DE VOLTA PARA O FUTURO: VIDEOHACKTIVISMO [#ENREDADOS REMIX GESTOS V.3] Back to the future: Video-hacktivism [#Entangled Remix Gestures v.3

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DE VOLTA PARA O FUTURO: VIDEOHACKTIVISMO [#ENREDADOS REMIX GESTOS V.3] Back to the future: Video-hacktivism [#Entangled Remix Gestures v.3] ‫א‬

[Prof. Ph.D.] Milena Szafir profmilena[at]manifesto21.tv Submitted on March 1st, 2015

Abstract: In the current labyrinth of the multitudinous audiovisual dialogues, there is a return to the camera-stylo on these slippery debates: between noise and cinema in the tele-networks. Multitudes of "a thought that forms a form that thinks" flow [in]frequent daily interfacing our social relationships. Through the gestures between analog, electronic and digital, we dive in the audiovisual [un]making which 'engrams' our memories in the amnesia of the total database era [time]. What might be such montage [editing] aesthetics?

‫ א‬Formada pela ETESP e FAU-USP, desenvolveu dispositivos audiovisuais mesclando low & high tech. Atualmente é doutoranda no Programa de Pós Graduação em Meios e Processos Audiovisuais [ECA-USP] e professora de montagem no Curso de Cinema e Audiovisual [ICA-UFC], onde propôs, em 2013, um laboratorio [com mídias dead, old & up-to-date] para a pedagogia do filme-ensaio na cultura digital através de experimentaçoes nas linguagens do vídeo contemporaneo. Contato: profmilena [at] manifesto21.tv. @SOCINE

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[Resumo] No atual labirinto dos multiálogos audiovisuais, há um retorno às câmera-stylo em movediços diálogos: entre cine e ruído nas tele-redes. Multiplicidades de uma “forma que pensa e um pensamento que forma” que, em fluxo [in]constante, inter-faceiam cotidianamente nossas relações sociais... Quais seriam tais estéticas de montagem? De volta para o futuro, o Videohacktivismo [do analógico, eletrônico ao digital] trabalha o que engramatiza nossas memórias na amnésia dos tempos em banco-de-dados total.

[RESUMO EXPANDIDO] Ao repensarmos o Videohacktivismo (mmnehcft @ Beiguelman Blog, 2005), convido meus interlocutores a mergulharmos nos [a]fazeres do audiovisual. Em particular, nos modus operandi do Remix que, com letra maiúscula, tem em seus gestos de montagem as lógicas das linguagens que permeiam três [extra-]gêneros de nosso interesse na contemporaneidade híbrida das redes [i]materiais: filme-ensaio, political remix video [prv] e live cinema [vj'ing, live images].

Não pretendemos aqui esgotarmos qualquer problema: essas aproximações, que em si nada têm de original, servem apenas para aqui debatermos a parte descoberta de um iceberg em nossa tese “Retóricas Audiovisuais 2.1 [O filme-ensaio aliado ao vídeo-remix na cultura de banco-de-dados – ou uma prática da apropriação digital e online como fundamento dialógico-discursivo a uma reflexão e escrita auto-conscientizadora através de imagens e sons]”.

Poderíamos, ainda, fazer um caminho através dos interfaceados dispositivos – entre o analógico, o eletrônico e o digital –, onde encontraríamos uma [im]possível linearidade de evolução tecnológica referente aos procedimentos da imagem em movimento e do som. No entanto, prefiro operar através de uma ciência dos intervalos nessa

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arqueologia da montagem para averiguarmos as tangenciais technés desses modus operandi que, como estética, são provavelmente geradores de alguns estilos “autorais”.

Apresentaremos no encontro, uma série de recentes diálogos audiovisuais enredados, multiálogos midiáticos, que se propõem como agenciamentos de uma escritura da qual cada um se servirá para compor sua própria lista num encontro extra-quântico do alien freudiano engramatizado nas experiências infanto-juvenis sob os olhos de Hofmann entre Blade Runner e The Dark Crystal. E, assim, podemos imaginar o dia em que haverá uma quantidade de postos de escritura audiovisual capazes de associar antigas e novas imagens [e sons], um channel surfing circular onde será a ocasião de vermos nascer uma experiência distinta de correspondências cibernéticas!

