Dados Ineditos Pre historia e Proto historia Concelhos Castanheira de Pera e Figueiro dos Vinhos

May 18, 2017 | Autor: Anabela Joaquinito | Categoria: Rock Art (Archaeology), Prehistory, Protohistory
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ALGUNS DADOS INÉDITOS DA PRÉ-HISTÓRIA E PROTO-HISTÓRIA DOS CONCELHOS DE CASTANHEIRA DE PÊRA E FIGUEIRÓ DOS VINHOS, SUA CORRELAÇÃO COM A ARQUEOLOGIA DA SERRA DA LOUSÃ E SERRA DA ESTRELA Nuno Ribeiro [email protected] Anabela Joaquinito [email protected] António S. Pereira [email protected]

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Neste pequeno trabalho serão apresentados alguns resultados de trabalhos de prospecção arqueológica realizados num âmbito de uma Tese de Doutoramento de um dos signatários e de algumas visitas que efectuámos aos Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. Os resultados obtidos, apesar de serem ainda preliminares indiciam que toda a área do pinhal e de montanha da Serra da Lousã e áreas em redor, tenham sido na Pré e Proto-história muito mais povoadas do que aquilo que se julgava até há bem poucos anos. A existência abundante de água, jazidas mineiras e uma geografia especial, que apesar de bastante acidentada nalguns pontos, tem algumas cumeadas que lhe dão um fácil acesso. Justificando-se assim a existência de rotas de acesso do litoral para o interior através de caminhos naturais.

A investigação aqui apresentada teve como base vários projectos de investigação realizados na região, nomeadamente um Doutoramento na Universidade de Salamanca e Universidade Autónoma de Lisboa, sobre: “As Manifestações de Arte Rupestre nas Bacias Hidrográficas dos Rios Ceira e Alva e Áreas de Fronteira com a Bacia Hidrográfica do Rio Zêzere”. Realizou-se ainda dois projectos específicos, de inventariação: um de escala municipal lançado em 1998 pelo Município de Góis e pela Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica, com o fim da realização de uma carta arqueológica, abrangendo parte importante do curso médio do Rio Ceira e parte da Serra da Lousã. Ainda para a inventariação da arte rupestre desta região apresentou-se um projecto de investigação ao P.N.T.A. (Plano nacional de Trabalhos Arqueológicos) de 2003 promovido pelo Instituto Português de Arqueologia. Em resultado de vários anos de trabalhos, este investimento resultou na criação de um centro de interpretação de arte rupestre em Vide (Seia), inaugurado em Maio de 2008, fundado pela Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), com os apoios da Junta de Freguesia local através da disponibilização de um espaço numa antiga escola primária e do Programa comunitário LIDER promovido pela Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela (ADRUSE). Em 2011 a APIA através dos arqueólogos signatários deste artigo visitam os Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, com o objectivo de divulgar o património arqueológico desconhecido da Serra da Lousã. Tentando sensibilizar os autarcas da região para o património arqueológico dos seus Concelhos. Surgem assim de seguida várias visitas organizadas á região. Aproveitamos esta oportunidade para agradecer a disponibilidade de tempo e de alguns meios que os respectivos autarcas, destas Autarquias de Figueiró dos Vinhos (Presidente Dr. Rui Manuel Almeida e Silva e do seu Vice-Presidente: Dr. Álvaro Gonçalves) e Castanheira de Pêra (Dr. Fernando Lopes e Vereador Arnaldo Santos) colocaram à disposição para estas visitas. Por último agradecemos ainda o apoio prestado do historiador António José Silva da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos.

