e oito varas e contra aguyom faz hũa chave he de largo trinta e seis varas e per meeo do campo do Mouo (sic) arriba ha xv varas e mea. Item outra leira no dicto logo e parte d’aguiom com herdade de Moura Morta e da Fonte Arquada que traz Fernam Annes e da travesia pollo caminho foreiro que vay pera Calvos e faz hũa chave acima do caminho de Ruy Teelez e tem outo per meo he de comprido oytenta e oyto varas e de largo contra do vendavall dezasete varas e contra aguyom vinte varas. Item honde chamam o Rio tem ho dicto casal huum pedaço de souto de devesa que he de comprido quorenta varas e de (fl.21)(226) largo vinte e oito parte de travesia com casall de Lopo Femandez que he d’ Ayraes e do soãao com herdade de Balsamom e das outras partes com a dicta capella. Item honde chamam o Muinho da Igreja tem ho dicto casall hũa leira e parte do soãao com herdade d’ Ayraes que traz o dicto caseiro e da travesia com herdade da igreja de varzea que traz Alvaro de Castro e do vendaval pollo ribeiro e do aguiom com herdade de Gundar que traz Joham Afonso he de comprido sesenta e quatro varas e de largo cinquoenta varas. 225 Na margem esquerda desta página, e em letra muito posterior: “posue [...] dos Loivos e Andre Ribeiro”; “medida”; e repete-se três vezes “medido”. 226 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se duas vezes “medida”.

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Item honde chamam a Lama da Varzea tem ho dicto casall hũa leira que parte do soãao com herdades de Gundar que traaz Pero Gonçallvez de Palhaes e com herdade de Balsamom que traz Catherina Pirez e do aguiom e travesia com herdade de Fonte Arquada que traz Afonso Annes e do vendaval emtesta no ribeiro e he de comprido cento e sesenta e hũa varas(227) de largo per fundo contra ho ribeiro onde faz hũa chave trinta e cinquo varas e per cima junto com a estrada he de largo vinte e hũa varas. Item honde chamam a Tojeira tem o dicto casall hũa leyra que parte da travesia parte com herdade do casal de Valle que he de Fonte Arquada e do aguiom parte per cima pollo Monte Bravo e do soãao com o casall de Palhaes que he de Gundar e do vendaval polla estrada pubrica e he de comprido dozentas varas e de largo polla estrada cinquoenta e tres varas e per cima setenta varas. (fl. 21v)(228) Item onde chamam a Jugada tem outra leyra e parte do vendaval com herdade d’ Ayraes e do soãao emtesta em erdade do casal d’ Estrada e do aguiom com herdade do casal de Papim de Balsamome da travesia emtestaem herdade da igreja de Gundar que traz Joham Afonso e he de comprido quorenta e cinquo varas e de largo vinte varas. Item no dicto logo da Junta tem outra leyra e parte do soãao com herdade do mosteiro d’ Ansede e do vendaval emtesta na estrada pubrica e do aguiom com herdade d’ Ayraes e per cima pollo Monte Bravo he de comprido cento e cinquoenta varas e de largo trinta e duas varas. Item honde chamam a Levada tem outra leyra e parte do soãao com herdade de Ruy Teelez e do aguiom com herdade do casall que traz Delladeu e com herdade de Gundar e da travesia parte polla estrada he de comprido o longo do caminho sesenta e duas varas e de largo trinta e cinquo varas. Item n’ Auga Morta tem ho dicto casall hũa leyra e parte do vendavall com herdades do casall do ribeiro que he d’ Ayraes que traz ho dicto caseiro e da travesia pollo carego com herdade do casall de Cima de Villa que he de Gundar e do aguiom com casall de Lopo Ferrnandez que he d’ Ayraes e per cima pollo Monte Bravo e do soãao com herdade do casall de Palhares que he de Gundar setenta e seis varas e de largo(229) quorenta varas. Estas herdades todas deu e declarou ho dicto Joham Gonçallvez caseiro todas por da capella pollo juramento do santos avangelhos que lhe per o dicto Joham Diiz porteiro foy dado. Isto paga em cada huum anno aa capella. Item de trigo cinquo alqueyres - cinquo alqueires. Item de centeo dez alqueyres - x alqueires. Item de milho cinquo alqueyres – cinquo alqueires. Item de vinho cinquo alqueyres – cinquo alqueires. Repete-se: “e”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se quatro vezes “medida”. 229 Repete-se: “e de largo”. 227

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Item de geyras cinquo homes - cinquo homes. E tem prazo em tres vidas elle he a primeira(230).

Titulo do casall de Trallo Paaço de Jestaçoo que traz Delladeu Gonçallvez que he da capella. Item a cozinha em que elle vive he de comprido dez(231) varas e de largo quatro e mea e a camara he sobradada e as duas partes som telhado e hũa parte colmaço. Item huum celleiro e adega colmaço he de comprido sete varas e de largo seis. Item outra casa de cozinha em que vive Pero Gonçallvez seu filho he de comprido sete varas e de larguo quatro e mea. (f1. 22v)(232) Item hũa corte a cabo da cozinha que he de comprido cinquo varas e outro tanto de largo. Item huum curral que he de comprido nove varas e outro tanto de largo. Item hũa eyra no cabo destas casas e no cabo della huum palheiro com hũa corte que he comprido des o outom da cozinha de Pero Gonçallvez contra ho vendaval e travesia vinte e seis varas e de largo da outom do celleyro pera o aguiom dezasseis varas. Item debaixo destas casas esta hũa latada de vinha que he de conprido dante as portes do celleyro e cozinha pera fundo cinquoenta varas e outro tanto de largo. Item logo outra vinha abayxo desta que he de comprido quorenta e quatro varas e de largo trinta e quatro. Item no cabo da eyra e palheiro contra a travesia tem hũa leyra d’ erdade que he de comprido quorenta varas e outro tanto de largo. Item huum canpo a par destas vinhas que he de comprido cinquoenta e duas varas e de largo das vinhas pera o bacello quorenta e nove varas e contra ho vendavall tem souto e a fundo deste canpo este hũa vinha e tem hũa fraga no meo he de conprido d’aguiom pera vendaval oytenta e tres varas e de largo pollo meo cinquoenta e tres varas e allem desta vinha contra o soãao a par da vinha do paaço vay huum pedaço de montada devesa que he de comprido quorenta e quatro varas e de largo trinta e tres varas. A quaaes casas e vinhas e canpos e soutos devessa (fl. 23)(233) que se contem nesta midiçam he todo cerrado sobre sy e em fundo desta vinha e devesa faz hũa chave do vendaval pera o soãao per fundo da vinha que he do casal que traz Diogo Afonso que he de Ruy Tellez e

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medido”. Repete-se: “dez”. 232 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medidos”; e repete-se duas vezes “medida” e “medido”. 233 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se duas vezes: “medida”. 230 231

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contra o soãao parte todo com o casal de So o Paço que he de Ruy Tellez e vay todo corrente a fundo e parte com ha vinha do dicto paaço e parte outra vez com o dicto casall de So o Paço e da travesia parte com os casaaes d’ Ansede que traz o dicto caseiro e do aguiom per cima das casas com herdade de Balssamom e dos dictos casaaes d’ Ansede. Item depois desta midiçam atras escripta se achou huum resio emlheado que he do casal da dicta capella que he da porta da quinta pollo caminho pera Trallo Paço he de comprido vinte e duas varas e de largo seis varas e per meo delle vay o caminho que say do dicto casall e parte d’ aguiom com o casal d’ Ansede e do soãao com o resio do casal de So o Paço e pera vendaval entesta no cunhal da casinha do dicto casall e da capela e foy demarcado por Joham Gonçallvez das Baianças homem(234) boom. Item honde chamam os Caseirinhos tem ho dicto casal huum pedaço de devesa que tem parede vinha d’ aredor e he de conprido trinta varas e de largo dezanove varas e do aguiom parte com ho casal de Moura Morta que traz Gonçalo Afonso de Palhaes e da travesia com ho dicto Gonçalo Afonso e do soãao com herdade de Ruy TelIez que traz Diego Afonso. Item honde chamam as Portelhas tem ho dicto casal hũa leyra que se chama dos Salgueiros que he de conprido cento e setenta varas e contra ho vendaval he de largo sesenta varas e de ontra ho soãao he de largo dezanove varas e parte do soãao pera o vendaval com herdades dos casaaes de Fundo de VilIa e parte da travesia (f1.23v)(235) hindo pera aguiom parte com herdades de Fonte Arquada e de Ruy TelIez e de fundo contra vendavalI emtesta em herdade do mosteyro d’ Ansede que traz o dicto caseiro e bem asy emtesta da parte do soãao. Item sobre a tapada do casal do Paço tem ho dicto casal outra leyra que he de comprido sesenta e duas varas e de largo vinte e quatro e faz hũa chave pera cima pera o soãao que he de comprido quorenta varas e de largo trinta e(236) duas varas e parte do soãao com herdade de Moura Morta e da capella de Luis Alverez de Sousa e com herdade da dicta capella do casall de Azebreyro e do vendaval com herdade de Morta do casal do Vilar e das outras partes com herdades de Ruy Teelez. Item dentro na dicta tapada do casal de Paaço tem outra leira que he de comprido quorenta varas e de largo vinte e nove varas e parte do aguiom com herdade da capella do casall do Azebreyro e com herdade de Moura Morta do casall de Villar e das outras partes com herdades de Ruy Teelez. Item alem da dicta tapada tem o dicto casall outra leyra he parte do vendaval com a dicta capella e da travesia com herdade da capella de Luis Alverez de Sousa dos casaaes do Outeiro e das outras partes com herdades de Ruy TeIez he de comprido quorenta e seis varas e de largo trinta e nove e tem cinquo pees de castinheiros. Item no Nogueiredo tem o dicto casaal hũa leyra que he de comprido trinta e duas varas e de largo dez varas e por parte do soãao poIlo caminho pubrico detras do casall de Fonte

Riscado na mesma tinta: “boom”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior; repete-se três vezes: “medida”. 236 Riscado na mesma tinta: “três”. 234 235

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Arquada e do aguiom com a Leyra do VaIle que he dos casaaes (fl. 24)(237) de Fundo de Villa e da travesia com ho casall d’ Estrado e do vendaval com herdade de Fonte Arquada. Item honde chamam ho Amyeyro tem outra leira he de comprido cinquoenta e tres varas e de largo vinte varas e parte do soãao com herdade do Bonbeyro que trazem os cavalleiros e da travesia com herdade do casall e do vendaval emtesta com herdade de Ruy Teelez do casall da Pica. Item honde chamam o Outeiro de Marinha Annes tem outra leyra que he de comprido cinquoenta varas e de largo vinte e tres e parte d’ aguiom com herdade da capella e do nacente com herdade de Catarina Pirez. Item no Candeyro tem outra leyra e parte d’ aguiom e travesia com herdade d’ Ayraes e do vendaval com outra(238) herdade d’ Ayraes que traz Lopo Ferrnandez e do soãao emtesta na estrada pubrica he de comprido [...](239). Item honde chamam o Bareiro tem outra leira que he de comprido trinta varas e de largo quatorze e parte da traves ia com a comenda de Moura Morta e do soãao com os casaaes de Fundo de Villa e d’ aguiom emtesta em herdade d’ Ansede que traz o dicto caseiro e do vendavall com a comenda de Fonte Arquada. Item honde chamam as Cangas outra leira que he de comprido quorenta e cinquo varas e de largo outro tanto e do soãao parte com meo casall de Papim que he da varzea e com herdade de Balssamom e das outras partes com herdades dos casaaes (fl. 24v)(240) de Fundo de Villa. Item em Linhar de Sande tem o dicto casaIl huum çarrado sobre sy e parte da travesia com herdade do mosteiro d’ Ansede que traz o dicto caseiro e do aguiom com herdade de Ruy Tellez e das outras partes com herdades da igreja de Gestaçoo he de comprido cento e cinquoenta e quatro varas e de largo pollo ribeiro dezanove varas e de largo contra a igreja cinquoenta e seis varas. Item em Saas outra leira que parte da travesia com herdade da capella de Luis Alverez de Sousa e do vendaval emtesta com herdade da igreja e do soãao com herdade do mosteiro d’ Ansede e com herdade de Ruy Telez he de comprido cento e doze varas e de largo cento e tres varas. Item honde chamam o Sabugueyro outra leyra que parte do soãao com herdade de Balsomom e com ho casall de Pero do Valle e do vendaval com herdade de Ruy Telez e da travesia e aguiom com herdade de Balsamom he de comprido oytenta e sete varas e de largo contra a igreja quorenta e sete e contra ho aguiom he(241) varas.

237 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se três vezes “medido”. 238 Riscado na mesma tinta: “Ieira”. 239 Este registo não foi concluído. 240 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”, e repete-se três vezes “medida”. 241 Riscado na mesma tinta: “vinte”.

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Item outra leira na Curugeyra que he de comprido cento e quatro varas e de largo trinta e oyto varas e parte do aguiom com herdade d’ Ansede e de travesia com herdade de Fonte Arquada e do soãao com Ruy Teelez. Item honde chamam o Penedo do Gandeiro outra leyra que he de comprido setenta varas e de largo vinte e cinquo e parte da travesia e aguiom com herdade de Ruy Teelez e do soãao com herdade de Fonte Arquada (f1.25)(242). Estas herdades declarou o dicto caseyro por da capella pollo juramento que lhe foy dado e paga em cada huum anno por dia de Natall cento e oytenta reaes. Cento lxxx reaes, e de loutosa outro tanto como de renda. Nom tem prazo.

Titulo do casall do Chabreyro [Azebeiro] que ora traz Affomso que he da dicta capella(243). Item primeiramente huum celleyro telhado que he de comprido sete varas e mea e de largo cinquo e mea e tem diante huum alpendre que he de comprido e largura da caasa. Item hũa cozinha colmaça que he de comprido sete varas e mea e de largo tres e mea e no outom da cozinha esta hũa corte que he de comprido tres varas e mea e de largo outras tantas. Item duas cortes contra travesia que som de comprido dez varas e de largo cinquo varas. Item acima da eyra outra corte que he de conprido cinquo varas e de largo quatro. Item antre o celeeyro e estas cortes esta hũa eyra que he de comprido vinte varas e de largo dezaseis varas. Item ante a porta do celleyro esta huum resio que he de comprido doze varas e de largo dez varas. Item do cunhal do celleyro pera cima antre a porta da cozinha e a parede da eyra vay huum resio que he de comprido dezasete varas e de largo cinquo e no cabo em cima estam tres huveiras. E esta midiçam toda jaz dentro antre as terras do dicto casall (f1. 25v)(244). Item a fundo destas casas esta hũa latada de vinha e dentro nesta latada esta hũa adega e huum lagar e he todo cerrado sobre sy he de comprido setenta e seis varas e de largo(245) varas e de vendaval e soãao e aguiom ataa as casas parte toda per caminhos pubricos e das outras partes com o dicto casall.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior; repete-se sete vezes: “medido”. Segue-se, em letra muito posterior: “chama se oje Azebreiro”. 244 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; repete-se quatro vezes: “medido”. 245 Riscado na mesma tinta: “trinta”. 242

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Item acima das cortes contra a travesia esta outro cerrado e vinha e latada huveyras d’ arredor e parte do soãao per aguiom pollo caminho foreyro e da travesia com a quebrada da igreja e com ho casal de Villar que he de Moura Morta e das outras partes com elle mesmo casall he de comprido cinquoenta e oyto varas e de largo trinta e cinquo varas. Item do outom do celleyro pera travesia vay huum campo çarrado e parte com herdade do casal d’ Arnoya que traz Joham Afonso emtesta no caminho pubrico que vay do outeiro e das outras partes com ho dicto casall he de comprido setenta e tres varas e de largo per meo do campo cinquoenta varas e no cabo contra a travesia dezoyto varas. Item honde chamam as Figueiras tem o dicto casal hũa vinha que he de comprido novena e duas varas e de largo oytenta e seis varas com seu souto e parte do vendaval com herdade de Balsamom que traz ho fereyro e com herdade de Moura Morta do casall de Villar e das outras partes com herdades da capella de Luis Alverez de Sousa que ora traz Alvaro de Castro. Item nos Carvalhos tem o dicto casall huum cerrado de (f1.26)(246) souto e devesa que he de comprido cento e cinquoenta e hũa varas e de largo noventa e cinquo varas e parte do vendaval e soãao com herdades de Balsamom do Casall dos Muynhos e do aguiom polla estrada que vay pera ponte dos Carvalhos e da travesia com herdades da capella de Luis Alvarez q[ue] traz Joham Pereyra. Item mais hũa leyra de souto que se chama de Cima de Villa que he de souto e emtesta do soãao com herdade da capella de Luis Alverez que traz Joham Pereyra e das outras partes todas com ho casal de Villar que he de Moura Morta he de comprido cinquoenta e seis varas e de largo vinte e cinquo. Item a fundo desta leira esta huum talho d’erdade que he de comprido vinte e duas varas e de largo quatro varas e parte do soãao com ho casall do ribeiro que traaz Afonso e do vendavall pollo caminho do gaado e das outras partes com o casall de Villar que he de Moura Morta. Item a mouta de Longara com seu chãao e ho campo da Pedreyra que he de comprido dozentos e cinquoenta varas e de largo em fundo cinquoenta varas e em cima he de marco a marco trinta e seis varas e da parte do aguiom parte pollo ribeiro do Espadanall e da travesia emtesta em herdade da capella de Luis Alveres que traz Alvaro de Castro e do vendavall com herdade de Balsamom que traz o ferreiro e com a dicta capella de Luis Alverez e com a dicta capella de dona Branca. Em no Espadanall tem ho dicto casall outra leyra e parte (f1. 26v)(247) do vendaval com herdade do mosteiro de Pombeyro do casal de Marnotos que trazem os cavaleiros e do soãao com herdade que traz Maria Annes de Marnotos e com herdade de Balsamom que traz o ferreyro e das outras partes com herdade da igreja de Gestaçoo he de comprido cento e seis varas e de largo noventa e sete v[ara]s.

Na margem esquerda desta página em letra muito posterior: “medida”; e repete-se três vezes “medido”. 247 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medida”. 246

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Item honde chamam as Lamas de Linhares tem outra leyra que he de comprido cinquoenta varas e de largo quorenta e sete e faz hũa chave da parte do aguiom que vay do soãao pera travesia he de comprido setenta e seis varas e de largo per fundo quorenta e hũa varas e parte da travesia com Pero Gonçalves de Furacasas dos casaes que traz de Rui Tellez e d’ Ansede e do vendaval com os casaes de Leduzos que traz Joham Alvarez e do soãao com o casall de Billar que he d’ Arnoya que traz Joham Afonso e d’aguiom com casaes de Furacasas. Item no dicto logo outra leyra que he de comprido setenta e cinquo varas e de largo quorenta e seis e parte do vendaval com herdade de Travanca que traz Martim Annes de Villa Nova e do soãao emtesta e d’ aguiom com herdade do casall de Villar que he d’ Arnoya. Item honde chamam a Raposeira tem ho dicto casall outra leyra e parte da travesia com herdade da capella de Luis Alverez que traz Joham Pereira e d’ aguiom com herdade de Ruy Teelez dos casaes de Luboçam e do soãao com herdades dos casaaes de Marnotos e do vendavall com [o] do Cabo que he d’ Ansede que traz Joham do Cabo he de comprido cento e oytenta e tres varas e de largo cento e setenta e nove varas e parte (f1.27)(248) do vendaval he de comprido cento e doze varas. Item honde chamam o Prado tem o dicto casal huum campo e parte do soãao com estrada publica e com herdade da capella de Luis Alverez e da dicta capella que traz Alvaro de Castro e da travesia com herdade de Moura Morta do casal de Marnotos e com herdade de Balsamom do casal de Papim entesta na porta da hermida he de comprido cento e vinte e nove varas e de largo oytenta varas. Item honde chamam o Muinho da Igreja tem outra leyra que he comprido trinta e sete varas e de largo trinta e seis varas e parte do aguiom com herdade d’ Ansede e do soãao entesta com herdade do casall que traz Pero do Valle. Item no Prado tem outra leira que parte do aguiom parte com a dicta capella e da travesia com herdade de Pombeyro e do vendaval com herdade da igreja e da comenda de Moura Morta e do soãao he de comprido sesenta e hũa varas e de largo vinte varas. Item honde chamam o Chãao da Cerdeira tem outra leyra e parte com herdade de Ruy Tellez que traz Gonçale Anes de Marnotos e do vendaval e soãao com herdade da dicta capella que traz Alvaro de Crasto e com o casal do ribeiro que traz Joham Afonso e com casall do Villar que he de Moura Morta e do aguiom com o casall d’ Ansede que ora traz Joham do Cabo he de comprido cento e setenta e tres varas e de largo noventa e oyto varas. Item honde chamam as Cerdeiras tem outra leyra e parte (fl. 27v)(249) do aguiom com a dicta capella do casall do Outeiro e com o casal do ribeiro e do soãao com a capella de Luis Alverez e do vendaval com o casall de Villar que he de Moura Morta e com casal de Villar que he d’Arnoya he de comprido setenta e seis varas e de largo quorenta e tres varas. Item so Outeiro de Prado tem outra leyra e do vendaval parte com a capella de Luis Alverez e d’aguiom emtesta com herdade da dicta capella e da travesia com o casall de Villar que Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se duas vezes “medida”. 249 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medido”. 248

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he d’Arnoya esta leira he de comprido cento e vinte e sete varas e de largo quorenta varas e esta leyra faz hũa chave contra o aguiom e vay emtestar em herdade do casal d’Arnoya que traz loham Afonso he de comprido cento e onze varas e de largo se senta e quatro varas e do soãao parte com herdade da capella de Luis Alvarez que traz Joham Pereyra. Item honde chamam as Vinhas das Paredes tem outro campo e souto he de comprido setenta varas e de largo xxxvv varas e parte da travesia e do soãao parte com herdade da capella de Luis Alverez que traz Joham Pereira e do aguiom com o casall dos Muinhos que he de Balsamom e do vendavall com o casal da Pica que he de Rui Teelez e assy parte da travesia com herdade da dicta capella que traz Alvaro de Crasto. Item mais no dicto logo outra leyra que he de comprido sesenta e cinquo varas e de largo trinta e tres varas e parte do soãao com herdade de Calvos e com a regada de Paradella e da travesia com herdade de Moura Morta que traz Gonçalo Afonso de Palhas e emtesta do vendavall (fl. 28)(250) com herdade do mosteiro d’Ansede que traz Delladeu. Item no Lodoeyro tem outra leyra e parte da travesia e aguiom com herdade de Rui Teelez com os casaes de Fundo de Villa e do vendaval parte com herdade da dicta capella que traz Delladeu e Joham Gonçallvez e com herdade de Moura Morta he de comprido sesenta e duas varas e de largo vinte e cinquo varas e contra o vendavall faz hũa chave polla parte de cima que he de comprido quorenta e oyto varas e de largo quorenta e duas varas e jaz todo nesta demarquaçam. Item honde chamam Coartos tem ho dicto casall houtra leyra que he ce comprido cento e quatro varas e de largo em fundo contra a travessia cin­quoenta e duas varas e da travesia parte com a dicta capella e com herdade do mosteiro d’Ansede e do aguiom parte com herdade de Ruy Teelez. Item nos Castellos tem o dicto casall outra leira que he de comprido cento e dezasete varas e de largo quorenta e oyto varas e parte do soãao per cima pello monte augas vertentes com o casal de Moura Morta e d’aguiom com herdade de Ruy Teelez e emtesta da travessia com herdade de Moura Morta com o casal d’Arnoya e com herdade de Balsamom que traz o ferreyro. Item mais no dicto logo outras leyra ao longo da (sic) augas vertentes e soãao parte com herdade da igreja de Trasouras que traz Martim Anes da igreja e d’aguiom com herdade de Moura Morta e da travessia com herdade da capella de Luis Alverez que traz Joham Pereyra (f1. 28v)(251) e com herdade da capella que traz Delladeu e do vendavall com herdade de Moura Morta he de comprido noventa e seis varas e de largo oitenta e nove varas. Item a fundo das casas e latada tem huum pedaço d’erdade com castinheiros e parte do vendaval e soãao com herdades de Balsamom e das outras partes com ho dicto casal he de comprido vinte e duas varas e de largo cinquo varas.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se duas vezes “medida”. 251 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se quatro vezes: “medido”. 250

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Estas herdades atras escriptas foram declaradas pollo dicto caseiro e Joham Pereira homem boom e Joham Martinez seu filho pollo juramento que lhes foy dado por da dicta capella tem prazo e he a segunda vida e paga em cada huum anno a dicta capella em dinheiro quatrocentos e huum reaes_______________ iiiic i reaes. E hũa marrãa_ __________________ i marãa. E duas gallinhas_ ________________ ii galinhas.

Titulo do casall do Outeiro que traz Alvaro de Castro que he da dicta capella Item primeiramente hũa casa da cosinha colmaça e hũa corte e dous pardieiros e huum resio todo sobre sy e parte da travesia com vinha do dicto casall e do aguiom com caminho publico e das outras partes com herdades da capella de Luis Alvarez. Item outra corte que he de comprido seis varas e de largo cinquo varas e hũa corredoira diante que he de comprido oito varas e de largo tres e mea. Item mais huum pardieiro que he de comprido dez varas e de largo cinquo varas. Item hũa vinha com seu souto que he de comprido setenta varas e de largo outro tanto e do vendaval e travesia e soãao partem as dictas casas e vinha e souto com a dicta capella de Luis (fl.29)(252) Alverez e do aguiom com souto do dicto casall. Item a fundo das casas da capella de Luis Alverez esta hũa vinha que he de comprido cinquoenta e duas varas e de largo quorenta e cinco varas e parte de todas as partes com herdades da capella de Luis Alverez. Item no Estremadoyro acima das casas tem hũa leira de souto e parte d’aguiom com herdade do casall do Villar que he de Moura Morta e da travesia com a capella de Luis Alverez e das outras partes com o dicto casall he de comprido vinte e oyto varas e mea e de largo vinte e seis varas de travesia he de largo dezaseis varas. Item mais no dicto logo tem hũa leyra com souto que he de comprido setenta e sete varas e de largo cinquoenta varas e parte do vendavall com herdade de Pombeiro que trazem os cavalleiros e bem asy da travesia e do soãao emtesta em cima no caminho e em erdade de Moura Morta e com a capella de Luis(253) Alverez. Item honde chamam o Souto das Lamas tem hũa leira con tres castinheiros e hũa nogueira que he de comprido vinte e oyto varas e de largo vinte e sete varas e da travesia parte com herdade de Rui Teelez que traz Maria Annes e d’aguiom e vendaval com a capella de Luis Alverez e do soãao com a dicta capella do casall do Azebreyro.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medido”. Repete-se: “Luís”.

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Item no cabo da vinha tem hũa leira com quatro castinheiros de huveiras que he de comprido cinquoenta varas e de largo vinte e oyto varas e parte de todallas partes com a capella de Luis Alverez. Item honde chamam Miasto (sic) tem huum talho d’erdade com quatro (fl. 29v)(254) castinheiros que he de comprido trinta e tres varas e de largo vinte varas e parte do aguiom com herdade do casall do Villar que he de Moura Morta e do soãao com herdade de Guundar do casall de Cima de Billa e das outras partes com capella de Luis Alverez. Item hũa regada que se chama da Costa que esta a fundo d’aldea que he de comprido de cima pera o ribeiro setenta varas e de largo cinquoenta e tres varas e do soãao parte com herdade de Rui Teelez que traz Joham de Sendas e emtesta no ribeiro e das outras partes com erdades de Balsamom que traz o ferreyro. Item em Coartos tem hũa leira que he de comprido setenta varas e de largo sesenta e cinquo varas e do vendavall e travesia parte com herdades da capella de Luis Alverez e das outras partes com a dicta capella. Item honde chamam o Souto das Paredes tem hũa herdade de souto e devesa todo cerrado sobre sy que he de comprido setenta e nove varas e de largo cinquoenta e seis varas e do vendaval e do soãao he da Fonte Arquada que traz Afonso Annes da Eyra e da travesia e aguiom com herdade da igreja d’Ayraes que traz Lopo Ferrnandes e de cima com a dicta capella. Item honde chamam a Pedreira tem ho dicto casall hũa leyra que he de comprido d’aguiom pera vendavall oytenta e nove varas e de largo sesenta e sete e mea e parte do aguiom com herdade da dicta capella do casal do Azebreyro e da travesia e vendavall parte com herdade do casall do Ribeiro e emtesta d’aguiom no ribeiro e da travesia e vendavall com herdades do casal do Ribeiro e da capella de Luis Alverez e do casall do Villar que he d’Arnoya (fl. 30)(255) e do soãao com ho casall de Papim que he de Balsamom. Item mais hũa leira que se chama Porcos que he cerrada cobre sy que he de comprido cinquoenta e sete varas e de largo quorenta e quatro varas e d’aguiom parte com herdade da capella de Luis Alverez e de vendavall e travesia parte com herdade de Rui Teelez e do soãao parte com a dicta capella. Item honde chamam as Cerdeiras tem hũa leira que he de comprido cento e(256) varas de largo cinquoenta e sete e do vendavall e traveseia parte com herdades d’Arnoya do casal do Villar e de contra aguiom com a dicta capella e do soãao com herdade de Balsamom que traz ho ferreiro e com a dicta capella. Item honde chamam ho Outeiro de Prado tem hũa leira que he de comprido cinquoenta varas e de largo trinta e sete varas e parte do soãao com herdades da capella de(257) Luis Alverez e d’aguiom com herdade de Moura Morta do casall do Villar e das outras partes com a dicta capella. 254 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medido” e “medida”. 255 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cindo vezes. “medida”. 256 Riscado na mesma tinta: “quinze”. 257 Repete-se: “de”.

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Item no dicto logo honde chamam o Prado tem outra leyra que he de comprido noventa e nove varas e de largo cinquoenta e duas varas e parte do vendavall parte com a dicta capella e das outras partes com a capella de Luis Alverez. Item mais no dicto logo do Prado tem outra leyra e parte da traves ia parte com a quebrada de Marnotos que he da capella e do soãao com a capella de Luis Alverez e d’aguiom com a dicta capella. (fl. 30v.)(258) Item honde chamam ho Galveiro he de comprido cento e tres varas e de largo oitenta e oyto varas e do aguiom parte com herdades de Valsamom e da igreja de Gestaçoo e das outras com Rui Teelez. Item honde chamam Lamas tem outra leyra que he de comprido dozentos e doze varas e de largo sesenta e quatro varas e parte do soãao parte com os casaes de Marnotos que traz Gonçalo Annes e do vendaval com herdade de Travanca da travesia e aguiom parte com a igreja. E estas herdades declarou ho dicto Alvaro de Castro por da dicta capella poll o juramento dos santos avangelhos que he per o dicto Joham Diiz foy dado e asy a Joham Pereira o Velho e Afonso Martinz do Villar como homens boons que andaram a demarcar ho dicto casall que outro sy pollo dicto juramento que nom sabiam doutras herdades partes que ao dicto casal da capella pertençam. E paga em cada huum anno por dia de Natall cento e doze reaes____cento xii reaes e hũa marrãa que diz que lhe a agora acrescentou Rui Telez ministrador___i marrãa. E nom tem prazo.