'Stilus' (do latim) era uma espécie de ponteiro com que os antigos escreviam em tabuinhas enceradas, já que não havia computador, imprensa, pena, tinta ou lápis. Assim, do nome de um objeto com que se grafavam símbolos, /on montage/, surgiu outra concepção: os modus operandi da escrita e suas formas [des]compassadas. Para nós, a potencialidade de um 'stilus' está sempre no caminhar desse [m]unido à Estética. A Estética, sucintamente, é a ciência da experiência como ato de afecção tecno-conceitual. A grande questão está em conseguir casarmos o 'stilus' com a Estética para que as gerações vindouras possam dispor, no sentido da cultura, de espírito criticista e sensório.

Nessa esfera da montagem áudio-visual desde [ou no ou para] o online – além dos gringos Amerika, Lee, Manovich e Seaman [dentre tantos outros] –, qual o papel da obra-dispositivo projetada pelo “tupi or not tupi” de MANIFESTO21.TV? Como falar das estéticas [extra-]digitais via banco-de-dados na geração do Videohacktivismo, agora então como cidadão de primeira instância no ecossistema via HTML5? Se “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediadas por imagens [e sons]”, como proporcionarmos, então, uma aprendizagem em discursos dialógicos [as poéticas da retórica] através do empoderamento de não-especialistas nesses meios e processos audiovisuais? Ou seja, nas complexidades das

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áudio-visuais technés interessa-nos debater essas potencialidades político-estéticas às “formas de uma futura [presente] guerrilha [semiológica] da comunicação” às tele-redes que, de volta para o futuro, constituem nosso warburguiano atlas rizomático sobre tais gestos na montagem audiovisual.

Enviado em 01 de março de 2015 @ SOCINE :: Campinas – Brasil < http://www.socine.org.br/adm/ver_sem2.asp?cod=269 >, acesso em 02/02/16

Second version: November 30th, 2015.

Resumo: No atual labirinto dos multiálogos audiovisuais, há um retorno às câmera-stylo em movediços diálogos: entre cine e ruído nas tele-redes. Multiplicidades de uma “forma que pensa e um pensamento que forma” em fluxo [in]constante a interfacear cotidianamente nossas relações sociais. Gestualidades entre o analógico, eletrônico e o digital, mergulhamos nos [a]fazeres do audiovisual que engramatiza nossas memórias na amnésia dos tempos em banco-de-dados total. Quais seriam tais estéticas de montagem? Palavras-chave: Arquivo, Banco-de-Dados, Cibernética, Neo-Remix, Videogramas. As narrativas audiovisuais contemporâneas no online possuem em comum uma gestualidade da apropriação midiática para construção de multiálogos desde efeitos do “ao vivo”. Em comum, convidam-nos a ser participador: apropriar-nos daquilo que normalmente de nós se apropria ao moldar nossas memórias. Quais as especificidades desta(s) estética(s) emergente(s)? (SZAFIR, 2014)

Ao repensarmos o Videohacktivismo (mmnehcft @ Beiguelman, 2005), convidei meus interlocutores a mergulharmos nos [a]fazeres do audiovisual. Em particular, nos modus operandi do Remix que, com letra maiúscula, tem em seus gestos de montagem as lógicas das linguagens que permeiam três [extra-]gêneros de nosso interesse na contemporaneidade híbrida das redes [i]materiais: filme-ensaio, political remix video [prv] e

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live cinema [vj'ing, live images].

Não pretendemos aqui esgotarmos qualquer problema: essas aproximações, que em si nada têm de original, servem apenas para aqui debatermos a parte descoberta de um iceberg em nossa tese “Retóricas Audiovisuais 2.1 […]1” (ECA-USP, 2010-2015).

Poderíamos, ainda, fazer um caminho através dos interfaceados dispositivos – entre o analógico, o eletrônico e o digital –, onde encontraríamos uma [im]possível linearidade de evolução tecnológica referente aos procedimentos da imagem em movimento e do som. No entanto, prefiro operar através de uma ciência dos intervalos nessa arqueologia – ou cartografia – da montagem para averiguarmos as tangenciais technés2 desses modus operandi que, como estética, são provavelmente geradores de alguns estilos “geracionais”.

