Design instrucional: A aplicação da aprendizagem baseada em problemas e da metodologia do Design Thinking na EaD

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Design instrucional: A aplicação da aprendizagem baseada em problemas e da metodologia do Design Thinking na EaD Melissa Rocha Gabarrone Mestrado em Educação – Universidade de São Paulo – USP São Paulo - SP – Brasil [email protected]

Abstract. Professional Instructional Design (ID) should always be catching up and knowing ways to prepare the courses and educational projects to meet the needs of a specific group of students and/or participants. The methodologies of Design Thinking and Problem-Based Learning bring methods and techniques that add up to the professional activity of DI and the whole e-learning course development team. The purpose of this article is to demonstrate how these active learning methodologies can contribute to the preparation and implementation of courses (online) become richer and meaningful to the process of teaching and student learning . Resumo.O profissional de Design Instrucional (DI) deve estar sempre se atualizando e conhecendo maneiras de preparar os cursos e projetos educacionais para atender as necessidades de um grupo específico de alunos e/ou participantes. As metodologias de Design Thinking e da Aprendizagem Baseada em Problemas trazem métodos e técnicas que somam na atividade profissional do DI e de toda a equipe de desenvolvimento de cursos a distância. A proposta deste artigo é demonstrar como essas metodologias ativas de aprendizagem podem contribuir para que o preparo e aplicação de cursos (online) se tornem mais ricos e significativos para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

1. Introdução A educação a distância (online) há anos gera muitas reflexões e questionamentos entre os educadores no Brasil e no mundo. A verdade é que ela veio para ficar e vem ganhando espaço entre os alunos, de diferentes idades, com formações e objetivos diversos. Nesse contexto, o designer instrucional também está em constante formação, buscando novos caminhos para atender da melhor forma as expectativas dos alunos em seu processo de ensino e aprendizagem. Atualmente, o desafio de muitos professores é se adequar a essa modalidade de ensino, compreendendo as potencialidades dos ambientes virtuais e de toda a rede digital.É preciso um envolvimento e formação contínua dos profissionais da área de educação.Diante dessa necessidade, o tema de estudos da disciplina Novas Arquiteturas Pedagógicas contribui para um novo olhar no

desenvolvimento de cursos mais significativos e inovadores, seja a distância ou presencial. O foco deste artigo são os cursos a distância e o papel do designer instrucional junto a uma equipe multidisciplinar no desenvolvimento dos materiais didáticos. Com a proposta da disciplina Novas Arquiteturas Pedagógicas, da pós-graduação (stricto senso) da USP, organizada pelo Professor Ulisses Araújo, que traz uma abordagem enriquecedora com foco no aluno, utilizando-se da aprendizagem baseada em problemas (ABP) e da metodologia e técnicas do Design Thinking, foi possível perceber suas aplicações no planejamento e desenvolvimento dos cursos a distância de forma inovadora e atendendo às reais necessidades do aluno. Apesar das ideias que fundamentam a metodologia da ABP já serem conhecidas e abordadas conceitualmente por alguns precursores, como o John Dewey (1859-1952), pode-se dizer que atualmente ela vem ganhando destaque sob o paradigma clássico de ensino. Há mais de 50 anos ela já vem sendo desenvolvida em algumas principais universidades do mundo, como a da Dinamarca (Aalborg), do Canadá (McMaster) e da Holanda (Maastricht). Por meio de pesquisas e acompanhamento de resultados, percebese a eficácia da metodologia, bem como a satisfação dos participantes envolvidos. A aprendizagem baseada em problemas (ABP) está centrada no convívio com a comunidade durante toda a experiência formativa, sendo esse o cenário no qual a aprendizagem ocorre. Outro ponto importante é que nesta metodologia de ensino as várias e diferentes disciplinas se integram com o objetivo da solução de problemas dos indivíduos e da sociedade (VEIGA, 2015). Isso faz da aprendizagem um processo rico, significativo, inovador e prático, fazendo, inclusive, que o aluno tenha uma visão do todo e mais contextualizada. Portanto, a ABP (...) é um método de ensino-aprendizagem em que estudantes deparam inicialmente com um problema, que é sucedido por uma investigação, em um processo de aprendizagem centrada no estudante. É uma metodologia participativa de ensinoaprendizagem que transfere o papel do professor , como transmissão de conhecimentos, para o aluno, considerado o ator principal na construção de seu aprendizado. Os estudantes trabalham com os problemas em pequenos grupos, sob a supervisão de um tutor. (VEIGA, 2015, p.21) Dessa forma, percebe-se que cada vez mais as instituições de ensino e áreas de pesquisa se preocupam e buscam novos modelos de produção e organização do conhecimento, condizentes com as demandas e necessidades das sociedades contemporâneas e daquilo que vem sendo chamado por muitos de “sociedade do conhecimento” (ARAÚJO, 2009). Nesse contexto, ainda devemos apontar as influências do avanço tecnológico e a presença deles na realidade dos jovens estudantes, bem como o papel da educação na formação para a vida em sociedade e no mundo do trabalho. A comunicação em rede e a cultura digital trazem novas possibilidades de construção e produção colaborativa por seus usuários, isso faz com que tais ferramentas tecnológicas possam e devam ser aplicadas à educação com intuito de tornar a experiência mais significativa, principalmente como parte de um processo de produção coletiva. É nesse sentido que a educação a distância (EaD) também se encaixa e deve buscar caminhos para o aprimoramento dos cursos e da aprendizagem de alunos que

