DOAÇÃO DE LEITE MATERNO: O PREPARO DA MAMA EM DEBATE, ANÁLISE DOCUMENTAL

May 28, 2017 | Autor: Maria Ap Queroz | Categoria: Nursing, Health, Public Health
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JÉSSICA ELAINE FIGUEIREDO XAVIER NAYARA FERNANDA DE OLIVEIRA

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO: O PREPARO DA MAMA EM DEBATE, ANÁLISE DOCUMENTAL

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ POUSO ALEGRE – MG 2015

JÉSSICA ELAINE FIGUEIREDO XAVIER NAYARA FERNANDA DE OLIVEIRA

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO: O PREPARO DA MAMA EM DEBATE, ANÁLISE DOCUMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde Dr. José Antônio Garcia Coutinho, Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÁS, como requisito parcial para a obtenção do Título de Enfermeiro. Orientador: Ms. Maria Teresa de Jesus Pereira Co-orientadora: Enf.ª Maria Aparecida R. Queroz

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ POUSO ALEGRE – MG 2015

XAVIER, Jéssica Elaine Figueiredo; OLIVEIRA, Nayara Fernanda de.

Doação de leite materno: o preparo da mama em debate, análise documental. Jéssica Elaine Figueiredo Xavier; Nayara Fernanda de Oliveira - Pouso Alegre: Univás /Facimpa, 2015. Orientadora: Prof.ª Ms.Maria Teresa de Jesus Pereira Co-orientadora: Enf.ª Maria Aparecida R. Queiroz 47f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Enfermagem) – Universidade do Vale do Sapucaí.

JÉSSICA ELAINE FIGUEIREDO XAVIER NAYARA FERNANDA DE OLIVEIRA

DOAÇÃO DE LEITE MATERNO: O PREPARO DA MAMA EM DEBATE, ANÁLISE DOCUMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em ___/___/______, pela banca examinadora constituída pelos professores:

_________________________________________ Prof.ª Ms. Maria Teresa de Jesus Pereira Orientadora

_________________________________________ Prof. Examinador

_________________________________________ Prof. Examinador

Dedicamos este trabalho as nossas famílias que sempre nos incentivou em todos os momentos a mais uma conquista e um novo ciclo que se iniciará.

AGRADECIMENTOS

A todos os professores e funcionários pelo carinho, dedicação e entusiasmo demonstrados ao longo do curso. A Professora Orientadora Maria Teresa de Jesus Pereira, por ser prestativa e atenciosa na elaboração e orientação deste trabalho. Agradecemos todos os funcionários do Posto de Coleta do Hospital das Clinicas Samuel Libânio, que gentilmente nos apresentaram os dados. A todos os amigos е colegas, pelo incentivo, amizade е pelo apoio constante. Às nossas famílias pela paciência e amor durante toda caminhada.

“Só é digno da liberdade, como da vida, aquele que se empenha em conquistá-la”. Johann Goethe

LISTA DE SIGLAS

AME

Aleitamento Materno Exclusivo

ANVISA

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BLH

Banco de Leite Humano

HCSL

Hospital das Clinicas Samuel Libânio

IFF

Instituto Fernandes Figueira

IHAC

Hospital Amigo da Criança

LH

Leite Humano

LHO

Leite Humano Ordenhado

LHOC

Leite Humano Ordenhado Cru

LHOP

Leite Humano Ordenhado Pasteurizado

MEC

Ministério da Educação e Cultura

MS

Ministério da Saúde

NT

Norma Técnica

OMS

Organização Mundial da Saúde

PNIAM

Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno

RDC

Resolução da Diretoria Colegiada

REDEBLH

Rede Nacional de Bancos de Leite humano

RN

Recém-nascido

RNPT

Recém Nascido Pré-Termo

SUS

Sistema Único de Saúde

UNICEF

Fundo das Nações Unidas para a Infância

UTI

Unidade de Terapia Intensiva

POP

Procedimento Operacional Padrão

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Relatório do Posto de coleta do HCSL do ano de 2014 ....................................... 26 Quadro 2 Relatório do Posto de coleta do HCSL do ano de 2015 ....................................... 29 Quadro 3 Distribuição do leite pasteurizado no HCSL ....................................................... 31

XAVIER, Jéssica Elaine Figueiredo; OLIVEIRA, Nayara Fernanda de. Doação de leite materno: o preparo da mama em debate, análise documental. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso em Enfermagem. Universidade do Vale do Sapucaí – Univás, Pouso Alegre, 2015.

RESUMO

Introdução: A preocupação com a oferta de leite humano nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e o fato de existirem situações onde, por algum motivo, o RN não pode receber o leite de sua própria mãe, remete a questão para o funcionamento adequado e implementação do Banco de Leite Humano nas maternidades. Partindo desse ponto surgiu a indagação quanto à forma de higienizar as mamas para melhorar a qualidade do leite e se, com o uso de água e sabão ou o uso de outra técnica para a limpeza das mamas diminuiria os resíduos encontrados no leite ordenhado por expressão manual. Objetivo: objetivo do estudo, analisar a quantidade de leite humano ordenhado e seu proveito com a técnica já utilizada no banco de leite, e estudar e propor uma nova técnica elaborada de higienização das mamas para a ordenha por expressão manual para diminuir a quantidade de volume de leite perdido, sendo elaborado um protocolo para desenvolvimento nos bancos de leite. Metodologia: Estudo do tipo documental que trilhou os mesmos caminhos de pesquisa bibliográfica, e que muitas vezes se mistura com a pesquisa de revisão de literatura, não sendo fácil por vezes distingue-las, pois a pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas oriundas do próprio serviço, relatórios, documentos oficiais; e foi realizada no Banco de leite do Hospital das Clínicas “Samuel Libânio” (Posto de coleta). Resultados e discussões: os dados foram analisados em tabelas do setor verificando o aproveitamento do leite de cada doadora nos anos de 2014 e 2015. Considerações finais: consideramos que é necessário aumentar a divulgação e conscientização para que as nutrizes passem a doar com mais segurança e que o numero de doadoras seja maior. Compete a nós profissionais de saúde estimular e apoiar as mães na pratica da doação e na divulgação dos serviços dos bancos de leite humano, desde o acolhimento que envolve uma equipe multiprofissional ate o destino final. Resgatar a qualidade do leite humano é garantir uma vida que esta se iniciando, ofertando a este recém-nascido um elemento que naturalmente possui nutrientes adequados e necessários a ele.

Palavras-chave: Banco de Leite Humano. Doação de leite materno. Enfermagem. Mama.

XAVIER, Jéssica Elaine Figueiredo; OLIVEIRA, Nayara Fernanda de. Donation of motherly milk: the preparation of the breast in discussion, documentary analysis. 2015. Work of Conclusion of Course in Nursing. University of the Valley of the Sapucaí - Univás, Pouso Alegre, 2015.

ABSTRACT Introduction: Concern over the supply of human milk in intensive care units (ICU) and the fact that there are situations where, for some reason, the RN can not get milk from her own mother, refers the matter to the proper functioning and implementation of the Human Milk Bank in maternity wards. From this point came the question how to sanitize the breast to improve milk quality and, using soap and water or using another technique for cleaning breasts decrease waste found in milk by manual expression . Objective: aim of the study, analyze the amount of human milk and its benefit to the technique already used in the milk bank, and study and propose a new technique developed sanitization of the breasts for milking by hand expression to decrease the amount of volume Lost milk, establishing a protocol for development in milk banks. Methodology: Documentary kind of study that trod the same paths of literature, and it often mixes with the research literature review, it is not easy sometimes distinguish them as the documentary research uses the most diverse and disparate sources, no analytical treatment, such as statistical tables derived from the service itself, reports, official documents; and it was held at the Milk Bank of Hospital das Clinicas "Samuel Libânio" (Posto collection). Results and discussion: the data were analyzed on industry tables checking the use of milk from each donor in the years 2014 and 2015. Final thoughts: consider it necessary to increase the dissemination and awareness for nursing mothers start to give more security and the number of donors is greater. It is up to us health professionals encourage and support mothers in the practice of giving and disseminating the services of human milk banks from the host involving a multidisciplinary team until the final destination. Redeem the quality of human milk is to ensure that this life is starting, offering this newborn an element that naturally possesses appropriate and necessary nutrients to it. Keywords: Human Milk bank. Donation of motherly milk. Nursing. It suckles.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13 1.1 Interesse pelo tema ........................................................................................................... 14 2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 16 3 MARCO CONCEITUAL .................................................................................................... 17 3.1 Objetivos do Banco de Leite Humano .............................................................................. 17 3.2 Destinos do leite ordenhado ............................................................................................. 17 3.3 História do Banco de Leite ............................................................................................... 17 3.4 Aleitamento materno ........................................................................................................ 19 3.5 Produção e classificação do leite ...................................................................................... 21 3.6 Armazenamento ................................................................................................................ 22 3.7 Preparações para ordenha ................................................................................................. 24 4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 25 4.1 Resultado e discussão ....................................................................................................... 26 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 40 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 43 ANEXOS ............................................................................................................................... 46