Ao longo dos últimos cinco anos, temos apresentado uma série de recentes diálogos audiovisuais enredados (SZAFIR, 2010b), multiálogos midiáticos, que se propõem como agenciamentos de uma escritura da qual cada um se servirá para compor sua própria lista num encontro extra-quântico do alien freudiano engramatizado nas experiências infanto-juvenis sob os olhos de Hofmann entre Blade Runner e The Dark Crystal3 (SZAFIR, 2010a). E, assim, podemos imaginar o dia em que haverá uma quantidade de postos de escritura audiovisual capazes de associar antigas e novas imagens e sons (BELLOUR, 1997), um channel surfing (SZAFIR, 2013b) circular onde será a ocasião de vermos nascer uma experiência distinta de correspondências cibernéticas!

Stilus (do latim) era uma espécie de ponteiro com que os antigos escreviam em tabuinhas enceradas, já que não havia computador, imprensa, pena, tinta ou lápis. Assim, do nome de um objeto com que se grafavam símbolos, in

1 “[Ensino & Aprendizagem Compartilhada: passado, presente, futuro ou Por uma arqueologia-cartografia da montagem]” 2 Diferentemente do operado por Heidegger (GUATTARI, 2006) 3 Titulado no Brasil como “O Cristal Encantado”.

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montagem, surgiu outra concepção: os modus operandi da escrita e suas formas [des]compassadas. Para nós, a potencialidade de um stilus está sempre no caminhar geracional [m]unido à estética. A estética, sucintamente, é a ciência da experiência como ato de afecção tecno-conceitual. Nossa grande questão seria conseguirmos um entrelaçamento entre o stilus e estética – techné – para que as futuras gerações possam dispor, no sentido da cultura, de espírito crítico e sensorial.

Nessa esfera da montagem áudio-visual desde [ou no ou para] o online – além dos gringos Amerika, Lee, Manovich e Seaman [dentre tantos outros] –, qual o papel da obra-dispositivo 4 projetada pelo “tupi or not tupi” de MANIFESTO21.TV? Como falar das estéticas [extra-]digitais via banco-de-dados na geração do Videohacktivismo, agora então como cidadão de primeira instância no ecossistema via HTML5? Se “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediadas por imagens [e sons]” (DEBORD, 1996), como proporcionarmos, então, uma aprendizagem em discursos dialógicos [as poéticas da retórica] através do empoderamento de não-especialistas nesses meios e processos audiovisuais? Ou seja, nas complexidades das áudio-visuais technés interessa-nos debater essas potencialidades político-estéticas às “formas de uma futura [presente] guerrilha [semiológica] da comunicação” (ECO, 1984) às tele-redes que, de volta para o futuro, constituem nosso warburguiano atlas rizomático sobre tais gestos na montagem audiovisual.

Pós apresentação nessa Socine, aproveito o presente artigo como uma continuidade em respostas aos meus interlocutores5 in locu. Dessa maneira, cada subtítulo do presente texto torna-se uma possível resposta a tais participadores. Obrigada! :)

4 The Memmory Game Mashup (aka YouToRemix, v. 5.5.1) 5 Chamo aqui de “interlocutores” aqueles colegas que participaram com questões durante o debate da mesa na qual eu fui locada. Tais questões foram de imenso valor, feedbacks.

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Proto- e Pós-Remix [remixes algorítmicos: a poética da máquina]6 Questão-síntese: o banco-de-dados como gênero cinematográfico. A cultura digital deve ser compreendida não pela mera utilização das chamadas “novas mídias”, mas sim como uma operacionalização que visa problematizar estes meios [dispositivo-sistema] no qual pertencem seus complexos processos criativos. É nesta cultura que se insere a prática do remix: um jogo da “arte” [re]combinatória – des espaces d'ensamblage –, desde dados [elementos] disponíveis. Assim, uma cultura genuinamente digital [ou do remix] necessita ter em suas bases de criação uma estratégia crítica e de resistência.

Back to the future, retomamos as questoes relacionadas às “estéticas dos dialogos [audio-]visuais através das memorias afetivas em fluxo” (SZAFIR, 2014). A reflexão primeira sobre os trabalhos artísticos, em sua maioria desenvolvidos ao longo dos últimos cinco anos, os tratava como procedimentos de vídeo-remix desde o aleatório [randômico], em processos de indexação – tagueamento 7 –, tendo o programa como agenciador e o internauta como um proto-jogador flusseriano (SZAFIR, 2011). Sumariamente, estéticas que se configuram desde as habituais práticas de banco-de-dados na contemporânea internet em seu caminho primeiro e preponderante [sistemas de busca e algoritmos em remix]. Em comum estes dispositivos convidam o usuário-espectador a se tornar [quase-]participador: apropriar-se daquilo que normalmente de nós se apropria ao moldar nossas memórias afetivas.

