Das Alternativas à Modernidade, ou Modernidades Alternativas: a Tradição, a Crítica e as Representações da Modernidade e do seu Avesso em Baudelaire, Nietzsche e Lovecraft.

July 5, 2017 | Autor: Alexandro Neundorf | Categoria: Modernidade, Modernidad
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

PIBIC/PIBITI - 2014/15 (ALEXANDRO NEUNDORF)

DAS ALTERNATIVAS À MODERNIDADE, OU MODERNIDADES ALTERNATIVAS: A TRADIÇÃO, A CRÍTICA E AS REPRESENTAÇÕES DA MODERNIDADE E DO SEU AVESSO EM BAUDELAIRE, NIETZSCHE E LOVECRAFT.

PROJETO DE PESQUISA DO PROFESSOR ORIENTADOR PIBIC 2014 – 2015

Curitiba Março de 2014

SUMÁRIO 1.

Introdução ............................................................................................ 1

2.

Objetivo ............................................................................................... 6

3.

Método................................................................................................. 6

4.

Cronograma ......................................................................................... 6

5.

Referências ......................................................................................... 9

Projeto de pesquisa (Plataforma Lattes)

PIBIC 2014-2015 – Projeto de Pesquisa do Professor Orientador

1. INTRODUÇÃO Com o fim da Idade Média, temos o início da chamada Era Moderna. Como um processo de extensas modificações, nas mais variadas facetas da vida humana, a modernidade consolida-se com a Revolução Industrial e com a firmação do capitalismo, abrindo frente, a partir de então, para variadas propostas reflexivas e de crítica. Neste quadro, verificamos a emergência de propostas vinculadas à progressão da modernidade e dos processos de modernização, além de propostas críticas ao fenômeno e propostas paralelas e alternativas. Desde o século XIX, e especialmente a partir de sua segunda metade, além da progressão do fenômeno da modernidade, assistia-se igualmente a um processo de modernização, principalmente, das grandes metrópoles e capitais: ampliação das relações capitalistas de trabalho, aliado a um projeto de racionalização de todas as esferas da vivência humana; a modernidade “como difusão dos produtos da atividade racional, científica, tecnológica, administrativa” 1,

“é una e é diversa. Una, enquanto matriz civilizadora; diversa, em sua

configuração histórica. Industrialização, urbanização, tecnologia, racionalização são rastros que penetram em todas as modernidades”. 2 O que reúne Howard Phillips Lovecraft, Charles Baudelaire e Friedrich Nietzsche, nomes tão dispares e multidimensionais, em um mesmo projeto reflexivo, é exatamente o fato de esses autores trabalharem, em algum sentido, com a modernidade e os processos de modernização em seu horizonte de expectativas. O objetivo principal deste projeto busca a compreensão de como esses três autores operam com relação à modernidade, ora como críticos partícipes do fenômeno, ora como proponentes de alternativas, ora como fomentadores de uma tradição anterior à modernidade. Em um sentido mais específico, os objetivos recaem nas representações que Baudelaire, Nietzsche e Lovecraft produzem e

1

TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. 4ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997, p. 17.

2

ORTIZ, Renato. Introdução. In: Modernidad y Espacio: Benjamín en París. Buenos Aires: Editorial

Norma, 2000, p. 09, tradução livre.

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operam acerca da modernidade e dos processos de modernização, principalmente no século XIX, em um período entre 1850 e 1900. A discussão sobre o tema da modernidade (e também da modernização) é amplo e pluridisciplinar, abrangendo áreas de estudos tão distintas como a arquitetura, a literatura, as artes plásticas, o planejamento urbano, a filosofia e a história, etc. 3 Em termos de contexto histórico, certamente que o processo de modernização e o problema da modernidade – e todas as suas facetas – teve um impacto direto em Baudelaire, em suas reflexões e produção intelectual. Ao mesmo tempo, Baudelaire pode ser visto como o protótipo da relação futura, às vezes antinômica, entre a figura do “intelectual” e do poeta simbolista: se o intelectual é aquele que participa da arena pública, discutindo questões do seu tempo, como uma espécie de guardião moral, boa parte dos simbolistas, voltados para o mundo privado e íntimo, são o oposto do intelectual. Mas há de se considerar também o papel que Baudelaire detém como fomentador de uma atitude crítica, combativa e de embate, de defesa de certos valores e princípios éticos