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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com a oferta de leite humano nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e o fato de existirem situações onde, por algum motivo, o RN não pode receber o leite de sua própria mãe, remete a questão para o funcionamento adequado e implementação do Banco de Leite Humano nas maternidades. O Banco de Leite Humano (BLH) é um centro especializado e obrigatoriamente ligado a um hospital materno e (ou) infantil, responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno e execução de coleta, processamento e controle de qualidade do colostro, leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição, sob prescrição médica ou de nutricionista. É uma instituição sem fins lucrativos, sendo vetada a comercialização dos produtos por ela distribuídos. É responsabilidade de o BLH orientar, executar e supervisionar as operações de controle, seleção, classificação, processamento, controle clínico, controle de qualidade e distribuição. No Brasil estes começaram a surgir na década de 30 até 1981, quando da implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno - PNIAM, não chegaram a constituir um fator de representatividade em Saúde Pública. Os Estados Unidos e a Inglaterra já contavam com Bancos de Leite Humanos antes da II Guerra Mundial. Contudo a preocupação com os cuidados e a criação dos mesmos diminuiu muito em todo mundo, em função do abandono do Aleitamento Materno. Muitos destes bancos já contavam, na época, com técnicas apuradas, com análise nutricional e controle de transmissão de infecção através de contagem de colônias de bactérias nas amostras coletadas. A existência de normas para doação de leite humano tem sua origem desde a época do Império, quando a preocupação com a saúde das crianças levou D. Pedro II a outorgar uma legislação para disciplinar o “serviçode-ama-de-leite” (SERAFINI, et al, 2003). Foi publicada em 1984, uma meta-análise pela primeira vez mostrando que amamentar exclusivamente até cerca de 4-6 meses protege a criança contra a morte por doenças infecciosas. Os BLHs apareceram de forma expressiva, a partir da implantação do PNIAM, com resultados não esperados. Em 1984, tornou-se motivo de preocupação para PNIAM devido o desenvolvimento desordenado sem atender aos objetivos e procedimentos uniformes, constando entre outros fatos, a compra e venda de leite humano, a sua troca por cestas alimentícias e a falta de controle de qualidade do produto. A importância do aleitamento materno no combate a desnutrição e a disposição da morbimortalidade infantil se impõem, à medida que suas vantagens se tornam conhecidas

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como alimento ideal para lactantes nos primeiros meses de vida. As gorduras são a fonte principal de calorias (energia) para o bebê, contendo ácidos graxos de cadeia longa necessária para o crescimento do cérebro. As enzimas do leite materno digerem a gordura, de modo que ela fica disponível ao bebê como energia (ALMEIDA, et al, 2008). Serafini et al, (2003), relata que existem alguns problemas na coleta, que faz surgir o Staphylococcus aureus que é encontrado na orofaringe dos seres, e sua presença no leite humano pode ser interpretada como contaminação secundária a partir da pele e das fossas nasais, ou por condições higiênicas ou sanitárias insatisfatórias dos utensílios empregados. A maior preocupação quanto a sua presença incide sobre a ocorrência de cepas produtoras de toxinas resistentes à pasteurização. A presença de bolores e leveduras sugere que as condições higiênico-sanitárias no momento da coleta não foram as preconizadas. Os dados obtidos demonstraram a importância do controle da assepsia das mãos das doadoras que estejam manipulando alimentos imediatamente antes da coleta do leite, uma vez que os esporos dos fungos contidos nos alimentos podem ser transferidos das mãos das doadoras para o leite (NOVAK, 2002) e estudar como os microrganismos proliferam neste leite é um fator que pode diferenciar e aumentar o aproveitamento do leite.

1.1 Interesse pelo tema Durante a vivência em aulas práticas no Banco de Leite Humano do HCSL, percebemos que as nutrizes ao realizarem a ordenha seguiam as técnicas previamente orientadas, ou seja, faziam a limpeza apenas com gaze umedecida com água de torneira e após análise os leites por diversas vezes estavam contaminados pelas películas aderidas nas mamas, que durante a higienização não haviam sido removidas, tornando assim, o leite inapropriado para ser oferecido ao RN. Partindo desse ponto surgiu a indagação quanto à forma de higienizar as mamas para melhorar a qualidade do leite e se, com o uso de água e sabão ou o uso de outra técnica para a limpeza das mamas diminuiria os resíduos encontrados no leite ordenhado por expressão manual. Para conhecer a porcentagem de leite aproveitado de cada doadora, pensamos em analisar dois anos de coleta e o montante das perdas com a técnica de orientação já existente e em seguida a nossa análise desenvolver um protocolo que será encaminhado ao comitê de ética.

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Temos poucos estudos voltados para essa área, torna-se imprescindível a realização desse trabalho, que visa analisar a quantidade do leite de cada doadora e a importância da higienização das mamas para ordenha de leite humano cru.

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2 OBJETIVO  Avaliar por meio dos documentos do Posto de Coleta os resultados recebidos do Banco de Leite de Varginha – MG do leite humano ordenhado com a técnica já utilizada no banco de leite.  Analisar a doação de cada mulher enfatizando todo o proveito e as perdas ocorridas;  Desenvolver e propor uma nova técnica elaborada de higienização das mamas para a ordenha por expressão manual, para evitar a perda no volume de leite com desenvolvimento de um protocolo.

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3 MARCO CONCEITUAL

3.1 Objetivos do Banco de Leite Humano •

Colaborar com Educação em Serviço, promover programas para reciclagem;



Cooperar com os demais serviços da Instituição;



Manter controle e movimentação das nutrizes;



Prestar orientação e esclarecimento a mãe;



Colaborar com as escolas de enfermagem, medicina, nutrição, psicologia e outras

instituições de ensino que necessitam de campo para estagio de seus alunos; •

Executar pesquisas científica em assuntos de enfermagem e colaborar com as

pesquisas dos demais profissionais da área da saúde; •

Incentivar mães a amamentar e os benefícios recebidos;



Interagir com a equipe multidisciplinar.

3.2 Destinos do leite ordenhado Conforme o Procedimento Operacional Padrão (POP) do Posto de Coleta do HCSL os recém-nascido: prematuro ou de baixo peso; imunologicamente deficiente; com perturbação gástrica de origem variada; alérgicos a outros tipos de leite. A seleção das doadoras pode iniciar no pré-natal. Todas as gestantes, comprovadamente sadias, por meio de curso ou por orientação das enfermeiras do Serviço de Obstetrícia, são motivadas a doar seu leite, explicando-lhes que o Hospital não vai recompensá-las pecuniariamente. Motivos que levam a doadora a ser considerada inapta para doação: Moléstias infectocontagiosas; uso de drogas ou medicamentos excretáveis através do leite, em níveis que possam provocar efeitos colaterais; tratamento quimioterápico ou radioterápico; desnutrição e ou outros motivos.

