DICAS em TÓPICOS: elaboração de artigos científicos etc.

May 18, 2017 | Autor: Valdir Vegini | Categoria: Metodologias de Pesquisa, Normas De Elaboracao De Trabalhos Cientificos
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LIVRO DIDÁTICO Valdir Vegini Rebecca Louize Vegini

DICAS em TÓPICOS -Trabalhos Acadêmicos -

Sugestões para elaboração de Artigo Científico TCC TCE Monografia Dissertação Tese Artigo de Revisão Renha crítica de um livro Relatório Elaboração de pôster Apresentação oral de um trabalho

Dedicatória

À minha mamãe Ireni, meu símbolo primeiro de eterno de amor. Aos Professores Vital e Ida, meus mestres primeiros, meus pais amados e inesquecíveis.

Agradecimentos

Aos amigos mais próximos, que avivam a minha vida. (R.L.V.) Aos discípulos meus, pelo muito que aprendi enquanto docente ou membro de banca. (V.V)

Lembrete!

“Estou começando a descobrir agora as dificuldades que alguém tem de expressar as idéias no papel. Quando isso consiste apenas em descrever algo, é bastante fácil; mas, quando o raciocínio entra em jogo, quando é necessário estabelecer uma conexão apropriada, e atingir clareza e fluência modestas, tudo isso é para mim, como já disse, uma dificuldade da qual não tinha idéia.” [Charles Robert Darwin]

“Um experimento científico original não está completo até que os resultados sejam publicados. Essa é a pedra angular da Filosofia da Ciência.” [Robert A. Day]

"Sem publicação, a ciência está morta". [Gerard Piel]

Prefácio

Propomos, neste livro, descrever um assunto até certo ponto corriqueiro em livros de Metodologia Científica. Fazemos, no entanto, com a intenção de facilitar as coisas para aqueles que não dispõem de tempo ou paciência para consultar manuais do gênero, geralmente de ótima qualidade, mas apresentados em extensas páginas explicativas. Em “Dicas em Tópicos”, como o próprio nome diz, o leitor não tem motivo para perder tempo mesmo porque é convidado a escrever seu artigo ou seu trabalho acadêmico à medida que a pesquisa está em andamento. Esse método permite, ao mesmo tempo, não desperdiçar informações que poderão ser esquecidas se deixadas para serem inseridas na estrutura do artigo muito mais tarde. Quando a pesquisa estiver concluída, poucos detalhes ainda restarão para serem inseridos nas quatro seções do artigo ou do trabalho acadêmico. Trata-se, assim, mais do que um manual, um guia que estimula o leitor a desencadear por si mesmo o processo da elaboração do trabalho. Em outros termos, o manual contém itens ou tópicos essenciais para a divulgação de uma pesquisa científica ao mesmo tempo em que ensina o leitor a realizar em tempo real o que está sendo explicado e proposto. Em termos conceituais, o livro não tem nada de novo, mesmo porque sua fonte original e principal já é de conhecimento público, isto é, trata-se de uma síntese do livro “Como escrever e publicar um artigo científico” de Robert A. Day. A originalidade, cremos nisso, está em transformar 275 páginas do livro de Day (2001) num livro de apenas 66 laudas. O manual está dividido em seis capítulos O capítulo 1º apresenta uma síntese do consagrado livro de Robert A. Day “Como escrever e publicar um artigo científico”.

Em forma de tópicos, são dados todos os passos a serem

percorridos por aqueles que pretendem publicar sua pesquisa num revista especializada; o segundo capítulo “Como escrever um artigo de revisão”, também como base no livro de R. Day, mostra os passos a serem dados por quem tem a intenção de escrever um artigo de revisão ou fazer um pesquisa bibliográfica estrita; o terceiro capítulo “O código ISSN em publicações seriadas impressas” esclarece aos leitores leigos o que vem a ser uma publicação seriada e o Código ISSN impresso nas capas das revistas científicas; o capítulo quarto explica o que vem a ser “Qualidade editorial dos periódicos científicos”; o capítulo quinto instrui o leitor “Como

publicar em revista indexada”; o capítulo sexto “Como escrever um trabalho acadêmico”, seguindo o modelo do primeiro capítulo, sintetiza em tópicos o conteúdo e as etapas a serem seguidas na elaboração de um Trabalho de conclusão de curso, de uma Monografia, de uma Dissertação ou Tese. Pode soar estranho aos mais incipientes inserir num mesmo capítulo instruções para a elaboração de trabalhos, aparentemente, tão distintos. Todavia, o que diferencia, em essência, um Trabalho de Conclusão de Curso de uma Monografia, uma Monografia de uma Dissertação e uma Dissertação de uma Tese é a profundidade da abordagem científica. Parodiando Charles Darwin, quando comparou a diferença entre os seres vivos da Terra, pode-se dizer que “a diferença é de grau, não de qualidade”. Esta deve estar perenemente presente em qualquer trabalho acadêmico; aquele, o grau, adquire-se com o tempo, mas, sobretudo, pela maturidade científica. Talvez uma Dissertação ou Tese, a critério do orientador, mereça uma maior sofisticação nos rótulos e no número dos capítulos. A essência não está em nenhum desses parâmetros, mas na verticalidade do estudo. Portanto, se o leitor encontra-se entre aqueles que estão se iniciando na pesquisa científica, sinta-se seguro diante de algum tópico de difícil compreensão e vá adiante no seu trabalho. “Aprender é adquirir experiência” já disse o grande pedagogo brasileiro Lauro de Oliveira Lima. Mais tarde, com maior experiência, a penumbra da sofisticação desaparecerá. Além do mais, prezado leitor, bem que Bernardo Soares, heterônimo do poeta português Fernando Pessoa tinha razão: “o que vemos, não é o que vemos, senão o que somos”; bem que Eduardo Galeano, poeta uruguaio, também tem razão: “Somos o que fazemos, sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos”. Pois então façamos e sejamos!

____________________________________________________ COMO ESCREVER UM ARTIGO CIENTÍFICO ____________________________________________________

1. O QUE É UM ARTIGO CIENTÍFICO 1.1 Definição •

Relatório escrito e publicado, descrevendo resultados de pesquisa original, dentro de uma prática editorial consolidada, que pressupõe ética científica e respeito a normas de impressão e publicação;



Relatório publicado e escrito, descrevendo resultados de pesquisa original.

1.2 Publicação original Um artigo científico será uma publicação original se: a) For uma divulgação “em primeira mão” e com base em dados de pesquisa próprios.1 b) Contiver dados suficientes e de tal forma organizados que permitam a um especialistas da mesma área do autor - compreender plenamente, - avaliar o processo intelectual, - repetir os experimentos e testar as conclusões. c) Oferecer informações sem restrições e acesso sensorial permanente. 2 d) Estiver na ordem prescrita pela tradição científica. e) Estiver disponível para os serviços de recuperação de informação na área do conhecimento do autor.

1 2

Se os dados não forem primários, as conclusões deverão ser inéditas. Revistas impressas, microfilmes, microfichas, audiocassetes, base de dados, internet etc.

