DESMEDIDA: O EU, A ALTERIDADE E O \"OUTRO\"

May 24, 2017 | Autor: Iza Condé | Categoria: Angola, Brasil
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DESMEDIDA: O EU, A ALTERIDADE E O "OUTRO"

Iza Condé da Cruz1

RESUMO: Ruy Duarte de Carvalho nasceu em Portugal, porém ainda jovem foi para Angola e, a partir de 1975, passou a ser cidadão angolano. Uma de suas últimas obras intitulada Desmedida teve a primeira publicação em 2006, pela editora Cotovia, em Lisboa. No livro, o autor/narrador encontra-se em uma viagem pelo Brasil, narrando um percurso literário entre Guimarães Rosa e Euclides da Cunha ou entre o alto São Francisco e o baixo São Francisco. Com marcas de um documentário, Ruy Duarte de Carvalho insere-se na ficção, tornando-se personagem da própria narrativa espelhada em figuras históricas, artistas, viajantes e literatos. Este trabalho objetiva o estudo da presença do autor/narrador em Desmedida, procurando entender a viagem e suas leituras como uma busca pela própria identidade fragmentada, o “outro” e a diversidade do “outro”. PALAVRAS-CHAVE: Ruy Duarte de Carvalho; Angola; Outro.

ABSTRACT: Ruy Duarte de Carvalho was born in Portugal, but was still young when he moved to Angola and, from 1975 on, became an Angolan citizen. One of his last works entitled Desmedida had its first publication in 2006, by the book publisher Cotovia, in Lisboa. In this book, the author / narrator finds himself in a journey through Brazil, narrating a literary course between Guimarães Rosa and Euclides da Cunha or between the upper São Francisco and the lower São Francisco. Presenting traces of a documentary, Ruy Duarte de Carvalho inserted himself in the fiction, becoming a character of his own narrative mirrored in historical figures, artists, travelers and literates. This work aims to study the presence of the author / narrator in Desmedida, trying to understand the trip and his readings as a search for fragmented identity, the "other" and "other"‟s diversity. KEY WORDS: Ruy Duarte de Carvalho; Angola; Other.

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Mestranda do curso de pós-graduação em Letras, da Universidade Federal de São João del-Rei. E-mail: [email protected]

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1 - Introdução

Em 2016 completam-se seis anos que Ruy Duarte de Carvalho faleceu. O autor nasceu em Santarém, Portugal, entretanto a história, em pouco tempo, o fez angolano e assim permaneceu até o fim de sua vida em Swakopmund, Namibe. Ruy Duarte de Carvalho foi escritor, poeta, cineasta e antropólogo. Nos anos 50, deixou Moçamedes, atual Namibe, e voltou a Portugal para completar seus estudos. Já aos dezenove anos trabalhou como técnico nas matas de Uíge, Angola. Um ano depois eclodiu no norte de Angola a luta pela independência e, junto, a repressão. Assim Ruy Duarte se encontrou prestes a entender a condição de órfão do império que estava para conhecer2. Morou também em Catumbela, localizada na província de Benguela, dirigiu a pecuária de uma grande empresa açucareira. Esteve em Hamburgo, em Copenhaga e em Bruxelas, quando voltou, acabou por ir para Lourenço Marques, atual Maputo, em Moçambique, para ser chefe de fabricação de cerveja. Em seguida, com dinheiro emprestado, foi para Londres cursar direção de cinema e televisão. De 1975 a 1981 fez filmes em Angola, em 1983 lançou Nelisita, com ele obteve o diploma da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. Em 1986, obteve o doutorado na área de Antropologia Social e Etnologia, com uma tese sobre a produção da diferença cultural entre os pescadores da costa de Luanda 3. Foi professor de Antropologia Social em Luanda, recebeu convites e lecionou em Paris, Bordéus, São Paulo e Coimbra. 2 – A alteridade

