Desenhando Percursos de Aprendizagem: contributos para a estruturação de iniciativas de b-learning

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Volume 6 -

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1 - Janeiro/Abril de 2012

Desenhando Percursos de Aprendizagem: contributos para a estruturação de iniciativas de b-learning Paula Peres ISCAP/Politécnico do Porto [email protected]

Luís Borges Gouveia Universidade Fernando Pessoa   [email protected]

Resumo Este artigo propõe um guião simplificado para o planeamento curricular. A estruturação de uma unidade/curso requer, além do conhecimento a partilhar, a devida reflexão e esforço no processo de ensino e aprendizagem. O trabalho descrito propõe um guia que agiliza o processo de definição de estratégias de aprendizagem online, pelo cruzamento entre os objetivos cognitivos a atingir, os modelos e técnicas pedagógicas e as ferramentas Web disponíveis. A utilidade dos resultados apresentados revê-se na perspetiva do docente e do aluno, constituindo um instrumento de mediação entre os intervenientes no processo de aprendizagem e que facilita simultaneamente os procedimentos

burocráticos que estão

normalmente associados. O artigo termina com a apresentação de um conjunto de recomendações extraídas da aplicação do planeamento pedagógico sugerido na implementação de um curso online. Palavras Chave: Estratégias de aprendizagem online, objetivos cognitivos de aprendizagem, ferramentas web, planeamento curricular.

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Designing Learning Paths: contributions to the organization of blearning initiatives Abstract This article presents a simple guide that helps the pedagogical planning. Besides the knowledge that will be shared, structuring an unit or a course demands reflection and effort in the teaching/learning process. The work described in this paper proposes a guide that speeds the process of defining online learning strategies by crossing cognitive objectives, pedagogical models and techniques and free web tools. The usefulness of the results obtained can be viewed on the perspectives of both student and teacher, thus it is a mediation instrument among all the intervenients in the learning process. At the same time, it helps the bureaucratic procedures that are usually associated. This article comes to an end by presenting a set of recommendations obtained by the application of the pedagogic planning suggested in the implementation of an online course. Keywords: online learning strategies, cognitive objectives, web tools, pedagogical planner.

Introdução A oferta existente de meios digitais disponíveis, muitas vezes sem custo, na World Wide Web permite um alargamento substancial das ferramentas ao dispor dos docentes e dos alunos. Pela revisão da literatura e uma prática em contexto no ensino superior e nos cursos de formação, verifica-se a importância de existir um referencial que auxilie a concretização dos modelos de instrução para a integração das atuais ferramentas Web nos processos de ensino e aprendizagem. Um modelo de desenvolvimento de um curso, também designado por modelo de instrução, pretende estruturar a definição de procedimentos de gestão, de 44 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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planeamento, de desenvolvimento e de implementação de um processo de aprendizagem (Kemp, Morrison, and Ross 1998). O desenho da instrução deve ser direcionado para um conjunto de objetivos específicos e para um grupo particular de alunos (comunidade) (Dick and Carey Lou 1996) (Campbell 2004). Os objetivos que definem o que se pretende que os alunos aprendam, constitui o ponto de partida e (também) o ponto de chegada, no processo de aprendizagem (Barreira and Moreira 2004). De acordo com o modelo de instrução “Mipo” (Peres and Pimenta 2009), são identificados na fase de análise do desenvolvimento de um b-curso1 e especificados na fase de desenho. Os resultados da aprendizagem (LO – Learning Outcomes) correspondem a um conjunto de competências adquiridas após a conclusão de um processo de aprendizagem (curto ou longo). Estes resultados podem ser identificados e relacionados com programas completos do ciclo de estudos (primeiro ou segundo) ou com unidades/cursos individuais. Os resultados da aprendizagem descrevem tão precisamente quanto possível o que se espera que aconteça após a frequência de uma unidade/curso. As expressões que descrevem os resultados da aprendizagem podem incluir a explicitação de um comportamento, as condições e o nível de performance (Campbell 2004). Os LO podem ser cognitivos, psicomotores ou afetivos, em alguns casos podem refletir dois ou mais domínios (Campbell 2004). O termo LO pode ser utilizado como uma alternativa para “competências adquiridas” que utiliza o conhecimento como parte integrante e foca a sua atenção no que está a ser aprendido em detrimento da forma como está a ser aprendido (Melton 1997). Em contexto educacional, decidir e definir os objetivos de aprendizagem significa estruturar, de forma consciente, o percurso de aprendizagem de modo a criar oportunidades de mudança de pensamento, ação e conduta. É mais fácil alcançar os objetivos quando estes estão bem definidos. Assiste-se, por vezes, há existência de objetivos implícitos relacionados com aspetos cognitivos de alta abstração, ou seja, pretende-se que os estudantes atinjam um nível de maturidade de                                                              1

b-curso: curso com sessões presenciais e online  45

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conhecimento que não reflete os objetivos definidos. A definição clara e estruturada dos objetivos da instrução, tendo em conta os contextos de aprendizagem, direciona o processo de ensino para a escolha adequada das estratégias pedagógicas, dos métodos, da fronteira dos conteúdos específicos,

das

ferramentas

Web,

dos

instrumentos

de

avaliação

e,

consequentemente, para uma aprendizagem efetiva e duradoura. A formulação dos objetivos de aprendizagem é uma das etapas mais importantes do processo de instrução. O recurso a uma taxonomia possibilita a padronização da linguagem no meio académico. Neste contexto, a taxonomia proposta por Bloom (Bloom et al. 1975) e que foi inicialmente proposta pelo mesmo autor em 1956, constitui um dos instrumentos disponíveis e que pode auxiliar o planeamento, organização e acompanhamento do alcance dos objetivos da aprendizagem. Um objetivo de aprendizagem é uma declaração sobre o que o estudante vai saber, compreender, ou será capaz de fazer após a sua participação numa estratégia de aprendizagem. Os objetivos da aprendizagem permitem, a todos os intervenientes, uma compreensão comum sobre o processo de formação. Os objetivos de aprendizagem bem definidos devem ser claros e mesuráveis, são fundamentais para o desenvolvimento e adaptação dos e-conteúdos2 existentes e para a eliminação dos excedentários, assim como para a estruturação de percursos de aprendizagem, proporcionando uma forma de validar a qualidade e de justificar os cenários educativos.

Objetivos de aprendizagem gerais e específicos Os objetivos podem ser gerais ou específicos. Os objetivos gerais orientam-se pelos LO e definem o propósito global da unidade/curso, sem fornecer orientações sobre a forma de alcançá-lo. Os objetivos específicos são declarações indicativas que                                                              2

e-Conteúdos: conteúdos digitais online 46

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descrevem os resultados pontuais que são esperados no final de uma etapa do percurso de aprendizagem. Por exemplo, “Saber utilizar o Access“ constitui um exemplo de um objetivo geral de formação e “Criar tabelas no Microsoft Access“ constitui um exemplo de um objetivo específico. Os objetivos são descritos utilizando verbos de ação e substantivos que procuram descrever os processos cognitivos desejados. Por exemplo: “no final da unidade/curso os estudantes deverão lembrar (verbo) as regras de normalização de dados (substantivo/conteúdo)”. Robert F. Mager (1997) estabeleceu uma estrutura para a definição dos objetivos de aprendizagem formulados em torno de quatro componentes principais: audiência, comportamento, nível e condição.