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Nestas visitas foram assim detectados sítios arqueológicos inéditos de várias épocas, outros apesar de já referenciados nunca foram intervencionados ou alvo de observação mais atenta. Foi também observado que existe uma inter-relação causal para a existência de sítios de arte rupestre na vertente Sul da Serra da Lousã e muitas estruturas monticulares que se situam quase sempre no topo de cumeadas, infelizmente quase sempre muito destruídas. Este facto já tinha sido observado nas principais cumeadas de acesso à Serra da Lousã na parte interior, nomeadamente nos Concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Góis e em toda a Serra do Açor e parte da Serra da Estrela e Serras adjacentes como a Serra da Cebola (Covilhã/Pampilhosa da Serra). A arte rupestre da região dos Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, resume-se nesta fase apenas a um sítio arqueológico denominado por Bragada, que se situa no Concelho de Castanheira de Pêra, numa área de fronteira entre estes dois Concelhos; numa cumeada de declive pouco acentuado que dá acesso à Serra da Lousã a Norte. Nesta fase é importante fazer algumas considerações com base na observação do estudo da arte rupestre da região envolvente que neste momento tem mais de 900 lajes com arte rupestre inventariadas pelo Centro de Interpretação de Arte rupestre de Vide. Assim sobre a tipologia de localizações de sítios de arte rupestre da região das bacias hidrográficas dos Rios Ceira e Alva e área de fronteira com a bacia hidrográfica do Rio Zêzere. Observa-se que: - As lajes gravadas apresentam-se normalmente nas cumeadas, junto de nascentes e em locais de passagem ou nas proximidades de cursos de água. - Existem também lajes isoladas, em geral com muitas mais gravuras, dominando cursos de água, normalmente a meia encosta. Estes sítios terão tido provavelmente um papel diferente das lajes anteriormente referidas. Refira-se também que se efectuaram ao longo destes anos um intenso trabalho de pesquisa bibliográfico, de prospecção arqueológica e vários estudos multidisciplinares, ligando várias áreas do conhecimento como a antropologia, geologia (em parceria com o Departamento de Ciências da Terra Universidade de Coimbra,

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Professor Doutor Pedro Proença) e arqueologia da paisagem visando obter a mais completa análise das observações sobre as causas e as justificações de um tão grande número de sítios de arte rupestre na região do Alto Ceira e Alva. Por exemplo desenvolveu-se através do Departamento de Arqueoastronomia da APIA liderado pelos arqueastrónomos Eng.º Fernando Pimenta e pelo astrónomo Luís Tirapicos um registo científico para cada laje, observando-se: - A orientação na paisagem de sítios de arte rupestre. - Determinou-se o declive máximo e do azimute em cada local. - Realizaram-se perfis da distância ao horizonte e da altura do horizonte, sem os efeitos da obstrução pela vegetação, ou por nuvens, nevoeiro ou neblina. - Determinou-se a existência de possíveis marcas no horizonte. - Determinou-se a direcção do pico visível mais elevado. - Direcção da linha de água mais próxima. - Realizou-se a orientação dos podomorfos e outras gravuras. - Orientação na paisagem, a partir de um Modelo Digital do Terreno da região (40 x 40 km, com grelha de 25 metros) e da localização precisa por DGPS de cada sítio arqueológico. - Realizou-se a determinação “objectiva” de possíveis marcas no horizonte para cada laje: . Mínimos e máximos locais obtidos por diferenciação numérica numa janela deslizante de 2º. . Filtro baseado na média de uma janela de 8º +/- 1 desvio padrão. . Apenas foram consideradas marcas a uma distância superior a 150 metros.

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- Realizou-se o desenvolvimento de software GIS por um membro da equipa deste projecto (Universidade Adelaide – Austrália – Pelo Professor Andrew Smith em colaboração com Eng. Ferrnando Pimenta e o astrónomo Luís Tirapicos) visando a reconstituição do horizonte observado a partir de qualquer local. Destes trabalhos resultaram num extenso conjunto de dados que ainda agora começam a ser compreendidos em toda a sua dimensão. Pois serão muito mais complexos do que aquilo que inicialmente se julgava. Sobre este assunto voltaremos a ele um pouco mais tarde. Quando analisarmos a importância das covinhas, ou “fossetes” um dos temas mais representados na arte rupestre da região.