Ruy Duarte de Carvalho é em Desmedida um viajante que reescreve parte do Brasil a partir de leituras passadas e relatos de escritores e antropólogos que antes aqui estiveram. A presença de viajantes no Brasil é uma marca registrada desde o descobrimento, pois o país nasce pela viagem e pelo relato dessa viagem. A Carta de Caminha no século XVI é considerada a certidão de nascimento da América para história ocidental ou como afirma Silviano Santigo (2002) em “Por que e para que viaja o europeu?”, temos, a partir desse momento, a “invenção da América” com base em uma postura historiográfica etnocêntrica (p. 2

CARVALHO, Ruy Duarte. Uma espécie de habilidade autobiográfica. Disponível em < http://www.buala.org/pt/ruy-duarte-de-carvalho/uma-especie-de-habilidade-autobiografica>. Último acesso em outubro de 2016. 3 Revista Buala. Ruy Duarte de Carvalho. Disponível em . Último acesso em outubro de 2016.

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229). A partir de então, com o encontro entre civilização e “exótico” o Brasil passou a ser motivo de interesse, admiração, diversão ou repulsa para muitos viajantes que aqui estiveram. Silviano Santiago (2002) em “Por que viaja o europeu” lembra-nos sobre o que dizia Camões na época das rotas e navegações imperialistas: o europeu viajava para propagar a fé do império, dessa maneira, a responsabilidade pelas viagens passava dos europeus para a doutrinação. A “resposta camoniana tem pelo menos uma vantagem: não enfatiza o aspecto gratuito da viagem, o da curiosidade pura e simples pelo que lhe é diferente, pelo Outro” (p. 222). Caso essa curiosidade fosse enfatizada haveria uma proximidade com o objetivo da busca do conhecimento pelo europeu: ele viajava por que é curioso pelo que desconhece, afirma Santiago. Em outra parte do ensaio, o teórico aponta a contradição entre as viagens dos europeus e o objetivo das viagens do negro africano. O negro africano viajava sem motivação própria e com uma finalidade e específica, baseada apenas nas questões socioeconômicas da época dos exploradores de outras terras, os colonizadores (p. 226-227). E, por último, Silviano Santiago refere-se ao antropólogo e o porquê de suas viagens. Porém, já se referindo a outro período, quando aqui aportaram intelectuais como o antropólogo Levi Strauss, para o autor, o antropólogo viaja pela consciência infeliz dos colonizadores europeus, mas esse, ainda assim, ao pisar na terra do Outro pode tornar-se conservador, não deixando de lado o olhar de um europeu que vê o exótico (p. 235). Os variados olhares sobre a América trouxeram diversas leituras, mitos e versões. O europeu foi um dos dirigentes para tanta diversidade visionária sobre o Brasil na literatura de viagem. A obra Desmedida aparece como um diferente encontro em relação ao Outro. Podemos observar o autor-narrador que não veio propriamente da Europa, é africano, porém viaja por conta própria e é um antropólogo que traz consigo uma bagagem de autores brasileiros, europeus e a própria produção cinematográfica. E é nesse autor-narrador que se mantém, assim como nos antigos viajantes, a curiosidade pelo conhecimento e pelo Outro, porém, nesse momento, Ruy Duarte de Carvalho também procura se entender como Outro. A percepção da alteridade é uma consciência que chega a agir como um espelho para si próprio, ao se comparar e se identificar com o Outro e suas paisagens. E nas paisagens de Guimarães Rosa me descrevia, eu estava a reconhecer aquelas que tinha por familiares. Já porque de natureza a mesma que muitas das paisagens de Angola – e em algumas paisagens de Angola eu reconhecia aquelas, enquanto o lia – já porque a gente de que ele tratava, gente de matos e de grotas, de roças e

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capinzais, era também em Angola aquela com que durante muitos anos andei a lidar pela via do ofício (CARVALHO, 2010, p. 108)

3 – O “Outro”