Audiência: Trata-se de especificar o público-alvo. Por exemplo: “Participantes/estudantes/... “

Comportamento (verbo ativo mensurável): A necessidade de escolha de um verbo ativo que melhor descreva o tipo de comportamento que o estudante deve adotar após a instrução. Tais comportamentos devem ser expressos através dos verbos ativos tais como “listar”, “explicar” ou “identificar”. O verbo ativo é a componente mais importante de um objetivo de aprendizagem, pois indica o que será realizado durante a instrução. Deve evitar-se o uso dos verbos como “compreender”, “saber”, ou “aumentar a sensibilização de” pois estes não são facilmente mensuráveis. Por exemplo, é preferível ter o objetivo: “Enumerar as etapas de desenvolvimento de um projeto”, em vez, de “Compreender as etapas de desenvolvimento de um projeto.“

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Nível: Este componente descreve o nível de exigência a ser atingido pelo estudante em termos de quantidade, qualidade e limitações de tempo e que resulta no grau de complexidade. A unidade/curso será tanto mais difícil quanto o número de objetivos classificados num nível de complexidade superior.

Condição: Correspondem às condições de tempo e lugar nas quais a tarefa deve ser realizada. As condições podem também identificar os instrumentos, procedimentos, materiais ou instalações a serem utilizadas para executar uma tarefa. Por exemplo: “…sem referência a um manual” ou “através da consulta de um mapa.”

A

combinação

destes

elementos

resulta

na

formulação

de

objetivos

de

aprendizagem eficazes. Em resumo, um objetivo cognitivo específico deve ser mesurável/observável (ação), direcionado para uma audiência (audiência) e para um determinado nível de aprendizagem (nível) e executado mediante determinadas condições (condição). O domínio cognitivo diz respeito ao conhecimento e competências intelectuais tais como a compreensão, a organização de ideias, a análise e síntese de informações, a aplicação dos conhecimentos, a obtenção de soluções para problemas e a avaliação das ideias ou ações. A taxonomia de Bloom tem sido um dos instrumentos mais utilizados para a identificação e classificação dos objetivos cognitivos ligados ao desenvolvimento cognitivo. Na taxonomia de Bloom, os objetivos são agrupados em seis categorias (Conhecimento, Compreensão, Aplicação, Análise, Síntese e Avaliação) e apresentados numa hierarquia de complexidade e dependência, do mais simples para o mais complexo, tal como ilustra a imagem seguinte:

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Figura1: Níveis de complexidade da taxonomia de Bloom.

Na forma original da taxonomia de Bloom, para ascender a uma nova categoria, é preciso ter obtido um desempenho adequado na categoria anterior. Só após conhecer um determinado assunto, alguém poderá compreendê-lo e aplicá-lo, o que constitui a organização hierárquica dos processos cognitivos. Os diferentes níveis vão sendo sobrepostos, sendo que os níveis mais na base da pirâmide estão associados com um pensamento de ordem inferior e que os níveis do topo, estão associados com um pensamento de ordem superior, tendo em consideração o nível de abstração e a dependência dos níveis anteriores. Na forma revista da taxonomia de Bloom esta hierarquização é eliminada. Entender um conceito não constitui um pré-requisito para a aplicação (Anderson, 1999). A taxonomia revista inclui a alteração do posicionamento entre os níveis de avaliação e síntese, inclui ainda as dimensões do conhecimento efetivo/factual, conhecimento concetual, procedural e metacognitivo para cada um dos níveis. A escolha pela taxonomia na sua forma clássica justifica-se pelo fato de ser a adotada na instituição na qual decorreu o trabalho de campo descrito.

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Métodos pedagógicos Os mesmos objetivos e competências podem ser alcançados através de diferentes métodos pedagógicos, utilizando diversas ferramentas Web em linha com a avaliação. Podem utilizar-se inúmeras estratégias Individuais, tais como: Caso de Estudo [Case Study],Composição [Essay], Crítica de um livro [Book Report], Definição [Defining], Diário [Journal], Dissertação [Dissertation/thesis], Exercícios de repetição [Drill and Practice], Experimentação [Experiment], Mapa de conceitos [Concept Mapping], Palavras cruzadas [Crossword], Perguntas de escolha múltipla [MCQ

-

Multiple

Choice

Quiz],

Pesquisa

na

World

Wide

Web

[Web

Search/Webquest], Portfólio [Portfolio] / Produto [Product], Relatório [Report/Paper], Revisão da literatura [Literature review], Simulação [Simulation] e Tutorial [Tutorial] (Peres and Pimenta 2011). Podem ainda ser utilizadas estratégias participativas (atividades que lucram com a participação de outros mas que podem também ser realizadas individualmente), tais como Dicionário partilhado [Colaborative Dictionary], Escrita partilhada [Colaborative Report/Paper], Mapa conceptual partilhado [Colaborative MindMap] (P. Peres and P. Pimenta 2011). Podem ainda ser utilizadas estratégias colaborativas, tais como o Debate [Debate], Argumentação [Arguing], Negociação [Negotiation], Diálogo entre Pares [Pair dialogue], Bola de Neve [Snowball], Painel de Discussão [Fishbowl], Demonstração [Performance], Apresentação [Presentation], Desempenho de papéis [Role Play], Entrevista [Interview], Questionamento [on the spot questioning], diálogos sucessivos [socratic instruction] ou resposta curta [short answer], Jogo [Game], Tempestade de Ideias [brainstorming], Simulação interactiva [simulation] entre outras (Peres and Pimenta 2011).

Ferramentas As ferramentas Web podem suportar a implementação de atividades individuais, 50 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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participativas ou colaborativas. Uma dada atividade poderá utilizar várias ferramentas, assim como uma mesma ferramenta poderá servir para implementar várias atividades. As ferramentas Web podem ser utilizadas para auxiliar o alcance de qualquer objetivo cognitivo e para o desenvolvimento das competências transversais. Podem ser agrupadas por ferramentas de autor/produção; ferramentas de publicação/partilha e ferramentas de comunicação (Peres, Gouveia, and Pimenta 2011) Com esta enumeração exaustiva de possibilidades é pretendida a obtenção de um mapeamento que agilize o processo de definição de estratégias de aprendizagem online pelo cruzamentos entre os objetivos cognitivos a atingir, os métodos pedagógicos e as ferramentas Web disponíveis. Os resultados apresentados derivaram de uma prática em contexto nas unidades do curso de pós-graduação em Tecnologias para a Comunicação e Inovação Empresarial, em regime de b-learning3 do ISCAP/IPP (Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Politécnico do Porto, Portugal). Este processo foi suportado pela adoção do modelo de instrução Mipo (Peres and Pimenta 2009). Não obstante a existência de algumas tentativas de sistematizar o alinhamento entre os objetivos, as atividades pedagógicas e as ferramentas  Churches A. (2007), Fisher M. (2009), o trabalho a seguir descrito sugere um particular alinhamento por verbos de ação com a inclusão de exemplos concretos, num nível de detalhe que facilitará o trabalho do professor enquanto responsável pelo desenho da instrução.

