DESCOLONIZANDO O CURRÍCULO: A CRÍTICA DA PEDAGOGIA DECOLONIAL SULIVAN FERREIRA DE SOUZA¹ Universidade do Estado do Pará, [email protected] ANTÔNIO JORGE PARAENSE DA PAIXÃO² Universidade do Estado do Pará, E-mail: [email protected];

June 30, 2017 | Autor: Sulivan Souza | Categoria: Educación, Pedagogía, Educação Superior, Pedagogia, Currículo, Decolonialidad
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XII SEMINÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS, CULTURA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES 25 A 27 DE NOVEM B RO DE 2014 UFPA - BELÉM - PARÁ - BRASIL

DESCOLONIZANDO O CURRÍCULO: A CRÍTICA DA PEDAGOGIA DECOLONIAL

SULIVAN FERREIRA DE SOUZA¹ Universidade do Estado do Pará, [email protected]

ANTÔNIO JORGE PARAENSE DA PAIXÃO² Universidade do Estado do Pará, E-mail: [email protected];

Resumo O presente trabalho traz para as discussões de cultura, currículo e formação de professores, a colonização curricular presente nas graduações de formações de professores, estudo por um viés da abordagem Decolonial, a abordagem teórica que surge em meados da década de 90, o objetivo é trazer reflexões teóricas acerca da colonização curricular nos cursos de formação de professores, nossos currículos educacionais, mas especificamente da região amazônica ainda são colonizados? partimos de uma pesquisa bibliográfica, que usará como base as obras de CASTRO-GOMEZ (2007); GROSFOGUEL (2007); LANDER (2005); QUIJANO (2005); VEIGA-NETO (2012); CANDAU (2000); ESCOBAR (2003); E MIGNOLO (2000) E WALSH (2007). O povo amazônico é plural constitui-se de ribeirinhos, quilombolas, indígenas e camponeses, os(as) amazônicos(as) são singulares pela sua linguagem, cultura, culinária, crenças; são múltiplos pois existem diversas identidades amazônicas o(a) negro(a) amazônico(a), a(o) indígena amazônica(o), o(a) caboclo(a) amazônico(a), ou seja, uma diversidade de sujeitos amazônicos. Porém Arroyo(2012) nos chama a atenção que os nossos currículos, que as nossas políticas educacionais, que as nossas didáticas contem em seu âmago um padrão epistemológico moderno /racional que negam esses outros sujeitos, negando os seus saberes, suas identidades e os seus modos de ser. Palavra-chave: colonização, cultura, currículo.

Introdução É crescente nos últimos anos os seminários, congressos, colóquios acerca dos estudos curriculares. O campo da pesquisa educacional no brasil tem um olhar cuidadoso e de apreço, pois entende-se o currículo como componentes culturais sistematizados para o processo de escolarização.

2. Graduando em Pedagogia, Monitor de Filosofia – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais. (UEPA/CCSE//DFCS) e-mail: [email protected] 1. Prof. Dr. da Universidade do Estado do Pará – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (UEPA/CCSE/DFCS) e-mail: [email protected];