(pelo

menos

no

âmbito

discursivo),

sendo

principalmente

seus

posicionamentos críticos com relação ao movimento de modernização de Paris e o

3

Sugere-se: Vadé, Yves (Org.). Ce que modernité veut dire. Volume 1. Bordeaux: Presses Univ. de

Bordeaux, 1994; Frascina, Francis (Org.). Modernidade e Modernismo: Práticas e Debates. São Paulo: Cosac Naify, 1998; Touraine, Alain. Crítica da Modernidade. 4ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997; Habermas, Jurgen. O discurso filosófico da modernidade. Lisboa: 1990; Mayer, Arno J. A Força da Tradição: a persistência do Antigo Regime (1848-1914). São Paulo: Companhia das Letras, 1990; Bauman, Zygmunt. Modernidade Líquida. 1ª ed. Rio de Janeiro: J. Zahar Ed., 2001; Ortiz, Renato. Cultura e modernidade: a França no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1991; Benjamin, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Obras escolhidas. Vol. III. São Paulo: Brasiliense, 1994; Benjamin, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006; Berman, Marhall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1985; Bourdieu, Pierre. As Regras da Arte: Gênese e Estrutura do Campo Literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996; Perrone-Moisés Leyla. Altas literaturas: escolha e valor na obra crítica de escritores modernos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

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fenômeno da modernidade, aspectos essenciais para a eclosão da figura do intelectual no fim do século. Baudelaire nunca deixou de escrever com fins literários, poesia ou prosa, mas foi, até certo ponto, compelido (por razões financeiras) a rechear sua produção com outros trabalhos, de crítica, ensaios de cunho filosófico, moralizantes, biográficos. E é nesse caso que Baudelaire é considerado por muitos como um verdadeiro precursor: da crítica de cultura, de um discurso que diz a modernidade, da visão elaborada do pessimismo que sombreou o fim do século, da proposta refinada de arte que vingou em expressões artísticas vindouras. Além de ser um crítico da modernidade que se conformava e abocanhava

o

seu

mundo,

era

também

partícipe

dos processos

que

caracterizaram a modernidade e a modernização parisiense:

Os jardins de que se fala no poema como "os nossos" são aqueles abertos ao citadino cuja ansiedade vagueia, em vão, em torno dos grandes parques fechados. O público que passeia neles não é exatamente o mesmo que rodeia o flâneur. “Seja qual for o partido a que se pertença”, escreveu Baudelaire em 1851, “é impossível não ficar emocionado com o espetáculo desta população doentia, que engole a poeira das fábricas, que inala partículas de algodão, que deixa penetrar seus tecidos pelo alvaiade, pelo mercúrio e por todos os venenos necessários à realização das obrasprimas... Essa população espera os milagres a que o mundo lhe parece dar direito; sente correr sangue purpúreo nas veias e lança um longo olhar carregado de tristeza à luz do sol e às sombras dos grandes parques”. Essa população é o pano de fundo, no qual se destaca a silhueta do herói. Para este quadro, Baudelaire escreveu uma legenda a seu modo: a expressão la modernité. 4 Baudelaire viveu o momento de consolidação da modernidade na França, ao menos em sua faceta mais direta e objetiva: na transformação visual dos espaços – com as reformas urbanísticas –, na alteração das relações sociais –

4

Benjamin, Walter. A modernidade e os modernos. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

2000, p.11-2.

