Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Relatórios de atividades de pesquisa do projeto 372-SEMA, Parque Estadual de Itapuã 2011-2014
Elaborados por: Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, 12 de outubro de 2016
1
Relatórios de atividades de pesquisa 2011
2
Relatório parcial Nº 1 Parque Estadual de Itapuã 12 a 21 de setembro de 2011 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas no período de 12 a 21 de setembro 2011 foram: 1.1. Levantamento na Praia da Pedreira Este levantamento foi realizado no dia 13 de setembro. Um grupo de bugios (G3, ver composição na Tabela 1) foi observado em figueiras próximas à área de camping após 4 horas de caminhada. Devido ao fato deste grupo utilizar uma área frequentada por turistas, o grupo é impróprio para os objetivos do projeto. O comportamento dos membros deste grupo sugere que eles já estão habituados à presença humana. 1.2. Levantamentos no Morro do Campista Estes levantamentos foram realizados entre os dias 14 e 19 de setembro. Foi possível a localização de, pelo menos, três grupos de bugios-ruivos em uma zona de encosta com aproximadamente 40 ha. Contudo, parece haver uma sobreposição considerável na área de vida destes grupos, pois eles utilizam algumas áreas de alimentação em comum, o que dificulta a identificação individual. Por isso, só um grupo (G1, ver composição na Tabela 1) foi selecionado para o projeto com base na viabilidade de acompanhamento devido à localização das áreas utilizadas para dormir, a identificação dos seus membros e sua composição, pois contém um filhote dependente com uma ferida na cabeça. O comportamento evasivo dos indivíduos dos grupos sugere que não sejam habituados à presença humana. No entanto, após três dias de acompanhamento, os bugios demonstraram uma maior tolerância à presença do pesquisador. Acredita-se que ainda serão necessários vários meses de acompanhamento para atingir a habituação. 1.3. Levantamentos na Praia da Onça Estes levantamentos foram realizados entre os dias 21 e 23 de setembro. Foi possível localizar dois grupos que utilizam com frequência as mesmas áreas de forrageio no morro a uma distância de 100 m da praia. Por isso, os grupos passam longos períodos em conflitos intergrupais caracterizados por fortes roncos pelos machos adultos. As sessões de vocalização iniciam quando um grupo invade a área de forrageio de outro. Além disso, ambos os grupos foram muito evasivos e os machos adultos não toleraram a aproximação do pesquisador por uma distância menor que 50 m, situação na qual começavam a vocalizar novamente. Após o segundo dia de acompanhamento, os indivíduos de ambos os grupos foram mais tolerantes à presença do pesquisador. Estima-se que será necessário um período de dois a cinco meses de 3
acompanhamento para se atingir a habituação. O grupo G2 (ver composição na Tabela 1) é mais factível para acompanhar porque parece se deslocar menos que o outro grupo e porque suas áreas de descanso já são melhor conhecidas.
Tabela 1. Composição de três grupos de bugio-ruivo observados no Parque Estadual de Itapuã. Grupo G1 G2 G3
Localização Morro do Campista Praia da Onça Praia da Pedreira
Composição* MA FA MS MJ FI 2 2 1 1 0 2 2 1 1 2 2 1 0 1 1
FD Total 1 7 0 8 0 5
*Siglas: MA= macho adulto, FA= fêmea adulta, MS= macho subadulto, MJ= macho juvenil, FI= filhote independente, FD=filhote dependente.
2. Informações dos espécimes coletados Durante esta campanha não foram realizadas coletas de material biológico. As espécies vegetais consumidas pelos bugios foram apenas fotografadas.
3. Informações sobre as amostras de fezes e o conteúdo fecal Nenhuma amostra fecal foi coletada durante esta campanha. Contudo, 16 bolos fecais foram analisados in situ para identificação das sementes encontradas (Tabela 2).
Tabela 2. Quantidade aproximada de sementes de cada espécie nos bolos fecais analisados in situ no Morro do Campista e na Praia da Onça. Espécie Eugenia rostrifolia Syagrus romanzoffiana Ficus cestrifolia Ficus sp. Guaripa opposita Enterolobium contortisiliquum Diospyros inconstans
Família Myrtaceae Arecaceae Moraceae Moraceae Nyctaginaceae Fabaceae Ebenaceae
No. sementes/bolo fecal 6-29 1-9 >100 >100 1-6 1-3 1-3
Porto Alegre, 21 de outubro de 2011.
Óscar M. Chaves
4
Relatório parcial Nº 2 Parque Estadual de Itapuã 28 outubro-7 novembro de 2011 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas no período de 28 de outubro a 7 de novembro 2011 foram: 1.4. Acompanhamento de grupo de bugios no Morro do Campista Durante os primeiros dias desta campanha acompanhei o grupo G1 no Morro do Campista. O objetivo principal foi continuar a habituação do grupo, saber melhor as áreas utilizadas pelos bugios para sua alimentação, descanso e atividades sociais. Em geral, os indivíduos foram relativamente tolerantes à presença do pesquisador e não responderem com vocalizações fortes como aconteceu na campanha anterior. Depois desses 5 dias foi possível determinar que o grupo concentra suas atividades em uma área de 2 ha localizada nas coordenadas 30º23′305”S, 51º02′545”O. Além disso, as principais espécies de plantas consumidas pelos bugios nesta campanha foram identificadas (Tabela 1). Tabela 1. Lista das principais plantas utilizadas como alimento pelos bugios do Morro do Campista. Espécie Allophylus edulis Guaripa opposita Chrysophyllum inornatum Coussapoa microcarpa Ficus cestrifolia Syagrus romanzoffiana Machaerium sp.
Família Sapindaceae Nyctaginaceae Sapotaceae Moraceae Moraceae Arecaceae Leguminosae
Item consumido Fruto maduro Fruto maduro e verde Fruto maduro Fruto maduro e verde Fruto maduro e verde Fruto maduro Folhas novas
1.5. Acompanhamento de grupo de bugios na Praia da Onça Estes acompanhamentos foram realizados nos últimos 5 dias da campanha e foi possível observar até 4 grupos distintos na área de estudo. Entretanto, os acompanhamentos e habituação foram enfocados no grupo G2. O macho adulto deste grupo foi mais tolerante à presença do pesquisador em comparação com a campanha anterior. Em geral, o grupo G2 fez suas atividades (e.g., alimentação, descanso, locomoção) de forma relativamente normal, mais ainda é preciso continuar com a habituação sistemática do grupo. 5
O grupo concentra suas atividades em uma área de 4 ha localizada nas coordenadas 30º20′985”S, 51º02′910”O. Foi possível verificar que o grupo utiliza com frequência as mesmas áreas de forrageio utilizadas por outros dois grupos. 1.6. Georreferenciação e amostragem fenológica de plantas. Com o objetivo de estimar a disponibilidade de alimento para os bugios nas duas áreas de estudo, Morro do Campista e Praia da Onça, foram amostradas entre 3 e 6 plantas das 20 espécies listadas na Tabela 2. As amostragens seguiram a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974). De acordo com este método, utilizando binóculos 10 x 42 se faz uma varredura de toda a copa a fim de estimar a quantidade de cada item vegetal (e.g., folhas maduras e novas, frutos maduros e verdes, flores) em uma escala de 0 (ausência do item) até 4 (75-100%). Tabela 2. Espécies de plantas consideradas nas amostragens de fenologia no Morro do Campista e Praia da Onça. Família
Sapindaceae Salicaceae Cannabaceae Sapotaceae Urticaceae Ebenaceae Leguminosae Erythroxylaceae Moraceae Clusiaceae Nyctaginaceae Leguminosae Malvaceae Celastraceae Primulaceae Euphorbiaceae Moraceae Arecaceae Meliaceae Rutaceae
Espécie
Allophylus edulis (A.St.-Hil., A.Juss. & Cambess.) Radlk. Banara parviflora (A. Gray) Benth. Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Chrysophyllum inornatum Mart. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Diospyros inconstans Jacq. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Erythroxylum argentinum O.E.Schulz Ficus cestrifolia Schott Garcinia gardneriana Guaripa opposita (Vell.) Reitz Inga striata Benth Luehea divaricata Mart. Maytenus sp. Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze Sebastiania sp. Sorocea bonplandii (Baill.) Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Trichilia claussenii C. DC. Zanthoxylum caribaeum Lam.
Forma de vida Árvore Árvore Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Palma Árvore Árvore
2. Informações dos espécimes coletados Durante esta campanha só foram realizadas coletas de dois ramos de cada espécie citada na Tabela 3. Tabela 3. Espécies de plantas coletadas no Morro do Campista e Praia da Onça.
6
Espécie Chrysophyllum inornatum Inga striata Passiflora sp.1 Passiflora sp.2 Allophylus edulis Coussapoa microcarpa .
Família Sapotaceae Leguminosae Passifloraceae Pasifloraceae Sapindaceae Moraceae
Item (s) coletado Ramo com frutos Ramo de folhas Ramo com fruto e flores Ramo com fruto e flores Ramo com frutos Frutos
3. Informações sobre as amostras de fezes e o conteúdo fecal Foram coletadas 18 amostras de fezes de diferentes indivíduos do grupo G1. As espécies de sementes mais comuns pertenciam a Allophylus edulis, Guaripa opposita e Coussapoa microcarpa. Também foram coletadas outras 10 fezes para fazer análises de parasitos intestinais. No grupo G2 foram coletadas 14 fezes de diferentes indivíduos e as espécies de sementes mais comuns pertenciam a Allophylus edulis, Guaripa opposita e Chrysophyllum inornatum. Também foram coletadas outras 9 fezes para fazer análises de parasitos intestinais. As análises parasitológicas serão realizadas no Laboratório de parasitologia Biomédica da Faculdade de Biociências da PUCRS pelo pós-doutorando Felipe Amorim Fernandes. Os resultados serão disponibilizados na ocasião oportuna.
Porto Alegre, 9 de novembro de 2011.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
Relatório parcial Nº 3 Parque Estadual de Itapuã 22 novembro a 1 de dezembro de 2011
7
Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram: 1.1. Habituação dos grupos do estudo e acompanhamentos sistemático Durante esta campanha foram acompanhados os dos grupos de estudo (i.e., grupo de Morro do Campista e grupo da Praia da Onça) com o objetivo de continuar com a habituação dos animais a presença do pesquisador e para conhecer melhor suas áreas de alimentação, descanso e atividades sociais. Esses acompanhamentos foram feitos durante 4-5 dias consecutivos por grupo, utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas a intervalos de 10 min durante os quais se observar cada individuo durante ca. 30 s e se registrar a atividade predominante (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos. Também foi observado o padrão de defecação, o seja, sem os animais defecam de forma isolada ao longo de sua área de vida ou de forma simultânea dentro das latrinas produzindo grandes conglomerados de fezes. .Durante tudas as observaciones foram usados binócultos de alta resolução (Swarosvki SLC 10x42) o que garantir a calidade das observaciones independentemente das condiciones de luminosidade e estrato vertical utilizados pelos animais. Em geral, depois dos acompanhamentos do novembro os indivíduos foram mais tolerantes a presença do pesquisador e não responder com vocalizações fortes como aconteceu em as campanhas anteriores.
1.2. Georreferenciação e amostragem de fenologia de plantas. Para estimar a disponibilidade de alimento para os grupos de estudo, em cada sito de estudo foram referenciadas entre 3 e 7 plantas das 25 espécies listadas na Tabela 1 utilizando 8
um GPS de alta precisão (Garmin 60CSx). Essas espécies foram eleitas devido a que são reportadas como as espécies mais consumidas pelos bugios ruivos ao longo de sua distribuição geográfica em Brasil (revisão por Chaves & Bicca-Marques, artigo submetido em American Journal of Primatology) e porque os dados preliminares indicar que elas também são importantes em nos 6 grupos de estudo. Em total, foram amostradas 188 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). De acordo com esse método, em cada árvore se faz uma varredura de toda a copa (usando binóculos 10 x 42) a fim de estimar a quantidade de cada item vegetal (i.e., folhas maduras e novas, frutos maduros e verdes, flores) em uma escala de 0 (ausência do item) até 4 (75-100%). Os dados de fenologia ainda não são analisados, mas no campo é possível observar uma clara correlação entre a composição da dieta e a disponibilidade estacional dos recursos, particularmente em o caso dos frutos e flores.
