1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIA POLÍTICA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina
Código: HC-799 Nome: Novas Mídias e Representação Política
Professor Responsável: Rafael Cardoso Sampaio –
[email protected]
Semestre/Ano: 1/2016
Tipo: Optativa
Carga Horária Total: 60
Nº de Créditos: 4
Ementa:
Objetivos:
O lugar das novas tecnologias de informação (TICs) nas teorias da democracia. Espaço público, novas mídias e a Internet. Comunicação política e internet. O uso da internet nas campanhas eleitorais e nos processos de deliberação política. O impacto das TICs sobre os sistemas políticos democráticos. A disciplina objetiva tratar acerca da temática da democracia digital. Em especial, o objetivo é destrinchar dois conceitos fundamentais em tal teoria, nomeadamente e-participação e transparência online, denotando características e trajetória dos conceitos, assim como estudos empíricos. Ao fim da disciplina, será abordado a ideia de governo aberto, que é baseada, justamente, nos dois conceitos apresentados.
CRONOGRAMA Unidade I:
O conceito de democracia digital
Nº de Encontros: 2
2
Unidade II:
Os múltiplos conceitos, abordagens e estudos da eparticipação Nº de Encontros: 6
Unidade III:
Transparência on-line: entre fatos e normas
Nº de Encontros: 5
Unidade IV:
Governo Aberto: quando participação caminham juntas
transparência
e
Nº de Encontros: 2
Avaliação:
Seminários com os alunos – 20% Relatoria de textos – 10% Textos para blog – 10% Participação nas aulas – 10% Artigo final – 50%
Referências Bibliográficas
Ver abaixo.
Programação das aulas Aula 1: Democracia Digital: origens STREET, John. (1997). Remote Control? Politics, Technology and 'Electronic Democracy'. European Journal of Communication, 12, pp. 27-42. VEDEL, Thierry. The idea of electronic democracy: questions. Parliamentary Affairs, v. 59, n. 2, p. 226-235, 2006.
origins,
visions
and
Textos complementares: COLEMAN, Stephen. (1999). Can the New Media Invigorate Democracy?. The Political Quarterly, 70 (1), pp. 16-22. BARNETT, Steven. (1997). New Media, Old Problems, New Technology and the Political Process. European Journal of Communication, Vol. 12(2), pp. 193–218.
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Aula 2: Democracia Digital: discussão contemporânea GOMES, Wilson. Participação Política Online: Questões e hipóteses de trabalho. In: MAIA, R. C. M.; GOMES, W.; MARQUES, F. P. J. A. Internet e Participação política no Brasil. Porto Alegre: Sulina, 2011, p. 19-45. COLEMAN, Stephen; BRUMLER, Jay G. The internet and democratic citizenship: theory, practice and policy. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
Textos complementares: DAHLBERG, Lincoln. Re-constructing digital democracy: An outline of four ‘positions’. New Media & Society, V. 13, N. 6, p. 855–872, 2011. CHADWICK, Andrew. Web 2.0: New challenges for the study of e-democracy in an era of informational exuberance. ISJLP, v. 5, p. 9, 2008.
Aula 3: Conceito de participação política NICO, Carpentier. The concept of participation. If they have access and interact, do they really participate? Revista Fronteiras–estudos midiáticos, v.14, n.2, p.164-177, 2012. WRIGHT, Scott. Politics as usual? Revolution, normalization and a new agenda for online deliberation. New Media Society, v. 14, n. 2, p.244–261, 2012.
Textos complementares: MACINTOSH, Ann; WHYTE, Angus. Towards an evaluation framework for eParticipation. Transforming Government: People, Process and Policy, Vol. 2 No. 1, 2008, pp. 16-30. MARQUES, Francisco Paulo Jamil Almeida. "Muro baixo, o povo pula": iniciativas institucionais de participação digital e seus desafios fundamentais. Opinião Pública, v. 16, p. 117-142, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762010000100005.
Aula 4: campo da e-participação MACINTOSH, Ann; COLEMAN, Stephen; SCHNEEBERGER, Agnes. eParticipation: The research gaps. In: Electronic participation. Springer Berlin Heidelberg, 2009. p. 1-11. MEDAGLIA, Rony. eParticipation Research: A Longitudinal Overview. Anais do Proceedings ePart 2011. Delft, Holanda, p. 99-108, 2011.
Textos complementares: SÆBØ, Ø.; ROSE, J.; FLAK, L. S. The shape of eParticipation: Characterizing an emerging research area. Government Information Quarterly, v. 25, n.3, p.400–428, 2008.
4 SUSHA, Iryna; GRÖNLUND, Åke. eParticipation research: Systematizing the field. Government Information Quarterly, v. 29, n. 3, p. 373-382, 2012.
Aula 5: Petições on-line WRIGH, Scott. Assessing (e-)Democratic Innovations: “Democratic Goods” and Downing Street E-Petitions. Journal of Information Technology & Politics, 9:4, 453-470, 2012. BÖHLE, Knud; RIEHM, Ulrich. E-petition systems and political participation: About institutional challenges and democratic opportunities. First Monday, v. 18, n. 7, 2013.