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com o individualismo e as multidões urbanas – e no desenvolvimento e implementação da técnica e da tecnologia aos usos do homem comum –, com os avanços na iluminação pública, no uso de máquinas para diferentes finalidades, aos ganhos de agilidade das comunicações com o telégrafo, etc. Tais modificações foram a expressão de mudanças mais profundas, ocorridas no âmbito da cultura, das relações entre as pessoas, das mentalidades. A Revolução Francesa havia disseminado os ideais iluministas: a racionalidade como mestra da ação humana; a justiça, a liberdade e a igualdade, como chavesde-sentido e lemas morais; o Estado dotado de uma alma racional, conduzindo a sociedade rumo ao progresso. A Revolução Industrial havia estabelecido as bases para a suposta obtenção da felicidade humana pela racionalização do trabalho e da produção. Nesses termos, a trajetória produtiva de Baudelaire como homem de letras e protagonista do seu tempo, transcorreu de maneira ambivalente em relação a essas pressões transformadoras: de um lado, ele pareceu aceitar parte dessas transformações; de outro, foi um crítico feroz de algumas mudanças. De toda forma, procuramos tratar essas ambivalências e relações que Baudelaire construiu com seu momento histórico nos capítulos que seguem. Analogamente ao dito acima, tanto Lovecraft como Nietzsche também operaram de maneiras plurais com relação ao fenômeno da modernidade e suas linhas de força modernizadoras. Lovecraft calcava-se em uma busca pela tradição, pelo antigo, pelo passado colonial, arcaico, da Nova Inglaterra.

Era descendente de duas aristocráticas famílias anglo-saxãs – Phillips e Lovecraft –, das mais antigas da Nova Inglaterra: o avô e as tias de Lovecraft, os parentes mais próximos e que mais o influenciaram, afirmavam conhecer a genealogia de ambas até o lendário Mayflower, navio que trouxe os fundadores das treze colônias que dariam origem ao país. Esse dado é de importância quase incomensurável para compreender-se a obra de Lovecraft. Ele comungava com absoluta fé dos valores aristocráticos de sua família e de sua estirpe, e, ainda que um racionalista e ateu convicto, a cosmovisão dos protestantes puritanos (desconfiada para 4

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com o outro, fascinada e ao mesmo tempo horrorizada diante do macabro) é patente em suas narrativas: todos os nãoanglo-saxões são representados com desconfiança ou hostilidade aberta e o universo é uma imensidão repleta de horrores, ávidos por levarem o homem a um destino terrível. 5

Enquanto isso, Nietzsche, pelo próprio contexto em que viveu, na Alemanha recém unificada, integrou-se à uma abordagem paralela e alternativa da modernidade. Ou então, em uma crítica total da modernidade:

Além do bem e do mal possui um caráter programático, explicitado posteriormente em Ecce homo: trata-se, para Nietzsche, de realizar uma “crítica da modernidade”. Essa proposta se materializa em uma oposição deliberada aos valores da época moderna, em seus aspectos filosóficos, científicos, artísticos, religiosos e políticos. Em termos filosóficos, o livro consiste em uma análise global da tradição metafísica ocidental, desde Platão, inserida em uma narrativa histórica que desembocará nos conceitos centrais da modernidade. A marca comum da metafísica ocidental, segundo Nietzsche, é sua natureza dogmática. Por dogmatismo ele entende a postulação de um âmbito transcendente à experiência, aceito incondicionalmente: “o pior, mais duradouro e perigoso de todos os erros até então foi um erro dogmático, ou seja, a invenção platônica do espírito puro e do bem em si”. 6 O projeto justifica-se, ao nosso ver, pela necessidade de compreensão do nosso próprio mundo hodierno, envolvido pela modernidade e pelos processos que dela emergem ou emergiram, além da discussão sobre o que caracterizaria tal fenômeno da modernidade: se suas linhas de força estaria saturadas, debeladas, sobrepujadas (como querem os teóricos da pós-modernidade); se assistimos à sua reestruturação.

5

BEZARIAS, Caio Alexandre. A Totalidade pelo Horror – O Mito na Obra de Howard Phillips

Lovecraft. São Paulo: Annablume, 2010, p. 08-9. 6

ITAPARICA, André Luís Mota. Crítica à modernidade e conceito de subjetividade em Nietzsche.

In: Estudos Nietzsche, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 59-78, jan./jun. 2011, p.60.