Tabela 1. Espécies de plantas consideradas nas amostragens de fenologia nos sitos do estudo. Família
Sapindaceae Salicaceae Meliaceae Salicaceae Cannabaceae Sapotaceae Urticaceae Ebenaceae Leguminosae Erythroxylaceae Myrtaceae Moraceae Moraceae Clusiaceae Nyctaginaceae Leguminosae Malvaceae Celastraceae Primulaceae Primulaceae Euphorbiaceae Moraceae Arecaceae Meliaceae Rutaceae
Espécie
Allophylus edulis (A.St.-Hil., A.Juss. & Cambess.) Radlk. Banara parviflora (A. Gray) Benth. Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Casearia sylvestris Sw. Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Chrysophyllum inornatum Mart. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Diospyros inconstans Jacq. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Erythroxylum argentinum O.E.Schulz Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Garcinia gardneriana Guaripa opposita (Vell.) Reitz Inga striata Benth Luehea divaricata Mart. Maytenus sp. Myrsine coriaceae (Aubl.) Kuntze Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze Sebastiania serrata (Baill. ex Müll.Arg.) Müll.Arg. Sorocea bonplandii (Baill.) Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Trichilia claussenii C. DC. Zanthoxylum caribaeum Lam.
Forma de vida Árvore Árvore Árvore Árvoreta Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Palma Árvore Árvore
9
1.3.Coleta de material Durante os acompanhamentos deste mês foram coletadas amostras de plantas (3 amostras de cada uma) consumidas pelos bugios com a finalidade de estabelecer uma coleção de refencia e constatar a identidade de cada p lanta no herbário. Em total foram coletadas amostras (1-4 ramos) das 8 espécies indicadas na tablela 2. A nomenclatura taxonômica estará atualizada de acordo com as bases de dados do Royal Botanical Garden e Missouri Botanical Garden (http://www.theplantlist.org/). O material coletado será depositado como espécimes-testemunho no herbário da UFRGS, no herbário do Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, e no Laboratório do Primatología da PUCRS. É importante clarificar que a maior partes dessas amostras foram coletadas do chão pelo que não foi preciso utilizar podadora extensível.
Tabela 2. Lista das plantas coletadas durante o mês de novembro no PE Itapuã. Família Salicaceae Myrtaceae Leguminosae Sapotaceae Urticaceae Leguminosae Myrtaceae Anacardiaceae
Espécie Banara parviflora (A. Gray) Benth. Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. Canavalia bonariensis Chrysophyllum inornatum Mart. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Erythrina falcata Benth. Eugenia rostrifolia D.Legrand Lithraea brasiliensis Marchand
Forma de No. de vida ramos Arvore 2 Arvore 3 Trepadeira 1 Arvore 4 Arvore 3 Arvore 2 Arvore 3 Arvore 3
Também foram coletadas um total de 43 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analises preliminares de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto. O resultado dos analises de laboratório provavelmente estar pronto para janeiro ou fevereiro de 2012. Além de essas fezes, também foram coletadas outras 16 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Pari isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm (ver Fig. 1).
10
Figura 1. Peneiras utilizadas para analisar contendo de sementes nas fezes de bugio. A peneira da direita tem furos de 4 mm e a peneira da esquerda tem furos de 1 mm.
2. Resultados preliminares da dieta Depois do analise preliminar de ca. 74 horas acompanhamento em os grupos do estudo se identificar um total de 21 espécies de plantas (incluindo lianas e trepadeiras). Em a Tabela 3 se indicar alguns das espécies más comuns em a dieta (ver Tabela 3).
Tabela 3. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelos diferentes grupos de Itapuã durante o mês de novembro de 2011. Família Bignoniaceae Sapindaceae Bignoniaceae Salicaceae Myrtaceae Leguminosae Cannabaceae Sapotaceae Urticaceae Bignoniaceae
Espécie Adenocalymma marginatum (Cham.) DC. Allophylus edulis (A.St.-Hil., A.Juss. & Cambess.) Radlk. Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann Banara parviflora (A. Gray) Benth. Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. Canavalia bonariensis Celtis sp. Chrysophyllum inornatum Mart. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann
Forma de vida Liana Arvore Liana Arvore Arvore Trepadeira Liana Arvore Arvore Trepadeira 11
Item1 flor fl,F fl fl,F F flor fl F,f F,f FL,fl
Leguminosae Leguminosae Erythroxylaceae Moraceae Moraceae Apocynaceae Nyctaginaceae Leguminosae Asteraceae Myrtaceae Arecaceae 1
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Erythrina falcata Benth. Erythroxylum argentinum O.E.Schulz Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Forsteronia leptocarpa (Hook. & Arn.) A.DC. Guapira opposita (Vell.) Reitz Machaerium sp. Mikania involucrata Myrciaria cuspidata O.Berg Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
Arvore fl,for,F Arvore flor Arvore fl Arvore fl,f,F Arvore fl,FL Trepadeira fl Arvore fl,f,F Arvore FL,fl Trepadeira FL,fl Arvore F,f Palma F,f
Item consumido: F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
Porto Alegre, 14 de dezembro de 2011.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
12
Relatórios de atividades de pesquisa 2012
13
Relatório parcial Nº 1-2012 Parque Estadual de Itapuã 11-18 de janeiro de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram basicamente as mesmas descritas no último relatório do 2011, mas enfocadas no grupo da Praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático do grupo da Praia da Onça Durante esse período foram acompanhados por 5 dias consecutivos o grupo da Praia da Onça (30º 20′ 548”S, W 51º 02′ 339” W). Esses acompanhamentos foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos. Também foi observado o padrão de defecação, o seja, sem os animais defecam de forma isolada ao longo de sua área de vida ou de forma simultânea dentro das latrinas produzindo grandes conglomerados de fezes. Em geral, o padrão de defecação predominante foi agregado (93% de 23 fezes).
1.4. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos Durante os dias 16-17 de janeiro foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies listadas na Tabela 1. Em total, foram amostradas 93 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974). De acordo com esse método, em cada árvore se faz uma varredura de toda a copa (usando binóculos 10 x 42) a fim de estimar a quantidade de cada item vegetal (i.e., folhas maduras e novas, frutos maduros e verdes, flores) em uma escala de 0 (ausência do item) até 4 (75-100%). Das espécies indicadas na Tabela 1, unicamente seis (Ficus cestrifolia, Coussapoa microcarpa, Diospyros inconstans, Inga 14
striata, Garcinia gardneriana, e Trichilia claussenii) tinha frutos. As outras espécies apenas tinham folhas.
Tabela 1. Espécies de plantas consideradas nas amostragens de fenologia nos sitos do estudo. Família
Sapindaceae Salicaceae Meliaceae Salicaceae Cannabaceae Sapotaceae Urticaceae Ebenaceae Leguminosae Erythroxylaceae Myrtaceae Moraceae Moraceae Clusiaceae Nyctaginaceae Leguminosae Malvaceae Celastraceae Primulaceae Primulaceae Euphorbiaceae Moraceae Arecaceae Meliaceae Rutaceae
Espécie
Forma de vida
Allophylus edulis (A.St.-Hil., A.Juss. & Cambess.) Radlk. Banara parviflora (A. Gray) Benth. Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Casearia sylvestris Sw. Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Chrysophyllum inornatum Mart. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Diospyros inconstans Jacq. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Erythroxylum argentinum O.E.Schulz Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Garcinia gardneriana Guaripa opposita (Vell.) Reitz Inga striata Benth Luehea divaricata Mart. Maytenus sp. Myrsine coriaceae (Aubl.) Kuntze Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze Sebastiania serrata (Baill. ex Müll.Arg.) Müll.Arg. Sorocea bonplandii (Baill.) Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Trichilia claussenii C. DC. Zanthoxylum caribaeum Lam.
Árvore Árvore Árvore Árvoreta Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Palma Árvore Árvore
1.5.Coleta de material Em total foram coletados 3 ramos das 6 espécies indicadas na tablela 2. É importante clarificar que a maior partes dessas amostras foram coletadas do chão pelo que não foi preciso utilizar podadora extensível.
Tabela 2. Lista das plantas coletadas na Praia da Onça. 15
Família Passifloraceae Menispermaceae Anacardiacea Fabaceae Clusiaceae
Espécie Pasiflora elegans Hyperbaena domingensis Lithraea brasiliensis Inga striata Garcinia gardneriana
Forma de No. de vida ramos Trepadeira 3 Trepadeira 3 Arvore 4 Arvore 3 Arvore 3
Também foram coletadas um total de 22 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os análises de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 19 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm.
2. Resultados preliminares Durante esta campanha de campo o grupo de Praia da Onça se alimentar de um total de 13 espécies de plantas (incluindo lianas e trepadeiras, Tabela 3).
Tabela 3. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo de Praia da Onça durante o mês de janeiro de 2012. Família Cannabaceae Urticaceae Bignoniaceae Moraceae Moraceae Apocynaceae Nyctaginaceae Leguminosae Asteraceae Clusiaceae Passifloraceae Fabaceae Anacardiacea 1
Espécie Celtis sp. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Forsteronia leptocarpa (Hook. & Arn.) A.DC. Guapira opposita (Vell.) Reitz Machaerium sp. Mikania involucrata Garcinia gardneriana Passiflora elegans Inga striata Lithraea brasiliensis
Forma de vida Liana Arvore Trepadeira Arvore Arvore Trepadeira Arvore Arvore Trepadeira Arvore Trepadeira Arvore Arvore
Item consumido: F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
16
Item1 FL, fl F,f FL,fl fl,f,F fl,FL fl fl FL,fl FL,fl F F F F
Finalmente, nas fezes analisadas se encontrar sementes das seguintes 7 espécies: Lithraea brasiliensis, Garcinia gardneriana, Passiflora elegans, Ficus cestrifolia, F. luschnathiana, e Coussapoa microcarpa.
Porto Alegre, 02 de janeiro de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
17
Relatório parcial Nº 2-2012 (8-14 fevereiro) Parque Estadual de Itapuã 3 de março de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Esses acompanhamentos dos bugios deste grupo foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos. Também foi observado o padrão de defecação, o seja, sem os animais defecam de forma isolada ao longo de sua área de vida ou de forma simultânea dentro das latrinas produzindo grandes conglomerados de fezes. Em geral, o padrão de defecação predominante foi agregado (93% de 33 fezes).
1.6. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos Durante os dias 8 e 13 de fevereiro foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 88 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). De acordo com esse método, em cada árvore se faz uma varredura de toda a copa (usando binóculos 10 x 42) a fim de estimar a quantidade de cada item vegetal (i.e., folhas maduras e novas, frutos maduros e verdes, flores) em uma escala de 0 (ausência do item) até 4 (75-100%). Em geral, unicamente cinco espécies tiveram frutos maduros para esta data: Garcinia gardneriana, Ficus cestrifolia, Banara parviflora, Vitex megapotamica, e Inga striata, e sete espécies tiveram frutos verdes: Syagrus romanzoffiana, Coussapoa microcarpa, Diospyros inconstans, Sebastiania sp., 18
Trichilia claussenii, Erythroxylum argentinum, e Celtis iguanaea. As outras espécies apenas tinham folhas e/ou flores.
1.7.Coleta de material Em total foram coletados 3 ramos das 4 espécies indicadas na tablela 1. É importante clarificar que a maior partes dessas amostras foram coletadas manualmente ou no chão pelo que não foi preciso utilizar podadora extensível.
Tabela 1. Lista das plantas coletadas no Morro do Campista Família Lamiaceae Cannabaceae Erythroxylaceae Clusiaceae
Espécie Vitex megapotamica Celtis iguanaea Erythroxylum argentinum Garcinia gardneriana
Forma de No. de vida ramos Trepadeira 3 Trepadeira 3 Arvore 4 Arvore 3
Também foram coletadas um total de 27 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 15 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm.
2. Resultados preliminares Durante esta campanha de campo o grupo de Morro do Campista se alimentar de um total de 14 espécies de plantas (incluindo lianas e trepadeiras, Tabela 2). No entanto, ca. 70% dos registros de alimentação foram enfocados na espécie G. gardneriana (bacoparí), espécie que até agora não foi relatada como fonte de alimento para os bugios em nehum dos estudos publicados (revisado por Chaves & Bicca-Marques, em prensa). A preferencia dos bugios por os frutos de bacoparí pode ter importantes implicações regeneración e dinámica poblacional desta espécies, mas ainda se precisar de mais anos de amostragem e estudos complementar para para obter resultados mais robustos.
