Do auge à decadência

October 11, 2017 | Autor: Eduardo Vasques | Categoria: Storytelling
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES (ECA)
Gestão Integrada da Comunicação Digital nas Empresas, Digicorp













DO AUGE À DECADÊNCIA
Trabalho da Disciplina Storytelling

Professor Bruno Scartozzoni
















São Paulo
Agosto 2014
EDUARDO GOMES VASQUES
Nome: Eduardo Gomes Vasques

Objetivo de comunicação: estimular as pessoas a pararem de fumar

Título: do auge à decadência



Eu já fui muito querido pelas pessoas. Frequentei lugares que vocês
não podem imaginar. Passei pelas mais belas montanhas, por filmes que
ficaram para a eternidade. Aparecia em rádios, emissoras de televisão,
jornais e revistas. Sempre como uma presença marcante.

Também andei com muitas celebridades. Influenciei pessoas ao redor do
mundo. Fiz a cabeça delas. Estive até mesmo em sonhos, nas mãos das
pessoas. Patrocinei festivais de música, shows grandiosos, espetáculos,
peças relevantes de teatro, festas, programas em diversos veículos de
comunicação. Eu estava sempre muito presente.

Em todos estes anos, fui uma excelente companhia pra muita gente.
Independente da hora. Manhã, tarde, noite. Ah... em quantas madrugadas eu
estava ali. Para consolar, para aliviar a tensão do dia, para ajudar a
conviver com a insônia. Nos melhores e piores momentos das vidas das
pessoas.

E no auge de toda a minha história, quando eu já achava que havia
conquistado o mundo e as pessoas, o universo desabou. Enfim, fui
desmascarado e descobriram quem eu realmente sou, descobriram meu disfarce.
E, de repente, o céu virou inferno. De ótimo companheiro para todos os
momentos, fui marginalizado, transformado em carrasco, considerado o
destruidor de vidas e histórias.

Simplesmente fui proibido de circular por aí. Estar comigo, vejam só,
em determinados lugares ou situações, passou a ser considerado algo até
mesmo criminoso. Deixei, do dia para a noite, de ser sexy, elegante.
Passaram a me chamar de praga. Dizem que só trago doenças, que sou
praticamente um câncer. Sim, eu sou o novo demônio. Tenho que ficar
mendigando meu espaço. No máximo hoje apareço na porta das baladas, mas sou
proibido de entrar.

Saiba, porém, que ainda sou capaz de proporcionar muito prazer e
satisfação. Continuo aqui, prontinho para você. Esperando o momento certo,
já que não me resta mais muita coisa a fazer além de contar com a sua boa
vontade. Sou fácil, até barato. E você tem o poder de escolher se ainda me
quer. Mas eu cobro meu preço. E é bem alto.

Pode custar a sua vida!
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