fazem seus estudos por esta modalidade. Todo o planejamento e preparo do curso pode ser pensado para que esta proposta e metodologia (ABP) ocorra. Para isso, é preciso que o Designer Instrucional compreenda seu importante papel nesse processo. Compreender de que forma as tecnologias de informação e comunicação contribuem para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem representa uma oportunidade de redescobrir a natureza ímpar, insubstituível e altamente criativa da educação no processo de desenvolvimento humano e social. Esse é o campo de pesquisa e atuação do design instrucional, entendido como planejamento, o desenvolvimento e a utilização sistemática de métodos, técnicas e atividades de ensino para projetos educacionais apoiados por tecnologias. (FILATRO, 2003, P.32) Vale salientar aqui que o termo design instrucional é o adotado neste artigo, porém tem igual significado ao design educacional, utilizado por diferentes autores, instituições e no modelo trabalhista brasileiro (CBO – Classificação Brasileira de Ocupações). Sendo assim, entende-se que é o profissional que implementa, avalia, coordena e planeja o desenvolvimento de projetos pedagógicos/instrucionais nas modalidades de ensino presencial e/ou a distância, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Viabiliza o trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais (BRASIL, 2015).

2. A conexão do DI e as metodologias ABP e DT Pode-se dizer que o designer instrucional (DI) tem sempre o desafio de procurar a melhor maneira de atender a demanda educacional de um grupo, com perfis e necessidades específicas. Neste artigo, a proposta é demonstrar que a aprendizagem baseada em problemas (ABP) é uma das metodologias que pode ser adequada à educação a distância. Para isso, os envolvidos no preparo e aplicação do curso devem compreender a metodologia, suas etapas, objetivos e funções. É necessário o preparo e formação da equipe e dos docentes (especialistas e tutores). Uma equipe que também passará pela etapa de desenvolvimento do curso, antes de sua execução no ambiente virtual de aprendizagem. Esse é o processo que a metodologia de Design Thinking pode ser aplicável, auxiliando o DI e a equipe a preparar um curso significativo ao seu público-alvo. Para o designer instrucional, os dois métodos que se somam estão em momentos diferentes do planejamento de um novo curso a distância: Design Thinking – etapa inicial de conhecimento do perfil, necessidades e expectativas de um grupo de alunos, criação de cursos voltados ao público. Processo que envolverá toda a equipe de produção do curso. Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) – planejamento da execução do curso junto aos alunos. Processo centrado no aluno, com apoio de tutores que devem estar preparados quanto à metodologia e à modalidade de estudos (a distância).

