Daoismo e Migração: imigração taiwanesa como início do Daoismo no Brasil (resumo)

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  Nome: Marilda Aparecida Menezes | Ana Keila Pinezi  Instituição: UFABC  E­mail: ​ [email protected]   

A conversão religiosa entre mulheres migrantes nordestinas em São Paulo   

Esse  trabalho  tem  como  objetivo  analisar a conversão religiosa entre  mulheres migrantes de origem  rural  da  região  Nordeste  do  Brasil  que  residem  em  bairros  populares  da  região  metropolitana  do  Estado  de  São  Paulo,  Brasil.  Por  conversão  religiosa  entendemos não apenas a mudança da  filiação  religiosa  mas  também  as  transformações  da  prática  e  das  crenças  religiosas.  Destacamos  a  conversão  do  catolicismo  para  religiões  pentecostais  e  o  significado  da  instituição  religiosa  na  construção  identitária  dessas  mulheres  migrantes.  Considerando  a  ideia  de  que  a  adesão  religiosa  torna­se  para  os  migrantes  um  importante  espaço  de  acolhimento  e  de  vinculação,  como  apontam  vários  teóricos  sobre  o  tema,   este  trabalho  visa  compreender  como mulheres migrantes nordestinas  em  São  Paulo  constroem  sua  identidade  a  partir  da  adesão  a  uma  nova  religião.  A  análise  se  fundamentará  na  experiência  de  mulheres  migrantes  procedentes da região nordeste do Brasil e que  se  tornaram  evangélicas  pentecostais,  membros  da  Igreja  Avivamento  Bíblico,  localizada  em  um  bairro  de  concentração  de  nordestinos  na  fronteira  entre  São  Caetano  do  Sul  (uma  das  cidades  da  região  do  ABC  paulista)  e  São  Paulo.   Pretende­se  privilegiar  as  relações  entre   migração,  gênero  e  religião  e  refletir  sobre  os  diversos sentidos que essas relações oferecem aos indivíduos, neste caso,  as  mulheres,  que  vivenciam  condições  de  vulnerabilidade  e  processos  de  mudanças  e  transformações  não  só  no  âmbito   territorial,  mas  de  novos  arsenais  simbólicos  com  os  quais  tem  que  lidar  e  interpretar  em  situação  de  migração,  além  da  necessidade  de  encontrar  novos  espaços  sociais para a sobrevivência material e imaterial e para o reconhecimento social.       

Nome: Matheus Oliva da Costa  Instituição: PUC­SP  E­mail: ​ [email protected]   

Daoismo e Migração: imigração taiwanesa como início do Daoismo no Brasil   

Existe  uma  relação  entre  Daoismo  e  Brasil  desde  a  metade   do   século  XX,   mas  que  se  limitava  na  leitura  e  divulgação  de  textos.  É  somente  com  a  chegada  de  imigrantes  chineses  vindos de Taiwan  que  podemos  dizer  que o Daoismo chega ao Brasil enquanto uma tradição viva. O tipo de imigrante  vindo  de  Taiwan  se  caracterizava  por  já  ter  conhecimentos  profissionais,  entre  eles,  práticas  e  conhecimentos  tradicionais  chineses.  Neste  estudo  vamos  mostrar  como  e  quais  manifestações  daoistas  tradicionais  chegaram  ao  Brasil,  mais  especificamente,  em   São   Paulo  e  no Rio de Janeiro.  O  objetivo  é contextualizar histórico e sociologicamente a presença daoista que aqui chegou através  de  imigrantes  taiwaneses.  Para  isso,  foi  realizado  levantamento  de  bibliografia  especializada  em  Daoismo e migração chinesa, bem como, pesquisa em fontes primarias (escritas e orais). A pesquisa  mostrou  que  foram  dois  imigrantes  vindos  de  Taiwan  na  década  de  1970,  Wu  Jyh  Cherng  e  Liu  Pailin,  que  formaram   os  primeiros  grupos  daoistas  do  Brasil.  O  grupo  ligado  a  Wu  é  a  Sociedade  Taoista  do  Brasil,  fundada  em  1991,  com  sede  no  Rio  de  Janeiro  e  São  Paulo,  ligados  principalmente  ao  Daoismo  da  Ortodoxia  Unitária  (Zhengyi).  Há  vários  grupos  que  seguem   o   legado  de  Liu,  todos  tendo  como  carro  chefe  a  prática  chamada  taiji  Pailin, ligados principalmente  ao  Daoismo  da  Completa  Perfeição  (Quanzhen).  Estes  grupos  são  formados  majoritariamente  por  brasileiros/as, em especial  mulheres adultas, mas liderados por homens em sua maioria. Além disso,  um  templo  tradicional  chinês  foi  construído  no  bairro  Parelheiros  em  São  Paulo,  cumprindo  um  demanda  étnica  dos  imigrantes,  o  templo  Guanyin,  com  dois  pavilhões.  Neste  templo  são  encontrados  elementos  tradicionais  daoistas  e  de  religião  popular  chinesa,  como  consultas  oraculares, divindades daoistas, e oferendas feitas por imigrantes chineses de diferentes origens.    8 

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