Uma proposta de alinhamento curricular Assegurar que os objetivos, as estratégias pedagógicas e os métodos de avaliação estão a operar em sintonia é crucial para conseguir um planeamento curricular eficaz.                                                              3

Pós-graduação em Tecnologias para a Comunicação e Inovação Empresarial do ISCAP (http://www.iscap.ipp.pt/cursos) 51

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Este trabalho teve início com o processo de revisão da literatura sobre a definição dos objetivos cognitivos, das estratégias de aprendizagem e sobre as atuais tecnologias Web. As tabelas seguintes constituem a sistematização desse processo que pretendeu enquadrar os verbos de ação mais comuns na explicitação dos objetivos cognitivos com as estratégias pedagógicas mais referenciadas na literatura e com as ferramentas Web mais conhecidas. De seguida, apresenta-se um sumário do relacionamento estabelecido entre os objetivos, atividades de aprendizagem e ferramentas Web nos diferentes níveis de conhecimento identificados na taxonomia de Bloom e que podem suportar percursos de aprendizagem. A Tabela 1 considera o primeiro nível da taxonomia de Boom, designado por conhecimento e que inclui os comportamentos que acentuam a importância de recordar as ideias, materiais e fenómenos. Recordar unidades de informação específicas e suscetíveis de serem assimiladas (Bloom et al., 1975). A Tabela 1 apresenta exemplos de verbos (ações), atividades de aprendizagem e ferramentas Web que se podem utilizar. A Tabela 2 considera o segundo nível da taxonomia de Boom, designado por compreensão no qual se espera que espera-se que os alunos entendam o que se transmite e, de alguma maneira, possam fazer uso do material ou ideias que contém. O aluno deverá possuir a capacidade de traduzir um problema apresentado pelas suas próprias palavras e resumir uma extensa comunicação. Deve ainda possuir a capacidade de interpretação e de extrapolar os conhecimentos adquiridos na exemplificação de novas situações (Bloom et al., 1975). A Tabela 2 apresenta exemplos de verbos (ações), atividades de aprendizagem e ferramentas Web que se podem utilizar.

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Tabela 1: Exemplo de atividades e ferramentas web para objetivos classificados no nível de conhecimento da taxonomia de Bloom. CONHECIMENTO EXEMPLO DE VERBO LISTAR

NOMEAR

RELEMBRAR UM INFORMAÇÃO EXEMPLO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM PALAVRAS CRUZADAS [CROSSWORDS] Escreva uma lista das vantagens e desvantagens de…pelo preenchimento das seguintes palavras cruzadas no hotpatatoes Liste todas as....da história lida pelo preenchimento das seguintes palavras cruzadas no hotpatatoes EXERCÍCIOS DE REPETIÇÃO [DRILL AND PRACTICE] Apresente uma lista dos principais eventos que ocorreram na…utilizando o TimeRime Faça cronograma no TimeRime com a lista dos eventos… ESCOLHA MULTIPLA [MULTIPLE CHOICE] Complete o cronograma nomeando as atividades necessárias ao desenvolvimento de um projeto de…utilize para isso o TimeRime

IDENTIFICAR/ RECONHECER

Faça um gráfico com a identificação dos factos ocorrido…e registe as percentagens na folha de cálculo do google docs.

LOCALIZAR

PESQUISA NA WB [WEBSEARCH] Pesquise (localize) sobre o tema descrito e apresente o resultado no google docs.

DEFINIR

DEFINIÇÕES [DEFINING] Defina o conjunto de termos apresentados…respondendo a questões no teste do moodle.

RECITAR

QUESTIONAMENTO Recite o poema…utilizando o podomatic

CITAR

Cite os principais autores referidos na apresentação e registe na folha do google docs Relate os principais factos ocorridos em … e registe no documento do google docs

RELATAR

EXEMPLO DE FERRAMENTAS WEB

Autor/produção Hotpatatoes (Drill & Pratice, definições, etiquetar, palavras cruzadas, listas, V/F, escolha múltipla) Teste moodle TimeRime (listas, nomear) Podomatic (recitar poemas) Googledoc (registar identificações e reconhecimentos, resultados de pesquisas, registar citações) Moodle (teste sobre definições) Quizstar (testes)]

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Tabela 2: Exemplo de atividades e ferramentas web para objetivos classificados no nível de compreensão da taxonomia de Bloom. COMPREENSÃO EXEMPLO DE VERBO CLASSIFICAR

SELECIONAR

SUMARIA RESUMIR SINTETIZAR COMPARAR INTERPRETAR SEQUENCIAR

RECONTAR EXEMPLIFICAR EXPLICAR DESCREVER

ENTENDER UM CONHECIMENTO FORNECIDO EXEMPLO DE EXEMPLO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM FERRAMENTAS WEB EXERCICIOS DE REPETIÇÃO [DRILL AND PRACTICE (COM EXEMPLOS)] Salve os elementos da ilha classificando pela ordem de prioridades … seguindo as pistas fornecidas…e utilizando as correspondências apresentadas no hotpotatoes Construa o puzzle de forma a visualizar a solução para a classificação…utilize o Autor/produção Jigasawplanet (sumariar, Classifique os elementos nos GoogleDoc agrupamentos apresentados no resultados da Interpretação, exemplificar, explicar, mindmeister resultados da comparação) ESCOLHA MULTIPLA [MULTIPLE Timerime (sequenciar) CHOICE] Podomatic (recontar uma Selecione os objetos que não se história) enquadram no conjunto…respondendo à Hotpatatoes (selecionar, atividade no hotpatatoes classificar) DEFINIR [DEFINING (SUMARIAR)] Glossário do moodle Ilustre a ideia principal do texto lido (descrição de termos e …sumariando os principais pontos, processos) registe no blogspot Jigasawplanet (construção de Escreva no googe docs um relatório de puzzles para a classificação) síntese comparando… MindMeister (classificação de Interprete o texto utilizando o google termos e conceitos) Partilha/Publicação docs para registar a sua interpretação. (sumariar, QUESTIONAMENTO [QUESTIONING Blogspot exemplificar) (EXPLICAR)] Construa uma história que mostre a sequência dos eventos descritos utilizando o Timerime Reconte a história com as suas próprias palavras…e grave no podomatic Exemplifique os significados dos tipos de…utilizando o google docs Explique/descreva o funcionamento de … e registe no Glossário do moodle

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A Tabela 3 considera o terceiro nível da taxonomia de Boom, designado por aplicação. Este nível tem como condição prévia a “compreensão”. Um aluno só poderá aplicar aquilo que compreende, poderá explicar corretamente um procedimento mas pode ter dificuldade em demonstrá-lo na prática (Bloom et al., 1975). A Tabela 3 apresenta exemplos de verbos (ações), atividades de aprendizagem e ferramentas Web que se podem utilizar. A Tabela 4 considera o quarto nível da taxonomia de Boom, designado por análise que implica a capacidade de faccionar o material nas suas partes constituintes, na determinação das relações existentes, percebendo o modelo de organização. Distinguir, por exemplo, numa comunicação quais são os dados, as hipóteses, as conclusões e as razões, separando o material pertinente do acessório (Bloom et al., 1975). A Tabela 4 apresenta exemplos de verbos (ações), atividades de aprendizagem e ferramentas Web que se podem utilizar. A Tabela 5 considera o quinto nível da taxonomia de Boom, designado por síntese que implica a capacidade de reunir as partes para formar um todo. Este processo exige a capacidade de trabalhar com elementos e combiná-los de tal modo que constituam um esquema ou estrutura que antes não estava claramente presente. De forma geral implica a combinação de partes de experiências anteriores com os novos materiais reconstruindo um espaço integrado (Bloom et al., 1975). A Tabela 5 apresenta exemplos de verbos (ações), atividades de aprendizagem e ferramentas Web que se podem utilizar. A Tabela 6 considera o sexto nível da taxonomia de Boom, designado por avaliação que define a capacidade para a formação de juízos sobre o valor de ideias, obras, soluções, métodos ou materiais, com um propósito determinado. Os juízos podem ser quantitativos ou qualitativos (Bloom et al., 1975). A Tabela 5 apresenta exemplos de verbos (ações), atividades de aprendizagem e ferramentas Web que se podem utilizar.