3.3 História do Banco de Leite O banco de leite humano é um núcleo especializado responsável pela promoção do incentivo ao aleitamento materno e efetivação das atividades de coleta, processamento e controle de qualidade de colostro, leite de transição e leite maduro, para futura distribuição, sob prescrição de médico ou de nutricionista, a criança que dele necessitam como fator de

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sobrevivência (NOVACK, 2002). O primeiro BLH do Brasil foi implantado em outubro de 1943 no Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF). O seu objetivo principal era a coleta e distribuição do leite humano tendo em vista atender os episódios especiais, a exemplo da prematuridade, perturbações nutricionais e alergias a proteínas heterólogas. Assim sendo foram implantadas mais cinco unidades no Brasil (MAIA, 2006). Os BLHs têm se conformado como um dos mais significantes meios estratégicos da política pública em favor da amamentação. Vale enfatizar que as percepções e construções sociais acerca dessas unidades de serviço estiveram sujeitas a uma série de flutuações ao longo da história (ANVISA, 2008). A partir da década de 1980, foram propostas diversas estratégias levadas a efeitos a diversas campanhas para aumentar a prevalência da amamentação no Brasil. Em 1990, o Brasil participou de um encontro realizado em Florença, Itália, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em busca de mecanismos e atos que pudessem ser criados para proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno. Foi produzido e adotado pelos participantes do encontro “Aleitamento Materno na Década de 90: Uma Iniciativa Global”, um conjunto de metas chamado “Declaração de Innocenti”, que resgatava o direito da mulher de aprender e praticar a amamentação com sucesso (ARAÚJO, 2010). A UNICEF e a OMS em 1990 idealizaram a iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) com o objetivo de incentivar os profissionais e instituições para mudanças nas suas rotinas e condutas relativas ao aleitamento materno exclusivo (AME), visando à diminuição do desmame precoce (PINHEIRO, 2010). Em 1998, foi criado pelo Ministério da Saúde, através de Referência Nacional da Fundação Oswaldo Cruz a Rede Nacional de Bancos de Leite humano (REDEBLH), localizado no Rio de Janeiro. A REDEBLH contribui com compartilhamento do conhecimento em seu âmbito de atuação. Vale enfatizar a organização e realização do I Congresso Internacional de Bancos de Leite Humano e do II Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano, ocorridos em 2000, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. III Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano, realizado em 2002 na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Em 2005, marcando os 20 anos de política pública em BLH, foi realizado em Brasília, o II Congresso Internacional de Bancos de Leite Humano, simultaneamente ao IV Congresso Brasileiro (MAIA, 2006).

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Apesar da evolução favorável ao aleitamento materno, identificadas em estudos nacionais as recomendações da OMS e MS estão longe de serem atingidas. Com isso diversas estratégias de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno tem sido praticada nos pais (VENÂNCIO, 2010). Em Pouso Alegre no Hospital Samuel Libânio o Banco de leite foi criado no ano de 2004 e funciona como um posto de coleta em parceria com a Secretaria de Saúde do Município.

3.4 Aleitamento materno O aleitamento materno é um direito inato para a sobrevivência do recém-nascido, além de aumentar o vínculo afetivo mãe-filho, evita a contaminação do leite materno, pois o produto vai direto da fonte, ao consumidor. Porem, alguns prematuros e/ou baixo peso, podem estar incapazes clinicamente de mamarem; então, se faz necessária à ordenha deste leite e para oferecer uma melhor qualidade do leite ordenhado oferecido a estes bebês foram criados os Bancos de Leite Humanos (NASCIMENTO, et al, 2004). No Brasil, a maioria das mulheres inicia o aleitamento materno; contudo, mais da metade das crianças já não se encontra em amamentação exclusiva no primeiro mês de vida, o que contraria a recomendação da OMS. Apesar de todo o avanço científico e dos esforços de diversos organismos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno, em especial as de amamentação exclusiva, estão bem abaixo do recomendado. A mediana de amamentação no Brasil é de dez meses, e de amamentação exclusiva, de apenas 23 dias. Com a finalidade de combater o desmame precoce e contribuir para o crescimento saudável da criança, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), emitiram a “Declaração de Innocenti”, propondo um conjunto de medidas para promoção, proteção e apoio ao Aleitamento materno: “Os dez passos para o sucesso do aleitamento materno”: “1 – Ter uma norma escrita sobre o aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde. 2 – Treinar toda a equipe de saúde, capacitando a para implementar essa norma. 3 – Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno. 4 – Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento. 5 – Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.

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6 – Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico. 7 – Praticar o alojamento conjunto – permitir que as mães e bebês permaneçam juntos vinte e quatro horas por dia. 8 – Encorajar o aleitamento sob livre demanda. 9 – Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio. 10 – “Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório” (ALMEIDA, et al, 2008). Conforme aconselhado a Organização Mundial de Saúde (OMS) o aleitamento deve ser exclusivo e sob livre demanda até os seis meses de idade, podendo acrescentar outras fontes nutricionais a dieta do lactente, até os vinte e quatro meses ou mais. A literatura sobre os benefícios da amamentação para a saúde da mulher não é ampla. Sabe-se que há uma relação positiva entre amamentar e apresentar menos doenças como o câncer de mama, certos cânceres ovarianos e certas fraturas ósseas, especialmente coxofemorais, por osteoporose, menores risco de morte por artrite reumatóide. Muitos estudos publicados mostram como a amamentação se relaciona à amenorréia pós-parto e consequentemente ao maior espaçamento intergestacional. Outros benefícios para a mulher que amamenta são o retorno ao peso prégestacional mais precocemente e o menor sangramento uterino pós-parto (consequentemente, menos anemia), devido à involução uterina mais rápida provocada pela maior liberação de ocitocina (REA, 2004). O leite materno é o melhor alimento para o lactente, fornecendo proteção contra doenças agudas e crônicas, além de contribuir para o desenvolvimento psicológico e emocional do recém-nascido. Estudos indicam que a curta duração do aleitamento pode aumentar a morbimortalidade por doenças infecciosas. Isso pode estar relacionado ao fato de que as crianças que consomem outros alimentos apresentam maior risco de contaminação por patógenos. Organizações internacionais apoiam a recomendação de que a amamentação exclusiva deve ser praticada do nascimento aos seis meses de vida da criança (FRANÇA, et al, 2007). O mesmo autor descreve ainda que a amamentação provê todas as necessidades nutricionais da criança, mantendo seu crescimento dentro da normalidade. Tal prática é influenciada por diversos fatores, incluindo socioeconômicos e demográficos, como idade e escolaridade maternas, o fato de a mãe trabalhar fora de casa, práticas culturais, destacando-se a percepção materna sobre o ato de amamentar e suas dificuldades, e a introdução de líquidos

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não nutritivos e uso de chupeta. Esses fatores e outras como orientações no pré-natal, condutas hospitalares, (alojamento conjunto, parto humanizado e mãe-canguru) e suporte pósparto, acabam por determinar a duração do aleitamento. Tendo em vista a importância da amamentação para a saúde da criança e de suas mães, as ações de promoção, proteção e apoio a essa prática devem ser incluídas em programas de governo. Devem ser traçadas estratégias para que as mães tenham apoio teórico e emocional, podendo tomar a decisão de amamentar. Partindo-se do princípio de que o aleitamento materno é construído a partir dos aspectos biológicos e sociais, estas ações devem considerar que a mãe é parte de um ambiente, onde diversos que podem dificultar que o ato de amamentar seja praticado com sucesso e com duração adequada.

3.5 Produção e classificação do leite O leite humano é adequado para o bebê e sua composição é única para suprir às necessidades de nossa espécie (ACCIOLLY, et al, 2009). Para Silva e Vitolo (2008), cada mãe apresenta um aspecto no leite, o secretado nos primeiros 7dias após o parto é chamado colostro, do 7º ao 10º dia ou ate duas semanas é chamado leite de transição e a partir desse período é chamado leite de maduro. O colostro é um líquido acumulado nas células alveolares nos últimos meses de lactação e secretado nos primeiros dias pós-parto. Apresenta cor amarelada, devido ao seu alto teor de beta-caroteno. É rico em imunoglobulinas, peptídeos antimicrobianos e outras moléculas bioativas, incluindo fatores tróficos e substâncias imunomoduladoras e antiinflamatórias (EUCLYDES, 2005 apud, SILVA 2008). O de transição é geralmente produzido entre o 7º ao 10º dia de lactação, nesta fase ele altera sua concentração e volume até ficar estável e modifica sua composição ate atingir valores médios do leite maduro (ACCIOLLY, et al, 2009). O maduro a partir de 15º dia apresenta-se mais estável. É rico em proteína, carboidrato, lipídio, minerais e oligo elementos, vitaminas com exceção da vitamina D e imunoglobulina (VITOLO, 2008). Proteínas: a quantidade de proteína no leite humano altera de 1,2 a 1,5 g/dL, é representado por 60% de proteínas do soro como alfa-lactalbumina, imunoglobulina, enzimas e 40% de caseína, esta , quando sofre hidrólise, é fracionada em flocos finos de fácil digestão. No colostro essa representação é de 90% de proteínas do soro e 10% caseína (VITOLO, 2008).