Desmedida é uma obra em que no narrador confunde-se com o autor, ou seja, há uma ficcionalização do próprio autor na construção narrativa. No texto encontramos um Ruy Duarte de Carvalho viajante, que leu, imaginou e agora pretende ver de perto caminhos percorridos e descritos por Richard Francis Burton e Blaise Cendras. Porém, o olhar sobre o Brasil é diferente, pois não temos um viajante europeu escrevendo sobre exuberâncias do país, não temos um turista que registra sua viagem com fotos e novamente está de partida. Temos um viajante que, junto com viajantes do passado, lê, observa, narra o Brasil à sua maneira. Luís Antônio Contatori Romano (2013) em “Viagens e viajantes: uma literatura de viagens contemporânea” discute a diferença entre turista e viajante. Para ele, com o turismo vem a ilusão do viajante descobridor, o turista já traz engendrado em si a procura pelo exótico. Porém, na literatura de viagem é necessário encontrar a alteridade, desconstruir o Outro e o exotismo engendrado (p. 35-36). Por isso, Romano, citando Fernando Cristóvão, intelectual português, mostra que a Literatura de Viagens também é interdisciplinar entrecruzando-se com a história, a antropologia e com a ficção, dinamizando o olhar que o escritor que se coloca como um viajante constitui sobre o espaço e a cultura do Outro (p. 38). Por isso, o sujeito que viaja, Ruy Duarte de Carvalho, tenta recriar o espaço e a tradição na qual o objeto está inserido e, por isso, pode evocar uma série de referências intertextuais (p. 43). Ruy Duarte de Carvalho vem ao Brasil e aqui não apenas reconhece o Outro, como também a si mesmo. Procura compreender quem é o brasileiro retratado nas narrativas que foi motivo das inspirações angolanas durante anos de guerra civil e o pós-independência. Faz-se de grande interesse a rota proposta pelo autor, quando esta se dá por duas vias: a literária e a geográfica. A literária, muito mais específica, guia o viajante angolano do século XXI e, para isso, espelha-se em Guimarães Rosa e Euclides da Cunha, além de outras duas leituras foram essenciais para que sua viagem ao Brasil acontecesse: Richard Francis Burton e Blaise Cendrars. Blaise Cendrars foi um escritor franco-suíço, e Richard Francis Burton, um diplomata britânico nascido em 1821. Sobre Cendrars, Carvalho escreve “eu sabia alguma 4

coisa porque fui lendo dele, ao longo da vida, o que veio ao meu encontro” (2010, p. 21). Sobre Burton: “de qualquer maneira é graças ao meu interesse pela carreira de Burton na África que ainda assim sei alguma coisa dele...” (CARVALHO, 2010, p. 37-38). Burton em sua viagem ao Brasil estava em crise financeira, explica Ruy Duarte de Carvalho. O diplomata britânico vem a Minas Gerais com o interesse por diamantes, então aproveita também para explorar o curso do Rio São Francisco (2010, p. 41). Isabel Burton, companheira de Richard Francis Burton, também está em Desmedida, porém seus sentimentos relacionados ao Brasil são diferentes “Isabel Burton (...) odeia logo Santos e queixa-se à mãe (...) que o clima ali é atroz, as pessoas avacalhadas, os odores nauseabundos, que não dá para passear sem se afundar em pântanos” (CARVALHO, 2010, p. 40). Conta-nos o autor-narrador de Desmedida que Richard Burton, após um tempo no Brasil e por estar já quase acabado pelo álcool, vai ao Chile, faz a travessia dos Andes, vai a Buenos Aires de barco onde passa pelo estreito de Magalhães e, nesse momento, Ruy Duarte de Carvalho admite o velho sonho que também tem de atravessar o estreito de Magalhães “passa assim pelo estreito de Magalhães, outro velho sonho seu, e meu” (2010, p. 43). São em pontos como esse, aos poucos, através dos Outros e em permanente diálogo com leituras e relatos, que Ruy Duarte de Carvalho revela-se. Empiricamente o autor Ruy Duarte de Carvalho busca vivenciar as experiências de outros viajantes, podemos considerar que o próprio se sente Cendrars quando se imagina vivendo um momento semelhante no mesmo lugar que agora em Desmedida tornou-se metafísico: Posso fumar a vontade, agora estou sozinho, sem constrangimentos de cortesia, nestes tempos de campanha antitabagística generalizada que o Brasil (...) vai adotando (...), mesmo em salões assim, onde Cendrars terá ufanamente fumado desses portentosos charutos de São Felix (...). Posso enfim agora aqui, neste quintal que declaro metafísico, basear a excitação no labirinto pessoal das minhas próprias derivas (2010, p. 45-46).