258 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes. “medida” e “medido”.

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Titulo da quebrada de Marnotos que traz Maria Annes que he da capella Item primeiramente hũa casa colmaça que he de comprido oyto varas e de largo quatro varas e mea. Item huum quinteiro ante a porta que he de comprido doze varas e mea e de largo nove varas e mea e parte do aguyom (fI. 31)(259) com herdade de Ruy Teelez e da outras partes com a dicta quebrada. Item a fundo da casa hũa leyra que he de comprido trinta e oyto varas e de largo do aguiom para travesia vinte e seis e contra o vendavall doze varas e d’aguiom parte com herdade de Ruy Teelez que traz Gonçalle Annes e da travesia pera vendaval com herdade de Pombeyro que trazem os cavaleiros e da outra parte com a dicta quebrada. Item huum campo sobre sy cerrado detras das casas com sua devesa e do vendavall parte com herdade de Moura que traz Gonçale Annes e da travesia com herdade de Pombeiro e do soãao com Rui Teelez e do aguiom polla caminho publico he de conprido cinquoenta e duas varas e de largo em fundo cinquoenta e hũa e em cima contra aguiom vinte varas. Item honde chamam as Alcaydas tem huum campo que he de comprido cinquoenta e seis varas e de largo vinte e seis varas e parte do aguiom com herdade d’Afonso Martinz e das outras partes todas com Ruy Teelez. Item honde chamam os Bacellinhos tem hũa leyra e do soãao parte com Ruy Tellez e do vendaval com herdade de Moura Morta que traz Gonçale e das outras partes com a dicta quebrada he de comprido trinta e oyto varas e de largo vinte e sete varas. Item no dicto logo que chamam os Bacelhos tem outra (fI. 31v)(260) leira que he de comprido quorenta e duas varas e de largo doze varas e parte da travesia com a comenda de Moura Morta e do vendaval com a igreja de Gestaçoo e d’aguiom com Rui Tellez e emtesta com herdade de Pombeyro. Item no Val dos Montes tem hũa leira com sua devesa que he de comprido cinquoenta varas e de largo quorenta e hũa e parte do vendaval e soãao com herdade de Moura Morta que traz Gonçalle Annes e de cima com o casal de Rui Telez que traz a dicta caseira. Item no Valle do Alcaydes hũa leira que se chama o Prado com castinheiros e de soãao parte com herdade de Balsamom que tra o ferreyro e do vendaval com a capella e Luis Alverez e das outras partes com Rui Teelez he de comprido setenta varas e de largo quarenta varas. Item nas Figueyras tem outra leira que he de comprido vinte e sete varas e mea e de largo dezasseis varas e do vendaval parte com herdade de Rui Teelez e da travesia com ho caminho foreyro e d’aguiom com herdade da capella de Luis Alverez que traz Alvaro de Castro. Item honde chamam Bayam tem hũa leira que he de comprido cento e trinta e tres varas e de largo per aguiom oyto varas que faz hũa chave e no meo he de largo trinta varas e parte do

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se quatro vezes. “medido”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se quatro vezes: “medido”.

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vendaval com herdade de Ruy Teelez e d’Arnoya e em cima da travesia parte com herdade de Moura Morta e do soãao pera aguiom parte com herdade de Pombeyro e emtesta no ribeyro. (fl. 32)(261) Item chamam Vall Covo tem hũa leira e parte do vendaval com ho casall de Ruy Teelez e do soãao e aguiom com herdade de Moura Morta que traz Gonçale Anes e da travessia com herdade de Pombeyro e he de comprido noventa varas e de largo per meyo quorenta e duas e em fundo dezassete varas. Item mais no dicto logo outras leyra que parte do soãao com Ruy Telez e de cima e de fundo com o casal d’Ansede que traz Alvare Annes e he de comprido sesenta e oyto varas e de largo vinte varas. Item em Lamellas hũa leyra he de comprido setenta e cinquo varas e de largo quarenta e nove e parte da travessia com Pombeiro e do soãao com herdade da comenda de Moura Morta que traz Gonçale Annes e emtesta de vendaval com herdade d’Ansede e de cima com Moura Morta. Item honde chamam a Raposeira tem outra leyra que he de comprido setenta e hũa varas e de largo trinta e oyto varas e d’aguiom emtesta com os casaes de Gonçale Annes de Marnotos e do soãao com herdade de Pombeiro e da travesia com ha(262) dicta capella e emtesta com herdade d’Ansede que traz Alvare Annes. Item honde chamam o Chãao do Ferreyro tem hũa leyra que he de comprido cinquoenta e nove de largo vinte e hũa e parte da travesia com herdade de Pombeiro que trazem os cavaleiros e d’aguiom parte com Ballsamom e de soãao com Ansede e do vendaval emtesta com Ruy Teelez. (fl. 32v)(263) (94) Item mais o dicto logo outra leyra que he de comprido cento [e] vinte e cinquo varas e de largo vinte e oyto varas e parte do vendavall com herdade d’Ansede e do aguiom emteste a capella de Luis Alverez e da travesia com Valsamom. Item honde chamam os Fiieeis de Deus tem hũa 1eira o longo da estrada que vay do Vallar pera igreja e do vendaval e soãao parte com herdade dos casaaes que traz Joham Afonso do ribeiro e do aguiom com herdade de Fonte Arquada que traz Afonso Annes he de comprido cinquoenta varas e de largo vinte e oyto varas. Item honde chamam os Chãaos tem hũa leira e do aguiom parte com Gonçale Annes e do vendaval com Ansede e do soãao emtesta com herdade que traz Delladeu Gonçallvez e da travesia com a dicta capella he de comprido setenta e cinquo varas e de largo dezasete varas. Item em Bayam huum campo e da travesia parte com herdade d’Ansede que traz Alvare Annes e emtesta do soãao com herdade de Pombeiro que traz Alvaro Pereira e da outra parte com os casaes de Gonçale Annes de Marnotos e he de comprido quorenta e duas varas e de largo dezasete varas.

261 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se quatro vezes “medida”. 262 Riscado na mesma tinta: “com dicta”. 263 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se três vezes “medido”.

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Item onde chamam a Lama Redonda tem hũa leyra que he de comprido cento e quorenta e quatro varas e de contra o soãao he de largo cinquoenta e tres vara e no cabo contra a travesia he de largo vinte e hũa vara e do vendaval parte com os casaaes de Joham Afonso do ribeiro e do aguiom com a dicta capella e das outras partes com o casall do Villar que he de Moura Morta. (fl. 33)(264) Item onde chamam a Costa acima da Marquesa tem hũa 1eyra que he de comprido setenta varas e de largo vinte e duas e do vendaval parte com o casall do Cabo que he d’Ansede e das outras partes com Ruy Teelez. Item honde chamam a Marquesa tem hũa leira de comprido o longo do rio noventa e seis varas e de largo pera o vendavall vinte e tres varas e em cima he de largo dez varas e tem souto e cerdeiras e nogueiras e do soãao parte com os casaaes de Gonçalle Annes e d’aguiom com herdade d’Ansede e do vendaval se mete antre elle e o ribeiro se mete huum aguilhom de hũa leyra de Pombeiro que traz Alvaro Pereira. Item honde chamam a Pereira tem hũa leyra per onde vay ho caminho que say d’aldea de Marnotos que he de comprido cinquoenta varas e de largo vinte e seis varas e do soãao parte com Pombeiro e da outras partes com Rui Teelez. Item honde chamam o Corvo tem hũa leira que he de comprido cem varas e de largo dez varas e do soãao e travesia parte com a capella de Luis Alverez e do vendaval emtesta com Joham Afonso do ribeiro do aguiom emtesta com Ruy Tee!ez. Item honde chamam a Tapada tem hũa leira que he de comprido oytenta varas e de largo cinquoenta e d’aguiom parte com Rui Teelez e de cima com Moura Morta e das outras partes com a dicta capell, Item no Candeiro hũa leira que he de comprido trinta e VIIIº varas e outro tanto de largo e parte do soãao pollo corrego que vay a pressa e de cima com o casall de Papim e da travesia emtesta com herdade de Fonte Arquada e vay a estrada per meyo. (fl. 33v)(265) (96). Item honde chamam as Curtinhas de Papim tem hũa 1eyra que he de comprido quorenta e oyto varas e de largo trinta e duas varas e parte de fundo com a dicta capella e das outras partes com herdades de Balsamom e Pombeyro. E estas herdades declarou a dicta Maria Annes por da dicta capella com homens boons Joham Pereira e Joham Alverez e Joham do Cabo e Alvaro Pereira per juramento dos avangelhos que lhe per o dicto Joham Diiz foram dados. E tem prazo em tres vidas e elle he a primeyra. E pagua em cada huum anno a dicta capella por dia de Natal cento e oytenta reaes_____cento lxxx reaes. Em Furacasaes.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medido” e “medida”. 265 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “segue se Furacazas”; “[...] Alvaro sua molher Catarina Anes [...] 1ª pessoa paga o [...] teudo”; “cedo prazo desta quebrada: Pedra Alveriz e sua molher Britiz Piriz Santarem a 15 d’ Outubro de 1555”. Em pé de página, em letra igualmente muito posterior: “[...] fol. 5 esta o prazo desta quebrada, paga 10 de trigo, 20 de meado, 5 de castanha, serviço posto em Gestaço, feito a 15 de Outubro de 1555”. 264

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Titulo da quebrada que se chama d’Aldeia que traz Pero Gonçallez que he da capella Item em Furacasaes tem a dicta capella hũa quebrada d’Aldea que he toda cerquada sobre sy e tem campos e soutos e devesa e d’aguiom pera vendaval de comprido trezentos e vinte e oyto varas e contra o aguiom de largo cento e X varas e nom he de largo cento e setenta per honde stam os pardieiros que som tres pardieiros e em cima no cabo contra ho soãao he de quorenta e tres varas e per meo desta quebrada vay o ribeiro de Furacasas e parte do soãao com herdade de Ruy Teelez e do aguiom com herdade do mosteiro d’Ansede que traz ho dicto caseiro e d’aguiom pera travesia parte pollo caminho que vay pera Abindas e com herdades de Venrreo (sic) e seus herdeiros e do vendaval d’alem do ribeiro com herdades de Travanca que trazem os da Fonsequa e paga em cada huum anno de trigo cinquo alqueires_____________v alqueires. E de centeo dez alqueires_____________________ _____x alqueires. (fl. 34)(266)) E de milho dez___________ x alqueires. E estas herdades todas declarou ho dicto caseiro per juramento dos sanctos avangelhos por da dicta capella. Tem prazo em tres vidas he ha primeira vida.

Titulo do casal da Fonte que traz Bran[n]ca Afonso que he da dicta capella que he na dita freguesia de Jestaçoo Item primeiramente hũa cosinha colmaça que he de comprido com huum alpendre que tem no outom contra ho caminho dez varas e de largo cinquo. Item hum celeiro colmaço que he de comprido oito varas e de largo cinquo varas. Item outro celleiro que he de comprido seis varas e de largo quatro e parte do soãao e aguiom com herdade e casas do casal da capella de Luis Alverez. Item duas cortes que som de comprido nove varas e de largo quatro varas(267). Item huum palheiro que he de comprido nove varas e de largo cinquo varas. E acima deste palheiro esta hũa eira e antre a cozinha do celleyro e as cortes esta huum resio e a fundo destas casas contra vendaval e arredor das casas estam huveyras e lactada todo cerquado sobre sy he de comprido do soãao pera travesia trinta e oyto varas e de largo de cima do (fl. 34v)(268) caminho pera fundo trinta e tres varas e partem estas casas he huveiras do aguiom e travesia pollo caminho publico e do vendaval e soãao com herdade da capella de Luis Alverez.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “tralo Joam Annes seu filho 3ª pessoa”; e repete-se seis vezes “medido”. 267 Riscado na mesma tinta: “e acima desta”. 268 Riscado na mesma tinta: “e acima desta”. 266

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Item honde chamam o Campo do Mell tem ho dicto campo hũa leyra que he de comprido cinquoenta e seis varas e de largo xxv(269) varas e do vendaval parte com herdade de Ruy Teelez que traz Pero Femandez e emtesta do soãao no caminho foreiro e das outras partes com a dicta capella e tem souto. Item do dicto logo tem outra leyra que he de comprido noventa e quatro varas e de largo quorenta varas e tem souto e huveiras e do soãao emtesta no caminho foreiro e do aguiom parte com herdade de Ruy Teelez e da travesia emtesta com herdade da capella de Luis Alverez e do vendaval pollo ribeiro de Furacasas. Item honde chamam o Tapadinho tem huum pedaço d’erdade que he de comprido(270) dez e oyto varas e de largo XIII varas e parte do aguiom com herdade de Ruy Tellez e da travessia emtesta ho corrego que vem de Furacasas e do vendaval com herdade da capella e do soãao emtesta com herdade de Gundar e tem huum castinheiro. Item honde chamam o Sabugall tem hũa leira de souto e huveiras e latada e parte do vendavall pollo caminho que vay pera Abijudas e d’aguiom com a dicta capella e com herdade de Ruy Teelez d’Ansede que traz Pedro Gonçallvez e da travesia e soãao emtesta com herdade da capella de Luis Alverez he de conprido o longo do caminho cento e XXXII varas e de largo contra a travesia cinquoenta e com o soãao he de largo vinte e cinquo varas (fl. 35)(271). Item em Novella (sic) com ho dicto casall hũa leira com dous castinheiros he de comprido setenta e duas varas e de largo treze varas e parte do soãao com a dicta capella e emtesta d’aguiom com herdade de Rui Teelez e asy de todas as outras partes. Item no dicto logo tem outra leyra com huum pedaço de devesa e emtesta d’aguiom com herdade d’Ansede que traz Pero Gonçalvez e do vendaval emtesta em herdades da capella de Luis Alverez e das outras partes com herdades de Ruy Tellez he de comprido oytenta varas e de largo doze varas. Item acima d’aldea em huum canpo cerrado sobre sy que se chama a Çameyra (sic) e parte do soãao com a capella de Luis Alverez e d’aguiom emtesta no caminho foreyro e das outras partes com Ruy Teelez e com a capella he de comprido noventa varas e de largo quarenta varas e tem tres castinheiros e duas huveiras. Item honde chamam a Nogueira tem outro campo çarrado com tres castinheiros e parte do soãao e aguiom com herdade da dicta capella e com herdades da capella de Luis Alverez da traves ia com herdade de Gundar do casal e do casall do Soalheyro he de comprido cinquoenta e seis varas e de largo trinta e seis varas. Item hũa leira que se chama dos Redondos que emtesta do vendavall no caminho que vay d’aldea pera o Foyo e do agiam emtesta na estrada publica que vay pera o Porto e da travesia parte com herdade de Rui Telez que traz Pero Femandez e do soãao com herdade da capella de Luis Alverez he de comprido cento e sesenta varas e de largo LIiiiº.

Riscado na mesma tinta: “trinta”. Riscado na mesma tinta: “vin”. 271 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. 269 270

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(fl. 35v)(272) Item na Avenal tem ho dito casal outra leira e parte da travesia e aguiom com herdade de Rui Teelez e da dicta capella e do vendaval com ho casal do Soalheiro que he de Gundar e he de comprido cento e quatorze varas e de largo oitenta e sete varas. Item no dicto logo de Avenal tem outra leira que parte da travesia e vendaval parte com herdade de Rui Teelez e d’Ansede e do soãao e aguiom com a capella de Luis Alverez he de comprido sesenta e sete varas e de largo sesenta varas. Item honde chamam a Pedrinha tem hũa leira que he de comprido cento e oyto varas e de largo oitenta e nove varas e do soãao parte com herdade de Rui Teelez e do aguiom polla Monte de Variz e da travesia com os casaes que traz Gonçalo Diiz da Vaarriz e do vendaval com o casal do Soalheiro que he de Gundar. Item honde chamam a Cortesia tem outra leira que he de comprido cento e trinta e quatro varas e de largo quarenta varas e parte do soãao com a igreja de Gestaçoo e com herdade de Rui Teelez e d’Ansede e das outras partes com herdades de Gundar e de Santa Cruz do casal do Soalheyro. Item honde chamam a Catuia tem hũa leira que he de comprido oytenta e oito varas e mea e de largo trinta e quatro varas e parte do vendaval e travesia com herdade de Balsamom que traz ho ferreiro e do aguiom com a igreja de Gestaçoo e do soãao com os casaes de Papim. Item honde chamam o Chãao do Bezerro tem outra leira que he de comprido sesenta e nove varas e de largo quinze varas (fl. 36)(273) e parte do soãao e aguiom com o casall do Soalheyro que he de Gundar e Santa Cruz e das partes com Rui Teelez mosteiro d’Ansede que traz Pero Gonçalvez. Item ho Outeiro do Talho tem hũa leira e parte do soãao com ho casall do Soalheiro e do aguiom com herdade da dicta capella do casall do Outeiro e da travesia com o dicto casal do Soalheyro e do ver com a capella de Luis Alverez he de con oytenta varas e de largo sesenta e varas. Item honde chamam o Seyxallnho ter leira que parte da travesia com Gundar e Santa Cruz e com capella e do soãao e vendaval com a capella de Luis Alverez e com Rui Teelez he de comprido cinquoenta e quatro varas e de largo quorenta e oyto. Item no Chãao das Heiras tem outra leira he de comprido oytenta e quatro varas e de largo vinte e oito vara e parte do vendavall com Rui Tellez e Ansede e do soãao emtesta no caminho forreyro do Espinheiro e do aguiom com o casall do Soalheiro e da travesia emtesta no ribeiro das Eyras. Item honde chamam as Eyras tem outra leyra que he de comprido oitenta e cinquo varas e de largo quatoze varas e parte do soãao com Santa Cruz e Gundar e da travesia com a dicta capella e do aguiom emtesta no ribeiro das Eyras e do vendaval emtesta no casall do Soalheiro. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se cinco vezes “medida”. 272

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Item no dicto logo tem outra leira e parte da travesia com Rui Teelez e do soãao e aguiom com a dicta capella he de comprido setenta e quatro varas e de largo oyto varas. Item no dicto logo outra leira que se chama de Sobre o Rego do Fojo que he de comprido noventa e duas varas e de largo vinte e quatro (fl. 36 v)(274) varas e parte do soãao com Santa Cruz e Gundar e com Rui Teelez e Ansede (sic) e das outras com a dicta capella e vay estrada polla meo e do vendaval pollo rego que vay per’aldea. Item no dicto logo outra leira que pa soãao polla Poça das Eyras e do aguiom com(275) casall do Soalheyro he de comprido sesenta varas e de largo dez varas. Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido se senta e tres varas e de largo treze varas e parte do soãao com Rui Teelez e da travessia e vendavall com ho casal do Soalheiro e do aguiom emtesta na ponta das Eyras. Item honde chamam a Lapa da Molher tem outra leira que he de comprido dozentos e cinquo varas e de largo setenta e sete varas e parte do soãao e aguiom com o casal do Soalheiro que he de Gundar e Santa Cruz asy parte do soãao com a capella de Luis Alverez e das outras partes com o casal do Soalheiro. Item nas Fontainhas tem hũa leira que he de comprido cento e seis varas e de largo cinquoenta e cinquo e parte do soãao e vendaval com Gundar e Santa Cruz e da travesia com herdade de Rui Teelez e d’aguiom com a dicta capella. Item no Val das Moreiras tem outra leira que he de comprido setenta e oito varas e de largo quatorze varas e parte do soãao e aguiom com ho casal de Rui Teelez que traz Pero Ferrnandez (fl. 37)(276) e das outras partes com a dicta capella. Item no Seixal tem hũa leyra que he de comprido cem varas e de largo trinta e seis varas e do soãao e travesia parte com Santa Cruz e Gundar e das outras partes com a dicta capella. travesia parte com herdade de Rui Teelez e do vendaval com Ansede e do soãao com a dicta capella. Item no dicto logo outra leira que he de comprido cinquoenta e duas varas e de largo vinte e sete varas e parte do soãao e travesia com ho dicto casal do soalheiro e do aguiom com Rui Teelez. Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido noventa varas e de largo dezasete varas e parte do soãao e travesia com o dicto casall do Soalheiro e do aguiom com adicta capella e do vandaval emtesta com Rui Teelez e do soãao com a capella de Luis Alverez. Item honde chamam o Calvo tem outra leira que he de comprido sesenta varas e de largo cinquoenta varas e parte do aguiom com o casal do Soalheiro e do soãao com os casaes do Cabo e da travesia com o casal do Calvo que he de Joham Fernandez de Sousa.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cindo vezes: “medida”. Riscado na mesma tinta: “herdade”. 276 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se seis vezes: “medida”. 274 275

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Item honde chamam o Outeiro Redondo tem hũa leira que he de comprido cem varas e trinta e duas de largo e parte do aguiom com o casal do Soalheyro e do soãao polla mouta (fl. 37v)(277) dos lugares e do vendaval e travesia polla estrada publica. E estas herdades declarou a dicta Branca Affomso e Joham Gonçallvez do Outeiro e Joham Alverez de [...] homens boons por da dicta capella per juramento dos santos avangelhos que he per o dicto Joham Diiz foy dado e paga em cada huum anno: de trigo tres alqueires___________________ iii alqueires. E de centeo treze alqueires e meo___________ xiii alqueires e meo. E de milho dez alqueires e meo_ ___________ x alqueires e meo. E hũa espadoa de doze costas. E huum carneiro_______________________ i carneyro. E seis gallinhas________________________ vi gallinhas. E tem prazo em tres vidas elle he a primeyra vida e paga de lutosa de cada pessoa outro tanto como da renda.

Titulo do casal do Outeiro que he na dicta aldea de Furacasas que ora traz Joham Gonçallvez que foi começado de midir a quatro dias de Abril do dicto anno. Item primeiramente huum cerrado sobre sy tem dentro hũa cozinha e dous celeiros e huum palheiro e cinquo cortes e gado e hũa eyra e quintall per antre as casas e he de comprido quorenta e sete varas e de largo o longo do caminho que vay polla aldea quoenta varas e contra o soãao he de largo vinte e oyto varas e parte da travesia pollo caminho publico que vay polla aldea e do vendavall com a capella de Luis Alverez e do aguiom com herdade de Ruy Teelez e do soãao elle dicto casall. (fl. 38)(278) Item desta midiçam pera soãao vay hũa leira de souto e tem no meo hũa corte que he de comprido quorenta e nove varas e de largo vinte e sete varas e parte do aguiom com herdade de Ruy Teelez que traz Pero Ferrnandez e das outras partes com a capela de Luis Alverez. Item honde chamam a Chousa tem ho dicto casall huum cerrado sobre sy que he de comprido quorenta e oyto varas e de largo quorenta varas e do vendaval parte com a dicta e das ouytras partes com herdades de Rui Teelez e d’Ansede que traz Pero Gonçalvez. Item honde chamam a Vinha tem hũa leira que he de comprido cento e noventa varas e no meo he de largo vinte e cinquo varas e no cabo contra aldea he dezasete varas e tem 277 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “TraIo Pedro Anes seu filho he a I” pessoa [...]”; “medido”. 278 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se seis vezes. “medido”.

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arredor castinheiros e huveiras e parte d’aguiom pollo caminho que vay pera Abezudes e do vendaval com herdade de Ruy Teelez e do soãao com a dicta capella. Item honde chamam So Conchouso tem outro campo sobre sy com castinheiros e huveyras e arvores que he de comprido cento e quatro varas e de largo trinta varas e do soãao parte com Rui Teelez e Ansede e das outras partes com a capella. Item honde chamam o Chãao d[a] Moo tem hũa devesa que he de comprido o longo do caminho que vay per Abezudes quarenta varas e de largo trinta varas e da travesia parte com a capella de Luis Alverez e das outras partes com adicta capella. Item honde chamam Fontellas tem huum campo cerrado sobre sy (fl. 38v)(279) com huveiras e arvores que he de comprido cento e vinte e quatro varas e de largo noventa e quatro varas e do vendaval parte pollo caminho que vai pera Varriz e da travesia com Ruy Teelez e do soãao pollo caminho foreiro que say d’aldea pera o monte. Item a fundo deste campo honde chamam (sic) tem hũa leira que he de comprido o longo do caminho que vay pera Variz sesenta varas e de largo em cima quatorze varas e em fundo sete e meia e parte do aguiom pollo dicto caminho e das outras partes com Ruy Teelez e Ansede. Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido trinta e cinquo varas e de largo vinte e cinquo varas e tem tres castinheiros e do soãao parte pollo caminho publico e das outras partes com Rui Teelez. Item honde chamam o Tapadinho tem huum campo cerrado sobre sy que he de comprido trinta varas e de largo vinte varas e parte do soãao parte com o casal do Soalheiro que he de Gundar e Santa Cruz e do aguiom com a capella e da traves ia e vendavall pollo caminho foreyro. Item honde chamam o Prado tem hũa leira de souto que he de comprido cento e dezaseis varas e de largo trinta varas e do soãao e vendavall parte com Ruy Teelez e Ansede e da travesia com a capella de Luis Alverez. Item honde chamam o Campo do Fojo da estrada para fundo he de comprido dozentas varas e de largo oytenta varas e da travesia e vendaval parte com Ruy Teelez e com o casall (fl. 39)(280) do Soalheiro e das outras partes com adicta capella. Item honde chamam o Avenall tem huum campo çarrado sobre sy que he de comprido oytenta e seis varas e de largo quarenta varas e do aguiom pêra travesia parte com herdade de Rui Teelez e do vendaval com Ansede e do soãao com a dicta capella. Item honde chamam Vall Covo tem huum campo todo cerrado sobre sy que he de comprido cento e sesenta e cinquo varas e de largo cinquoenta varas e da travesia parte com o ribeiro de Vall Covo e do soãao com a capella de Luis Alverez e de vendaval com Rui Teelez.

279 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se: duas vezes "medida" e três vezes "medido". 280 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se: duas vezes "medido" e três vezes "medida".

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Item honde chamam a Varzea do Fojo tem a dicto casall huum campo todo cerrado sobre sy que he de comprido o longuo do ribeiro cento e vinte e nov varas e de largo vinte e hũa varas e no meo tem monte de carvalhos e penedos e parte da travesia per aguiom pollo ribeiro e do soãao e vendavall com herdades da dicta capella e de Rui Teelez. Item honde chamam o Seixal tem hũa leira qu he de comprido cento e hũa varas e de largo quorento e cinquo varas e parte da travesia com herdade de Rui Teelez e do vendaval com a dicta capella e com casal do Soalheiro e do soãao e aguiom com a capella de Luis Alverez. Item no dito logo tem outra leira com huum pedaço de monte que he de comprido sesenta e tres varas e de largo quarenta e cinquo varas e d’agiom travesia parte com a capella de (fl. 39v.)(281) Luis Alverez e do vendaval com o casall do Soalheiro e do soãao emtesta na estrada pubrica. Item no Val da [A]moreiras tem outra leira que parte do soãao e travesia com herdade de Rui Teelez que traz Pero Ferrnandez e do vendavall com o casal do Soalheiro e d’aguiom emtesta em herdade da dicta capella he de comprido noventa e nove varas e de largo sesenta e duas varas. Item na Costa dos Moroucos tem outra leira e parte do soãao pera vendaval com a dicta capella e do aguiom emtesta em herdade do casal do Soalheiro da travesia com capella de Luis Alverez emtesta outra vez do vendaval com o Soalheyro he de comprido noventa e seis varas e de largo contra aguiom per hũa chave que vai ter no ribeiro setenta e seis varas. Item honde chamam o Souto dos Morouços tem hũa leira de souto que he de comprido o longo do ribeiro trinta e duas varas e de largo quinze varas e em, cima contra aguiom faz hũa chave do ribeiro pera soãao que vay emtestar em esta leira atras escripta que he de largo dezasseis varas e da travesia par pollo ribeiro e do vendaval emtesta em souto da dicta capella e assy do soãao parte com o casall do Soalheiro e do aguiom emtesta em herdade da capella de Luis Alverez. Item honde chamam Linhares outra leira que he de comprido sesenta e seis varas e de largo trinta e seis varas e parte da travesia com capella de Luis Alverez e do vendaval e soãao com Ruy Teelez e do aguiom com ho casal do Soalheiro. (fI. 40)(282) Item honde chamam Antre as Baiancas tem hũa leyra que he de comprido o longo da estrada do Porto dozentas varas e no meo de largo trinta e quatro varas e do vendaval pera travesia parte polla dicta estrada e das outras partes com herdades de Ruy Teelez e d’Ansede. ­ Item honde chamam o Chãao do Bezerro tem hũa leira que he de comprido setenta e quatro varas e de largo quorenta e duas varas e da travesia e vendavall parte com Ruy Teelez e Ansede e do aguiom emtesta com o casal do Soalheiro e do soãao emtesta em herdade de Ruy Teelez. 281 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se três vezes “medido”. 282 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se quatro vezes “medida”.

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Item honde chamam a Cortesia tem outra leira que he de comprido dozentas e oytenta e seis varas e hem fundo he de largo dezoito varas e em cima d’aguiom pera travesia he de largo cinquoenta varas e do soãao per aguiom parte com capella de Luis Alverez e da travesia e vendaval com herdades dos dictos Ruy Teelez e Ansede. Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido cento e quinze varas e de largo vinte e sete varas e parte do vendaval com o casall do Soalheiro e d’aguiom e travesia com capella de Luis Alverez e do soãao com a igreja de Gestaçoo. Item honde chamam a Porgosa tem hũa leira que he de comprido dozentas e quatro varas e de largo trinta e hũa varas e de vendavall e travesia parte com Rui Teelez e d’aguiom e soãao com a igreja de Gestaçoo o casall de Soalheiro que he de Santa Cruz e Gundar. (fl. 40v)(283) Item no Cerdadello tem outra leira que he de comprido sesenta e cinquo varas e de largo trinta e quatro varas e do vendavall parte com capella de Luis Alverez e da travesia e aguiom com Ruy Teelez e o casall do Soalheiro e do soãao emtesta com herdade da igreja. Item honde chamam o Vallinhos tem outra leira que he de comprido oytenta e cinquo varas e de largo trinta e quatro e do soãao parte com capella de Luis Alverez e de travesia com o casal do Soalheyro e d’aguiom e vendaval emtesta com herdades da dicta capella. Item no Spinheiro tem outra leira que he de comprido sesenta e cinquo varas e de largo vinte e cinquo e de vendaval e aguiom parte com capella de Luis Alverez e da [tr]avesia e soãao com ha igreja e ribeyro. Item honde chamam o Grolho hũa leira que he de comprido quorenta e seis varas e de largo vinte e oyto varas e parte do vendaval e aguiom com Ruy Teelez e da travesia com a capella de Luis Alverez e do soãao com a dicta capella. Item no dicto logo outra leira que he de comprido quorenta varas e de largo vinte e quatro varas e do aguiom emtesta a capella de Luis Alverez e das outras partes com herdades de Rui Telez. Item no dicto logo outra leira que he de comprido cinquoenta varas e de largo vinte e quatro varas e d’aguiom parte com capella de Luis Alverez e do soãao com Rui Tellez e do vendavall com Ansede e da travesia com a dicta capella. Item honde chamam as Eyras tem hũa leira que he de comprido dozentas e sesenta e oyto e de largo vinte e oyto varas (fl. 41)(284) e da travesia parte com capella de Luis Alverez e do vendavall pola estrada e do aguiom emtesta no ribeiro das Eyras e do soãao parte com a dicta capella e Santa Cruz. Item no dicto logo tem outra leyra que he de comprido setenta e tres varas e de largo quinze varas e da travesia emtesta no ribeiro das Eyras e do vendaval parte com capella de Luis Alverez e das outras partes com a dicta capella.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se sete vezes: “medida”. No início da página, riscado na mesma tinta: “caminho pera fundo trinta e três varas”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “visto”; e repete-se duas vezes “medida” e “medido”.