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Carboidrato: a lactose é o carboidrato mais significativo, é um dissacarídeo composto por dois monossacarídeos, galactose e glicose. O leite maduro contem 7,0 g/dl de lactose. O leite humano apresenta 0,8% de oligossacarídeo, que na presença de peptídeos, forma o fator bífido (carboidrato com nitrogênio dialisável). Este na presença de lactose produz ácidos lácticos e succínico, que diminui o pH intestinal e torna desfavorável a proliferação de enterobactérias (VITOLO, 2008). Lipídio: é o componente energético mais importante com 3,5 g/dl. É constituído por 97% de triglicerídeos, pequena quantidades de fosfolipídios, colesterol e ácidos graxos livres. A quantidade de gordura não é influenciada pela alimentação da mãe, porem os ácidos graxos são altamente influenciados pela alimentação da mãe (VITOLO, 2008). Minerais e oligoelementos: a pequena quantidade de minerais e oligoelementos atendem as necessidades dos lactentes e não sobrecarregam seu metabolismo (VITOLO, 2008). No leite humano os minerais estão presentes em uma forma altamente biodisponível, este apresenta quantidade estimável de cálcio, fosfato, potássio, sódio, magnésio e cloreto e tem pequenas quantidades de ferro, cobre e manganês (CARMO et al, 2004 apud SILVA, 2008). Vitaminas: com exceção da vitamina D, todas as vitaminas estão presentes e em quantidade suficiente para os lactentes. Porem estudos indicam que crianças amamentados exclusivamente no seio materno não possui carência de vitamina. acreditando que o efeito sinergético da lactose sobre o metabolismo de cálcio e vitamina D seja responsável por esta adequação (VITOLO, 2008). Imunoglobulinas: todas as classes de imunoglobulinas estão presentes no leite humano (VITOLO, 2008). A IgA secretória é o principal anticorpo, agindo contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. É um espelho dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos que ela já teve contato, proporcionando, proteção à criança. A quantidade de IgA diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

3.6 Armazenamento A estocagem é considerada um conjunto de atividades e condição para se alcançar uma correta conservação do leite humano ordenhado, a uma condição de temperatura e tempo sob a qual o produto leite humano ordenhado cru (LHOC) é conservado antes do seu

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processamento (pasteurização) no banco de leite humano (BLH), e o leite humano ordenhado pasteurizado (LHOP) até o ato do consumo. O LHOC e o LHOP devem ser estocados sob congelamento (BRASIL, 2006 apud, LIRA, 2008). O manuseio e o acondicionamento adequado do leite humano ordenhado são eficazes para o vulnerável recém-nascido prematuro hospitalizado (RNPT). Os invólucros de plástico (como polipropileno e policarbonato) ou de vidro são os mais utilizados para o armazenamento, havendo pouca perda de gordura e decomponentes celulares do LH. Invólucros de polietileno originam maior risco de contaminação pela possibilidade de rompimento, além de uma perda lipídica significativa. É melhor que o leite materno cru, seja utilizado imediatamente após a coleta, para manter suas propriedades únicas intactas e para que não haja proliferação bacteriana (NASCIMETO, et al, 2004). O leite humano ordenhado cru (LHOC) quando é disponibilizado da mãe para seu próprio filho é armazenado por 12 horas sob refrigeração há temperatura de 5ºC, podendo ser congelado por um período máximo de 15 dias. No caso de banco de leite e posto de coleta, esta validade de 15 dias é para ser pasteurizado posteriormente (WAITZBERG, 2009). A pasteurização é um processo aplicado ao LH que visa à inativação térmica de 100% das bactérias patogênicas e 90% de sua flora saprófita, por intermédio do aquecimento a 62,5 ºC por 30 minutos, seguido de resfriamento (NASCIMETO, et al, 2004). Quando pasteurizado (LHOP) pode ser estocado num período de 6 meses, em degelo deve ser mantido sob refrigeração em uma temperatura de 5ºC por um período de 24 horas (WAITZBERG, 2009). É um excelente alimento para o RNPT visando os benefícios biológicos, mesmo com as eventuais perdas de nutrientes decorrentes da coleta, do processamento, da estocagem e do método utilizado para a oferta do LH aos clientes das unidades neonatais, possa ser responsável pela menor velocidade de crescimento dos RN quando comparados com aqueles que utilizam leite artificial. Se o desempenho relacionado ao crescimento neonatal é melhor nos RNPT alimentados com fórmulas para prematuros, isso não é verdadeiro para as medidas de peso, altura, perímetro cefálico e prega cutânea por volta dos 9 meses e dos 8 anos de idade, que foram similares, independentemente da dieta recebida ser preferencialmente leite materno ou exclusivamente leite artificial. (NASCIMETO, et al, 2004). No posto de coleta do Hospital das Clínicas Samuel Libânio no ano de 2014 foi colhido pelas doadoras 63.274 ml de leite materno. Após envio para o centro de pasteurização em Varginha que presta serviço ao Posto de coleta do HCSL foi informado que 33.761 ml

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havia sido descartado por não ter todos os ingredientes saudáveis; 20.730 ml descartados por prazo de validade e 1.900 ml de vidros quebrados.

3.7 Preparações para ordenha De acordo com o regulamento técnico para funcionamento de banco de leite humano (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2006), os funcionários do BLH, devem orientar as doadoras quanto á higienização das mãos, antebraço e mamas, paramentação com touca, máscara e avental, massagem e ordenha manual, rotulagem e armazenamento do leite ordenhado. Tendo em vista a melhor qualidade microbiológica do leite humano ordenhado (SILVA, et al, 2008). Nossa pretensão é propor um protocolo que preconize o preparo das mamas para a ordenha em todas as instituições.

25

4 METODOLOGIA

Pesquisa do tipo documental com buscas em tabelas estatísticas, relatórios, documentos oficiais do setor, com o objetivo de avaliar por meio dos registros do Posto de Coleta os resultados do leite humano ordenhado, recebido do Banco de Leite de Varginha - MG com a técnica já utilizada no banco de leite e analisar a quantidade de doação de cada mulher enfatizando todo o proveito e as perdas ocorridas; desenvolver e propor uma nova técnica elaborada de higienização das mamas para a ordenha por expressão manual para evitar a perda no volume de leite. O estudo foi realizado no Banco de leite do Hospital das Clínicas “Samuel Libânio”, construído com verbas da Fundação Rockfeller. Hoje é um Hospital Universitário, Privado, Filantrópico e sem fins lucrativos, cuja Entidade Mantenedora é a Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí.

Classificado

como Hospital Geral de Ensino certificado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Ministério da Saúde (MS). Conforme portaria Interministerial nº. 450, de 23 de março de 2005 com níveis de Complexidades secundária e terciária, possui 264 leitos de internação, nas especialidades

de

Clínica

Médica,

Cirurgia

Geral,

Cardiologia,

Endocrinologia,

Gastroenterologia, Ginecologia, Obstetrícia, Nefrologia, Urologia, Neurologia, Neurocirurgia, Oftalmologia, Ortopedia/Traumatologia, Otorrinolaringologia, Plástica, Toráxica, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Adulto, dos quais 231 leitos são destinados ao SUS correspondendo a 87,5%. Possui também setores terceirizados a Litotripsia e a Hemodinâmica. O banco de leite (Posto de Coleta) foi inaugurado em 2004 com o objetivo de promover a amamentação para os RN que não podem amamentar por motivos maiores, e que estão internados em UTI e berçário. Foram analisadas as planilhas com resultados do leite pasteurizado vindo de Varginha e o aproveitamento dos leites humanos ordenhados crus nos anos de 2014 e 2015.

26

Os critérios de inclusão foram somente leite humano ordenhado cru e frascos com100 ml LHOC ou mais e os critérios de exclusão leite humano ordenhado pasteurizado e menos de 100 ml LHOC no frasco. A coleta de dados foi realizada na ficha de anotações do banco de leite, onde se registra a quantidade de leite enviado por doadora e, após a coleta, e o retorno do centro de pasteurização a quantidade de leite perdido. Algumas vezes a quantidade de leite perdido não vem com especificação por doadoras e sim pelo volume total, o que dificultou a coleta dos dados.

4.1

Resultados e Discussão

Os bancos de leite humano integram a política brasileira de saúde pública para reduzir a mortalidade infantil e neonatal. Neste contexto vemos o quanto os BLH contribuem para a redução da mortalidade infantil e promoção do aleitamento materno. Com isto, a necessidade de analisar como o posto de coleta do HCSL em Pouso Alegre tem sido importante neste cenário se faz necessária para toda comunidade. Sabe-se do benefício acrescido do leite materno e da necessidade deste para os recémnascidos de risco ou prematuros que dependem unicamente deste beneficio. Cabe a nós como estudo documental, resgatar se a quantidade de doadoras e de leite permite o atendimento de todos que precisam e de uma forma ou de outra dependem dessa atitude, de uma mulher que é muitas vezes a solução para uma vida melhor ou mesmo para sua salvação. Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras, mas muitas vezes desconhecem como é valiosa sua ação e que pode salvar muitas vidas e chegam a desprezar a sobra. De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de apresentar excesso de leite deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente. Porém muitas mulheres não o fazem por desconhecer que essa coleta pode ser feita em casa, em qualquer momento que tenha disponibilidade. O numero de estudos enfocando o aproveitamento do leite pasteurizado é escasso dificultando nosso estudo e impedindo que fizessemos uma comparação com outros estudos.

