DISTRIBUIÇÃO DO COEFICIENTE DE MANUTENÇÃO EM CABECEIRAS DE DRENAGEM NA SERRA DA MANTIQUEIRA MINEIRA

May 28, 2017 | Autor: Dias J.s | Categoria: Geomorphology, Fluvial Geomorphology, Serra da Mantiqueira
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Resumo A formação de canais ࠑuviais é um dos assuntos mais complexos da geomorfologia. As condições locais e regionais que promovem a gênese da rede de drenagem são de suma importância na compreensão da dinâmica do relevo, evidenciando como as bacias hidrográí² §cas e, obviamente, toda a paisagem evolui. Esse trabalho objetiva reconhecer a distribuição espacial do coeí² §ciente de manutenção de bacias de cabeceiras na Serra da Mantiqueira. Os resultados mostram que apesar da homogeneidade estatística, pode-se apontar zonas de maior e menor capacidade de formação de canais no interior da Mantiqueira. Palavras chaves Cabeceiras de drenagem; formação de canais; Serra da Mantiqueira Introdução A formação da Serra da Mantiqueira ocorreu a partir do tectonismo no Paleoceno, onde falhamentos causaram deformações crustais culminando na ocorrência de bacias geradas por abertura de rifts, chamadas bacias tafrogênicas (ALMEIDA, 1998). Genaro (2008) aprofunda essa análise, ao apresentar os pulsos térmicos dos traços de í² §ssão ligados à formação da Serra da Mantiqueira, a partir da separação da Gondwana, tendo assim, sua origem a partir de falhas normais de grande rejeito. Heilbron (1995), de forma elucidativa, retrata os domínios tectônicos em que a Serra da Mantiqueira se apresenta em: i-) o autóctone onde apresenta evidente atividade deformacional tendo sua intensidade diminuída em direção à área cratônica e, ii-) o inferior que é representado por um conjunto metassedimentar demasiadamente deformado. A referida autora aí² §rma que a Serra da Mantiqueira, como participante do Embasamento Pré 1,8 Ga, consiste também de rochas formadas no evento Transamazônico. Logo, é possível considerar a Serra da Mantiqueira como área que apresenta escarpas montanhosas expressivas, controle tectônico acelerado e feições morfotectônicas em sua composição (MARQUES NETO, 2014), com formações a partir de eventos de soerguimento e abatimento escalonados de blocos (FERNANDES, 2013). A título de convenção optou-se por empregar no presente estudo, a divisão utilizada por RADAMBRASIL (1983), dividindo a Serra da Mantiqueira em Meridional e Setentrional. Ambas as regiões (Mantiqueira Meridional e Setentrional) correspondem aos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O relevo da região condizente à Mantiqueira Meridional apresentou intensos tectonismos durante o Cenozoico, proporcionando uma evolução morfológica nessa área que, deu-se a partir da gênese dos maciços alcalinos e da elevação da margem continental (MARQUES NETO, 2015). A região da Mantiqueira Setentrional abarca o sul do Espírito Santo, leste de Minas Gerais e parcela do Rio de Janeiro, com uma das maiores cotas altimétricas do Brasil, nesse caso a Serra do Caparaó com 2897m, que se encontra na fronteira de Minas Gerais com Espirito Santo. De forma geral predomina-se ao longo da serra regiões de latossolos vermelho-amarelo distróí² §cos, vermelho amarelo húmicos álicos e cambissolos húmicos álicos sobre rochas alcalinas intrusivas, granitos pré-cambrianos, gnaisses, magmatitos, xistos e quartzitos, desenvolvendo-se sobre solos as ࠑorestas Ombróí² §las Densas Montanas e Altomontanas (RADAMBRASIL, 1983). Os processos denudacionais e erosivos que promoveram desníveis topográí² §cos ao longo da serra foram pouco estudados e suas relações intrínsecas referentes à atuação das cabeceiras de drenagem ainda é desconhecida. Sendo assim, o presente trabalho busca analisar a heterogeneidade da capacidade das bacias de cabeceiras em promover o início da drenagem ࠑuvial da Serra da Mantiqueira. Busca-se um zoneamento para compreender a partir dessa prerrogativa como a evolução atual da serra correlaciona-se com os processos denudacionais atuantes neste contexto, que abarca grandes extensões territoriais e diferentes unidades litológicas e morfológicas.
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