Fig.1 – Rede de rotas Pré-históricas das bacias hidrográficas dos Rios Ceira e Alva

A geografia da região dos Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra tem assim determinadas características que fazem destas áreas, bons locais de partida e de chegada, pois as rotas naturais existentes, são sobretudo várias cumeadas de acesso à Serra da Lousã, e atravessam a área estudada, refira-se que a maioria destas vinham de Sul para Norte. Como são também o caso de outras que existem ao longo da Serra da Lousã, nomeadamente na área da Portela do Vento em Góis, onde se dá o cruzamento destas duas rotas a rota do litoral com uma rota vinda do Zêzere, assinalado com a letra T4, (Fig.1) muito possivelmente passando anteriormente pela Serra do Cabeço Rainha. Não deixando de ser estranho a existência também nessa área de um significativo conjunto de lajes gravadas. Uma das principais rotas que subiriam o Zêzere atravessaria o Rio Unhais, existindo possivelmente duas rotas que se autonomizam nesta área, uma indo em direcção à Serra da Lousã, o outro percurso iria em direcção às cumeadas que ainda hoje fazem fronteira entre Distritos de Coimbra e Castelo Branco e entre Concelhos: Pampilhosa da Serra e Covilhã; seguindo pela Serra do Chiqueiro em direcção à Serra da Cebola/Açor/Pedras Lavradas/Alvoaça, assinalado com a letra T1. Sendo a área do Pereiro, apenas um dos acessos naturais a esta rota principal e que possivelmente já viria de Casegas, assinalado com a letra T5. Na parte mais ocidental da Serra da Lousã identificaram-se assim também algumas destas rotas Pré-históricas no sentido Sul/Norte, encontrando-se associadas a linhas de cumeada que possibilitavam a passagem de populações entre a região dos calcários da região de Pombal, Ansião e Alvaiázere em direcção ao

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maciço da Serra da Lousã/Estrela. Estariam todas ligadas à rota principal, identificada com os símbolos T4, pela cumeada principal da Serra da Lousã. No concelho de Castanheira de Pêra identificaram-se duas destas rotas, vindas de Sul para Norte, passando em Terreiro da Safra, passando pelo Carriçal, Selada da Ramalheira, Safra (área do marco geodésico), Vergada do Seixo, Costa das Azinheiras, Neve (área do marco geodésico), já na rota principal assinalada com a letra T4A. Ainda na zona de fronteira entre os concelhos de Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Lousã, uma outra rota no sentido Sul/Norte, passaria pela área onde se situa o centro da Vila de Figueiró dos Vinhos e daqui seguia sempre em cumeada por Portela, Ervedeira, Bragadas, Cavaleiro, Lomba da Cabada, Lomba das Regadas, Carregal, marco geodésico da Ortiga, Cova da Raposa, Lomba da Urgueira, Carvalha da Malhada, Labadas, Jogo da Bola, Relvas, pelo Cabril (marco geodésico), Carregador de Carqueijas, Porto Espinho, Candal, Porto Verde, Selada das Poças, Cavalete, Castelo do Trevim, já na rota principal da Serra da Lousã, assinalada com os símbolos T4B (Fig.1) Ainda mais a Ocidente identificam-se ainda outros acessos naturais, já nos concelhos de Miranda do Corvo e Figueiró dos Vinhos, em zonas de cumeada e que fazem actualmente também fronteira administrativa de Concelhos e Distritos (Coimbra com Leiria), assim estes caminhos ancestrais passariam por Alto do Castelo de Miranda, Viso do Esporão e Relva de Tábuas, nesta área haveria uma intersecção com outra rota que viria do litoral passando por Lombinho do Meio e Penedinho Branco em direcção a Ocidente. A rota principal continuava por Lomba da Trarrastreia, Outeiro das Eiras, nesta área haveria mais uma intersecção; uma que vinha de Sul anteriormente descrita e uma outra que ia para o litoral, assinalada com os símbolos T4C, que passaria pelo marco geodésico do Pessegueiro, Moita, Lameirão, Ponto da Pedra seguindo em direcção à planície. Do ponto de intersecção das duas rotas anteriores, partiria outra rota para Oriente já na cumeada principal da Serra da Lousã, área assinalada com a letra T4, passaria por Catraia, Cabeço Marigo e Candal. Uma das principais Rotas, que ligaria o litoral ao interior da região centro, desta forma no sentido Este-Oeste, ficou conhecida já em época histórica pela designação de estrada do sal ou estrada real, provavelmente fazendo parte da rota da prata, ligando as Beiras ao Sudoeste Peninsular, passando pelo Tejo (Vila Velha de Rodão/Bacia do Sever).

