Da interpretação do lugar ao projeto: uma proposta para o Complexo Rupestre do Vale do Tejo [ALTER IBI]

July 17, 2017 | Autor: Mário Benjamim | Categoria: Arqueología, Arquitectura, Paisagem, Ordenamiento territorial y areas protegidas
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Da interpretação do lugar ao projeto: uma proposta para o Complexo Rupestre do Vale do Tejo Artigo completo submetido a 22 de Abril de 2015 Resumo: O Vale do Tejo, é um testemunho crucial no processo de hominização na Península Ibérica, registado por um vasto número de valores patrimoniais e culturais que, no seu conjunto constituem uma reserva patrimonial de importância extrema, ainda inexplorada. Acrescentar a um “sistema vivo” um modelo de intervenção coabitante com todas as suas referências, quer sejam de ordem antropológicas, patrimoniais, sociais ou simbólicas, é o nosso objetivo. Palavras chave: Médio Tejo, Projeto, Património Cultural, Homeostase Title: From the Interpretation of the Place to the Project: a proposal for the Rock Art complex of Vale do Tejo Abstract: The Middle Tagus Valley is a crucial testimony of the humanization process in the Iberian Peninsula documented by a vast number of cultural and patrimonial vestiges that, as a whole, constitute an heritage of considerable importance, yet to be explored. To add to an existing “living system” a new model of intervention that does not interfere with such a legacy and all its references whether anthropological, social or symbolic, is our objective. Keywords: Middle Tagus, Project, Cultural Heritage, Homeostasis.

Introdução A estratégia de construção de barragens e o aproveitamento do potencial hídrico iniciado no século passado (e que se mantém na atualidade) submeteu o território nacional a transformações profundas, por vezes abruptas e sem o adequado reconhecimento do seu valor cultural, arqueológico, antropológico e arquitetónico. Perante uma realidade que é fatual e inevitável e se repete nos cursos de água mais significativos propomo-nos encontrar um modelo de intervenção, coabitante, que defina uma nova leitura do território e que tem como base estrutural o património rupestre ao ar livre, no qual o Vale do Tejo e pelas diversas circunstâncias, e dentro das problemáticas levantadas, constitui um objeto de estudo de excelência. A investigação efetuada direciona-se entre duas problemáticas contemporâneas: uma paisagem rural alterada, pela submersão de uma vasta área do território e um património de valor inquestionável que se encontra subaproveitado pela alteração submetida. Sobre a matéria vasta que as duas temáticas envolvem, interessa-nos salientar alguns temas em concreto: a definição de uma metodologia de intervenção arquitetónica em sítios arqueológicos, com especificidade ao património rupestre em condições acrescidos desta complexidade e a relação do homem com a paisagem alterada por uma albufeira e as possibilidades de gestão cultural e patrimonial com o território no sentido de explorar as suas potencialidades. Pag. 1

1.1 Carácter da Paisagem O carácter neste troço da Paisagem, contém semelhanças a alguns troços do Rio Douro e Guadiana, e define-se por um vale acentuado por maciços rochosos em ambas as margens, e que se estende quase na totalidade no percurso da área de estudo. O Rio, outrora vigorante, homogeneiza-se pela massa de água da albufeira do Fratel obtendo maior expressão em zonas de vale alargado. É o elemento marcante na leitura da paisagem que através da variação dos seus planos de água e do perfil do vale, constitui um valor cênico constante, com especial enfase na relação que estabelece com o monumento natural das portas de Ródão As componentes naturais assumem uma especial presença na paisagem deste vale encaixado, destacando-se os organizados olivais nas suas encostas, que assentes em socalcos de muros de xisto acompanham a topografia do vale e o percurso do rio, beneficiando do clima mediterrânico existente. O contexto de isolamento e de dificuldade de acessos, favoreceu a permanência de importantes valores naturais e culturais, onde se insere o complexo rupestre do Vale do Tejo descoberto ocasionalmente no ultimo quartel do seculo XX, e submerso pouco tempo depois.

Figura 1. Vista a montante das Portas de Ródão.

Figura 2. Monumento Natural das Portas de Ródão.