1.3 Organização do artigo científico



A estrutura tradicional, desenvolvida há mais de 100 anos, prevê quatro seções: 3, 4

I

INTRODUÇÃO

M

METODOLOGIA ou MATERIAIS e MÉTODO(s)

3

R

RESULTADOS

D

DISCUSSÃO

O 1º periódico científico surgiu em 1665, quando, coincidentemente, duas diferentes publicações começaram a ser divulgadas: o Journal des Sça vans, na França, e o Philosophical Trnsactions of the Royal Society of London., na Inglaterra. 4 É uma proposta, evidentemente, e não um dogma ou uma lei.

2. COMO PREPARAR O TÍTULO 2.1 Definição a) Menor número possível de palavras que descrevem adequadamente o conteúdo de num artigo.5 b) Nome ou expressão que se coloca no começo de um livro, em seus capítulos, em publicação jornalística, peça teatral, filme, composição musical, programa de televisão etc. para indicar o assunto tratado ou simplesmente para identificar, distinguir, individualizar a obra ou o trabalho em questão. 6

c) Designação que se põe no começo de um livro, capítulo, artigo etc. e que indica o assunto. 7 2.2 Tamanho do título 2.2.1 Nem longos, nem demasiadamente curtos. Contra exemplos: - Estudo sobre a Tuberculose. - Sobre uma adição ao método de investigação microscópica mediante uma forma nova de produzir contrastes de cor entre um objeto e seu entorno ou entre partes concretas do mesmo objeto. 2.2.2 Sem desperdícios de palavras Contra exemplos: - Estudo sobre.... (preposição desnecessária) - Um estudo.... (artigo desnecessário) - O estudo.... (artigo desnecessário) 5

São noções paralelas a de “título”: Etiqueta - Letreiro ou rótulo que se põe sobre alguma coisa para designar o que é, o que contém etc; Flash - Apresentação sucinta e prioritária de uma informação importante, [...]; Manchete (Jorn.) - Título principal, [...]; Rótulo – pequeno impresso que se cola em embalagens e recipientes para indicar-lhes o conteúdo; Slogan - palavra ou frase usada com freqüência, em geral associada a propaganda comercial, política etc. (Dic. Aurélio). 6 Dic. Houaiss. 7 Dic. Aurélio.

2.3 O que é um bom título? Uma frase constituída de: a) Menor número possível de palavras que descrevem adequadamente o conteúdo de um artigo. b) Uma espécie de etiqueta, um rótulo, que favorece a sistemas eletrônicos de indexação. c) Sintaxe rigorosa. d) Ausência de abreviaturas, fórmulas químicas, nomes patenteados, jargões, ou nomes em série como “Estudos sobre bactérias IV”.

3 COMO ALISTAR AUTORES E SEUS ENDEREÇOS 3.1 Definição de autoria a) Cientista(s) que assume(m) a responsabilidade intelectual dos resultados da investigação sobre o que está sendo informado. b) Aquele(s) que contribuiu(ram) substancialmente na investigação a ser publicada.

3.2 Local e nome e endereço do(s) autor(es) a) À direita, logo abaixo do título do artigo, seguido(s) de uma chamada de nota de rodapé que indicará o endereço da universidade e/ou do laboratório em que foi produzido o trabalho. 8 b) A seqüência dos nomes deve ser decidida por consenso antes do início da investigação, cabendo o primeiro nome ao autor principal. Obs.: Os nomes dos acessores técnicos são colocados na seção de agradecimentos.

8

Esta ordem muda se o trabalho for um TCC, TCE, Monografia, Dissertação ou Tese.

4. COMO ESCREVER O RESUMO 4.1 Definição a) Versão em miniatura do trabalho. b) Descrição breve do problema estudado e das soluções encontradas. c) Breve sumário de cada seção do trabalho: I, M, R, D. d) Conteúdo básico de um documento onde conste sua relevância. 4.2 Quando e como elaborar a) Somente após o término do trabalho. b) Em um único parágrafo. c) Verbos no pretérito (pois se trata de um trabalho já concluído). d) Sem exceder 250 palavras. 9 e) Em fonte 10 e espaço simples. 10 f) Em português e inglês. 11 4.3 Local Entre o título e do(s) nome(s) do(s) autor(es) e as palavras-chave. 4.4 O que não pode faltar a) O objetivo da pesquisa (e/ou delimitação do tema do projeto). b) A síntese da metodologia empregada. c) Os principais resultados e/ou conclusões encontradas. O que não deve constar a) Informações ou conclusões não descritas no corpo do trabalho. b) Tabelas, figuras, fórmulas, siglas e abreviaturas. c) Referências bibliográficas. Por quê e para quê a) Fundamental para a decisão do parecerista; b) Presságio de um bom artigo; c) Requisito para participar de reuniões nacionais e internacionais;

9

Ou de acordo com as normas da revista e/ou do orientador. Ou de acordo com as normas da revista e/ou do orientador. 11 Ou de acordo com as normas da revista e/ou do orientador. 10

5 COMO ESCREVER A INTRODUÇÃO4 Definição a) Parte inicial de um artigo científico composta do problema investigativo, o objetivo a ser alcançado, a revisão da literatura, os resultados alcançados e a(s) conclusão(ões) principal(is). b) Preparação para o estudo de um tema contendo o problema a ser investigado, o objetivo a ser alcançado, as pesquisas já realizadas sobre o assunto, os resultados alcançados na investigação e a principal(is) conclusão(ões). O que não pode faltar a) Apresentação, de forma mais clara possível, da natureza, alcance e relevância do problema a ser investigado. b) Definição clara e breve do objetivo que se quer alcançar. c) Estabelecimento do método de investigação e as razões de sua escolha. d) Revisão resumida ou ampla do estado atual das pesquisas relacionadas ao assunto do trabalho (Revisão da Literatura). e) Antecipação dos principais resultados alcançados com a investigação. f) Síntese da(s) principal(is) conclusão(ões) sugerida(s) pelos resultados alcançados. Razões das regras a) Suprir o parecerista de informações básicas suficientes (resultados de outras pesquisas de valor já realizadas) para compreender e avaliar os resultados. b) Sem um problema exposto de forma razoável e compreensível, com objetivos breves e claros, o parecerista não se interessará pela solução. Citações e abreviações Devem ser mencionado na Introdução: a) A publicação preliminar ou resumo do trabalho caso isso já tenha ocorrido.

b) Os artigos estreitamente relacionados ao tema do trabalho publicados ou a serem publicados. c) Os termos ou abreviações a serem utilizados no decorrer do trabalho. Emprego dos tempos verbais Uma grande parte da Introdução deve ser escrita no tempo presente porque se refere ao problema proposto e aos conhecimentos estabelecidos em relação ao assunto a ser apresentado no momento de iniciar o trabalho.

_____________ 4

Embora os itens abaixo, como manda a tradição editorial, sejam partes do Resumo, no livro de Robert A. Day são mencionados também como partes da Introdução: estabelecer o método de investigação e, se necessário, as razões da escolha de um método em particular; estabelecer os principais resultados da investigação; apresentar as principais conclusões sugeridas pelos resultados.

