Desenvolvimento da expressividade no violino: estudo de caso de composições de uma criança

May 23, 2017 | Autor: R. Dourado Freire | Categoria: Educação Musical, Cognição Musical
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Publicado no XII SIMCAM, UFRGS - 2016

Desenvolvimento da expressividade no violino: estudo de caso de composições de uma criança

Juliana Lima Verde Universidade de Brasília – UnB [email protected]

Ricardo Dourado Freire Universidade de Brasília – UnB [email protected]

Resumo: Este trabalho apresenta uma pesquisa desenvolvida programa de extensão Música para Crianças da Universidade de Brasília. O presente estudo visa investigar o desenvolvimento da expressividade no processo de aprendizagem do violino por meio de três composições de uma criança. Estudos sobre a expressividade musical estão crescentes nos últimos anos, apoiados em vários subtemas como: interpretação, parâmetros sonoros, emoções, comportamento expressivos entre outros. A partir dos estudos na performance foi possível abordar a expressividade também na Cognição e Psicologia da Música, na compreensão dos processos cognitivos. A composição é um meio de observar o processo do desenvolvimento da expressividade. O procedimento metodológico trata de um estudo de caso longitudinal de um único aluno de violino que participa do programa. Os dados são constituídos por 3 composições elaboradas pelo próprio aluno, uma entrevista com o aluno e uma entrevista com o professor de violino. Os resultados mostram que a criança foi capaz de desenvolver elementos expressivos, tanto na composição quanto na execução. As composições são exemplos representativos, pois nelas a criança foi capaz de escolher quais os elementos que deveriam ser explorados musicalmente. Palavras-chave: expressividade, performance musical, violino, processo composicional. Development of expression on the violin: a case study of a child's compositions Abstract: This paper presents a research developed in the Música para Crianças Outreach Program at the Universidade de Brasília- UnB. The present study aims to investigate the development of expressiveness in the process of violin learning through musical composition of a child. Studies on the musical expressiveness have increased in recent years, supported by several subtopics such as interpretation, sound parameters, emotions, expressive behavior, among others. From studies in performance it was possible to address the expressiveness also in Cognition and Psychology of Music, in the understanding of cognitive processes. The composition is a manner to observe the process of expressiveness development. The methodological procedure discusses about a longitudinal case study of a violin student who makes part in the program. The data consist in three compositions prepared by the student during the period of three years. The results demonstrate that the child was able to develop expressive elements, both in composition and execution. The compositions are representative examples, because through them the child was able to choose which elements should be explored musically. Keywords: expresiveness, music performance, violin, musical composition.

Introdução A expressividade é um elemento subjetivo da performance musical que sempre foi objeto de discussão entre músicos, mas que somente a partir do final do séc. XX encontra espaço para tornar-se objeto de pesquisa no meio acadêmico internacional. O tema da expressividade começou a ser abordado ,segundo Benetti (2013a) “ao final do

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século XIX e consistem em investigações voltadas à execuções pianísticas” (2013a, p.27) . Nos últimos anos o estudo sobre expressividade foi favorecido pelo desenvolvimento tecnológico das gravações de áudio e vídeo contribuindo assim, na avaliação dos aspectos acústicos das performances (Benetti, 2013a). Segundo Loureiro (2006) A possibilidade de extrair diretamente do som categorias de informação de conteúdo musical nunca antes imaginadas há 50 anos atrás, permitiu o avanço relativamente recente da pesquisa voltada para a compreensão da emoção e da expressividade. (Loureiro, 2006, p. 8)

Por meio do avanço de estudos relacionadas à performance musical foi possível a expressividade também ser discutida como objeto de pesquisa na área da Cognição e Psicologia da Música. Autores como Sloboda (1996), Lindström et al. (2003), realizaram estudos sobre como a expressividade pode ser compreendida na performance dos músicos e também pelos ouvintes. Na educação musical, autores como Swanwick (2003), França (2002) abordam a composição musical como um meio do aluno cultivar a expressividade. Nessa perspectiva, o presente trabalho apresenta a composição na contribuição ao estímulo da expressividade, com propósito no desenvolvimento musical da criança. Para França & Swanwick (2002) (...) É crucial que as crianças tenham um ambiente estimulante onde possam experimentar com confiança e liberdade instrumentos e objetos, bem como suas próprias vozes. A educação musical deve preservar o instinto de curiosidade, exploração e fantasia com o qual as crianças vão para a aula. (França & Swanwick 2002, p.10)