1.2 Delimitação Territorial Numa abordagem imediata cingimo-nos aos núcleos arqueológicos classificados e em vias de classificação: Cachão do Algarve e Cachão do Boi, e aos sítios arqueológicos que possibilitam ainda o contato com as gravuras: S. Simão, junto da barragem de Cedilho, e Gardete , a montante da barragem de Fratel. O núcleo de Cachão do Algarve e Cachão do Boi,

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estão inacessíveis e cobertos por extensa camada de detritos depositados pela corrente do rio ao longo dos anos, S. Simão e Gardete permitem ainda o contacto com algumas gravuras. Restringir a nossa focagem apenas ao observável será redutor, e não clarifica a relação entre infinitamente pequeno e o infinitamente grande, transcrita no Vale do Tejo pela simbiose entre Gravura e Paisagem. Para compreender esta harmonia, será necessário relacionar sistemas e estruturas que nos facultem a leitura do lugar e a sua descodificação, processo essencial que sustentará a investigação progressiva e uma possível intervenção.

B1

N

B2 Figura 3. Delimitação de Zona de Intervenção / Área de Estudo

1.2.1 Metodologia Como elementos singulares e estruturantes desta paisagem, considerou-se o rio que se desenvolve no sentido NE-SO, e a as cristas quartzíticas da Serra das Talhadas NO-SE. Elementos naturais que organizam o território segundo dois eixos “cartesianos” bem definidos, com semelhanças (nossas) a um traçado Romano do tipo Cardus- Decumanos. No sistema descrito sobrepusemos os Grupos de Unidades de Paisagem (D’Abreu, 2004), ao que correspondeu com a área de estudo a subunidade de paisagem U.P. 53 – Beira Baixa - Tejo Internacional. E sobre esta delimitação balizamos as duas ações antrópicas: Barragem de Cedilho “B1” e Barragem de Fratel “B2”. Que originou uma área de estudo com cerca 8.900 hectares numa extensão de 40 quilómetros, onde se localizam a maior concentração de gravuras do complexo rupestre, distribuída por vários núcleos em ambas as margens do Tejo. Sobrepondo-se os pontos de interesse da carta patrimonial do concelho de V. Velha de Ródão, balizados pelo espaço cronológico do Paleolítico ao período Romano, consta-se que :

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1) Existem cerca de 200 registos, referenciados na área de estudo ( margem norte) 2) A concentração e dispersão dos registos relaciona-se com a morfologia do terreno, com maior enfoque na zona a montante das Portas de Rodão. 3) A maior concentração de achados, situa-se na bacia sedimentar junto a Vila Velha de Ródão, relacionando-se com a prospeção de mineração aurífera. 4)

Os sítios e núcleos de arte rupestre, localizam-se em enseadas ou aberturas ao longo

do rio relacionando-se diretamente com o seu suporte geológico. Esta interpretação originou a marcação de um perímetro, traçado em carta topográfica à Esc:1/25000, segundo a leitura dos seguintes elementos: caminhos rurais, linhas e percursos de água, cumeadas, acidentes geológicos, sítios e achados arqueológicos, limites administrativos e ações antrópicas. Ação que se materializou-se em duas Unidades Operacionais de Planeamento e Gestão (UOPG), inseridas no Plano Diretor Municipal de Vila Velha de Ródão, com o objetivo da salvaguardar toda a área como reserva arqueológica e promover e planos de ação específicos de intervenção.

U6 U5

Figura 4. U5 / U6 - Unidades Operacionais de Planeamento e Gestão (UOPG)

Outro exercício ensaiado, foi a separação e distensão dos diferentes núcleos e achados arqueológicos por períodos cronológicos, unindo-os e sobrepondo-os por rotas e possíveis percursos. Mapeando desta forma uma nova intenção de organização do território, através de um conjunto de digramas que se inter-relacionam.

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Período Período Período Período

Paleolítico Neolítico Neocalcolítico Romano

Figura 5. Proposta de Organização – Rotas e Percursos Cronológicos

Como síntese das duas abordagens estabelecidas, verifica-se que ambas são possíveis processos de aproximação a uma leitura do território, segundo análises pré-estabelecidas e focalizadas. No entanto para uma correta leitura da paisagem, será necessária uma abordagem que interprete a relação dos diversos elementos que constituem a paisagem, o território e o lugar. 1.3 Conceito Operativo

Como método operativo a utilizar na análise interpretativa ao território, optamos pela base estruturalista definida por Piaget, que nos parece metodologicamente aplicável no caso de estudo. Piaget define “que uma estrutura é um sistema de transformações e que comporta leis enquanto sistema (por oposição às propriedades dos elementos) enriquecendo-se pelo próprio jogo das suas transformações.” (Piaget, 1979:6) A definição de reinscrição progressiva de um sistema que se sustenta nas suas próprias regras, e se valoriza e altera perante as transformações submetidas, parece-nos um ponto de partida comungante com uma leitura da paisagem. Paisagem entendível como palimpsesto e um conjunto de sistemas deduzíveis ou encriptados. Em que o Todo é o resultado das diversas relações ou composições e cujas regras são as do próprio sistema. Este conceito segundo Manuela Raposo Magalhães (Magalhães, 2001), pode ser transposto na paisagem por uma Estrutura Ecológica, suporte da vida biológica, e uma Estrutura Cultural, construída ao longo dos séculos pelo homem. Ambas as estruturas se complementam, gerando uma estrutura global da paisagem.