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Tabela 3: Exemplo de atividades e ferramentas web para objetivos classificados no nível de aplicação da taxonomia de Bloom. APLICAÇÃO EXEMPLO DE VERBO IMPLEMENTAR

CONSTRUIR

UTILIZAR

REALIZAR EXECUTAR OPERAR

APLICAR

TRADUZIR CALCULAR DRAMATIZAR

DEMONSTRAR RESOLVER

UTILIZAR ESTRATÉGIAS, CONCEITOS, PRINCÍPIOS E TEORIAS EM NOVAS SITUAÇÕES EXEMPLO DE EXEMPLO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM FERRAMENTAS WEB EXERCÍCIOS DE REPETIÇÃO [DRILL AND PRACTICE (DEMONSTRAÇÃO)] Implemente o diagrama dado para ilustrar um acontecimento importante usando o Gliffy EXPERIMENTAÇÃO Construa um mapa para incluir a informação relevante dada sobre o evento descrito usando Autor/produção o Gliffy Gliffy (implementar Construa o álbum de recortes sobre as áreas diagramas) de estudo dadas disponibilize no carbomade Audaciyty/podomatic Utilize a coleção de fotografias para demonstrar (Realizar entrevistas) o ponto específico utilizando o animoto Zoho (documentos com Utilize o software x e registe as suas aplicações, traduções, impressões no glossário do moodle cálculos) do moodle Realize um modelo em argila e grave a sua Glossário (resultados de utilizações) explicação e disponibilize o vídeo no YouTube (álbum de Realize uma entrevista usando o audacity e Carbomade recortes) publique no podomatic (tutoriais de Realize um modelo em argila e grave a sua Wink aplicações) explicação e disponibilize o vídeo no YouTube Realize uma entrevista usando o audacity e MovieMaker/animoto (criar vídeo, criar video através de publique no podomatic imagens) SIMULAÇÃO Vista a boneca com trajes nacionais e apresente a sua execução no scribd PERFORMANCE/APRESENTAÇÃO Pinte o mural aplicando os mesmos materiais filme e disponibilize no vimeo Aplique as funções dadas para resolver o problema utilize o wink para descrever como o fez Traduza o texto e disponibilize no Zoho Partilha/Publicação Calcule o tempo do projeto utilizando as Scribd/flirck Disponibilização de variáveis dadas na folha de cálculo do Zoho aplicações/execuções) Faça uma dramatização da peça lida, crie um vídeo no moviemaker e disponibilize-o no Youtube/Vimeo (partilha de Performance, youtube Demonstrações de Demonstre a utilização da função X do excel aplicações) gravando um tutorial no wink Delicious (Organização de Resolva o problema apresentado aplicando as favoritos) funções dadas grave os passos da sua resolução no animoto

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Tabela 4: Exemplo de atividades e ferramentas web para objetivos classificados no nível de análise da taxonomia de Bloom ANÁLISE EXEMPLO DE VERBO DESCOBRIR

ANALISAR

INVESTIGAR

ESTRUTURAR

DEDUZIR

DIFERENCIAR SUBDIVIDIR ORGANIZAR

DECOMPOR A INFORMAÇÃO NAS SUAS PARTES CONSTITUINTES EXEMPLO DE EXEMPLO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM FERRAMENTAS WEB ESCOLHA MÚLTIPLA [MULTIPLE CHOICE] Faça um quebra-cabeças para descobrir…a solução do problema de pensamento lateral. Escolha uma das opções dadas no teste do moodle (LMS) CASO DE ESTUDO [CASE STUDY] Analise a sua história familiar e faça uma árvore genealógica mostrando Autor/produção Gliffy (criara um diagrama relações…usando o Heritage Escreva uma biografia da pessoa em estudo deduzido de…) analisando os principais elementos Teste moodle (Pensamento resultantes da análise... e registe os lateral) Limesurvey (Inquérito) resultados no google docs Apresente uma análise/review da obra de Base dados moodle (Base de arte em termos de forma, cor e textura…crie dados) Googledocs, Zoho no word e partilhe no boxnet Apresente um modelo de dados, criado na (Relatório, resumo, resultado ferramenta base de dados do moodle, pela de investigação, registo de análise da descrição do sistema da análises, construção gráficos) empresa… Analise o vídeo e identifique no vídeo as referências a…registe no Word e partilhe no Partilha/Publicação dropbox Dropbox, BoxNet (Relatório, DIÁRIO [JOURNAL] resumo, resultados de uma Conduza uma investigação para produzir análise) informação sobre…e registe os resultados no google docs. RELATÓRIO [REPORT/PAPER] Estruture/desenhe um questionário no limesurvey para reunir informações sobre… Faça um fluxograma para mostrar as fases críticas descritas deduzidas da descrição do... utilize o gliffy Construa um gráfico para ilustrar a informação selecionada diferenciando/subdividindo as ...usando a folha de cálculo do Zoho

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Tabela 5: Exemplo de atividades e ferramentas web para objetivos classificados no nível de síntese da taxonomia de Bloom SÍNTESE EXEMPLO DE VERBO ESCREVER

PRODUZIR CONCEBER

PLANEAR INVENTAR

CONSTRUIR CRIAR

DESENHAR COMPOR

JUNTAR IDEIAS OU ELEMENTOS COM O OBJETIVO DE CRIAR ALGO ORIGINAL E SE ENVOLVER EM PENSAMENTO CRIATIVO. EXEMPLO DE EXEMPLO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM FERRAMENTAS WEB ESCRITA CRIATIVA/ TEMPESTADE DE IDEIAS [ESSAY/BRAINSTORMING] Escreva uma história que…utilizando o toondoo Escreva um programa de TV, jogo, teatro de fantoches, dramatização, música ou mímica sobre...utilizando o google docs. Produza um texto sobre os seus sentimentos Autor/produção Toondoo (animação, escrita em relação ao ...utilizando o google docs criativa) DISSERTAÇÃO/TESE [THESIS] Conceba uma forma de ...registe num GoogleDoc (relatório, escrita criativa, registo de conceções) documento e partilhe no boxnet Wix (criação de posters, sites, Faca um plano de marketing da campanha e folhetos, anúncios) partilhe no dropbox Pixlr (criação de capas, PORTFÓLIO DE PRODUÇÕES desenhos) Invente uma máquina…e partilhe a fotografia Jamstudio (compor musica) no flickr Construa uma planta para a construção de uma casa…utilizando o floorplanner Crie um novo produto…e inclua a foto do produto no seu e-portfolio no carbomade Crie um anúncio usando o wix Desenhe uma capa para o livro, revista...utilizando o pixlr Componha um ritmo utilizando o Jamstudio Partiha/Publicação BoxNet /Dropbox/Zoho (partilha de documentos, planos, projetos, conceções) Floorplanner (plantas de casas) Carbomade (Portfólio) Flickr (produções, invenções)

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Tabela 6: Exemplo de atividades e ferramentas web para objetivos classificados no nível de avaliação da taxonomia de Bloom AVALIAÇÃO EXEMPLO DE VERBO ACONSELHA R RECOMEND AR JULGAR

AVALIAR CRITICAR OPINAR

CONVENCER DISCUTIR ARGUMENTA R JUSTIFICAR

JULGAR O VALOR DE IDEIAS, MATERIAIS E MÉTODOS PELO DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE STANDARDS E CRITÉRIOS. EXEMPLO DE EXEMPLO DE ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM FERRAMENTAS WEB CRÍTICA DE UM LIVRO [BOOK REPORT] Escreva uma carta para aconselhar as mudanças necessárias em .publique no facebook Faca uma recomendação sobre o livro lido e publique no facebook RELATÓRIO [REPORT PAPER] Prepare uma lista de critérios para julgar um…e publique no blogspot Indique as prioridades e avaliações de... e publique no blogspot Utilize o wikispace para apresentar as suas críticas ao trabalho dos colegas DEBATE/ARGUMENTAÇÃO/NEGOCIAÇÃO/DIÁ LOGO POR PARES [DEBATE/ARGUING/NEGOCIATION/PAIR DIALOGUE] Participe no debate opinando sobre o tema…no fórum do lms/facebook Convença os colegas que …pela participação em Comunicação tempo real na conferencia do anymeeting Facebook, wikispaces, Forme um painel para discutir pontos de vista plaxo (recomendar, sobre…utilizando o skype opinar, aconselhar, JOGO/DESEMPENHO DE PAPEIS [ROLE criticar) Skype, MSN, google talk PLAY/GAME] Participe no fórum do lms com o desempenho (discutir) de papéis sobre o caso estudado e argumente Bigbluebutton, Voicethread, Mikogo, em prol da sua personagem Anymeeting (convencer) Foruns do Moodle; blackboard; sakai, etc. (Argumentar, opiniar, justificar ) Partilha/Publicação Blogspot (julgar, avaliar)