COMO ESCREVER A SEÇÃO DA METODOLOGIA Emprego dos tempos verbais A maior parte desta seção deve ser escrita no pretérito porque se trata de pesquisa já realizada. Finalidade da seção Apresentar (apenas) a Indicar o(s) a metodologia e/ou o(s) método(s) empregados no estudo. Defender as razões da escolha (com detalhes). Permitir a reprodutibilidade dos experimentos. Metodologia (Materiais)5 Incluir as especificações técnicas e as quantidades exatas assim como a procedência ou o método de preparação; Enumerar, quando for o caso, as propriedades químicas e físicas pertinentes dos reativos utilizados; Preferir empregar nomes genéricos ou químicos a comerciais; Identificar exatamente os animais, plantas e microorganismos experimentais através da designação de gênero, espécie e linhagem; Indicar a procedência e enumerar as características especiais (idade, sexo, condições genéticas e fisiológica); Quando se incluir seres humanos, descrever os critérios de seleção e anexar (se assim exigir a revista) uma declaração do consentimento dos interessados com conhecimento de causa (comitê de ética); Descrever com grande cuidado os materiais de investigação para permitir a reprodutibilidade do experimento; Examinar detalhadamente as “Instruções dos autores” da revista na qual se pretender publicar o artigo. Medidas e análises É preciso buscar a exatidão; os métodos são análogos às receitas de cozinha: quando se esquenta uma mistura, é preciso indicar a temperatura; __________ 5

No caso das Ciências Sociais ou Humanas, nesta seção são mencionados, de forma resumida, a população, a

amostra, os instrumentos de pesquisa e a forma de coleta de dados.

O autor do artigo deve responder as perguntas “como” e o “quando” antes que o parecerista ou o leitor tenham que “quebrar a cabeça”; As análises estatísticas são freqüentemente necessárias, porém se deve apresentar e examinar os dados , não as estatísticas; Os métodos estatísticos comuns devem ser utilizados sem comentário algum enquanto os avançados ou pouco usados podem exigir uma citação bibliográfica; Mais uma vez é preciso não esquecer dos cuidados com a sintaxe do texto. Necessidades das referências bibliográficas Na descrição dos Métodos de investigação, deve-se dar detalhes suficientes para um investigador competente possa repetir os experimentos. Se o método for novo (inédito), é preciso apresentar todos os detalhes. Se o método já foi publicado num periódico, deve-se apenas indicar a referência bibliográfica. Quando se empregam vários métodos alternativos, é preciso identificar brevemente o método e citar a referência. Tabelas com materiais6 Quando o estudo utiliza grande número de informações, deve-se preparar quadros que identificam a procedência, as propriedades etc. Um método usado em só um dos vários experimentos incluídos no artigo deverá ser descrito na seção dos resultados ou, se é muito breve, numa nota de rodapé, em um quadro ou no pé de uma figura. Forma correta e gramática É preciso não cometer o erro comum de misturar alguns resultados. ___________ 6

Para construir Tabelas, preparar Gráficos e Fotografias, ver Robert A. Day. Como escrever e publicar um artigo

científico. 5.ed. São Paulo: Santos Livraria Editora, 2001, capítulos 13, 14 e 15.

Há somente uma regra para a seção da Metodologia (Materiais e Métodos) ser bem escrita: apresentar informação suficiente para que os experimentos possam ser reproduzidos por um colega competente. Uma boa forma para evitar que o trabalho receba parecer desfavorável é dar uma cópia do trabalho concluído para um colega emitir parecer e fazer sugestões antes de enviar para o Diretor da revista. A precisão gramatical é uma necessidade absoluta porque “até uma vírgula pode provocar estragos” É preciso, também, estar atento para não omitir detalhes essenciais para o sentido, como, por exemplo, indicar a ação sem assinalar o sujeito.

1.7 COMO ESCREVER OS RESULTADOS Emprego dos tempos verbais Os verbos deverão estar no pretérito porque se trata de um trabalho já realizado. Conteúdo Descreve os experimentos, fornecendo um panorama geral, porém sem repetir os detalhes experimentais já descritos na Metodologia ( Materiais e Métodos). Apresenta os resultados mais representativos (e não os interminavelmente repetidos). Como tratar os dados numéricos Se há poucas medidas a serem apresentadas, estas deverão ser tratadas descritivamente no texto; As medidas repetidas são apresentadas em quadros ou gráficos; todavia, repetidas ou não, sempre deverão ter um significado claro; As variáveis que afetam à reação se convertem em medidas ou dados e, se extensas, incluem-se em quadros ou gráficos; Freqüentemente, é importante incluir os aspectos negativos dos experimentos; É uma boa garantia dizer o que não se encontrou nas condições em que se realizaram os experimentos porque é muito provável que outro pesquisador obtenha resultados diferentes em condições diferentes7. Necessidade de clareza Devem ser breves e claros; Se por um lado a seção dos Resultados é a parte mais importante, freqüentemente é também a mais curta, especialmente se for precedida por uma Metodologia (Materiais e Métodos) e seguida por uma Discussão bem escritas; ____________ 7 3

“A ausência de provas não é prova da ausência” [Carl Sagan] A importância das conclusões fica evidente por aparecerem no resumo, na discussão e nas conclusões, se houver.

As partes anteriores do trabalho (Introdução e Metodologia) tem por objetivo dizer por que e como os Resultados foram obtidos; a última parte (Discussão) se ocupa em dizer o que estes significam. O problema da redundância Um dos erros mais comuns nos textos de artigos científicos é repetir com palavras o que já está evidente para o leitor nas figuras e quadros; Pior ainda é apresentar um texto com todos os dados que já aparecem nos quadros e figuras;

1.8 COMO ESCREVER A DISCUSSÃO Emprego dos tempos verbais Os tempos verbais oscilarão continuamente entre o presente e o pretérito. Naquele, quando se referem a trabalhos de outros (conhecimentos estabelecidos); neste, quando se referem aos resultados da pesquisa em curso. A Discussão e a verbosidade É a seção mais difícil de ser escrita. A maioria dos artigos científicos são descartados pelos pareceristas por causa de uma Discussão deficiente, ainda que os dados sejam válidos e interessantes. Componentes da Discussão Apresentação dos princípios, relações e generalizações que os resultados indicam, não se deixando levar pela simples recapitulação. Referência às exceções ou às faltas de correlação e à delimitação dos aspectos não resolvidos8. Exibição da concordância/discordância dos resultados ou interpretações com os trabalhos anteriormente publicados. Exposição das conseqüências teóricas do trabalho e suas possíveis aplicações práticas. Resumo das provas que confirmam cada conclusão e mostram o significado do trabalho. Definição da verdade científica Ao mostrar as relações entre os resultados observados, não é necessário se chegar a conclusões cósmicas. É raro que uma só pessoa seja capaz de iluminar toda a verdade; freqüentemente o que se pode fazer é jogar um pouco de luz sobre uma parcela da verdade. É preferível lançar um feixe de luz sobre uma parcela da verdade que permanecer no comodismo de nada produzir. A descrição do significado da pequena parcela da verdade deve ser feita com simplicidade.

_____________ 8

Nunca arriscar-se de ocultar ou alterar os dados que não se enquadram nos resultados esperados.