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Os Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra situam-se nas proximidades desta importante rota, assinalada com a letra T4, que tem a orientação Este/Oeste, entre o litoral para o interior e entre o Zêzere e a Serra da Cebola/Estrela. Assinale-se que em diversos locais situados ao longo desta rota foram identificados vários monumentos funerários do tipo “mamoa” enquadráveis no Neolítico/Calcolítico e Idade do Bronze, infelizmente quase sempre destruídos por extensas plantações de monoculturas ou destruídos nos últimos anos pela abertura de novas estradas ou aceiros. Casos dos sítios arqueológicos, mamoas do Penedinho Branco (Miranda do Corvo), mamoas da área da Serra de Safra (Castanheira de Pêra), sítio de arte rupestre do Lajedo ou Bragada, com covinhas (Castanheira de Pêra), mamoas da Tarrastreia (Figueiró dos Vinhos) e mamoas do Cabeço do Marigo (Lousã) (Fig. 2 e 3). Na parte Sul do Concelho de Figueiró dos Vinhos assinala-se a existência de dois povoados, um sobre a Ribeira de Alge e outro dominado o Rio Zêzere. Estas ocupações dominam visualmente os vales em redor e localizam-se em lugares de difícil acesso, existindo nas proximidades áreas mineiras ainda não estudadas (Fig.3).

Fig.2 – Localização dos principais sítios arqueológicos na área das bacias hidrográficas dos Rios Ceira e Alva e Áreas de Fronteira com o Zêzere e áreas dos Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.

As estruturas monticulares vulgarmente designadas por mamoas situam-se quase sempre em linhas de cumeada e de passagem, com grande amplitude visual Exemplo as estruturas monticulares existentes na área da Safra (Castanheira de Pêra) e quase sempre muito destruídas por acessos abertos nos últimos anos ou por plantações de monoculturas. Noutro exemplo as estruturas encontradas na área do Lajedo próximo do sítio de arte rupestre da Bragada, numa cumeada de acesso á Serra da Lousã, nas proximidades da Vila de Castanheira de Pêra.

Fig.3 – Localização de pormenor de alguns dos sítios arqueológicos dos Concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.

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O Sítio de arte rupestre da Bragada caracteriza-se pela existência de dois blocos de xisto metamorfizado gravados com covinhas (Fig. 4 e 5) e algumas gravuras indeterminadas, quase todas obtidas por abrasão com instrumento provavelmente de quartzito, usando um processo de rotação, ver levantamento. (Fig.6 e 7)

Fig.4 – Foto da laje gravada Bragada 1

As covinhas constituem um dos motivos mais frequentes na arte rupestre dos rios Ceira e Alva e áreas de fronteira com o Rio Zêzere.

Fig.5 –Foto da laje gravada Bragada 2

Em 694 lajes gravadas totalmente estudadas na região, distribuídas por 11 áreas, as covinhas são o 4º motivo iconográfico mais frequente representando quase 6% da amostra total (23.714 gravuras), correspondendo a 1341 gravuras. Observou-se a existência de uma maioria de covinhas sem canal com 1219 gravuras, correspondendo a 90,90 % da amostra. Enquanto que as covinhas associadas a um canal, estão representadas em 122 gravuras, correspondendo a 9,10% da amostra. Em relação ao diâmetro predominam as covinhas com entre os 3 e os 6 cm, com 566 gravuras, correspondendo a 42,21 % das gravuras; seguindo-se as covinhas com 3cm a 6 cm, com 526 gravuras, correspondendo a 39,22 % e por último as covinhas com mais de 6 cm correspondendo a 249 gravuras, correspondendo a apenas 18,57% da amostra.