Quadro 1 Relatório do Posto de coleta do HCSL do ano de 2014 DOADORA PERIODO DE DOAÇÃO

VEZES DOAÇÃO

VOL. ENVIADO

VOL. PERDIDO

27

1372 1378 1380 1381 1385 1386 1387

27/01/2014 08/01/2014 08/01/2014 08/01/2014 31/01/2014 á 30/07/2014 12/02/2014 á 19/02/2014 27/01/2014 á 19/02/2014

1 1 1 1 26 5 9

200 600 250 200 5200 1000 1800

0 300 250 0 200 100 0

1395 1403 1410 1414 1419 1420 1422 1429 1432 1436 1441 1454 1459 1461 1462 1463 1464 1467 1469 1470 1471 1472 1473 1474 1475 1476 1476 1482 1483 1488 1492 1493 1495 1498 1499 1500 1504 1510 1511 1512

27/01/2014 á 18/06/2014 08/01/2014 á 26/02/2014 31/01/2014 05/02/2014 12/02/2014 á 19/02/2014 12/03/2014 12/03/2014 26/03/2014 26/03/2014 26/03/2014 14/03/2014 30/04/2014 14/05/2014 14/05/2014 14/05/2014 14/05/2014 á 04/06/2015 27/10/2014 á 22/12/2014 14/05/2014 á 18/06/2014 01/12/2014 á 10/12/2015 10/12/2014 10/12/2014 21/05/2014 á 30/05/2014 21/05/2014 á 18/06/2014 21/05/2014 30/05/2014 04/06/2014 04/06/2014 04/06/2014 04/06/2014 13/08/2014 18/06/2014 á 04/07/2014 04/07/2014 á 16/07/2014 04/07/2014 04/07/2014 á 16/07/2014 16/07/2014 04/07/2014 16/07/2014 30/07/2014 á 22/12/2014 30/07/2014 13/08/2014

3 47 1 1 7 1 65 1 1 1 1 9 1 1 1 3 4 18 2 1 1 7 1 6 1 1 1 1 1 1 3 2 1 2 1 1 1 10 1 1

680 10800 200 200 1400 200 14800 400 200 200 400 1760 420 380 380 600 1300 2160 600 300 300 1400 400 1300 200 200 200 380 200 200 900 500 300 500 600 600 1000 1850 200 400

100 0 0 0 150 0 1050 0 0 0 150 810 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100 0

28

1513 1517 1527 1529 1537 1536 1538 1541 1548 1556 1559 1660 1568 1571 1575 1586

13/08/2014 13/08/2014 17/09/2014 á 27/10/2014 29/08/2014 17/09/2014 03/11/2014 29/08/2014 á 08/09/2014 29/08/2014 á 08/09/2014 17/09/2014 27/10/2014 á 03/11/2014 01/12/2014 á 22/12/2014 27/10/2014 á 17/11/2014 03/11/2014 á 14/11/2014 03/11/2014 á 14/11/2014 17/11/2014 22/12/2014

67

1 1 3 1 1 1 3 7 1 2 2 7 4 2 1 1 291

200 200 900 600 300 270 600 1400 300 600 700 2100 1000 480 300 800 68960

0 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 300 0 3710

Iniciou a análise pelo ano de 2014, quando foram atendidas 67 doadoras, que coletaram um total de 68.960 ml, com 4% de perca (3.710 ml). Foi analisada a quantidade de leite ordenhado de forma individual, sendo que o maior volume foi de 14.800ml e o menor volume coletado foi de 200 ml. O maior tempo de doação de uma nutriz neste estudo foi de 6 meses. Notamos que o maior volume perdido (1.050 ml) veio da doadora que obteve o maior volume de coleta (14.800 ml). Ao analisar detalhadamente e rever a ficha de identificação da mesma, constatamos que o número de doações foi de 65 vezes, obtendo uma média de 228 ml por doação. Sendo assim, o volume total da perda sugere que houve contaminação total em 5 das 65 coletas. A busca da melhoria da qualidade na coleta do leite é um critério rigoroso nos bancos de leite. É preciso supervisionar a refrigeração imediata do leite cru, garantir a limpeza adequada de equipamentos e utensílios e também os processos referentes a cuidado e higiene pessoal. Quando se fala em pasteurização subentende que o leite estaria livre de todos os microrganismos; porém esta não ajusta falhas de higiene no ato da ordenha, pois esta prática beneficia o desenvolvimento de microrganismos e seria preciso uma análise detalhada em cada doação para que se encontre o tipo de contaminação e o porquê do rejeite do leite. Neste quadro vimos que 55% das doadoras (37) foi ao Posto de coleta uma única vez. As demais fizeram entre 2 a 65 doações. Do total, 12 apresentaram perda do leite o que representa 17% do total de doadoras, duas tiveram 50% de perda e outras duas 100% da quantidade total doada.

29

Dentre os problemas constatados, vemos que a forma de coleta influência diretamente na qualidade do leite. Algumas doadoras realizam a coleta em seu domicilio, dentro de sua realidade local, muitas vezes em condições precárias, sem a orientação e cuidados oferecidos dentro do banco de leite. Os postos de coleta contam com a ajuda dos bombeiros na busca do leite em vários municípios e em áreas distantes do banco de leite, ação que ocorre nos horários solicitados uma vez por semana. Isso reflete um lado social muito forte, pois algumas doadoras apesar de não apresentarem condições financeiras e higiênico-sanitárias adequadas, foram orientadas a realizar a auto coleta. Esta orientação foi dada na maternidade e elas se sentem responsáveis e com capacidade de ajudar outras famílias que necessitam de leite materno. Diante dos resultados temos que questionar se todos os passos do processo (coleta, transporte e armazenamento) estão corretos. Pois ao avaliar as 291, coleta vê que o volume perdido representa 17% do total do leite, que depois de doado sofre o processo de seleção, classificação e pasteurização e só depois é distribuído aos bebês internados em unidades neonatais. Quadro 2 Relatório do Posto de coleta do HCSL do ano de 2015 DOADORA

PERIODO DE DOAÇÃO

1288 1584 1586 1590 1596 1597 1602 1605 1606 1609 1613 1620 1621 1622 1635 1639 1642 1648 1650 1651 1652 1655 1656 1658 1664 1665

19/05/15 e 26/05/15 20/01/15 20/01/2015 30/06/15 á 14/10/15 20/01/15 20/01/15 28/01/15 03/02/15 á 10/02/15 10/02/15 á 17/03/15 10/02/15 á 07/04/15 26/05/15 á 10/06/15 03/03/15 á 26/05/15 17/03/15 á 16/03/15 17/03/15 28/04/15 á 14/10/15 04/08/2015 28/04/15 e /06/05/15 28/04/15 á 29/09/15 01/07/15 e 04/08/15 28/04/2015 06/05/15 e 26/05/15 06/05/15 e 19/05/15 12/05/15 á 10/06/15 12/05/15 e 26/05/15 19/05/15 19/05/15 á 10/06/15

VEZES DOAÇÃO 2 1 1 7 1 1 1 2 3 4 3 6 7 1 6 1 2 9 2 1 2 2 6 2 1 5

VOL. ENVIADO 300 150 300 4833 750 300 1500 2250 3475 8210 900 3870 1133 100 850 150 750 2000 450 300 450 593 2700 300 744 2100

VOL. PERDIDO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 150 0 0 0 0 1250 150 0 0 443 1694 0 444 974

30

1670 1680 1681 1683 1686 1693 1696 1697 1698 1699 1700 1703 1704 1708 1711 1713 1715 1717 1724 1726 1730 1731 1738 1743 1744 1745 1940

10/06/15 10/06/15 e 14/07/15 10/06/15 10/06/15 30/06/15 01/07/15 á 14/10/15 01/07/15 á/14/07/15 04/08/15 á 11/08/15 01/07/15 á 08/10/15 01/07/15 14/07/15 14/10/15 23/07/15 23/07/15 29/07/15 á 16/09/15 29/07/15 18/08/15 á 26/08/15 18/08/15 á 16/09/16 26/08/15 á 16/09/15 26/08/15 16/09/15 16/07/15 29/09/15 á 08/10/15 08/10/15 08/10/15 14/10/15 29/09/15

