Determinação e Análise do Índice de Consciência Ambiental nos Cursos de Graduação da UFRA-Belém/PA

June 2, 2017 | Autor: Adênio Miguel | Categoria: Educação Ambiental, Belém do Pará, Indices, índices De Sustentabilidade
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VII Simpósio Brasileiro de Engenharia Ambiental Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC Associação Brasileira de Engenharia Ambiental – ASBEA Criciúma(SC) / 29 de abril à 01 de maio de 2012

DETERMINAÇÃO E ANÁLISE DO ÍNDICE DE CONSCIÊNCIA AMBIENTAL NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFRA-BELÉM/PA Adênio Miguel Silva da Costa1; Diego Sousa Lopes2; Matheus Pereira Furtado3; Paula Fernanda Viegas Pinheiro4; Paulo Eduardo Silva Bezerra5; Rodrigo Silva de Oliveira6 RESUMO As instituições de ensino superior (IES) apresentam um importante papel no atual contexto das questões socioambientais, pois estas são as responsáveis pela formação de cidadãos capazes de atuar na resolução destes problemas. Frente a isto, a educação ambiental (EA) surge como uma ferramenta metodológica capaz de auxiliar na construção de uma consciência ambiental crítica e transformadora. Assim, a determinação e análise de um Índice de Consciência Ambiental (I.C.A.) dentro da universidade é fundamental para a verificação da eficiência e eficácia dessa ferramenta. O público alvo foi dividido em três grupos (Engenharias, Tecnológicos e Produção Animal) e através de um questionário com questões objetivas e fechadas, buscou-se determinar valores para as variáveis que compõem este índice e através delas elaborar um índice geral da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) campus Belém, no 2º semestre de 2011.Com isso, contatou-se que a EA está sendo trabalhado de alguma forma dentro dos cursos, seja direta ou indiretamente, porém, existem variáveis que ainda precisam ser corrigidas e outras melhoradas possibilitando assim a melhoria continua do ensino. Palavras-chave: Educação ambiental. socioambientais. Ferramenta metodológica.

Consciência

ambiental.

Questões

INTRODUÇÃO O avanço científico e tecnológico do último século potencializou o crescimento econômico dos países desenvolvidos, em prejuízo ao meio ambiente e as sociedades de todo o planeta, que sofrem com a degradação e com as desigualdades em seus territórios. Em meio a esse cenário a educação ambiental(EA) surge como a base para o entendimento das diversas problemáticas, auxiliando assim na construção de alternativas para o desenvolvimento sustentável. 1

Graduando do 3º semestre de Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). [email protected] 2 Graduando do 3º semestre de Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). [email protected] 3 Graduando do 3º semestre de Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)[email protected] 4 Professora do curso de graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia e orientadora da pesquisa. [email protected] 5 Graduando do 3º semestre de Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)[email protected] 6 Graduando do 3º semestre de Engenharia Ambiental da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)[email protected]