Tabela 2. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo de Morro do Campista durante o mês de fevereiro de 2012. Família
Espécie
Forma de 19
Item1
Salicaceae Cannabaceae Urticaceae Bignoniaceae Moraceae Moraceae Nyctaginaceae Leguminosae Clusiaceae Fabaceae Euphorbiaceae Arecaceae Bignoniaceae Anacardiacea 1
Banara parviflora Celtis sp. Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Guapira opposita (Vell.) Reitz Machaerium sp. Garcinia gardneriana Inga striata Sebastiania brasiliensis Syagrus romanzoffiana Tabebuia sp. Lithraea brasiliensis
vida Árvore Liana Arvore Trepadeira Arvore Arvore Arvore Arvore Arvore Arvore Árvore Palma Arvore Arvore
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
Finalmente, nas fezes analisadas se encontrar sementes das seguintes 5 espécies: Garcinia gardneriana, Vitex megapotamica, Lithraea brasiliensis, Ficus cestrifolia, e Coussapoa microcarpa.
Porto Alegre, 4 de março de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
20
F FL, fl F,f FL,fl fl,f,F fl,FL fl FL,fl F F fl Fw Fw F
Relatório parcial Nº 3-2012 (6-12 abril) Parque Estadual de Itapuã 2 de maio de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos do grupo em Morro do Campista Durante os acompanhamentos dos bugios foram se registrar o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em total os bugios usaram 16 espécies de plantas: 12 árvores, 2 lianas, 1 trepadeira e 1 palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies das 16 plantas consumidas pelos bugios de Morro do Campista durante abril de 2012. Família
Espécie Amphilophium crucigerum (L.)
Forma de vida
Item1
Bignoniaceae
L.G.Lohmann
Liana
FL,fl
Annonaceae
Annona cacans Warm.
Árvore
F,FL,Fl
Salicaceae
Banara parviflora (A. Gray) Benth.
Árvore
F
Cannabaceae
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.
Liana
F,FL,fl
Boraginaceae
Cordia ecalyculata
Árvore
F
Urticaceae
Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini
Árvore
F,f
Ebenaceae
Diospyros inconstans
Árvore
F
Bignoniaceae
Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann
Trepadeira
FL,fl
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
Árvore
fl,f,F
Moraceae
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.
Árvore
fl,FL
Nyctaginaceae
Guapira opposita (Vell.) Reitz
Árvore
fl
Malvaceae
Luehea divaricata Mart.
Árvore
Fw,f
21
Euphorbiaceae
Sebastiania serrata
Árvore
Fl,f
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
Palma
Fw
Meliaceae
Trichilia claussenii C. DC.
Árvore
F
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Árvore
Fl
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
1.8. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos Durante os dias 11-12 de abril foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 82 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 68% das 25 espécies amostradas tiveram frutos (maduros e/ou verdes) em março (ver Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de março na Praia da Onça. Família Annonaceae Cannabaceae
Annona cacans Celtis iguanaea
Espécie
Forma de vida Árvore Trepadeira Árvore
Sapotaceae Boraginaceae
Chrysophyllum gonocarpum Cordia ecalyculata
Urticaceae
Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini
Árvore
Ebenaceae Fabaceae Myrtaceae
Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Eugenia rostrifolia D.Legrand
Árvore Árvore Árvore
Moraceae Moraceae Menispermaceae Malvaceae
Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Hyperbaena domingensis Luehea divaricata Mart.
Árvore Árvore Trepadeira Árvore
Euphorbiaceae Loganiaceae Arecaceae
Sebastiania brasiliensis Strychnos brasiliensis Syagrus romanzoffiana
Árvore Trepadeira Palma
Meliacea Rutaceae
Trichilia claussenii Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Árvore
Árvore Árvore
Tipo de fruto Maduro Maduro verde Maduro Maduro e verde Maduro e verde verde verde Maduro e verde verde verde verde Maduro e verde Maduro verde Maduro e verde Maduro
22
1.9.Coleta de material Foram coletados 3 ramos das lianas Amphilophium crucigerum e Celtis iguanaea. É importante clarificar que a maior partes dessas amostras foram coletadas manualmente ou no chão pelo que não foi preciso utilizar podadora extensível. Também foram coletadas um total de 24 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 15 fezes frescas para analisar o contendo de sementes.
Porto Alegre, 2 de maio de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
23
Relatório parcial Nº 5-2012 (5-11 de maio) Parque Estadual de Itapuã 2 de junho de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Praia da Onça 1.1. Acompanhamentos Durante os acompanhamentos dos bugios se registrar o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em total os bugios usaram 16 espécies de plantas: 8 árvores, 4 lianas, 1 trepadeiras, 2 epífitas e 1 palma (Tabela 1). No entanto, a diversidade de espécies consumidas por dia variou entre 5 e 11 espécies.
Tabela 1. Lista das espécies das 16 plantas consumidas pelos bugios de Morro do Campista durante maio de 2012. Família
Espécie Amphilophium crucigerum (L.)
Bignoniaceae
L.G.Lohmann
Annonaceae
Annona sylvatica A. St.-Hil.
Aristolochiaceae
Aristolochia triangularis Cham.
Salicaceae
Casearia decandra Jacq.
Cannabaceae
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.
Ebenaceae
Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum
Fabaceae
(Vell.) Morong
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
Nyctaginaceae
Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Compositae
Mikania glomerata Spreng.
F.V.
Item1
Liana
FL,fl
araticum
Árvore
FL,fl
papo-de-peru
Trepadeira
FL
guaçatonga
Árvore
F
esporão-de-galo
Liana
F,FL,fl
caquisinho
Árvore
F,FL
Árvore
F,f
figueira
Árvore
fl,f,F
Maria-molle
Árvore
FL
guaco-liso
Liana
fl
Nome popular pente-de-macaco
timbaúva
24
Apocinaceae
Ocotea porosa (Nees & Mart.) Barroso Orthosia scoparia
Nyctaginaceae
Pisonia aculeata
Cactaceae
Rhipsalis teres (Vell.) Steud.
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Lauraceae
1
imbúia
Árvore
FL
Epifita
Fw, F
Liana
FL
Epifita
F
jerivá
Palma
F,f
Mamica de cadela
Árvore
Fl
espora-de-galo
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
Interessantemente, esta é a primeira vez que se registra o consumo da epifita Orthosia scoparia pelos bugios-ruivos ao longo de sua distribuição. No entanto, eu acho que provavelmente isso é devido a que esta espécie é erroneamente identificada como Ripsalis sp. em estudos prévios.
1.10.
Fenologia de plantas e disponibilidade de rec ursos
Durante os dias 11-12 de abril foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 91 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 73% das 25 espécies amostradas teve frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de março na Praia da Onça. Família Cannabaceae
Espécie Celtis iguanaea
Sapotaceae Urticaceae Ebenaceae Fabaceae Myrtaceae Moraceae Moraceae Menispermaceae Malvaceae
Chrysophyllum gonocarpum Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Hyperbaena domingensis Luehea divaricata Mart.
Euphorbiaceae
Sebastiania brasiliensis
Loganiaceae Arecaceae
Strychnos brasiliensis Syagrus romanzoffiana
Nome popular esporão-de-galo Aguaí-da-serra
Tipo de fruto Maduro Maduro e verde
Mata-pau caquisinho timbauva figueira figueira Trepadeira açoita-cavalo
Maduro e verde Maduro Maduro e verde verde Maduro e verde Maduroe e verde verde Maduro e verde
leteiro, mata-berne
Maduro
esporão-de-galo
jerivá
Maduro Maduro e verde
25
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Mamica-de-cadela
Maduro
1.11. Coleta de material Solamente foram coletados 3 ramos de Casearia decandra e da epifita Orthosia scoparia para realizar a identificaçao no laboratório de botánica da PUCRS. Também foram coletadas um total de 32 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS.
Porto Alegre, 2 de junho de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
26
Relatório parcial Nº 7-2012 (8-12 de julho) Parque Estadual de Itapuã 3 de agosto de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista 1.1. Acompanhamentos Os acompanhamentos deste mês foram limitados pela constante chuva e nubocidade presente ao longo dos seguimentos. Por isso, solamente foi possível obter uma descrição parcial da dieta dos bugios. Se registrar o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em total os bugios usaram 11 espécies de plantas: 6 árvores, 3 lianas e 1 palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios de Morro do Campista durante junho de 2012. Família
Espécie Amphilophium crucigerum (L.)
F.V.
Item1
Liana
FL,fl
ipé
Arvore
F
esporão-de-galo
Liana
F,FL,fl
caquisinho
Árvore
F,FL
Nome popular pente-de-macaco
Bignoniaceae
L.G.Lohmann
Bignoniaceae
Tabebuia alba
Cannabaceae
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.
Ebenaceae
Diospyros inconstans
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
figueira
Árvore
fl,f,F
Moraceae
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.
figueira
Árvore
fl,f,F
Nyctaginaceae
Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Maria-molle
Árvore
FL
Compositae
Mikania glomerata Spreng.
guaco-liso
Liana
fl
Euphorbiaceae
Sebastiania serrata
branquilho
Tree
FL
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
jerivá
Palma
F,f
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Mamica de cadela
Árvore
FL
27
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
1.12.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante os dias 11 e 12 de junho foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 86 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 70% das 25 espécies amostradas tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de junho 2012 no Morro do Campista. Família Cannabaceae Cactaceae
Espécie Celtis iguanaea Cereus hildmannianus K.Schum.
Nome popular esporão-de-galo
Sapotaceae Ebenaceae Fabaceae Myrtaceae Moraceae Moraceae Menispermaceae Malvaceae
Chrysophyllum gonocarpum Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Hyperbaena domingensis Luehea divaricata Mart.
Aguaí-da-serra
Tipo de fruto Maduro Madure e verde Maduro e verde
caquisinho timbauva batinga-vermelha figueira figueira Trepadeira açoita-cavalo
Maduro Maduro verde Maduro e verde Maduroe e verde verde Maduro e verde
Euphorbiaceae
Sebastiania brasiliensis
leteiro, mata-berne
Maduro
esporão-de-galo
Loganiaceae Arecaceae
Strychnos brasiliensis Syagrus romanzoffiana
jerivá
Maduro Maduro e verde
1.13. Coleta de material Foram coletadas um total de 12 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS.
Porto Alegre, 3 de julho de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências
28
Relatório parcial Nº 8-2012 (8-13 e 28-31 de julho) Parque Estadual de Itapuã 3 de agosto de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Praia da Onça 1.1. Acompanhamentos Durante este mês se registrar o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em total os bugios usaram 13 espécies de plantas: 9 árvores, 3 lianas e 1 palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios de Praia da Onça durante julho de 2012. Família Sapindaceae
F.V. Árvore
Item1 Fw
Liana
FL,fl
caquisinho
Árvore
F,FL
Espécie Allophylus edulis
Nome popular Chal-chal
Amphilophium crucigerum (L.)
pente-de-macaco
Bignoniaceae
L.G.Lohmann
Ebenaceae
Diospyros inconstans
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
figueira
Árvore
fl,f,F
Moraceae
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.
figueira
Árvore
fl,f,F
Nyctaginaceae
Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Maria-molle
Árvore
FL,fw
Sapindaceae
Matayba elaeagnoides Radlk.
camboatá-branco
Árvore
FL
Compositae
Mikania glomerata Spreng.
guaco-liso
Liana
fl
Lauraceae
Ocotea porosa
canela
Árvore
FL
Nyctaginaceae
Pisonia aculeata L.
esporão-de-galo
Liana
F,FL,fl
Euphorbiaceae
Sebastiania serrata
branquilho
Árvore
FL
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
jerivá
Palma
F,f
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Mamica-de- cadela
Árvore
FL
29
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
1.14.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante os dias 11 e 12 de junho foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 86 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 60% das 25 espécies amostradas tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de julho 2012 na praia da Onça. Família
Espécie
Nome popular Aguaí-da-serra
Tipo de fruto Maduro e verde
Sapotaceae Ebenaceae Myrtaceae Moraceae Moraceae Menispermaceae Malvaceae
Chrysophyllum gonocarpum Diospyros inconstans Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Hyperbaena domingensis Luehea divaricata Mart.