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Operacionalização da estrutura curricular A estrutura apresentada foi implementada na unidade de Sistemas de e-Learning (SE), do curso de pós-graduação em “Tecnologias para a Comunicação e Inovação Empresarial” (TCIE), em regime de b-learning, do ISCAP/IPP. Esta unidade foi desenhada seguindo as orientações do modelo Mipo (Peres and Pimenta 2009) e decorreu de acordo com o seguinte contexto:

Nome da Unidade Curricular  Nome do Curso  Ano Lectivo  Ano do Curso  Duração (total de horas)  Data de Inicio  Data de Fim  Periodicidade (horas/semana) Número de alunos Inscritos 

SISTEMAS DE E‐LEARNING  Tecnologias na Comunicação  2011/2012 1ª  30 07‐10‐2011  19‐11‐2011  1 aula presencial de 4horas de 3 em 3  semanas  14

Figura 2: Descrição do contexto da unidade de SE.

Os alunos inscritos nesta unidade são profissionais de diversas áreas e procuram com esta pós-graduação uma atualização essencialmente tecnológica. Para a unidade de “Sistemas de e-Learning” foi definida a seguinte necessidade de instrução:

Objectivos globais  Módulos programáticos 

CRIAR UM SISTEMA DE E‐LEARNING EM CONTEXTO  EDUCACIONAL E/OU ORGANIZACIONAL  MI – As Buzzwords dos sistemas de e‐Learning MII – Ferramentas de e‐Learning  MIII – O e‐learning em Portugal  MIV – Metodologias dos sistemas de e‐learning 

Figura 3: Necessidades de Instrução da Unidade de sistemas de e-learning.

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Nesta unidade procurou-se desenvolver as seguintes competências transversais (soft skills):

SOFT SKILLS  SS1 – Aprender a aprender SS2 – Processar e gerir informação SS3 – Habilidade de dedução e análise SS4 – Habilidade tomar decisões SS5 – Competências de expressão verbal e de comunicação  SS6 – Trabalho em equipa SS7 – Capacidade de resolução de problemas SS8 ‐ Gestão e liderança, pensamento estratégico SS9 – Auto‐gestão e auto‐desenvolvimento

Figura 4: Competências transversais a desenvolver na unidade de SE.

Para a unidade de sistemas de e-learning foram estabelecidos os seguintes prérequisitos: - Para frequentar este módulo é necessário ter acesso a um computador com ligação à Internet (preferencialmente de banda larga) e um browser (programa para navegar na web) como o Internet Explorer, o Netscape Navigator, o Firefox ou outro que esteja atualizado e operacional. - Saber utilizar um processador de texto, um programa de correio eletrónico e possuir conhecimentos mínimos de pesquisa na World Wide Web.

O Moodle4 foi o ambiente de formação escolhido, por ser a plataforma disponibilizada pela instituição. Os objetivos gerais foram especificados, classificados na taxonomia de Bloom e distribuídos pelos diferentes módulos programáticos de acordo com a seguinte tabela:                                                              4

Moodle: 61

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Objetivo específicos/Módulos 

Bloom MI  MII  MIII  MIV

Obj1. Lista as vantagens e desvantagens associadas ao ensino  a distância  Obj2.Descrever as principais funcionalidades dos sistemas de  e‐learning  Obj3.Utilizar as principais ferramentas web de produção Obj4.Utilizar as principais ferramentas web de  partilha/publicação  Obj5.Utilizar as principais ferramentas web de comunicação Obj6.Emitir opiniões sobre o panorama do e‐learning em  Portugal  Obj7.Analisar os contextos de um projecto de e‐learning Obj8.Conceber atividades de aprendizagem a distância Obj9. Conceber um sistema de e‐learning Obj10.Avaliar um projeto de e‐learning

1

X

 

 

 

2

X

 

 

 

3 3

X  X 

   

   

3 6

X   

  X 

   

4 5 6 6

       

       

X X X X

Figura 5: Objetivos, respetiva classificação e distribuição por módulos da unidade de SE. A avaliação teve em conta o alcance dos objetivos especificados sendo formativa e sumativa de um modo presencial e online. Os conteúdos foram sequenciados considerando os objetivos definidos, resultando no seguinte programa para a unidade curricular:

MI – As buzzwords dos sistemas de e-learning Definição de aprendizagem O e-learning e o b-learning Os sistemas de gestão da aprendizagem: o sistema técnico, administrativo/gestão e pedagógico/educacional MII – Ferramentas de e-Learning Ferramentas de produção Ferramentas de partilha/publicação Ferramentas de comunicação M III – O e-learning em Portugal Panorama nacional do recurso aos sistemas de e-learning MIV– Metodologias dos sistemas de e-learning Contextos de aprendizagem Atividades de aprendizagem Implementação de um projeto de e-learning Avaliação de projetos de e-learning

Figura 6. Programa definido para a unidade de sistemas de e-learning 62 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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As atividades de aprendizagem foram definidas segundo um percurso de aprendizagem direcionado para o alcance dos objetivos cognitivos seguindo uma filosofia behaviorista predominante no início da unidade e progredindo para uma aprendizagem mais do tipo sócio-construtivista no final da unidade e/ou alguns dos temas. Para cada módulo foram definidas atividades de aprendizagem capazes de preparar os estudantes para o que lhes seria exigido aquando da avaliação. As tabelas 1 a 6, que resultaram do processo de revisão da literatura, foram utilizadas para suportar as escolhas aquando da definição das estratégias de aprendizagem e das ferramentas Web a utilizar, derivando na seguinte estrutura. A Tabela 7 considera os objetivos classificados no nível 1 da taxonomia de Bloom, as respetivas atividades de aprendizagem e as ferramentas usadas na unidade de SE da Pós-graduação em TCIE do ISCAP.

Tabela 7: Atividades e ferramentas Web definidos para os objetivos classificados no nível de conhecimento da taxonomia de Bloom da unidade de SE. CONHECIMENTO

RELEMBRAR UMA INFORMAÇÃO DADA

OBJETIVO

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

FERRAMENTAS WEB

PALAVRAS CRUZADAS

Autor/produção

A1 - Vamos jogar (Listar as vantagens /desvantagens

Hotpatatoes

OBJ1.

Listar

as

vantagens /desvantagens associadas ao ensino a distância

associadas ao ensino a distancia pelo preenchimento das palavras cruzadas definidas no hotpatatoes)

A Tabela 8 considera os objetivos classificados no nível dois da taxonomia de Bloom, as respetivas atividades de aprendizagem e as ferramentas usadas na unidade de SE da Pós-graduação em TCIE do ISCAP.

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Tabela 8: Atividades e ferramentas Web definidos para os objetivos classificados no nível de compreensão da taxonomia de Bloom da unidade de SE. COMPREENSÃO

ENTENDER UM CONHECIMENTO FORNECIDO

OBJETIVO

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

FERRAMENTAS WEB

Oj2.