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Os contextos de aplicaçãoda EA são os mais diversos possíveis. Segundo Reigota (2009), a EA está presente numa grande variedade de ambientes, como: escolas, parques e reservas ecológicas, nas associações de bairros, sindicatos, meios de comunicação de massa e etc. Assim, entre esses diversos contextos possíveis para a EA, as universidades foram às escolhidas como foco desta pesquisa, pois, atuam como formadoras de profissionais que possam atuar em diversas áreas do conhecimento voltadas para o meio ambiente; como as engenharias, as ciências biológicas, as ciências sociais. Dada à importância da EA é notável a construção de um índice que possa determinar o nível de consciência ambiental de uma sociedade, e consequentemente, o grau de EAda mesma. Tal índice foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) campus Belém, no 2º semestre de 2011. Segundo Furletti e Vasconcelos (2009) o número-índice é um número adimensional,utilizado para verificar oscilações que ocorrem em variáveis. Assim, esta pesquisa buscou determinar e analisar o Índice de Consciência Ambiental (I.C.A.) para cada curso de graduação desta instituição de ensino superior (IES), nos 2º, 4º, 6º e 8º semestres, possibilitando a construção e/ou melhoria das metodologias de ensino para a formação de profissionais conscientes das necessidades socioambientais atuais. Sendo a UFRA uma IES voltada para as Ciências Agrárias e Tecnologia, busca a formação de cidadãos conscientes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, desenvolvendo e compartilhando conhecimento técnicocientífico em benefício do meio ambiente, das comunidades rurais e dos setores produtivos da região(MELAZO, 2005).Assim, partiu-se da hipótese que há um crescimento no nível de consciência ambiental dos discentes desta instituição ao longo de sua vida acadêmica. Com isso, buscou-se identificar as variáveis que têm maior relevância para a formação da consciência ambiental e a partir delas, determinar e analisar o I.C.A. de cada semestre e da instituição como um todo. No Seminário de Belgrado (1975) foi recomendada a aplicação da EA no ensino superior e na Conferência Tbilisi (1977) existe uma recomendação para a necessidade de profissionais específicos para área ambiental. (BARBIERI e SILVA, 2011). Comprovando assim a importância da IES na formação de cidadãos conscientes. Para Reigota (2009) a EA não é apenas mais uma disciplina do ensino básico, que deve preocupar-se com o ensino de Ecologia, Biologia ou Geografia. A EA deve ser tratada como educação política, de modo que, os cidadãos e cidadãs participem direta e ativamente na busca de soluções e alternativas para o desenvolvimento socioambiental da sociedade como um todo. Como menciona Reigota (2009): A educação ambiental como educação política é por princípio: questionadora das certezas absolutas e dogmáticas; é criativa, pois busca desenvolver metodologias e temáticas que possibilitem descobertas e vivencias, é inovadora quando relaciona os conteúdos e as temáticas ambientais com a vida cotidiana e estimula o dialogo de conhecimentos científicos, étnicos e populares e diferentes manifestações artísticas; e critica muito critica, em relação aos discursos e às práticas que desconsideram a capacidade de discernimento e de intervenção das pessoas e dos grupos independentes e distantes dos dogmas políticos, religiosos, culturais e sociais e da falta de ética.

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O estudo sobre EA em seus mais diversos campos de atuação é complexo, em virtude disto nota-se, no meio acadêmico, dificuldades em relação a sua aplicação como temática interdisciplinar por docentes de IES (GONÇALVES-DIAS et al., 2009). Em virtude disto, o próprio ensino universitário é comprometido, quanto à formação de profissionais capacitados a interagir com o meio ambiente de forma sustentável. Contudo poucos estudos existem levando-se em conta a formulação de bases analíticas que adentrem tanto no campo quantitativo como qualitativo, geralmente esses estudos levam a dados muito mais objetivos, mas mesmo esses dados encontram limites nos seus modelos matemáticos e na sua incapacidade de incorporar dados subjetivos, o que, é claro, acaba deixando de lado variáveis de extrema importância que interagem, muitas vezes, diretamente com o cotidiano do público alvo (BORJA, 1997). Esta pesquisa, em virtude da realidade em que se emprega, busca relacionar de forma complementar as abordagens quantitativa e qualitativa reduzindo consideravelmente a perda de atributos que irão auxiliar na construção do I.C.A. partindo do pressuposto de que as duas visões são inter-relacionadas. METODOLOGIA O primeiro passo para a construção de um índice é a determinação das variáveis. Estas foram selecionadas de acordo com seu grau de relevância para a construção do I.C.A. Com isso, as variáveis foram agrupadas em dois eixos temáticos, cada um contendo quatro variáveis (Tabela 1). Tabela 1 – Eixos temáticos e as variáveis que os compõem.

Eixo

Variáveis

Ensino, Pesquisa e Extensão

Disciplinas (D) Interdisciplinaridade (I) Extensão (E) Comprometimento (C)

Pessoal

Interesse (IN) Contextualização (CONT) Atitudes Ambientais (AA) Contexto familiar (CF)

Descrição Este eixo engloba as variáveis ligadas a assuntos acadêmicos, como: Quantidade de disciplinas relacionadasà EA, programas de extensão, Comprometimento dos discentes com a EA. Eixo referente às variáveis de caráter pessoal, como: atitudes conscientes, ambiente familiar, interpretação da EA no Brasil e no Mundo.