Estudos sobre composição na infância são recentes, principalmente com o foco na compreensão musical da criança. Para Benetti (2013b) a expressividade tem o “sentido de comunicar a sua interpretação ao ouvinte” (2013b, p.151). Nesse sentido, França & Swanwick, (2002) afirmam que “o potencial educativo da composição reside no significado e na expressividade que o produto musical é capaz de comunicar” (2002, p.9). Assim, a problemática dessa pesquisa surgiu no processo de observação das aulas em grupo de violino no projeto de extensão de uma universidade pública. Na classe são realizados exercícios da técnica do instrumento e atividades de apreciação e percepção com as crianças. Além disso, no projeto as crianças são estimuladas a improvisar e também ao final do término de cada etapa do repertório as crianças apresentam uma composição de sua própria autoria. A partir deste contexto emerge uma questão: como a

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composição musical contribui no desenvolvimento da expressividade musical da criança no violino? Esta temática poderá contribuir com reflexões para a Educação Musical e também para a Psicologia da Música, no auxílio de futuras pesquisas que tratem sobre o desenvolvimento da expressividade com crianças em prática e performance instrumental. O presente estudo tem como objetivo investigar o desenvolvimento da expressividade no processo de aprendizagem do violino, buscando compreender como a expressividade é manifesta nos trabalhos de composição musical de um aluno de violino. Assim, o objetivo central deste artigo foi investigar o desenvolvimento da expressividade no processo de aprendizagem do violino de uma criança entre 8 e 10 anos. Metodologia O procedimento metodológico empregado na presente pesquisa foi um estudo de caso longitudinal de um único aluno de violino do Programa de extensão Música para Crianças da Universidade de Brasília (MPC-UnB). As composições foram realizadas no período de três anos em que o mesmo compôs na idade de 8 a 10 anos, no qual foram analisados elementos expressivos de suas três composições. Também foram realizadas entrevistas com o aluno e com o professor de violino. Ao final de cada etapa do desenvolvimento do repertório dentro da Metologia Suzuki, os alunos do projeto apresentam um recital de formatura de cada um dos livros. Em cada recital são tocadas as músicas estabelecidas no programa e, dentro do Programa da UnB, ao final o aluno apresenta uma composição própria. Este estudo abordou as seguintes composições: a) Águas Prateadas, apresentado em novembro de 2013, aos 8 anos b) O Filho Pródigo , apresentada em novembro de 2014, aos 9 anos e c) As Bruxas do Pântano , apresentada em setembro de 2015, aos 10 anos. Cada peça foi elaborada a partir de uma imagem ou história para estimular a criatividade da criança. Resultados A peça Águas Prateadas, foi feita a partir da observação do sol refletindo em um lago. Conforme declaração do autor durante a apresentação, a peça descreve um ambiente calmo. O aluno ainda conta que a escolha do título foi a partir de um passeio. Ele relata: “eu fui pro Jardim Botânico, aí, a gente foi, aí não achei nenhum ... a gente saiu de lá, aí eu tava passando, aí eu vi num lago que água tava toda brilhando . Aí eu dei esse nome”. A estrutura da peça apresenta duas frases irregulares, a primeira com 5 compassos e a segunda com 6 compassos e uma coda final de dois compassos. A

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melodia inicia em Mi menor e termina a primeira frase na nota sol. A segunda frase direciona-se para Sol Maior e termina com uma coda apresentando uma cadência I- V I. A música apresenta uma única frase de carácter lírico e melódico, na qual as assimetrias criam um ambiente musical no qual cada motivo musical apresenta uma característica própria. As frases apresentam saltos e linhas descendentes que permitem a condução de ideias que podem ser conectadas criando uma melodia bem delineada.

Figura 1- Peça Águas Prateadas apresentada em novembro de 2013 pelo aluno, aos 8 anos.

A composição Filho Pródigo é baseado na parábola bíblica e apresenta dois temas contrastantes que são os andamentos com elementos expressivos. Para a escolha desta peça o aluno (2016) relata que “foi meu pai que mostrou pra mim, não conhecia, ele mostrou o quadro... que era o quadro do Filho Pródigo, aí... é, aí ele contou a história. Aí eu quis fazer uma música”. O primeiro indica um momento feliz apresentado e está escrito em Lá Maior, com um frase de 4 compassos que repete duas vezes. O trecho contrastante está em Mi menor, que é apresentado mais lenta, tempo Adagio, com uma melodia que alterna graus conjuntos, saltos e uma escala descendente, sendo que a frase apresenta 8 compassos que são repetidos. A terceira parte retorna a frase inicial da mesma maneira que o início, para terminar em um ambiente alegre. O aluno explica porque fez esses dois temas contrastantes: “porque ele era rico, ele gastou todo o dinheiro, ficou pobre. E depois ele voltou pro pai dele e ficou feliz de novo”.

Publicado no XII SIMCAM, UFRGS - 2016 Figura 2 –A peça O Filho Pródigo apresentado em novembro de 2014 pelo aluno, aos 9 anos.