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Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido oytenta e seis varas e de largo vinte e tres varas e do vendaval emtesta em herdade do casal do Soalheiro e das outras partes com Rui Teelez. E estas herdades declarou ho dicto Joham(285) Gonçallvez caseiro por da dicta capella pollo juramento dos santos avangelhos que lhe per o dicto Joham Diiz porteyro foy dado e foram medidas per varas de cinquo palmos. E tem prazo e elle he a segunda vida e paga em cada huum anno a dicta capella por dia de Natal quatrocentos reaes__________iiiic reaes. E hũa marrãa_______i marrãa. E de lotosa de cada pessoa outro tanto como de renda.

Titulo dos Loyvos do Monte do casal que se chama do Outeiro nos Loyvos do Monte que ora traz Gonçalo Martinz Annes he Joham Pirez que he na dicta freguesia de Gestaçoo Item primeiramente hũa cozinha colmaça que he de comprido sete varas e de largo cinquo varas. Item huum celleyro colmaço que he de comprido onze varas e de largo quatro varas. (fl. 41v)(286) Item da porta do celleiro pera cima pera aguiom quatro c[ortes] que som de comprido quotorze varas e de largo quatro varas. Item em cima contra o soãao duas cortes que som de comprido dez varas e de largo quatro varas. Item a dereito destas cortes pera vendaval outras duas cortes que som de comprido nove varas e de largo tres varas e mea. Item antre estas casas todas esta huum quintall que he de comprido vinte e duas varas e de largo dez varas e esta midiçam parte da travesia com Pombeiro e de Balsamom e das outras partes com a dicta capella. Item destas casas contra vendaval hiindo pera o soãao vay huum campo que se chama o Valle todo cerrado sobre sy que he de comprido cento e cinquoenta e hũa varas e de largo em fundo contra a travesia he de parede do celeyro pera fundo trinta varas e em cima contra ho soãao he de largo oytenta e oyta varas e do soãao parte com o casall de Sam Payo que he da igreja de Gestaçoo e do aguiom para(287) travesia pollo caminho foreyro que vay d’aldea per o monte e da travesia pera vendaval com herdade de Pombeiro e do dicto casall e de Balsamom e dentro nesta midiçam esta hũa eyra e huum palheiro e duas cortes e arvores. Item a fundo deste campo pera vendaval esta outro campo cerrado sobre sy que he de comprido cem varas e de largo em cima oytenta e seis varas e em bayxo contra ho vendavall

Riscado na mesma tinta: “Ferrnandez”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se seis vezes: “medido”. 287 Riscado na mesma tinta: “rte”. 285

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he de largo vinte e duas varas e do aguiom parte com o dicto casall e do vendavall com herdade (fl. 42)(288) de Balsamom e das outras partes com herdades do mosteiro de Pombeiro. Item honde chamam o Trugall tem outro campo cerrado sobre sy que he de comprido oytenta e seis varas e de largo sesenta varas parte do soãao e travesia parte com herdades de Balsamom e das outras partes com a dicta capella. Item honde chamam as Quebradas e o Vall derradeyro tem ho dicto casal outro campo todo cerrado sobre sy que he de comprido dozentas e quorenta varas e de largo cento e oyto varas e parte do vendaval com a dicta capella e das partes com Be1samom e tem devesa. Item honde chamam Casal de Faas tem outra leyra e parte da travesia com a dicta capella e do vendaval com herdades de Belsamom e das outras partes com herdades de Pombeiro e he de comprido trezentas varas e hem fundo honde faz hũa chave he de largo cem varas e em cima contra o monte he de largo setenta e cinquo varas. Item honde chamam o Vall do Loureiro tem hũa leira e parte do soãao com herdades de Balsamom e das outras partes com Pombeiro e he de comprido sesenta e tres varas e de largo trinta e oyto varas. Item honde chamam o Chãao do Ladrom tem outra leira e parte da travesia e vendaval com herdade de Balsamom e do soãao emtesta em herdade de Travanca e do aguiom com a dicta capella e he de comprido cento e cinquoenta varas e de largo cento e vinte e cinquo varas. (fl. 42v)(289) Item honde chamamo Valledo Regedouro tem outra leira e parte da travesia e vendaval com herdade de Pombeiro de aguiom com herdades de Travanca e do soãao emtesta na riba do Carvalhal e he de comprido cento e cinquoenta varas e de largo sesenta varas. Item honde chamam os Corregos do Penedo d’Ara outra leira e parte do vendaval com o casal de Sampayo e da traves ia emtesta em herdade de Pombeiro e do aguiom parte com herdades do mosteiro de Travanca e do soãao emtesta na Peraguda (?) e he de comprido dozentos e quatorze varas e de largo noventa e sete varas. Item honde chamam o Chãao do Loureyro tem outra leyra e do soãao parte com o casall de Sam Payo e do vendaval com herdades de Pombeiro e da travesia com Balsamom e do aguiom com Travanca e he de comprido cinquoenta e tres varas e de largo vinte e oito. Item no dicto logo tem outra leira e parte do soãao e aguiom com herdades de Travanca com herdade de Balsamom e he de comprido sesenta varas e de largo vinte varas. Item honde chamam Loureiro tem o dicto casal hũa regada que he de comprido cento e seis e parte do aguiom com Travanca e da travesia pera vendaval com Pombeiro e com a dicta capella e do soãao com Balsamom.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se quatro vezes “medido”. 289 Na margem esquerda desta página, em letra muita posterior, repete-se duas vezes. “medida” e “medido”. 288

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Item honde chamam o Aguilhom tem outra leyra e em (fl. 43)(290) cima parte huum pedaço contra aguiom e em fundo contra vendaval outro pedaço com Travanca e das outras partes com Balsamom e he de comprido cento e setenta e sete varas e de largo cinquoenta e duas. Item honde o Lameiro do Outeiro tem outras leira e parte do vendaval e travesia com herdades de Valsamom e do aguiom com herdades de Cameyro e do soãao poola Monta do barcegal e he de comprido dozentos e setenta e seis varas e de largo cento e vinte varas. Item honde chamam o Pedragall tem outra leira e partes do vendaval com a dicta capella e com herdades de Belsamom e da travesia emtesta em herdades de Pombeiro e d’aguiom com Pombeiro e com a dicta capella e do soãao emtesta em herdades de Balsamom e he de comprido dozentas e quorenta varas e de largo per meo cento e dezaseis varas e em fundo he de largo cinquoenta e duas varas. Item no Vall do Feyjoall tem outyra leira que he de comprido vinte varas e de largo outras tantas e parte do vendavall e aguiom com Pombeiro e do soãao com Balsamom e da travesia com a dicta capella. Item honde chamam a Leravada(291) tem outra leira e parte do soãao com a dicta capella e com Balsamom e do aguiom com Pombeiro e Travanca e do vendavall com Balsamom e he de comprido cinquoenta varas e de largo quorenta e nove. Item o ribeiro da Levada tem outra leira e parte do soãao e travesia com Balsamom e d’aguiom com Travanca e do vendavall (fl. 43v)(292) emtesta no ribeiro e he de comprido oitenta e duas varas e de largo sesenta e cinquo. Item honde chamam o Val de Macieyra tem outra leira que he de comprido cento e vinte e cinquo varas e de largo quorenta e oito varas e parte do soãao e travesia com o casal de Sam Payo e do vendaval com a dicta capella e do aguiom com herdade de Pombeiro. E estas herdades declararam os dictos caseiros por da dicta capela per juramento dos santos avangelhos que lhes per o dicto Joham Diiz porteiro foy dado e foy toda midida per vara de cinquo palmos. E este casal trazem os dictos caseiros emprazado e per esta guisa, convém a saber, o dicto Joham Pirez que he caseiro da dicta capella traz a metade per prazo em tres vidas e elle he a primeira vida e paga a dicta capella em cada huum anno por Sa’Miguel dezoito alqueires de pam meado _ _____ xviii alqueires. E de trigo huum alqueire _ _______________ i alqueire. E de lutosa outro tanto como de renda. E a outra metade do dicto casal traz enprazada Gonçalo Martinz do dicto logo dos Loyvos do Monte e Gonçale Anes solteiro seu sobrinho e per a primeira molher que ouver e Gonçalo Martinz he a primeira vida. E pagam em cada huum anno a capella pos Sam Miguell dezoito alqueires de pam meado___xviii alqueires. E de trigo huum alqueire__ i alqueire. E de lutosa outro tanto. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. Entrelinhado em letra posterior: “a Leravada”. 292 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Todas as propriedades deste cazal do Outeiro e as do cazal da Quintam que adiante se seguem vão em hũa [...] ha de ir também a renda”; “medida”. 290 291

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Titulo do casall da Quinta que esta na dicta aldea dos Loyvos do Monte que he da dicta capella que ora traz Joham Pirez. (fl. 44)(293) Item primeiramente huum quin­teyro todo cerrado sobre sy com sete casas colmaças aredor cozinha e celeiro e cortes que he de comprido vinte e cinquo varas e de largo vinte varas e do vendaval e soãao parte pollo caminho publico e das outras partes com o dicto casall. Item detras destas casas contra aguiom tem huum campo todo cerrado sobre sy com castinheiros e arvores dentro e parte do vendaval com as dictas casas e com ho caminho e do soãao e travesia pollo dicto caminho publico que vay d’aldea e asy emtesta do soãao com o casal de Sam Payo e das outras partes com herdade de Balsamom e he de comprido cento e sesenta e quatro varas e de largo oitenta e quatro varas Item honde chamam o Vall das Paredes tem outra leira e parte do vendaval com o dicto casal e do soãao emtesta com o casal de Sam Payo e das outras partes com Balsamom e he de comprido oitenta e duas varas e de largo cinquoenta varas. Item honde chamam a Galffaneyra(294) tem hũa leira que he de comprido cem varas e de largo cinquoenta varas e partes da travesia com o casall da Queymada que traz Joham Alverez de Tolhõoes e das outras partes com herdades de Travanca e Pombeiro. Item honde chamam Varzea tem huum campo tapado sobre sy que he de comprido cento e oyto varas e de largo cinquoenta e duas varas do aguiom e vendaval e soãao com herdades de Pombeiro e da travesia com Travanca (fl. 44 v.)(295) e emtesta no ribeiro. Item na Lavandeira tem outra leira e do soãao emtesta no ribeiro e das outras partes om herdades de Pombeiro e he de comprido cento e vinte varas e de largo trinta varas. Item honde chamam a Levada tem huum campo todo tapado sobre sy e he de comprido cento e treze varas e de largo oytenta e sete varas e do vendaval parte pollo ribeiro e da travesia emtesta em herdade de Balsamom e do aguiom pollo rego da villa e tem huum moynho corrente. Item a Poça de San Payo tem hũa leira que he de comprido setenta e seis varas e de largo quorenta e duas e parte da travesia e soãao com o casal de Sam Payo e do vendaval com Balsamom e d’aguiom com a dicta capella. Item honde chamam Alqueyvada tem hũa leira e parte do vendaval pollo ribeiro e das outras partes com Balsamom e he de comprido cento e trinta varas e de largo cinquoenta e sete varas.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medida”, e três vezes “medido”. 294 Entrelinhado em letra posterior: “Bufaneira”. 295 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medido” e “medida”. 293

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Item honde chamam as Peras Alvas(296) tem outra leira e parte do soãao com a dicta capella e do vendavall polla ribeiro e das outras partes com Bal­samom e he de comprido cento e cinquoenta e oito varas e de largo cem varas. Item honde chamam o Foyo tem hũa leira que he de comprido dozentos e cinquoenta varas e de largo per meo oitenta varas e dalem do ribeiro da travesia pera soãao he de largo setenta varas e parte do aguiom com a dicta (fl. 45)(297) capella e da travesia com Travanca e da travesia pera vendavall com Balsamom e com o casal de Sam Payo e como diiz polla Ponte do Foyo o ribeiro emtom pollo corrego com Pombeiro e do soãao emtesta em her­dade de Balsamom. Item honde chamam a Nadega do Outeiro Calvo tem hũa leyra que he de comprido cem varas e de largo noventa e oito varas e parte d’aguiom com o casal de Sam Payo e da travesia com a dicta capella e do vendavall e soãao com Pombeyro. Item honde chamam o Vall do Loureiro tem outra leyra que he de comprido cento e treze varas e de largo LVI e parte da travesia com Pombeiro e do vendavall e soãao com Travanca e d’aguiom com a dicta capella. Item honde chamam o Çarzado tem hũa leira que he de comprido cento e dezoito varas e de largo setenta e cinquo e parte do vendaval com o casall de Sam Payo e das outras partes com Balsamom. Item hũa leira que se chamam Pinleda(298) que he de comprido oitenta e sete varas e de largo quorenta e cinquo e parte do soãao com Travanca e do vendaval e travesias com Pombeiro e d’aguiom com a dicta capella. Item honde chamam Val Covo tem outra leira que he de conprido cento e sesenta varas e de largo cinquoenta e sete e parte do aguiom com(299) o reguengo do Spinho e assy da travesia com o casall de Joahm Ferrnandez de Sousa e do Soãao com (fl. 45 v)(300) Pombeiro e do vendaval com a dicta capella. Item honde chamam o Valle dos Outeiros tem outra leira que he de comprido cento e quorenta e nove varas e de largo cinquoenta e sete varas e parte do aguiom com ho reguengo do Espinho e da travesia com Joham Femandez de Sousa e das outras partes com Pombeiro. Item honde chamam a Sovereira tem outra leira que he de comprido sesenta e quatro varas e de largo trinta varas e parte da travesia com Pombeiro e das outras partes com Travanca. E estas herdades foram declaradas pollo dicto caseiro e per Gonçallo Martinz homem antiigo por a dicta capella per juramento dos santos evangelhos que lhes per o dicto Joham Diiz porteiro foy dado tem prazo em tres vidas e elle he a primeira vida e paga em cada huum Entrelinhado em letra posterior: “chama se Presalvas”. (128) Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. 297 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. 298 Entrelinhadó em letra posterior: “Piulda (?)”. 299 Riscado na mesma tinta: “o regendo”. 300 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Anna Pereira mulher de Gaspar carneiro casou primeira ves com hu primo de que tem hũa filha a quem pertence este cazal”; “medida”. 296

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anno a dicta capella per dia de Natall dozentos e sesenta reaes______iic lx reaes. E outro tanto de lutosa.

Titulo do casall da dicta capella que esta n’aldea do casal d’Aram que ora traz Joham Mancebo que he na dicta freguesia de Jestaçoo. Item primeiramente hũa cozinha que he de comprido onze varas e de largo quatro varas. Item huum palheiro com huum lagar no cabo que he de comprido quatorze varas e de largo quatro varas. Item mais antre estas casas esta hũa eyra com huum (fl. 46)(301) pardieiro no outom da cozinha e he todo cerrado sobre sy e he de comprido vinte e quatro varas e de largo vinte varas e parte todo d’aredor com caminhos publicas. Item a fundo desta eira so caminho esta huum celleiro que he de comprido oyto varas e de largo seis varas. Item o longo do caminho pera travesia tem seis cortes que som de comprido trinta e cinquo varas e de largo dez varas e partem d’aguiom e travesia com herdades de Travanca e das outras partes com o dicto casall. Item detras destas cortes e celleiro pera ven­davall esta hũa latada de vinha e arvores que he de comprido vinte e cinquo varas e de largo sesenta e parte do soãao com o dicto casal e das outras partes com Travanca. Item detras da cozinha pera vendaval esta huum resio com huum carvalho e hũa pereira e huum pardeiro no cabo que he de comprido trinta e seis varas e de largo vinte e oyto varas e parte do soãao com a capella de Luis Alverez e do vendaval com Travanca e das outras partes com o dicto casall. Item honde chamam o Vall da Portella tem huum campo cerrado sobre sy e do vendaval emtesta no ribeiro e com herdade da capella de Luis Alverez e das outras partes parte de Travanca he de comprido oytenta e cinquo varas e de largo cinquoenta varas e tem seis castinheiros. Item acima deste campo tem hũa leira que he de comprido trinta e cinquo varas e de largo outras tantas e parte do soãao e vendaval com capella de Luis Alverez e das outras com Travanca. Item honde chamam Varzea tem outro campo todo cerrado sobre sy e do vendaval emtesta no ribeiro e d’aguiom e caminho foreiro e do soãao parte com Travanca e da trave-

301 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “este he uvida [00’] com hũa leiraque tem no sima (sic) parte do meo do caminho que vai pera Arão Dalem [00’] Ribeiro [00’] do [‘00] com terras deste cazal”; e repete-se duas vezes “medida” e três vezes “medido”.

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sia com o dicto casall he de comprido cento e vinte varas e de largo cinquoenta e sete e tem castinheiros e cerdeiras. Item ho Chãao do Carvalho que parte d’aguiom com capella de Luis Alverez e do vendaval com Travanca e da travesia emtesta no ribeiro dos Loyvos e do soãao em herdade do dicto casall e he de comprido cento e vinte varas e de largo per meo cento e vinte e cinquo varas e em fundo conta o ribeiro he de largo cinquoenta e oyto varas. Item honde chamam a Costa da Cabra tem huum campo todo cerrado sobre sy que he de com­prido oytenta a quatro varas e de largo o longo do ribeiro oytenta e tres varas e do vendavall(302). (fl. 47)(303) Item honde chamam a Costinha tem outra leira que he de comprido vinte e nove varas e outro tanto de largo e da travesia com Travanca e das outras partes com capella de Luis Alverez e vay per cima ho rego d’augua. Item honde chamam o Chãao da Moo tem hũa leira que he de comprido setenta e seis varas e de largo sesenta e duas varas e parte d’aguiom com Travanca e do vendaval com o casal de Ruy Teelez e do soãao com casaes dos Loyvos do Monte. Item honde chamam Vall Longo tem outra leira que he de comprido cinquoenta varas outro tanto de largo e d’aguiom parte com Ruy Teelez e do soãao com Travanca e do vendaval com casaes dos Loyvos e da travesia pollo caminho. Item honde chamam o Resayo tem outra leira que he de comprido dozentas e trinta e duas varas e de largo o longo do ribeiro cento e seis varas e no cabo contra o aguiom he cinquoenta varas e no meo tem huum pedaço de devesa e da travesia parte com Travanca e com Pombeiro e do soãao com capella de Luis Alverez e Pombeiro. Item honde chamam o Vall do Ferreiro tem hũa leira que he de comprido oytenta e quatro varas e de largo sesenta varas e parte da travesia com capella de Luis Alverez e Pombeiro e do soãao com Travanca e de vendaval pollo ribeiro. Item honde chamam as Cortinhas tem hũa leira que se começa honde chamam a Lagoa Longa e vay o longo do ribeiro das Cortinhas ataa o ribeiro de Laceyras e daly vay pera (fl. 47 v)(304) cima para Costa d’Aveosa e parte do soãao com capella de Luis Alverez e do vendaval com o dicto ribeiro e de todas as outras partes com Travanca e he de comprido quatrocentos e oytenta e tres varas e de largo quorenta varas. Item no Val dos Pardieiros hũa leira que he de comprido iic varas e de largo quorenta e duas e no cabo faz hũa chave contra o soão que he de comprido cento e duas varas e de largo cinquoenta varas e parte de todallas partes com Travanca.

Este registo não foi concluído. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medida” e três vezes “medido”. 304 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medida” e três vezes “medido”. 302

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Item no Vall da Pedra tem outra leira que he de comprido oitenta e cinquo varas e outro tanto de largo e d’aguiom e travesia parte com capella de Luis Alverez e casaes dos Loyvos e das outras partes com Travanca. Item detras do Palheiro vay huum resio que he de comprido quorenta varas e de largo xii e he todo cerquado de caminho e do vendaval parte polla parede do palheyro emtesta no ribeiro e do soãao emtesta em outro campo do dicto vaall e das outras partes com Travanca. Item hũa leira de Cima da Bouça que he de comprido oytenta e duas varas e de largo trinta e seis e parte da travesia parte com capella de Luis Alverez e d’aguiom emtesta em herdade do dicto casall e das outras partes com Travanca. Item honde chamam Linharinhos (sic) tem outra leira que he de comprido cento e trinta(305) e cinquo varas e de largo trinta varas e parte de todallas partes com Travanca. (fl. 48)(306) Item no dicto logo outra leira que he de comprido cento e cinquoenta e duas varas e de largo contra o vendavall cinquoenta e duas e no cabo contra aguiom vinte e sete varas e do vendavall emtesta em herdade do dicto casall e das outras partes parte com Travanca. Item honde chamam a Costa do Rio tem huum campo cerrado todo sobre sy que he de comprido des o rio ate o Outeiro da metade dozentos e setenta(307) varas e em fundo contra o vendaval he de comprido o longo do campo de Travanca setenta varas e de vendaval para aguiom he de largo cento e vinte varas e em cima he de largo cem varas e do soãao emtesta com capella de Luis Alverez e das outras partes com Travanca. Item acima d’aldea honde chamam o Ramalgo da Lage tem hũa leira que he de comprido cem varas e de largo vinte e sete varas e parte do soãao com capella de Luis Alverez e das outras partes com Travanca. Item no Val da Ortiva (sic) tem hũa leira que he de comprido cento e dez varas e de largo vinte e oyto varas e parte d’aguiom e soãao com herdades de Pombeiro dos casaes dos Loyvos e da travesia com Travanca e do vendaval com o caminho que vay pera as Cortinhas. Item honde chama a Cruz tem hũa leyra que he de comprido cento e trinta e sete varas e de largo quoenta e seis varas e d’aguiom parte com Travanca e do soãao com casaes (fl. 48 v)(308) dos Loyvos e das outras partes com capella de Luis Alverez. Item honde chamam o Togall tem outra leira que he de comprido cinquoenta varas e de largo outra tantas e partes do soãao com casaaes dos Loyvos e d’aguiom e vendavaIl com Travanca e da travesia com o Monte. Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido noventa e nove varas e de largo cinquoenta varas e parte da tavesia com capella de Luis Alverez e com casal do ribeiro que he de Joham Ferrnandez e das outras partes com Travanca. Repete-se: “e trinta”, Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “não aparece”; e repete-se quatro vezes “medida”, 307 Entrelinhado em letra coeva: “Lxx”, 308 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se cinco vezes “medido”. 305

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Item no Vall do Castinheiro outra leira que he de comprido cento e vinte e sete varas e de largo quo­renta varas e vendavall parte com capella de Luis Alverez e das outras partes com Travanca. Item honde chamam a Lagarteyra tem hũa leira que he de comprido cinquoenta varas e outro tanto de largo e parte d’aguiom com casaaes dos Loyvos e do soãao com capella de Luis Alverez e das outras partes com Travanca. Item no Vall do Castinheiro tem outra leira que he de comprido dozentos varas e de largo sesenta e seis e parte do soãao com Luis Alverez e com Travanca de todalas outras partes. Item na Lama tem hũa leira que he de comprido cinquoenta varas e de largo vinte e duas varas e parte d’aguiom com capella de Luis Alverez e do vendavall com Travanca e de travesia emtesta no caminho foreyro e vay o rego d’aldea (fl. 49)(309) per ella e tem castinheiros. Item acima do casall da capella de Luis Alverez que ora traz Vimço (sic) tem ho dicto casall outra leira que he de comprido trinta e hũa varas e de largo sete varas e do soãao parte com Travanca e das outras partes com capella de Luis Alverez e emtesta nas casas e eyra que traz Viniom (sic). E asy tem este casal comedoria e pacigo com seus gaados ho Monte do Bayamzinho e polla ribeira de [...] ataa o castello de Bayam. E estas herdades foram todas declaradas per o dicto caseiro por da dicta capella porque disse que ninguem o nom sabia tam bem como elle. E tem prazo e elle he a terceyra pesoa e paga em cada huum anno a dicta capella: de trigo huum alqueyres (sic) de trigo_____________________________ huum alqueire. E de centeo quatorze alqueires__________ xiiii alqueires. E de milho quinze alqueires____________ xv alqueires. E hũa espadoa de doze costas___________ hũa espadoa. E hũa gallinha______________________ hũa galinha. E dez ovos_ _______________________ x ovos. As quaes herdades declarou pollo juramento dos santos avangelhos que lhe foy dado.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Possue João Monteiro de Anguião; “medido”.

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Titulo do casal da Portella que esta em Aguiom que he da dicta capella que ora traz Joham Gonçallvez que he na dicta freyguesia de Gestaçoo. Item aos vinte e huum dias do mes de Março do dicto anno (fl. 49 v)(310) de noventa e nove anos foy midido e partido o dicto casall per homens boons com Joham de Sendas juiz da honrra de Gestaçoo em cujo termo ho dicto casal esta porque andava mistigo com hũa quebrada da comenda de Moura Morta e em alguas partes nom sabia ho dicto caseiro por honde partia e o dicto Joham Diiz porteiro mandou pasar hũa carta per elle asinada pera o comendador de Moura Morta que viesse ou mandasse partir a dicta quebrada com o dicto casall e foy dada a Gil Pirez seu procurador e mandou dizer que viiria e pos dia pera isso e nom veo e despois lhe mandou outra vez dizer que viesse estar ha dicta demarcaçam que se avia de fazer com homens boons e foy lhe dicto segundo o caseiro disse que lho disera per seu juramento e que o dicto Giil Pirez disera que elle nom sabia per honde partia e que nom era pera isso necesareo e que tomasem homens boons que o fizessem per jura­mento dos avangelhos os quaes foram pera isso tomados per mandado do dicto juiz a Pero Monteiro e a Lopo Gonçallvez d’Anqua e lhes foy dado jura­ mento sobre os santos avangelhos que segundo Deus e suas conciencias demarcasem as dictas herdades asy as que soubesem como as que nom soubesem e das que nom soubesem parte por honde partiam per nenhũa emformaçam que dessem ao casall e a que­brada o que lhes parecer homde marcos nom fossem achados e derom e declararom ao casal da dicta capella estas herdades que se adiante seguem. Item primeiramente hũa cozinha colmaça que he de comprido sete varas e mea e de largo seis varas. Item o celleyro e adega e hũa corte todo colmaço som de comprido dezoito varas e de largo sete varas. (fl. 50)(311) Item no ou tom da cozinha esta huum pardieiro que foy adega e lagar he de comprido oito varas e de largo seis varas. Item antre estas casas esta huum quintall cer­rado com hũa latada que he de comprido vinte varas e de largo oito varas. E esta midiçam parte d’aguiom com a dicta quebrada de Moura Morta e de travesia e vendaval pollo caminho publico e do soãao com ho dicto casall. Item do outom d’adega pera o soãao vay huum campo cerrado de vinha e pumar e campo e hũa eyra e parte acerqua das casas do aguiom com a dicta quebrada e das outras partes com o dicto casall he de comprido(312) noventa e duas varas e de largo trinta e cinquo. Item a par desta vinha contra o aguiom esta outra vinha que he de comprido quorenta varas e de largo vinte e sete varas e parte da travesia com a quebrada e das outras partes com ho casall.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medido”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se seis vezes: “medido”. 312 Riscado na mesma tinta: “q”. 310 311

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Item mais outra leira que he de comprido sesenta varas e de largo vinte e cinquo e tem duas oliveiras e parte do vendaval com a quebrada e das outras partes com o casall. Item logo a fundo das vinhas tem outra leira que he de comprido do caminho que vay pera Meysom Friio pera aguiom cento e setenta e seis varas e de largo o longo do caminho cinquoenta varas e no outro cabo contra aguiom he de largo vinte e seis varas e parte do soãao toda he de comprido per marcos como ahos homens boons demarcarom com a quebrada e das outras partes com o casall (fl. 50v)(313). Item ao fundo desta leira tem outra e tem s[souto]d’aredor e d’aguiom emtesta com herdade do casall e do soãao com a quebrada de Sam Joham d’Ouvill que traz Gracia Gonçallvez de Meysom Friio e das outras partes com Moura Morta he de comprido cinquoenta e sete varas e de largo vinte e oyto varas per meo. Item hũa vinha que se chama do Canpo d’Oliveira que he do dicto casall e parte do aguiom poll o caminho que vay pera Meysom Frio e da travesia com o dicto casall e das outras partes com a comenda de Moura Morta he de comprido noventa e cinquo varas e de largo quorenta varas. Item a fundo das casas contra o vendavall tem ho dicto casall huum campo com olival e parte do soãao e aguyom com o caminhos foreiros e do vendaval com o casall e das outras partes com Moura Morta he de comprido cento e quorenta e duas varas e de largo pera o soãao oytenta e oyto varas e he todo cerquado sobre sy e dentro nesta midiçam em cima junto do caminho se metem dous talhos de quebrada a cada parte seu segundo estam demarcados. Item outra leira de vinha honde chamam o Valle e a parte de huum cabo contra aguiom com herdade de Sam Joham d’ Ouvill e das outras partes com Moura Morta he de comprido cento e quorenta e seis varas e de largo contra o soãao trinta e cinquo varas e contra travesia he de largo setenta e duas varas. Item no cabo desta vinha que atras he demar­cada esta huum pedaço de monte que emtesta contra o aguiom e parte de todalas partes com a dicta hordem de Moura Morta he de comprido vinte e nove varas e de largo quinze varas. (fl. 51)(314) Item honde chamam Cone (sic) de Lobos tem ho dicto casall hũa leira de vinha e parte do vendaval com herdade que foy de Femam Ro­driguez que agora he de Joham Pereira e da travesia com o Monte da Fraga que he da dicta capella e das outras partes com Moura Morta he de comprido cento e oytenta e sete varas e de largo contra a travesia cinquoenta e oyto varas e per meo he oytenta e quatro varas e contra o soãao he de largo cinquoenta varas e no cabo contra Parada tem huum pedaço de monte. Item huum pedaço de monte que he de começado de posto em vinha que se chama o Carro do Cas­tinheiro do Cuquo (sic) e vay derreyto ha cima a Pena da Galinha e emtesta no monte de Coneom (?) e hem fundo parte huum pedaço contra o soãao com o dicto casal e das Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medido”. Na margem esquerda desta página, em letra muit posterior: “medida”; e repete-se três vezes “medido”.