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2. OBJETIVO Em um sentido geral, o objetivo principal deste projeto busca a compreensão de como esses três autores operam com relação à modernidade, ora como críticos partícipes do fenômeno, ora como proponentes de alternativas, ora como fomentadores de uma tradição anterior à modernidade. Em termos mais específicos, os objetivos recaem nas representações que Baudelaire, Nietzsche e Lovecraft produzem e operam acerca da modernidade e dos processos de modernização, principalmente no século XIX, em um período entre 1850 e 1900.

3. MÉTODO Em primeiro lugar, faz-se necessário a reflexão acerca de alguns conceitos basilares

para

esta

pesquisa,

além

de

abordagens

historiográficas

e

metodológicas. Preliminarmente, o conceito principal para as reflexões a serem desenvolvidas aqui, é o de campo. Em se tratando de “campo”, Roger Chartier nos dá uma explicação geral sobre a concepção:

os campos, segundo Bourdieu, têm suas próprias regras, princípios e hierarquias. São definidos a partir dos conflitos e das tensões no que diz respeito à sua própria delimitação e construídos por redes de relações ou de oposições entre os atores sociais que são seus membros. 7 Mas também podemos pensá-lo conforme o próprio Pierre Bourdieu o formula: “o campo, no seu conjunto, define-se como um sistema de desvio de níveis diferentes e nada, nem nas instituições ou nos agentes, nem nos actos ou

7

CHARTIER, Roger. Pierre Bourdieu e a história – debate com José Sérgio Leite Lopes. Palestra

proferida na UFRJ, Rio de Janeiro, 30 abr. 2002, p. 140.

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nos discursos que eles produzem, têm sentido senão relacionalmente, por meio do jogo das oposições e das distinções”.

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Para Bourdieu, um campo pode ser

definido, em termos analíticos, “como uma rede ou uma configuração de relações objetivas entre posições”. 9

Essas posições são definidas objetivamente em sua existência e nas determinações que elas impõem aos seus ocupantes, agentes ou instituições, por sua situação (situs) atual e potencial na estrutura da distribuição das diferentes espécies de poder (ou de capital) cuja posse comanda o acesso aos lucros específicos que estão em jogo no campo e, ao mesmo tempo, por suas relações objetivas com outras posições (dominação, subordinação, homologia etc.). Nas sociedades altamente diferenciadas, o cosmos social é constituído do conjunto destes microcosmos sociais relativamente autônomos, espaços de relações objetivas que são o lugar de uma lógica e de uma necessidade especificas e irredutíveis às que regem os outros campos. Por exemplo, o campo, artístico, o campo religioso ou o campo econômico obedecem a lógicas diferentes. 10 Em segundo lugar, tratando especificamente dos métodos e abordagens para essa pesquisa, é conveniente explicitar o que a História Intelectual propõe para a análise das trajetórias intelectuais, dos lugares de desenvolvimento, encontro e sociabilidades; da mesma forma, a abordagem que enfatiza a análise das transferências culturais, também foca reflexão em vários fenômenos, tais como o de hibridização, circulação e recepção. Em um primeiro momento, este trabalho se insere no âmbito, amplo, dos estudos de história sociocultural, na medida em que não só privilegia a formação e vicissitudes de um fenômeno cultural específico, mas também as fundações sociais que apoiam tal fenômeno. Em outros termos, ao mesmo tempo em que se

8

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 179.

9

BOURDIEU, Pierre. Apud: BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições sobre a sociologia de Pierre

Bourdieu. Petrópolis: Vozes, 2005, p.60. 10

BOURDIEU, Pierre. Apud: BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições sobre a sociologia de Pierre

Bourdieu. Petrópolis: Vozes, 2005, p.60.