1.9 COMO FAZER OS AGRADECIMENTOS9,10

Elementos da seção de Agradecimentos Seja cortês “A vida não é tão curta que não haja tempo para uma cortesia”. [Ralph Waldo Emerson]. Deve-se expressar agradecimento (como manda a tradição científica) a: - Toda ajuda técnica significativa recebida, seja do laboratório ou de qualquer outra parte (provisão da equipe, cultivos ou outros materiais especiais). - Toda a ajuda financeira externa, como subvenções, contratos ou bolsas, quando houver. - As idéias ou qualquer ajuda importante vinda de colega(s).

9

É importante mostrar a redação provisória do agradecimento à pessoa cuja ajuda está sendo expressa. Pode ser que

essa pessoa entenda que o agradecimento é insuficiente ou, pior ainda, demasiado efusivo. 10

Evitar empregar a palavra desejar ou desejaria porque podem transmitir ambigüidade.

1. 10 COMO CITAR AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS11

Estilos de referência Porque há uma variedade muito grande de estilos de referência, antes de apresentar a última versão para publicação, convém dispor as referências de acordo com as “Instruções dos autores” da revista, geralmente expressos na contra-capa; Dentro do texto, quando há mais de um autor para um mesmo artigo citado e as “instruções da revista” não determinam nenhuma forma específica, pode-se adotar o seguinte critério: Dois autores: SMIDT & JONES (1950) ... ou Smidt & Jones (1950) ... Três ou mais autores: SMIDT, JONES & HIGGINGOTHAM (1948), ... (na 1ª vez); SMIDT et al.... (nas outras vezes) ou Smidt, Jones & Higgingotham (1948), ... (na 1ª vez); Smidt et al. ... (nas outras vezes). Para as Referências bibliográficas no final do trabalho, a maioria das revistas científicas utilizam um destes quatro sistemas gerais: Sistema NRB 6023 da ABNT, para publicações em revistas nacionais: FONSECA, Jairo S.; MARTINS, Gilberto de A. Curso de estatística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1996. MELO, Galvão. F. Métodos estatísticos em estudos comparativos: comparação de tratamento. Lisboa: Escola Nacional de Saúde Pública, 1985. SILVA, Milton Fernando de Andrade. Flúor sistêmico: aspectos básicos, toxicológicos e clínicos. In: KRIGER, Léo. Promoção de saúde bucal. São Paulo: Artes Médicas, 1997. p. 143-165.

__________ 11

O pesquisador prudente escreve as referências bibliográficas em fichas, geralmente, com todas as informações

possíveis ou as armazena em um arquivo de computador no momento que estiver fazendo a leitura seletiva e, portanto, muito antes da escrever a versão final do artigo.

Sistema de nome e ano ou sistema de Harvard Day, R.A. 1998. How to write and publish a scientific paper. 5. Ed.

Phoenix: Oryx Press.

Huth, E. J. 1986. Guidelines on authorship of medical papers. Ann. Intern.l Med. 104:269-274. Sproul, J., H. Klaaren, and F. Mannarino. 1993. Surgical treatement of Freiberg’s infraction in athletes. Am. J. Sports Med. 21:381-384. Sistema numérico-alfabético Booth, V. 1981. Writing a scientific paper and speaking at scientific meetings. 5ª ed. The Biochemical Society, Londres. Huth, E. J. 1986. Gidelines on authorship of medical papers. Ann. Intern. Med. 104: 269-274. Lee, M. R.; HO, D.D.; and GURNEY, M. E. 1987. Functional interaction and partial homology between human immunodeficiency virus and neuroleukin. Science 237:1047-1051. Sistema de ordem de menção 1. LEE, M. R.; HO, D.D.; and GURNEY, M. E. 1987. Functional interaction and partial homology between human immunodeficiency virus and neuroleukin. Science 237:1047-1051. 2. BOOTH, V. 1981. Writing a scientific paper and speaking at scientific meetings. 5ª ed. The Biochemical Society, Londres. 3. HUTH, E. J. 1986. Gidelines on authorship of medical papers. Ann. Intern. Med. 104: 269274.

Capítulo 2 ____________________________________________________ COMO ESCREVER UM ARTIGO DE REVISÃO ____________________________________________________

Características de um artigo de revisão Tem por finalidade examinar a bibliografia publicada anteriormente e situá-la em certa perspectiva; Pode conter entre 10 a 50 páginas impressas; Tem estrutura diferente de um artigo de investigação, ou seja, consiste numa Introdução seguida de ampla Revisão Bibliográfica. A Revisão Bibliográfica é seu produto principal, mas é muito mais que uma simples bibliografia. Oferece uma avaliação crítica dos trabalhos publicados e, com freqüência, chega a conclusões importantes baseadas nesses trabalhos. Suprime-se, portanto, as seções da Metodologia (Materiais e Métodos), Resultados e Discussão.

Preparação de um guia Não há uma organização estabelecida para os artigos de revisão. A regra fundamental é preparar um guia que contenha: uma exposição de um ou dois parágrafos que detalhe a finalidade, o alcance geral bem definido, a pertinência da revisão e as partes integrantes, seguindo uma ordem lógica; uma lista de referências fundamentais que mostre as contribuições do autor nesse campo bem como os resultados de outros investigadores; uma lista de publicações recentes do autor.

Tipos de revisões Antes de escrever realmente o texto, é preciso verificar os requisitos críticos e formais da revista em que se tem intenção de publicar o artigo de revisão; Algumas revistas exigem avaliações eruditas e críticas da bibliografia publicada sobre o tema; Outras publicam revisões que têm por objeto recopiar e anotar, porém não forçosamente avaliar um determinado tema; Mais recentemente, a maioria das revistas deste tipo de artigo preferem revisões sobre os últimos avanços12 ou que mostrem uma nova compreensão de um campo em rápida transformação. Somente se cataloga ou avalia a bibliografia recente sobre o tema. Numa revisão de um tema não resumido anteriormente ou sobre o qual permanecem mal entendidos ou polêmicas, poderá ser apropriado dedicar-se um pouco mais de espaço às origens históricas. Se o tema foi examinado antes de forma competente, o ponto de partida de seu artigo poderia ser a data da revisão anterior.

Escrever para o público Uma grande diferença entre os artigos de revisão e os artigos primários é o público; os últimos são sumamente especializados e, portanto, também o público; O artigo de revisão abrangerá provavelmente certo número de temas muito especializados de forma que será lido por muitos colegas da área temática, mas interessará também a muitas pessoas de campos conexos uma vez que ler boas revisões é a melhor forma de estar em dia em esferas gerais de interesse; Os artigos de revisão são úteis também para a docência, de forma que sua utilização pelos estudantes será provavelmente grande; Como o artigo de revisão atenderá a um público muito amplo e diverso, seu estilo de escrita deverá ser muito mais geral do que seria um artigo de investigação. A gíria e as abreviaturas especializadas deverão ser eliminadas ou detalhadamente explicadas. O estilo deverá ser mais expansivo que telegráfico.

_________ 12

Annual Review of”, “Recent Advances in”, “Yearbook of”, por exemplo.

