Descrição do manejo na ostreicultura da Associação dos Agricultores, Pecuaristas e Aquicultores (ASAPAQ) na Vila de Santo Antônio de Urindeua, Amazônia Oriental

May 27, 2017 | Autor: R. Chagas | Categoria: Amazonia, Manejo De Recursos Naturales, Bivalves, AQUICULTURA, Ostreicultura, Oyster Farming
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III Congresso de Zootecnia da Amazônia IV Seminário de Ensino de Zootecnia da Amazônia Parauapebas – PA 13, 14 e 15 de outubro de 2016 __________________________________________________________________________________

Descrição do manejo na ostreicultura da Associação dos Agricultores, Pecuaristas e Aquicultores (ASAPAQ) na Vila de Santo Antônio de Urindeua, Amazônia Oriental Mara Rúbia Ferreira Barros1; Fernanda Rodrigues Barbosa2; Alex Ribeiro dos Reis1; Renata Franco dos Santos1; Rafael Anaisce das Chagas3; Marko Herrmann4 1

Graduando(a) em Engenharia de Pesca, UFRA, Belém, Pará. E-mail: [email protected] Graduanda em Zootecnia, UFRA, Belém, Pará. 3 Pós-Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, PPGAqRAT/UFRA, Belém, Pará. 4 Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos, UFRA, Belém, Pará. 2

O manejo adequado de uma ostreicultura, o cultivo de ostras, é fundamental para uma produtividade rentável, sendo caracterizado a nível regional e espécie cultivada. Desta forma, a presente pesquisa objetiva-se em descrever o manejo e os meios da comercialização na ostreicultura da Associação dos Agricultores, Pecuaristas e Aquicultores (ASAPAQ) na vila de Santo Antônio de Urindeua, município Salinópolis através de uma entrevista semiestruturada aplicada a atual presidente da associação. Examina-se que o manejo ocorre de 40 a 45 dias, variando de acordo com o tamanho da ostra cultivada. Durante o manejo, retirase as ostras dos apetrechos (lanternas e travesseiros), colocando-as sobre lonas onde efetua-se a limpeza (retirada da epifauna e ostras mortas), evitando deste modo a presença de predadores naturais, dentre eles o gastrópode Stramonita haemastoma (Linnaeus, 1767) e as poliquetas do gênero Polydora. Os ostreicultores utilizam diversos meios de evitar a predação das ostras, principalmente das sementes, dentre eles a disposição dos moluscos em sacos confeccionados com tela de mosqueteiro ou saco de cebola. Após a limpeza efetua-se a biometria em 15 % das ostras cultivadas, para examinar o desenvolvimento dos organismos. Nesse processo, também, realiza-se a repicagem - separação das ostras por tamanho – e a respectiva redistribuição dos organismos aos apetrechos com base nos tamanhos encontrados. Para a comercialização, é necessário um manejo mais especifico, denominado “maquiagem nas ostras”, que consiste na retirada das estruturas externas que estão aderidas nas mesmas, sendo também lavadas com escovinha para a retirada de estruturas menores. A metodologia aplicada durante o manejo na ostreicultura da ASAPAQ é efetuada conforme a capacitação oferecida por instituições parceiras, por esse motivo não há relatos de acidentes ocorridos durante essa fase do cultivo. A comercialização ocorre durante o ano inteiro, sendo que a forma de locomoção dos ostreicultores dá-se por meio de transporte público. Em virtude da inexistência do selo de qualidade do produto, não há a comercialização em âmbito interestadual e internacional. Conclui-se que apesar das técnicas simplórias empregadas durante o manejo, (1) os ostreicultores da ASAPAQ apresentam resultados significativos quanto a diminuição na taxa de predação por outros organismos e (2) a comercialização é restrita ao município pela limitação quanto as vias de escoamento e pela ausência do selo de qualidade. Recomenda-se (1) realizar o processo de depuração no cultivo antes comercializado, (2) efetivar avaliações da qualidade da água e outros parâmetros afim de conquista o selo de qualidade. Palavras-chave: Amazônia; Associação; Molusco bivalve; Malacocultura; Cultivo de ostras. Agradecimentos: A Dona Maria, presidente da ASAPAQ.

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