QUESTIONAMENTO (EXPLICAR)

Autor/produção

A2 – Clarificando conceitos (Explique/descreva cada

Glossário

Explicar/Descrever as

principais

funcionalidades

uma das funcionalidade associadas ao LMS escolhido, utilizando o glossário do moodle)

dos sistemas de elearning

A Tabela 9 considera os objetivos classificados no nível três da taxonomia de Bloom, as respetivas atividades de aprendizagem e as ferramentas usadas na unidade de SE da Pós-graduação em TCIE do ISCAP.

Tabela 9: Atividades e ferramentas Web definidos para os objetivos classificados no nível de aplicação da taxonomia de Bloom da unidade de SE. APLICAÇÃO

UTILIZAR ESTRATÉGIAS, CONCEITOS, PRINCÍPIOS E TEORIAS EM NOVAS SITUAÇÕES

OBJETIVO Obj3.Utilizar

as

principais ferramentas web de produção Obj4.Utilizar

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

FERRAMENTAS WEB

EXPERIMENTAÇÃO

Autor/produção

A3 – Caixa de ferramentas individuais (utilize uma das

Glossário

ferramentas

web

individuais

e

partilhe

as

suas

experiencias no glossário) as

A4 – Caixa de ferramentas de publicação (utilize uma

principais

das ferramentas web de publicação e partilhe as suas

ferramentas web de

experiencias no glossário)

partilha/publicação

Obj5.Utilizar

as

A5 – Caixa de ferramentas sociais (utilize uma das

principais

ferramentas web de comunicação e partilhe as suas

ferramentas web de

experiencias no glossário)

comunicação

64 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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A Tabela 10 considera os objetivos classificados no nível quatro da taxonomia de Bloom, as respetivas atividades de aprendizagem e as ferramentas usadas na unidade de SE da Pós-graduação em TCIE do ISCAP. Tabela 10: Atividades e ferramentas Web, definidos para os objetivos classificados no nível de análise da taxonomia de Bloom da unidade de SE. ANÁLISE

DECOMPOR A INFORMAÇÃO NAS SUAS PARTES CONSTITUINTES

OBJETIVO

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

FERRAMENTAS WEB

CASO DE ESTUDO

Autor/produção

A7 – Pontapé de saída (analise o contexto para o

Google Docs

Obj7.Analisar contextos projeto

de de

os um e-

learning

sistema de e-learning que irá desenvolver e registe no google docs)

A Tabela 11 considera os objetivos classificados no nível cinco da taxonomia de Bloom, as respetivas atividades de aprendizagem e as ferramentas usadas na unidade de SE da Pós-graduação em TCIE do ISCAP.

Tabela 11: Atividades e ferramentas Web, definidos para os objetivos classificados no nível de síntese da taxonomia de Bloom da unidade de SE. JUNTAR IDEIAS OU ELEMENTOS COM O OBJETIVOS DE CRIAR ALGO ORIGINAL

SÍNTESE

E SE ENVOLVER EM PENSAMENTO CRIATIVO OBJETIVO

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

FERRAMENTAS WEB

Obj8.Conceba

DISSERTAÇÃO/TESE

Autor/produção

A8 – Construindo atividades (conceba as atividades de

Google Docs

atividades

de

aprendizagem

a

distância

no google docs)

Obj9.Conceba sistema

aprendizagem a distancia para o seu e-curso e registe

de

um e-

A9 – O meu projeto de e-learning (conceba o seu sistema de e-learning e registe no google docs

learning

65 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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A Tabela 12 considera os objetivos classificados no nível seis da taxonomia de Bloom, as respetivas atividades de aprendizagem e as ferramentas usadas na unidade de SE da Pós-graduação em TCIE do ISCAP. Tabela 12: Atividades e ferramentas Web, definidos para os objetivos classificados no nível de avaliação da taxonomia de Bloom da unidade de SE. AVALIAÇÃO

JULGAR

O

VALOR

DE

IDEIAS,

MATERIAIS

E

MÉTODOS

PELO

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE STANDARDS E CRITÉRIOS OBJETIVO Obj6.Emitir opiniões panorama

sobre

o

do

e-

learning

em

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

FERRAMENTAS WEB

Debate/negociação/diálogo por pares

Partilha/Publicação

A6 – Estudo de casos (Participe no debate promovido no

Blogspot

fórum do moodle opinando sobre o panorama do elearning em Portugal)

Portugal

Comunicação Fórum do moodle

Obj10.Avaliar projeto learning

de

um e-

Report paper A10 – avaliando um projeto de e-learning (faça uma auto-avaliação do seu projeto de e-learning publique o respectivo link e os seus comentários no blospot)

Em resumo, foram definidas as seguintes atividades de aprendizagem: Actividade  A1 – Vamos jogar  A2 – Clarificando conceitos  A3 – Caixa de ferramentas individuais  A4 – Caixa de ferramentas de publicação A5 – Caixa de ferramentas sociais  A6 – Estudo de casos  A7 – Pontapé de saída A8 – Construindo atividades  A9 – O meu projecto de e‐learning  A10 – Avaliando um projeto de e‐learning

OBJ MI MII  1 X   2 X   3 X  3 X  3 X  6   5   6   6   6  

MIII            X         

MIV             X  X  X  X 

Figura 7: Lista das atividades classificadas na taxonomia de Bloom para a unidade de SE e respetiva distribuição por módulos programáticos. 66 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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Cada atividade foi detalhada segundo os elementos do modelo “Mipo” (Peres and Pimenta 2009). Eis um exemplo de detalhe de uma atividade de aprendizagem:

Tabela 13: Exemplo de detalhe de uma atividade de aprendizagem definida para a unidade de SE OBJETIVOS 