As Bruxas do Pântano foi elaborada no segundo semestre de 2015. A peça utiliza o ambiente sonoro de Sol menor para explorar extremos de alturas e apresenta várias mudanças de corda. Além disso, existem trechos com andamentos, compassos e tessituras contrastantes. Aqui não é apresentada uma melodia, mas gestos musicais que exploram saltos grandes. O motivo melódico Sol- Mib- Ré é desenvolvido de diversas maneiras para permitir uma unidade motívica para a peça. Os trechos animados são intercalados com trechos lentos. Segundo o relato do professor de violino, “essas mudanças de caráter são muito presente nas primeiras peças do livro 4 que é o ultimo repertório que ele havia estudadoem 2015 e estão refletidas na ultima composição”. Para esta peça o violinista relata que “É ... meu pai me contou a história do Macbeth” e ele explica: “É que é mais ou menos um rei que morreu por um cara, e o filho desse rei quis vingança. Aí falou com umas bruxas, aí eu fiz uma música sobre bruxas, de meio suspense”.

Figura 3 – Peça As Bruxas do Pântano, apresentada em setembro de 2015 pelo aluno, aos 10 anos.

As três peças mostram abordagem muito diferentes, tanto em termos de estrutura composicional quanto os elementos expressivos utilizados. A primeira peça apresenta uma única melodia, enquanto a segunda apresenta dois temas e na terceira é apresentado um desenvolvimento motívico. A tessitura do instrumento também é utilizada de maneira distinta, no início a melodia fica no âmbito de uma oitava, a segunda abrange uma 13ª e na última peça o salto de duas oitavas é um elemento de contraste tímbrico

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explorado com intenção expressiva. O professor de violino explica a escolha das tonalidades nas composições das peças. Então, aquelas tonalidades são tonalidades comuns mesmo do repertório deles, então assim, a tonalidade não foi escolhida por exemplo por mim, ah vc faz desse jeito, não, eu dou, eu sugiro um tema, um motivo pra ele se inspirar. (...) A tonalidade é, eles que trazem, digamos, eles já trazem a melodia e aí eu sugiro alguma coisa, as vezes a nota tá fora da sequencia, sugiro pra mudar assim, mas isso parte muito mais deles. (XXXX, 2016)

A partir da análise das composições podem-se destacar os elementos expressivos de cada peça. Composições: Elementos Expressivos  Uma única melodia de carácter lírico e melódico.  As frases apresentam saltos e linhas descendentes que permitem a condução de ideias que podem ser conectadas criando uma melodia bem delineada.  Dois temas contrastantes.  O Allegro Affetuoso – momento alegre. O Filho Pródigo  O Adagio apresenta uma melodia que alterna graus conjuntos, saltos e (2014) uma escala descendente.  O final apresenta a frase inicial da mesma maneira que o início.  Não é apresentada uma melodia, mas gestos musicais que exploram saltos grandes. As Bruxas do  O motivo melódico Sol- Mib- Ré é desenvolvido de diversas maneiras e Pântano (2015) apresenta uma unidade motívica para a peça.  Os trechos animados e trechos lentos – Largo.  Fermatas e diminuendo  Acentos e pizzicato Figura 4 – Tabela dos elementos expressivos de cada composição do aluno de violino. Águas Prateadas (2013)

A partir da análise da tabela é possível observar nas composições do aluno o crescente desenvolvimento dos elementos expressivos no período de 2013 a 2015. O professor de violino (2016) do projeto de extensão relata: O que é muito interessante disso, que a gente pega por exemplo um aluno do começo, e ele toca a composição dele, a gente conhece por ali quais são os recursos técnicos que ele tem naquele estágio, então a principio, por que a criança naquele estágio do método poderia tocar com posição dupla? Porque foi os recursos que ele tem ali, no momento. Então, foi lindo ah! encerrou uma tonalidade mais sofisticada, um ritmo mais sofisticado, uma mudança, tudo isso vai acompanhando mesmo as capacidades que ele tem naquela fase, naquela faixa, (...) as próximas composições, os próximos livros aí a gente vai ver mais elementos novos que vão tá acompanhando mesmo a parte técnica que ele tá conhecendo.

No início da entrevista o aluno não lembra muito do que ele havia elaborado na escrita das músicas, porém, no decorrer da conversa ele recorda de alguns trechos e porque havia pensado nos trechos animados para a peça As Bruxas do Pântano, e explica: “Porque eu achei que combinava, sei lá, bruxas voando com vassoura”. Em uma das falas o violinista menciona que gosta mais da peça Filho Pródigo e relata: “Porque , eu acho ,mais, sei lá, marcante (...) Tem parte, a minha parte triste ficou, cada

