Dos documentários pessoais: Confissão e fabulação em Arirang, de Kim Ki-duk

May 18, 2017 | Autor: Breno Reis | Categoria: Gilles Deleuze, Self Portraiture, Documentary Film, Documentário, Jean-Louis Comolli
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Esta pesquisa visa discorrer sobre as relações ético-estéticas implicadas nos documentários pessoais, especificamente nos processos fílmicos centrados na autoinscrição corporal do realizador. Baseando-nos sobretudo em leituras do crítico e cineasta francês Jean-Louis Comolli, desenvolvemos um substrato teórico referente à prática documentária como jogo e exercício de resistência, à potência documental do corpo filmado, à autoinscrição corporal do realizador e às relações entre dispositivo e experiência. Em seguida, desenvolvemos uma análise crítica do filme Arirang (2011), composto de filmagens que o realizador sul-coreano Kim Ki-duk fez de si mesmo em reclusão domiciliar autoimposta, num processo confessional performático que evoca os traumas que o fizeram interromper sua prolífica carreira de diretor por três anos. O realizador, em solidão com a câmera, volta-a em direção ao próprio corpo, enquadrando-se para se confessar a ela. A análise, partindo das relações desenvolvidas entre corpo e câmera, se concentra sobre a utilização da câmera como instrumento confessional e o ato fabulativo do corpo filmado.
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