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outras partes com Moura Morta e vay de corrego a corrego e dentro nesta midiçam jaz huum souto que foy d’Affomso do Couto assy como esta demarcado per marcos e he de comprido dozentos varas e de largo de corrego a corrego oytenta e quatro varas. Item das casas pera cima vay huum pedaço d’erdade com seu souto assy como vai pollo corrego derreito a Pena de Gallinha e assy como vai pollo atalho que vai do dicto casall pera o Concom e parte d’aguiom e vendaval com o dicto casall e soãao pollo caminho d’antre a porta do quinteiro e hiindo do soãao pera vendaval parte com a dicta, quebrada e he de comprido pera cima pera o monte cem varas e mais pollo monte auguas vertente e de largo he cinquoenta varas do carrego ataa caminho. Item des as casas pera aguiom vay huum souto e monte bravo que he de comprido do soãao pera travesia trezentas varas (fl. 51v)(315) e mais como diz augas vertentes como parte pollo come do monte com a demarcaçam da quinta de Parada e de largo dozentas varas e dentro nesta demarcaçam jaz huu pedaço de souto acima do caminho que vay per Alcanas (?) assy como estaa demarcado per marcos que he da dicta quebrada e parte do vendaval e do soãao com o dicto casall e das outras partes com Moura Morta e vay ho caminho per meo delle. E assy tem comedoria este casall no souto da Costa do Gaviam com os casaes de Gestaçoo co seus porcos. Estas herdades atras escriptas declarou ho dicto caseiro e homens boons por do dicto casall pollo dicto juramento que lhes foy dado e tem prazo em tres vidas e elle he a primeira pessoa e paga e cada huu anno de renda a dicta capella dozentos e oytenta reac as tenças, convém a saber, Natal e Pascoa e Sam Joham e outro tanto de lutosa a cada pessoa____________ iic LXXX reaes.

Titulo do casall de Paredinhas que he da dicta capella que ora traz Johan Anes que he na dicta frreguesia de Gestaço. Item primeiramente hũa cozinha colmaça qu he de comprido oito varas e de largo cinquo varas. Item cinquo pardieiros que som de comprido vinte varas e de largo outras tantas e tem huum resio per meo e do soãao parte com Valsamom e das outras partes com ho dicto casall. Item onde chamam a Regada da Pereira tem huum campo que he de comprido oytenta varas e de largo trinta e duas varas e contra a travesia he de largo vinte varas e parte do soãao (fl. 52)(316) com Balsamom e das outras partes com Travanca.

315 Na margem esquerda desta página, em letra coeva: “[…] tralo. Item Gonçallve he primeira pessoa iii Lta tem prazo”. Na mesma margem, em letra muito posterior: “ainda não tem duvída con Travanca porque lhe faltão varas”; e repete-se três vezes “medido”. 316 Na margem esquerda desta página. em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medido”.

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Item abaixo da cozinha e pardieiros tem outro cerrado sobre sy que he de comprido cem varas e de largo setenta e quatro varas e da travesia e aguiom parte com Travanca e Balsamom e das outras partes com ho dicto casall. Item no Conchouso da Costa tem outra leira que he de comprido cinquoenta e quatro varas e de largo vinte e seis varas e parte d’aguiom com o caminho e das outras partes com Balsamom. Item honde chamam os Valles tem outra leira que he de comprido quorenta e seis varas e de largo vinte e hũa e mea e parte d’aguiom com Travanca e do soãao com o caminho e das outras parte com Bal­samom. Item nos dictos Valles tem outra leira que he de comprido cento e vinte varas e de largo em fundo a travesia e quatro e no meo quorenta varas e d’aguiom emtesta em caminho que vay pera casal d’Aram e das outras partes com Travanca e Belsamom. Item nos Chãaos tem outra leira que he de comprido cem varas e de largo sesenta varas e d’aguiom e travesia parte com Travanca e do vendaval com Travanca e Balsamom e do soãao com o dicto casall. Item honde chamam os Linharinhos tem outra leira que he de comprido lxvi varas e de largo contra travesia (fl. 52v)(317) dez varas e contra o soãao he de largo vinte e oito varas e parte da travesia e vendaval com Travanca e do aguiom com Belsamom e do soãao pollo rego e emtesta de so rego com Belsamom. Item honde chamam a Pereira de Sobre os Chãaos tem outra leira assy com vay de fundo tee cima vertentes e parte d’aguiom com Travanca e do vendaval com Belsamom e do soãao pollo Seco (?) e da travesia com herdade do dicto casall e he de comprido cem varas e de largo oytenta e oyto varas, Item des o Lameyro da Bouça pera cima do Penedo da Taleyga tem hũa leira de monte que he de comprido cem varas e de largo setenta e cinquo varas e do vendaval e travesia parte com Travanca e do vendaval com Belsamom e do soãao pollo Penedo da Taleyga. Item no Vale do Outeiro tem hũa leira que he de comprido trezentos e cinquenta varas e de largo cento e trinta varas e devendaval parte com Rui Teelez e um fundo contra o ribeiro com Trevanca e das outras partes com Belsamom. Item no Vall dos Pelliteiros tem hũa leira que he de comprido noventa varas e de largo setenta varas e do vendavall parte com Veriz e da travesia com Belsamom e Veriz e d’aguiom com Ruy Teelez e Pombeiro. Item sos (sic) Vallizinhos tem hũa leira que he de comprido setenta e cinquo varas e de largo trinta e seis varas e parte do aguiom com Travanca e do soãao com Pombeiro e das outras partes com Belsamom. (fl. 53)(318) E assy he de montar o que viver no dicto ou o trouxer com seus gados pollo monte de Bayanzinho ate o castello de Bayam e pollo ribeira da Faveyra e asy he sua auga do Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se três vezes: “medida”.

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ribeiro da Faveira e dos outros casaaes de Peredinhos que he de vir a Poça da Estrada que lha nom podem embargar que he de povoraçam e para regar. Estas herdades foram declaradas per o dicto caseiro e per Joham Mancebo homem boom foy dado e tem prazo em tres vidas e ella he a primeira pessoa e paga em cada huum anno a dicta capella de centeo dez alqueyres________ x alqueires. E de milho dez alqueires_ _____________ x alqueires. E de lutosa outro tanto como de renda. E paga pollo Sa’Miguell.

Titulo de Bayam. Item freguesya de Sam Joham d’Ouvill Titulo do casall de Cheyvaes que he da dicta capella que ora traz Alvaro Gonçalvez d’Arvis que foy midido a xvi dias da Abrill do dicto anno. Item primeiramente alem do caminho contra vendaval hũa corte colmaça que he de comprido seis varas e terça e de largo quatro varas. Item no outom desta corte huum pardieiro que he de comprido nove varas e de largo quatro. Item de fronte da porta da corte tres pardieiros que som de comprido quatorze varas e mea e doze de largo e tem huum resio per meo e esta demarcaçam toda por (sic) do vendavall com o dicto casal e do soãao com herdades de Joham Annes de Cheyvaes e d’aguiom pollo caminho publico e de traves ia com Ansede. (fl. 53v)(319) Item da outra parte do caminho contra aguiom tem outra corte com huum pardieiro no ou tom que he de comprido nove varas e de largo cinquo varas e parte do soãao com herdades de Joham Anes de Cheyvaes e da vendaval ataa o dicto caminho e das outras partes com as dictas herdades de Chayvaes. Item a fundo destes pardieiros contra vendaval tem huum pedaço de campo que tem souto e he de comprido quorenta varas e de largo dezaseis varas e d’aguiom parte com o dicto casal e do soãao com as dictas herdades e das outras partes pollo caminho foreiro. Item no Valle tem outra leira que he de comprido quorenta varas e de largo trinta e hũa varas e parte d’aguiom com Ansede e das outras partes com as herdades dizimo a Deus (sic) de Joham Anes e tem dous pardieiros.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se três vezes “medido”.

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Item em Armes(320) tem ho dicto casall hũa leira que he de comprido sesenta varas e de largo cinquoenta e tres varas e no cabo contra ho vendaval tem duas cortes e parte do vendaval e travesia com herdades d’Ansede e do soãao com outra leira de souto do dicto casal e do aguiom com herdades da quinta de Cheyvaes. Item no dicto logo tem outra leira(321) souto que he de comprido quorenta e quatro varas e de largo vinte e cinquo e parte d’aguiom com her­dades que traz Pedro Alverez de Cheyvaes e das outras partes com herdades do mosteiro d’Ansede. Item no Valle tem outra leira (322) souto que he de comprido cinquoenta e seis varas e e do soãao emtesta em herdades de Sam Tome e d’aguiom com Ansede e das outras partes com herdades de Joham Anes de Cheyvaes (fl. 54)(323). Item na Regadinha tem outra leira que he de comprido setenta e duas varas e de largo ata a o ribeiro cinquoenta varas e parte d’aguiom pollo ribeiro e das outras partes com Ansede e com as herdades de Joham Annes. Item a so as casas de Cima de Villa tem outra leira e tem castinheiros e hũa fraga no meo he de comprido trinta e oyto varas e de largo vinte e oyto e d’aguiom parte com Sam Tome e das outras partes com as dictas herdades de Joham Annes. Item honde chamam o Tapadinho tem outra leira que he de comprido cinquoenta e duas varas e de largo dezasete varas e do soãao e travesia parte com Ansede e do vendaval com San Tome e do aguiom com as herdades de Joham Anes. Item sobre esta leyra contra a travesia tem outra leira que he de comprido trinta e tres varas e de largo seis varas e faz hũa chave contra o soãao o longo do caminho que vay pera o Redondinho que he de comprido vinte varas e de largo sete e parte do vendaval pollo dicto caminho e da travesia com ho dicto casall e d’aguiom com as dictas herdades de Joham Annes e do soãao com Ansede assy como estam demarcados per marcos. Item honde chamam os Conchousos tem outra leira e parte d’aguiom e travesia com as dictas her­dades de Johanne Annes e do vendaval com Ansede e do soãao com San Tome e de comprido cento e nove e de largo contra aguiom dezaseis varas e na outra parte quorenta varas. Item honde chamam(324) o Vall de Pega tem outra leira que parte do soãao com as herdades de Joaham Annes e do vendavall (fl. 54v)(325) com herdades de Sam Tome e d’Ansede e da travesia emtesta em herdade do Sam Tome e he de comprido cento e trinta e sete varas e de largo contra travesia dezasete varas e da outra parte oyto varas. Item honde chamam a Pedreyra tem outra leira que he de comprido cem varas e de largo quorenta e cinquo varas e faz hũa chave contra a travesia que he de comprido d’aguiom pera Entrelinhado em letra posterior: “Ervins”. Riscado na mesma tinta:”com de”. 322 Riscado na mesma tinta: “de”. 323 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; repete-se duas vezes “medida”. 324 Riscado na mesma tinta: “o vali”. 325 margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medido” e três vezes “medida”. 320 321

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vendaval ataa o ribeiro noventa e seis e de largo vinte e oyto varas e de todallas partes parte com herdades do dicto Joham Annes. Item honde chamam ho Acadrinho(326) tem huum campo que he de comprido sesenta varas e de largo quorenta e seis e contra ho vendaval faz hũa chave que he de comprido trinta e hũa varas e de largo nove varas e do soãao parte polla riio e das outras partes com as herdades de Joham Annes. Item no dicto logo outra leira que he de com­prido trinta e quatro varas e de largo vinte e cinquo varas e do vendaval parte polla caminho do Lombo e das outras partes com herdades de Joham Anes. Item mais ho campo da Ponte que parte do vendavaII e travesia polla estrada e do soãao pollo riio e d’aguiom com herdades de Joaham Annes e he de comprido sesenta e duas varas e de largo cinquoenta e duas varas. Item honde chamam a Boca do Carrill tem hũa leyra qu he de comprido setenta e cinquo varas e de largo dez varas (fl. 55)(327) e d’aguiom parte com herdades d’Ansede e da travesia com as(328) her­dades de Johane Anes e das outras partes com her­dades dos casaes de Leyrões que traz Pedro Alverez. Item no Outeiro de Medim tem outra leira e parte do soãao polla rio e d’aguiom polla ponte e das outras partes com as herdades de Johane Annes e he de comprido o longo da estrada cinquoenta e duas varas e de largo outras tantas. Item logo allem da ponte o longo do rio pra fundo tem outra leyra que he de comprido o longo do rio sesenta e quatro varas e de largo dezaseis varas e parte do soãao com has herdades de Johane Annes e d’aguiom emtesta na estrada emtom polla rio e do vendaval com herdade de Sam Tome. Item em Outoressa sobre o campo da Maya tem outra leyra que he de comprido trinta e oyto varas e de largo dezasete varas e parte da travesia com campo da Maya com herdade de Travanca e d’aguiom com Ansede e do vendavall com as herdades de Johane Annes. Item honde chamam o Chãao de Curvella tem outra Leyra que he de comprido quarenta e vii varas e de largo vinte e duas varas e da travesia com herdades de Johane Annes e das outras partes com Travanca e d’aguiom emtesta na estrada. Item honde chamam Bouça Guimara(329) tem hũa leira que he de comprido cento e trinta e oito varas e de largo em fundo cinquoenta e duas varas e em cima na fraga vinte e quatro assy como esta demarcada per marcos e da travesia parte polla caminho foreyro e do vendavall com herdade de (fl. 55v)(330) Sam Tome e das outras partes com herdades de Joham Annes. Entrelinhado em letra posterior: “Osedrinho (sic)”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medida” e três vezes “medido”. 328 Repete-se: “as”. 329 Entrelinhado na letra muito posterior: “Guimbra”. 330 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medida”; e repete-se duas vezes: “medido”. 326 327

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Item no Vall Azedeyro tem outra leira asy como esta demarcada que he de comprido setenta e duas varas e de largo setenta e do soãao parte com Sam Tome e d’aguiom com herdades de Joham Annes e das outras partes com Ansede. Item honde chamam Antre os Penedos tem huum campo todo cerrado sobre sy he de comprido oitenta e quatro varas e de largo vinte e tres varas e da travesia parte com as herdades de Johane Annes e das outras partes com os ribeiros de Azevall e da Seixosa. Item na Seixosa tem hũa leira que he de com­prido setenta e cinquo varas e de largo quinze varas e parte de todallas partes com as dictas herdades de de Johane Annes. Item honde o Carvalho Alvar tem outra leira que he de comprido do ribeiro pera cima cinquoenta varas e de largo trinta e da travesia emtesta no dicta ribeiro e das outras partes com as dictas herdades de Johane Annes. Item no cimo da tem (sic) outra leira que he de comprido vinte e cinquo varas e de largo quatro varas e parte toda com as dictas herdades. Item em Outorose onde chamam Curbelle tem outra leyra que he de comprido oytenta varas e de largo dezasete varas e mea e da travesia parte com herdade de Joham Annes e do aguiom emtesta na estrada e das outras partes com Travanca. E estas herdades foram demarcadas e declara­das todas por da dicta capella polla dicto Alvaro Gonçallvez caseyro do dicto (fl. 56)(331) casal que o tem emprazado e per Johane Annes de Cheyvaaes homem antigo per juramento dos santos avangelhos que lhes polla dicto Joham Diiz porteiro foy dado e tem prazo em tres vidas e elle he a primeyra vida e paga em cada huum anno a dicta capella de trigo quatro alqueires_ _____ iiii alqueires. E de centeo sete alqueires_ _________________________ vii alqueires. E de milho sete alqueires___________________________ vii alqueires por dia de Sa’Miguel de Setembro. E de lutosa tanto como de renda.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se quatro vezes: “medido”.

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Titulo do casall que se chama Parada que he da dicta capella que esta n’aldea de Bostes [que] he na dicta freguesya de Sam Joham D’Ouvil que ora traz Joham do Boso. (332)

Item primeiramente tres casas colmaços que som de comprido dezasete varas e de larseis varas e da travesia e aguiom partem com Travanca e das outras partes com o dicto go casall. Item contra o aguiom tem tres cortes e huum quinteiro que som de comprido dezaseis varas e de largo outras tantas e do soãao partem pollo cainho e das outras partes com o dicto casall a fundo destas casas pera o soãao tem hũa latada de vinha que he de comprido cinquoenta e seis varas e de largo dezaseis varas. Item no cabo desta latada esta hũa adega com huum celleyro e huum alpendere e ante a porta do celeiro tem outra latada e da outra parte huum palheyro com hũa eyra no meo que he todo de comprido trinta e duas varas ede largo dezasete varas. Item mais a fundo das casas o longo da latada tem huum campo que he de comprido setenta e oyto varas e de largo quorenta varas. Esta midiçam toda parte d’aguiom pollo caminho publico e da travesia com Travanca e do vendaval com o reguengo e do (fl. 56v)(334) soãao com o dicto casall. Item mais tem hũa ramada que se chama dos Cordeiros que he de comprido trinta e nove varas e de largo dezoito varas com huum pedaço de campo e d’aguiom parte com Travanca e das outras com ho reguengo. Item a par das casas allem do caminho contra aguiom tem o dicto casall huum cerrado sobre sy com figueiras e ramada e fruyteiras e parte d’aguiom com Travanca e da travesia com herdades de Joham Fer­nandez de Sousa e das outras partes com ho caminho e he de comprido vinte e [hũa] varas e de largo doze varas. Item honde chamam o Bosco tem huum campo que he de comprido cento e trinta e sete varas e de largo oyenta varas e da travesia parte com o reguengo e do soãao pollo caminho foreyro e da travesia com o dicto casall e do vendaval com herdade da igreja. Item tem mais huum cerrado que se chama a Vinha e da travesia e aguiom parte com o regengo e assy do soão com o dicto regengo e do vendaval com herdade da igreja e he de comprido(335) setenta e hũa varas e de largo sesenta varas. Item no dicto logo tem hũa leira e da travesia parte com este cerrado e das outras partes parte com o regengo e a igreja d’Ouvill e he de comprido quorenta e seis varas e de largo dezaseis varas (333)

Em letra muito posterior: “chama se Busqueras”.. Riscado na mesma tinta: “de”. 334 Na margem esquerda desta página, em letra posterior, repete-se duas vezes “medida”; e quatro vezes “medido”. 335 Riscado na mesma tinta: “sei”. 332

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Item no Biticobo (sic) tem hũa leira com devesa que he de comprido trinta e cinquo varas e de largo quatorze varas e d’aguiom e soãao parte com herdade da igreja d’Ouvill e do vendaval com Travanca e da travesia emtesta com reguengo. (fl. 57)(336) Item no Vall do Luvim(337) tem outra leira que he de comprido trinta e duas varase de largo quatro e mea e d’aguiom parte com o igreja e das outras partes com Travanca. Item honde chamam o Marco tem huum campo cerrado e do soãao emtesta em caminho foreiro e d’aguiom parte com herdade da igreja e do vendaval com regengo com o ribeiro e da travesia com a dicta igreja he de comprido pera o ribeiro sesenta varas e de largo trinta e duas e faz hũa chave que entesta no caminho que he de comprido quorenta e cinquo e de largo vinte e oyto varas. Item honde chamam [...] tem outra leira que he de comprido trinta e tres varas e de largo dezoito varas e parte d’aguiom com a igreja e da travesia e vendaval com reguengo e com a igreja e do soãao pollo riio e emtesta com herdade de Travanca. Item honde chamam Torram de Parada o longo do rio tem huun campo que he de comprido sesenta e tres varas e de largo o longo do rio he cinquenta e cinquo varas e do soãao parte pollo ryo d’aguiom parte com reguengo e das outras partes com a igreja. Item honde chamam a Coelheira tem outra leira que he de comprido quorenta e cinquo varas e de largo vinte e oyto varas e do vendaval parte com regengo e das outras partes com a dicta igreja. Item honde chamam o Caparro tem outra leira que he de comprido quorenta e hũa varas e de vinte varas e parte do soãao com Travanca e das outras partes com a dicta igreja. Item honde chamam o Garregal tem outra leira que he de comprido sesenta e cinquo varas e de cinquoenta varas e do soãao (fl. 57v)(338) parte com o regengo e do aguiom com a igreja e com Travanca e do vendavall com a igreja. Item no Outeiro do Brosal(339) tem hũa leira que parte do soãao com regengo e do vendaval com o caminho e das outras partes com igreja he de comprido cinquoenta e nove varas e de largo cin­quoenta varas. Item no dicto logo hũa leira de souto que he de comprido vinte e duas varas e de largo vinte varas d’aguiom parte pollo ribeiro e das outras partes com a Igreja. Item no dicto logo o talho do Ribeiro [e so]uto parte do soãao e vendaval com a igreja e de travesia com Travanca e do aguiom parte pollo ribeiro he de comprido dezoito varas e de largo dezaseis varas. Item no dicto logo outro talho de souto que he de comprido dezaseis varas e de largo quatorze varas e parte do soãao com Travanca e do vendaval com a igreja e da travesia com regengo e d’aguiom pollo ribeiro.

Na margem esquerda desta página, em letra posterior, repete-se três vezes “medido”; e quatro vezes “medido”. 337 Entrelinhado em letra posterior: “vaI do Lourinho”. 338 Na margem esquerda desta página, em letra posterior: “medido” e repete-se cinco vezes “medida”. 339 Entrelinhado em letra posterior: “de cazais”. 336

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Item honde chamam o Peçanos(340) tem outra leira que parte do soãao e d’aguiom com Travanca e das outras partes com a igreja e he de comprido cento e oyto varas e de largo dezaseis varas. Item en Paradela tem outra leira e parte do soãao e aguiom com Travanca e da travesia e ven­daval com a igreja he de comprido trinta e hũa varas e de largo seis varas. Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido trinta e oyto varas e de largo doze varas e parte de todallas partes com ho regengo. (fl. 58)(341) Item no dicto logo tem outra leira que he de comprido trinta e tres varas e de largo sete varas e parte do soãao com Travanca e d’aguiom com a igreja e das outras partes com o regengo. Item no Vall do Booso tem outra leira que parte do soãao com igreja e das outras partes com regengo he de comprido trinta e tres varas e de largo seis varas. Item n’Abelheira tem outra leira e parte da travesia com o regendo e das outras partes com a igreja he de comprido setenta varas e de largo vinte e oyto varas. Item em Bouçoos(342) tem [ou]tra leira e parte do soãao e vendaval com a igreja e das outras partes com o regengo he de comprido quorenta e cinquo varas e de largo vinte e cinquo varas. Item em Queymada tem outra leira onde cha­mam o Pedreyro e parte d’aguiom parte com herdade da igreja de Sedeelhos e da travesia caminho foreiro e das outras partes com a igreja d’Ouvil he de com­prido noventa e tres varas e de largo setenta e seis varas. Item no Azevall(343) tem hũa leira e parte do soãao com Travanca e do vendaval pollo ribeiro e das outras partes com a igreja he de comprido oytenta e sete varas e de largo contra o soãao trinta e duas varas e em cima dez varas e acima desta leira pera travesia vay(344) outra leira que he de comprido cinquoenta e de largo quorenta e cinquo varas e do soãao em testa nesta leira acima escripta e das outras partes com a dicta igreja. Item honde chamam o Bogia(345) tem outra leira que parte do soãao (fl. 58v)(346) e vendaval com regengo e d’aguiom com Travanca he de com­prido noventa varas e de largo trinta e cinquo varas. Item na Para do Arco tem outra leira e parte do soãao com herdades da Droga e d’aguiom con Tra­vanca e do vendaval com regengo he de comprido dezaseis varas e de largo onze varas.

Entrelinhado em letra posterior: “os Pasaos”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Não aparece”; “não aparece”; e repetese cinco vezes “medida”. 342 Entrelinhado em letra posterior: “Candalinho”. 343 Entrelinhado em letra posterior: “Azivbal”. 344 Riscado na mesma tinta: “de larg”. 345 Entrelinhado em letra posterior: “Penna”. 346 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “não aparece”; medido”; e repete-se três vezes “medida”. 340 341

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Item no Godinho tem huum campo cerrado que he de monte he de comprido trezentas varas e de largo cento e dez varas e parte da travesia todo de longo pollo ribeiro de Godinho e das outras partes com monte por demarcar e dentro nesta midiçom jaz huum talho que he da igreja d’ Ovill seg[undo] esta demarcado per marcos. Item honde chamam o Lameiro da Sesta tem outro campo de monte que parte do soãao com Travanca e do aguiom pollo caminho publico que vai pera o monte e da travesia pollo monte de Parada e do vendavall com regengo he de comprido cento e cinquoenta varas e de largo cento e trinta e tres varas e nesta midiçam jaz huum talho de Travanca demarcado. Item na Silveira tem outra leira de monte e parte do soãao com regengo e d’ aguiom com igreja e da travesia com regengo de Draga e do vendaval com Travanca he de comprido dozentos e oitenta e cinquo varas e de largo em cima oyenta e sete varas e en fundo he de largo trinta e nove varas. Item honde chamam Encovelho tem outra leira e do soãao parte com caminho foreiro e do vendaval com Travanca e das outras partes com regengo he de comprido cinquoenta varas e de largo quarenta e oyto varas. (fl. 59)(347) E estas herdades foram todas declaradas por da dicta capella pollo dicto Joham(348) do Booso caseiro que he homem boom antigo e per Joham Alverez seu neto per juramento dos santos avangelhos que lhe per o dicto Joham Diiz porteiro foy dado e foram mididos per vara de cinquo palmos e pagase delle dozentos e trinta reaes ______________ iic xxx reaes. E nom tem prazo e paga a metade por Natall e a metade por Sam Joham.

Titulo do casal de Villarelho que traz Johane Annes de Villarelho que he da dicta capella que he na dicta freguesia de Sam Joham d’Ouvil a xxvi dias d’Abrill. Item primeiramente hũa cozinha que he de comprido sete varas e mea e de largo cinquo e mea. Item mais huum celleiro com hũa corte que he de comprido onze varas e terça e de largo quatro varas. Item duas cortes que som de comprido quinze varas e de largo quatro e mea. Item do outom da cozinha pera travesia tem huum quinteiro que he de comprido treze varas e de largo nove varas. Item detras da cozinha pera aguiom tem huum resio que he de comprido vinte e quatro varas e de largo dezaseis varas e esta midiçom toda atee aqui escripta parte da travesia com 347 Em letra coeva: “trallo Joham Anes he primeira pess’ per iii reais, V alqueires de centeo, ii de trigo, huum de milho”. ~ margem esquerda desta página em letra muito posterior, repete­cinco vezes: “medida”. 348 Riscado na mesma tinta: “Alvarez”.