Obj3.Utilizar as principais ferramentas web de produção (nível 4 da  Taxonomia de Bloom).  Paralelamente  pretende‐se  o  desenvolvimento  das  seguintes  competências: Aprender a aprender; Processar e gerir informação;  Auto‐gestão e auto‐desenvolvimento  MODELOS, MÉTODOS E  Foco numa perspetiva cognitivista (através de um processo dinâmico  TÉCNICAS  de codificação, processamento e reconhecimento da informação) e  construtivista (no qual é valorizado o ato de aprender por parte do  PEDAGOGICAS  aluno).  Esta  atividade  é  realizada  num  modo  individual  e  são  utilizados  métodos  afirmativos  (expositivos  e  demonstrativos)  e  métodos ativos e interrogativos (indutivos e dedutivos). A definição  dos  processos  práticos  foi  guiada  pelo  ciclo  experimental  de  Kolb  (Kolb  1984).  Numa  primeira  fase,  são  consideradas  as  experiências  concretas  que  se  faz,  ou  vê  fazer.  Numa  segunda  fase  procura‐se  refletir  e  discutir  sobre  a  experiência  realizada  recorrendo,  por  vezes,  à  análise  de  documentos  suplementares.  De  seguida,  na  tentativa de clarificar o que foi executado procura‐se ler os manuais  teóricos  para  melhorar  o  conceito  da  realidade.  A  fase  final  corresponde  à  descoberta  da  utilidade  prática  associada  à  experiência  realizada.  As  atividades  de  aprendizagem  sugeridas  seguem  as  orientações  de  Honey  e  Mumford  (1982)  e  procuram  cobrir os diferentes estilos de aprendizagem  (Gardner 2000)(Felder  and Brent 2006).  SUJEITO/COMUNIDADE  Esta  atividade  destina‐se  aos  alunos  da  pós‐graduação  em  Tecnologias na Comunicação e Inovação Empresarial.  TÍTULO  Caixa de ferramenta de produção  DESCRIÇÃO  Nesta  atividade  serão  apresentadas  as  ferramentas  web  de  produção e demonstrada a sua utilização num contexto geral e num  contexto específico de aprendizagem online. Inicialmente é proposta  a  leitura  e  visualização  de  um  conjunto  de  materiais  sobre  as  ferramentas  de  produção.  De  seguida  é  sugerido  um  momento  de  experimentação.  Após  o  estudo  dos  conceitos  associados  aos  contextos  de  aprendizagem  online  é  sugerida  a  utilização  das  ferramentas  web  de  produção  em  contexto  educacional.  Esta  atividade tem uma duração prevista de 3 horas de carga de trabalho  (autónomo e comunicação assíncrona).   FERRAMENTAS  Ferramentas de produção  Fórum de apoio ao módulo.  67 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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Fórum para ajuda técnica.  Bibliografia/Webgrafia referenciada no xerte da atividade.  Fases  da  atividade  implementadas  no  xerte  (objeto  de  aprendizagem):  F1  –  Despertar  o  interesse  através  da  apresentação  de  situações  concretas na utilização das ferramentas web de produção  F2  ‐  Leitura  de  materiais  de  apoio  sobre  as  ferramentas  web  de  produção  F3  –  Visualização  de  um  vídeo  sobre  as  ferramentas  web  de  produção  F4 – Experimentação de ferramentas web de produção  F5 – Reflexão e discussão sobre a experiencia realizada  F6 – Leitura de materiais sobre os contextos de aprendizagem online  F7 – Visualização de um exemplo de utilização das ferramentas web  de produção em contexto educacional  F 8 – Interações de autoavaliação  F9 – Proposta de desenvolvimento de um trabalho sobre a utilização  pedagógica de uma ferramenta web de produção  F10 – Conclusões da atividade  DIVISÃO DO TRABALHO  Funções do formador:  Numa dimensão predominantemente pedagógica:  •  Discutir as expectativas no início da atividade  •  Manter o propósito da atividade  •  Acompanhar  o  processo  assumindo  funções  simultaneamente  de  revisor  e  consultor,  fornecendo  um  feedback  construtivo;  •  Ajudar os formandos a preparar a participação da atividade  •  Apresentar as conclusões da atividade    Numa dimensão predominantemente social:  •  Ajudar a estabelecer um tom positivo e útil às mensagens;  •  Construir um clima de confiança;  •  Corrigir com consideração;  •  Motivar formando para o envolvimento da atividade    Numa dimensão predominantemente de gestão:  •  Definir e calendarizar da atividade  •  Acompanhar  o  processo  para  eventuais  ajustes  e  resolução  de problemas;  •  Monitorizar o tempo de resposta às solicitações;  •  Planear  cuidadosamente,  considerando  as  estratégias  de  gestão da comunicação síncrona e/ou assíncrona;  •  Criar  um  espaço  web  de  apoio  que  explique  os  procedimentos do curso e encoraje os formandos na participação;  •  Manter  o  funcionamento  da  atividade  de  acordo  com  as  regras definidas;  E‐CONTEÚDOS  FASES 

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•  Auxiliar a gestão das tarefas de grupo e individuais.  Numa perspetiva predominantemente técnica: 

• Demonstrar aos formandos como interagir com a ferramenta • Disponibilizar tutoriais, manuais explicativos • Criar um espaço Web para o esclarecimento de dúvidas técnicas.

REGRAS 

Funções do formando:  Desenvolver  a  atividade  e  todas  as  tarefas  sugeridas  participando  ativamente.  Esta atividade foi desenvolvida no xerte5. Os alunos devem seguir as  lições pelo percurso definido ou aceder ao menu para ter o acesso  direto  aos  elementos  que  constituem  a  atividade.  Não  se  propõe  uma sequência definida de fases mas sim a execução repetida de um  ciclo  constituído  por  uma  série  de  atividade  com  ou  sem  sobreposição,  onde  a  evidência  de  cada  uma  depende  das  preferências  individuais  mais  práticas  ou  mais  teóricas  e  dos  conhecimentos que temos da matéria em estudo.  Todas  as  ideias  são  bem‐vindas.  A  honestidade  e  a  reflexão  crítica  são valorizadas;  •  Participe  frequentemente.  Ambas  as  atividades  de  leitura  e  resposta são vitais para a discussão/curso;  •  Construa sobre as ideias dos outros. Esta é a principal força  da discussão. Fique à vontade para questionar, reagir e desenvolver  pensamentos com os outros;  •  Descubra o seu próprio estilo de leitura e resposta;    • Todas as dúvidas, dificuldades de acesso ou comentários

adicionais à atividade devem ser formulados no "Fórum de ajuda", que se encontra no início da página principal do curso.

RESULTADOS 

•  Utilize o e‐mail para a comunicação privada;  •  Não faça ataques pessoais ou blasfémias;  No  final  da  atividade  terá  construído  uma  aplicação  prática  das  ferramentas web de produção no contexto educacional. 

O planeamento e os detalhes das atividades foram amplamente divulgados no ambiente de formação. O acompanhamento das atividades foi efetuado numa perspetiva pedagógica, mas também social, técnica e de gestão, seguindo os elementos detalhados em cada atividade de aprendizagem.                                                              5

Xerte: http://www.nottingham.ac.uk/xerte/ 69

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O plano de lições elaborado constituiu um guia que conduziu o processo de aprendizagem. Para a unidade de SE (Sistemas de e-learning) produziu-se o seguinte guião/cronograma:

Figura 8: Cronograma definido para a unidade de SE.

Após a definição do cronograma foram desenvolvidos e/ou adaptados os conteúdos e todos os documentos associados à unidade. Foram ainda identificadas as necessidades de hardware e software para que os alunos pudessem seguir o guião desenhado. No final, a unidade foi disponibilizada online e seguiu-se o plano definido,

fornecendo

aos

alunos

o

suporte

necessário

para

que

estes

compreendessem as matérias em estudo e atingissem os objetivos definidos.