caquisinho batinga-vermelha figueira figueira Trepadeira açoita-cavalo
Maduro verde Maduro e verde Maduroe e verde verde Maduro e verde
Cactaceae Rubiaceae Arecaceae
Rhipsalis teres (Vell.) Steud. Psychotria carthagenensis Syagrus romanzoffiana
Cactus macarrao Café-do-mato jerivá
Maduro Maudro Maduro e verde
1.15. Levantamentos de plantas Como parte das atividades do projeto Projeto Nº 372-SEMA (Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat) foi realizado o primeiro levantamento de plantas na área de vida do grupo de bugios-ruivos da praia da Onça. Neste levantamento participaram um total de seis pessoas vinculadas com a PUCRS (graduados e estudantes). Depois de quatro dias de trabalho de campo se amostraram um total de 1322 plantas correspondentes a 90-120 espécies de plantas (incluindo trepadeiras) dentro de 7500 m2 amostrados. No entanto, o numero total de espécies na área provavelmente é maior, pois o levantamento foi feito exclusivamente dentro da área de vida do grupo de estudo. 1.16. Coleta de material Foram coletadas um total de 28 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no
30
projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Similarmente, durante os levantamentos de plantas foram coletados três ramas das seguintes 13 espécies:
Família Annonaceae Salicaceae
Espécie Annona c.f. sylvatica Banara parviflora
Sapotaceae Boraginaceae Bignoniaceae
Chrysophyllum gonocarpum Cordia americana Cybistax antisyphilitica
Ebenaceae Myrtaceae Myrtaceae Sapindaceae Myrtaceae Lauraceae Lauraceae Rosaceae
Diospyros inconstans Eugenia sp1 Eugenia sp2 Matayba elaeagnoides Myrcianthes pungens Ocotea sp1 Ocotea sp2 Prunus sp1
Nome popular Farinha-seca Aguaí-da-serra guajuvira caquisinho
camboatá-branco canela canela
Porto Alegre, 3 de agosto de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
31
Anexo Fotos do time de trabalho durante os levantamentos de plantas na praia da Onça
32
Relatório parcial Nº 9-2012 (7-12 de agosto) Parque Estadual de Itapuã 30 de agosto de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista 1.1. Acompanhamentos Durante este mês se registrar o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em total os bugios usaram 14 espécies de plantas: 11 árvores, 2 lianas e 1 palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios de Morro do Campista durante agosto de 2012. Família Sapindaceae
Espécie Allophylus edulis
F.V. Árvore
Item1 Fw
Liana
FL,fl
aracutim
Árvore
FL
farinha-seca
Árvore
FL
matapau
Árvore
f
caquisinho
Árvore
F,FL
figueira
Árvore
fl,f,F
Trepadeira
ML
Maria-molle
Árvore
FL,fw
canela
Árvore
FL
branquilho
Árvore
FL
jerivá
Palma
F,f
Ipê-amarelo
Árvore
FL
Mamica-de- cadela
Árvore
FL
Nome popular Chal-chal pente-de-macaco
Bignoniaceae
Amphilophium crucigerum
Annonacae
Annona sylvatica
Salicaceae
Banara parviflora (A. Gray) Benth.
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
Ebenaceae
Diospyros inconstans
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
Apocynacae
Forsteronia leptocarpa
Nyctaginaceae
Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Lauraceae
Ocotea porosa
Euphorbiaceae
Sebastiania serrata
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
Bignonaceae
Tabebuia alba
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
33
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
1.17.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante os dias 11 e 12 de junho foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 75 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 43% das 25 espécies amostradas tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de agosto 2012 no Morro do Campista. Família
Espécie
Sapotaceae Ebenaceae Myrtaceae Moraceae Moraceae Menispermaceae Malvaceae
Chrysophyllum gonocarpum Diospyros inconstans Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Hyperbaena domingensis Luehea divaricata Mart.
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
1.18.
Nome popular Aguaí-da-serra
Tipo de fruto Maduro e verde
caquisinho batinga-vermelha figueira figueira Trepadeira açoita-cavalo
Maduro verde Maduro e verde Maduroe e verde Maduro Maduro
jerivá
Maduro e verde
Coleta de material Foram coletadas um total de 36 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo
de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Até agora foram analizadas 18 amostras e foram encontradas as seguintes 5 espécies: Família Arecaceae
Espécie Syagrus romanzoffiana
Sapotaceae Ebenaceae Moraceae
Chrysophyllum gonocarpum Diospyros inconstans Ficus cestrifolia Schott
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
Nome popular jerivá Aguaí-da-serra caquisinho figueira matapau
34
Porto Alegre, 30 de agosto de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
35
Relatório parcial Nº 10-2012 (6-12 de setembro) Parque Estadual de Itapuã 03 de outubro de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Praia da Onça 1.1. Acompanhamentos Durante este mês se registrar o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em total os bugios usaram 16 espécies de plantas: 11 árvores, 3 lianas e 1 palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios da Praia da Onça durante agosto de 2012. Família Sapindaceae
Espécie Allophylus edulis
F.V. Árvore
Item1 fl
Liana
FL,fl
farinha-seca
Árvore
fl
Nome popular Chal-chal pente-de-macaco
Bignoniaceae
Amphilophium crucigerum
Salicaceae
Banara parviflora (A. Gray) Benth.
Cannabaceae
Celtis iguanaea
esporão-de-galo
Liana
fl
Apotaceae
Chrysophylum marginatum
Aguaí-da-serra
Árvore
f
Boraginaceae
Cordia americana
guajuvira
Árvore
fl
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
matapau
Árvore
fl,f
Ebenaceae
Diospyros inconstans
caquisinho
Árvore
F,FL
Fabaceae
Enterolobium contortisiliquum
timbaúva
Árvore
brotos
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
figueira
Árvore
fl,f
Apocynacae
Forsteronia leptocarpa
Trepadeira
fl
Nyctaginaceae
Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Maria-molle
Árvore
fl,fw
Euphorbiaceae
Sebastiania serrata
branquilho
Árvore
FL
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
jerivá
Palma
F,f
36
Rutaceae
Zanthoxylum fagara
Mamica-de- cadela
Árvore
f
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Mamica-de- cadela
Árvore
FL
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
1.19.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante os dias 6 e 7de setembro foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 84 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 56 % das 25 espécies amostradas tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de agosto 2012 na Praia da Onça. Família Sapindaceae
Espécie Allophylus edulis
Sapotaceae Boraginaceae
Chrysophyllum gonocarpum Cordia americana
Myrtaceae Moraceae Moraceae Nyctaginaceae
Eugenia rostrifolia D.Legrand Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Malvaceae Arecaceae Rutaceae
1.20.
Nome popular Chal-chal
Tipo de fruto verde
Aguaí-da-serra
Maduro
guajuvira batinga-vermelha figueira figueira Maria-molle
verde verde Maduro e verde Maduro verde
Luehea divaricata Mart.
açoita-cavalo
Maduro
Syagrus romanzoffiana Zanthoxylum rhoifolium
jerivá Mamica-de- cadela
Maduro e verde verde
Coleta de material Foram coletadas um total de 32 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo
de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Até agora foram analizadas 21 amostras e foram encontradas as seguintes 4 espécies: Família Arecaceae
Espécie Syagrus romanzoffiana
Nome popular
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott
jerivá figueira
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
matapau
37
Rutaceae
Zanthoxylum fagara
Mamica-de- cadela
Porto Alegre, 03 de setembro de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
38
Relatório parcial Nº 11-2012 (6-11 de outubro) Parque Estadual de Itapuã 05 de novembro de 2012 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. Seguem abaixo as atividades realizadas durante este período, enfocadas no grupo do Morro do Campista: 1.1. Acompanhamentos Durante este mês foi registrado o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Os bugios utilizaram, no total, 15 espécies de plantas: 12 árvores, 2 lianas e 1 palma (Tabela 1). As espécies mais consumidas neste mês foram S. romanzoffiana e C. americana.
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios do Morro do Campista durante outubro de 2012. Família Sapindaceae
Espécie Allophylus edulis
Nome popular Chal-chal
F.V. Árvore
Item1 fl
Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum
Aguaí-da-serra
Árvore
F
Sapotaceae
Chrysophylum marginatum
Aguaí-da-serra
Árvore
f
Boraginaceae
Cordia americana
Guajuvira
Árvore
fl
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
Mata-pau
Árvore
fl,f
Fabaceae
Dalbergia frutescens
Rabo-de-bugio
Tepadeira
fl
Myrtaceae
Eugenia rostrifolia
Batingá
Árvore
F
Moraceae
Ficus cestrifolhaSchott
Figueira
Árvore
fl,f
Nyctaginaceae
Guaripa opposita (Vell.) Reitz
Maria-molle
Árvore
fl
Malvaceae
Luehea divaricata
Açoita-cavalo
Árvore
fl
Fabaceae
Machaerium stipitatum
Farinha-seca
Árvore
fl
Nyctaginaceae
Nyctaginaceae Msp1
Trepadeira
fl
Moraceae
Sorocea bonplandii
Árvore
F,f
Cincho
39
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
Bigononiaceae
Tabebuia sp.
1
Jerivá
Palma
F,f
Ipê-amarelho
Árvore
fl
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folha madura, fl=folha nova.
1.21.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante o dia 7 de outubro foram amostradas 2-6 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 92 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 52 % das 25 espécies amostradas tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de outubro 2012 no Morro do Campista. Família Sapindaceae
Espécie Allophylus edulis
Myrtaceae
Campomanesia xanthocarpa
Sapotaceae Boraginaceae
Chrysophyllum gonocarpum Cordia americana
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
Sapindaceae Myrtaceae Moraceae Primulaceae Lauraceae Cactaceae Euphorbiaceae Arecaceae
Cupania vernalis Eugenia rostrifolhaD.Legrand Ficus cestrifolhaSchott Myrsine glomerata Nectandra megapotamica Rhipsalis teres. Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana
1.22.
Nome popular Chal-chal
Tipo de fruto Maduro, verde
Guabiroba
Verde
Aguaí-da-serra
Maduro
Guajuvira Matapau Camboatá-amarelho Batinga-vermelha Figueira Capororoca Canela-amarelha Branquilho Jerivá
Verde Maduro, verde Maduro,verde Maduro, verde Maduro, verde Maduro Maduro Maduro Maduro, verde Maduro, verde
Coleta de material Foram coletadas no total 28 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de
sementes e/ou realizar as análises de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que serão feitos no laboratório da PUCRS. Até agora foram analisadas 12 amostras e foram encontradas as seguintes 6 espécies:
40
Família
Espécie
Sapotaceae Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum Chrysophylum marginatum
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
Myrtaceae Moraceae
Eugenia rostrifolhaD.Legrand Ficus cestrifolhaSchott
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
Nome popular Aguaí-da-serra Aguaí-da-serra matapau batinga-vermelha figueira jerivá
Porto Alegre, 05 novembro de 2012.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
41
Relatório parcial Nº 12-2012 (3-10 de dezembro) Parque Estadual de Itapuã 03 de janeiro de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. Seguem abaixo as atividades realizadas durante este período, enfocadas no grupo do Morro do Campista 1.1. Acompanhamentos Durante este mês foi registrado o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em contraste com os acompanhamentos anteriores, nesta campanha os bugios utilizaram solamenete 7 espécies de plantas: 4 árvores, 2 lianas, e 1 palma (Tabela 1), e as espécies mais consumidas foram Lonchocarpus sp. e Ficus cestrifolia.
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios do Morro do Campista durante dezembro de 2012. Nome popular pente-de-macaco
F.V. Liana
Item1 fl
Ficus cestrifolia
figueira
Árvore
fl,f
Nyctaginaceae
Guaripa opposita
maria-molle
Árvore
fl
Anacardiaceae
Lithraea brasiliensis
Arroeira-brava
Árvore
F
Fabaceae
Lonchocarpus sp.
Árvore
fl
Nyctaginaceae
Pisonia aculeata
espora-de-galo
Liana
fl
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
jerivá
Palma
Fw
Família Bignoniaceae
Espécie Amphilophium crucigerum
Moraceae
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folha madura, fl=folha nova.
1.23.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante o dia 11 de novembro foram amostradas 2-6 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 92 plantas utilizando a
42
metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 47 % das 25 espécies amostradas tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de dezembro de 2012 no Morro do Campista. Família
Espécie
Nome popular
Tipo de fruto
araticum guajuvira
verde
Cordia americana
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
matapau
Sapindaceae Ebenaceae Moraceae Clusiaceae
Cupania vernalis Diospyros inconstans Ficus cestrifolha Garcinia gardneriana
camboatá-amarelho caquisinho-do-mato figueira bacuparí
Annonaceae
Annona cacans
Boraginaceae
Myrtaceae Primulaceae Euphorbiaceae Arecaceae
Myrcianthes pungens Myrsine glomerata Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium
maduro maduro, verde maduro verde maduro, verde
guabiju
verde maduro
capororoca branquilho jerivá
maduro, verd maduro, verde verde
mamica-de-cadela
verde
1.24. Levantamentos de plantas consumidas pelos bugios Como parte das atividades do projeto Projeto Nº 372-SEMA, foi realizado o segundo e último levantamento de plantas na área de vida do grupo de bugios-ruivos do Morro do Campista.