Importância dos parágrafos introdutórios Os leitores se deixam influenciar muito pela introdução de um artigo de revisão. É provável que decidirão continuar a ler ou não de acordo com o que encontram nos primeiros parágrafos; Os leitores se deixam influenciar também pelo primeiro parágrafo de cada seção principal de uma revisão.

Se os

“primeiros parágrafos” estão bem escritos, os leitores poderão obter melhor compreensão do tema proposto.

Importância das conclusões Como o artigo de revisão abrange um tema amplo para um grande público, alguma forma de “conclusões” constitui um bom componente que se deve pensar e que vale a pena escrever. Isso é especialmente importante quando se trata de um tema sumamente técnico, avançado ou complexo.

Capítulo 3 ____________________________________________________ O CÓDIGO ISSN EM PUBLICAÇÕES SERIADAS IMPRESSAS13 ____________________________________________________

O que é uma publicação seriada? É aquela editada em fascículos, numerados cronologicamente e/ou seqüencialmente, sem data prevista de término, podendo ser editada sob forma impressa ou eletrônica. O que significa ISSN? O ISSN (International Standard Serial Number) é o número Padronizado adotado Internacionalmente para identificar títulos de publicações Seriadas. Composição Composto de oito dígitos, incluindo o dígito verificador, apresenta-se em dois grupos de quatro dígitos, separados por um hífen e precedido pela sigla ISSN seguida de um espaço. Exemplo: ISSN 1518-756X, ISSN da Revista Saúde e Ambiente da Univille. Não apresenta nenhuma indicação de local, idioma ou editora.

Local de impressão De acordo com a NRB 10525/1988 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o código ISSN deve ser impresso em cada fascículo da publicação seriada, em posição destacada,

no canto superior direito da capa, na ficha catolográfica e logo acima da legenda bibliográfica da folha de rosto. ___________ 13

Informações obtidas no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Versão 6.99 e 3/2000.

Capítulo 4 __________________________________________________ QUALIDADE EDITORIAL DOS PERÍODICOS CIENTÍFICOS14 ____________________________________________________

Conjunto de exigências para indexação em bancos de dados internacionais:

Em relação à revista Código ISSN, Filiação institucional dos autores, Política editorial e normas impressas no periódico, Área especializada (monodisciplinar), Corpo editorial interdisciplinar ou internacional com filiação institucional impressa no expediente, Editor estável – não sendo este uma figura meramente administrativa, mas que garanta a estabilidade do perfil da revista, Continuidade ou história de 5 anos ininterruptos, Ineditismo da produção. Em relação ao artigo Abstract em uma segunda língua, preferencialmente o inglês, Palavras-chave, Filiação institucional dos autores, Área especializada (monodisciplinar), Editor estável – não sendo este uma figura meramente administrativa, mas que garanta a estabilidade do perfil da revista,

Ineditismo da produção.

_______ 14

Informações obtidas junto à coordenação do Mestrado em Saúde e Meio Ambiente (MSMA) da Univille em 2001.

Capítulo 5 ____________________________________________________ COMO PUBLICAR EM REVISTA INDEXADA15 ____________________________________________________

O histórico da indexação bibliográfica A indexação bibliográfica teve início no final do século XIX e no início do século XX, resultante da iniciativa de grupos de pesquisadores que, impossibilitados de acompanhar de seus bureaus a crescente quantidade de materiais que se publicava ao redor do mundo sobre um determinado assunto, viram-se impelidos a desenvolver sistemas que racionalizassem e facilitassem o acesso às informações. Em 1864, a Zoological Society of London e o British Museum of Natural History iniciaram a publicação do Zoological Records. Em 1917 e 1918, surgiram o Abstracts of Bacteriology e o Botanical Abstracts, compilados, respectivamente, pela Society of American Bacteriologistis e por um grupo de editores de revistas norte-americanas de botânica. Em razão do sucesso alcançado, os dois absctracts foram fundidos e vieram a constituir o Biological Abstracts, integrante da base BIOSIS, hoje com mais de 13 milhões de referências (vide http://www.biosis.org.). Na área das ciências da saúde em geral, o Index Medicus, compilado pela National Library of Medicine (Washington, D.C.) desde 1979, é a base bibliográfica mais utilizada em todo o mundo. A partir de 1960, as referências passaram a ser informatizadas, vindo a constituir o sistema MEDLARS (Medical Literature Retrieval System), que atualmente integra cerca de quarenta bases de dados, dentre as quais a MEDLINE.

__________ 15

Coimbra Jr., C. E. A. Produção científica em saúde pública e as bases bibliográficas internacionais. In Cad. Saúde

Pública. Rio de Janeiro, (4):883-888, out.-dez. 1999.

Desde 1997, o sistema MEDLINE passou a ter o seu acesso on-line gratuito, que, em sua totalidade, inclui cerca de nove milhões de referências bibliográficas (80% das quais em inglês), restrospectivas a 1966, oriundas de cerca de 3.900 revistas de mais de setenta países (vide http://www.ncbi.nlm.nih.gov).

Dentre várias outras bases relevantes, em especial no que se refere à saúde pública/saúde coletiva, destacando-se, em ordem alfabética, CAB Abstracts, EMBASE/Excerpeta Medica, LILACS e Sociological Abstracts.

O que são bases de indexação Meios mais eficientes de disseminação de resultados de pesquisas e de realização de levantamentos bibliográficos; Instrumentos essenciais na disseminação da informação científica;

Critérios para avaliar títulos De acordo com a MEDLINE, dentre os vários pontos considerados na avaliação dos títulos a serem incluídos ou eliminados, destacam-se: mérito científico, regularidade, qualidade editorial, disponibilidade de bons resumos em inglês, aspectos técnicos gerais da publicação (tipo de papel utilizado, qualidade de impressão e acabamento etc.) e uma razoável dose de influência da National Library of Medicine, que é ligada à agência federal National Institutes of Health.

Utilidades da indexação Além do acesso ao título e ao resumo de um determinado artigo, pode-se obter também o endereço dos autores, mesmo sem o acesso à revista em que o trabalho foi publicado.

Diferencial de uma publicação em revista indexada Aumento enorme das chances dos pesquisadores verem seus trabalhos lidos e citados; Questão de prestígio internacional; Parâmetro indicativo da qualidade de um periódico e, por extensão, dos artigos neste publicados Ainda que a intenção não fosse esta, atualmente a associação entre indexação e avaliação de qualidade está cada vez mais corrente. Sistemas de indexação europeus e asiáticos Países europeus e asiáticos criaram também seus próprios sistemas de indexação e de alerta bibliográfico. A Inglaterra e a França, por exemplo, desenvolveram suas próprias bases, respectivamente os sistemas CAP e PASCAL (este definido-se como uma base de escopo internacional, sua ênfase é na cobertura de publicações francesas). Sistemas de indexação brasileiro O projeto SciELO16, mediante um consórcio envolvendo a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a BIREME (Biblioteca Regional de Medicina/OSP), pretende disponibilizar textos completos de uma seleção de revistas científicas brasileiras em diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de maximizar sua disseminação. Pretende também constituir uma base bibliográfica nacional que permita a realização de pesquisas bibliométricas e de “impacto” de citações, a exemplo dos estudos que se realizaram com base nos indicadores fornecidos pelo Institute for Scientific Information (ISI), ainda que os

índices de citação desse Institute devam ser utilizados com cautela pois se referem a livros ou capítulos de livro provindos de material não indexados.