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A sociedade afirma que saberes são importantes para serem ensinados e estudados e quais saberes são considerados não importantes, isso se transcreve nos currículos da educação básica, das graduações e pós-graduações. Historicamente os currículos das intuições de ensino são marcados por aspectos eurocêntricos, pensa-se a história do brasil a partir dos europeus, pensa-se linguagem a parti do europeu, pensa-se a cultura a partir dos europeus durante muitos anos a educação brasileira foi pensada aos moldes eurocêntricos. O advento dos estudos culturais vem nos últimos anos questionando esses padrões eurocêntricos, contudo ainda estão arraigados não somente nos currículos, mais nas nossas mentalidades. A decolonialidade é um movimento intelectual e político latino que propõem a libertação epistemológica, ontológica e política dessa padronização que durante décadas vem negando os saberes dos povos latinos. No Brasil há uma enorme diversidade cultural, uma gama de saberes que são marginalizados por essa mentalidade eurocêntrica ainda presente. Na Amazônia não é diferente, é uma região rica em fontes naturais, um imensa fauna e flora, e de uma riquíssima cultura que durante a colonização e até os dias atuais é marginalizada. Discutir os saberes curriculares é refletir sobre práticas de ensino e aprendizagem. O currículo é o saber-fazer cotidiano em sala de aula que nas palavras de Alfredo Veiga-Neto (2002): um currículo guarda estreita correspondência com a cultura na qual ele se organizou, de modo que ao analisarmos um determinado currículo, poderemos inferir não só os conteúdos que, explícita ou implicitamente, são vistos como importantes naquela cultura, como, também, de que maneira aquela cultura prioriza alguns conteúdos em detrimento de outros, isto é, podemos inferir quais foram os critérios de escolha que guiaram os professores, administradores, curriculistas etc. que montaram aquele currículo. Esse é o motivo pelo qual o currículo se situa no cruzamento entre a escola e a cultura. (VEIGA-NET.O, 2012, p.44).

A necessária relação com a cultura redunda, ao nosso ver, que a mesma se veja retratada nos currículos não somente na forma de conteúdos instrumentais, mais um 2. Graduando em Pedagogia, Monitor de Filosofia – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais. (UEPA/CCSE//DFCS) e-mail: [email protected] 1. Prof. Dr. da Universidade do Estado do Pará – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (UEPA/CCSE/DFCS) e-mail: [email protected];

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currículo que traduza o pensar, o epistemológico, o ético. Que o mesmo esteja em um diálogo com o entorno cultural, ou melhor que ele faça parte da cultura e não esteja acima nem abaixo dela.

A Perspectiva decolonial - Grupo modernidade /colonialidade O grupo é formado por intelectuais da América latina pensadores e pesquisadores de filosofia, ciências sociais, geografia, educação, história e antropologia e outras áreas do conhecimento Formado no final da década de 90, o grupo questiona e crítica a hegemonia do saber, ser e poder instituído, afirmam que existem um padrão único, universal, e objetivo de se produzir conhecimento, entretanto o grande problema dessa padronização se dá porque esse padrão nega as outras formas de saber, de ser e de poder, como no caso especifico o saber e ser latino-americano. A colonização ibérica (espanhola e portuguesa) iniciada no século XV e XVI é marcada pela dominação econômica, cultural e políticas sobre os povos da américa, período histórico conhecido como colonial, com o grande objetivo de atender aos interesses do mercado mundial. A dominação ibérica das américas produziu a colonialidade do poder, que segundo os autores a colonialidade do poder se instaura quando a europeu ganha um privilegiado papel no cenário econômico mundial a conquista das américas possibilitou aos colonizadores o: Controle do ouro, da prata e de outras mercadorias produzidas por meio do trabalho gratuito de índios, negros e mestiços, e sua vantajosa localização na vertente do Atlântico por onde, necessariamente, tinha de ser realizado o tráfico dessas mercadorias para o mercado mundial, outorgou aos brancos uma vantagem decisiva para disputar o controle do comércio mundial. A progressiva monetarização do mercado mundial que os metais preciosos da América estimulavam e permitiam, bem como o controle de tão abundantes recursos, possibilitou aos brancos o controle da vasta rede pré-existente de intercâmbio que incluía sobretudo China, Índia, Ceilão, Egito, Síria, os

2. Graduando em Pedagogia, Monitor de Filosofia – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais. (UEPA/CCSE//DFCS) e-mail: [email protected] 1. Prof. Dr. da Universidade do Estado do Pará – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (UEPA/CCSE/DFCS) e-mail: [email protected];

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Temos o primeiro marco da colonialidade, dominação econômica, cultural e política, Ballestrin (2013) aponta que a colonialidade possui três dimensões, a do poder, do saber e do ser, a do poder acabamos de situar, vamos conceituar as noções de ser e saber.