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o casal d’Ansede e d’aguiom polla caminho foreiro e do soãao com resio dos casaaes e do vendaval com(349). Item honde chamam o Valle tem odicto casall hũa leyra que he de com- (fl. 59v)(350) prido oitenta varas e de largo cinquoenta e hũa varas e emtesta d’aguiom no ribeiro e do soãao e travesia parte com o casal d’Ansede e do vendaval emtesta na portella onde esta ho marco. Item na Costa da Fontaynha tem hũa leira que he de comprido cento vinte varas e de largo quarenta varas e do soãao emtesta no resio e da travesia na eira e das outras partes com o casal d’Ansede. Item as leiras que trazia Maria Salgada que som todas cerradas sobre sy e andam agora com adicto casall e partem d’aguiom pera o soãao pollo ribeiro e do vendaval com pardieiros do dicto casal e com Ansede(351) e da travesia com a igreja e com Ansede e som de comprido dos pardieiros pera fonte cem varas e de largo do ribeiro per as casas quarenta e seis varas e tem dentro castinheiros e huveyras. Item antre estas leiras e as casas estam dous pardieyros que som de comprido vinte e duas varas de largo sete varas e partem com o dicto casall. Item a fundo destas leiras tem outra leira que chamam a Lagea da Cerdeira que he de comprido cinquoenta e tres varas e de largo quinze varas e parte d’aguiom com o ribeiro e das outras partes com o dicto casall. Item honde chamam o Linar tem outra leira qu parte do soãao pala riio e d’aguiom emtesta com herdade regenga e das outras partes com Ansede he de comprido ho longo do riio cinquoenta e duas varas e de largo dez varas. Item no dicto logo tem outra leira que parte do vendavall com o ribeyro do Esperom e das outras partes com Ansede he de (fl. 60)(352) comprido cinquoenta varas e de largo vinte e cinquo varas. Item contra o aguiom tem outra leira onde chamam o Ribeyro da Fervida e parte com o dicto ribeiro e das outras partes com Ansede que he e comprido setenta e cinquo varas. Item contra o aguiom tem outra leira onde chamam o Ribeiro da Fervida e parte com o dicto ribeiro e das outras partes com Ansede que he e comprido setenta e cinquo varas e de largo vinte oyto varas. Item honde chamam a Costa do Muinho tem dicto casall outra leira que he de comprido trezentas: e de largo cento e quarenta e cinquo e em fundo cinquoenta e no meo vinte e tres e da travesia emtesta em herdade da igreja e do soãao em Eides (?) e matos e das outras partes com Ansede. Item honde chamam [...] tem hũa leira que vai ter o ribeiro e da outra parte emtesta do vendaval com herdade de Sam Tome e das outras partes com Ansede he de comprido do-

O registo não foi concluído. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medidos”; medido”; e repete-se quatro vezes “medida”. 351 Riscado na mesma tinta: “e som de comprido”. 352 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se seis vezes: “medida”. 349 350

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zentos e vinte e tres varas e de largo em cima cinquoenta varas e em fundo contra a ribeira setenta e quatro varas e o longo do riio faz hũa chave que he de comprido trinta e nove varas e de largo vinte e cinquo varas. Item honde chamam o Chãao do Fomo tem hũa leira e vay ho riio por o meo e parte de todas as partes com Ansede he de comprido cinquoenta e tres varas e de largo vinte e nove varas. Item honde chamam as Remudas tem outra leira que parte d’aguiom pollo rio e do vendaval pollo esytrada e das outras com Ansede he de comprido cento e vinte e nove varas e de largo sesenta varas. Item no Perogall tem hũa leira que parte do soãao e aguiom com herdades da igreja e da travesia emtesta no riio e das outras partes com Ansede he de comprido cento e cinquoenta (fl. 60v)(353) e oyto e de largo setenta e nove varas. Item honde chamam Val da Mouta tem hũa leira de so rio pera cima que vai do rio pera travesia emtestar com herdade do dicto casal e das outras partes com Ansede he de comprido cento e sesenta e duas varas e em fundo pera o rio he de largo quorenta varas. Item honde chamam o Çopegall tem hũa leira que he de comprido cento e trinta e quatro varas e de largo trinta e tres varas e parte do vendaval com Monte de Sam Pedro e do soãao com aldea de Matos e com herdades do dicto casal e das outras partes com Ansede. Item no dicto logo tem outra leira que he [de] comprido cinquoenta varas e de largo outras tantas e parte d’aguiom poll o ribeiro do Çopegall e das outras partes com Ansede. Item honde chamam Portella da Fervida tem hũa leyra que he de comprido sesenta e tres varas e parte da travesia com a igreja d’Ouvill e das outras partes com Ansede. Item honde chamam o Vall da Cadella tem hũa leira que he de comprido cento e noventa varas e de largo setenta e seis varas e da travesia parte com herdades que traz Diogo Gonçallvez de Cheyvães e das outras partes com Ansede. Item honde chamam o Mogado contra Outeiro do Pinheiro tem (fl. 61)(354) outra leira e d’aguiom parte com herdades de Pedr’Alverez de Cheyvães suas dizimo a Deus e da travesia com Ansede e das outras partes com Sanhoane d’Ouvil he de comprido cinquoenta varas e de largo trinta varas. Item no dicto logo tem hũa leira que parte do soãao com Ansede e das outras partes com a igreja he de comprido cinquoenta e hũa e mea e de largo cinquoenta varas. Item honde chamam o Aveseyro tem outra leyra que he de comprido cinquoenta e sete varas e de largo o longo do ribeiro quorenta e sete varas e do aguiom emtesta no ribeiro do Aveseyro e das outras partes com Ansede. E este casal e herdades delle andava mistico com outro casal do mosteiro d’Ansede avia tanto tempo que nom sabia por honde partir as herdades de huum nem do outro. E foy par Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se sete vezes: “medida”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “tralla Joham Gonçallvez da Qeimada he primeira pessoa paga cento reais”; e repete-se duas vezes “medida”. Em pé de página: “esta quebrada possue[...] Teixeira e Anna Doming[u]es moram na Raposeira do lugar de Queimada em S. João de Ouvir”. 353

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tido por Diogo Affonso que trouxe os dictos casaaes ambos que ficaram de seu pay e avoos. O qual disse per juramento dos santos avangelhos que ouvia dizer que este casal tinha huum terço e o casal d’Ansede dous terços. E asy foy partido per o dicto Diego Afonso e Gonçalo Alverez de Matos e Martinho da Reixella e Pedro Alverez de Cheyvães homens boons e com tal pertes­taçam que vindo ou se achando alguum tombo d’algua parte que demarque as dictas herdades que estem per elle. E pagam em cada huum anno a dicta capella cento e cinquoenta e cinquo reais_ ____________ ic lv reaes. E dous alqueires de centeo___________________ ii alqueires. E nom tem prazo. Item na dicta freguesia de Sam Joham d’Ouvil honde chamam (fl. 61v)(355). Queimada tem a dicta capella hũa quebrada que traz Martinho da Reyxella. Item honde chamam Lamera Longuo tem hũa leira que he de comprido cinquoenta e cinquo varas e de largo trinta e oito e parte d’aguiom por caminho foreiro e do vendaval emtesta com o regendo d’auga foreyro e das outras partes com Travanca e Ansede. Item honde chamam a Levada tem outra leira que he de comprido setenta e cinquo varas e de largo dez e mea e d’aguiom e soãao parte pollo ribeiro da Levada e das outras partes com a igreja. Item no Cabriall tem outra leira que he de comprido quorenta e cinquo varas e de largo quatro varas e mea e d’aguiom e soãao parte pollo rego foreyro e das outras partes com Travanca. Item honde chamam o Regengo tem outra leira que he de comprido setenta e duas varas e de largo onze varas e da travesia parte com regengo e das outras partes com Ansede e Travanca. Item onde chamam as Portellas tem outra leira que he de comprido oitenta e cinquo varas e de largo cinquoenta e quatro varas e parte de todallas partes com hũa quebrada da igreja d’Ouvill. Estas herdades declarou o dicto Martinho da Reyxella por da dicta capella per juramento dos santos avangelhos que he per o dicto porteiro foy e nom tem prazo. Item Martinho da Reyxella paga em cada huum anno a dicta capella de tres casaaes que traz na Reyxella dous d’Ansede e huum de (fl. 62)(356) Paço de Sanhoaneiras trinta e tres reais____xxxiii reais. Item em Tolloes que he na dicta freguesia d’Ouvil tem a dicta capella hũa quebrada que se chama do Cimo toda cerrada sobre sy que he de comprido oytenta e quatro varas e de largo oytenta e parte do soãao com casal de Fundo de Villa que he de Andre Gomez e d’aguiom com Ansede e da travesia pollo ribeiro.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medida”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Francisco de Souto Mayor”; e repete-se duas vezes “medida”.

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Item o montado dos Valles do Ermo que he de comprido cento e sesenta e seis varas e de largo cento e cinquoenta e seis e parte d’aguiom com Boyro e do soãao com Andre Gomez e do vendaval com Ges­taçoo pollo ribeiro e d’aguiom com Boyro. Esta que­brada traz emprazada Joham Gonçallvez de Tollões e he a primeira vida e paga em cada huum anno a dicta capella oytenta reaes_____________lxxx reaes.

Titulo de Mayjom Frio, freyguesia de Sam Martinho de Villa Jusão. Item a onze dias do mes de Março do dicto anno de noventa e nove annos ho dicto Joham Diiz porteiro comigo Femam Nogueira tabellam medio estas her­dades que se adiante seguem. Item primeiramente(357) hũa vinha com huum pedaço de canpo que tem quinze oliveyras que tem a dicta capella onde chamam a Portella que ora traz Alvare Annes da Portella emprazada he cerquada toda d’arredor e he de comprido do aguiom pera vendaval setenta e duas varas e de largo sesenta e quatro varas e parte do soãao com herdade da igreja de Sam Martinho e do vendaval com (fl. 62v)(358) herdade de Pedre Annes de Villa Cova que traz Afonso Pereira e da travesia pollo caminho que vai pera Sam Silvestre e do aguiom parte pollo estrada publica que vai pera Ponte Pedrinha. Este Alvare Annes tem prazo em tres vidas e he a primeira vida. Item honde chamam Lamego tem a dicta capella hũa leira de souto que he de comprido sesenta e oito varas e de largo sesenta e cinquo varas e parte do soãao com herdades de Çoza que traz Alvaro Gonçallvez Alcoforado e de contra Riba Teyxeira com herdades que foram d’Afonso Annes de Joagas e da travesia com herdades da capella de Payo Pirez e do aguiom pollo estrada velha que vai pera Meyjom Frio. Item honde chamam a Ferreyra tem a dicta capella huum campo de olival que traz emprazado Pedre Annes filho que foy de Joham Afonso da Call e he de comprido cento e trinta e seis varas e de largo contra o soãao vinte varas e contra a travesia he de largo cinquoenta varas e parte d’aguiom polla estrada publica que vai pera o Molledo e da traves ia com herdade d’Albergaria de Meyjom Frio e do vendaval ccom herdade da igreja de Gestaçoo que traz Joham Pereira e do soãao com herdade da igreja de Sam Nicollao. Tem prazo em tres vidas e he a primeyra vida e paga em cada huum anno a dicta capella per Natall dozentos e vinte reaes___________iic xx reaes.

Entrelinhado em letra posterior: “no Lamegão”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “João Guedes este he o souto da Cruzada [...] Lamegão”; “Gaspar Teyxeira he os [...]”; “Tralo Joam Afondo seu filho he 3ª pessoa”; e repete-se três vezes “medida”. Em pé de página: “joão Rebello Pereira de Vila Juzam he que posue esta caza”.

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Titulo do casall de Villa Jusão que he na dicta freyguesia de Sam Martinho em que vive Afonso Pereira que he da dicta capella. Item primeiramente hũa casa telhada repartida pollo meo (fl. 63)(359) de parede e camara sobre sy sobrada que he de comprido onze varas e de largo cinquo e parte do vendaval com hũa casa e vinha que traz Alvare Annes do Picote que he do mosteiro de Cerzeda e da travesia com estrada publica e das outras partes com o dicto casall. Item a par destas casas tem huum campo com huliveiras e figueiras e huveiras e arvores e souto que he de comprido do caminho pera fuundo Lxxi e de largo per sesenta e quatro varas e he de largo em cima da porta da casa o longo do caminho trinta e das varas e do vendaval parte com herdades de Cerzeda e do soãao com herdade de Pedro Alverez de Villa Jusão e do aguiom com herdade da igreja de Gestaçoo e da travesia pollo caminho publico. Item(360) na ribeira tem hũa leira de vinha que he de comprido oytenta e tres varas e de largo oito varas e parte de cima do soãao com herdade d’Af­f onse Annes escudeiro de Meyjom Friio e da travesia e vendaval com herdades de Santo Tirso que traz Lançarote Gonçallvez d’aguiom emtesta em herdade de Cezeda. Item honde chamam(361) os Chãaos tem hũa leira com tres castinheiros que he de comprido sesenta e tres varas ~ de largo vinte e hũa varas e parte da travesia com herdade da quintaa da capella de Luis Alverez e do vendavall com herdade d’Ansede e do soãao com Santo Tirsso e d’aguiom com a igreja de Sam Martinho. Item no dicto logo dos Chãaos tem outra leira de souto que he de comprido sesenta e oito varas e de largo onze varas e parte do soãao com herdade do mosteiro d’Ansede e do aguiom com herdade de Pedra Alverez da Billa Jusão e da travesia com Santo Tirso e do vendaval com herdade dos carvalhos que traz Alvare Annes. Item mais(362) tem ho dicto casal hũa vinha que se chama a Vinha (fl. 63v)(363) das paredes que esta contra o Douro que he toda cerquada sobre sy de Parede que he de comprido setenta e oito(364) varas e de largo trinta e quatro varas e parte da travesia com o caminho publico que vai pera o barco e contra o Douro emtesta em herdade de Santo Tirsso e d’aguiom com herdade de Pedr’Alverez de Villa Jusão. Item na Ferreyra junto do Douro tem huum talho d’erdade que parte do vendavall pollo ribeiro de Mogos e contra o Douro emtesta no caminho publico que vai pera o barco e das outras partes com herdades d’Arauca e de Cerzeda que traz Alvare Annes da Picota he de comprido vinte e hũa varas e de largo quatorze. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “João rebello”; e repete-se três vezes: “medida”. 360 Entrelinhado em letra posterior: “Luis Coutinho”. 361 Entrelinhado em letra posterior. “João de Mesquita”. 362 Entrelinhado em letra posterior: “João Rebello”. 363 Na margem esquerda desta página, em letra posterior: “João Ribeiro da Sede”; “Manuel [...]”; Manuel de Figueiredo ou Isabel [...]; e repete-se quatro vezes “medida”. 364 Entrelinhado na mesma letra: “nove”. 359

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Item em Bouça Matosa(365) tem hũa vinha com huum pedaço de monte no meo e parte contra o Douro com herdade de Santo Triso (sic) que traz Pedre Anes e com herdade de Gundar que traz Gonçalo Lopes e do aguiom com herdade d’Ansede que traz Alvare Annes e da travesia com herdade do dicto casall he de comprido noventa e nove varas e de largo contra aguiom vinte e nove varas e contra o Douro he de largo vinte e seis varas. Item no dicto logo tem outra leira de monte que he de comprido setenta varas e de largo vinte e seis varas e parte d’aguiom e vendaval com herdade de Santo Tirso que traz Lançarote Gonçallvez e da travesia emtesta em a dicta herdade de(366) Santo Tirso e do soãao entesta em herdade do dicto casal. Item no carvalhall tem outra leira de souto que he de comprido cinquoenta e hũa varas e de largo trinta e quatro varas e parte do vendavall com her­dade de Pedro Alverez e da travesia emtesta na(367) estrada que vay pera Meyjom Friio e d’aguiom com herdade d’Arouca e do soãao emtesta no ribeiro do Carvalhall. Item honde chamam San Pedro hũa leira de monte que he de comprido per onde esta e stom (sic) noventa e nove varas e de largo (fl. 64)(368) do vendavall pera aguiom quorenta varas e de fundo contra o soãao com hũa chave que faz he de largo noventa e cinquo varas e assy foy demarcada toda aredor per homens boons e do soãao e vendaval parte com herdade de Santo Tirso que traz Lançarote Gonçallvez e da travesia com herdades da capella de Luis Alverez que traz Joham Pereira e d’aguiom com Gonçallo Lopez. Item onde chamam o Souto da Costa tem hũa leira de vinha que he de comprido setenta varas e de largo vinte varas e parte da travesia com herdade que traz Joham Alverez clerigo que he d’Ansede e do vendaval com herdade da quinta da capella de Luis Alverez e do soãao com herdade de Santo Tirso e d’aguiom com herdade que foy de Joham Salvadorez. E este casal traz emprazado o dicto Afonso Pereira e Joham Afonso escudeiros moradores em Meyjom Frio e traz o dicto Afonso Pereira dous terços e o dicto Joham Affonso huum terço e de­clararam estas herdades todas com home[n]s boons por a dicta capella e tem prazos em tres vidas e elles som as primeiras vidas e o Joham Afonso paga em cada huum anno a dicta capella cento e vinte reaes e Affonso Pereira paga cento e sesenta reais e mais da vinha que soya trazer Diogo Ferrnandez de Resende que se ora tirou per emquiriçam paga o dicto Afonso Pereira trinta e cinquo reais que som per toda renda trezentos e quinze reaes__________iiic xv reaes. Estas herdades foram todas medidas per vara de cinquo palmos per o dicto porteiro e pagam lutos a outro tanto como de renda. Item honde chamam(369) (201) a Cepada tem a dicta capella huum souto que ora traz Afonso Annes Ramalho emprazado em tres vidas e elle he a primeira vida o quall souto parte do soãao com souto de Fernam de Prado e de soãao pera travesia com capella de Joham Entrelinhado em letra posterior: “João Rebello”. Riscado na mesma tinta: “dicto casal”. 367 Riscado na mesma tinta: “herdade”. 368 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Trallo António Ramalho filho he 3ª pessoa”; “medida”. 369 Entrelinhado em letra posterior: “Alvaro de Moura”. 365

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Afonso Marym que he de Payo Pirez e com a igreja de Sam Nicollas e do vendaval com estrada publica he de comprido o longo da estrada noventa e cinquo varas e de largo contra o soãao sesenta varas contra a travesia he de largo xxxvi (fl. 64v)(370) varas e paga em cada huum anno a dicta capella por dia de Natall cem reaes_______________cento reaes. E outro tanto de lutosa de cada pessoa.

Titulo das herdades que a dicta capella tem em Sam Martinho de Mouros na freyguesia de Sam Salvador de Resende Que andam mistigos com herdades do mos­teiro de Cerzeda e da comenda de Barro e de Joham Estevez de Tarouca e foram partidas per homens boons juramentados aos santos avangelhos a dene­gaçam da comenda de Barroo e do mosteiro de Cerzeda que foram requisitados pera partir as dictas herdades e nom quiserom viir. Ao qual deu em resposta o comendador de Barroo frey Pedro do Avellal que viria ou mandaria a dicta partiçam e nunqua quis viir nem mandar. E assy deu em resposta Ruy Pirez provisor do mosteiro de Cerzeda por o bispo de Cepta que [o] citasem e demandasem como deviam e que entam responderia a notificaçam que lhe faziam e nom qui vir nem mandar e per mandado de pero Gill de Ferreiros e de Joham Fernandez de Covellas juizes ordinaryos do concelho de Sam Martinho de Mouros que ausencia dos dictos sen­horios mandaram que se cumprissem os mandados que o dicto Joham Diiz porteiro trazia pera se fazer o dicto tombo. E lhe mandarom dar os dictos homens boons pera se partirem as dictas herdades e andou a esta partiçam Diego da Fonseca filho do dicto Joham Estevez de Tarouca em nome de seu pay e per seu mandado. E as herdades que foram partidas per os dictos homens boons antre os dictos senhorios e a dicta capella per sortes lançadas som estas que se adiante seguem.

Na margem esquerda desta página, em letra posterior: “por este João Esteves possue "Joje Gaspar Leyte de Miranda de Rezende Soares, Manuel Carneiro tem as cazas”. Em pé de página, em letra coeva: “Jorge Gonçalvez traz paga [...] cem reaes e tem prazo feito por Alvaro de Castro [...] de VI annos”; “Agora o traz Joam do Loureido d’Erigo em tres vidas e a primeira pessoa ii reaes”.

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Item em Paredes. Titulo da quintaa de Paredes que traz Britriz Gonçalvez molher de Jorge Gonçaallvez que he da dicta capella e de Cerzeda e de Joham Estevez(371) de Tarouca que foy partida per terços. (fl. 65)(372) Item primeiramente aconteceo per sortes ao terço da capella hũa casa telhada contra o aguiom que he de comprido nove varas e de largo quatro varas e mea com huum pedaço de latada ante esta casa e dous pardieiros e tres pees de nogueyras e huum campo todo pera aguiom que he de todo de comprido cinquoenta e duas varas e de largo dezasete varas e parte do soão com caminho foreiro e do aguiom entesta em herdade da comenda de Barroo e das outras partes com os dictos terços. Item honde chamam Marinhaneta (?) acontece aa dita capella per sorte huum pedaço de souto com seu campo que parte do vendaval com os dictos terços e da travesia pollo ribeiro e das outras partes com herdades de Barroo que he de comprido noventa e tres varas e de largo pera aguiom seteenta e tres varas. Item honde(373) chamam os Linhares acon­teceo aa dicta capella per sortes huum canpo com hũa nogueyra que he de comprido vinte e oito varas e de largo vinte e quatro varas e parte do aguiom com Barroo e do soãao pollo ribeiro e das outras partes com os terços da quintaa. Item(374) no Outeiro da Seara aconteceo per sortes aa dicta capella hũa leyra que he de comprido seteenta e seis varas e de largo trinta e hũa varas e parte do soãao pollo caminho que vay pera Covellas e do vendavall com os dictos terços e do aguiom com herdade da dicta capella que se chama da Seara. Item(375) honde chamam a Pena acontece a dicta capella per sortes hũa leyra que parte que parte da travesia com herdades que ora ficam a Joham Estevez e a Cerzeda do casall que traz Gonçalo Martinz e das outras partes com a comenda de Barroo e he de comprido (fl. 65v)(376) cento e vinte varas e de largo per meo oytenta e tres varas. E aos outros senhorios aconteceram os outros dous terços. E estas herdades desta quinta foram declaradas per a dicta Briatriz Gonçallvez que as traz e per Martim Affomso e Gonçalo Martinz de Paredes homens boons que pera esto foram tomados e dados per os dictos juizes per o juramento dos santos avangelhos que lhes per o Riscado na mesma tinta: “e”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medida”; e três vezes “medido”. 373 Entrelinhado em letra posterior: “Andre Soares de Rezende” 374 Entrelinhado em letra posterior: “Andre Soares”. 375 Entrelinhado em letra posterior: “Andre Soares”. 376 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Maria de Miranda”; Luis Vasquez o traz paga cento Lreaes sua molher maria Pirez Iª pessoa paga os CLta reaes”; “medido”. 371

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dicto porteiro foram dados e os outros dous terços ficam ao dicto mosteiro de Cerzeda e a Joham Estevez e lançaram as dictas sortes por Cerzeda o dicto Martim homens boons aos seis dias do mes de Mayo de noventa e nove annos. E non tem prazo da dicta capella. E deste terço se paga em cada huum anno a dicta capella trinta e tres reaes e meo________xxxiii reaes meo.

Titulo da quinta do Ribeiro que he no dicto logo de Paredes que traz Luis Martinz de Seara que he de tres senhorios. Convem a saber a quinta de Parada e a comenda de Barroo e Joham Estevez de Tarouca e foy partida pollo dicto modo per os dictos homens boons com o dicto caseyro. Item primeiramente aconteceo per sortes hũa casa colmaça que he de comprido cinquo varas e de largo quatro varas e mea e esta sorte lhe aconteceo, convém a saber, pollo caminho foreiro que vay da dicta quinta per a igreja e entam per cima do casti­nheiro que esta sobre a dicta quinta e entam pollo parede acima que vay partir com Picote e vay emtes­tarem a herdade da dicta capella que lhe aconteceo do casall que traz Gonçalo Martinz todo contra o ven­daval a assy como vem partindo com o casal que traz Gonçalle Annes que he da dicta capella e seus par­ceyros e emtesta da travesia no ribeiro todo com seus campos e soutos e arvores e huveiras e he de com­prido cento e sesenta e oito varas (fl. 66)(377) e de largo pollo caminho que vay pera Seara noventa e quatro varas e em cima trinta e oito e outros dous terços acontecerom aos outros senhorios. Item mais honde chamam a Conchada aconte­eeo aa dicta capella per sortes hũa leira que parte do vendaval com os terços da dicta quintaa e das outras partes com Barroo e faz hũa chave per aguiom e a leira he de comprido cento e cinquo varas e de largo quorenta e seis varas e a chave he de comprido quorenta e sete varas e de largo trinta e cinquo varas. Item a Tapada de Macieira que foy partida per terços aconteceo per sortes na metade hũa leira que parte da travesia e de todallas partes com a comenda de Barroo e os terços e he de comprido oitenta e duas e de largo trinta varas. Item(378) na leira d’Antre as Ribas aconteceo per sortes(379) a dicta capella e metade contra aguiom que he de comprido cinquoenta e nove varas e de largo quorenta varas e parte do soãao com herdade de Çoza que traz Ruy Vicente e das outras partes com os terços. Item honde chamam as Dianteiras aconteceo aa dicta capella e das outras partes com terços he de comprido noventa e seis varas e quorenta e oyto de largo.

Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes. “medida” e “medido”. 378 Entrelinhado em letra posterior: “Maria de Miranda”. 379 Entrelinhado em letra posterior: “por cima das Deanteiras”. 377

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E estas herdades foram declaradas per o dicto Luis Martinz que traz o dicto casall e per os dictos Gonçalo Martinz e Martim Afonso de Paredes homens boons que per o dicto juramento as partirom per terços. E estas aconteceram ao terço da dicta capella per sortes e diserom que a dicta quintaa do Ribeiro era dos dictos senhorios e mais nom. E paga em cada huum anno de renda quorenta reaes por dia de Natal aa dicta capela_________________rta reaes.

(fl. 66v)(380) Titulo do casal que traz Gonçalo Annes que se chama o Casal que he de tres senhorios, convém a saber, a dicta capella e Cerzeda e Joham Estevez de Tarouca que esta no dicto logo de Paredes e foy partido per terços e per sortes per o dicto caseiro e homens boons per jura­mento dos avangelhos de que aconteceo aa dicta capeIla per sortes isto que se segue. Item primeiramente hũa colmaça que he de comprido seis varas e mea e outro tanto de largo e com esta casa lhe aconteceo huum pedaço da chantoada de vinha per detraz da cozinha pera fundo (381) parte do vendavall pollo carrego com o casal de Gonçalo Martinz que he dos dictos senhorios e das outras partes com os outros terços e he de comprido quorenta e oyto varas e de largo em cima vinte e hũa varas e da parte do quinteiro pollo caminho que vay pera seara he de comprido quorenta e cinquo varas e meia fundo pollo meo he de largo trinta varas segundo esta demarcado per marcos e as outras casas e chantoada aconteceo aos outros terços. Item abaixo desta chantoada alem do ribeiro na touça(382) aconteceo per sortes a dicta capella huum pedaço de souto e campo que he de comprido se senta e tres varas e de largo trinta e tres varas e do vendavall emtesta em herdade da Cerzeda que traz Luis Martinz e das outras partes com os outros terços. Item canpo da Vinha com seu souto aconteceo per sortes a dicta capella per parte fundo com a quinta do ribeiro da dicta capella e vem dirreito acima o aguiom partir com souto da capella do casal de Gonçalo Martinz e do soãao emtesta na riba do rego da levada e do vendaval parte com os terços do dicto casall per marcos que he de comprido (fl. 67)(383) cento e sesenta e seis varas e de largo em fundo noventa e seis varas en cima trinta e seis varas.

380 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Manuel Ramalho e Francisco Ramalho”; “o souto d’alto a baixo 96, por sima 42, por baxo 48”; “o campo d’alto a baxo 80, por baxo 92; e repete-se duas vezes “medido” e “os mesmos”. 381 Riscado na mesma tinta: “e”. 382 Entrelinhado em letra posterior: “Sousa”. 383 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Manuel Borges de Ferros”; “os mesmos”, medido”; repete-se três vezes “medida”.

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Item honde chamam a Lameira da Estrada aconteceo per sortes a dicta capella toda a terra que o dicto casall hy tem com a dicta tapada que he de comprido per fundo da estrada cento e cinquoenta e cinquo varas e de largo setenta e duas varas e sobre a estrada faz hũa chave que he da estrada pera cima trinta e seis varas e do soãao emtesta no ribeiro com Cerzeda e d’aguiom e travesia com o casal de Gonçalo Martinz dos dictos terços e do vendavall com Cerzeda e Barroo. Item honde chamam o Carrill aconteceo aa dicta capella hũa leira e parte do soãao polla estrada e do vendavall em herdade de Çoza e das outras partes com Barroo he de comprido setenta e duas varas e de largo quorenta e oito varas. Item honde chamam o Carvalho Ventoso acon­teceo aa dicta capella hũa leira que parte do vendavall com a dicta capella e das outras partes com Barroo he de comprido cento e vinte varas e de largo quorenta e oito. Item em Regadellas aconteceo aa dicta capella per sortes hũa leira e emtesta do vendavall com herdade dos dictos Coartos e das outras partes com herdades de Çoza que traz Ruy Vicente que he de comprido cento e cinquoenta e seis varas e de largo contra soãao (fl. 67v)(384) setenta e hũa da travesia he de largo quorenta e cinquo varas. E estas herdades foram declaradas e medidas por da dicta capella per o dicto Gonçalle Annes caseiro e per Martim Affomso e Gonçallo Martinz homens boons. E estas acontecerom ao terço da dicta capella pollo dicto juramento que lhes foy dado e aos outros senhorios acontecerom outros dous terços. E paga em cada huum anno a dicta capella per dia de Natall quorenta reays________________rta reaes.

Titulo do casall de Paredes em que vive Gonçallo Martinz que he dos dictos tres senhorios a capella e Cerzeda e Joham Estevez que foy partido per elle Gonçale Martinz caseiro e homem boom e per Martim Afonso per terços e per sortes per o dicto juramento. Item primeiramente aconteceo per sortes ao terço da dicta capella hũa casa telhada sobradada que he de comprido cinquo varas e de largo quatro mea com esta huum pedaço de latada des o(385) mar que esta no meo da latada derreito pollo outom e adega pera cima com a eyra e huveyras e emtesta em cima no caminho que he de comprido trinta e nove varas e de largo dezasete varas e parte do vendaval com outro que he de quartos dos dictos senhorios Barroo e das outras partes com os dictos terços c casall e no meo tem huum palheiro da dicta capella as outras casas e latada aconteceo aos outros terços. 384 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Maria de Alvellos”; "o padre Andre Teyxeira, Maria Alvellos e Manuel Roiz”; e repete-se duas vezes “medida”. 385 Repete-se: “o”.

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Item a fundo das casas partirom huum canpo com suas arvores e aconteceo per sortes aa dicta capella na leygaa (fl. 68)(386) contra o vendavall com seus castinheiros e huveyras que he de comprido cinquoenta varas e de largo trinta e quatro varas parte do soãao com Cerzeda que traz Luis Martinz d’aguiom com os dictos terços e das outras partes com a dicta capella. Item em Dezamães tem huum campo cerrado de parede que parte do vandavall e travesia com os terços e do soãao pollo ribeiro e d’aguiom com Barroo que he de comprido setenta e seis varas e de largo em cima vinte e hũa e em fundo trinta e duas varas. Item na Lama Grande tem hũa leira que parte do vendaval com herdade de Çoza e do soãao emtesta no caminho foreyro e das outras partes com Barroo e Cerzeda he de comprido quorenta e oito varas e de largo treze. Item honde chamam a Sobreyra lhe aconteceo outra leira que parte d’aguiom com a capella e da travesia com Barroo e das outras partes com os dictos terços he de comprido cento e quorenta e seis e de largo setenta e duas varas. Item honde chamam Brincos aconteceo aa dicta capella huum campo çarrado sobre sy que parte do vendaval com a dicta capella e do soãao com os dictos terços e das outras partes com Barroo que he de comprido noventa e quatro varas e de largo pollo meo sesenta e hũa. Item a Fonte da Cobra tem hũa leira que parte do soãao em (fl. 68v)(387) herdade do Çosa e do vendaval com Barroo e da travesia com a dicta capella he de comprido setenta e duas varas e de largo quorenta e sete varas. Item mais na Lama Grande tem outra leira que parte de todas as partes com Barroo que he de comprido trinta e seis varas e de largo vinte e duas varas. Item honde chamam as Bayancas tem outra leira e do soãao parte pollo caminho foreyro e do vendavall com Barroo e da travesia com hũa leira que foy d’Afonso de Quantim he de comprido setenta e cinquo varas e de largo cinquoenta e nove varas. E estas herdades aconteceram todas ao terço da dicta capella per sortes e foram(388) partidas de­claradas per o dicto Gonçalo Martinz e Martim Af­fomso homens boons per o dicto juramento e paga em cada huum anno a dicta capella por dia de Sam Martinho vinte reaes e nom tem prazo_______xx reaes.

386 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “o padre Andre Teyxeira e sua cunhada”; “o padre And Teyxeira [...] e Maria de Alvellos”; “[oo.] de Alvellos ou João Soares “o padre Andre Teyxeira e os mais”; Manuel Roiz das Moutas Manuel Rioz e Maria d’Alvellos”; e repete-se duas vezes “medida” quatro vezes “medido”. 387 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior; “Andre Soares de Santego”; “Maria de Alvellos”; Paga agora Lx reaes pou hũa seara que se chamam a Seara, paga Rta “reaes”; “he no Enxertado”; “João [...] do Enxertado o dira [...] cima de vinha (?); “medida”; e repete-se duas vezes “medido”. 388 Riscado na mesma tinta “de”.