Neste levantamento participaram um total de cinco pessoas vinculadas com a PUCRS (graduados e estudantes). Depois de três dias de trabalho de campo se amostraram um total de 1291 plantas representando aproximadamente 105 espécies (incluindo trepadeiras) dentro de 7500 m2 amostrados. No entanto, o numero total de espécies na área provavelmente é maior, pois o levantamento foi feito exclusivamente dentro da área de vida do grupo de estudo. Em comparação com a praia da Onça, neste sitio existe uma grande abundancia de árvores adultos de batinga-vermelha (Eugenia rostrifolia) e carvalho brasileiro (Roupala brasiliensis). No entanto, algumas espécies comunes na Praia da Onça, como a timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) não foram observadas na área amostrada. A lista completa das espécies ainda esta em processo de digitalização. 1.25.
Coleta de material 43
Foram coletadas no total 14 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar as análises de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que serão feitos no laboratório da PUCRS. Similarmente, durante os levantamentos de plantas foram coletados três ramas das seguintes 9 espécies de plantas: Família Bignoniaceae Bignoniaceae Myrtaceae Myrtaceae Lauraceae Sapindaceae Sapindaceae Lauraceae Rosaceae
Espécie Amphilophium sp. Anemopaegma sp. Eugenia Msp 51 Eugenia rostrifolia Lonchocarpus sp. Matayba elaeagnoides Matayba sp. Ocotea sp. Sebastiania sp.
Nome popular
batinga-vermelha canela camboatá-branco canela
Porto Alegre, 3 de janeiro de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742 Fax: (55) (51) 3320.3568
44
Relatórios de atividades de pesquisa 2013
45
Relatório parcial Nº 01-2013 (06-12 de janeiro de 2013) Parque Estadual de Itapuã 04 de fevereiro de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. Seguem abaixo as atividades realizadas durante este período, enfocadas no grupo do Morro do Campista 1.1. Acompanhamentos Durante este mês foi registrado o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em contraste com os acompanhamentos anteriores, nesta campanha os bugios utilizaram 12 espécies de plantas: 8 árvores, 2 lianas, 1 trepadeira, e 1 palma (Tabela 1). As espécies mais consumidas foram Ficus cestrifolia, Banara parviflora, e Myrcianthes pungens.
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios do Morro do Campista durante janeiro de 2013. Nome popular pente-de-macaco
F.V. Liana
Item1 fl
araticum
Árvore
fl
farinha-seca
Árvore
F
esporão-de-galo
Liana
fl,FL
guajuvira
Árvore
fl
Trepadeira
Fw
maria-vermelha
Árvore
fl,F
Ficus cestrifolia
figueira
Árvore
fl,f
Clusiaceae
Garcinia gardneriana
bacoparí
Árvore
F
Nyctaginaceae
Guaripa opposita
maria-molle
Árvore
fl
Myrtaceae
Myrcianthes pungens
Árvore
F
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
Palma
Fw
Família Bignoniaceae
Espécie Amphilophium crucigerum
Annonaceaee
Annona cacans
Salicaceae
Bamara parviflora
Canabaceae
Celtis iguanea
Boraginaceae
Cordia americana
Fabaceae
Dioclea violaceae
Ebenaceae
Diospyros inconstans
Moraceae
1
jerivá
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folha madura, fl=folha nova.
46
1.26.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante o dia 7 de janeiro foram amostradas 2-6 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 88 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 17 das 25 espécies amostradas (68%) tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2).
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de janeiro de 2013 no Morro do Campista. Família
Espécie
Nome popular
Tipo de fruto verde
Annonaceae
Annona cacans
Salicaceae
Banara parviflora
araticum farinha-seca
Boraginaceae
Cordia eucaliculata
maria-preta
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
matapau
Sapindaceae Ebenaceae Moraceae Clusiaceae
Cupania vernalis Diospyros inconstans Ficus cestrifolha Garcinia gardneriana
camboatá-amarelho caquisinho-do-mato figueira bacuparí
Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Moraceae Euphorbiaceae Arecaceae
Myrcianthes pungens Eugenia involucrata Eugenia rostrifolia Maclura tinctoria Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana
Meliaceae
verde,maduro verde, maduro verde maduro maduro, verde maduro, verde
guabiju
maduro maduro
cereceira-do-mato batinga-vermelha tajuva branquilho jerivá
maduro, verde verde verde,maduro maduro, verde verde
Trichilia claussenii
catiguá vermelho
verde,maduro
Lamiaceae
Vitex megapotamica
tarumã
verde,maduro
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium
mamica-de-cadela
verde,maduro
1.27. Coleta de material Foram coletadas no total 22 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar as análises de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que serão feitos no laboratório da PUCRS.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
47
Relatório parcial Nº 02-2013 (08-13 de fevereiro de 2013) Parque Estadual de Itapuã 04 de março de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. Seguem abaixo as atividades realizadas durante este período, enfocadas na Praia da Onça 1.1. Acompanhamentos Durante este mês foi registrado o consumo das espécies de plantas e itens vegetais indicados na Tabela 1. Em contraste com os acompanhamentos anteriores, nesta campanha os bugios utilizaram 9 espécies de plantas: 5 árvores, 2 lianas, 1 trepadeira, e 1 palma (Tabela 1). As dois espécies mais consumidas foram Coussapoa microcarpa e Cuspidaria convoluta.
Tabela 1. Lista das espécies consumidas pelos bugios da Praia da Onça durante fevereiro de 2013. Família Annonaceae
Espécie Annona cacans
Nome popular aracutim
F.V. Árvore
Item1 F
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
Mata-pau
Árvore
F,f
Bignoniaceae
Cuspidaria convoluta
Liana
FL, fl
Fabaceae
Dioclea violaceae
estojo-de-luneta
Trepadeira
Fw
Moraceae
Ficus cestrifolia
figueira
Árvore
fl,f
Sapindaceae
Matayba elaeagnoides
camboatá-branco
Árvore
FL,fl
Lauraceae
Ocotea porosa
imbuia
Árvore
FL
Nyctaginaceae
Pisonia aculeata
espora-de-galo
Liana
FL
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
jerivá
Palma
Fw
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folha madura, fl=folha nova.
48
1.28.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
Durante o dia 7 de janeiro foram amostradas 2-6 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 80 plantas utilizando a metodologia semi-quantitativa descrita por Fournier (1974). Aproximadamente 17 das 25 espécies amostradas (52%) tinham frutos (maduros e/ou verdes, Tabela 2). Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de janeiro de 2013 na Praia da Onça. Família
Espécie
Nome popular
Tipo de fruto
araticum farinha-seca
Maduro, verde
Annonaceae
Annona cacans
Salicaceae
Banara parviflora
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
matapau
Sapindaceae Ebenaceae Moraceae Myrtaceae Moraceae Euphorbiaceae Arecaceae
Cupania vernalis Diospyros inconstans Ficus cestrifolha Eugenia rostrifolia Maclura tinctoria Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana
camboatá-amarelho caquisinho-do-mato figueira batinga-vermelha tajuva branquilho jerivá
Maduro, verde maduro maduro, verde maduro, verde verde verde,maduro maduro verde
Meliaceae
Trichilia claussenii
catiguá vermelho
maduro
Lamiaceae
Vitex megapotamica
tarumã
maduro
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium
mamica-de-cadela
maduro
maduro
1.29. Coleta de material Foram coletadas no total 18 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar as análises de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que serão feitos no laboratório da PUCRS. Porto Alegre, 4 de março de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 Prédio 12A Porto Alegre, RS 90619-900 Brasil Fone: (55) (51) 3353.4742
49
Relatório parcial Nº 3-2013 (8-14 março) Parque Estadual de Itapuã 5 de abril de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Esses acompanhamentos dos bugios deste grupo foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos. Também foi observado o padrão de defecação, o seja, sem os animais defecam de forma isolada ao longo de sua área de vida ou de forma simultânea dentro das latrinas produzindo grandes conglomerados de fezes. Em geral, o padrão de defecação predominante foi agregado (69% de 26 fezes).
1.30.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
O dia 9 de fevereiro foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 82 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974). Em geral, seis espécies tiveram frutos maduros para esta data: Ficus cestrifolia, Inga striata, Myrcianthes pungens, Cordia ecalyculata, Trichilia claussenii, e Annona cacans e quatro espécies tiveram frutos verdes: Syagrus romanzoffiana, Coussapoa microcarpa, Diospyros inconstans., Erythroxylum argentinum. As outras espécies apenas tinha folhas e/ou flores.. 1.31. Coleta de material 50
Foram coletadas um total de 26 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 15 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm. 2. Resultados preliminares Durante esta campanha de campo o grupo de Morro do Campista se alimentar de um total de 11 espécies de plantas (incluindo lianas e trepadeiras, Tabela 1). No entanto, ca. 53% dos registros de alimentação foram enfocados na espécie Myrcianthes pungens (guabiju). Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo de Morro do Campista durante o mês de março de 2013. Família Cannabaceae Bignoniaceae Moraceae Moraceae Nyctaginaceae Leguminosae Fabaceae Euphorbiaceae Arecaceae Bignoniaceae
Celtis sp. Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann Ficus cestrifolia Schott Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Guapira opposita (Vell.) Reitz Machaerium sp. Inga striata Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana Cereus sp
Anacardiacea
Trichilia claussenii
1
Espécie
Forma de vida Item1 Liana FL, fl Trepadeira FL,fl Árvore fl,f,F Árvore fl,FL Árvore fl Árvore FL,fl Árvore F Árvore Fl,Fw Palma Fw Cactus F Árvore
F
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova. Porto Alegre, 5 de abril de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
51
Relatório parcial Nº 4-2013 (8-14 abril) Parque Estadual de Itapuã Maio de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da Praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Esses acompanhamentos dos bugios deste grupo foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais).
1.32.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
O dia 10 de abril foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 80 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
1.3. Coleta de material Foram coletadas um total de 15 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 12 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm.
52
2. Resultados preliminares 2.1. Dieta Nesta campanha os bugios se alimentar de um total de 8 espécies de plantas (3 trepadeiras e 5 árvores, Tabela 1). No entanto, 65% dos registros de alimentação foram enfocados na espécie em Ficus cestrifolia (figueira), confirmando a importancia das figueiras na alimentaçao dos primatas neotropicales e em particular do genero Alouatta.
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo da Praia da Onça durante o mês de abril de 2013. Família Bignoniaceae Bignoniaceae Fabaceae Moraceae Compositae Lauraceae Anacardiacea Rutaceae 1
Espécie Cuspidaria sp Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann Enterolobium contortisiliquum Ficus cestrifolia Schott Mikania glomerata Ocotea porosa Trichilia claussenii Zanthoxylum rhoifolium
Forma de vida Trepadeira Trepadeira Árvore Árvore Trepadeira Árvore Árvore Árvore
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
2.2. Fenologia reproductiva Em geral, oito espécies tiveram frutos maduros para esta data: Ficus cestrifolia, Annona cacans, Inga striata, Diospyros inconstans, Cordia eucalyculata, Hyperbaena dominguensis, Syagrus romanzoffiana, e Trichilia claussenii. As outras espécies apenas tinha folhas e/ou flores.
Porto Alegre, 30 de abril de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
53
Item1 FL FL,fl FL,fl fl,f,F FL,fl FL F FL
Relatório parcial Nº 5-2013 (6-13 maio) Parque Estadual de Itapuã 01 de junho de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo do Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Esses acompanhamentos dos bugios deste grupo foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos. 1.2. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 7 de maio foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 74 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974). Em geral, seis espécies tiveram frutos para esta data: Ficus cestrifolia, Enterolobium contortisiliquum, Cordia ecalyculata, Eugenia rostrifolia, Diospyros inconstans, Garcinia gardneriana e Syagrus romanzoffiana. As outras espécies apenas tinha folhas e/ou flores.. 1.3.Coleta de material Foram coletadas um total de 32 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS.
2. Resultados preliminares Durante esta campanha de campo o grupo de Morro do Campista se alimentar de um total de 10 espécies de plantas (incluindo lianas e trepadeiras, Tabela 1).
54
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo de Morro do Campista no mês de maio de 2013. 1 Família Espécie Forma de Item vida Fabaceae Bignoniaceae
Canavalia bonariensis Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann Fabaceae Enterolobium contortisiliquum Moraceae Ficus cestrifolia Schott Moraceae Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. Clusiacaea Garcinia gardneriana Asteraceae Mikania involucrata Nyctaginaceae Pisonia aculeata Euphorbiaceae Sebastiania serrata Arecaceae Syagrus romanzoffiana
Trepadeira Trepadeira
FL,Fw FL,fl
Árvore Árvore Árvore Árvore Trepadeira Liana Árvore Palma
FL fl,f,F fl,FL FL FL Fl,Fw Fw
1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova. Porto Alegre, 01 de junho de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
55
Relatório parcial Nº 6-2013 (8-13 de junho) Parque Estadual de Itapuã 01 de julho de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. Principais atividades realizadas As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da Praia da Onça, e foram as seguentes: 1.1. Acompanhamentos sistemático: Como se indica nos anteriores relatórios, os acompanhamentos dos bugios foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos. 1.2. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 8 de junho foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 92 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974). 1.3.Coleta de material Foram coletadas um total de 22 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS.