Sendo assim, ao pensar o curso e planejar os materiais didáticos (plano de curso, conteúdo, vídeos, áudios, recursos multimídias etc.), o DI (e equipe) deve conhecer as técnicas do Design Thinking.O DT, assim conhecido e abreviado, é uma metodologia humanista de inovação e criatividade que prevê o trabalho colaborativo e se propõe a ouvir, criar e implantar (IDEO, 2015). É uma abordagem que pode ser aplicada e integrada a todos os aspectos da sociedade na geração de novas ideias, por isso, esse é um caminho sugerido à equipe de desenvolvimento de cursos a distância, buscando implantar cursos diferenciados e, principalmente, voltados à realidade do aluno. Atualmente, a prática profissional de DI está muito aliada aos currículos prédefinidos e aos conteúdos preparados por especialistas que, mesmo tendo os objetivos educacionais identificados e atividades bem estruturadas, pouco se inova ou tende a ouvir o público-alvo, neste caso, os alunos, para entender e saber o que realmente eles buscam e precisam do curso. A ideia aqui é fazer o caminho inverso, começando a prática pelo método de DT – Design Thinking – e assim criar cursos que possam contribuir de maneira efetiva para a vida profissional e educacional dos alunos. Assim sendo, as fases metodológicas do Design Thinking (DT), propostas pelo HCD (Human-Centered Design), que devem ser adequadas e trabalhadas pela equipe de desenvolvimento de cursos a distância, segundo o manual IDEO, são: Ouvir:ouvir as pessoas para entender quais são suas necessidades, suas expectativas e aspirações. Nesta etapa, as pessoas são abordadas dentro da rotina delas para entender melhor suas necessidades. Criar: transformar a pesquisa (levantada na etapa anterior) em soluções para o mundo real, isto é, passar por um processo de síntese e interpretação. Para isso, é necessário filtrar e selecionar as informações, traduzindo-as em insights sobre a realidade atual e as oportunidades futuras. Implementar: criar elementos para a solução alcançar sucesso e também monitorar seu impacto. Esta fase requer o convencimento e envolvimento de todos na definição já discutida na fase “criar”. Para a equipe de EaD e Designer Instrucional, essas etapas podem ser utilizadas no preparo de cursos, ou seja, ouvir seu público-alvo (possíveis alunos) e interpretar suas necessidades (expectativas que buscam ao realizar o curso), para assim encontrar uma solução que atenda essa realidade (satisfação educacional e prática profissional). Geralmente esta equipe de desenvolvimento de curso em EaD é formada por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, o que vem a contribuir com olhares distintos à cada questão e proposta de soluções. Nesse processo, do ouvir ao implementar, o Designer Instrucional (DI) fará parte de cada etapa e poderá montar um mapa conceitual com as informações colhidas pela equipe. Esse mapa conceitual deve trazer o eixo condutor do curso, com a linha dos conteúdos a serem disponibilizados, as mídias que se aplicam a cada conteúdo, leituras complementares, entre outros. A metodologia de Design Thinking e do HCD apresentada é possível de ser adequada/somada ao modelo de Design Instrucional mais utilizado atualmente: o modelo ADDIE (Análise, Design, Desenvolvimento, Implementação e Avaliação). Na verdade, de acordo com os estudos e proposta da disciplina Novas Arquiteturas Pedagógicas, pode-se compreender que o Modelo ADDIE pode ser

aprimorado e adequado em dois grandes momentos, utilizando-se das duas metodologias apresentadas: Quadro 1: Modelo ADDIE dividido em duas metodologias (DT e ABP) Análise Aplicações da Design metodologia (planejamento) do Design Thinking Desenvolvimento

Aplicações Implementação da metodologia da ABP Avaliação

Portanto, o trabalho de elaboração de um curso a distância exige uma equipe multidisciplinar para a construção colaborativa de ideias, materiais, conteúdo e estratégias educacionais.Esse trabalho colaborativo resulta em bons cursos que mesmo depois de implantados estão em constante atualização, sempre em busca de melhorias e qualidade educacional. O diferencial está em como será realizado esse trabalho inicial. A proposta é utilizar do Design Thinking e da metodologia do HCD. De forma resumida, pode-se dizer que a fase “ouvir” seria feita em duplas (integrantes da equipe de DI ou da elaboração de cursos) por meio de uma conversa informal com o público-alvo (alunos com interesse no curso). Essa entrevista deve ser compartilhada com os demais da equipe, que também contribuirão com mais entrevistas. As expectativas, problemas e necessidades serão filtrados para a discussão da equipe em busca de propostas e soluções. A partir das principais ideias já será possível visualizar meios e caminhos para a aplicação das estratégias educacionais, bem como os materiais necessários – fase do “criar”. É nessa fase que a prototipação traz uma visualização mais concreta de como ficará o curso. O protótipo pode ser desenvolvido em diferentes formatos, tais como roteiro, storyboard, diagramas, entre outros modelos. Após sua validação, pela equipe e especialistas, a fase de implementação pode ser realizada. Todo esse processo de desenvolvimento deve ter apenas uma consideração e cuidado da equipe: a proposta e metodologia de ensino adotada é a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Portanto, o conteúdo e materiais didáticos produzidos servirão como base e consulta para os alunos, porém as estratégias de ensino serão conduzidas pelo tutor, capacitado e orientado para essa metodologia (ABP).