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Titulo do casall de Cima de Villa que ora traz Maria Annes molher que foy de Alvare Annes que se chamam de Cima de Villa que esta despovoado que he dos dictos quatro senhorios e foy partido per quartos e per sortes per os dictos homens boons per a dicta guisa que esta na dicta freyguesia. Item primeiramente aconteceo a dicta capella per sortes o campo do Orgall assy como esta çarrado sobre sy com hũa leyra que esta acima do dicto campo onde esta a presa donde vem auga ao dicto campo que he sua que he todo da comprido noventa varas e de largo no campo xxvi varas e em cima (fl. 69)(389) na leyra [...] e tem souto e parte o cerrado todo pollo caminho e com Cerzeda e da leyra parte em cima com herdade de(390) Ruy Vicente e com Çoza d’aguiom e do soãao com Barroo. Item nos Raposinhos aconteceo a dicta capella hũa leira que parte d’aguiom e travesia com cerzeda e das outras partes com Barroo que he de comprido cento e quinze(391) varas e de largo em fundo trinta e duas varas e en cima dezaseis varas. Item na Pena hũa leira que he de comprido setenta e hũa varas e de largo quorenta e oito e faz hũa chave pera vendaval que he de comprido trinta e nove varas e de largo quinze e parte do vendavall com Çarzeda e com os terços do casal de Gonçalo Martinz e da travesia com os quartos do dicto casall e d’aguiom com Barroo e do soãao com a capella. Item mais aconteceo a dicta capella a lameyra do Cerdeiro(392) que he de comprido setenta e duas varas e de largo vinte e cinquo varas e parte do soãao com Barroo e das outras partes com a capella. Item em Regadellas(393) tem hũa leira que he de comprido quorenta e e cinquo varas e de largo doze e parte da travesia com Barroo e das outras partes com Çerzeda vay o caminho pollo fundo della. Item honde chamam o Souto tem hũa leira com castinheiros e mais huum castinheiro fora della con­tra travesia que lhe aconteceo per sortes que he de comprido cinquoenta e nove varas e de largo (fl. 69v)(394) vinte e duas parte d’aguiom com os dictos quartos e das outras partes com Çarzeda.

389 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Maria de Alvellos ou Phelipe Soares”; Manuel Roiz e outros”; os dous Manoeis Borges”; “Os filhos de Maria Franciscana”; “Francisco Ramalho”; e repete-se duas vezes “medida” e “medido”. 390 Repete-se: “de”. 391 Entrelinhado em letra coeva. “XV”. 392 Entrelinhado em letra posterior: “Cardeiro”. 393 Entrelinhado em letra posterior: “Reguardellas”. 394 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Maria de Alvellos”; Belchior Soares e seus irmãos”; “medido”; “medida”. Em letra coeva: “tem no Joham Alverez paga cem reaes”.

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Item a fundo desta leira(395) aconteceo a dicta capella huum pedaço de souto assy como era todo do dicto casall que he de comprido cento e duas varas e de largo setenta e e cinquo varas e contra a travesia he de largo vinte varas e parte do vendaval com a leira da herdade e das outras partes com os terços do casall de Gonçalo Annes que acontecerom aos senhorios. E estas herdades foram declaradas e partidas per os dictos homens boons Gonçalo Martinz e Mar­tim Afonso e per Diogo Alverez filho da dicta Maria Annes per o juramento dos santos avangelhos e estas acontecerom aa dicta capella per sortes e aos outros tres quarto outro cada huum. E esta Maria Anes tem prazo e paga como adeante fara mençom.

Titulo do casal de Paredes que foi de Pero Dominguez que ora traz Pedro Alverez filho de Alvare Annes de Paredes que he de quatro senhorios, convém a saber, a capella e Barroo e Çarzeda e Joham Esteves e foi partido per quartos e per sortes os dictos homens boons e amostra do per o dicto caseiro per o juramento dos santos avan­gelhos e aconteceo ao quarto da dicta capella estas herdades per sortes. Item primeiramente hũa cozinha colmaça que tem huum forno que he de comprido sete varas e de largo cinquo varas e com esta casa huum pedaço de chantoada de vinha a dereito da casa pera o aguiom que he de comprido vinte e cinquo varas e de largo dezoito varas segundo esta demarcada per marcos e emtesta do vendaval no cutom (sic) da dicta cozinha e d’aguiom em fundo no caminho e das outras partes com os dictos quartos. (fl. 70)(396) Item a fundo(397) deste casall allem do caminho d’aldea tem huum canpo e foy partido per quartos e aconteceo aa dicta capella huum pedaço contra o aguiom que parte do soãao e aguiom pollo caminho e da travesia com herdade de Çoza e do vendavall com os dictos Coartos he de comprido de huum marco ao outro trinta e quatro varas e de largo dezanove varas e tem castinheiros aredor. Item sobre a fonte de Pero Mendez acontece o a dicta capella per sortes huum pedaço de souto com seu canpo que parte d’aguiom polla dicta fonte e todo d’aredor com Barroo que he de comprido cinquoenta e nove varas e de largo quorenta e duas varas.

Entrelinhado em letra posterior: “a Lameirinha”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Andre roiz”; “Maria en caza do padre Andre Teyxeira”/.../ Maria de Miranda que he onde ella vive”; “/.../ Maria donde vive”; “a sobredita e muitos outros”; e repete-se quatro vezes “medido”. Em pé de página, igualmente em letra muito postrior e “estas três propridades asima que ficão entre os riscos são Iivres capella sem partição dos mais senhorios”. Em letra coeva: “Diogo Alverez traz esta leyra por parte”. Na margem direita, igualmente letra coeva: “demanda Joam Alverez o tem”; Joam Alverez a tem”; Diogo Alvere”. 397 Entrelinhado em letra posterior: “Corredoura”. 395

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Item o Souto da Seara que he de proprio da dicta capella sem outro senhorio que ora traz Femam Martinz de Nodaaes(398) que he de noventa e duas varas e de largo per cima seteenta e duas varas e parte de todas as partes herdades de Barroo. Item no dicto logo tem a dicta capella mais leira que traz o sobredicto que he de comprido cinquoenta e duas varas e de largo quorenta e seis varas e parte do soãao com a capella e das outras partes com Barroo. Estas herdades andam fora dos casaaes e som da dicta capella. Item mais outras leira que se chama(399) Hervilhall que outro sy anda fora dos dictos casaaes: que he propria da dicta capella que he de comprido cento e oito varas e de largo trinta e seis e tem castinheiros e parte do vendaval pollo ribeiro vinha e emtesta do soãao em cima em herdade, Barroo e das outras partes com Çarzedas. (fl. 70v)(400) Item honde chamam a Vinha lhe aconteceo outra leira que parte d’aguiom cor terços da quinta de Paredes e das outras partes com Barroo que he de comprido quorenta e oito varas e de largo dezoito varas. Item nos Temporaos a dicta capella outra leira que tem devesa d’aredor e parte d’aguiom com terços da quinta de Paredes e do soãao pollo caminho foreiro e do vendaval com os quartos do casall Pedroullos e da travesia com Barroo he de comprido cinquoenta e hũa varas e de largo trinta e sete varas. Item em Fonte Arquada aconteceo aa dicta capella hũa leira que parte do vendaval com Barro das outras partes com ha Lameyra Nova herdades de Çoza e tem souto aredor que he de comprido para fundo pera o ribeiro setenta e tres varas e de largo sesenta e oito. Item mais aconteceo a dicta capella o Lameiro Redondo que he todo cerrado sobre sy que parte todo d’aredor com Barroo que he de comprido oitenta e hũa varas e de largo trinta e IIIIº varas. Item no Cerzedo aconteceo a dicta capella outra leira que parte toda d’aredor com Barroo que he de comprido cento e sesenta e cinquo varas e de largo dezanove varas. Item nos Curraes lhe aconteceo outra leira que parte da travesia pollo caminho que vay pera Sam Chrisptovam e das outras partes com Barroo que he de comprido quorenta e oito varas e de largo trinta e oito varas. E estas herdades foram todas declaradas per o dicto Pedro Alverez e Diego Alverez seu irmão por do dicto casal per o dicto juramento dos santos avangelhos e partidas per quartos e per sortes per os (fl. 71)(401) dictos homens boons. E estas todas aqui declaradas acontecerom Entrelinhado em letra posterior: “Novais”. Entrelinhado em letra posterior: “a Ribeirada”. 400 Na margem esquerda desta página, em letra m posterior: “os orfãos de Maria de Barros não aparesem”; “Maria. de Sobrado”; Gaspar Leyte he o souto que foi de Manuel da Costa”/.../ Maria de Miranda e Maria orfão”; “Manuel da Costa”; “Antonio de Alvellos”; “medio”; e repete-se duas vezes “medida”. 401 Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “João Cardoso Couto”; “tralo Pedro Gonçallvez 3ª pessoa”; “medida”; e repete-se duas vezes “medido”. Na margem direita, em letra coeva: “traio Pedro Vasquez paga cento reaes”. 398 399

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ao quarto da dicta capella e aos outros quartos cada huum outro tanto per sortes. E paga em cada huum anno a dicta capella vinte reaes pera Sam Martinho e nom tem prazo____xx reaes.

Titulo do casal de Pedroullos que traz Martim Affomso de Paredes que he na dicta freyguesia e he dos dictos quatro senhorios e foy partido per quartos e per sortes per a dicta guisa. Item primeiramente aconteceo a dicta capella per sortes hũa casa colmaça que he de comprido sete varas e de largo quatro varas e da fonte da porta da casa pera soãao esta hũa latada com huum resio contra vendaval em que esta hũa larangeyra nova que he todo de comprido vinte e hũa varas e de largo onze varas segundo esta demarcado do canto da casa pera o casall de Barroo e parte d’aguiom com os quartos do dicto casall e das outras partes com Barroo. Item honde chamam a Pedreira aconteceo a dicta capella huum pedaço de campo com dous castinheiros e carvalhos segundo esta demarcado per marcos que partem do aguiom e travesia com Barroo e das outras partes com os dictos quartos que he de comprido trinta e cinquo varas e de largo vinte e nove. Item honde chamam os Carvalhos aconteceo a dicta capella hũa leyra com outro pedaço antre os ribeiros que partem huum com outro seu souto e huum pedaço de devesa(402) segundo esta demar­cado per parede e marcos que partem do soãao com os dictos quartos e das outras partes com Barroo que he de comprido setenta varas e de largo todo cinquoenta varas. (fl. 71v)(403) Item honde chamamos Barcos aconteceo a dicta capella huum castinheiro 1ongall que esta no cabo contra o aguiom com huum pedaço de chãao que parte do soãao e aguiom com Barroo e das outras partes com os quartos que he de comprido vinte e quatro varas e de largo dezoito varas. Item honde chamam a Conchada aconteceo aa dicta capella hũa leira que parte do soãao com os quartos do dicto casall e das outras partes com Barroo que he de comprido trinta e oito varas e de largo outro tanto. Item na Lama Grande aconteceo a dicta capella hũa leyra que parte d’aguiom com os quartos do dicto casall e das outras partes com Barroo que he de comprido quorenta e oito varas e de largo trinta e cinquo varas.

Riscado na mesma tinta: “com os dictos cartos”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “medido”; e repete-se cinco vezes “medida”. Em pé de página, igualmente em letra muito posterior:” o prazo das propriedades que estão em Villa Nova de Rezende que ora possue Antonio Loureiro esta nas notas fol. 54. O souto da eira comprou o padre Manuel Teyxeira deve”. 402

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Item honde chamam as Avelleiras lhe aconte­ceo outra leyra que parte do soãao com os quartos do casal que traz Pedro Alverez e das outras partes com Barroo que he de comprido oytenta e oito varas e de largo trinta e v varas. Item honde chamam o Rapado aconteceo a dicta capella outra leira que he de comprido se senta varas e de largo vinte e quatro e parte da travesia com herdade da igreja de Resende e das outras partes com Barroo. Item honde chamam os Curraaes lhe aconteceo outra leira que parte do soãao e aguiom com Barroo e das outras partes com os quartos do dicto casall que he de comprido oitenta e tres varas e de largo qua­torze varas. E estas herdades foram declaradas e partidas per o dicto Martim Affomso caseiro e Gonçallo Martinz homens por a dicta (fl. 72) capella per quartos e per sortes aos outros quartos aconteceo tanto a cada huum per o dicto juramento que lhes foy dado. E paga em cada huum anno vinte reaes _xx reaes. E nom tem prazo. Estas herdades atee aqui som todas em Paredes.

EM COVELLAS Item o casall do Outeiro em que vive Martim Annes paga a dicta capella tres soldos (sic)____iii reaes. Item outro casall do Outeiro em que vive Joham Femandez paga a dicta capella tres reaes e meo_________________________________________iii reaes e meo. Item o casall de Covellas em que vive Nicolas Annes paga ha dicta capella sete reaes_____ vii reaes. Estes casaes foram a saber se isto paga quanta he.

EM RESENDE Item o casall dos Infançooes paga a dicta capella em cada huum anno vinte reaes____xx reaes. E estas herdades foram assi todas demarcadas e mididas como atras faz mençam per os dictos homens boons a parte a ausencia do comendador de Barroo e o mosteiro de Çarzeda que nom quiserom viir estar a dicta demarcaçam e foy acabada aos dezaseis do dicto mes de Mayo.

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(fl. 72v)(404) Titulo do concelho da honra da Teixeira e dos casaes e rendas que a dicta capella tem na dicta honrra e freyguesia de Sam Pedro da Teixeira que foy começada de midir aos vinte e dous dias d’ Abril do dicto anno. Item primeiramente o casal que se chama de Sam Tome que he da dicta capella que ora traz GonçaIe Annes. Item hũa cozinha que he de comprido nove varas e mea e de largo sete varas. Item huum celeiro que he de comprido sete varas e de largo quatro varas. Item aredor destas casas de hũa parte e da outra tem o dicto casall campos e souto e mato que he todo de comprido dozentos e trinta e hũa varas e de largo cento e oitenta e oito e em cima contra o soãao vinte e tres e dentro nesta midiçam estam quatro cortes e de contra o soãao parte com herdades da igreja da Teyxeira e das outras partes com herdades do Bouro. Item honde chamam o Outeiro do Muynho tem o dicto casall huum campo com souto d’aredor que he de comprido cento e trinta e nove varas e de largo noventa e cinquo varas e parte do soãao com herdade de Pedre Annes da Ordem e com herdade de Bouro e do vendavaal com herdade da igreja de Taboado e assy da travessia e desi pollo ribeiro da Murganheyra. Item na Costa dos Martigos tem hũa leyra e da travesia parte com herdades da See de Lamego e de Tarouca e d’aguiom com Ansede. (fl. 73)(405) e d’aguiom com herdades que traz Pedre Annes d' Ordem e do soãao pollo monte he de comprido noventa e cinquo varas e de largo lxxv varas. Item antre os Cotinhos tem outra leira e parte da travesia com a See de Lamego e das outras partes com o Monte he de comprido setenta varas e de largo vinte e oito varas. Item honde chamam antre os Cotos a Pedra do Sinal tem hũa leyra que parte do vendaval com herdade da See de Lamego e d’aguiom com monte e asy do soãao he de comprido setenta e cinquo e de largo sesenta e seis varas. Item honde chamam a Fonte do Pousande tem hũa leyra que parte do soãao pera o vendaval com o Monte do Coto e do soãao parte com casaes da Ponte da Teyxeira e com Travanca e d’aguiom com casaes de Sam Tome he de comprido cento e sesenta varas e de largo vinte e oito varas. Item no dicto logo pera tem outra leira parte do vendaval com casaes da Ponte e do soãao para vendaval com os dictos casaes da Ponte e d’aguiom com casaaes de Sam Thome he de comprido cento e sesenta varas e de largo vinte varas com souto. Item no dicto logo tem outra leyra pera fundo pera o ribeiro que parte com as dictas herdades atras escriptas he de comprido sesenta varas e de largo vinte varas.

Na margem esquerda desta página em letra muito posterior, repete-se cinco vezes: “medido”. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior, repete-se duas vezes: “medida”; e quatro vezes “medido”. 404 405

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Item honde chamam o casal do Valle tem huum talho d’erdade que parte da travesia com o casall do Vaale que he d’Ansede (fl. 73v)(406) e do vendaval com Moura Morta e das outras partes com o casal do Valle que he d’Ansede que he de comprido vinte e seis varas e de largo vinte varas. Item honde chamam o Chãao do Lameiro tem hũa leira que he de comprido cem varas e de largo setenta varas e do vendaval e soãao com herdades de Boyro e da travesia com o dicto casall e d’aguiom com herdades que traz Afonso Anes de San Tome e vay a estrada per meo. Item no corrego do Pousadouro tem huum campo que he de comprido da estrada pera fundo cento e noventa e seis varas e de largo polla estrada sesenta e seis varas e parte da travesia com herdades da igreja de Teixeira e com herdades que traz Diogo Martinz de Sobradello e do soãao e do vendavall com herdades de Boyro e do aguiom emtesta na estrada. Item sobre a Fonte do Vall dos Mosqueiros tem outra leira que he de comprido cem varas e de largo cinquoenta varas e parte do vendaval com a dicta Fonte e do soãao com herdades de Pedre Annes da Ordem e das outras partes com os casaes que traz Afonso Annes de Sam Tome. Estas herdades declarou o dicto Gonçale Annes caseiro prior da dicta capella com Afonso Annes e Sam Tome juiz e homem boom per juramento dos santos avangelhos que lhes per o dicto Joham Diiz porteiro foy dado. E foram mididas todas per vara de cinquo palmos. E paga em cada huum anno a dicta capella cento e seis reais e nom tem prazo. Cento vi reaes.

(FI. 74)(407) Titulo do casal da Portella que esta o Carvalho da Teixeira que he da dicta capella que ora traz Diogo Martinz de So­ bradello na dicta freyguesia da Teixeira. Ho qual casall he todo d’aredor sobre sy que se nom mete com ele nada e vai a estrada per elle he de comprido quinhentas e quinze varas e de largo tre­zentas e oitenta e oito varas e d’aguiom parte pollo ribeiro do Porto Zebro e com herdades regengas e assy da travesia com as dictas herdades regengas e do vendaval com os casaaes de(408) Sobradello e de San Tome e do soãao com herdades de Boyro. E tem prazo em tres vidas e elle he a primeira vida. E paga em cada huum amo a dicta capella por dia de Sa’Miguel de centeo treze alqueires____________Cxiii alqueires. E de milho huum______________________ i alqueire.

406 Na margem esquerda desta página, em letra] posterior, repete-se três vezes: “medido”. em pê de página, igualmente em letra coeva: “Pagua ora o dito Gonçalo Annes novamente por prazo que fez ele e sua filha Ynes que tem Alvaro de Castro [..,] ii l reaes” . 407 Na margem esquerda, em letra muito posterior: “Tralo Jorge Lourenço e sua mãe quc he 2ª pessoa”; “anda Afonso Anes, Antonio Roiz, Gonçalo Martinz 3ª pessoa”; e repete-se três vezes “medido”. 408 Repete-se: “de”.

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Titulo do casal do Outeiro que he da dicta capella que ora y traz Bastiam Lourenço que he na dicta freyguesia de Teixeira. Item honde stam huuns pardieiros do dicto casall esta huum campo com seu souto todo cerrado sobre sy que he de comprido cento e noventa varas e de largo do soãao pera aguiom cento e trinta e seis varas e do vendavall he de largo oitenta e duas varas e do vendaval parte com herdades do mosteiro de Boyo e de Villa Cova e das outras partes todas com herdades da igreja de(409). Item honde chamam as Coartas tem hũa leira que he de comprido (fl. 74v)(410) setenta e cinquo varas e em cima he de largo dezasete varas e no meo sesenta e tres varas e parte da travesia com herdades de Boyo e do soãao e vendaval com herdades d’Arouca e d’aguiom com Sanche. Item honde chamam o Outeyrinho tem outra leira que he de comprido noventa e quatro varas e de largo setenta e duas e parte do vendaval com a igreja de Villa Cova e do soãao e aguiom com Sanche e da travesia com Boyro. Item honde chamam o Curso tem huum(411) campo çarrado sobre sy e do soãao e vendaval parte com Boyro e da travesia com Arouca he de comprido oytenta e duas varas e de largo seis varas e dentro neste campo jaz huum talho segundo esta demarcado sobre sy. Item honde chamam Mea dos Outeiros tem o dicto casal outra leyra e parte do soãao com herdade de Boyro e do vendaval com herdade de Santa Maria d’Oliveira e da travesia com Boyro e do aguiom pollo Monte Bravo que he de comprido(412). E estas herdades foram declaradas per o dicto caseiro e per Gonçallo dos Chãaos seu irmão per juramento dos santos avange1hos que lhe per o dicto porteiro foy dado por da dicta capella e foram midi­das per varas de cinquo palmos. E paga em cada huum anno aa dicta capella por dia de Natall cento e cinquoenta reaes____________________cento L reaes. E tem prazo em tres vidas e elle he a primeira pessoa e paga de lutosa tanto como de renda. E assy andou aa dicta demarcaçam Afonso Annes de Sam Thome juiz (fl. 75).

O registo não foi concluído. Na margem esquerda desta página, em letra muito posterior: “Pedra Anes vio”; e repete-se três vezes “medido”. 411 Riscado na mesma tinta: “leira”. 412 O registo não foi concluído. 409 410

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Titulo das Sanhoaneyras(413) que se pa­gam aa dicta capella honrra da Teyxeira a dicta capella. Item mostra se per huum tombo antigo que a dicta capella ha d’aver as Sanhoaneiras da dicta honrra da Teyxeira per esta guisa. Estes som os moradores da Teyxeira que pa­gam Sanhoaneiras ao senhorio da quintaa de Parada. Item huum casal da igreja de Tavoada que paga em cada huum anno aa dicta capella de Sanhoaneira nove reaes___________________ix reaes. Item huum casall que se chama de Sobradello que ha da igreja de Tavoado paga em cada huum anno a dicta capella de Sanhoaneira nove reaes______ix reaes. Item huum meo casal da igreja de Teixeira paga em cada huum anno quatro reaes e meo ___iiii reaes e meo. Item huum meo casal que chamam da Quall que he do mosteiro de Tarouca paga polla dicta [...] a dicta capella de Sanhoaneira quatro reaes e meo­________iiii reaes e meo. Item em Sam Tome dous casaaes huum se chama de Cima de Villa que he do mosteiro de Boyro e outro se chama do Malle que he do mosteiro d’Ansede de que pagam de Sanhoaneiras polla dicta guisa de cada casal nove reaes que som per anno­__________ xviii reaes. Item na Ordem ha huum casall de Moura Morta que paga polla dicta guissa em cada huum aa dicta capella nove reaes________ix reaes. Item outro casall de Barroo paga a dicta capella polla dicta guisa nove reaes____ix reaes. (fl. 75v) Item huum meo casall da igreja de Teixeira que paga aa dicta capella quatro reaes e meo______iiii reaes e meo. Item huum casall que se chama do Chãao que he da igreja de Villa Cova e paga nove reaes___ix reaes. Item outro casal da igreja de Sanhoane paga em cada huum anno nove reaes___ ix reaes. Item huum casal a que chamam de Villarelho que he do mosteiro de Landim de que paga aa dicta capella em cada huum anno nove reaes___ix reaes. Item dous casaaes que se chamam do Spritall da comenda de Moura Morta que pagam polla dicta guisa dezoito reaes_____________ xviii reaes. Item dous casaaes de Cima de Villa que som do mosteiro de Boyro e pagam Sanhoneira polla dicta guisa dezoito reaes______xviii reaes. Item o outro casall que se chama da Carreira que he do mosteiro d’Ansede paga des Sanhoaneiras _____nove reaes. Item outro que nom tem nome da comenda de Moura Morta e paga Sanhoaneira em cada huum anno nove reaes_____ix reaes.

Repete-se. “Sanhoaneiras”.

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Item dous casaaes de Bouro em Cações que pagam Sanhoaneira dezoito reaes____xviii reaes Item outro casal do mosteiro d’Arouca pagam de Sanhoaneira nove reaes_____ix reaes. Item outro casal do mosteiro de Tollões que paga de Sanhoaneira a dicta capella nove reaes­___ix reaes (fl. 76) Item outro casal que chama da Qual que he da See do Porto e paga sanghoaneyra nove reaes___ix reaes. Item huum meo casal que he d’Afonso Vaaz de Meijom friio este paga mea Sanhoaneira quatro reaes e meo__________iiii reaes e meo Item huum casal a que chamam Pereyra que he do mosteiro de Tollões de que paga em cada huum anno de Sanhoaneira nove reaes________ ix reaes Item huum casal que se chama de Villarelho que he da igreja da Teyxeira e d’Afomso Vaaz de Meyjom Friio e paga Sanhoaneira nove reaes____ix reaes. Item mais outro casal que se chama de Villarelho que he do mosteiro de Boyro e paga sanhoaneira polla dicta guisa nove reaes___ ix reaes. Item mais outro casal da Pereyra que he dicto mosteiro de Tollões e paga Sanhoaneira nove reaes______ix reaes. Item dous casaaes a que chamam do Ribeiro huum he do mosteyro de Boyro e o outro he de Villa Booa do Bispo e huum paga Sanhoaneira dobrada do outro paga polla dicta guisa nove reaes monta em ambos por anno vinte e sete reaes______xxvii reaes. Item outro casal que chamam das Laygeen que he do mosteiro d’Arouca e paga Sanhoaneira polla guisa nove reaes____________ ix reaes. Item outro casal que se chama de Gavim que h do mosteyro de Gundar e paga Sanhoaneira nove reaes_______________________ix reaes. Item huum casal que se chama de Sam Tome que he do prior d’Ansede paga sanhoaneira dobrada que he por anno dezoito reais_____ xviii reaes. Item outro casal que foy do Vendeiro que he de Moura Morta e paga sanhoaneira polla dicta guisa nove reaes_____________ix reaes. (fl. 76v) Item huum casal que chamam do Arrabalde paga polla dicta guisa em cada huum anno nove reaes___________________________ix reaes. Item huum casall que foy de Joham Gonçallvez paga polla dicta guisa em cada huum anno nove reaes___________________________ix reaes. Item os casaaes d’aldea de Maffamudes ham de pagar Sanhoaneyra segundo se acha per este tombo e per outro mais antigo que esta e esteverom des­povorados ata agora pouco ha e nom se pagavam delles as sanhoaneiras e estam agora em duvida de as pagarem e ja ham de ser tiradas per demanda.

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Testamento e cédulas Testamento que a dicta Donna Branca fez de como foy constituida esta capella. Saybham os que este estormento dado em publica forma per mandado e autoridade de justiça virem no anno do nascimento de Nosso Senhor Jhesus Christo de mil e quatrocentos e noventa e nove annos sete dias do mes de Janeiro as portas principaaes da See da muy nobre e sempre leall cidade de Lixbooa estando hy Francisco Pestana fidalgo da cassa d’EI Rey nosso senhor cidadãao e juiz do civall em a dicta cidade e seus termos estando ho dicto juiz ouvindo alguas partes segundo custume perante elle juiz pareceo Lançarote Rodrigues escudeiro de Ruy Teelez fi­dalgo da casa do dicto senhor e apresentou ao dicto juiz hũa cedulla de testamento com huum estormento nas costas d’aprovaçam das quaees o theor de verbo som estes que se seguem: (fl. 77) Porque todallas molheres e homens som obrigados a morte e nom sabem o dia quando lhes acontecera porende eu Dona Branca de Vilhana estando em meu siso e entendimento temendo Deus e o seu grande juizo a que som certa que ey de hire faço minha manda e testamento per esta guisa. Item mando a minha alma ao muito alto(414) poderoso Deus que Elle por sua misericordia se queira della amercear e peço aa piedosa Virgem Maria sua bem aventurada madre com toda a corte cellestriall que queiram rogar ao seu beento filho que se amercee da minha alma e nom esguarde aos meus grandes pecados segundo sua grande misericordia se amercee de mym. Item leixo por minha testamenteira minha filha Dona Breatriz a qual mando por minha bençam que compridamente faça todallas cousas a seu poder que em meu testamento hordeno e asy faça polla minha alma como Deus costranga que façam polla sua. Item mando lançar o meu corpo em Sam Domingos de Guimarães e mando que me nom ponham muymento allto mas feyto de pedra e metido soo chãao e campa chaãao em cima e escripvam per tras na parede quem som e quem foi meu padre. Item a parto a terça de todos meus beens assy da raiz como do movel dos quaes mando a dicta minha filha que cumpra meu testamento segundo eu ordeno e peço e requeyro a todollos juizes e justiças que mantenham em posse de todollos meus beens movees e de raiz que na minha terça montar aa dicta minha filha Dona Britiz a que leyxo por minha testamenteira erdeira. Item dos beens da raiz filho em parte da minha terça a quinta de Parrada e a honrra da Teyxeira a qual quinta de Parada leyxo os dereitos della a minha capella que ordeno em Sam Domingos de Guimarães pollos quaes derreitos cada dia mando (fl. 77v) cantar duas missas no dicto mosteiro hũa por mym e outra por mim e por Fernam Vaaz a que Deus por sua piedade deo santo paraiso que foy meu marido e mais nas festas de Deus, convém a saber, em dia de Natall e em dia de Pascoa e em dia d’Acensom e Pynticoste e da Trindade e de todas as Riscado na mesma tinta: “Deus”.

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festas da Virgem e no dia dos mortos mando que me digam todos os frades estes sobredictos dias hũa missa cantada da festa e venham sobre mym com responso e augua beenta e mando que as carnes pam vinho que rende a dicta quinta de Parada dem a quatro pobres. Item leixo a ministraçam da dicta capella a qualquer meu herdeiro que ouver Gestaçoo ao qual leixo por trabalho que tomar de aver d’apanhar os dinheiros da dicta(415) quinta pera os dar aos frades e pam e vinho e carnes pera os dar aos dictos quatro pobres e por deffender e povoar e emprazar os casaaes da dicta quintaa como se fossem seus por estes trabalhos lhe leixo a minha honrra da Teyxeira e lhe rogo e mando por minha beençam que assy compri­ damente o faça como eu mando e como lhe Deus de pera que façam por sua alma. Item mando que se o este bem nom fizer que outro qualquer mais meu chegado parente ala a dicta ministraçam da dicta minha capella e a dicta minha honrra assy como a este leyxava. Item mando que ao meu emterramento nom sejam chamados fidalgos nem outros nehũas pessoas senam clerigos e frades e o dia do emterramento me seja dicto huum trintayro e asy ao mes e ao anno. Item mando que nom seja dada outra offerta senam nos sobredictos dias senam senhas pitanças ao mosteiro. Item mando que me nom seja fecta essa senam chaamente e sem vaa gloria me soterrem. Item leyxo o meu calez e galhetas e cruz que ora madei fazer a dicta minha capella. Item leyxo ao mosteiro de Sam Domingos (fl. 78) de Guimarães os meus panos d’ouro e de sirgo que forom de Fernam Vaaz dizendo os dictos frades polla alma de Fernam Vaaz e por a minha aquellas missas que achado for que he rezam. Item leyxo ao mosteiro de Sam Domingos de Villa Reall cinquo reaes pera ajuda de se fazer com tal condiçom que os frades do dicto mosteiro digam pera sempre nas festas da Virgem Maria hũa missa e huum responso de mortos por minha alma. Item leyxo a Maria de Deus minha criada dous almadraques e dous cabeçaaes e quatro lençõees e duas mantas e tres manteeis e hũa saya vermelha e hũa mantilha de cortanay. Item por amor de Deus e em remiimento de meus pecados forro Isabell Fernandez minha serva e Milicia sua filha e mando as minhas filhas sob pena da minha bençam que as ajam por quites e livres da servidom e as leixem servir e viver com quem lhes prouver. Item rogo e mando a dona Maria minha filha por a minha bençam que forre Elvira que aja a tinha dado. Item leixo aa dicta Isabell Fernandez quinhen­tos reaes. Item leixo a Micia Afonso quinhentos reaes. Item leyxo a Maria d’ Ourilhe quinhentos reaes. Item leyxo a Beatriz da Fonseca quinhentos reaes. Item leyxo a Branca de Basco quinhentos reaes. Item mando que as outras moças da cozinha paguem suas soldadas segundo acharem que as tem mericidas.Item mando que aos azemeeis paguem as soldadas segundo tempo que me servirom do que achado for que nom som pagos. Riscado na mesma tinta: “capella”.