2. Resultados preliminares 2.1. Dieta Durante esta campanha de campo o grupo da Praia da Onça se alimentar de um total de 19 espécies de plantas (incluindo lianas e trepadeiras, Tabela 1). A timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) e a canela preta (Ocotea porosa) foram as espécies mais consumidas durante o periódo de estudo.
56
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo da Praia da Onça no mês de junho de 2013. 1 Família Espécie Forma de Item vida Annonaceae Annona sylvatica Árvore F Aristolochiaceae Aristolochia triangularis Trepadeira FL Salicaceae Banara parviflora Árvore FL Cannabaceae Celtis iguanaea Liana FL Bignoniaceae Cuspidaria involucrata Trepadeira FL Araliaceae Dendropanax cunneatus Árvore Fw Fabaceae Dioclea violacea Trepadeira FL Ebenaceae Diospyros inconstans Árvore FL Fabaceae Enterolobium contortisiliquum Árvore FL Moraceae Ficus cestrifolia Schott Árvore fl,f,F Moraceae Ficus luschnathiana (Miq.) Árvore fl,FL Miq. Nyctaginaceae Guaripa opposita Árvore Fw Asteraceae Mikania glomerata Trepadeira FL Lauraceae Ocotea porosa Árvore FL Passifloraceae Passiflora elegans Liana FL Sapotaceae Chrysophylum marginatum Árvore FL Sapotaceae Sideroxylon obtusifolium Árvore FL Arecaceae Syagrus romanzoffiana Palma Fw Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Árvore 1
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
2.2. Fenología Somente 10 das 25 espécies amostradas tinhan frutos nesta data. As outras espécies somente folhas e/ou botao floral.
57
Tabela 2. Plantas que tinhan frutos durante o mês de junho de 2013 na Praia da Onça Família Espécie Forma de Tipo de vida fruto Annonaceae Annona sylvatica Árvore Maduro Sapotaceae Chrysophylum Árvore Verde marginatum Bignoniaceae Cuspidaria involucrata Trepadeira Verde Ebenaceae Diospyros inconstans Árvore Maduro Fabaceae Enterolobium Árvore Maduro contortisiliquum Moraceae Ficus cestrifolia Árvore Verde Primulaceae Myrsine guianensis Árvore Verde, maduro Rubiaceae Psychotria carthagenensis Arvoreta Maduro, verde Arecaceae Syagrus romanzoffiana Palma Verde, maduro Rutaceae Zanthoxylum fagara Árvore Verde, maduro
Porto Alegre, 01 de julho de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
58
Relatório parcial Nº 7-2013 (8-14 julho) Parque Estadual de Itapuã 09 de julho de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da Praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Esses acompanhamentos dos bugios deste grupo foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais).
1.33.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
O dia 10 de abril foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 80 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
1.3. Coleta de material Foram coletadas um total de 15 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 12 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm.
59
2. Resultados preliminares 2.1. Dieta Nesta campanha os bugios se alimentar de um total de 8 espécies de plantas (3 trepadeiras e 5 árvores, Tabela 1). No entanto, 65% dos registros de alimentação foram enfocados na espécie em Ficus cestrifolia (figueira), confirmando a importancia das figueiras na alimentaçao dos primatas neotropicales e em particular do genero Alouatta.
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo da Praia da Onça durante o mês de abril de 2013. Família Bignoniaceae Bignoniaceae Fabaceae Moraceae Compositae Lauraceae Anacardiacea Rutaceae 1
Espécie Cuspidaria sp Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann Enterolobium contortisiliquum Ficus cestrifolia Schott Mikania glomerata Ocotea porosa Trichilia claussenii Zanthoxylum rhoifolium
Forma de vida Trepadeira Trepadeira Árvore Árvore Trepadeira Árvore Árvore Árvore
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
2.2. Fenologia reproductiva Em geral, oito espécies tiveram frutos maduros para esta data: Ficus cestrifolia, Annona cacans, Inga striata, Diospyros inconstans, Cordia eucalyculata, Hyperbaena dominguensis, Syagrus romanzoffiana, e Trichilia claussenii. As outras espécies apenas tinha folhas e/ou flores.
Porto Alegre, 30 de abril de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
60
Item1 FL FL,fl FL,fl fl,f,F FL,fl FL F FL
Relatório parcial Nº 8-2013 (17-22 agosto) Parque Estadual de Itapuã 04 de setembro de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. Principais atividades realizadas As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo do Morro do Campista, e foram as seguentes: 1.1. Acompanhamentos sistemático: Como se indica nos anteriores relatórios, os acompanhamentos dos bugios foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos.
1.2. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 17 de agosto foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 88 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974). 1.3. Coleta de material Nesta campanha coletadas um total de 32 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 12 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm. 61
2. Resultados preliminares 2.1. Dieta Nesta campanha os bugios se alimentar de um total de 12 espécies de plantas (3, 1 palma e 8 árvores, Tabela 1). Em geral, 48 % dos registros de alimentação foram enfocados nas flores e botao floral da espécie Guapira opposita (maria-mole).
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo do Morro do Campista durante o mês de agosto de 2013.
1
Forma de vida
Espécie
Família
Chrysophyllum marginatum Coussapoa microcarpa Cuspidaria convoluta Guaripa opposita Guaripa opposita Inga striata Mikania glomerata Ocotea porosa Sebastiania serrata Strychnos brasiliensis Syagrus romanzoffiana Zanthoxylum rhoifolium
Sapotaceae Urticaceae Bignoniaceae Nyctaginaceae Nyctaginaceae Leguminosae Compositae Lauraceae Euphorbiaceae Loganiaceae Arecaceae Rutaceae
Arvore Arvore Trepadeira Arvore Arvore Arvore Trepadeira Arvore Arvore Trepadeira Palma Arvore
Item1 f f,Fw FL Fw Fw Fw Fw,fl FL fl FL f fl
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
2.2. Fenologia reproductiva Em total 5 espécies tiveram frutos maduros e outras 7 tiveram flores nesta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinha folhas maduras e/ou novas.
Tabela 2. Espécies de plantas que teve frutos durante o mês de agosto de 2013 no grupo do Morro do Campista. Família Sapindaceae Sapindaceae Ebenaceae Moraceae
Espécie Allophylus edulis Cupania vernalis Diospyros inconstans Ficus cestrifolia
Nome popular chal-chal camboata-amarelho caquisinho-de-mato figueira
Item Fw Fw F f 62
Nyctaginaceae Fabaceae Asteraceae Primulaceae Euphorbiaceae Moraceae Arecaceae Rutaceae
Guaripa opposita Inga striata Mikania glomerata Myrsine glomerata Sebastiania serrata Sorocea bonplandii Syagrus romanzoffiana Zanthoxylum fagara
maria-mole inga guaco-liso capororoca branquilho cincho jerivá cuentrilho
fw fw Fw f,F F Fw f Fw
Porto Alegre, 04 de setembro de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
63
Relatório parcial Nº 9-2013 (11-15 setembro) Parque Estadual de Itapuã 11 de outubro de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizar o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos
1.34.
Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos
O dia 11 de setembro foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 88 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
1.35. Coleta de material Foram coletadas um total de 18 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 8 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm.
64
2. Resultados preliminares
2.1. Em geral, 14 espécies tiveram flores e ou frut. para esta data (Tabela 1) As outras espécies apenas tinha folhas e/ou flores.
Tabela 1. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos do Morro do Campista durante o mês de setembro.
Espécie Allophylus edulis Banara parviflora
Família Sapindaceae Salicaceae
Nome popular chal-chal farinha seca
Item fw,f IL
Coussapoa microcarpa
Urticaceae
f,fw
Cupania vernalis
Sapindaceae
Diospyros inconstans Erythroxylum argentinum Eugenia rostifolia Ficus cestrifolia Guaripa opposita Mikania glomerata Myrsine glomerata Ocotea porosa Syagrus romanzoffiana Xylosma sp.
Ebenaceae
mata-pau camboataamarelho caquisinho-demato
Erythroxylaceae Myrtaceae Moraceae Nyctaginaceae Asteraceae Primulaceae Lauracea Arecaceae Salicaceae
cocão batinga-vermelha figueira maria-mole guaco-liso capororoca canela jerivá sucará
fw F f fw fw F f F,f fw
f F
2.2.Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo de Morro do Campista se alimentar de um total de 6 espécies de árvores e 1 espécies de palma (Tabela 2). No entanto, ca. 62% dos registros de alimentação foram enfocados no mata-pau (Coussapoa microcarpa)
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo de Morro do Campista durante o mês de setembro de 2013. Espécie Coussapoa microcarpa Guaripa opposita Syagrus romanzoffiana
Família
Forma de vida
Urticaceae Arvore Nyctaginaceae Arvore Arecaceae Palma
Item1 f,fw fw F,f 65
Eugenia rostifolia Ficus cestrifolia Banara parviflora Cordia americana 1
Myrtaceae Moraceae Salicaceae Boraginaceae
Árvore Árvore Árvore Árvore
F IL IL IL
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova. Porto Alegre, 11 de outubro de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
66
Relatório parcial Nº 10-2013 (16-20 outubro) Parque Estadual de Itapuã 10 de novembro de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da Praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Esses acompanhamentos dos bugios deste grupo foram feitos durante utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Além disso, também foi determinada a composiçao sexo-etárea.
2.3. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 16 de outubro foram amostradas 3-5 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 77 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
1.3. Coleta de material Foram coletadas um total de 15 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS. Além dessas fezes, também foram coletadas outras 12 fezes frescas para analisar o contendo de sementes. Para isso as fezes foram lavadas no alojamento utilizando peneiras com furos de 1 mm e 3 mm.
67
3. Resultados preliminares 2.1. Composição do grupo Nesta data o grupo da Praia da Onça estava formado por um total de 9 individuos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo:
Sexo macho
femea
idade adulto juvenile filhote adulta juvenile
total
No. de individuos 2 2 1 3 1 9
Não entanto, uma das fêmeas provavelmente esta prenha e talvez para dezembro deste ano vai parir, assim que o grupo se incrementara em um individuo.
2.2. Dieta Nesta campanha os bugios se alimentar de um total de 12 espécies de plantas (6 árvores, 3 trepadeiras, 2 lianas e 1 palma, Tabela 1). No entanto, 52% dos registros de alimentação foram enfocados na espécie Guapira opposita.
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo da Praia da Onça durante o mês de outubro de 2013.
Familia Sapindaceae Cannabaceae Bignoniaceae Leguminosae Moraceae Nyctaginaceae Bignoniaceae Apocynaceae Apocynaceae Nyctaginaceae Moraceae Arecaceae 1
Espécie Allophylus edulis Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Cuspidaria floribunda (DC.) A.H.Gentry Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Ficus cestrifolia Schott Guaripa opposita (Vell.) Reitz Handroanthus sp. Mandevilla sp. Orthosia scopiaria Pisonia aculeata L. Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger, Lanj. & de Boer Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
Nome popular Forma de vida Item chal-chal Árvore F esporão-de-galo, taleira Trepadeira L,l Liana L,l timbaúva Árvore l figueira Árvore F,f Maria-mole Árvore F ipê-da-serra Árvore l Trepadeira l Trepadeira l espora-de-galo Liana L,l cincho Árvore l jerivá Palma F,f
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova. 68
2.3. Fenologia reproductiva Em geral, dez espécies tiveram frutos maduros para esta data e dois tiveram flores (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas e/ou flores.
Tabela 2. Fenología reprodutiva das espécies consumidas pelo grupo da Praia da Onça durante o mês de outubro de 2013.
Espécie Allophylus edulis
Família Sapindaceae
Coussapoa microcarpa
Urticaceae
Cupania vernalis Diospyros inconstans Erythroxylum argentinum Ficus cestrifolia Guaripa opposita Mikania glomerata Myrsine glomerata Ocotea porosa Syagrus romanzoffiana Xylosma sp.