3. Função docente: tutoria Para seguirmos com a fase seguinte, a de aplicação do curso junto aos alunos, utilizando-se da abordagem da ABP, vale ressaltar pontos importantes quanto a função docente nessa “era digital” que vivemos. Ajudar a se educar é o objetivo e a tarefa central do docente na era digital. Assumindo a filosofia pedagógica de que os alunos devem ser os geradores de seu próprio conhecimento e os professores os facilitadores deste processo, abrem-se múltiplas possibilidades metodológicas que devem estar permanentemente disponíveis para o docente. (PÉREZ GOMÉZ, 2015, p.141). Uma dessas possibilidades metodológicas apontada por Pérez Gómez (2015) é a “facilitação”, na qual o “docente orienta os alunos no processamento ativo de informação, quando explora problemas complexos por meio de estratégias de busca, utilização de analogias, esquemas e gráficos, desenvolvimento de hipóteses, simulações, provas e questionamento divergente, incentivo da aprendizagem baseada em problemas e projetos, organização de seminários heurísticos e socráticos, estimulação de debates e comunicação entre pares, sempre reforçando a auto-avaliação”. É com esse propósito que o tutor estará presente e atuando nos cursos a distância com base na metodologia da ABP, ou ainda, Aprendizagem Baseada em Problemas e Projetos (ABPP). Por isso, a formação desse profissional é fundamental para a correta aplicação das etapas e da metodologia. Além disso, o tutor deve conhecer e saber as potencialidades do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que será oferecido o curso. Diante de todo o curso preparado adequadamente ao público e disponível dentro do ambiente virtual de aprendizagem, espaço esse que conta com ferramentas colaborativas ricas para o trabalho em grupo e para a construção colaborativa, tutores e alunos estarão prontos para iniciar sua experiência e seu processo de ensino e aprendizagem. Voltamos aqui ao ponto inicial deste artigo, a aprendizagem baseada em problemas. Vale reforçar que toda aprendizagem que é duradoura é produzida e ligada às vivências e experiências, sendo um subproduto da participação do indivíduo nas práticas sociais. Segundo Pérez Gómez (2015, p. 155), O conhecimento significa o envolvimento ativo no mundo, a participação em práticas dentro de comunidades sociais diversas e a construção de identidades com relação a tais comunidades. Portanto, a qualidade da aprendizagem depende definitivamente dos contextos de aprendizagem, porque os aprendizes reagem de acordo com a percepção que têm das demandas provenientes do contexto e das situações concretas às quais tem de responder. É com esse olhar que o designer instrucional e o tutor (docente) devem conduzir os cursos a distância com a abordagem da ABP. O ambiente virtual de aprendizagem deve ser o ponto de encontro do grupo de alunos e tutor, bem como de construção colaborativa do projeto. Isso não implica a ausência de encontros presenciais para avaliação, como critério adotado pelo MEC, bem como para as atividades externas do grupo na comunidade ou espaço de pesquisa.

4. Considerações Finais Neste artigo, procurou-se relacionar o planejamento de cursos a distância, no olhar e prática do designer instrucional, utilizando-se das metodologias de Design Thinking (DT) e da aprendizagem baseada em problemas (ABP). Dessa maneira, o preparo dos cursos será planejado de acordo com a real necessidade do aluno e de suas expectativas no mercado de trabalho e na área educacional, bem como sua aplicação junto ao grupo de estudos pela abordagem ABP fará com que todo o processo de ensino e aprendizagem seja mais significativo, contextualizado e inovador. Entende-se assim que é por esse caminho que o designer instrucional conseguirá encontrar maneiras de transformar os modelos tradicionais de educação a distância, muitas vezes já ultrapassados, para um mais personalizado e voltado às necessidades do aluno. Por meio dessas metodologias ativas de aprendizagem, tanto a equipe de desenvolvimento e produção quanto os alunos em curso estarão em constante aprendizagem e, principalmente, articulando a teoria à prática. No entanto, a formação contínua dos profissionais envolvidos, desde a equipe de DI até os docentes (tutores), é fundamental para que entendam o processo, a metodologia e seu papel diante da prática dos cursos a distância neste modelo proposto. Concluindo, a proposta aqui apresentada pode contribuir à prática das equipes de design instrucional e à qualidade dos cursos na modalidade EaD (ou semipresenciais). O intuito é demonstrar a possibilidade de renovar os modelos de cursos atuais, utilizandose das ferramentas colaborativas disponíveis em rede ou nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) para a realização de aulas e projetos colaborativos de aprendizagem.

Referências ARAÚJO, U. F; SASTRE, G. (Org.). Aprendizagem Baseada em Problemas no ensino superior. São Paulo:Summus Editorial, 2009. BRASIL. Ministério do trabalho e emprego. CBO – Classificação Brasileira de Ocupações. Brasília, DF. Disponível em: http://www.mtecbo.gov.br/. Acesso em: 13 jul. 2015. FILATRO, A. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia. São Paulo: Editora Senac, 2003. IDEO. Kit de Ferramentas HCD – Human-Centered Design. Disponível em: http://www.ideo.com/images/uploads/hcd_toolkit/HCD_Portuguese.pdf. Acesso em: 10 jul. 2015. PÉREZ GÓMEZ, Á. I. Educação na era digital: a escola educativa. Porto Alegre: Penso, 2015. VEIGA, I.P.A (org.). Formação médica e aprendizagem baseada em problemas. Campinas, SP: Papirus, 2015.

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