Fig.6 –Planta do levantamento da laje gravada Bragada 1

Fig.7 –Planta do levantamento da laje gravada Bragada 2

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Em relação à profundidade das covinhas, dividimo-las em dois tipos: com canal e sem canal. Nas covinhas com canal, predomina a profundidade com mais de 1 cm, com 68 gravuras, correspondendo a 55,74 %, seguindo-se as covinhas com menos de 1 cm de profundidade com 54 gravuras, correspondendo a 44,26 % da amostra. Nas covinhas sem canal, predomina a profundidade com menos de 1 cm, com 616 gravuras, correspondendo a 50,53 %, seguindo-se as covinhas com a profundidade entre os 1 e os 3 cm de profundidade com 414 gravuras, correspondendo a 33,96 % da amostra. Seguem-se as covinhas com a profundidade entre os 3 e os 6 cm, com 170 gravuras, correspondendo a 13,95 %. Por último as covinhas com a profundidade de mais de 6 cm, com 19 gravuras, correspondendo a 1,56 % da amostra. Os dados obtidos em relação à profundidade das covinhas com canal, podem indiciar a existência da sua utilização para o derrame de líquidos nestes espaços, dado o predomínio da maior profundidade observada nas covinhas com canal em relação às simples.

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Este tipo de sítios com o é o caso das do sítio da Bragada em Castanheira de Pêra, tem paralelos em muitos sítios de arte rupestre da região, na Bacia Hidrográfica dos Rios Ceira e Alva. A forma de gravação utilizada é a martelagem, seguindo-se um processo de abrasão através da rotação de um percutor muito provavelmente de quartzito, provocando o desgaste do suporte que quase sempre é de xisto argiloso, com poucas excepções, caso do bloco gravado sítio n.º190 do inventário geral, denominado por Caroleiro-Aguincho (Fig.8), na área estudada de Vide e Ribeira do Alvôco, onde o suporte é de granito. Tendo sido também usado o método de gravação de martelagem e abrasão. As representações de covinhas são um dos motivos mais frequentes nas áreas estudadas. Aparecem por vezes isoladas, em pares, inseridas em conjuntos, por vezes ligadas por canais. Outras vezes aparecem gravadas sobre outras gravuras mais antigas, como que tendo uma clara intenção de “apagar” uma memória anterior ou acrescentar algo a um período anterior, caso do sítio n.º 1 do inventário geral área de Góis – sitio denominado por “Pedra Letreira, onde numa figura reticulada (Fig. 9), foi gravada uma covinha, numa fase posterior através do método de martelagem e abrasão através de rotação de percutor duro, provavelmente de quartzito local.

Fig.8 –Planta do sítio nº 190 CIARV Caroleiro/Aguincho(Seia)

Fig.9 –Figura recticulada com “fossete” Pedra Letreira

Fig.10 –Planta sitio n.º152 do CIARV – “ Laje das Ferraduras” Vide

Fig.11 –Planta sítio n.º 465CIARV Gondufo (Vide, Seia)

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Segundo alguns autores as “fossetes” ou covinhas são representações do receptáculo da vida, concha ou a “cavidad primigenia” (BENITO DEL REY, L. & GRANDE DEL BRIO, R. 1994: 113-131); na área de Vide assinala-se também a existência de um antropomorfo no sítio n.º152 “Ferraduras” em Vide (Seia), em que no lugar do sexo se encontra uma “fossete”, fazendo pressupor que se trate de um antropomorfo feminino. Esta figura encontra-se acompanhada por um outro antropomorfo, mas masculino, o que poderá indiciar a representação de um par genesial (Fig.10). Noutros casos sugerem uma possível representação de constelações, facto que ocorreria nalguns monumentos situados na área de Múrcia (Espanha). Contudo este tipo de análise é muito difícil de comprovar, dada a quantidade de pontos luminosos passíveis de serem observados na esfera celeste. No contexto estudado surgiram também alguns conjuntos de covinhas que podem ser representações de conjuntos de estrelas, caso do sítio n.º 465 (Fig. 11) na área do Gondufo em plena Serra do Açor, aparecendo num bloco solto de xisto de covinhas