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Item leixo a Florença Gill minha criada por o tempo que me servio dous mill reaes. Item leixo a Joham de Lamego mil reaes que mando Dona Britiz minha filha por minha bençam que se a ora do meu finamento minha irmã Violante Manuell for viva que a mantenha bem e honrrada­mente (Fl. 78 v.) como deve de fazer a sua tiia e se a este tempo Dona Briatiz nom for viva ese mesmo carrego leixo a minha filha dona Margarida e falecendo ambas leyxo a minha filha dona Maria e se(416) meesmo carrego e qualquer dellas que lhe bem faz compridamente lhe leixo a minha bençam. Item leixo aos filhos de Joham Cãao por serviço que me seu pay fez tres mil reais. Item leixo a Luis Gonçallvez por tempo que nos servio dous mil reaes. Item leixo a Joham Affomso e a Joham Souto mil(417) reaes. Item leixo a Violante Teyxeira a minha aljuba verde de sarja e hũa mantilha parda d’asdim. Item leixo a frrey Nuno de Sam Clemente do mil e que rogue a Deus por a minha alma e por a Fernam Vaaz. Item mando que dem a Fernando huum gibon e hũa saya e quinhentos reaes e mandem a Maya pera seus parentes. Item mando que dem a Pedro Afonso quinhentos reaes e diga os em missas polla alma do prior que foy de Villa Garcia. Item mando que dem hũa peça de pano branco ao frade de Sam Domingos de Guimarães pera sayas. Item mando que dem hũa peça de pano Castella a pobres pera vistidos. Item mando que se me eu finar ante da tirada doo que tem de visitar aos da minha casa segundo em vontade, convém a saber, aos escudeiros e capellãa senhas gibõoes e sayos d’asdim pardos forrados branco e aos homens de pee e a Joham do Souto a que nom derom huum mantom aos que ja tem mantõoes e nom ouverom gybõoes gibõoes. Item mando que lhes dem senhas sayas justas de condado azur. Item mando que frey Joham de Freitas meu confessor ajude minha filha a fazer minha sepultura e requeira as missas da minha capella e a prata que ella leyxo e por este trabalho lhe mando huum manto de cortanay. Item mando que compridas estas cousas que (fl. 79)(418) eu hordeno [...] ho mais [...] aja minha filha Dona Briatiz com a minha bençam por bom, divodo e grande amor que lhe tenho e faço a minha testamenteira e herdeira do que assy ficar da minha terça com a booa vontade que me amostra e grande divodo que comiguo tem confio em ella que faça todo o que ordeno o quall lhe eu mando que assy o faço sob pena da minha beençam. Item mando que posto que as arras que me Femam Vaaz avia de dar mais valessem que estes logares que por ellas tenho as quaes me El Rey confirmou por sua carta que minhas filhas nem outros meus herdeiros nom demandem minha filha dona Maria nem seus herdeiros mais Riscado na mesma tinta: “bem fazer”. Repete-se: “mil”. 418 Falta a parte superior do suporte. 416 417

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que os dictos logares ou o que elles vallerem porque desto me ouve e ey por satisfeyta. Outros mando a dicta minha testamenteira que nom demande mais terça que os dictos logares que eu sou en posse ou seu direito vallar (sic) posto que em minhas arras mais montase. Outrosy se mostrado for huum estormento em que Femam Continho (sic) e sua molher conheçam e confessa que receberam de Femam Vaaz e de mim setecentas dobras emprestadas nom seja vallioso por quanto he bulrra e comloyo que Femam Vaaz e eu nunca lhe taaes dobras emprestames. Item se parecerem outras algũuas escriptas feytas per mim em tempo de Femam Vaaz que sejam feitas em prejuizo de minha alma ou de meus filhos ou de meus herdeiros se taaes escripturas parecerem ou nota dellas nom sejam valliosas por quanto foram feytas contra minha vontade com medo e prema que de Femam Vaaz avia como meu marido e senhor que era e como soube que era morto logo revogey todallas causas que em seu tempo fizera porque foram feitas com medo e prema grande que delle tinha e assy filhey huum estormento de revogaçam por quanto minha vontade sempre foy e he agora em fym de minha vida e acabamento de meus dias e em par­timento de minha alma que minha alma e minhas filhas partam em minhas arras segundo em cima escrepvo e bem dereitamente como devo avendo minha (fl. 79v)(419) alma sua terça e minhas filhas [...] como devem nom avendo mais hũua que outras e isto faço pera descarregar minha conciencia e porque esta he a minha derradeira vontade. E este testamento mando que seja firme e forte e valha e revogo todallos outros testamentos e mandados e coudisilhos cedullas que atee aqui tenho feitos e nom quero que outro nenhuum seja vallioso nem estavel senom este escripto em a minha quintaa de Freyxieiro a vinte e quatro dias do mes de Junho era do nasci­mento de Nosso Senhor Jhesus Christo de mil quatro­centos e trinta e oito annos. Saybham quantos este estormento virem que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jhesus Christo de mil e quatrocentos e trinta e oito annos a vinte e quatro dias do mes de Junho na quintaa de Freyxeyro termo do julgado de Ceroliquo de Basto na camara da muy honrrada senhora Dona Branca de Vilhana em presença de mym Andre GonçaIlvez tabelliam em Ceroliquo de Basto por ho senhor Femam Coutinho e testemunhas adiante scriptas a dicta senhora dona Branca dise que ella por seviço de Deus e emcarregaçam de sua alma estando em todo seu siso e entendimento comprido fez e ordenou seu testamento e depos dessy e de seus beens em aquella forma que entende o por serviço de Deus segundo aqui dentro he scripto he contheudo. E porem apro­vou esta presente cedulla por sua manda e testamento que valha por cedulla ou coudisilho ou por sua pos­tomeyra vontade e ou por doaçam em caso de morte ou per qualquer modo e via e desposiçam porque melhor de dereito deva valer e revogou e acusou e anullou todas outras mandas testamentos cedullas coudisilhos doações acauso de morte e postomeyras vontades que feytas avia ante desta e mandou (fl. 80)(420) que nom […] de nenhum effeito e vallor e esta que ora de presente fiz mando que valha pera todo sempre como dicto he supricando de fecto e de sollenidade se hy antreveo e me testemunho Falta a parte superior do suporte. Falta a parte superior do suporte.

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desto mandou a mim tabeliam ser feyto este estormento. Testemunhas que a esto presentes foram chamadas e rogadas espicialmente Pedro Afonso abade de Villa Cova capellam da dicta senhora e Ayres Botelho escudeiro criado do senhor Rey e Lopo Rodrigues escudeiro da senhora Dona Britiz de Vilhana. Eu Andre Gonçallvez tabelliam sobredicto que este estormento per outorgamento da dicta senhora Dona Branca escripvy e meu synal fiz que tal he. A qual cedulla parecia ser asignada e asy o estormento allem do tabeliam por esta senhora que esta cedulla mandou fazer. A qual cedulla e estormento d’aprovaçam asy apresentado per o dicto Lançarote Rodriguez ao dicto juiz como dicto he logo per elle foy dicto a elle juiz que porquanto he dicto tes­tamento e cedulla se podia perder per algum caso fortuito que podia recrear asy per auga como per fogo ou se perder e romper em que o dicto Ruy Teelez receberia perda que pedia a elle juiz que lhe mandasse dar o trellado em pubrica forma em huum estormento da dicta cedulla e testamento e estormento d’apro­vaçam que lhe assy apresentara. E visto pollo dicto juiz a dicta cedulla e estormento d’aprovaçam ser sem alguum vicio nem rescadura nem antrelinhado em lugar sospeitoso antrepos pera ello sua autoridade ordenaria e mandou que lhe fosse dado o trellado em publica forma e que valesse e fezesse he como o proprio original. Testemunhas Martim Barbudo es­cudeiro e genro de Diogo Rebello que Deus aja e Diogo Afonso ourivez o Velho e outro so. E eu Jorge Ferrnandez publico tabeliam e destribuidor por EI Rey nosso senhor em a dicta cidade e termos dos fectos civeeis que este estormento em publica forma escripvy per mandado (fl. 80v)(421) do dicto juiz e aqui meu pubrico signal fiz [que tal he]. E trelladado assi o dicto testamento e estatuto da dicta capella e mididas e demarcadas as dictas herdades como em este tombo he contheudo eu taballam o apresentei ao dicto senhor Diogo Borges juiz e contador dos dictos residos e capellas etc em a cidade do Porto onde o dicto juiz estava fazendo sua correiçam aos xxiiii dyas do mes de Mayo do dicto anno de mill e quatrocentos e noventa e nove annos. E visto per(422) elle dicto juiz o dicto tombo com Joham Lopez scripvam dante elle juiz se emforcou com o dicto tombo e bem assy com o estatuto da dicta capella e disse que elle achava que os frades de Sam Domingos de Guimarães diziam as dictas missas e assy lhe he entrege todo dinheiro que rendem as dictas herdades sem o dicto ministrador tomar delle nada per Joham da Torre de Barbedo da honrra de Gestaço caseiro do senhor Ruy Teelez ministrador que pera ello tem seu carrego. Eu tabeliam dou de mim fe que todo ho pam e vinho e carnes e azeite aqui contheudo entreguo cada huum anno a pobres per mandado do dicto ministrador que pera ello agora tenho seu carrego. E visto todo per o dicto juiz mandou que este tombo valha e faça fee de verdade eu juizo e fora delle pera todo sempre. E quanto he a algũuaas cousas que se diz andarem alheadas per annos he e se nom tirar senam per demanda que quando forem vingadas que se asentem neste tombo. E asy mandou ao dicto Joham Lopez escripvam que treladase logo este tombo pera mandar ou levar o trellado a El Rey nosso senhor e este ficar na arqua do concelho segundo sua alteza manda. Repete-se: “e visto per”. Falta a parte superior do suporte.

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E eu Fernam Nogueira tabeliam em a vida de Meyjom Frio e honrras de Vila Marim e Cidadelhe por o senhor Dom Jorge filho d’El Rei (fl. 81)(423) [...] per mando [...] juiz scripvi […] a que meu publico sinal fiz que tal he [...] no publico asinou o tabeliam de seu pubrico signal. E despois desto aos xxix dias do mes de Novem­bro do anno de Senhor de mil vc e cinquo annos na vila de Canaveses perante Diogo Borges juiz dos re­sydoos e capellas em esta comarqua d’Antre Doiro e Minho por El Rei nosso senhor e perante meu escripvam e testemunhas pareceo Fernam Nogueira e em nome do senhor Rui Telez ministrador desta capela Dona Branca lhe requereo que lhe mandase dar o trelado deste tonbo pera o teer por guarda da capella e sobre as erdades que lhe pertencerom e visto per o juiz [...] mandou a mim escripvam que o fezese treladar e o asignaria e eu escripvarei por o tee treladado lho dei (fl. 81v)(424) por El Rey noso senhor esto escripvi. E nom aja duveda nas antrelinhas onde diz ditas, […] e erdeiras, celeiro, cortinhaes, salgueiraes, xv, dez, no meo, he de largo e no cabo contra travesia xxv varas e Balsamom, de largo dezasete e lxxi e de largo per meo e no bom caminho pera fundo xxiii varas, Ferrnandez. O que todo se corregeu por fazer verdade. (Assinatura:) Diogo Borges Contado as regras vic lxxv reais.

Falta a parte superior do suporte. Falta a parte superior do suporte.

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Índice Antroponímico AFONSO – 143, 144 AFONSO ANES – 137, 139 AFONSO ANES, escudeiro de Mesão Frio – 186 AFONSO ANES DA EIRA – 121, 148 AFONSO ANES DE SAN TOMÉ - 200 AFONSO ANES RAMALHO – 189 AFONSO DE QUANTIM - 193 AFONSO DO COUTO – 172 AFONSO ANES DO PICOTE - 186 AFONSO MARTINS – 150 AFONSO MARTINS DO VILAR, homem bom - 149 AFONSO PEREIRA, escudeiro – 186, 187, 188 Afonso, Anes - V. Anes Afonso Afonso, Branca - V. Branca Afonso Afonso, Diogo - V. Diogo Afonso Afonso, da Eira - V. Afonso da Eira Afonso, João - V. João Afonso Afonso, Lopo - V. Lopo Afonso Afonso, Micia - V. Micia Afonso Afonso, Pedro - V. Pedro Afonso AIRES BOTELHO, escudeiro, criado régio – 208 Alcoforado, Álvaro Gonçalves - V. Álvaro Gonçalves Alcoforado Alcoforado, Martim Anes do - V. Martim Anes do Alcoforado Alvares, João - V. João Alvares Alvares, Luís - V. Luís Alvares Alvarez, Pedro - V. Pedro Alvarez ÁLVARO ANES – 121, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 130, 131, 132, 151 ÁLVARO ANES D’ARVIS – 173 ÁLVARO ANES DA PICOTE –185, 186 ÁLVARO ANES DA PORTELA –185 ÁLVARO ANES DE PARADA – 120 ÁLVARO ANES DE VILA COVA – 123, 124, 125, 128, 132 ÁLVARO DE CASTRO – 138, 144, 145, 146, 147, 150 ÁLVARO GONÇALVES DE ALCOFORADO – 185 ÁLVARO PEREIRA – 152 ÁLVARO PEREIRA DE MARNOTOS, de Pombeiro – 130 Álvarez, Diogo – V. Diogo Alvarez Álvarez, João – V- João Álvarez Álvarez, Pedro – V. Pedro Alvarez ANDRÉ GONÇALVES, tabelião de Celorico de Basto – 208 Anes, Afonso – V. Afonso Anes Anes Alvare – V. Alvare Anes Anes, Álvaro – V. Álvaro Anes Anes, Fernão, - V. Fernão Anes Anes, Gonçalo – V. Gonçalo Anes Anes, Gonçalo Martins – V. Gonçalo Martins Anes Anes, Maria – V. Maria Anes Anes, Pedro – V. Pedro Anes Arrufe, Martim Fernandes de – V. Martim Fernandes

de Arrufe Avenal, Frei Pedro do avenal – V. Frei Pedro do Avenal Baianquos, João Gonçalo de – V. João Gonçalo de Baianquos Barbedo, João da Torre de – V. João da Torre de Barbedo Barbudo, Martim – V. Martim Barbudo Basco, Branca de – V. Branca de Basco BASTIAM LOURENÇO - 201 BEATRIZ DA FONSECA - 205 BEATRIZ GONÇALVES – 189, 190 Borges, Diogo - V. Diogo Borges Botelho Aires - V. Aires Botelho BRANCA AFONSO – 153, 154 BRANCA DE BASCO - 206 BRANCA DE VILHENA – 119, 204 BRANCA MARTINS – 121, 126 Cabo, João do - V. João do Cabo Cal, João Afonso da - V. João Afonso da Cal Cão, João - V. João Cão Castro, Álvaro de - V. Álvaro de Castro CATARINA PIRES – 136, 137, 138, 142 Chãos, Gonçalo dos - V. Gonçalo dos Chãos Cheivães, Diogo Afonso de - V. Diogo Afonso de Cheivães Cheivães, Diogo Gonçalves - V. Diogo Gonçalves de Cheivães Coutinho, Femão. - V. Femão Coutinho Covelas, João Fernandes de - V. João Fernandes de Covelas D'Airães, Lopo Fernandes - V. Lopo Fernandes d'Airães D'ARVIS, Álvaro Anes - V. Álvaro Anes d'Arvis DELADEU – 137, 139, 146 DELADEU GONÇALVES, do mosteiro de Ansede – 129, 130, 151 Deus, Maria de - V. Maria de Deus Dias, Gonçalo - V. Gonçalo Dias Dias, João - V. João Dias Dias, Pedro - V. Pedro Dias DIOGO AFONSO – 138, 140, 141 DIOGO AFONSO O VELHO, ourives - 208 DIOGO ALVEREZ, irmão de Pedro Alverez – 195, 196 DIOGO BORGES, juiz contador dos resíduos e capelas na cidade – 119, 134, 209 DIOGO BORGES, morador em Trasouras - 134 DIOGO DA FONSECA, filho de João Esteves de Tarouca - 188 DIOGO FERNANDES DE RESENDE - 187 DIOGO GONÇALVES DE CHEIV ÃES - 183 DIOGO MARTINS DE SOBRADELO - 200 DIOGO PIRES, escudeiro – 122, 124 DIOGO REBELO - 208 Domingues, Pero - V. Pero Domingues

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DOM JORGE - 119 DONA BEATRIZ, herdeira de D. Branca de Vilhena – 204, 205 DONA BRANCA DE VILHENA – 144, 204 DONA MARGARIDA, filha de D. Branca de Vilhena – 205 DONA MARIA, filha de D. Branca de Vilhena – 205, 206 ELVIRA - 205 Esteves, João - V. João Esteves Fernandes, Isabel - V. Isabel Fernandes Fernandes, João - V. João Fernandes Femandes, Martim - V. Martim Fernandes Fernandes, Pedro - V. Pedra Fernandes FERNANDO - 206 FERNÃO ANES - 138 FERNÃO COUTINHO – 207 FERNÃO MARTINS DE NODAES - 196 FERNÃO NOGUEIRA, tabelião público – 119 FERNÃO PEREIRA – 122, 132, 135 FERNÃO PEREIRA DE TRASOURAS - 130 FERNÃO RODRIGUES - 171 FERNÃO VAZ - 205 Ferreiros, Gil de - V. Gil de Ferreiros FLORENÇA GIL, criada – 206 FONSECA - 153 Fonseca, Beatriz da - V. Beatriz da Fonseca Fonseca, Diogo da - V. Diogo da Fonseca FRANCISCO PESTANA, fidalgo da casa do Rei, juiz do cível - 204 FREI JOÃO DE FREITAS, confessor, frade de S. Domingos de Guimarães - 206 FREI NUNO DE S. CLEMENTE - 206 FREI PEDRO DO AVENAL, comendador de Barro 188 Freitas, João de - V. João de Freitas Furacasais, João Gonçalves de - V. João Gonçalves de Furacasais Furacasas, Pero Gonçalves de - V. Pero Gonçalves de Furacasas GARCIA GONÇALVES - 173 GIL DE FERREIROS, juiz ordinário do concelho de S. Martinho de Mouros - 188 Gil, Florença - V. Florença Gil GONÇALO AFONSO - 141 GONÇALO AFONSO DE PALHAES – 119, 127, 131, 132, 134, 141, 146 GONÇALO ALVEREZ DE MATOS - 181 GONÇALO ANES – 121, 122, 129, 130, 133, 149, 150, 151 GONÇALO ANES, caseiro – 128, 129, 192 GONÇALO ANES, caseiro, prior da capela - 120 GONÇALO ANES, solteiro, sobrinho de Gonçalo Martins – 163 GONÇALO ANES DE MARNOTOS – 145, 151 GONÇALO DIAS - 155 GONÇALO DOS CHÃOS – 201 GONÇALO LOPES – 187 GONÇALO MARTIM ANES – 161, 162 GONÇALO MARTINS, caseiro – 191, 192

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GONÇALO MARTINS, homem bom – 191, 192 GONÇALO PINTO – 121, 125, 135 GONÇALO PIRES, de Mesão Frio – 134 Gonçalves, Andre - V. Andre Gonçalves Gonçalves, Beatriz - V. Beatriz Gonçalves Gonçalves, Deladeu - V. Deladeu Gonçalves Gonçalves, João - V. João Gonçalves Gonçalves, Jorge - V. Jorge Gonçalves Gonçalves, Lançarote - V. Lançarote Gonçalves Gonçalves, Pedro - V. Pedro Gonçalves Gonçalves, Pero - V. Pero Gonçalves Graça, Maria da - V. Maria da Graça Guimarães, Domingos de - V- Domingos de Guimarães ISABEL FERNANDES, serva – 206 JOÃO AFONSO – 138, 139, 144, 145, 151, 206 JOÃO AFONSO, escudeiro - 187 JOÃO AFONSO DA CAL - 186 JOÃO AFONSO DE CIMO DE VILA, de Gundar – 136, 137 JOÃO AFONSO MARIM – 187-188 JOÃO ALVARES – 121, 145, 152, 156, 157, JOÃO ALVARES, tecelão – 125 JOÃO ALVARES DA QUEBRADA - 121 JOÃO ALVARES DE PEDROGAL – 128, 135 JOÃO ALVAREZ, clérigo - 164 JOÃO ANES – 172, 173, 176 JOÃO ANES DE CHEIVÃES – 176, 177 JOÃO ANES DE VILARELHO - 181 JOÃO CÃO - 206 JOÃO DA TORRE DE BARBEDO, caseiro de Rui Teles - 208 JOÃO DE FREIT AS, confessor - 206 JOÃO DE LAMEGO – 206 JOÃO DE SEIDAS, juiz ordinário - 119 JOÃO DE SENDOS, juiz da honra de Gestaço – 120, 123, 137, 148 JOÃO DIAS PINHEIRO - 131 JOÃO DIAS, porteiro dos resíduos da comarca de Entre Douro e Minho – 119, 148, 157, 161, 163 JOÃO DO BOSO – 178 JOÃO DO CABO – 145, 152 JOÃO SOUTO - 206 JOÃO ESTEVES – 190, 195 JOÃO ESTEVES DE TAROUCA – 188, 189 JOÃO FERNANDES - 198 JOÃO FERNANDES DE COVELAS, juiz ordinário do concelho, Martinho de Mouros - 198 JOAO FERNANDES DE SOUSA – 156, 165, 167, 178 JOÃO GONÇALO DE BAIANQUOS, homem bom – 121, 141 JOÃO GONÇALVES – 137, 146, 204 JOÃO GONÇALVES, caseiro – 157, 160, 170 JOAO GONÇALVES, homem bom – 138, 141 JOAO GONÇALVES D'AIRÃES - 137 JOÃO GONÇALVES DE FURACASAIS - 126 JOÃO GONÇALVES DE TOLÕES - 185 JOÃO GONÇALVES DO OUTEIRO – 157 JOÃO LOPES – 121, 128 JOÃO LOPES, barbeiro de Meisão Frio – 134

JOÃO LOPES, escrivão – 208 JOÃO MANCEBO – 166, 174 JOÃO MARTINS, filho de João Pereira - 147 JOÃO PEREIRA, homem bom – 144, 145, 146, 147, 171, 186 JOÃO PEREIRA O VELHO, homem bom - 150 JOÃO PIRES – 161, 162 Jorge, Dom - V. Dom Jorge JORGE FERNANDES, tabelião público – 208 JORGE GONÇALVES - 189 Lamego, João de - V. João de Lamego LANÇAROTE GONÇALVES - 187 LANÇAROTE RODRIGUES, escudeiro de Rui Teles - 204 Lopes, Gonçalo - V. Gonçalo Lopes Lopes, João - V. João Lopes LOPO AFONSO – 121, 123, 125, 126, 129, 132 LOPO AFONSO, lavrador, morador em Parada - 131 LOPO AFONSO, de Vila Boa do Bispo - 126 LOPO FERNANDES – 136, 137, 142, 148 LOPO FERNANDES D'AIRÃES – 136, 138, 139 Lourenço, Bastiam - V. Bastiam Lourenço LUÍS ALVARES – 144, 145, 146, 147, 148, 149, 150 LUÍS ALVARES DE SOUSA – 141, 142, 144 LUÍS GONÇALVES – 173, 206 LUÍS MARTINS –191 LUIS MARTINS DE SEARA - 190 Manuel, Violante - V. Violante Manuel MARIA (Marinha) ANES – 142, 147 MARIA ANES, mulher de Alvare Anes - 193 MARIA ANES DE MARNOTOS – 137, 144, 146 MARIA DA GRAÇA - 137 MARIA DE DEUS, criada de D. Branca de Vilhena 205 MARIA DE OURILHE - 205 MARIA SALGADA - 182 Marim, João Afonso - V. João Afonso Marim Marnotos, Alvaro Pereira de - V. Álvaro Pereira de Marnotos Marnotos, Gonçalo Anes de - V. Gonçalo Anes de Marnotos Marnotos, Maria Anes de - V. Maria Anes de Marnotos MARTIM AFONSO, caseiro – 198 MARTIM AFONSO, homem bom – 192, 193, 195 MARTIM AFONSO DE PAREDES – 189, 190, 191, 193197, 198 MARTIM ANES – 134, 146, 198 MARTlM ANES DE VILA NOVA – 145 MARTlM BARBUDO, escudeiro, genro de Diogo Rebelo – 130 MARTIM FERNANDES – 125, 129, 132 MARTIM FERNANDES DE ARRUFE, do mosteiro de Ansede - 130 MARTIM FERNANDES DO ALCOFORADO – 132 MARTINHO DA IGREJA – 121, 130 MARTINHO DA REIXELA – 182, 183 Martins, Branca - V. Branca Martins Martins, Gonçalo – V. Gonçalo Martins Martins, Luís – V. Luís Martins

Matos, Diogo Alverez de – Diogo Alverez de Matos Mendes, Pêro – V. Pero Mendes Martins, Gonçalo - V. Gonçalo Manins Martins, Luís - V. Luís Martins Mendes, Pero - V. Pero Mendes MICIA AFONSO - 205 MILICIA, filha de Isabel Femandes - 205 Monteiro, Pero - V. Pero Monteiro NICOLAS ANES - 206 Nodaes, Femão Martins de - V. Femão Manins de Nodaes Nogueira, Femão - V. Femão Nogueira Ordem, Pedro Anes da - V. Pedro Anes da Ordem Ourilhe, Maria de – V. Maria de Ourilhe Paço, Pedro Gonçalves do – V. Pedro Gonçalves do Paço PAIO PIRES – 185, 188 Palhaes, Gonçalo Afonso de - V. Gonçalo Afonso de Palhaes Palhaes, Pero Gonçalves de - V. Pero Gonçalves de Palhaes Parada, Álvaro Anes de - V. Álvaro Anes de Parada Paredes, Álvaro Anes de - V. Álvaro Anes de Paredes Paredes, Manim Afonso de - V. Martim Afonso de Paredes Pedragal, João Alvares - V. João Alvares Pedragal PEDRO AFONSO – 121, 125, 126, 128, 129, 130, 132, 207 PEDRO AFONSO, abade de Vila Cova - 208 PEDRO AFONSO DE VILA BOA DO BISPO – 123, 125, 126 PEDRO ALVEREZ, filho de Alvare Anes - 195 PEDRO ALVEREZ, irmão de Diogo Alverez – 176, 187, 196, 197 PEDRO ALVEREZ DE CHEIVÃES – 175, 184 PEDRO ALVARES DE VILA JUSÃO - 186 PEDRO ANES – 123, 128, 129, 131, 132 PEDRO ANES DA ORDEM – 199, 200 PEDRO ANES DE VILA COVA - 135 PEDRO ANES TOSQUADO – PEDRO DIAS, escudeiro – 121, 123, 124, 127, 128 PEDRO GONÇALVES, filho de Deladeu Gonçalves – 140, 157 PEDRO GONÇALVES DO PAÇO, do Mosteiro de Ansede – 136, 137 Pedrogal, João Alverez de - V. João Alverez de Pedrogal Pereira, Afonso - V. Afonso Pereira Pereira, Álvaro - V. Álvaro Pereira Pereira, Fernão – V. Fernão Pereira Pereira, João – V. João Pereira PERO DIAS – 121, 128, 129 PEDRO DO CASAL - 128 PERO DO VALE – 145 PERO FERNANDES – 154, 155 PERO GONÇALVES – 140, 154 PERO GONÇALVES DE FURACASAS – 137, 145 PERO GONÇALVES DE PALHAES – 139 PERO GONÇALVES DO PAÇO – 136, 137 PERO MENDES – 195

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PERO MONTEIRO – 170 Pestana, Francisco – V. Francisco Pestana Picote, Álvaro Anes da – V. Álvaro Anes da Picote Quantim. Afonso de - V. Afonso de Quantim Ramalho, Afonso Anes - V. Afonso Anes Ramalho Rebelo, Diogo - V. Diogo Rebelo Reixela, Martnho da - V. Martinho da Reixela Resende,Diogo Femandes de - V. Diogo Fernandes de Resende Rodrigues. Lançarote - V. Lançarote Rodrigues RUI PIRES, provisor do mosteiro de Cerzeda - 188 RUI TELES, fidalgo, administrador – 123, 138, 140, 141, 142, 143, 145, 146, 147, 149, 151, 156, 157, 158, 159, 169, 161, 162, 167, 204, 209 RUI TELES DE ANSEDE – 145, 155 RUI VICENTE – 190, 191 São Clemente, frei Nuno de - V. Frei Nuno de São Clemente Salvadorez, João - V. João Salvadorez San Tome, Afonso Anes de - V. Afonso Anes de San Tome Seara, Luís Manins de - V. Luís Manins de Seara Seidas, João de - V. João de Seidas Sendos, João - V. João de Sendos Sobradelo, Diogo Martins de - V. Diogo Manins de Sobradelo Sousa, João Fernandes de - V. João Fernandes de Sousa Sousa, Luís Alvares de - V. Luís Alvares de Sousa

Souto, João do - V. João do Souto Tarouca, João Esteves de - V. João Esteves de Tarouca Teixeira, Violante - V. Violante Teixeira Teles, Rui - V. Rui Teles Tolões, João Gonçalves de - V. João Gonçalves de Tolões Tosquado, Pedro Anes - V. Pedro Anes Tosquado Trasouras, Fernão Pereira de – V. Fernão pereira de Trasouras Vale, Pedro do - V. Pedro do Vale Vaz, Afonso - V. Afonso Vaz Vaz, Fernão - V. Femão Vaz Vicente, Rui - V. Rui Vicente Vila Cova, Pedro Anes de - V. Pedro Anes de Vila Cova Vila Jusão, Pedro Alveres de – V. Pedro Alvares de Vila Jusão Vila Nova, Martim Anes de - V. Martim Anes de Vila Nova Vilar, Afonso Martins do - V. Afonso Martins do Vilar Vilhena. Branca de - V. Branca de Vilhena Vilhena, Dona Branca de - V. Dona Branca de Vilhena VIOLANTE MANUEL, irmã de D. Branca de Vilhena – 206 VIOLANTE TEIXEIRA – 206