_______________ 16

Ver também Abstracts of Bulgarian Scientific Medical Literature, Index Medicus Yugoslavicus, China Medical

Abstracts e http://www.scielo.br

Capítulo 6 ______________________________________________________________________

COMO ESCREVER UM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UMA MONOGRAFIA UMA DISERTAÇÃO UMA TESE ____________________________________________________

6.1 DEFINIÇÃO O TCC consiste num relatório de pesquisa científica correlacionada à área do curso, como requisito parcial para a obtenção de grau.17 Entende-se por monografia um relatório escrito sobre um único tema, não necessariamente novo nem inédito, de relevância social e científica, que pode se inter-relacionar com outros temas ou vários aspectos de um mesma tema.18 Uma Dissertação vem a ser um “estudo minucioso que se propõe esgotar determinado tema relativamente restrito”.19 A tese e a dissertação, no contexto da vida acadêmica, e os trabalhos resultantes de pesquisas rigorosas são exemplos de monografias científicas. 20 Os termos - TCC, monografia, dissertação e tese -, na prática, acabam por marcar uma determinada etapa da produção acadêmica e não propriamente delimitar características científicas radicalmente diferentes.18, 21

__________

17

Resolução 02/99, Art. 2º do CEPE/UNIVILLE.

18

Hübner, 1998, p. 19.

19

Ferreira, 1986, p. 1154, apud Oliveira, 1997, p. 235.

20

Severino, 1996, p. 104, apud Oliveira, 1997, p. 236.

21

Paradiando Darwin, quando se referiu à diversidade dos seres vivos, entre um TCC, uma Monografia, uma

Dissertação ou uma Tese “a diferença deve ser “de grau, não de qualidade”.

6.2 COMO ORGANIZAR UM TRABALHO ACADÊMICO Ressalvadas as orientações de cada Instituição ou Departamento, na elaboração de um Trabalho Acadêmico poderão ser seguidas as normas para um Artigo Científico (Ver Capítulo 1 (1.4, 1.5, 1.6, 1.7, 1.8). Quanto ao aspecto externo, entretanto, é de praxe ser apresentado na formatação abaixo: Elementos pré-textuais22 Capa Folha de guarda23 Folha de rosto Termo de aprovação Dedicatória23 Agradecimentos23 Sumário Listas de Ilustrações (Quadros, Gráficos, Tabelas, Mapas)24 Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos24 Resumo22 (1.4) Abstract ou Resumen (em espanhol), Résumé (em francês) ou Zusammenfassung (em alemão)24 Elementos textuais Introdução (1.5) (Revisão da Literatura) Metodologia - Materiais e Métodos (1.6) Resultados (1.7) Discussão (1.8) (Conclusão ou Considerações Finais) Elementos pós-textuais22 Apêndice(s)24 Anexo(s)24

Glossário24 Índice remissivo24 Referências bibliográficas Capa ______________________ 22

As formas de como apresentar os Elementos pré-textuais, com exceção do Resumo, e pós-textuais poderão ser

obtidas em manuais de Metodogia Científica. 23

Elementos opcionais.

24

Elementos condicionados à necessidade.

6.3 COMO ESCREVER O RESUMO Emprego dos tempos verbais Todo o texto do resumo deve ser escrito com verbos no pretérito porque se refere a um trabalho já realizado. O Resumo tem a finalidade de apresentar uma descrição breve do problema estudado e das soluções encontradas. Em razão disso, só pode ser elaborado após o término do trabalho. As orientações de como elaborar o Resumo podem ser encontradas no Capítulo 1 deste livro (1.4). O que não pode faltar num resumo: O objetivo da pesquisa (delimitação do tema do projeto); A síntese da metodologia empregada; Os principais resultados alcançados ou a(s) conclusão(ões). O que não deve constar num resumo: Aspectos do trabalho não descritos no texto; Tabelas, figuras e fórmulas; Referências a outros autores.

6.4 COMO ESCREVER A INTRODUÇÃO Emprego dos tempos verbais Uma grande parte da Introdução deve ser escrita no tempo presente porque se refere ao problema proposto e aos conhecimentos estabelecidos em relação ao assunto a ser apresentado no momento de iniciar o trabalho.

Questões essenciais De que assunto trata a pesquisa (contextualização)? Por que é importante tratar esse assunto (justificativa)? Como se tratou o assunto (síntese metodológica)? Qual o objetivo a ser alcançado? Qual a estrutura do relatório (capítulos)? Razões das questões Sem um problema exposto de forma razoável e compreensível, com objetivos claros e breves, com a metodologia da pesquisa, com o roteiro ou a ordem de exposição, os leitores não se interessarão pela solução. Essa é a regra cardinal. Elaborando o texto introdutório Introduzir ou estabelecer o assunto ou tema que se pretende estudar de forma macro, inicialmente, e ir afunilando até chegar ao problema a ser investigado, delimitando-o adequadamente (cf. o projeto); Apresentar, de forma mais clara possível, a natureza, o alcance e a relevância social, as implicações e os benefícios do tema (problema) a ser investigado (cf. justificativa do projeto);

Definir, de forma clara e breve, a finalidade, os objetivos que se pretende alcançar como trabalho (cf. o projeto); Indicar as perspectivas, a metodologia geral e/ou as técnicas a serem empregadas no trabalho, o modus facendi (cf. o projeto); Concluir o texto introdutório mencionando genérica, mas necessariamente, os capítulos (e as subunidades, facultativamente) que constituem o corpo do trabalho.

6.5 COMO ESCREVER A REVISÃO DA LITERATURA25 Emprego dos tempos verbais Uma grande parte desta seção deve ser escrita no tempo presente porque se refere aos conhecimentos estabelecidos em relação ao assunto a ser apresentado no momento de iniciar o trabalho. Definições Descrição de como estudaram os autores especializados, num passado recente ou remoto, um problema semelhante ao que se está estudando agora. De indiscutível importância para o encaminhamento de uma pesquisa, permite a familiaridade com o estado atual da área temática e a obtenção de uma sólida sustentação teórica, tornando o pesquisador capaz de problematizar e discutir a questão de forma adequada. Discussão sobre as idéias, fundamentos, problemas, sugestões dos vários autores pertinentes e selecionados, demonstrando ao leitor que os trabalhos foram efetivamente examinados e criticados. O que não pode faltar A evolução do assunto, fazendo referência aos trabalhos anteriormente publicados. A revisão das contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto. O nome de todos os autores dos livros e revistas mencionados, quer no texto quer nas notas de rodapé, bem como nas referências bibliográficas, no final do trabalho. Como elaborar Fazer um levantamento da literatura relevante, já publicada na área, que servirá de base à investigação do trabalho proposto;

______________ 25

Tradicionalmente, reserva-se um capítulo exclusivo para a Revisão da Literatura, mas ela pode ser incluída,

também, na Introdução, como no Artigo Científico (ver 1.5).