A colonialidade do saber A colonização não somente elaborou uma organização geopolítica da economia, mas criou uma geopolítica do conhecimento isto é, condições epistêmicas para reprodução do saber do dominante, surge um dito saber universal, porém essa universalidade

ocultava

o

interesse

colonial

(CASTRO-GÓMEZ,

2007;

GROSFOGUEL, 2007; MIGNOLO, 2007). Nas proposições do pensador peruano: A elaboração intelectual do processo de modernidade produziu uma perspectiva de conhecimento e um modo de produzir conhecimento que demonstram o caráter do padrão mundial de poder: colonial/moderno, capitalista e eurocentrado. Essa perspectiva e modo concreto de produzir conhecimento se reconhecem como eurocentrismo. (QUIJANO, 2005, p.115)

A colonialidade do ser É a negação do outro, esse outro não é, não existe, pois ele do não é europeu, é legitimo um padrão de ser, o ser europeu, branco, capitalista e homem, fora dessa concepção de ser estar o não-ser, Quijano (2005) esclarece que: A história é, contudo, muito distinta. Por um lado, no momento em que os ibéricos conquistaram, nomearam e colonizaram a América (cuja região norte ou América do Norte, colonizarão os britânicos um século mais tarde), encontraram um grande número de diferentes povos, cada um com sua própria história, linguagem, descobrimentos e produtos culturais, memória e identidade. São conhecidos os nomes dos mais desenvolvidos e sofisticados

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Para o grupo modernidade/colonialidade o colonialismo acaba com a independência dos países latinos, porém a colonialidade ou seja a imposição cultural, econômica, política, religiosa, ainda está presente, ainda somos colonizados e subalternizados dia-a-dia em todas as esferas sociais. O Giro Epistemológico O grupo Modernidade / Colonialidade defende que apesar da dominação colonial (relação colônia-metrópole) ter terminado, isto é, hoje as américas não são mais colônias da Europa, porém paras os decoloniais a colonialidade (dominação política, epistemológica e ontológica) ainda estar presente, contudo agora em escala maior, uma colonialidade global. La crítica del paradigma europeo de la racionalidad/modernidad es indispensable. Más aún, urgente. Pero es dudoso que el camino consista en la negación simple de todas sus categorías; en la disolución de la realidad en el discurso; en la pura negación de la idea y de la perspectiva de totalidad en el conocimiento. Lejos de esto, es necessário desprenderse de las vinculaciones de la racionalidad-modernidad con la colonialidad, en primer término, y en defi nitiva con todo poder no constituido en la decisión libre de gentes libres. Es la instrumentalización de la razón por el poder colonial, en primer lugar, lo que produjo paradigmas distorsionados de conocimiento y malogró las promesas liberadoras de la modernidad. La alternativa, en consecuencia, es clara: la destrucción de la colonialidad del poder mundial. (QUIJANO, 1992, p. 437)

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A subalternização que se manifestava de forma local avança em escala global impondo padrões econômicos, padrões cognitivos, construindo mentalidades, colonizando de forma macro e micro as formas de pensar, de ser e de agir fora desse padrão. Contrapondo-se a esse pensamento os decoloniais como assim são chamados propõem

uma

descolonização

epistêmica,

política,

educacional,

linguística,

antropológica.