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tem em vista a ocorrência e o desenvolvimento histórico dos campos intelectual e literário africano, também se procura ancorá-lo nos sujeitos que permitiram sua existência e que, de fato, tornaram-no algo encarnado no mundo. Como iremos pormenorizar nesta pesquisa, a própria noção de “cultura” traz consigo a condição sine qua non de suas fundamentações sociais. Se, nos termos de uma fenomenologia dos processos culturais, podemos orientar nosso foco para o “como” da formação do fenômeno cultural, além de suas vicissitudes, transformações e reverberações posteriores, também podemos, já no esteio da chancela “social”, focalizar não somente as biografias e trajetórias de cada um desses sujeitos, mas também a inserção e imersão destes nos variados grupos e espaços sociais a que cada um se vinculou, mas também os graus de afinidade entre estes sujeitos e de participação nesses diferentes espaços, etc. Circunscrevendo mais nosso âmbito de verificação, poderíamos dizer que efetuamos aqui um estudo sobre a dinâmica da cultura, de tal forma que noções como

as

de

produção,

circulação,

interação,

apropriação,

transmissão,

bricolagem, hibridização, entre outras, revelam não somente o caráter móbil, interativo, adaptativo e transformativo da cultura, sob o qual operamos, mas também a ênfase nas práticas que promovem esse movimento no seio cultural, e a importância que o foco nas ideias, modelos, visões de mundo, recebem aqui. Por fim, e afunilando esse posicionamento de competência para este trabalho, executamos com maior especificidade um estudo de história intelectual, uma vez que nos debruçamos sobre sujeitos que tomaram uma posição de protagonismo intelectual nas questões que os afligiam e que afetavam seu espaço de atuação. Em um sentido mais específico, próprio desta abordagem, a história intelectual nos fornece as ferramentas necessárias para a análise de nosso objeto.

[...] a história intelectual se afirmou como uma área de pesquisa das ciências humanas, tendo por ambição principal elucidar a formação, a produção, a circulação e a recepção das ideias e dos conhecimentos. Apreender tanto as ferramentas de análise como os mecanismos de 8

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transposições intelectuais constitui, por consequência, seu objeto de estudo. 11

4. CRONOGRAMA Atividades Revisão de fichamentos e fontes

literatura, análise de

Elaboração de artigo e/ou comunicação em evento científico (período janela)

2014

2015

AGO.

SET.

OUT.

NOV.

DEZ.

JAN.

FEV.

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Relatório Parcial

X

Análise dos resultados e publicação de artigo e/ou comunicação em evento científico (período janela)

X

MAR.

ABR.

MAIO

JUN.

JUL.

X

X

X

X

X

X

X

Relatório Final

5. REFERÊNCIAS ARENDT, H. A Condição Humana. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. BAKHTIN, Mikhail. Questões de Literatura e de Estética (A teoria do romance). 5 ed. São Paulo: Hucitec-Annablume, 2002. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. 1ª ed. Rio de Janeiro: J. Zahar Ed., 2001. BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Obras escolhidas. Vol. III. São Paulo: Brasiliense, 1994. BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. BERMAN, Marhall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1985.

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RODRIGUES, Helenice. Apresentação. História: Questões & Debates, Curitiba, Editora UFPR, n.

53, jul./dez. 2010, p.01.

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BEZARIAS, Caio Alexandre. A Totalidade pelo Horror – O Mito na Obra de Howard Phillips Lovecraft. São Paulo: Annablume, 2010. BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições sobre a sociologia de Pierre Bourdieu. Petrópolis: Vozes, 2005. BOURDIEU, Pierre. Apud: BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições sobre a sociologia de Pierre Bourdieu. Petrópolis: Vozes, 2005. BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte: Gênese e Estrutura do Campo Literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. CESAROTTO, Oscar. No olho do outro. São Paulo: Iluminuras, 1996. CESERANI, Remo. O fantástico. Curitiba: Ed. UFPR, 2006. CHARTIER, Roger. Pierre Bourdieu e a história – debate com José Sérgio Leite Lopes. Palestra proferida na UFRJ, Rio de Janeiro, 30 abr. 2002. DE CAMP, L. Sprague. Lovecraft: A Biography. Ballantine Books: New York, 1975. FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Fragmentos, Florianópolis, nº 17, p. 77-93, jul. 1999. FRASCINA, Francis (Org.). Modernidade e Modernismo: Práticas e Debates. São Paulo: Cosac Naify, 1998. HABERMAS, Jurgen. O discurso filosófico da modernidade. Lisboa: 1990. HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. Tradução de Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. ITAPARICA, André Luís Mota. Crítica à modernidade e conceito de subjetividade em Nietzsche. In: Estudos Nietzsche, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 59-78, jan./jun. 2011. JOSHI, S. T. A Dreamer and a Visionary: H. P. Lovecraft in his Time. Liverpool University Press: Liverpool, 2001. JOSHI, S. T. A Subtler Magik: The Writings and Philosofy of H.P. Lovecraft. Wildside Press: New Jersey, 1999. JOSHI, S. T. Primal Sources: Essays on H. P. Lovecraft. Wildside Press:New Jersey, 2003. KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado. Contribuições à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto; Ed. PUC -Rio, 2011.