Resumir e comentar os livros, artigos de revistas e de jornais, em atas, em empresas, museus, arquivos etc. para suprir o leitor de informação básica suficiente para compreender e avaliar os resultados (ver 1.5); Na medida do possível, expor as contradições e as controvérsias entre os autores lidos e relatar a evolução histórica do assunto, quando for o caso; Para fins práticos de um TCC ou de uma monografia, é possível elaborar um texto único, incluindo o levantamento histórico e as informações teóricas básicas para melhor compreender e avaliar os resultados da pesquisa; Para níveis mais elevados, é preciso construir um texto em um ou mais capítulos, com subdivisões (títulos e subtítulos, ou unidades e subunidades), que devem se referir às diferentes relações (variáveis, definição e categorização) estabelecidas entre os aspectos do tema; Neste caso, não há uma receita pronta para a escolha dos títulos ou subunidades, mas sugere-se apenas que mantenham uma relação explícita com o tema e uma seqüência lógica entre si; Nunca é demais lembrar que o pesquisador prudente escreve as referências bibliográficas em fichas, geralmente, com todas as informações possíveis, ou as armazena em um arquivo de computador no momento que estiver fazendo a leitura seletiva e, portanto, muito antes da escrever a versão final da monografia.

6.6 COMO ESCREVER A METODOLOGIA26 Finalidade da seção Apresentar apenas a receita para a obtenção dos dados. Dar informações suficientes que permitam a um leitor proficiente reproduzir os experimentos. Apresentar a(s) metodologia(s), as estratégias, o(s) método(s), os materiais empregados no estudo e defender as razões de cada escolha, quando for o caso, O que não pode faltar A metodologia ou o modelo de pesquisa adotado para a obtenção e análise dos dados. A determinação da população pesquisada (em sentido amplo). A especificação da amostra selecionada (em detalhes). A identificação dos instrumentos ou equipamentos (quando for o caso) utilizados e a indicação de sua localização na monografia (apêndices). A forma de obtenção do consentimento do participante da pesquisa no caso da experimentação ser feita com seres humanos (quando for o caso)? A descrição do processo da coleta de dados. A determinação da época e do local da realização da pesquisa. A identificação da base teórica adotada para análise e interpretação dos resultados. A indicação do material e/ou das técnicas utilizadas (quando for o caso). A descrição de métodos estatísticos sofisticados (quando for o caso).

________________ 26

Se – e somente se - a síntese metodológica apresentada na Introdução (6.4, letra c) for suficientemente clara e

objetiva, isto é, permitir a reprodutibilidade dos experimentos, o capítulo da Metodologia (Materiais e Métodos)

poderá ser dispensado. Caso contrário, deve-se seguir as instruções do capítulo 1 (1.6), as que seguem e ou as recomendações do orientador.

Quando e como elaborar o texto É razoável começar a escrever a monografia exatamente pelo capítulo da Metodologia ou Materiais e Métodos porque se trata de redigir o que de fato foi feito. Redigir um texto (não uma lista de respostas) respondendo as questões essenciais acima colocadas, mas somente aquelas que se relacionam ao trabalho efetivamente realizado. Empregar os verbos no tempo verbal apropriado.

6.7 COMO ESCREVER A SEÇÃO DOS RESULTADOS27 Emprego dos tempos verbais Os verbos deverão estar no pretérito porque se trata de trabalho já realizado. Definição O capítulo dos Resultados é, de certa forma, a razão de ser de um trabalho acadêmico. Conteúdo Relação dos experimentos, fornecendo um panorama geral, porém sem repetir os detalhes experimentais já descritos no capítulo dedicado à Metodologia. Apresentação dos resultados mais representativos, agrupados e ordenados convenientemente (em valores estatísticos, quando for o caso), podendo vir, eventualmente, acompanhados de Tabelas, Gráficos ou Figuras.28

Lembretes Antes de apresentar os dados, talvez seja interessante consultar um estatístico ou um bom livro de estatística para saber se o resultado do teste é estatisticamente significante. A interpretação do(s) teste(s) empregado(s) deve ser apresentada na seção dos resultados. Não usar programas de computador sem um diagnóstico prévio do seu alcance. Este capítulo poderá também vir combinado com a seção da discussão, principalmente se os dados forem essencialmente numéricos ou extremamente sintéticos.

27

Na elaboração do texto desta seção, levar em conta também as orientações do capítulo 1 (1.7) deste livro.

28

Recomenda-se que os resultados brutos sejam colocados em Apêndice e referenciados nas Tabelas, Gráficos ou

Figuras.

O que evitar Voltar a descrever a metodologia e/ou os métodos utilizados. Sobrecarregar o leitor com pormenores desnecessários. Cair na tentação de entrar em conclusões, em diagnósticos ou prescrições antes da hora. Como tratar os dados numéricos Identificar, o mais claramente possível, o comportamento, o tamanho e a natureza da participação de cada elemento no problema. Se há poucas medidas a serem apresentadas, estas deverão ser tratadas descritivamente no texto. As medidas repetidas são apresentadas em quadros ou gráficos; todavia, repetidas ou não, sempre deverão Ter um significado claro. É importante incluir os aspectos negativos dos experimentos. É uma boa garantia dizer o que não se encontrou nas condições em que se realizaram os experimentos porque é muito provável que outro pesquisador obtenha resultados diferentes em condições diferentes.29 Necessidade de clareza A seção dos Resultados é a mais importante, mas freqüentemente também a mais curta, especialmente se for precedida por uma seção de Metodologia e seguida de uma Discussão bem elaboradas. As partes anteriores do trabalho (Introdução e Metodologia) tem por objetivo dizer por que e como os Resultados foram obtidos; a última parta (Discussão) se ocupa em dizer o que estes significam.

29

”A ausência de provas não é prova da ausência” [Carl Sagan]

6.8 COMO ESCREVER A DISCUSSÃO30, 31 O uso dos tempos verbais Os tempos verbais oscilarão continuamente entre o presente e o pretérito. Naquele, quando se referem a trabalhos de outros (conhecimentos estabelecidos); neste, quando se referem aos resultados da pesquisa em curso.

Constatação É, com certeza, a seção mais difícil de ser escrita porque é nela que se explicam os resultados alcançados, quer sejam positivos ou negativos. É o momento em o pesquisador pode e deve demonstrar sua real competência.

Questões a serem respondidas O que significam os dados e suas estatísticas? Que tendências e generalizações sugerem os dados, além da estatística usual (se for o caso)? Qual a relação têm os dados da pesquisa com o(s) problema(s) principal(is) da pesquisa ou com os problemas existentes sobre o assunto? Qual a resposta que os dados trazem à principal questão do trabalho? Quais as razões para se acreditar que os resultados comprovam a teoria apresentada na Revisão da Literatura (se for o caso)? Quais as razões para acreditar que os dados contradizem idéias prevalecentes ou permitem refutar a teoria apresentada na Revisão da Literatura (se for o caso)? Que nova hipótese, ou que nova teoria, pode ser lançada para explicar o fenômeno observado (se for o caso)? Até que ponto houve respostas positivas ou negativas e/ou quais trouxeram dúvidas em relação à questão inicial da pesquisa? __________ 30

Observar também as orientações presentes no capítulo 1 (1.8).