Nome popular chal-chal
mata-pau camboataSapindaceae amarelho caquisinho-deEbenaceae mato Erythroxylaceae cocão Moraceae figueira Nyctaginaceae maria-mole Asteraceae guaco-liso Primulaceae capororoca Lauracea canela Arecaceae jerivá sucará Salicaceae
Item F f F,f fw fw F,f F,f fw F F F,f F
Porto Alegre, 10 de outubro de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
69
Relatório parcial Nº 11-2013 (15-22 novembro) Parque Estadual de Itapuã 06 de dezembro de 2013 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo de Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizou o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação dos mesmos
3.2. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 16 de novembro foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 83 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
3.3.Coleta de material Foram coletadas um total de 22 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que ser feitos no laboratório da PUCRS.
70
4. Resultados preliminares
2.1. Composição do grupo
Nesta data o grupo o Morro do Campista estava formado por um total de 10 individuos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo: Sexo macho
femea total
idade adulto sub-adulto juvenile filhote adulta
No. de individuos 2 1 2 2 3 10
4.2. Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo de Morro do Campista se alimentar de um total de 6 espécies de árvores, uma trepadeira e uma palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies de plantas mais freqüentemente consumidas pelo grupo de Morro do Campista durante o mês de novembro de 2013.
Familia Myrtaceae Cannabaceae Urticaceae Moraceae Nyctaginaceae Leguminosae Moraceae Arecaceae 1
Espécie Campomanesia xanthocarpa Celtis iguanaea Coussapoa microcarpa Ficus cestrifolia Guaripa opposita Lonchocarpus nitidus Maclura tinctoria Syagrus romanzoffiana
Nome popular guabiroba esporão-de-galo, taleira Mata-pau figueira Maria-mole
jerivá
Forma de vida Árvore
Item
Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Palma
L,l f F,f F l l F,f
F
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde, FL folia madura, fl=folia nova.
71
2.3. Em geral, 13 espécies tiveram flores e ou frutos para esta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas e/ou flores. Tabela 2. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos do Morro do Campista durante o mês de setembro.
Espécie Banara parviflora
Família Salicaceae
Coussapoa microcarpa
Urticaceae
Cupania vernalis Diospyros inconstans Erythroxylum argentinum Eugenia rostifolia Ficus cestrifolia Guaripa opposita Mikania glomerata Myrsine glomerata Ocotea porosa Syagrus romanzoffiana 1
Nome popular farinha seca
mata-pau camboataSapindaceae amarelho caquisinho-deEbenaceae mato Erythroxylaceae cocão Myrtaceae batinga-vermelha Moraceae figueira Nyctaginaceae maria-mole Asteraceae guaco-liso Primulaceae capororoca Lauracea canela Arecaceae jerivá
Item1 fw f F fw f F f,F F F F F F,fw
Item consumido:Fw= flor, F=fruto maduro, f=fruto verde
Porto Alegre, 06 de dezembro de 2013.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
72
Relatório parcial Nº 12-2013 (12-17 de dezembro) Parque Estadual de Itapuã 02 de janeiro de 2014 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da Praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais). Em aqueles casos em que a atividade predominante foi alimentação, também se utilizarem o método de animal focal para ter uma descrição mais detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (e.g., frutos maduros e verdes, flores, e folhas novas e vejas), e a manipulação destes.
4.3. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 12 de dezembro foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 83 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
4.4.Coleta de material Foram coletadas um total de 32 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que iram ser feitos no laboratório da PUCRS.
73
5. Resultados preliminares 2.1. Composição do grupo Nesta data o grupo da Praia da Onça estava formado por um total de 9 individuos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo: Sexo macho
femea total
idade adulto juvenile filhote adulta
No. de individuos 2 3 1 3 9
No entanto, parece que pelo menos uma das fêmeas adultas esta prenha, assim que para 2014 é provável que o grupo aumentar em 1 individuo.
5.2. Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo da Praia da Onça se alimentar de um total de 11 espécies de plantas, incluindo oito espécies de árvores, dois trepadeiras, e uma palma (jerivá, Tabela 1). No entanto, a dieta esteve concentrada em somente dois espécies: Erythroxylum argentinum (37% dos registros de alimentação) e Sorocea bonplandii (24% dos registros de alimentação).
Tabela 1. Lista das espécies de plantas consumidas pelo grupo da Praia da Onça durante o mês de dezembro de 2013. Espécie Celtis iguanea cipó-da-tita Erythroxylum argentinum Ficus cestrifolia Ficus luschnathiana Guaripa opposita Handroanthus sp. Lithraea brasiliensis Myrciaria cuspidata Sorocea bonplandii Syagrus romanzoffiana 1
Família Cannabaceae Erythroxylaceae Moraceae Moraceae Nyctaginaceae Bignoniaceae Anacardiaceae Myrtaceae Moraceae Arecaceae
Nome popular espolao-degalo cipó-da-tita cocao figueira figueira maría-molle ipé arroeira-brava camboim cincho jerivá
Forma de vida
Item1
Trepadeira Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Palma
F,f F Fr fr,Fr F,f f,F fw Fr Fr Fr f,F
Item consumido: fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde, F= folia madura, f=folia nova.
74
5.3.Em geral, 13 espécies tiveram flores e ou frutos para esta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas e/ou flores.
Tabela 2. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos da Praia da Onça durante o mês de dezembro de 2013. Espécie
1
Família
Chrysophyllum marginatum Cordia americana Cordia ecalyculata Coussapoa microcarpa
Sapotaceae Boraginaceae Boraginaceae Urticaceae
Cupania vernalis
Sapindaceae
Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Erythroxylum argentinum Ficus cestrifolia Garcinia gardneriana Inga striata Lithraea brasiliensis Passiflora elegans Syagrus romanzoffiana
Ebenaceae Fabaceae Erythroxylaceae Moraceae Clusiaceae Fabaceae Anacardiaceae Passifloraceae Arecaceae
Nome popular guajuvira Maria-preta mata-pau camboataamarelho caquisinho-demato timbaúva
cocão figueira bacoparí ingá arroeira-brava maracujá jerivá
Item Fr Fr fw fr,Fr Fr fr fw Fr fr,Fr fw Fr Fr fr,Fr fr,Fr
Item consumido:fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde
Porto Alegre, 02 de janeiro de 2014.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
75
Relatórios de atividades de pesquisa 2014
76
Relatório parcial Nº 01-2014 (15-19 de janeiro) Parque Estadual de Itapuã 02 de fevereiro de 2014 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo do Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Assim como nas campanhas de campo anteriores, foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais).
5.4. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 15 de janeiro foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 78 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
5.5.Coleta de material Foram coletadas um total de 15 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que iram ser feitos no laboratório da PUCRS.
6. Resultados preliminares 2.1. Composição do grupo Nesta data o grupo do Morro do Campista estava formado por um total de 10 indivíduos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo:
77
Sexo macho
femea total
idade adulto sub-adulto juvenile filhote adulta
No. de individuos 2 1 2 2 3 10
6.2. Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo do Morro do Campista se alimentar de um total de 8 espécies de plantas, incluindo seis espécies de árvores e dois trepadeiras (Tabela 1). Em geral, a dieta esteve concentrada em dois espécies: Ficus cestrifolia (64% dos registros de alimentação) e Lithraea brasiliensis (20% dos registros de alimentação).
Tabela 1. Lista das espécies de plantas consumidas pelo grupo do Morro do Campista durante o mês de janeiro de 2014. Espécie Ficus cestrifolia Coussapoa microcarpa Guaripa opposita Handroanthus sp. Lithraea brasiliensis Handroanthus sp Forsteronia leptocarpa Msp. cuernos 1
Família Moraceae Urticaceae Nyctaginaceae Bignoniaceae Anacardiaceae Bignoniacae Apocinaceae
Nome popular figueira Mata-pau maría-molle ipé arroeira-brava ipé
Forma de vida Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Trepadeira Trepadeira
Item1 fr,Fr f f,F fw Fr fw F f
Item consumido: fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde, F= folia madura, f=folia nova.
6.3.Em geral, 13 espécies tiveram flores e ou frutos para esta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas.
78
Tabela 2. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos do Morro do Campista durante o mês de janeiro de 2014. Espécie
1
Família
Nome popular
Item
Annona sylvatica
Annonaceae
aracutim
fr
Chrysophyllum gonocarpum Banara parviflora Cordia ecalyculata Coussapoa microcarpa
Sapotaceae Salicaceae Boraginaceae Urticaceae
fr Fr,fr fr fw,fr,Fr
Cupania vernalis Eugenia rostrifolia Enterolobium contortisiliquum Ficus cestrifolia Ocotea porosa Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana Vitex megapotamica
Sapindaceae Myrtaceae Fabaceae Moraceae Lauraceae Euphorbiaceae Arecaceae Lamiaceae
aguaí-da-serra farinha-seca maria-preta mata-pau camboataamarelho batinga-vermelha timbaúva
figueira canela branquinho jerivá tarumã
Fr fw fr fr,Fr fw fw,fr fw,fr fr
Item consumido:fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde
Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2014.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
79
Relatório parcial Nº 02-2014 (14-19 de fevereiro) Parque Estadual de Itapuã Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Assim como nas campanhas de campo anteriores, foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e se registrar as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais).
6.4. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 14 de fevereiro foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 82 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
6.5.Coleta de material Foram coletadas um total de 14 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que iram ser feitos no laboratório da PUCRS.
7. Resultados preliminares
2.1. Composição do grupo Nesta data o grupo da praia da Onça estava formado por um total de 9 indivíduos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo:
80
Sexo macho
femea
idade adulto sub-adulto juvenile filhote adulta juvenile
Total
No. de individuos 2 0 3 0 3 1 9
7.2. Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo da praia da Onça se alimentar de um total de 13 espécies de plantas, incluindo 6 espécies de árvores e 4 trepadeiras, uma liana e dois palmas (butía e jerivá, Tabela 1). Em geral, a dieta esteve concentrada em dois espécies: Ficus cestrifolia (45% dos registros de alimentação) e Lithraea brasiliensis (29 % dos registros de alimentação). Interessantemente, nestas datas os bugios investiram aproximadamente 6% do tempo de atividade diária para tomar agua diretamente de algumas bromélias epífitas que são abundantes na mata sub-xerófita, como por exemplo Vriesea gigantea. Este consumo de algo pode se considerar alto já que normalmente oscila entre 0% e 1%. Provavelmente este fenómeno esteja relacionado com as elevadas temperaturas diurnas registradas em esses dias. No entanto, essa hipótese ainda deve ser testada analisando a nossa base de dados das variables climáticas e o comportamento dos bugios.
Tabela 1. Lista das espécies de plantas consumidas pelo grupo da praia da Onça durante o mês de fevereiro de 2014. Espécie
Família
Butia capitatta Celtis iguanea Chrysophyllum marginatum Cuspidaria floribunda Dioclea violaceae
Arecacae Cannabaceae Sapotaceae Fabaceae Fabaceae
Diospyros inconstans Ficus cestrifolia Forsteronia leptocarpa Guaripa opposita
Ebenaceae Moraceae Apocinaceae Nyctaginaceae
Nome popular butía espolao-de-galo aguaí
caquisinho-domato figueira maría-molle
Forma de vida palma trepadeira árvore liana trepadeira
Item1
árvore árvore trepadeira árvore
F,f fr F F
Fr F,f F F F
81
Hyperbaena domingensis Lithraea brasiliensis Syagrus romanzoffiana Zanthoxylum rhoifolium 1
Menispermaceae Anacardiaceae Arecaceae Rutaceae
cipó-bala arroeira-brava jerivá mamica-de-cadela
trepadeira árvore palma árvore
f Fr fw F
Item consumido: fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde, F= folia madura, f=folia nova.
7.3. Fenología reprodutiva
Em geral, 15 espécies tiveram flores e ou frutos para esta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas.
Tabela 2. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos da praia da Onça durante o mês de fevereiro de 2014. Espécie
1
Família
Nome popular
Item
Annona sylvatica
Annonaceae
aracutim
fr
Chrysophyllum gonocarpum Banara parviflora Cordia ecalyculata Coussapoa microcarpa
Sapotaceae Salicaceae Boraginaceae Urticaceae
fr Fr fr fw,fr
Cupania vernalis Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Ficus cestrifolia Garcinia gardneriana Lithraea brasiliensis Passiflora elegans Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana Vitex megapotamica
Sapindaceae Ebenaceae Fabaceae Moraceae Clusiaceae Anacardiaceae Passifloraceae Euphorbiaceae Arecaceae Lamiaceae
aguaí-da-serra farinha-seca maria-preta mata-pau camboataamarelho caquisinho timbaúva
figueira bacuparí aroeira-brava maracujá branquinho jerivá tarumã
Fr fr fr fr fr Fr Fr fr fw,fr Fr
Item consumido:fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde Porto Alegre, 06 de março de 2014.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia
82
Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências, PUCRS
Relatório parcial Nº 03-2014 (15-20 de março) Parque Estadual de Itapuã Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo do Morro do Campista. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Assim como nas campanhas de campo anteriores, foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais) foram resgistradas.