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LARGE, D. “‘Nosso Maior Mestre’: Nietzsche, Burkhardt e o conceito de cultura”. Cadernos Nietzsche, n° 9 (2000), p. 3-39. LOVECRAFT, H. P. A casa das bruxas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983 LOVECRAFT, H. P. A cor que caiu do céu. São Paulo: Iluminuras, 2003. LOVECRAFT, H. P. A maldição de Sarnath. São Paulo: Iluminuras, 1998. LOVECRAFT, H. P. À procura de Kadath. São Paulo: Iluminuras, 1998. LOVECRAFT, H. P. A tumba e outras histórias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 199. LOVECRAFT, H. P. Dagon. São Paulo: Iluminuras, 2001. LOVECRAFT, H. P. Letters Volume 2: Letters from New York. Edi. S.T. Joshi & David E. Schultz. San Francisco, CA e Portland, or: Night Shade Books; 2005. LOVECRAFT, H. P. O caso de Charles Dexter Ward. Porto Alegre: L&PM Editores, 1988. LOVECRAFT, H. P. O horror em Red Hook. São Paulo: Iluminuras, 2000. LOVECRAFT, H. P. Selected Letters II (1925-1929). Ed. August Derleth e Donald Wandrei. Sauk City: Arkham House Publishers, 1968. LOVECRAFT, H. P. Selected Letters III (1929-1931). Ed.August Derleth e Donald Wandrei. Sauk City: Arkham House Publishers, 1998. LOVECRAFT, H. P. Selected Letters IV (1932-1934). Ed. August Derleth e James Turner. Sauk City: Arkham House Publishers, 1976. LOVECRAFT, H. P. Um sussurro nas trevas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983. LOVECRAFT, H.P. O Horror Sobrenatural em Literatura. São Paulo: Iluminuras, 2008. LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno. 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. MARQUES, Reinaldo. A escrita fantástica de “O Gato Preto”: a máquina do terror. MARTINS, A. S. O Chamado de Cthulhu: O Naturalismo Fantástico de Howard Philips Lovecraft e a Transformação do Conto de Horror no Século XX. Fragmentos (Florianópolis), v. 1,n. 1, p. 169-181, 2006.

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MAYER, Arno J. A Força da Tradição: a persistência do Antigo Regime (18481914). São Paulo: Companhia das Letras, 1990. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm.

A vontade de poder. Rio de Janeiro:

Contraponto, 2008. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Crepúsculo dos ídolos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Obras incompletas. São Paulo: Nova Cultural, 1991. (Coleção Os Pensadores). NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. ORTIZ, Renato. Cultura e modernidade: a França no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1991. ORTIZ, Renato. Modernidad y Espacio: Benjamín en París. Buenos Aires: Editorial Norma, 2000. PERRONE-MOISÉS, Leyla. Altas literaturas: escolha e valor na obra crítica de escritores modernos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. RODRIGUES, Helenice. Apresentação. História: Questões & Debates, Curitiba, Editora UFPR, n. 53, jul./dez. 2010. ROUANET, S. P. As razões do Iluminismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. SITE LOVECRAFT: http://geocities.yahoo.com.br/de3103/mit.htm. THE H. P. LOVECRAFT ARCHIVE: http://www.hplovecraft.com. TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. São Paulo: Perspectiva, 1992. TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. 4ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

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PIBIC 2014-2015 – Projeto de Pesquisa do Professor Orientador

VADÉ, Yves (Org.). Ce que modernité veut dire. Volume 1. Bordeaux: Presses Univ. de Bordeaux, 1994.

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