O quintal metafísico e a ação do narrador-personagem de fumar assim como Cendrars terá fumado quebra o limite da cena em relação ao tempo passado e presente. Para Cássio Eduardo Viana Hissa (2002) o rompimento com o limite está ligado à ideia de liberdade: O limite é apresentado como obstáculo ao trânsito livre e, por isso mesmo, remete à ideia de liberdade. Nessas circunstâncias, o limite é reconhecido como o que se põe a vigiar o território e o domínio proibidos, como se nele houvesse uma vida

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autônoma e a vocação da guarda. Assim, a reflexão desperta para a noção de propriedade e para a confirmação de um “outro” e de um “eu” vigiando-se mutualmente (p.19).

A liberdade para suas derivas deixa o autor-narrador propenso também ao Outro, é um momento em que o “eu” está mediado pela presença do “outro” e o “outro” é observado pela presença do “eu”, criando um ambiente propenso para o “quintal metafísico” do autor. Ruy Duarte de Carvalho, em uma intervenção na Conferência da Gulbenkian em 27 de outubro de 2008 cujo título era: “Podemos viver sem o outro”, fala sobre o “outro” e a importância do mesmo como exercício para sua função de escritor, cineasta e antropólogo. … fazendo eu parte, cívica, emotiva e intelectualmente, da categoria geral do OUTRO em relação à Europa, também por outro lado a questão do OUTRO, e dadas as condições fenotípicas e de origem que me assistem, tem feito sempre parte da minha experiência existencial e pessoal dentro do próprio contexto, africano e angolano, em que venho exercendo a vida e ofício…… isso me tem levado, para poder ver se consigo entender o mundo e entender-me nele e com ele, a identificar e a reconhecer uma multiplicidade de OUTROS……..4

A procura pelo Outro em si mesmo é posta juntamente com a perspectiva de entender o brasileiro e o Brasil, sabendo de suas relações, simultaneidades e contiguidades com Angola. A presença metafísica angolana torna-se tão importante para Ruy Duarte de Carvalho como também para o Brasil “talvez, dizer do Brasil a partir de Angola, a partir da situação nacional que é a minha em relação ao mundo e a Angola (exatamente só a partir disso)” (CARVALHO, 2010, p.55). Lemos nas entrelinhas um intelectual que se preocupa em compreender o Outro dentro de sua cultura e suas práticas, a partir de suas tradições. Lemos um autor-narrador que propõe uma visita do sul do continente africano para o sul do continente americano, reescrevendo um Outro que não está mais na categoria do exótico, mas sim na de culturalmente diferente dentro da multiplicidade cultural tanto sul americana quanto africana, construindo uma alteridade ao próprio testemunho literário que percorre o Brasil. Reescrevendo paisagens e reescrevendo a si próprio por intermédio de uma condição que considera excêntrica ou descentrada, posicionando-se, por isso, também como personagem, narrador, antropólogo, escritor:

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“Intervenção na Conferência da Gulbenkian a 27 /10/2008 cujo título geral era: „Podemos viver sem o outro?‟ e foi publicada no livro com o mesmo título, pela Tinta da China/Fundação Calouste Gulbenkian, 2008”. Disponível em . Último acesso em outubro de 2016.