1 2 1 1 1 4 3 2 11 1 1 1 1 1 2 1 2 4 2 1 1 1 2 1 1 1 1

300 2300 600 200 1500 550 500 400 9950 150 150 100 450 600 600 300 600 4950 1550 150 833 200 350 200 200 100 400

0 1500 0 200 1500 150 300 0 2200 150 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

54

TOTAL

130 VEZES

67641

11255

Em 2015 o posto de coleta recebeu 54 doadoras, que juntas fizeram 130 doações no total de 67.641 ml e a que mais doou foi em 11 vezes coletou 9.950ml num período de 3 meses e que teve também uma perda de 2.200 ml, e o menor volume que foi doado são de três mulheres

que contribuíram apenas uma vez sendo 100ml de cada uma . Desse total

houve uma perda de 11.255 ml, encontrado no leite de 14 mulheres (26%); um episódio sem explicação, já que todas recebem a mesma orientação e o mesmo preparo e não é registrado o tipo de contaminação e o porquê do descarte do leite. A média de contribuição de cada mulher 2015 ficou em torno de 520 ml por coleta. Das 14 mulheres que apresentaram perdas 7 tiveram desprezado mais de 50% do leite doado e 4 delas tiveram perda total. O descarte total de uma doadora deve ser preocupante para o grupo que orienta a coleta, pois houve uma falha que deve ser detectada de imediato. Para um município com 150.000 habitantes e com uma média mensal de 250 partos ao mês vemos que o número de doadoras é muito aquém do que precisa, mas as poucas que se

31

dispõe a fazê-lo o fazem sem medir qualquer esforço. E com isto auxiliam na manutenção de um posto de coleta. Em relação ao ano de 2014e 2015 o percentual de doadoras deveria aumentar, mas neste caso houve uma redução que é preocupante já que na pasteurização ocorre a perda de uma forma que poderia ser evitável. O leite distribuído no HCSL não tem sido suficiente para atender a todos os RNs. Quadro 3. Distribuição do leite pasteurizado no HCSL Ano / mês

Leites pasteurizados enviados à UTI neo/pediátrica

Leites

pasteurizados enviados ao berçário Total de leite 2014 jan/dez 36.001 23.725 59726 2015 jan/out 36.084 698

36.782

Em 2014 foram atendidos UTI neo/pediátrica e berçário, já no ano de 2015 os meses de março, abril, maio, junho e julho não foi enviado nenhuma quantidade de leite pasteurizado para o berçário, sendo que a prioridade dos leites humanos pasteurizados é para os recémnascidos de baixo peso e outras patologias que necessitem de uma dieta rica. A maior dificuldade encontrada é que a quantidade de leite distribuída não tem relação com os dois quadros de 2014 e 2015 existe uma diferença que não é registrada no setor. O número de postos de coleta de Minas Gerais, esta muito baixo sendo ao todo 22 postos em ação e 12 Bancos de leite ativos, com uma população estimada em 2015 de 20.869.101 habitantes em todo o estado (IBGE, 2014). Segundo a fundação Oswaldo Cruz a região sudeste tem o total de 157 bancos de leite onde se localizam 10 em Espírito Santo, sendo 7 BHL e 3 postos de coleta, 21 no Rio de Janeiro, sendo 17 BLH e 4 posto de coleta, 34 em Minas Gerais, sendo 12 BHL e 22 postos de coleta e São Paulo, tem o total de 92 sendo 57 BLH e 35 posto de coleta. Com isso percebe-se que pela extensão do estado de Minas Gerais, poderíamos ter um numero maior de BLH em ação (IBGE, 2014). No princípio do estudo pensou-se em preparar uma nova técnica para que as mulheres recebessem um treinamento antes de iniciar a doação, porem depois de várias buscas para avaliar a realidade de outros postos de coletas achamos importante estudar as orientações em cada instituição; então para completar nosso estudo fizemos uma busca sobre quais as orientações são realizadas por diversos bancos de Leite Humano para a doação, e para não identificar as instituições denominamos cada banco sequencial de nossa busca em numero de 1 a 6.

32

O Banco de Leite Humano nº 1 orienta as doadoras da seguinte forma: O Banco de Leite Humano é responsável pelo fornecimento de recipientes adequados em quantidade suficiente para cada doadora; esse número poderá ser calculado levando-se em consideração a quantidade de leite doado na visita anterior. Todo material utilizado para esse procedimento deverá estar previamente esterilizado. A utilização de acessórios (relógios, pulseiras, anéis etc.) e de produtos que possam exalar cheiro (perfumes, cremes etc.) deverá ser desaconselhada, tanto para as doadoras quanto para os funcionários. Doadoras e funcionários deverão lavar cuidadosamente as mãos com água e sabão, incluindo também a escovação das unhas. A utilização de gorros e máscaras é mandatória tanto para doadoras quanto para funcionários quando a ordenha estiver sendo feita na enfermaria ou no Banco de Leite. Esse procedimento é facultativo na coleta domiciliar. Também é obrigatório o uso de luvas, por parte dos funcionários. A coleta do leite humano poderá ser realizada através da ordenha manual (preferível), por bombas de sucção manual ou elétrica. Para bombas manuais e elétricas, recomenda-se que o artefato que entrar em contato direto com a mama deverá ser esterilizado a cada nova coleta. Nas bombas manuais, toda vez que o receptáculo estiver cheio, verter o leite para o frasco, pressionando a pêra de borracha, para evitar o contato direto do leite com a mesma. Os primeiros jatos do leite coletado deverão ser desprezados, a fim de eliminar possíveis microrganismos patogênicos e garantir uma contagem microbiana menor no leite ordenhado. No caso de novas coletas para completar o volume de leite no frasco, empregar um copo de vidro previamente submerso em água fervente por 15 minutos e resfriado. O leite recém coletado deverá ser colocado sobre aquele que se encontra no congelador. A rotulagem e a pré-estocagem do leite humano ordenhado cru deverão obedecer ao disposto nas Normas específicas: BLH-IFF/NT 17.04 – Rotulagem do LHO cru e BLHIFF/NT 18.04 – Pré-estocagem do LHO cru. TÉCNICA:  Fazer antissepsia das mãos com água e sabão, tentando evitar ao máximo que o leite possa ser contaminado.  Secar as mãos com toalha limpa.  Fazer massagem circular da base da mama em direção ao mamilo.

33

 Estimular suavemente os mamilos estirando-os ou rodando-os entre os dedos.  Colocar o polegar sobre a mama, onde termina a aréola e os outros dedos abaixo, na borda da aréola.  Comprimir a aréola e mama subjacente contra as costelas, através dos dedos polegar e indicador.  Extrair o leite e desprezar os primeiros jatos de cada lado.  Repetir o movimento de forma rítmica, rodando a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas.  Alternar as mamas a cada 5 minutos ou quando diminuir o fluxo de leite. Repetir a massagem e o ciclo tantas vezes se fizerem necessárias.  A quantidade de leite que se obtém em cada extração pode variar, sem que isso represente alguma alteração na fisiologia da lactação.  Depois da ordenha, passar um pouco do leite nos mamilos (ALMEIDA, GUIMARÃES e NOVAK, 2004). O Banco de leite nº 2: NA PREPARAÇÃO DA ORDENHA TENHA EM ATENÇÃO: 

Lave sempre e cuidadosamente as mãos e antebraços. Não precisa lavar as mamas

frequentemente. 

Use máscara ou evitar falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite.



Tenha à mão um vasilhame de vidro esterilizado para receber o leite

(preferencialmente vidros de boca larga e com tampas plásticas – os frascos de vidro de maionese são ótimos, mas nunca se esqueça de lavar e ferver por 20 minutos antes de utilizar). 

O recipiente onde será coletado o leite materno deve estar esterilizado e posicionado

próximo ao seio. 

Tenha à mão um pano úmido limpo e lenços de papel para limpeza das mãos.



Procure estar relaxada, sentada ou de pé, na posição mais confortável para você.



Massageie delicadamente a mama como um todo, com movimentos circulares da base

em direção a aréola. Dê atenção especial aos pontos mais dolorosos, que são onde o leite está mais empedrado. ORIENTAÇÕES, PASSO A PASSO, DE ORDENHA MANUAL:

34

Com os dedos da mão em forma de “C”, coloque o polegar na aréola ACIMA do



mamilo e o dedo indicador ABAIXO do mamilo na transição aréola-mama, em oposição ao polegar. Sustentar o seio com seus outros dedos. 

Use a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a mama direita ou use

as duas mãos simultaneamente (uma em cada mama ou as duas juntas na mesma mama). 

Pressione seu polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para

dentro em direção a parede torácica. Evite pressionar demais pois pode bloquear os ductos lácteos. 