Por meio de um questionário de múltipla escolha, desenvolveu-se a análise do mesmo propondo uma escala de consciência ambiental. Matematicamente, o Índice de Consciência Ambiental (I.C.A.) originou-se da média aritmética de cada variável, originando o somatório das mesmas. De forma simplificada, o índice dá-se nas seguintes etapas: 1. Selecionar as variáveis que contribuíram de forma significativa para a construção do I.C.A. 2. Definição da população (N) que corresponde a 2288 alunos matriculados regulamente. A partir dessa população, a amostra (n) total determinada foi de 181 pessoas, apresentado um nível de confiança de 95% e um erro amostral de 7%.

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Como a população pode ser dividida em subgrupos, correspondente aos semestres, utilizou-se o método de amostragem estratificada, esse processo gera amostras bastante precisas (DOWNING e CLARK, 2006). 3. Elaboração do questionário, no qual cada variável correspondeu a duas perguntas, alternando em uma escala de zero a um (Quadro 1 e 2). Sendo o valor final da variável a média aritmética dos valores das duas perguntas. Quadro 1 - Para perguntas com cinco alternativas.

A B C D E 1,0 0,75 0,5 0,25 0,0 Valores atribuídos para as perguntas com cinco alternativas, contidas no questionário que foi aplicado para os discentes. Fonte: Os autores. Quadro 2 - Para perguntas com três alternativas.

A B C 1,0 0,5 0,0 Valores atribuídos as perguntas com três alternativas. Fonte: Os autores.

4. Por intermédio de uma média aritmética simples de cada variável, foi realizado um somatório das mesmas para gerar o índice. I.C.A. =∑ (D, I, E, C, IN, CONT, AA, CF) Baseado na pesquisa de Braga et al.(2010). O I.C.A. corresponde em uma escala entre 0 e 8, onde podemos classificar: Entre 0 e 2 = Consciência Ambiental Muito Fraca. Entre 2 e 4 = Consciência Ambiental Fraca. Entre 4 e 6 = Consciência Ambiental Mediana. Entre 6 e 8 = Consciência Ambiental Forte. Para melhor compreensão dos dados os cursos de graduação foram agrupados de acordos com as áreas do conhecimento, sendo estes: Grupo I – Engenharias. Compreende os cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Pesca, Engenharia Florestal e Agronomia. Grupo II – Tecnológicos. Compreende os cursos de Informática Agrária e Licenciatura em Computação. Grupo III – Produção Animal. Compreende os cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia. RESULTADO E DISCUSSÃO Neste capítulo apresenta-se a análise das principais variáveis que contribuíram para o crescimento ou decrescimento do I.C.A. da UFRA e dos cursos de graduação.

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Análise do I.C.A. para o Grupo I – Engenharias Os índices dos cursos que se enquadram no grupo das engenharias(Fig.1) apresentam um comportamento semelhante entre si, tendo um decréscimo no período entre o 2º e o 4º semestre. A partir desses períodos apresentam um crescimento significativo (com exceção de Engenharia Ambiental que no período estudado ainda não apresentava turmas após o 4º semestre). Entretanto, as variáveis que contribuíram para estas oscilações no gráfico diferem um pouco. Em Agronomia o decréscimo é explicado pela variável Extensão (E), isto ocorreu em virtude do pouco interesse dos discentes em participar das atividades extraclasses. Já em, Engenharia Florestal e Engenharia Ambiental, além da variável (E), também tiveram influência a variável Interdisciplinaridade (I) na primeira e Interesse (IN) na segunda, mostrando assim, que além da pouca relação de interdisciplinaridade também apresentam um menor interesse por assuntos relacionados à EA. Já no caso de Engenharia de Pesca as variáveis que apresentaram maior influência foram Interesse (IN) e Contexto Familiar (CF), mostrando assim a importância da EA dentro do ambiente familiar. Verificando as variáveis que contribuíram para o crescimento dos índices a partir do 4º semestre (Fig. 1), constatou-se que em Agronomia as variáveis Atitudes Ambientais (AA) e Contexto Familiar (CF) foram as mais significativas. Já em Engenharia Florestal e Engenharia de Pesca, Contexto Familiar (CF) e Interesse (I) foram as principais causadoras do crescimento. Grupo I - Engenharias 7,00 6,00

Agronomia

5,00 4,00

Eng. Ambiental

3,00

Eng. de Pesca

2,00

Eng. Florestal

1,00 0,00 2º Semestre

4º Semestre

6º Semestre

8º Semestre

Figura 1 – Gráfico mostrando os I.C.A. dos cursos classificados no grupo das engenharias. Fonte: Os autores