Sob o conceito de “clouding audiovisual aesthetics” (o estado-da-arte do vídeo digital em nuvem), estabeleci três diferenciações desde tal paradigma do remix audiovisual no online: “proto-remix”, “pós-remix” e “neo-remix”. Ou seja, até o momento, três são as classificações referentes às experimentações em net-arte que remixam material online. O dispositivo-obra (ou plataforma-aplicativo) “The MGM 8” – inserido no desenvolvimento da quinta 6 Trecho do capítulo “Samplers [Cloud & Looping Protocols]” em minha tese de doutorado. Agradeço a oportunidade desse insert na apresentação de 23/10/2015 ao feedback de Tiago Lucena (Unicesumar). 7 O processo de tagueamento – uma pré-existente indexação nos bancos-de-dados da rede que permite a busca nos Search Engine de cada repositório (e/ou plataforma-aplicativo) – é parte da primeira instância às Retóricas Audiovisuais desde o online. 8 Ver nota#6

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versão (2014) de YouToRemix (2010-2015) – configura-se como uma mescla – mashup – desses três modelos atualmente existentes na rede.

Ilustração 1: The MGM, captura de tela, out/2015

O trabalho de edição: processos [ensino e aprendizagem]9 Questão-síntese: metodologias via online vídeos O que nos interessa aqui é a noção de jogo com os dados pré-existentes a partir de uma prática já habitual não apenas dos jovens já nascidos na cultura digital. A cultura digital tendo como base a criatividade [críticoreflexiva] a partir do jogo de permutação, as estéticas do banco-de-dados. O jogo da permutação existe através dos atributos poéticos da recombinação, em que a metáfora da geração molecular lhe é central. Seaman (2007) sugere a relação poética do sistema genético DNA ao trabalho de Burroughs e relembra que o próprio Eisenstein falava de 'genética' ao tratar dos métodos de montagem cinematográfica.

Com o maior acesso sócio-econômico aos computadores pessoais e com o aumento das conexões, cresce a

9 Trecho do capítulo “Technés [Jogos :: Desafios]” em minha tese de doutorado. Agradeço a oportunidade desse insert na apresentação de 23/10/2015 ao feedback de Maíra Bosi (UFRJ).

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acessibilidade aos arquivos de vídeo e áudio disponibilizados pela extrema ubiquidade do extenso banco-de-dados online. Surge, assim, uma proliferação de práticas de remix e mashup. Dessa maneira, passei os quatro anos de doutorado ensinando meus alunos a “backupearem” a internet para o complexo processo da escrita audiovisual.

Auferir o empoderamento da escritura audiovisual através de uma metodologia de alfabetização a nãoespecialistas para mim é um ato político de prática avançada desde o paradigma debordiano. Como operar esses agenciamentos simbólicos?

A escolha de dois aplicativos mainstream, ao invés de um alternativo como o extinto Jay Cut ou o Mix and Mash (SZAFIR, 2009), se deu em virtude de que tanto o YouTube Editor quanto o Popcorn Web Maker correspondiam à noção de “rastros” [linkagem], bastante similar ao dispositivo-plataforma proposto como hipótese-mote ao doutorado (2010b10); ou seja, não necessitando uploadar qualquer vídeo para dentro do próprio editor online. As primeiras experiências – assim como os testemunhos dos alunos – foram brevemente publicadas em um curto artigo meu, do primeiro semestre de 2013.