Pressione e solte, pressione e solte. Isto não deve machucar, se doer a técnica está

errada. A princípio o leite pode não vir, mas depois de pressionar algumas vezes, o leite começa a pingar. Poder fluir em jorros se o reflexo de ocitocina é ativo. 

Pressione a aréola da mesma forma, a partir dos LADOS, para assegurar que o leite

está sendo extraído de todos os segmentos do seio. 

Evite esfregar ou deslizar seus dedos sobre a pele. O movimento dos dedos deve ser

mais rotatório. 

Evite comprimir o mamilo entre os dedos, dessa maneira não conseguirá extrair o

leite. Acontece o mesmo quando o bebê suga apenas o mamilo. 

Ordenhe um seio por pelo menos 3-5 minutos até que o leite flua lentamente, então

ordenhe o outro lado; e repita em ambos os lados. 

Ordenhar leite de peito adequadamente leva mais ou menos 20-30 minutos, em cada

mama, especialmente nos primeiros dias quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida. 

Podem ser ordenhados os dois seios simultaneamente em um único vasilhame de boca

larga ou em 2 vasilhames separados, colocados um embaixo de cada mama (Rede Mães de minas). Banco de leite nº 3 ORDENHA MAMÁRIA NO BANCO DE LEITE HUMANO Objetivo: Esclarecer sobre a técnica correta para ordenha mamária. A ordenha mamária deverá ser feita pelo profissional do Banco de Leite até que a mãe possa fazer sozinha. 

Retirar anéis, pulseiras e relógios.



Lavar mãos e antebraço fazendo cuidadosa limpeza das unhas com sabão e água

corrente. 

Secar as mãos com toalha descartável.

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Fechar torneira com a própria toalha.



Vestir avental.



Friccionar as mãos com álcool a 70%, glicerinado ou não, durante 30 segundos.



Dispor de frasco estéril sobre a mesa para coleta do leite humano.



Calçar luvas de procedimento.



Explicar a técnica de ordenha manual a ser seguida.



Massagear toda a mama no sentido aréola – tórax em movimentos circulares.



Massagear toda a mama no sentido da saída do leite (tórax – aréola).



Iniciar expressão manual, desprezando os primeiros jatos de leite para evitar

contaminação. 

Colocar o frasco abaixo da aréola, deixando a tampa na mesa com a parte estéril para

cima. 

Realizar expressão suavemente para promover a saída do leite diretamente no frasco.



Fechar o frasco.



Rotular o frasco com o nome da doadora, número de dias pós-parto, data, local da

ordenha e nome de quem realizou a ordenha. COLETA DE LEITE HUMANO ORDENHADO NO DOMICÍLIO Objetivo: Esclarecer sobre práticas de controle de qualidade do leite humano ordenhado durante coleta de leite humano no domicílio A coleta domiciliar é realizado por profissional de saúde da equipe do Banco de Leite Humano que deverá: 

Preencher cadastro da doadora.



Explicar à mãe a finalidade da doação do leite.



Orientar quanto a técnica de ordenha mamária descrita no item anterior.



Receber os frascos de leite doado e transportá-los ao Banco de Leite Humano.



Orientar quanto a rotulagem, conservação e pré estocagem do Leite Humano

Ordenhado. 

Esclarecer possíveis dúvidas da doadora sobre aleitamento materno.



Orientar a mãe, que em qualquer dúvida, poderá se comunicar com o Banco de Leite

Humano. 

Entregar folhetos informativos à doadora (Manual do Banco de Leite Humano -

Mulheres Guerreiras). Banco de leite nº 4: Passos para a coleta do material

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Após seu bebê sentir-se saciado, ou quando suas mamas estiverem cheias ou a cada 3

horas quando seu filho (a) estiver internado. •

Colocar gorro ou touca de banho nos cabelos e

máscaras ou pano na boca. •

Lavar bem as mãos e braços, esfregando-os até o cotovelo. Manter as unhas curtas e

limpas, sem acessórios. •

Higienizar a aréola e o mamilo com o próprio leite.



Retire o leite em local limpo e arejado, longe de banheiro, lixo, esgoto e animais.



Massagear toda a aréola (usando a mão contrária à mama) iniciando logo acima do

mamilo em movimentos circulares no sentido horário até a base da mama; Colocar o polegar acima da linha onde acaba a parte escura da mama (aréola) e o dedo indicador abaixo. Firmar os dedos e empurrar para trás em direção ao corpo. Tentar aproximar a ponta do polegar do outro de dedo até sair o leite. •

Despreze sempre os primeiros jatos de leite.



No momento da coleta evite que o leite entre em contato com as mãos e não deixe que

ultrapasse de 20 minutos em temperatura ambiente. Leve-o imediatamente ao congelador. •

Colocar o leite em frascos apropriados (de vidro e com tampa de plástico, estéril do

próprio banco de leite) ou retire o papel da parte interna da tampa, lave o frasco e a tampa com água e sabão, e ferva por 15 minutos, deixar escorrer em pano limpo até secar. Feche o frasco sem tocar na parte interna da tampa e do frasco. •

Identificar o frasco com nome da doadora, data do início da coleta, data de nascimento

e com quantas semanas de gestação nasceu (ex. 38, 39 semanas). •

Na próxima coleta o leite deverá ser ordenhado em outro frasco ou copo esterilizado e

colocado sobre o leite já congelado. •

Retirar o frasco com leite congelado só no momento de colocar o leite recém-coletado.

Encher até 3 dedos abaixo da boca do frasco. •

Armazenar o frasco de leite coletado em freezer ou congelador por 10 dias. Evitar

colocar outros alimentos próximos ao frasco. Banco de leite nº 5: Como faço para tirar o leite com as mãos? •

Lave bem as mãos antes de começar. Em seguida, posicione seu polegar mais ou

menos 4 centímetros acima do mamilo, e os outros dedos abaixo, a fim de formar um "C" em volta da aréola.

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Aproxime então o polegar do indicador, pressionando a mama e ao mesmo tempo

forçando a mão toda na direção do seu próprio corpo ("afundando a mão no peito"). Diminua a pressão e repita o processo, em movimentos rítmicos. Se o polegar e o indicador estiverem perto demais do mamilo, você vai sentir dor e não conseguirá tirar o leite. •

Depois de alguns minutos, rode um pouco a mão para tirar o leite de todos os ductos

da mama. Quando o leite estiver saindo, incline-se um pouco para a frente e use um recipiente de boca larga, já esterilizado, para coletá-lo. Potes de vidro (de café ou maionese) com tampa plástica são boas opções. •

Uma boa dica é treinar a ordenha manual durante o banho, a água morna vai ajudar,

até você pegar a prática e começar a guardar o leite (COMO TIRAR O LEITE MATERNO). Banco de leite nº 6: Higiene pessoal para a ordenha Dica: Seguindo esses passos, você retirará leite de melhor qualidade, evitando contaminação. •

Retire pulseiras, anéis e relógio;



Proteja os cabelos com touca ou pano;



Proteja nariz e boca com máscara ou pano;



Lave bem as mãos e braços até o cotovelo;



As unhas devem estar sempre aparadas;



Enxágue bem as mãos em água corrente;



Seque as mãos com toalha limpa;



Tome banho e troque o sutiã diariamente (SAÚDE DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE). Diante da busca realizada observamos que há uma grande diversidade nas orientações realizadas nas instituições, o que nos leva a um questionamento: quais as orientações que são realmente necessárias para a coleta e doação de leite humano? Seria imprescindível conhecer a clientela de cada banco para ter uma justificativa na forma de atuar das instituições e para que o objetivo de conscientizar a mulher para ser uma doadora seja atingido para que cada uma quando na sobra do leite já procurasse um posto de coleta. Vimos à necessidade da criação de um protocolo de higienização e cuidados com a mama que a doadora deve ter: Proposta de Estudo de Protocolo HIGIENIZAÇÃO DAS MAMAS PARA DOAÇÃO

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Explicar a doadora a importância da doação do leite humano e o destino que o leite

terá; •

Explicar que esse leite será pasteurizado, para posterior consumo;



Orientar a restrição de uso de cheiros fortes (perfume, colônias, hidratantes, etc.).