Análise do I.C.A. para o Grupo II – Tecnológicos Na análise do Grupo II – Tecnológicos (Fig. 2), constatou-se que o 4º semestre de Informática Agrária apresentou um índice bem superior ao de Licenciatura em Computação e ao da UFRA, devido principalmente as variáveis Atitudes Ambientais (AA) e Interdisciplinaridade (I), que revelam os interesses dos discentes em relação ao patrimônio da instituição e a importância de se trabalhar a

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interdisciplinaridade dentro do curso. Sendo que os outros semestres do grupo tecnológico obtiveram um índice menor, devido principalmente a quatro variáveis: Disciplina (D), Interdisciplinaridade (I), Atitudes Ambientais (AA) e Comprometimento (C). Isso pode ser explicado devido à ênfase dada aos cursos sobre o tema EA, minimamente trabalhada de forma interdisciplinar, e as disciplinas não estão tendo como enfoque principal o meio ambiente, afetando diretamente o comprometimento da turma a programas de extensão e ao tema relacionado à EA. Grupo II - Tecnológicos 7,00 6,00 5,00 Info. Agrária

4,00 3,00

Lic. em Computação

2,00 1,00 0,00 2º Semestre

4º Semestre

6º Semestre

Figura 2 – Gráfico mostrando os I.C.A. dos cursos classificados no grupo dos tecnológicos. Fonte: Os autores

Análise do I.C.A. para o Grupo III – Produção Animal No Grupo III – Produção Animal (Fig. 3), o desenvolvimento dos dois índices é similar, mas apesar disto as suas variáveis interferentes não são exatamente as mesmas. No índice de Zootecnia em relação ao 2º e 4º semestres, a variável Atitudes Ambientais (AA) interfere em maior grau, o que indica pouco comprometimento dos discentes no cuidado com o patrimônio da universidade, logo depois vem o Comprometimento (C) e Extensão (E), ou seja, pouco incentivo a participação em eventos que envolvam EA. Já em Medicina Veterinária o decréscimo do 2º para o 4º é explicada pela variável (C), em virtude do pouco envolvimento da turma e, na opinião do discente, pouquíssimo comprometimento do professor com a questão de EA. O acréscimo do 6º semestre e o decréscimo do 8º semestre em Medicina Veterinária é evidenciado pelas variáveis Contexto Familiar (CF) e Extensão (E), respectivamente; já para Zootecnia as variáveis Interesse (IN) e (CF) influenciam para o crescimento, mostrando que os alunos do 6º semestre interessam-se por EA e aplicam de alguma forma em casa, no caso do 8º semestre as variáveis (E), (C) e (IN) são as menores, levando a conclusão que falta incentivo e comprometimento dos alunos e, no olhar do discente, pouco envolvimento do corpo docente com a EA como ferramenta interdisciplinar.

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Grupo III - Produção Animal 7,00 6,00 5,00 4,00

Med. Veterinária

3,00

Zootecnia

2,00 1,00 0,00 2º Semestre

4º Semestre

6º Semestre

8º Semestre

Figura 3 – Gráfico mostrando os I.C.A. dos cursos classificados no grupo de produção animal. Fonte: Os autores

Análise do I.C.A. da UFRA O gráfico (Fig. 4) mostra o I.C.A. geral da UFRA, obtido através da média aritmética dos resultados dos cursos e mostra a situação atual do nível de consciência ambiental desta instituição. Analisando de maneira criteriosa os dados obtidos, verificou-se que no período entre o 2º e o 4º semestre há um decréscimo elevado no índice, este mesmo comportamento é observado para a maioria dos cursos (com exceção de Informática Agrária que apresentou um crescimento nesse período). Esse comportamento é explicado devido a maior inclusão da EA no ensino, frente às problemáticas envolvendo o meio ambiente em escala mundial, evidenciado pelos meios de comunicação, o que acarreta discursões em sala de aula sobre a temática. I.C.A. da UFRA 5,5 5,4 5,3 Valores do I.C.A.

Capa

5,2 5,1 5 4,9 4,8 4,7 4,6 4,5 I.C.A.