Índice Toponímico ABELHEIRA – 180 ABIJUDAS / ABEZUDES – 154, 158 ABINDAS - 153 ACADRINHO - 176 ÁGUA MORTA AGUILHOM - 163, 170 AIRÃES – 139 - casal de – 137, 173, 182 - herdade de – 139, 142, 159 - igreja de – 148 AIRÃO - igreja de – 121 ALBERGARIA - 185 ALCAIDAS – 150 ALCANAS - 172 ALCOFORADO – 185 ALDEIA - 153 ALQUEIVADA - 164 AMIEIRO - 142 AMOREIRAS, vale das – 156 ANSEDE – 141, 143, 145, 151, 152, 156, 174, 187, 199,

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200 - casal de – 137, 151, 183 - herdade de – 142, 152, 154 - mosteiro de – 129, 130, 141, 142, 146, 153, 175, 202 ARAM, casal de – 166, 173 ARMES -175 ARNOIA - casal de – 144, 145, 146 - herdades de – 148, 151 AROUCA - 201 - herdades de – 186, 201 - mosteiro de – 202, 203 ARRABALDE – 203 AUGUA MONTE - 139 AVELEIRAS - 198 AVENAL – 155, 158 AZEBREIRO – 147, 148 - casal do – 141, 143 AZEVAL - 180 - ribeiro de – 177 BACELO, fundo do casal de Vila Boa – 132,

BACELOS - 150 BACILINHO – 132, 150 BAIANCAS - 159 BAIANQUOS, casal de – 136 BAIÃO – 150, 151, 174 - castelo de - 169 - julgado de – BAIÃOZINHO – - monte de - 173 BALSEMÃO – 130, 137, 139, 141, 142, 145, 146, 148, 149, 151, 152, 161, 162, 172, 173 - casal de – 137, - herdade de – 138, 142, 144, 162 BARCOS - 197 BAREIRO - 142 BARQUEIROS – 122, BARREIRO - 142 BARRO – 189, 190, 191, 192, 193, 194, 196, 197, 198, 199, 201, 202 - casal de – 190, 192, 193, 197 - comenda de – 187, 188, 189, 190, 192, 193, 194, 195, 196, 197, 198, 199, 201, 202 - herdades de – 189,195, 196 BOCA DO CARRIL - 176 BOGIA - 180 BOMBEIRO – - herdade do – 142 BOSTES, aldeia de - 178 BOUÇA – 132 BOUÇA GUIMARA - 176 BOUÇA MATOSA - 187 BOUÇOS BOURO, (Boio) – 185 - casais de - 203 - herdades de – 200, 201 - mosteiro de – 201, 202 BRINCOS - 193 CABO, casal do – 145, 152, 156 CABRIAL- 184 CALDAS, ribeiro das - 134 CALVO(S) – 146, 156 ÇAMEIRA – 154, 163 ÇAMORAES (Samodães, concelho de Lamego) – 121, 133 CAMPELO – 122 CAMPO DA OLIVEIRA - 171 CAMPO DOS CARROS – 129 CAMPO DO FOJO - 158 CAMPO DO MEL - 154 CANAVESES, vila de CANDEIRO – 137, 142, 152 CANGAS - 142 CAPARRO - 179 CARAMOLOS, mosteiro de - 135 CARREIRA - 202 CARRIL – 176, 192 CARRO DO CASTANHEIRO DO CUCO - 171 CARVALHINHO, campo do – 121, CARVALHO ALVAR- 177 CARVALHO DA TEIXEIRA – 200

CARVALHO VENTOSO - 192 CARVALHOS - 144 CASAL DOS MOINHOS - 144 CASEIRINHOS - 141 CASTANHEIRA – 130, 132 - ribeiro da - 132 CASTELOS – 138, 146 CATUIA – 155 CELORICO DE BASTO, julgado de - 207 CEPADA - 187 CERDEIRAS – 147 CERDEIRO - 194 CERZEDA – 186, 188, 189, 190, 192, 193, 194, 196, 198 - herdades – 186 - mosteiro de – 186, 188, 198 CEUTA - 188 CHABREIRO – 143 CHÃO - 202 CHÃO DA CERDEIRA – 123, 145 CHÃO DA MÓ – 153, 167 CHÃO DAS EIRAS CHÃO DO BEZERRO – 155, 159 CHÃO DO CARVALHO – 167 CHÃO DO FERREIRO - 151 CHÃO DO LADRÃO - 162 CHÃO DO LAMEIRO – 200 CHÃO DO LOUREIRO - 162 CHÃO DO PAÇO - 136 CHÃOS – 151, 173, 186, 202 CHEIRRAS – 122 CHEIVÃES - 177 - casal de – 174 - quinta de - 175 CHOUSA - 157 CIDADELHE - 119 CIMA DA BOUÇA - 168 CIMO DE VILA, casal de – 127, 128, 129, 139, 148, 175, 194, 202 CIMORAES (Samodães, concelho de Lamego) – 124 COARTOS – 146, 148, 192, 195, 201 COELHEIRA - 179 CONCHADA – 190, 197 CONCHOUSO DA COSTA - 173 CONCHOUSO - 175 - quinta de – 120 CONCON - 172 CONE DE LOBOS – 171 CORDEIROS - 178 CORTESIA – 155, 160 CORTINHAL, regada de - ribeiro do - 130 CORTINHAS – 167, 168 COSTA – 121, 148 COSTA DA AVEOSA - 167 COSTA DA CABRA - 167 COSTA DA CORREDOURA - 123 COSTA DA FONTAINHA - 182 COSTA DE PARADA - 123 COSTA DA SOBREIRA - 125 COSTA DO GAVIÃO - 172

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COSTA DO MOINHO – 182 COSTA DO RIO - 168 COSTA DOS MARTIGOS - 199 COSTA DOS MOROUCOS – 159 COSTINHA - 167 COTINHOS - 199 COTOS - 199 COUCEIRO - (Coucieiro) – 126, 128 COVELAS – 190, 193, 195 ÇOZA – 190, 193, 195 CURRAES – 196, 198 CURSO - 201 CURUGEIRA - 143 CURTINHAL – 120, 123 CURTINHAS DE PAPIM - 152 CURVELHE - 178 DETRAS A QUINTA, casal de - 122 DEVESA - 123 DEZEMÃES - 193 DIANTEIRAS – 190 DOMINGOS DE GUIMARÃES, mosteiro de - 205 DOURO - 186 DRAGA, reguengo de - 181 DROGA, herdades da - 180 EIRA, campo da – 120, EIRAS – 155, 156, 160 - ribeiro das - 155 ELVAR, freguesia de – 134, ENCOVELHO -181 ENCRUZILHADAS – 130, ENTRE AS BAIANCAS ENTRE AS RIBAS - 197 ENTRE DOURO E MINHO, comarca de - 119 ENTRE OS PENEDOS - 177 ENXOPRAL - 126 - ribeiro do - 123 ESPADANAL, ribeiro do – 144 ESPERÃO, ribeiro de - 182 ESPINHEIRO - 155 ESTREMADOURO - 147 FARJOTO, casal do – 126, 138 FAS, casal de – 162 FAVEIRA, ribeira da – 174 FERREIRA – 186 FIÉIS DE DEUS - 151 FIGUEIRA ALVARE, chão de - 122 FIGUEIRAS – 135, 144, 150 FOJO, campo do – 154, 164 FONTAINHAS – 130, 156 FONTE ARQUADA – 121, 137, 138, 139, 141-142, 148, 151, 152 FONTE DA COBRA - 193 FONTE DAS EIRAS - 128 FONTE DO POUSANDE - 199 FRAGA - casal da – 121, 128, 133, 134 - lugar da – 134 - ribeiro da – 133, 134

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FRAGA DO COUCIEIRO - 130 FRAGA DOS CURTINHAIS - 137 FUNDO DE VILA, casal de – 127, 129, 137, 138, 141, 142, 146 FURACASAES – 152, 153 FURACASAS – 145, 154 GALFANEIRA GALVEIRO - 149 GARREGAL - 179 GAVIM - 203 GESTAÇO - 185 - casais de - 172 - ferreiro de – 130, 136 - freguesia de – 161, 166, 170 - honra de - 170 - igreja de – 142, 144, 150, 155, 160, 161, 185, 186 GODINHO - 181 GROLHO - 160 GUNDAR – 137, 138, 139, 148, 154, 156, 157, 158, 160 - mosteiro de – 136, 203 HOSPITAL - 202 INFANÇÕES, casal dos - 198 JUGADA - 139 JUNTA - 139 LACEIRAS, ribeiro de - 167 LAGARTEIRA - 169 LAGEA DA CERDEIRA - 182 LAIGENS - 203 LAMA – 138, 169 LAMA DA VÁRZEA - 138 LAMA GRANDE – 193, 197 LAMA REDONDA - 152 LAMAS - 149 LAMAS DE LINHARES - 145 LAMEGO - 199 LAMEIRA DA ESTRADA - 192 LAMEIRO DA BOUÇA – 173 LAMEIRO DA SESTA - 181 LAMEIRO DO OUTEIRO - 163 LAMEIRA (Lamera) LONGUO – 184 LAMEIRA NOVA - 196 LAMEIRO REDONDO - 196 LAMEIROS - 132 LAMELAS - 151 LANDIM, mosteiro de - 202 LAPA DA MULHER – 156 LEDUZOS – 145 LEIRA DO VALE - 142 LERAVADA - 163 LEVADA – 139, 163,184 LINAR - 182 LINHAR DE SANDE - 142 LINHARES – 159, 189 LINHARINHOS - 168 LISBOA, cidade de –204 LODOEIRO - 146 LOIVOS – 167, 168 -casais dos - 168 - quinta dos – 122, 128, 130 - ribeiro dos - 167

LOIVOS DO MONTE – 161, 163, 167 LOMBO – 176 LONGARA - 144 LOUREIRO - 162 LOUSAL - 129 - leira do - 123 LUBOÇAM – 138, 145 MACIEIRA - 190 MAFAMUDES, aldeia de - 203 MAIA, campo da - 176 MARCO - 179 MARINHANETA – 189 MARNOTOS – 149, 152 - casais de – 144, 145 - quebrada de - 149 MARQUESA – 152 MARTINHO DA IGREJA - 130 MEA DOS OUTEIROS – 201, 203 MESÃO FRIO – 119, 120, 121, 124, 132, 133, 134, 171, 185, 187, 203 - albergaria de - 194 MIASTRO - 172 MOGADO - 193 MOGOS, ribeiro de - 186 MOINHO DA IGREJA – 145 MOINHOS, casal dos - 147 MOIO, ribeiro do - 132 MOLEDO - 185 MONTE – 133, 168 MONTE BRAVO – 121, 134, 139, 201 MONTE DA FRAGA - 171 MONTE DO COTO - 199 MONTE DO BAIANZINHO - 169 MOURA MORTA- 138, 141, 144, 145, 146, 148, 11, 152, 170, 171, 172, 200, 202 - casal de - 138 - comenda de – 138, 142, 145, 202 - herdade de – 138 NADEGA DO OUTEIRO - 164 NOGUEIRA – 131, 138, 154 NOGUEIREDO - 141 NOVELA - 154 NOVOEDO, leira do - 135 OLIVAL – 125 ORDEM, lugar de – 202 OUTEIRINHO - 201 OUTEIRO – 141, 142, 155 - casal do – 147, 155, 161, 198, 201 OUTEIRO CALVO - 164 OUTEIRO DA MÓ - 130 OUTEIRO DA SEARA - 189 OUTEIRO DE MEDIM - 176 OUTEIRO DO BROSAL - 179 OUTEIRO DO MOINHO - 199 OUTEIRO DO PRADO – 145, 148 OUTEIRO DO TALHO - 155 OUTEIRO REDONDO – 156 OUTOROSE – 176, 177 OUVIL – 184

- igreja de – 178 PAÇO DE SANJOANEIRAS - 184 PAINÇÃES – 125, 128 PALHEIRO- 168 PAPIM, casal de – 137, 139, 142, 145, 148, 155 PARADA – 136, 171 - aldeia de – 123, 129, 131, 134 - casal de – 135, 178 - monte de - 181 - quinta de – 119, 133, 134, 172, 190, 204 - vale de - 127 PARADELA – 146, 180 PARDIEIROS, casal dos - 131 PAREDES – 189,191, 198 - casal de – 190, 192, 195 - quinta de – 189, 196 - vinha das - 147 PAREDINHAS, casal de - 172 PAREDINHOS – 173, 174 PEÇANOS – 180 PEDRA DO SINAL - 199 PEDRAGAL – 132, 133, 138, 163 PEDRAS ALVAS – 164 PEDREIRA – 140, 148 PEDRINHA - 155 PEDROULOS -196, 197 PENA – 189, 194 PENA GALINHA - 171 PENEDO DO GANDEIRO - 143 PEREIRA, casal de - 203 PERTEGA – 125, 128, 132, 135 PICA, casal da – 142, 146 PICOTE - 190 POÇA DA ESTRADA -172, 174 POÇA DAS EIRAS -156 POÇA DE SAMPAIO - 182 POMBEIRO – 137, 151, 152, 161, 164, 173 - herdade de – 144, 145, 147, 150, 161, 162, 163 - mosteiro de - 144 PONTA, campo da - 125 PONTE, da Teixeira - 199 PONTE PEDRINHA – 120, 124, 125, 134 PORCOS - 148 PORTELA – 125, 185 - casal da – 170, 200 PORTELAS – 130, 141, 184 PORTO ZEBRO - 200 POUSADOURO - 200 PRADO – 145, 149, 158 PUMAR, campo do – 122, 123 QUAL, casal da -203 QUARTAS - 138 QUARTOS (Coartos) QUEBRADA – 122, 123 QUEBRANCEIRO – 135 QUEIMADA – 180, 184 RAPADO - 198 RAPALOBO(S) - 126 RAPOSEIRA – 145, 151 RAPOSINHOS -

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REDONDINHO - 173 REGADA DA PEREIRA - 172 REGADELAS – 192, 194 REGADINHA – 123, 130, 175 REGUENGO – 184 REIXELA - 184 RESAIO-167 RESENDE – 198 RIBAS - 190 RIBEIRO – 179 - casais do – 121, 138, 145, 148, 203 - quinta do - 190 RIBEIRO DA FERVIDA - 182 RIO - 138 SABUGAL- 154 SABUGUEIRO - 142 SALGUEIROS – 137, 141 SAMPAI0-164, 165 SANDE, mosteiro de - 124 SANTA CRUZ – 155, 156, 157, 158, 169 SANTA MARIA – 120 SANTA MARIA DA GRAÇA – 1120, 134 SANTA MARIA DE OLIVEIRA - 201 SANTIAGO – 121, 123, 129 - ribeiro de - 129 SANTO TIRSO - 186 SÃO DOMINGOS DE GUIMARÃES – 204 SÃO DOMINGOS DE VILA REAL - 205 SÃO JOÃO DE GESTAÇO, freguesia de – está no fólio 18v. SÃO JOÃO DE OUVIL – 171, 174 - freguesia - 183 - igreja de – 178, 179, 180, 181, 183, 202 SÃO MARTINHO – 185, 186, 193 SÃO MARTINHO DE MOUROS - 188 SÃO MARTINHO DE VILA JUSÃO - 185 SÃO MIGUEL - 127 SÃO MIGUEL DE TRASOUROS – 119, 122 SÃO NICOLAU, igreja de - 188 SÃO PEDRO - 187 SÃO PEDRO DA TEIXEIRA, freguesia de SÃO SILVESTRE – 121, 124, 133, 134 SÃO TOME - 177, 182, 203 - casais de – 199 - herdade de – 175, 176 SAS – 142 SEARA - 189 SÉ DO PORTO - 203 SEDELHOS, igreja de - 180 SEIXALINHO – 156 SEIXAS ALVAS - 134 SEIXOSA, ribeiro da - 177 SILVEIRA - 181 SO O PAÇO- 124, 141 - casal de - 167 SOALHEIRO – 154, 155, 156 - casal do – 154, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161 SOBRADELO, casais de – 200, 202 SOBRE O REGO DO FOJO - 156 SOBRE O NOVOEDO - 122

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SOBRE O SALGEUIRO - 126 SOBREIRA - 165 SOUTO – 152, 194 SOUTO DA COSTA - 187 SOUTO DA SEARA - 196 SOUTO DAS LAMAS - 147 SOUTO DAS PAREDES – 147, 148 SOUTO DE FUNDO, leira de - 130 SOUTO DOS MOROUCOS - 159 TAPADA – 130, 152 TAPADINHO – 154, 158, 175 TAROUCA, mosteiro de - 199 TAVOADA, igreja de – 202 TEIXEIRA, freguesia da – 200, 201 - honra da – 199, 202 - igreja da – 199, 202 - rio da – 125, 132, 133, 134 TEMPORÃOS TRUGAL- 128 TOGAL - 168 TOLÕES – 203 - mosteiro de – 121, 203 TORRÃO DE PARADA - 179 TRASOUROS – 120, 123, 124, 126, 130, 131, 135 - igreja de – 128, 132, 135, 146 TRAVANCA – 149, 153, 162, 164, 166, 167, 168, 172, 173, 176, 178, 179,180, 181, 199 - herdade de – 145 - mosteiro de - 135 TRUGAL -162 TRAS O PAÇO, casal de Gestaço - 141 VALE – 129, 137, 139, 161, 162, 171, 174, 182 - casal do – 200 VALE AZEDEIRO - 177 VALE COVO – 150, 158, 165 VALE DA ORTIGA - 168 VALE DA PEDRA – 168 VALE DA PEGA - 175 VALE DA PORTELA - 166 VALE DA VINHA - 125 VALE DAS [A]MOREIRAS – 156, 159 VALE DE LUBIM - 179 VALE DE MACIEIRA - 163 VALE DE PARADA – 127, 129 VALE DO BOSO – 180 VALE DO CASTANHEIRO - 169 VALE DO FERREIRO – 1163, 167 VALE DO LOUREIRO – 162, 164 VALE DOS ALCAIDES - 150 VALE DOS OUTEIROS - 162, 165, 173 VALE DOS MONTES - 150 VALE DOS PARDIEIROS – 167 VALE DOS PELITEIROS – 173 VALE LONGO - 167 VALES DO ERMO - 185 VALINHOS – 160, 173 VARIZ – 155, 158 - monte de - 155 VÁRZEA DO FOJO - 159 VENDEIRO - 203

VENREO(?) - 153 VILA BOA – 129, 130 VILA BOA DO BISPO – 121, 123, 125, 126, 128, 130 - mosteiro de – 124, 125 VILA COVA – 120, 121, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 132 - igreja de – 131, 202 - mosteiro de - 120 VILA JUSÃO - 186

VILA MARIM - 119 VILAR, casal de – 141, 144, 145, 148, 152 VILARENHO, casal de – 181, 203 VIMEAL - 126 VINÇO - 169 VINHA – 133, 141, 157, 186, 196 VINHA DAS PAREDES - 146

Índice Ideográfico ABADE – 207 ADEGA – 120, 129, 140, 143, 170. 178 ADMINISTRADOR - 208 ALDEIA – 122, 127, 152, 156, 157 Alimentação - V. azeite, centeio, gado, galinha, huveira, ovo, marrã, pão, trigo, vinha, vinho mole ALJUBA - 206 ALMUDES – 123, 127 ALPENDRE – 124, 127, 134, 136, 143, 157, 174 ALQUEIRE – 127, 139, 153, 163, 169 Animais - V. gado, galinha, marrã ÁRVORE – 135, 136, 158, 166, 193 AZEITE - 127 BISPO – 188 CÁLICE - 205 CAMINHO -125, 126, 127, 147, 152, 153, 158, 166, 171, 174, 178, 179, 189, 194, 195 CAMINHO FOREIRO – 137, 138, 144, 154, 155, 158, 161, 166, 189, 193, 196 CAMINHO PÚBLICO – 141, 143, 144, 150, 153, 157, 166, 170, 181 CAMPA - 204 CAMPO – 120, 125, 128, 130, 131, 132, 133, 134, 140, 144, 146, 153, 167, 174,179, 180, 181, 186, 193, 194, 195, 200, 201 CAPELA –. 121, 122, 124, 125, 127, 128, 129, 130, 132, 136, 138, 139, 141, 143, 145, 146,147, 149, 152, 153, 156, 157, 160, 161, 162, 163, 165, 167, 168, 169, 177, 181, 184, 186, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 197, 199, 201, 202, 204 CAPELÃO - 207 Cargos civis e militares - V. administrador, comendador, escrivão, juiz, juiz dos resíduos, juiz ordinário, porteiro dos resíduos, tabelião público Cargos e dignidade eclesiásticas - V. abade, bispo, c1erigo, frade CARNEIRO - 157 CARREIRO – 125 CARNES - 205

CARVALHO(S) – 159, 186 CASA – 124, 127, 128, 129, 131, 134, 136, 140, 143, 150, 157, 166, 178, 185, 188, 191, 192, 193, 197, 199 CASAIS – 125, 129, 132, 141, 142, 144, 146, 168, 174, 178, 183, 198, 199, 203 CASAL - 119, 121, 125, 126, 128, 130, 131, 133, 136, 143, 155, 166, 169, 170, 172, 173, 182, 186, 190, 191, 195, 196, 199, 200, 201 CASEIRO – 128, 131, 133, 141, 143, 147, 153, 161, 165, 169, 170, 181, 190, 191, 192, 198 CASTANHEIRO – 127, 134, 135, 136, 137, 146, 147, 148, 154, 158, 193, 194, 197 CAVALEIROS – 142, 144, 147 CELEIRO- 122, 123, 127, 131, 134, 136, 140, 143, 144, 153, 157, 161, 166, 170, 181, 199, 209 CÉDULA -207, 208 CENTEIO- 153, 157, 169, 174, 177 CERDEIRAS – 124, 152 Cereais - V. centeio, milho, pão, trigo CERRADO – 130, 134, 157, 179, 193, 201 CHANTADO DE VINHA E ÁRVORE – 191, 195 CHÃO – 128 CIDADÃO - 204 CIDADE – 204, 208 CLÉRIGO - 187 COMENDADOR – 198 CONCELHO - 199 CORTE(S) – 131, 134, 136, 140, 143, 144, 147, 153, 161, 170, 174, 178, 181 CORTE DE GADO – 122 CORTELHO - 122 COZINHA – 120, 122, 124, 129, 131, 135, 136, 140, 143, 147, 153, 157, 161, 166, 170, 172, 173, 181, 191, 195, 199, 206 CRIADA – 205, 206 CURRAL – 140 DEVESA – 132, 138, 140, 141, 153, 167 DESPOVOADAS – 203 DIREITOS - 204 DOAÇÃO - 207 DOBRAS – 207

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Edifícios e Construções - V. adega, casa, castelo, moinho, pardieiro EIRA – 136, 140, 143, 152, 157, 166, 170 EMPRAZADO - 185 ERMIDA - 121 ESCRIVÃO - 208 ESCUDEIRO(S) – 127, 187, 208 ESTRADA – 122, 124, 129, 133, 136, 156, 160, 176, 188, 192, 200 ESTRADA PÚBLLCA – 129, 131, 133, 137, 159, 185, 186 ESTRADA VELHA – 185 FESTA - 205 FERREIRO – 130, 140, 148 FIDALGO -204 FILHA(O) – 185, 204, 206, 207 FIGUEIRA – 129, 135, 136, 144, 178 FOREIRO – 126 FORNO - 133 FRAGA – 123, 124, 126, 140 FRADE - 205 FREGUESIA – 119, 127, 131, 153, 184, 186 FRUTEIRAS - 178 GADO- 144, 173 GALINHA – 134, 147, 157, 169 GALHETAS – 205 GEIRA – 140 GIBÃO – 205 GUARDA DA CAPELA – 208 HERDADE – 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 136, 137, 138, 140, 141, 142, 143, 144, 150, 152, 153, 154, 155, 157, 161, 187, 174, 175, 176, 181, 184,185, 186, 187, 189, 190, 191, 194, 195, 196, 198, 199, 200, 201 HERDEIRA (O) – 153, 206, 209 HOMEM – 200, 204 HOMEM ANTIGO – 165 HOMEM BOM – 132, 134, 149, 157, 170, 171, 174, 181, 183, 188, 189, 190, 191, 192, 193, 194, 195, 196, 198 HONRA - 119 HUVEIRA – 122, 123, 127, 129, 131, 132, 133, 134, 136, 148, 153, 154, 157, 158 INQUIRIÇÃO - 204 IGREJA - 120, 138, 142, 144, 145, 146, 149, 151, 160, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 190, 201 - de Airões - 121, 148 - de Gestaço - 142, 144, 149, 150, 155, 160, 161, 185, 186 - de Gundar - 139 - de Ouvil - 178, 179, 181, 183, 184 - de Resende - 198 - da Sancha (?) - 136 - de S. João - 202 - de S. Martinho - 186 - de S. Nicolau - 185, 188 - de Tavoada - 199, 202 - da Teixeira - 199, 200, 202 - de Trasouras - 130, 132, 135, 146 - de Vila Cova - 122, 131, 201, 202 JUIZ – 119, 201, 200, 204

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JUIZ DO CIVEL – 204 JUIZ DOS RESÍDUOS – 119, 209 JUIZ ORDINÁRIO - 119 JULGADO – 119, 188 LAGAR – 127, 134, 143 LARANGEIRA - 124 LATADA – 127, 135, 136, 140, 144, 153, 154, 178 LATADA DE VINHA – 140, 143, 166 LEIRA – 122, 123, 125, 126, 128, 129, 130, 132, 135, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 145, 148, 149, 150, 152, 154, 155, 156, 157, 159, 163, 165, 166, 167, 168, 168, 171, 173, 174, 178, 179, 180, 182, 184, 187, 189, 190, 193, 194, 195, 196, 198, 199, 200 LUTUOSA – 131, 143, 157, 161, 163, 188, 201 MANTILHA - 205 MARCO(S) – 172, 176, 191, 195 MARRÃ – 147, 149, 161 Medidas - V. almude, alqueire, geira, vara MILHO – 139, 153, 169, 174 MISSAS – 204, 205 MOÇA - 206 MOINHO – 130, 133 MONTADO - 140 MONTE – 121, 122, 124, 125, 128, 133, 134, 172 MONTE BRAVO – 128, 129, 172 MORADOR - 202 MOSTEIRO - 204, 205 - de Ansede - 129, 130, 136, 139, 142, 146, 153, 155, 175, 183, 186, 202 - de Arouca - 203 - de Bouro - 201, 202, 203 - de Caramolos - 135 - de Cerzeda - 186, 188, 190, 198 - de Gundar - 136 - de Landim - 202 - de Pombeiro - 144, 162 - de Sande - 125 - de Tarouca - 202 - de Tolões - 121, 203 - de Travanca - 135, 162 MULHER – 162, 189, 194, 204 NASCENTE NATAL – 134, 135, 143, 149, 152, 161, 188, 185, 191, 192, 201 NOGUEIRA – 129, 152, 189 OLIVAL – 125, 185 OLIVEIRA – 171, 186 OVO – 169 PAÇO - 141 PALHEIRO – 122, 127, 140, 153, 157, 178, 192 PALMO – 181, 187 PANO DE OURO – 205 PÃO – 119, 129, 163, 205 PÃO MEADO – 163 PARCEIROS - 190 PARDIEIRO – 120, 124, 127, 129, 131, 147, 153, 170, 172, 174, 189 PÁSCOA – 204 PEÇA DE PANO - 206 PEDAÇO DE MONTE – 133, 134, 159, 171, 187

PEDAÇO DE SOUTO – 128, 133, 163, 189, 195, 197 PENEDO - 159 PESSOA – 201 POMAR - 170 PORTA – 131, 135, 143, 161, 174 PORTEIRO – 177 181, 188, 190, 201 PORTEIRO DOS RESÍDUOS - 119 PRAZO- 131, 134, 140, 143, 149, 152, 161, 185, 190, 193, 198 PROCURADOR - 170 Profissões - V, caseiro, escrivão, ferreiro, guarda da capela, juiz, lavrador, porteiro, provisor, tabelião PUBLICA FORMA -204, 208 QUEBRADA – 127, 129, 136, 144, 150, 153, 170, 171, 184 QUINTA – 119, 122, 123, 131, 141, 190 QUINTEIRO – 127, 150, 178 RAMADA – 127, 129 REAIS – 124, 127, 131, 132, 134, 135, 143, 147, 149, 152, 185, 187, 188, 190, 192, 193, 201, 202, 203. 205, 206 RECHÃO - 128 REGA - 174 REGADA – 120, 125, 127, 146, 148, 162 REGUENGO – 178, 179, 180, 181, 182, 200 RENDA – 131, 132, 143, 157, 161, 171, 187, 199, 201 RIBEIRINHO - 123 RIBEIRO- 122, 123, 124, 125, 126, 130, 133, 134, 139, 142, 148, 152, 153, 154, 155, 158, 159, 160, 161, 165, 166, 167, 168, 174, 175, 177, 181, 182, 186, 190, 191, 192, 193, 197 RIBEIRO DO MOINHO - 130

RIO - 129 SALGUEIRAL - 209 SANHOANEIRA – 202, 203 SENHORIO(S) – 188, 190, 191, 192, 194, 195, 202 SORTES – 189, 190, 191, 192, 196, 197, 198 S. JOÃO - 124 S. MIGUEL - 174 SOUTO – 119, 123, 125, 126, 128, 129, 130, 132, 133, 138, 140, 144, 146, 147, 152, 153, 154, 157, 158, 175, 179, 187, 191, 195, 197, 201 TABELLÃO PÚBLICO – 119, 208, 209 TALHO - 181 TALHO DE HERDADE TAPADA – 125, 141 TELHADO – 120, 124, 186, 189, 192 TERÇAS DO ANO - 131, 132, 189 TERÇOS – 90, 191, 192, 193, 204 TESTAMENTEIRA – 204, 207 TESTAMENTO – 204 TESTEMUNHA – 209 TOMBO – 183, 188, 209 TOMBO ANTIGO - 202 TRIGO – 127, 139, 153, 157, 169, 177 VARA – 124, 125, 128, 131, 138, 146, 165, 173, 175, 181, 189, 194, 197, 198 VARA DE CINCO PALMOS - 131 VENDAVAL - 128 VIDA – 131, 135, 140, 141, 177, 187, 201 VINHA – 123, 124, 128, 132, 133, 134, 136, 140, 144, 148, 170, 186 VINHO – 139, 205 VINHO MOLE - 127

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