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parte mostrava o que era, o que ele passou”. Ao final o aluno conta que ao compor e tocar as composições não foi algo difícil para realizar, ele expressa: “quando uma pessoa cria, fica fácil dela fazer (...) Ela sabe né, como é que é!”. Com base no relato do aluno sobre a criação das músicas, França & Swanwick (2002) destacam que: Ao executar suas próprias composições, os alunos estão tocando algo tecnicamente apropriado e expressando seu próprio pensamento musical, com suas formas, expressividade e significados: eles têm a oportunidade de ‘falar’ por eles mesmos. Não é surpreendente que, em vários casos, os alunos tenham tocado suas composições de uma maneira mais sensível e musicalmente mais consistente do que as peças de seu repertório tradicional. (França & Swanwick, 2002, p.10)

A partir do relato do aluno é possível compreender que a composição oferece oportunidades de conhecer histórias e assim criar as músicas. Ainda de acordo com a fala do violinista é possível perceber a participação do pai no enriquecimento cultural e nas discussões que estimulam o início do processo da composição. Considerações Finais Este estudo inicial demonstra que mesmo crianças entre 8 e 10 anos são capazes de desenvolver elementos expressivos, tanto na composição quanto na execução. As composições são exemplos representativos, pois nelas a criança foi capaz de escolher quais os elementos que deveriam ser explorados musicalmente. A ideia de frase foi ampliada para ideia de duas frases e em seguida ampliada para o desenvolvimento motívico. Os contrastes e exploração de timbres e tessituras também auxiliam no desenvolvimento da expressividade. Quanto mais elementos técnicos a criança possui, mais possibilidades de expressão ela pode demonstrar. Isso é possível observar por meio da série de composições, pois a criança vai desenvolvendo o seu discurso. Swanwick (2003) ainda salienta: A composição (invenção) oferece uma grande oportunidade para escolher não somente como mas o que tocar ou cantar, e em que ordem temporal. Uma vez que a composição permite mais tomadas de decisão ao participante, proporciona mais abertura para a escolha cultural. A composição é, portanto, uma necessidade educacional, não uma atividade opcional para ser desenvolvida quando o tempo permite. Ela dá ao aluno uma oportunidade para trazer suas próprias idéias à microcultura da sala de aula, fundindo a educação formal com a “música de fora”. Os professores, então, tornam-se conscientes não somente das tendências musicais dos alunos, mas também, até certo ponto, de seus mundos social e pessoal. (Swanwick 2003, p.68)

O estudo de caso demonstrou que uma criança foi capaz de desenvolver ideias musicais com forma e estrutura, dentro da qual existem elementos expressivos que vinculam ideias musicais e um aspecto intertextual com uma linha narrativa ou

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imagética proposta no título. A série de composições também demonstrou que a criança começou a elaborar elementos contrastantes com características musicais e expressivas próprias, sendo que mudanças de tonalidade, andamento, timbres e tessituras ampliam as possibilidades expressivas. As composições demonstraram a busca de elementos expressivos contrastantes para enfatizar a proposta musical da criança. Esta investigação inicial reforça o intuito inicial de estudo da expressividade musical com crianças. A abordagem com crianças entre 8 e 10 anos oferece diversos desafios e especificidades, mas ao mesmo tempo incentivam e indicam a importância de estudos com crianças nesta faixa etária. As comprovações de capacidades expressivas podem incentivar e contribuir para a valorização da expressividade e da manifestação de intenções musicais individuais em crianças de 8 a 10 anos. Referências Benetti Jr., Alfonso. (2013a). Expressividade e performance pianística. Tese de Doutorado – Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, Aveiro. Acessado em http://ria.ua.pt/handle/10773/12360 Benetti Jr., Alfonso. (2013b). Expressividade e performance: estratégias práticas aplicadas por pianistas profissionais na preparação de repertório. p.149- 172. Revista Opus n. 2. Acessado em http://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/120 França, Cecília Cavalieri; Swanwick, Keith. (2002). Composição, apreciação, performance na educação musical: teoria, pesquisa e prática. 13 (21), p. 5-41. Revista em Pauta n. 21. Acessado em http://seer.ufrgs.br/EmPauta/article/view/8526 Lindström, E., Juslin, P., Bresin, R., Williamon, A.(2003). Expressivity comes from within your soul”: A questionnaire study of music students' perspectives on expressivity. In Research studies in Music Education, 20, p. 23-47. Loureiro, Maurício Alves. (2006). A pesquisa empírica em expressividade musical: métodos e modelos de representação e extração de informação de conteúdo expressivo musical. (p. 7-32). Revista Opus n.12. Acessado em http://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/312/291 Swanwick, Keith. (2003). Ensinando música musicalmente. Trad. de Alda de Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo: Moderna. Sloboda, J. A. (1996). The acquisition of musical performance expertise: Deconstructing the “talent” account of individual differences in musical expressivity. In K. A. Ericsson (Ed.), The road to excellence (p. 107-126). Mahwah: Erlbaum.

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