Textos complementares: MOSS, Giles; COLEMAN, Stephen. Deliberative Manoeuvres in the Digital Darkness: e‐ Democracy Policy in the UK. The British Journal of Politics & International Relations, 2013. ALDÉ, Alessandra; SANTOS, João Guilherme B. Petições Públicas e Batalhas Digitais. In: XXI Encontro Anual da Compós, 2012, Juiz de Fora. Anais do XXI Compós, 2012. Disponível em: http://compos.org.br/data/biblioteca_1944.doc.
Aula 6: Consultas on-line ÅSTRÖM, Joachim; GRÖNLUND, Åke. In: COLEMAN, S.; SHANE, P.M. (Orgs.). Connecting Democracy: Online Consultation and the Flow of Political Communication. Massachusetts: The MIT Press, 2012, p. 75-96. COLEMAN, S.; GIBSON, R.; SCHNEEBERGER, A. Democratic consultation and the ecitizen. In: COLEMAN, S.; SHANE, P. (Orgs.). Connecting Democracy: online consultation and the flow of political communication. Cambridge: The Mit Press, 2012, p. 173-190.
Textos complementares: BARROS, Samuel Anderson Rocha; GALVÃO, Nilson. Conexões Entre os Cidadãos e o Governo: Prospecção dos Canais de Consulta Criados pelo Executivo Federal do Brasil. Anais do I Seminário de Pesquisadores do CEADD, Salvador, p. 272-296, 2013. TOMKOVA, J. E-consultations: New tools for civic engagement or facades for political correctness? European Journal of ePractice, N. 7, p. 1-10,Março 2009.
Aula 7: e-decisão SAMPAIO, R. C. ; PEIXOTO, T. . Electronic Participatory Budgeting: false dilemmas and true complexities. Hope for Democracy: 25 years of Participatory Budgeting worldwide. 1ed.São Brás de Alportel: In Loco Association, 2014, v. , p. 413-426. Disponível em: https://www.academia.edu/7314775/Electronic_Participatory_ Budgeting_false_dilemmas_and_true_complexities.
5 FRANZKE, Jochen. Best Practice of Participatory Budgeting in Germany – Chances and Limits. Paper prepared for the EGPA Annual Conference, Study Group IV: Local Governance and Democracy, Toulouse (France), 8-10 September 2010.
Textos complementares: BEST, Nina. ; RIBEIRO, Manuella Maia ; MATHEUS, Ricardo ; VAZ, José Carlos. Internet e a participação cidadã nas experiências de orçamento participativo digital no brasil. Cadernos PPG-AU/FAUFBA, v. 9, p. 105-124, 2010. Disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/ppgau/article/viewFile/5115/3704. PEIXOTO, Tiago. (2009). Beyond Theory: e-Participatory Budgeting and its Promises for eParticipation. European Journal of ePractice. Disponível em: http://www.epractice.eu/files/7.5.pdf
Aula 8: Críticas à e-participação BARBER, Benjamin R. How Democratic are the New Telecommunication Technologies. In: "Second Conference on the Internet, law and politics: analysis and prospective study" [on-line monograph]. IDP. Revista de Internet, Derecho y Política. No. 3. UOC. Acesso em: 15/02/2009. Disponível em: . MOROZOV, Evgeny. The brave new world of slacktivism. Foreign Policy, v. 19, Maio 2009. Disponível em: http://neteffect.foreignpolicy.com/posts/2009/05/19/the_brave_new_world_of_slacktivis m. Acesso em 15 Set. 2013. MOROZOV, Evgeny. From slacktivism to activism. Net Effect, Foreign Policy, Setembro 2009. Disponível em: http://neteffect.foreignpolicy.com/posts/2009/09/05/from_slacktivism_to_activism. Acesso em 15 Set. 2013.
Textos complementares: BUCHSTEIN, Hubertus. Bytes that Bite: The Internet and deliberative Democracy. Constellations, vol. 4, n. 2, p. 248-263, 1997. SARTORI, Giovanni. A teoria da democracia revisitada: volume I – debate contemporâneo. São Paulo, Editora Ática, 1994.
Aula 9: Conceito de Transparência GOMES, W. S. ; Amorim, P. K. D. F. ; ALMADA, M. P. . Novos desafios para a ideia de transparência pública. In: VI Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política, 2015, Rio de Janeiro. Novos desafios para a ideia de transparência pública, 2015. . Meijer, A. (2009). Understanding modern transparency. International Review of Administrative Sciences, 75(2), 255–269. doi:10.1177/0020852309104175
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Textos complementares: Margetts, H. (2011). The Internet and Transparency. The Political Quarterly, 82(4), 518–521. doi:10.1111/j.1467-923X.2011.02253.x FILGUEIRAS, Fernando. Além da transparência: accountability e política da publicidade. Lua Nova, v. 84, p. 65-94, 2011.