Orientar a retirar adornos (anel, pulseira, colar, brinco);



Orientar a retirar blusa;



Paramentar a doadora com touca mascara e avental;



Abrir a torneira molhar mão e antebraço;



Friccionar dois jatos de sabão, (lavar as mãos conforme protocolo de lavagem das

mãos); •

Enxaguar cuidadosamente, iniciando pela mão ao antebraço;



Orientar retirar excesso de água;



Molhar as mamas, cuidadosamente, somente com agua;



Massagear iniciando pela mama em direção horária (não esfregar forte);



Retirar toalhas, secar as mãos e fechar a torneira;



Retirar mais uma toalha e secar ao redor do mamilo (não secar o mamilo);



Pegar um pote de vidro estéril;



Abri-lo cuidadosamente para não contaminar;



Deixar o pote de vidro num apoio ao lado, em local seguro;



Massagear a mama em sentido horário, suavemente;



Com o dedo indicador abaixo do mamilo e o polegar acima do mamilo, com a mão em

forma de C, sustente o restante da mama com os outros dedos; •

Realizar a expressão manual para que o leite saia em jatos;



Despreze os dois primeiro jatos;



Em seguida coloque o restante dos jatos no pote de vidro até que a mama esteje com

menos excesso de leite; •

Ao terminar a ordenha identifique o pote com a etiqueta identificadora (data, nome

completo, seu numero de doadora, idade do RN); •

Coloque o leite no refrigerador ao término a ordenha, não deixe por mais de 15

minutos no ambiente. ATENÇÃO: o profissional que estiver orientando a doadora deve lavar as mãos, paramentarse com touca, mascara avental e luva de procedimento. CUIDADOS COM A MAMA •

Use sutiã apropriado (sutiã de amamentação);

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Usar proteção na mama (absorvente), para que não suje o sutiã;



Troca o protetor sempre que necessário;



Trocar o sutiã pelo menos duas vezes ao dia;



Sempre que terminar a ordenha ou de amamentar hidrate a mama com seu próprio

leite, para que não resseque; •

Exponha a mama ao sol antes das 9:00 h e depois das 15:00h.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Considerando que o numero de doadoras vem decaindo a cada ano, é preciso mesmo investir na qualidade do leite coletado para diminuir o volume de perdas do leite materno doado, inovando a técnica de higienização das mamas para evitar o desperdício. Analisando o resultado da tabela de 2015 vimos que não foi 100% fidedigno, pois em muitas anotações veio o valor total do leite perdido, não especificando por doadora. Os dados da pasteurização encaminhados para o posto de coleta de Pouso Alegre são incompletos, pois não há identificação dos micro-organismos do leite que foi processado, sendo esta informação de grande relevância ao estudo, pois iria identificar onde o processo está falho. Sabemos que para atuar em um artifício de conscientização, precisamos conhecer cada doadora para montar uma educação continuada de acordo com suas características: a idade das mulheres é um fator muito pertinente porque quanto mais jovens mais dificuldades esta podem ter em coletar o leite. A etnia, situação conjugal, número de gravidez, número de filhos e a escolaridade contribuem para a doação. Outro fator que deve ser levado em consideração é o local onde residem; se trabalham fora ou se dependem do companheiro. A renda familiar pode ser preponderante para a tranquilidade da doadora. O número de filhos e o estado geral do RN. A orientação no pré-natal e mesmo o número de consultas de pré-natal realizadas. Em outro estudo vimos que mulheres com nível de escolaridade maior amamentam por mais tempo, ou seja, essas mulheres possuem uma maior conscientização da importância do aleitamento materno, portanto, é provável que essa maior consciência vá influenciar na decisão de doar o seu leite excedente. Diante da análise dos documentos do Posto de coleta em Pouso Alegre, considera-se que o número de doadoras é muito aquém da necessidade e o tempo de doação não ultrapassa 6 meses , a perda é significativa em alguns casos e em outros não se justifica, já que em um ou outro caso a mulher que teve perda já fez várias doações e em uma ou outra coleta apresenta contaminação. Precisaria estudar o perfil de cada mulher, o tempo que esse leite foi armazenado, o local da coleta e outros fatores que podem interferir até mesmo na forma de coleta. Vimos também a necessidade de melhorar o registro para BLH uma vez que se torna um setor propício à pesquisa e com dados escassos.

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Nosso propósito é elaborar um protocolo onde cada mulher seja orientada de forma individual, podendo tirar suas dúvidas e somente após esse treinamento passaria a ser uma colaboradora. Vimos que há uma estrutura organizada em todos os bancos de leite e posto de coleta para cercar as mulheres que são muitas, mas que poucas se sensibilizam com a doação e preparar uma técnica de forma que a mulher sinta que está sendo assistida e não sentir que está sendo corrigida. A forma de coletar deveria ser única, mas como ocorrem alguns desvios de conduta ainda vale a pena fazer novas buscas onde a mulher sinta que é uma ferramenta importante no processo e não uma pessoa qualquer que precisa ser orientada em assuntos considerados comuns. Resgatar a amamentação para ter qualidade do leite humano e garantir uma vida que esta se iniciando, ofertando a este recém-nascido um elemento que naturalmente possui nutrientes adequados e necessários a ele. É uma forma nobre de estreitar laços de amor entre a doadora e o receptor, mesmo que este neonato receba por via enteral, pois é ele que necessita de uma recuperação mais rápida e a realidade comprova que as maiorias das mães que vivenciam este dilema não conseguem produzir leite satisfatório em tempo hábil para ofertar ao seu bebe. Será que todos os profissionais que trabalham com pré-natal incentivam o aleitamento materno? A orientação mais pertinente aborda a amamentação do próprio filho, não sendo incentivada a doação do excedente desse leite que é importante para garantir a distribuição aos recém-nascidos. As lactentes precisam de informações e devem ser sensibilizadas sobre a importância de amamentar e doar. Compete a nós profissionais de saúde estimular e apoiar as mães na pratica da doação e na divulgação dos serviços dos bancos de leite humano, desde o acolhimento que envolve uma equipe multiprofissional ate o destino final. Visto que há poucos estudos que identificam agentes contaminantes e suas causas, na maioria dos estudos as analises restringem a possíveis contaminações dos leites humanos. É preciso ainda investir em divulgação ativando a mente não só das mulheres que podem doar, mas de todos que possam envolver nessa ação comunitária onde todos ganham com a evolução de um RN e de uma rede organizada para o viver melhor. Aprendemos que cada ml do leite doado é de um valor inestimável e que a vida do recém-nascido necessita desse bem valioso para sua sobrevivência e melhor qualidade de

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vida, onde muitos acham que é só leite materno, porem para esses RNs é simplesmente sua vida.

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

PESQUISA: Doação de leite materno: o preparo da mama em debate

PESQUISADORAS: Jéssica Elaine Figueiredo Xavier Nayara Fernanda de Oliveira

ORIENTADORA: Maria Teresa de Jesus Pereira

Eu, Jéssica Elaine Figueiredo Xavier e Nayara Fernanda de Oliveira, do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Vale do Sapucaí (UNIVAS), da cidade de Pouso Alegre, juntamente com a professora Maria Teresa de Jesus Pereira, orientadora da pesquisa, estamos realizando um estudo com o objetivo: avaliar o resultado do leite humano ordenhado com a técnica já utilizada no banco de leite em uma das mamas e preparar a outra mama com uma técnica elaborada de higienização para a ordenha por expressão manual, e após comparar, e analisar os resultados. A realização deste estudo é de extrema importância para auxiliar na melhoria da oferta de leite oferecido aos recém nascidos da UTI e berçário. Por isso, solicitamos seu consentimento para participar deste estudo; autorizando o acesso em seu prontuário e a orientação na coleta. Queremos que fique claro que as informações obtidas não serão utilizadas em prejuízo de qualquer natureza e serão mantidas em sigilo e que a senhora (você), não será identificada pelo nome. Todas as informações obtidas ficarão sob nossa responsabilidade e trabalharemos com os dados de todas as doadoras que participarem do estudo. É importante ressaltar que sua participação é totalmente voluntária e a qualquer momento poderá desistir se assim preferir. Este documento é o termo de consentimento que comprova sua permissão: precisamos de sua assinatura para confirmar seu consentimento. Declaro que fui esclarecida e após ter compreendido as informações acima, concordo em participar da pesquisa, me prontificando em assinar o documento em duas vias juntamente com o pesquisador.

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Para caso de necessidades e se surgir alguma dúvida, a senhora (você) poderá entrar em contato pelo telefone (035- 34492199), telefone do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVÁS, no horário de 8h às 17h. Endereço: AV. Professor Tuany Toledo, 470. Fátima I. Antecipadamente agradecemos sua valiosa colaboração colocando-nos a disposição para qualquer esclarecimento que se fizer necessário.

Pouso Alegre, ______ de ________________________ de 2015.

____________________________ Assinatura do pesquisado

________________________________ Assinatura do pesquisador

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