Recomendações extraídas da operacionalização da estrutura curricular apresentada Com este trabalho foi possível extrair um conjunto de recomendações para a preparação de uma unidade/curso online. Embora se procure evitar ceder à tentação de transpor as práticas presenciais para a distância, não será necessário romper com o paradigma do que se faz e sempre se fez, muitas vezes, durante anos de experiência profissional e começar (tudo) de novo. O planeamento curricular pode 70 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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ser inicialmente suportado na estrutura tradicional e refletir as necessárias adaptações a diferentes contextos digitais – em muitos casos, estas situações ocorrem em simultâneo e é necessário garantir a realização de atividades de ensino e aprendizagem mais tradicionais e também em novas iniciativas baseadas em elearning e numa das possíveis suas modalidades. Ao adaptar os materiais de apoio utilizados nas aulas presenciais para um ambiente online é necessário ter em conta que este deixa de ter como função completar ou formalizar as sessões presenciais, deve acrescer todos os detalhes, evitando qualquer tipo de dúvidas por parte dos estudantes – promovendo a sua capacidade de forma autómona de modo a realizarem o seu percurso de aprendizagem. Dado que os alunos podem aceder aos conteúdos a qualquer hora do dia ou da noite, não se deve incluir referências temporais. É importante que cada lição/sessão assíncrona apresente os respetivos objetivos e programa, correspondendo a subpartes da ficha da unidade/curso. É importante ainda não cair na tentação de disponibilizar demasiados conteúdos pois é fácil a sua disponibilização online mas é difícil a sua assimilação por parte dos estudantes num curto espaço de tempo. Os conteúdos disponibilizados devem ser os suficientes para o desenvolvimento das atividades de aprendizagem definidas. Não obstante a disponibilização de informação complementar para um eventual aprofundamento sobre a temática em estudo. A inclusão de elementos multimédia promove a motivação e a interação ao longo da apresentação de conteúdos. Considerando a abrangência da audiência online os conteúdos e as atividades podem não ser desenvolvidos unicamente para um conjunto de estudantes da turma. Pode ponderar-se a disponibilização de conteúdos e atividades (ou parte deles) nas redes sociais, em comunidades online que lucram com as interações em grande escala. Pode constituir uma forma de validação e de melhoria incremental, por uma atualização contínua e interativa. Pode mesmo servir o marketing pessoal do professor e dos estudantes, que devem estar preparados para esta exposição e para responsabilidade que lhe está associada. Neste ponto, devem ser 71 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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salvaguardadas as questões de direitos de autor e providos mecanismos para assegurar uma qualidade mínima dos conteúdos. Quanto mais elevados forem os níveis de conhecimento exigidos, maior será a necessidade de tempo para alcançar esses mesmos objetivos. É importante estimar, o mais fielmente possível, o tempo necessário para a realização de cada atividade. A inclusão de um diário de bordo onde os estudantes registam o tempo despendido em cada atividade pode constituir um instrumento válido para fomentar melhorias de qualidade e eventuais adaptações em futuras edições. A avaliação deve ser tão clara quanto possível. Deve refletir as atividades desenvolvidas e apresentar as ponderações e eventuais penalizações por incumprimento dos prazos. A dimensão tempo é um elemento essencial para a mediação entre professor e aluno. Na estrutura de comunicação online, é importante que cada lição/sessão assíncrona a ser desenvolvida pelo estudante, possua uma mensagem, num tom quase pessoal, de introdução ao tema e às atividades a realizar, assim como uma mensagem de término com antevisão do que irá estudar na lição seguinte. Deste modo, transmite-se a ideia de progresso e ajuda-se os estudantes a localizarem-se no seu percurso de aprendizagem. Simultaneamente, evita-se transformar o LMS num repositório de informação! Ainda na estrutura de comunicação é importante evitar o envio de ficheiros, de modo individual, por e-mail. Se as conversações, as dúvidas esclarecidas, as sessões de tutoria6 e síncronas forem disponibilizadas no ambiente de formação evita-se a repetição das respostas às mesmas perguntas e promove-se um melhor acompanhamento por parte de todos os intervenientes. É importante que os alunos recebam informação/notícias sobre a evolução do curso via e-mail/sms ou outro, de modo a manterem-se envolvidos num curso dinâmico e interativo. Se um aluno não participa ativamente nas discussões pode estar a figurar um estilo individual, não comprometendo necessariamente a aprendizagem pois pode estar a aprender pelo                                                              6

Sessões de acompanhamento e suporte ao estudo individual de cada aluno. 72

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acompanhamento que faz das interações. Num ambiente online é possível proporcionar uma formação personalizada e adaptada a diferentes estilos individuais de aprendizagem, possibilitando, por exemplo, que um aluno primeiro tente fazer os exercícios e só depois, em caso de dúvidas, consulte os materiais de apoio ou tente a profundar determinados pontos. Ou seja, permite a flexibilidade na definição de percursos de aprendizagem. A inclusão de elementos multimédia, ainda que transmitam a mesma mensagem, poderá responder a diferentes estilos pessoais e possibilitar a criação de diferentes cenários de aprendizagem. Num contexto de formação a distância é necessário refletir sobre a tutoria oferecida. Alunos diferentes necessitam de apoios diferentes para alcançar os mesmos objetivos. O tutor deve oferecer um apoio constante aos alunos, não obstante a racionalização dos tempos e a padronização dos feedbacks, para uma otimização do modo a melhor gerir o tempo despendido nessas tarefas. É importante fornecer respostas, em tempo útil, a todas as intervenções, um feedback motivador e construtivo (quando o trabalho necessita de medidas corretivas ou quando responde aos objetivos definidos) ou uma mensagem informativa sobre a receção do trabalho e futura análise. Desta forma, os estudantes sentem-se acompanhados e motivados para progredir, caso contrário, incorre-se num elevado risco de desistências.

Considerações Finais Com este trabalho foi pretendida a exemplificação de como se pode estruturar um percurso de aprendizagem, num alinhamento entre os objetivos, as atividades de aprendizagem e as ferramentas Web. A concretização apresentada facilitará futuras reutilizações. Deste modo, é proposto um guião de ação. Pode ser tomado como ponto de partida, as tabelas 1 a 6 que resultam do processo de revisão da literatura, sendo 73 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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que, de seguida, se devem selecionar os verbos de ação, mediante os objetivos a implementar e analisar a viabilidade das atividades sugeridas e respetivas ferramentas Web. Assim, ao mesmo tempo que são definidos os objetivos da unidade curricular, também se definem as atividades a desenvolver e são selecionadas as ferramentas Web a utilizar. Esta operacionalização facilita os processos burocráticos associados à planificação curricular e o entendimento por parte de todos os intervenientes. O modelo de planeamento curricular apresentado neste artigo oferece uma forma de abordar o processo, que garante que todos os componentes fundamentais são contemplados e as suas interligações justificadas. Necessita, no entanto, de um incremento no número de aplicações de modo a imprimir maior consistência e exemplos de utilização. O guião apresentado pode ser replicado em qualquer unidade/curso em regime de e/b-learning. O trabalho descrito neste artigo encontra-se em constante evolução quer conceptual quer tecnológica. Num futuro próximo, prevê-se a implementação deste guião num portal Web que agilize os processos burocráticos e permita a partilha e reutilização de cenários de aprendizagem que promovam a partilha entre diferentes professores, de boas práticas.

Referências Anderson, L. W. (1999). Rethinking Bloom’s taxonomy: Implications for testing and assessment. ERIC Document Reproduction Service. Barreira, Anibal, and Mendes Moreira. 2004. Pedagogia das Competencias. Da teoria a pratica. Edições Asa. Bloom, Bejamin, Max Engelhart, Edward Frust, Walker Hill, and David Krathwohl. 1975. Taxonomia de los Objectivos de la Educacion: La classificacion de las metas educacionales. Editorial El Ateneo. 74 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

 

 

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Sobre os Autores Paula Peres Doutorada e pós-doutorada na área das tecnologias educativas, Mestre em Informática e Licenciada em Informática-Matemáticas Aplicadas. Docente, na área de informática, do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto/Instituto Politécnico do Porto, ISCAP/IPP e na área do e-Learning na Universidade Católica Portuguesa. É membro da unidade de coordenação do PAOL – Unidade de Inovação em Educação do ISCAP/IPP, é diretora do curso de pós-graduação em Tecnologias para a comunicação e Inovação Empresarial e coordena o centro de educação corporativa do ISCAP/IPP. Tem alguns livros publicados na área de informática e na área do e-Learning. Desenvolve pesquisas no contexto da integração das Tecnologias WEB no Ensino Superior. http://www.linkedin.com/in/paulaperes. Luis Borges Gouveia Professor Associado com Agregação, Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal. Agregado em Gestão Industrial (Gestão do Conhecimento) pela Universidade de Aveiro (2010). Doutorado em Ciências da Computação pela Universidade de Lancaster (UK, 2002). P o s s u i o Mestrado em Engenharia Electrónica e de Computadores, pela Universidade do Porto (1995) e a Licenciatura em Matemáticas Aplicadas/Informática (1989) pela Universidade Portucalense. Os seus interesses incluem o impacto da Sociedade da Informação e o uso do digital na educação e nos negócios. Possui página Web em http://homepage.ufp.pt/~lmbg Revista EducaOnline, Volume 6, No 1, Janeiro/Abril de 2012. ISSN: 1983-2664. Este artigo foi submetido para avaliação em 18/11/2011 e aprovado para publicação em 20/12/2011. 76 Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de Comunicação Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação – LATEC/UFRJ

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