Aula 10: Conceito de Transparência Fung, A. (2013). Infotopia: Unleashing the Democratic Power of Transparency. Politics & Society, 41(2), 183–212. doi:10.1177/0032329213483107 Hansen, H. K., Christensen, L. T., & Flyverbom, M. (2015). Introduction: Logics of transparency in late modernity: Paradoxes, mediation and governance. European Journal of Social Theory, 18(2), 117–131. doi:10.1177/1368431014555254
Textos complementares: Bertot, J. C., Jaeger, P. T., & Grimes, J. M. (2012). Promoting transparency and accountability through ICTs, social media, and collaborative e-government. Transforming Government: People, Process and Policy, 6, 78–91. doi:10.1108/17506161211214831 PRADO, Otávio; LOUREIRO, M. R. Governo eletrônico, transparência e democracia: A publicização das contas públicas das capitais brasileiras. XXIX ENANPAD. Brasília, DF. Anais... Brasília, p. 01-15, 2005.
Aula 11: Estudos sobre Transparência Meijer, a., ’t Hart, P., & Worthy, B. (2015). Assessing Government Transparency: An Interpretive Framework. Administration & Society. doi:10.1177/0095399715598341 Joshi, A. (2013). Do They Work? Assessing the Impact of Transparency and Accountability Initiatives in Service Delivery. Development Policy Review, 31(October 2010), 29–48. Retrieved from http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/dpr.12018/abstract
Textos complementares: ALMADA, M. P.; Carreiro, R. . A qualidade da informação pública: uma análise do grau de transparência dos portais de cinco estados brasileiros. Comunicologia (Brasília), v. 6, p. 3-23, 2013. NETO, Orion Augusto Platt et al. Publicidade e transparência das contas públicas: obrigatoriedade e abrangência desses princípios na administração pública brasileira. Contabilidade Vista & Revista, v. 18, n. 1, p. 75-94, 2009.
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Aula 12: Impactos da Transparência Piotrowski, S. J., & Van Ryzin, G. G. (2007). Citizen Attitudes Toward Transparency in Local Government. The American Review of Public Administration, 37(3), 306–323. doi:10.1177/0275074006296777 H., & Blenkinsopp, J. (2011). The roles of transparency and trust in the relationship between corruption and citizen satisfaction. International Review of Administrative Sciences, 77(2), 254–274. doi:10.1177/0020852311399230
Textos complementares: Vieira, J. B. (2013). The impact of public transparency in fighting corruption. Journal of Democracy, 5(1), 80–106. CRUZ, Cláudia Ferreira et al. Transparência da gestão pública municipal: um estudo a partir dos portais eletrônicos dos maiores municípios brasileiros. Revista de Administração Pública, v. 46, n. 1, p. 153-76, 2012.
Aula 13: Transparência, confiança, accountability Peixoto, T. (2013). The Uncertain Relationship Between Open Data and Accountability: A Response to Yu and Robinson’s The New Ambiguity of“ Open Government.” UCLA L. Rev. Disc., 663(2007), 200–213. Grimmelikhuijsen, S. (2013). The Effect of Transparency on Trust in Government: A Cross‐National Comparative Experiment. Public Administration Review, 73, 575–586. doi:10.1111/puar.12047.The
Textos complementares: JARDIM, José Maria. A face oculta do Leviatã: gestão da informação e transparência administrativa. Revista do Serviço Público, v. 46, n. 1, p. 137-152, 2015.
Aula 14: Governo Aberto: conceito e ambiguidades YU, Harlan; ROBINSON, David G. The new ambiguity of ‘Open Government’. UCLA L. Rev. Disc, v. 178, 2012. Meijer, a. J., Curtin, D., & Hillebrandt, M. (2012). Open government: connecting vision and voice. International Review of Administrative Sciences, 78(1), 10–29. doi:10.1177/0020852311429533
Textos complementares: VAZ, José Carlos; RIBEIRO, Manuella Maia; MATHEUS, Ricardo. Dados governamentais abertos e seus impactos sobre os conceitos e práticas de transparência no Brasil. Cadernos PPG-AU/UFBA, v. 9, n. 1, 2011..
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Aula 15: Governo Aberto: conceito e ambiguidades HARRISON, Teresa M.; GUERRERO, Santiago; BURKE, G. Brian; COOK, Megha; CRESSWELL, Anthony; HELBIG, Natalie; HRDINOVA, Jana; PARDO, Theresa. Open government and e-government: Democratic challenges from a public value perspective. Information Polity, v.17, n.2, p.83-97, 2012. GURSTEIN, Michael. Open data: empowering the empowered or effective data use for everyone? First Monday, v. 16, n. 2, 2011.
Textos complementares: Welch, E. W. (2012). The relationship between transparent and participative government: A study of local governments in the United States. International Review of Administrative Sciences, 78(1), 93–115. doi:10.1177/0020852312437982