2ª Semestre 5,4409

4ª Semestre 4,8717

6ª Semestre 4,9495

8ª Semestre 5,1806

Figura 4 – I.C.A. da UFRA em geral, determinado a partir dos I.C.A. dos cursos de graduação. Fonte: Os autores

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Fazendo um balanço do I.C.A. de todos os cursos, constatamos que todos estão no intervalo entre 4 e 6, correspondendo a uma Consciência Ambiental Mediana. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desta pesquisa foi determinar e analisar o I.C.A. dos graduandos da UFRA e compará-lo com os índices dos cursos de graduação desta IES e assim, mostrar quais são os pontos deficientes em cada curso; possibilitando, através da análise das variáveis que influenciam para o decréscimo ouacréscimo do índice, a reformulação e correção dos erros metodológicos que possam estar ocorrendo. Um ponto importante na relação EA nos cursos é o histórico da implantação da Educação Ambiental (HIEA) na UFRA de forma interdisciplinar, que ainda é muito recente dentro da instituição, ou seja, essa variável explica o porquê dos cursos ainda terem pouco desenvolvimento na formação dos discentes na questão EA, ou em alguns casos até decrescimento do índice. Além disso, a questão do envolvimento dos docentes na temática transversal da educação ambiental, interpretada pelos alunos, ainda mostra-se pouco difundida na instituição como um todo. Contudo, ressaltamos que as variáveis analisadas por este estudo não são as únicas que contribuem para formação da consciência ambiental dos discentes. Através da análise dos gráficos ficou evidenciado que na maioria dos cursos de graduação há um decréscimo no período correspondente entre o 2º a 4º semestres, isto ocorre devido à interferência de uma variável externa (extrínseca), pois como tratam-sede alunos que adentraram a poucotempo na universidade, estes já vem com certa consciência ambiental, obtida através do atual modelo de ensino proposto pelo MEC, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), este aborda de forma ampla as questões socioambientais e econômicas e como a média obtida no ENEM é parte integrante do processo seletivo para ingresso na UFRA, esta variável mostrouseinterferente na obtenção do I.C.A. para o período estudado. Já para o período do 4º a 8º semestre os resultados mostraram-se satisfatórios com a hipótese levantada pela pesquisa em relação ao desenvolvimento da consciência dos discentes, a análise dos gráficos mostrou que aumentou a consciência dos discentes com o passar dos anos a Universidade o que comprova a importância da interdisciplinaridade no ensino superior. REFERÊNCIAS BORJA, P. C. Avaliação da qualidade ambiental urbana: uma contribuição metodológica. 1997. 254 f. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador. Disponível em: http://www.bvsde.paho.org. Acesso em: 18 set. 2011. BRAGA, Gleíza Guerra de Assis et al. Consciência ambiental em uma cidade industrial do nordeste brasileiro. Educação Ambiental em Ação., ano IX, n. 34, p. 114, 2010. Acesso em: 8 nov. 2011. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=945&class=02. ISSN 1678-0701. online. DOWNING, Douglas. CLARK, Jeffrey. Estatística básica. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

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GONCALVES-DIAS, Sylmara Lopes Francelino et al. Consciência ambiental: um estudo exploratório sobre suas implicações para o ensino de administração. RAE electron., vol.8, n.1, pp. 0-0, 2009. Acesso em: 14 nov. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167656482009000100004&lng=pt&nrm=iso. ISSN 1676-5648. online. MELAZO, Guilherme Coelho. Percepção ambiental e educação ambiental: Uma reflexão sobre as relações interpessoais e ambientais no espaço urbano. Ano VI. n. 6. Uberlândia: Olhares e Trilhas, 2005. p. 45-51. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/olharesetrilhas/article/view/3477. Acesso em: 27 set. 2011. REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. 3 reimpr. da 1. ed. São Paulo: Brasiliense. 2009. 63 p. (Coleção primeiros passos). REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO MACKENZIE. Desenvolvimento sustentável e educação ambiental: uma trajetória com muitos desafios. São Paulo: MACKENZIE, v. 12, n. 3, maio/jun. 2011. 32 p. Edição especial. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DE MINAS GERAIS. Número-Índice: uma visão geral. 2. ed. Belo Horizonte: SINDUSCON-MG, 2009.

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