Web-vídeos e o videohacktivismo11 Questão-síntese: o imediatismo das imagens [sempre ele!] engramatizam – no duplo sentido desse meu neologismo – a memória coletiva. [O] aparelho de produção e publicação pode assimilar uma surpreendente quantidade de temas revolucionários, e até mesmo propagá-los, sem colocar seriamente em risco sua própria existência e a existência das classes que o controlam. (…) Defino o escritor rotineiro12 como o homem que renuncia por princípio a modificar o aparelho podutivo a fim de romper sua ligação com a classe dominante, em benefício do socialismo. … A questão é a seguinte: a quem serviu essa técnica? (BENJAMIN, 1996)

10 Ver também meu artigo publicado nos Anais do European Interactive Television Conference no mesmo ano (2010c) 11 Trecho do capítulo “Anima Pathema [Live Streaming]” em minha tese de doutorado. Feedback Bráulio Neves (PUC-MINAS). 12 “And I define a hack as a man”

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Testemunhamos a Web 2.0 na cultura digital como desenhando-se sob um jogo cibernético-romântico onde, de acordo ainda à Galloway (2006), co-existem as leis universais de trocas protocolares lógicas [ protocological exchanges]; a atomização desordenada através de topologias complexas entre disseminação e agregação – vírus – que resultam como incríveis forças de vitalidade 'emergente' [epidemia].

O espetáculo hoje é um coquetel de influências metodológicas, que se dá ubíqua e pervasivamente sob a alegoria da vigilância-controle: a interface faz uma pergunta na qual já nos sugere uma resposta. Quando ingredientes românticos encontram-se nesse jogo, das mediadas [tele-]conexões, emerge uma cibernética estética do sublime, dando sequência ao que Burke desenhara há dois séculos.

Sabemos, ainda, que as Retóricas Audiovisuais nascem do encontro entre a poética e o projetar. Nessa techné, a montagem [composição] visa o direito à expressão: o hackeamento dos meios e processos audiovisuais – entre o ver, o agir e o ser visto; seria esse o sentido de videohacktivismo 13?

Referências BELLOUR, R. Entre-Imagens. Campinas: Papirus, 1997. BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1996. DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. São Paulo: Contraponto, 1997. ECO, U. Viagem na Irrealidade Cotidiana. São Paulo: N.Fronteira, 1984. FLUSSER, V. Television Image and Political Space in the Light of the Romanian Revolution [07-abril-1990]. In: PETERNÁK, M.; ZIELINSKI, S. (eds.) “We shall survive in the memory of others”. DVD, 2010.< http://vimeo.com/38742091 >, último acesso em 27/outubro/2014. GALLOWAY, A. Debord's nostalgic algorithm. Culture Machine, 2009. GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Ed. 34, 2006. SEAMAN, B. Recombinant Poetics[...] In: VESNA, V.(ed) Database Aesthetics: Art in the Age of Information Overflow. Minnesota, 2007. SZAFIR, M. Retóricas Audiovisuais [...]. Dissertação (Mestrado) – USP, São Paulo, 2010. ___. Retóricas Audiovisuais 2.0 […]. ABCIBER, Florianópolis-SC, 2011. ___. The 'State of Art' at Online Video Issue. Berlim: EuroiTV Proceedings, 2012. ___. A interatividade do vídeo-remix: subjetividades em jogo na rede – artesãos audiovisuais em form'ação, versão 1.1. INTERCOM, Manaus-AM, 2013. ___. Towards an Aesthetic of the Clouding Video. Transdisciplinary Imaging Conference, 2014. 13 Termo utilizado por Giselle Beiguelman, em seu blog, para falar sobre o trabalho do mmnehcft: “Mídia Tática”, 17/03/2005 < http://gb-log.zip.net/arch2005-03-13_2005-03-19.html >, último acesso em 25/11/2015

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___. ¿The Next TV? […]. Remixed Media Festival, NY-EUA, 2014. ___. Através de potências estéticas: os multiálogos audiovisuais na nuvem. SOCINE, Fortaleza-CE, 2014. ___. Estéticas do Pós-Remix: Diálogos Audiovisuais através das Memórias Afetivas em Fluxo. ANPAP, Belo Horizonte-MG, 2014. ___. Towards the Clouding Audiovisual Aesthetics. VideoVortex: Istambul-Turquia, 2014. ___. Retóricas Audiovisuais 2.1 […]. Tese (Doutorado) – USP, São Paulo, 2015. ___. Neo-Remix Gestos v.1.1. INTERCOM, Rio de Janeiro-RJ, 2015. ___. Montagens Audiovisuais Extra-Apropriação [Por uma Pedagogia do Filme-Ensaio na Cultura Digital]. In: Brandão, A.; Souza, R. A Sobrevivência das Imagens. Campinas: Papirus, 2015. TRESKE, A. The inner life of video spheres: theory for the YouTube Generation. INC, 2013.

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