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A interpretação do lugar pode processar-se pela análise da estrutura global da paisagem, segundo o conceito definido, estrutura que pode ser enriquecida por outras subestruturas e ampliada através da através da justaposição de novas estruturas, desde de concebidas de acordo com os critérios da inicial.

1.3.1 Foz de Enxarrique ( modelo teórico )

Como análise metodológica ao processo de intervenção no Projeto de Valorização Patrimonial e Educativa de Sítio Paleolítico da Foz de Enxarrique, cingimo-nos à logica de Piaget de “tudo ser estruturável”. Em que a estrutura se define por um sistema que compreende os caracteres de totalidade, de transformação e de autorregulação (Piaget, 1979). Abordagem que pretende clarificar e definir um modelo teórico, aplicável em contextos idênticos na área de estudo. A primeira noção de totalidade, corresponderá á análise dos elementos que subordinados ao sistema pelas suas leis de composição cumulativas, conferem ao Todo propriedades de conjunto distintas daqueles que pertencem aos elementos, ex.: solo arqueológico, proximidade do leito de água, envolvente paisagística. Em segundo, relacionar a bipolaridade das propriedades estruturantes e estruturadas, através de sistemas de transformações que podem ser intemporais em grupo ou como rede de conjunto de pontos, ex.: arranjo paisagístico em curso, programa arqueológico e museológico, interpretação arquitetónica. Esta relação poderá obter-se através de relações axiomáticas e pela genealogia das estruturas, explorando as relações entre as diversas estruturas, ex.: geologia, enquadramento com as Portas de Ródão e espelho de água, proteção patrimonial, resolução das acessibilidades e valorização da estação arqueológica. O terceiro momento de autorregulação, será definido pela ordem de complexidade crescente, que reconduz às questões de construção e formação. Esta operação de composição corresponderá à formalização do projeto de arquitetura O sujeito, para quem se dirige a ação, será o ator das diversas estruturações numa continua autorregulação e interação de funções, ele próprio considerado a “estrutura das estruturas”.

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Figura 6. Planta geral da proposta.

Figura 7 e 8. Simulação de anfiteatro sob zona de escavação

2.1 Propostas de Intervenção

A investigação efetuada e o projeto de arquitetura, serão os instrumentos utilizados para a reinterpretação do território, propomos-mos de uma forma conexa, desenvolver um conjunto de propostas para os sítios arqueológicos de S. Simão, Cachão do Algarve, Cachão do Boi e Gardete.

2.1.1 S. Simão O sítio arqueológico de S. Simão, situado junto à fronteira com Espanha, permite o acesso a um largo conjunto de painéis gravados, submergidos regularmente pela variação do caudal do rio, provocada pelas descargas controladas de Cedilho. Esta oscilação pontual dificulta o acesso aos painéis, propomos melhorar o acesso através da colocação de plataformas de superfície amovíveis à tona de água. Que serão posicionadas estrategicamente de acordo com um circuito expositivo, em que o conteúdo museográfico e arqueológico será inscrito nas próprias plataformas.

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Figura 9. S. Simão (atualidade)

Figura 10. Simulação de um possível acesso

2.1.2 Cachão do Algarve Tirar partido da pré-existência da ensecadeira do Cachão do Algarve, parece-nos uma oportunidade real de submergir sazonalmente um dos núcleos mais emblemáticos do complexo rupestre do Vale do Tejo. A sua reconstrução com alteração da cota de coroamento em cerca de 1 a 2 metros viabilizaria esta possibilidade. A reintrodução de um processo construtivo vernacular, neste contexto, permite questionar a difusão do processo em outros sítios arqueológicos inacessíveis, possibilitando desenhar no território uma rede de locais visitáveis em épocas de caudal reduzido, á semelhança da proposta proferida por Emanuel Anati após a visita efetuada em 1974.