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ligadas por canais mas sem profundidade que permitisse a sua utilização como canais onde fossem derramados líquidos. A existência de grandes covinhas, sem canal e gravadas em lajes ou blocos isolados, mas com uma grande amplitude visual sobre um vale ou o espaço, podem também ser locais de culto, ou que se insiram numa rede de outros monumentos, caso do sítio 155 (Fig.12) em Vide (Abelheira), onde se encontram gravados círculos, antropomorfos, escudos, covinhas, uma suástica, situado próximo do marco geodésico dos Carvalheiros em Vide (Seia), refira-se que neste caso a existência de vários monumentos funerários ainda não escavados do tipo mamoas e cistas, o que indicia a utilização da área como um espaço sagrado ao longo de várias épocas. Fig.12 –Planta sítio n.º 155 do CIARV “Laje da Abelheiras, Vide, Seia”

A possibilidade de alguns conjuntos de covinhas de diferentes tamanhos associadas entre si por canais, poderem também ter tido uma utilização, como espaços donde se praticariam libações, provavelmente associadas ao espaço envolvente, associando provavelmente vários elementos na paisagem como a localização do Sol e da Lua na altura do Solstício de Verão, elementos que aparecem inseridos no campo visual do local em direcção à montanha da Serra da Cebola, caso do sítio nº 213 do inventário geral na área do Açor “Lomba Malhada Garcia” e sítio n.º 488 (Fig. 13) do inventário geral da área do Chiqueiro, onde para além de existirem vários conjuntos agrupados de covinhas, estas inserem-se num afloramento de xisto, com várias bancadas em diferentes cotas, como se tratasse de vários níveis em direcção ao espaço. Provavelmente fazendo a ponte simbólica entre o mundo terreno e o mundo espiritual. Nalguns painéis de arte rupestre da região aparecem também muitos antropomorfos, podomorfos e outras figuras do tipo círculo oblongo por vezes segmentado, podendo estas gravuras representar possíveis martelos Proto-históricos usados na mineração, em muitos destas representações surgem associadas a covinhas. Saliente-se a orientação geográfica da maioria das gravuras e das lajes observadas Orientação de podomorfos e outras gravuras NW-SE

O horizonte das lajes apresentam-se direccionados para SE. As lajes orientadas para SE

Fig.13 –Planta do sítio do 488 do CIARV “Chiqueiro”

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O horizonte observado marca o pôr do Sol na altura do solstício de Verão. Estas orientações revelam ainda um interesse crescente da Lua Cheia em torno do solstício de Verão. Vejamos alguns exemplos de alguns dos sítios onde observámos estes dados: Rasa dos Mouros (Seia), Caso do sítio da Eira do Piódão (Arganil) e Sítio 362 CIARV-S.55 (Portela do Carvalho em Seia) – Este sítio tem gravados vários Podomorfos, antropomorfos orantes, associados a covinhas e situam-se num entroncamento de rotas que vinham no sentido Este – Oeste e outras rotas os sentido Norte –Sul. Nesta área detectámos mais de 100 lajes gravadas, algumas estruturas circulares de grande dimensão e provavelmente de carácter cultual, associadas a materiais arqueológicos como discos em xisto, placas de xisto, cunhas de mineração, vários fragmentos de moldes de mineração em granito. Nas áreas estudadas documentou-se a possível existência de relações dos sítios da arte rupestre com marcos astronómicos, nomeadamente o Sol e a Lua. Associada à arte rupestre parece existir uma relação com a pastorícia (transumância) e mineração, (provavelmente apenas pela partilha do mesmo espaço por causa da existência das vias), facto apoiado pela recolha de artefactos ligados à actividade mineira junto de sítios de arte rupestre e associados a cursos de água podendo indiciar também a existência de “santuários”. A existência também de vários monumentos funerários indicia também esta dupla relação sobretudo a partir do Calcolítico. Estes locais situam-se quase sempre associados a vias naturais de cumeada, também usadas pela transumância, e que chegaram à época romana. As jazidas de metais da região: de estanho, cobre (Serra do Açor – Teixeira e Cebola e área de Vale Moreiro em Góis) e ouro (Góis, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra) terão tido um papel de grande importância, para a existência de rotas comerciais e de escoamento de produtos. Estes factores ajudam também desta forma a explicar a riqueza e a quantidade de sítios de arte rupestre, nesta área do centro de Portugal.

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BIBLIOGRAFIA

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