31

O Resultado da pesquisa e a Discussão podem aparecer combinados num capítulo único.

Diante dos resultados, que novas linhas de pesquisa podem ser propostas (se for o caso)? O que significam os resultados obtidos à luz dos trabalhos publicados e mencionados na Revisão da Literatura e à luz do conhecimento e da experiência pessoal do pesquisador? Até que ponto os resultados alcançados estão de acordo com aqueles apresentados pelos trabalhos publicados e mencionados na Revisão da Literatura? Que novas relações podem ser estabelecidas entre o(s) assunto(s) discutido(s)? Que “solução mais simples” ou que “solução mais barata” pode ser proposta para resolver o problema da pesquisa (quando for o caso)? Qual a importância dessa solução?

Como tratar os dados numéricos Apresentar, relacionar, ligar, integrar, enfim, inter-relacionar os diferentes aspectos apresentados pelos resultados alcançados com aqueles dos autores mencionados (ver

Revisão da Literatura). Discutir – no caso de uma pesquisa qualitativa – o cenário descritivo. Apresentar os princípios, as relações e as generalizações que os resultados indicam, não se deixando levar pela simples recapitulação. Identificar o mais claramente possível o comportamento, o tamanho e a natureza da participação de cada elemento no problema principal da pesquisa (ver Introdução). Referir-se às exceções ou às faltas de correlação e à delimitação dos aspectos não resolvidos32. Mostrar as concordâncias, as discordâncias ou possíveis interpretações que os resultados mostram em relação a trabalhos anteriormente publicados. Expor as conseqüências teóricas do trabalho e suas possíveis aplicações práticas. Resumir as provas que confirmam cada conclusão e mostram o significado do trabalho Responder à principal questão do trabalho (ver Introdução). ____________ 32

Nunca arriscar-se de ocultar ou alterar os dados que não se enquadram nos resultados esperados.

Definição da verdade científica Ao mostrar as relações entre os resultados observados, não é necessário se chegar a conclusões cósmicas. É raro que uma só pessoa seja capaz de iluminar toda a verdade porque, na maioria das vezes, o que se tem são apenas fragmentos de evidências; o que se pode fazer, então, é jogar um pouco de luz sobre uma parcela da verdade. É preferível lançar um feixe de luz sobre uma parcela da verdade que permanecer no comodismo de nada produzir. A descrição do significado da pequena parcela da verdade deve ser feita com simplicidade. Por último, a definição da verdade científica, que é a resposta aos questionamentos formulados acima, deve ser apresentada em formato de texto.

6.9 COMO ESCREVER A CONCLUSÃO(ÕES)33,34

O que evitar Assim como na Introdução, a Conclusão não entra nos detalhes operacionais dos conceitos utilizados, não extrapolando os resultados já estabelecidos no desenvolvimento da pesquisa, especialmente na Discussão. Conseqüentemente, a Conclusão não acrescenta nenhum dado novo, mas baseia-se tão somente nos resultados contidos na Discussão.

Como elaborar Retomar – sucintamente – o assunto do trabalho apresentado na Introdução (contexto), Retomar o problema inicial e o objetivo geral lançados na Introdução (ver também o Projeto). Considerar a consistência entre o objetivo proposto e a conclusão alcançada. Recapitular, em forma de síntese, os principais idéias desenvolvidas na pesquisa, ressaltando o alcance e as conseqüências de suas contribuições, bem como seu possível mérito. (ver a Discussão) Identificar e avaliar os pontos positivos e negativos das principais idéias desenvolvidas e que dizem diretamente ao problema da pesquisa (ver a Discussão). “Amarrar” os diferentes aspectos apresentados, inter-relacionando-os; Apenas presumir quando houver mais causas para um determinado efeito e não for possível estabelecer critérios de certeza (presumivelmente este deve ser o resultado...) Nunca expressar conclusão(ões) definitivas quanto ao assunto pesquisado uma vez que todo trabalho científico é apenas um fragmento de evidência, _____________ 33

Quando o relatório do TCC for o resultado de uma pesquisa bibliográfica estrita, as orientações a serem seguidas

poderão ser encontradas no Capítulo 2 deste livro. 34

As informações apresentadas na Conclusão, poderão, a critério do orientador, serem inseridas no final da

Discussão.

Prescrever, a título de recomendação, algumas ações que poderiam alterar ou atenuar o problema formulado ou, mais apropriadamente, recomendar ou propor novas pesquisas para esclarecer mais conclusivamente o problema estudado (ver o Projeto, ver a

Introdução). Finalizar o processo de investigação formalizando novas questões, suscitando novas dúvidas, que poderão inspirar novos trabalhos ou abrir caminhos e perspectivas para novas e posteriores investigações. Por último, nunca é demais lembrar que a conclusão deve ser apresentada em formato de texto.

O que não pode faltar O texto da conclusão deverá conter: O assunto contextualizado; O problema inicial e o objetivo geral; A síntese da discussão ou da análise crítica; A consistência entre o objetivo proposto e os resultados alcançados; As perspectivas futuras ou as novas questões a serem investigadas.

INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

ALVES-Mazzotti, Alda Judith & GEWANDSZNAJDER, Fernando. O Método nas ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 1996. AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. Piracicaba: Unimep, 1997. COIMBRA Jr., C. E. A. Produção científica em saúde pública e as bases bibliográficas internacionais. In Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, (4):883-888, out.-dez. 1999. DAY, Robert A. Como escrever e publicar um artigo científico. 5.ed. São Paulo: Santos, 2001. DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. ECO, Umberto. Como se faz uma tese.13.ed. São Paulo: Fronteira, 1996. FACULDADE Católica de Administração e Economia. Normas e orientações para apresentação de trabalhos acadêmicos. Curitiba: Faculdade Católica de Administração e Economia, 1996. FERNANDES, António José. Métodos e regras para elaboração de trabalhos académicos e científicos. 2.ed. Porto: Porto Editora, 1995. FULGÊNCIO, Lúcia & LIBERATO, Yara. Como facilitar a leitura. São Paulo: Contexto, 1992. GIL, Antonio Carlos. Projetos de Pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996. HÜBNER, Maria Martha. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo: Pioneira : Machkenzie, 1998. INSTITUTO Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Curitiba: Ed. da UFPR, 2000. KATO, Mary A. No mundo da escrita. Uma Perpectiva psicolingüística. 5.ed. São Paulo: Ática, 1995. OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 1997. RUIZ, Álvaro João. Metodologia Científica. Guia para eficiência nos estudos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1995. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2000. UNIVERSIDADE da Região de Joinville. Pró-Reitoria de Ensino. Guia para apresentação de trabalhos acadêmicos / Universidade da Região de Joinville. Pró-Reitoria de Ensino. – Joinville, SC: UNIVILLE, 2001. UNIVERSIDADE Regional de Blumenau. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Administração. Orientação para elaboração de Dissertação. Blumenau: Comark, 1996. VIEIRA, Sonia. Metodologia Científica para a área de saúde. Campinas: Editora da Unicamp, 1984. _____. Como escrever uma tese. 4.ed. São Paulo: Pioneira, 1998.

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