Figura 11. Cachão do Algarve. Visualização da ensecadeira que delimita o núcleo arqueológico, (1972).CIARVT Pag. 8

Figura 12. – Cachão do Algarve à cota 74m ( atualidade ) Figura 13. Cachão do Algarve à cota 72m (núcleo a descoberto) . Figura 14. Esquematização gráfica de reintrodução da ensecadeira

2.2.3 Cachão do Boi

A possível redução do caudal do rio em períodos estivais, coordenada com visitas organizadas aos núcleos arqueológicos seria mais um processo de reconhecimento e de valorização deste vasto património, e uma oportunidade de desenvolvimento económico para a região. A descida da cota de nível da albufeira, que estimamos em cerca de 2 metros com este procedimento, seria insuficiente para aceder a alguns dos núcleos arqueológicos devido a elevada profundidade dos painéis: é o caso de Cachão do Boi, o mais representativo do complexo. Neste local, onde foram descobertas as primeiras gravuras do complexo, propomos através de uma instalação temporária á superfície de água reconstituir os painéis em Látex, utilizados no processo de moldagem e registo das gravuras antes do enchimento da albufeira. Processo de registo que constitui um marco histórico e metodológico da arqueologia Portuguesa, fornecendo um conjunto vastíssimo de documentação, fotografia, desenhos e moldes em borracha. A exposição deste legado no edificado da estação de comboios do Fratel em simultâneo com a intercomunicabilidade que este trecho da linha férrea oferece sobre o espelho de água (Figura 15), permitia além da perceção da verdadeira dimensão do núcleo arqueológico, proporcionar um momento refletivo do seu real valor.

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Figura 15 e 16. Esquematização gráfica da Instalação do Cachão do Boi

2.2.4 Gardete Localizado na margem direita, pouco antes da foz do Ocreza, é o sítio mais a jusante do complexo de arte rupestre do Tejo, já fora da influência da barragem de Fratel. O que permite visitar perto de duas dezenas de rochas gravadas. Destacam-se no enquadramento da paisagem os muros de sirga, que acompanham o rio, estendendo-se por ambas as margens, entre a barragem de Fratel e o porto de Amieira do tejo. Propomos neste local, recuperar os muros de sirga danificados e reequacionar a ligação entre as duas margens. A reconstituição do percurso entre margens, seria complementado com pontos de observação e de leitura da Paisagem.

Figura 17. Gardete, núcleo arqueológico e muros de sirga.

Figura18. Simulação de ponto de observação.

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Conclusão A investigação sobre este tema que parte da premissa de reinterpretar o complexo de arte rupestre do Vale do Tejo no seu território, terá sempre uma intervenção mais extensa. A arte rupestre será parte integrante de um “todo” numa paisagem que sofreu alterações significativas. Ao colocarmos a questão de redefinição do património arqueológico, histórico, humano, cultural e geológico incontestável, teremos obrigatoriamente de analisar o contexto paisagístico onde se insere e a relação que define com o seu território e com os seus atores. Uma visão polissémica e uma proposta de nova identidade permitirá adequar futuras aplicações a modelos semelhantes de paisagem. É através da interpretação do lugar e da cultura do seu território que estabelecemos os nossos objetivos, com a intenção de desencadear uma mudança de paradigmas, que enumeramos: - Reinterpretar a identidade “Rio” através da introdução de novas leituras sempre subjacentes á ideia da paisagem na cultura portuguesa. - Intervir e reconstituir o território com uma perspetiva museográfica, evidenciando as características das suas estruturas específicas e diferentes tipologias. - Clarificar a intervenção arquitetónica como um processo multidisciplinar, nomeadamente no que se refere á colaboração arquiteto / arqueólogo. - Entender a relação operativa entre a arquitetura e a arqueologia, afim de tornar patente perspetivas comuns na valorização e divulgação do património objeto de estudo. - Definir metodologias de intervenção em projeto que sejam passíveis de utilização em sítios arqueológicos com contextos idênticos. - Fomentar a oportunidade de explorar de forma integrada os valores naturais e culturais da região, no quadro de um contexto de parque arqueológico com fins educativos e de promoção de desenvolvimento regional. - Traçar construções concetuais e possibilidades metodológicas no campo disciplinar da arquitetura, com o objetivo de possibilitar a interpretação dos sítios arqueológicos enquanto fenómeno visível nas suas diversas dimensões.

O verdadeiro projeto terá de ser prospetivo e geracional, e deverá afirmar-se através da transdisciplinaridade dos seus diversos atores e dos seus valores identitários.

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