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(...) explorar o São Francisco vindo eu da África, de Angola, na condição que é a minha e a dar-me à ousadia, muito pessoal, íntima às vezes, de tentar explicar-me pensando, fundamentando, acrescentando, inventando, as minhas percepções do Brasil e do que o Brasil me dá a ver, a ler, a curtir, a abominar do Brasil, do mundo e de mim mesmo (...). (p. 149-150)

4 – Considerações finais

No decorrer da narrativa o autor-narrador, na permanente busca identitária, põe-se ao Outro sugerindo uma comparação, explícita ou implícita (MENDES, 2000, p. 94), indicando como a alteridade está tão intimamente relacionada ao escritor, ele não apenas reconhece o Outro, mas também procura se reconhecer nele. Essa é a capacidade que rompe as representações etnocêntricas, a compreensão da alteridade, das diferenças, as quais levam o autor-narrador a perceber-se também como Outro em uma viagem que tem o Rio São Francisco como essência e núcleo do trajeto, juntamente com outros caminhos já percorridos por outros viajantes nesse eixo. Dessa forma, registra uma encenação de Guimarães Rosa e Euclides da Cunha e caminha entre os rastros de Blaise Cendrars e Richard Francis Burton, lendo o Brasil, lendo o povo, lendo história e estórias, procurando, também, uma definição para si, mesmo sob a consciência de sua pluralidade e da própria existência como Outro. Em Desmedida, as reflexões sobre a passagem do autor pelo Brasil compõem a narrativa de viagem. Nesse sentido, encontramos um autor que se insere na narrativa, um autor-narrador. É tênue o limite entre o escritor Ruy de Carvalho e o narrador Ruy de Carvalho, é tênue o limite entre o texto informativo dos viajantes do século XIX, os textos sobre a passagem de Cendrars no Brasil, no século XX e, assim como é tênue a relação realidade/ficção. Afinal, também são companheiros de viagem do autor-narrador, não só o autor Guimarães Rosa, tropeiro-viajante, como o próprio Grande Sertão: Veredas e Os Sertões de Euclides da Cunha. A antropologia e a literatura permanecem juntas e Ruy Duarte de Carvalho procura compreender-se as usando como ferramentas para a construção de um livro e um caminho em que as vias tornam-se desmedidas.

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REFERÊNCIAS

BUALÁ. Sobre o autor. Disponível em >>>. Último acesso em outubro de 2016. CARVALHO, Ruy Duarte de Carvalho. Desmedida. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2010. CARVALHO, Ruy Duarte de. Tempo de ouvir o „outro‟ enquanto o “outro” existe, antes que haja só o outro... ou pré-manifesto neo-animista. Disponível em >. Último acesso em outubro de 2016. CARVALHO, Ruy Duarte de. Uma certa habilidade autobiográfica. 12 de agosto de 2010. Disponível em >. Último acesso em outubro de 2016. HISSA. Cássio Eduardo Viana. A mobilidade das fronteiras: inserções da geografia na crise da modernidade. Belo Horizonte, UFMG, 2002. MENDES, Ana Paula Coutinho. Imagologia literária: contornos históricos e princípios metodológicos. In: Para uma crítica do discurso crítico: narrativa literária e identidade. Porto, Ed. Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da Faculdade de Letras do Porto, dez. 2000. Disponível em: . Último acesso em outubro de 2016. ROMANO, Luís Antônio Contatori. Viagens e viajantes: uma literatura de viagens contemporânea. Revista: Estação Literária, Londrina, vol. 10B, p. 33-48, janeiro 2013. Disponível no link >. Último acesso em outubro de 2016. SANTIAGO, Silviano. Por que e para que viaja o europeu? In: Nas malhas da letra. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p. 221-240.

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