Uma pedagogia decolonial A dominação epistemológica moderna/eurocêntrica/racista/capitalista/patriarcal continua presente em nossa sociedade, presente em nossas escolas, universidades, presente em nossos currículos, em nossas didáticas e políticas educacionais. (CANDAU,2000; CANDAU, 2002; CANDAU, 2003) Trazendo as proposições teóricas da decolonialidade é possível perceber a colonialidade do saber presente na educação brasileira, os educandos brasileiros e mais especificamente os educandos da região amazônica são colonizados cotidianamente, seus saberes são marginalizados, Miguel Arroyo nos elucida que nossa educação está: Associado ainda a um padrão cognitivo e pedagógico que em operado como padrão de classificação social, étnica, racial, de gênero, de hierarquização e bipolaridade cognitivas dos coletivos humanos: coletivos primitivos, irracionais, selvagens, ignorantes, segregados do poder versus coletivos racionais, cultos, civilizados, detentores do poder/saber. (ARROYO, 2012, p. 38 e 39)

A pedagogia moderna produz nos ambientes de ensino o que denominamos segundo Escobar (2003) e Mignolo (2000) diferença colonial que é a subalternização do outro, negação do outro ou a desumanização do outro sujeito. É preciso descolonizar a educação, descolonizar a pedagogia presente nos nossos cursos de formação de professores, como afirma Catherine Walsh é necessário apontar par uma outra pedagogia e nesse sentido ela propõem: Primero y siguiendo Fanon, pedagogías que permiten un “pensar desde” la condición ontológico-existencial-racializada de los colonizados, apuntalando nuevas comprensiones propias de la colonialidade del poder, saber y ser [...]. La segunda vertiente parte de la noción de pedagogías de “pensar con”. Pedagogías que se construyen con relación a otros sectores de la populación, que suscitan uma preocupación y conciencia por los patrones de poder colonial aún presentes y la manera que nos implican a todos, y por las necesidades de asumir con responsabilidad y compromiso un accionar dirigida a la transformación, la creación y el ejercer del proyecto político,

2. Graduando em Pedagogia, Monitor de Filosofia – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais. (UEPA/CCSE//DFCS) e-mail: [email protected] 1. Prof. Dr. da Universidade do Estado do Pará – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (UEPA/CCSE/DFCS) e-mail: [email protected];

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O povo amazônico é plural constitui-se de ribeirinhos, quilombolas, indígenas e camponeses, os(as) amazônicos(as) são singulares pela sua linguagem, cultura, culinária, crenças; são múltiplos pois existem diversas identidades amazônicas o(a) negro(a) amazônico(a), a(o) indígena amazônica(o), o(a) caboclo(a) amazônico(a), ou seja, uma diversidade de sujeitos amazônicos. Porém Arroyo(2012) nos chama a atenção que os nossos currículos, que as nossas políticas educacionais, que as nossas didáticas contem em seu âmago um padrão epistemológico moderno /racional que negam esses outros sujeitos, negando os seus saberes, suas identidades e os seus modos de ser. Em virtude dos argumentos e das proposições teórico-metodológicas expostas ao longo do texto reafirmamos é preciso descolonizar nossos currículos.

Referências ARROYO, M. G. (2000). Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000. ARROYO, M. G. Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012 CANDAU, V. M. Pluralismo Cultural, Cotidiano Escolar e Formação de Professores; in: CANDAU, V. M. (Org.) Magistério: construção cotidiana. Rio de Janeiro: Vozes, 1997a. _______________ Mudanças culturais e redefinição do escolar: tensões e buscas, Contemporaneidade e Educação. IEC, Rio de Janeiro, 1997b. _______________ Interculturalidade e educação escolar; IX ENDIPE, Águas de Lindóia,1998. _______________ (Org.) Cotidiano Escolar e Cultura(s): encontros e desencontros; 2. Graduando em Pedagogia, Monitor de Filosofia – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais. (UEPA/CCSE//DFCS) e-mail: [email protected] 1. Prof. Dr. da Universidade do Estado do Pará – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (UEPA/CCSE/DFCS) e-mail: [email protected];

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2. Graduando em Pedagogia, Monitor de Filosofia – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais. (UEPA/CCSE//DFCS) e-mail: [email protected] 1. Prof. Dr. da Universidade do Estado do Pará – Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (UEPA/CCSE/DFCS) e-mail: [email protected];

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