7.4. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 15 de março foram amostradas 3-4 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 78 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
7.5.Coleta de material Foram coletadas um total de 18 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que iram ser feitos no laboratório da PUCRS.
8. Resultados preliminares
2.1. Composição do grupo Nesta data o grupo do Morro do Campista estava formado por um total de 10 indivíduos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo: 83
Sexo macho
femea
idade adulto sub-adulto juvenile adulta juvenile
total
No. de individuos 2 1 3 3 1 10
8.2. Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo do Morro do Campista se alimentar de um total de 9 espécies de plantas, incluindo 9 espécies de árvores e 1 trepadeira (Cuspidaria convoluta, Tabela 1).
Tabela 1. Lista das espécies de plantas consumidas pelo grupo do Morro do Campista durante o mês de março de 2014. Espécie Annona sylvatica Cordia eucalyculata Coussapoa microcarpa Cuspidaria convoluta Diospyros inconstans Ficus cestrifolia Handroanthus pulcherrimus Luehea divaricata Sorocea bonplandii 1
Família Annonaceae Boraginaceae Urticaceae Bignoniaceae Ebenaceae Moraceae Bignoniaceae Malvaceae Moraceae
Nome popular araticum maria-preta mata-pau caquisinho-do-mato figueira ipé açoita-cavalo
cincho
Forma de vida Árvore Árvore Árvore Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore
Item1 Fr Fr fr F,f Fr fr,Fr fr fr,fw Fr
Item consumido: fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde, F= folia madura, f=folia nova.
8.3. Fenología reprodutiva Em geral, 11 espécies tiveram flores e ou frutos para esta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas.
84
Tabela 2. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos do Morro do Campista durante o mês de março de 2014. Espécie Celtis iguanaea
Família Cannabaceae
Nome popular esporão-de-galo
Item Fr
Chrysophyllum gonocarpum Cordia ecalyculata Coussapoa microcarpa Diospyros inconstans Ficus cestrifolia Luehea divaricata Maclura tinctoria Sebastiania serrata Syagrus romanzoffiana Trichilia claussenii
Sapotaceae Boraginaceae Urticaceae Ebenaceae Moraceae Malvaceae Moraceae Euphorbiaceae Arecaceae Meliaceae
aguai Maria-preta mata-pau caquisinho-de-mato figueira
Fr fr fr,Fr Fr fr fr fr fr fr,Fr fr,Fr
1
açoita-cavalo
tajuva branquilho jerivá catiguá vermelho
Item consumido: Fr=fruto maduro, fr=fruto verde
Porto Alegre, 01 de abril de 2014.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências, PUCRS
85
Relatório parcial Nº 05-2014 (18-23 de maio) Parque Estadual de Itapuã Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat
Projeto Nº 372-SEMA Elaborado por Óscar M. Chaves 1. As atividades realizadas neste período foram enfocadas no grupo da Praia da Onça. 1.1. Acompanhamentos sistemático dos bugios Assim como nas campanhas de campo anteriores, foram feitos acompanhamentos de bugios utilizando o método de varredura instantânea descrito por Altmann (1974). Essas varreduras foram feitas com ajuda de binóculos 10 x 42 a intervalos de 15 min e as diferentes atividades (descanso, alimentação, movimentação, atividades sociais) foram registradas.
8.4. Fenologia de plantas e disponibilidade de recursos O dia 16 de abril foram amostradas 3-7 plantas das 25 espécies já mencionadas nos relatórios anteriores. Em total, foram amostradas 85 plantas utilizando a metodologia semiquantitativa descrita por Fournier (1974).
8.5.Coleta de material Nesta campanha foram coletadas um total de 14 amostras de fezes frescas para analisar o conteúdo de sementes e/ou realizar os analise de hormônios, parasitas, e bromatología previstos no projeto e que iram ser feitos no laboratório da PUCRS.
86
9. Resultados preliminares 2.1. Composição do grupo Nesta data o grupo da Praia da Onça estava formado por um total de 8 indivíduos, distribuídos nas seguintes categorias de idade sexo: Sexo macho femea
idade adulto juvenile adulta sub-adulta
total
No. de indivíduos 2 2 3 1 8
9.2. Dieta geral Durante esta campanha de campo o grupo da Praia da Onça se alimentar de um total de 14 espécies de plantas, incluindo 8 espécies de árvores e 5 trepadeiras e 1 palma (Tabela 1).
Tabela 1. Lista das 14 espécies de plantas consumidas pelo grupo da Praia da Onça durante o mês de abril de 2014.
1
Espécie
Família
Calea pinnatifida Casearia decandra Celtis iguanea Coussapoa microcarpa Cuspidaria floribunda Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Ficus luschnathiana Guaripa opposita Mikania glomerata Passiflora elegans Sideroxylon obtusifolium Syagrus romanzoffiana Zanthoxylum rhoifolium
Asteraceae Salicaceae Cannabaceae Urticaceae Bignoniaceae Ebenaceae Fabaceae Moraceae Nyctaginaceae Asteraceae Passifloraceae Sapotaceae Arecaceae Rutaceae
Nome popular guaçatonga esporão-de-galo mata-pau caquisinho timbaúva figueira maria-mole guaco-liso maracujá jerivá mamica
Forma de Item1 vida Trepadeira f Árvore fr Trepadeira F Árvore f Trepadeira F,f Árvore Fr Árvore Fr Árvore Fr,fr Árvore F Trepadeira F,f Trepadeira F Árvore F Palma Fr,fr Árvore F
Item consumido: fw= flor, Fr=fruto maduro, fr=fruto verde, F= folia madura, f=folia nova.
87
9.3. Fenologia reprodutiva Em geral, 8 espécies tiveram flores e ou frutos para esta data (Tabela 2). As outras espécies apenas tinham folhas.
Tabela 2. Fenologia reprodutiva das espécies de árvores consumidas pelos bugios-ruivos na Praia da Onça durante o mês de abril de 2014. Espécie Chrysophyllum marginatum Coussapoa microcarpa Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum Ficus cestrifolia Lithraea brasiliensis Syagrus romanzoffiana Trichilia claussenii 1
Família Sapotaceae Urticaceae Ebenaceae Fabaceae Moraceae Anacardiaceae Arecaceae Meliaceae
Nome popular aguaí mata-pau caquisinho timbaúva
figueira aroeira-brava jerivá catiguá vermelho
Item fr fr,Fr Fr Fr fr fr fr,Fr Fr
Item consumido: Fr=fruto maduro, fr=fruto verde
Porto Alegre, 12 junho de 2014.
Dr. Óscar M. Chaves Laboratório de Primatologia Departamento de Biodiversidade e Ecologia Faculdade de Biociências, PUCRS
88
Projeto 372-SEMA, Relatório final de resultados Fevereiro de 2015 Estresse, parasitismo, dieta e automedicação em primatas não-humanos: medicina da conservação de Alouatta guariba clamitans em um gradiente de qualidade de habitat Óscar M. Chaves1 & Júlio César Bicca Marques Laboratório de Primatologia, Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil
[email protected]
A continuação se apresenta a metodologia e os principais resultados do projeto 372SEMA para a ecologia alimentar e padrões de atividade dois grupos de estudo no P.E. de Itapuã (Morro do Campista e Praia da Onça). Os manuscritos e futuras publicações derivadas destes resultados ainda estão em processo de redação e esperasse que comecem a sair para final de 2015. Neste documento não se incluem os resultados de conteúdo de parasitas e nível de cortisol porque esses analises de laboratório ainda estão sendo feitos.
Metodologia
Área e sítios de estudo. O trabalho foi desenvolvido em seis fragmentos localizados na zona sul do município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil (30°10’- 30°12’S, 51°05’- 51°06’W; elevação 30-68 m). A região faz parte do bioma Mata Atlântica e as formações florestais são caracterizadas como floresta estacional semidecidual,
1
dominada pelas famílias Myrtaceae, Fabaceae e Sapindaceae (Brack et al. 1998, Setubal et al. 2011). A temperatura média anual é de 19,5 °C (variando entre 2°C e 35 °C), com precipitação anual média de 1347 mm (http://www.bdclima.cnpm.embrapa.br/ resultados/balanco.php?UF=&COD=225). Os três fragmentos pequenos e o fragmento grande G1 estão localizados no município de Porto Alegre (30°11’S, 51°06’ W; altitude 20-60 m) entanto que os fragmentos grandes G2 (Morro do Campista) e G3 (praia da Onça) se encontram dentro do P.E. de Itapuã, no município de Viamão (30°20’S, 51°03’ W; altitude 10-130 m) (Fig. 1).
Figura 1. Localização dos sítios de estudo. G= fragmentos grandes, P= fragmentos pequenos. Imagens de Google Earth®.
Acompanhamento sistemático dos grupos de estudo. Depois de um período de habituação de 3 meses foram realizados acompanhamentos sistemáticos para cada grupo de estudo. Cada grupo foi acompanhado por 4-5 dias consecutivos a cada dois meses para a coleta de dados comportamentais pelo método de varredura instantânea 2
(Altmann, 1974). Cada unidade de varredura instantânea tem duração de 5 min. com um intervalo de 10 min. Todas as observações foram feitas usando binóculos de alta resolução (Swarosvki SLC 10x42) para garantir a qualidade das observações sob variadas condições de luminosidade e localização dos animais no estrato vertical da floresta. O comportamento dos animais foi classificado em descanso, alimentação, locomoção, atividades sociais (i.e., brincadeira, copulação, vocalização) e outras. Quando a atividade foi alimentação também se utiliza o método de animal focal por 5 min./indivíduo para permitir uma descrição detalhada das espécies, itens vegetais consumidos (por exemplo, frutos maduros ou verdes, flores, folhas novas ou adultas) e sua manipulação. Também foi registrado o padrão de defecação como i) agregado (se os animais defecam de forma independente e isolada >10 m ao longo de sua área de vida) ou ii) disperso (se os animais defecam simultaneamente em latrinas). Também foram coletadas amostras de fezes frescas para realizar as análises de hormônios, parasitos e bromatologia previstos no projeto. Estes analises estão sendo feitos no laboratório de parasitologia da PUC. Na Tabela 1 se indica o esforço amostral para os grupos de estudo com base nos dados coletados durante um período de 36 meses, entre julho de 2011 (ou outubro para os fragmentos grandes) a junho de 2014. Foram obtidos 35514 registros de comportamento dos grupos habitantes dos fragmentos pequenos durante 1547 horas de observação e 30688 registros dos grupos dos fragmentos grandes em 1416 horas.
3
Tabela 1. Esforço amostral entre junho de 2011 e junho de 2014. Esforço amostral por grupo Dias No. de Dias Completos* Horas varreduras
No. de registros
Área Meses Fragmentos pequenos 59 189 119 1547 6189 35514 P1 20 65 42 529 2114 9868 P2 19 60 35 469 1875 11949 P3 20 64 42 550 2200 13697 Fragmentos grandes 54 228 113 1416 5663 30688 G1 21 69 31 356 1423 9254 G2 18 78 37 493 1970 9963 G3 15 81 45 568 2270 11471 *Dias que incluíram pelo menos 8 horas de observações ao longo do dia.
Determinação da composição dos grupos de estudo. A composição de sexo e idade dos seis grupos de estudo foi determinada durante o acompanhamento de cada grupo realizado durante o ano de 2014. O tamanho dos grupos variou entre 5 e 12 indivíduos para um total de 57 indivíduos (Tabela 2), o que representa um aumento total de 4 indivíduos em relação ao ano de 2013. Tabela 2. Composição sexo-etária dos seis grupos de estudo em 2014.
Nível de perturbação
Local
Alta
Parque São Paulo
Média
Morro São Pedro
Baixa
Parque Estadual de Itapuã Morro do Campista Praia da Onça
Grupo P2 P3 P1 G1 G2 G3
Composição sexo-etária* MA FA MS FS MJ FJ FD 1 3 2 - 3 1 2 1 3 1 - 3 1 1 1 2 - 2 - 2 3 - 1 2 1 1 2 2
3 3
1 -
-
4 3
1
*Siglas: MA=macho adulto, FA=fêmea adulta, MS=macho subadulto, FS=fêmea subadulta, MJ=macho juvenil, FJ=fêmea juvenil, FI=filhote independente, FD=filhote dependente.
4
1 -
No entanto, o tamanho do grupo P1 diminuiu de 7 indivíduos em dezembro de 2013 para 5 indivíduos em 2014. Esta redução foi devida a um ataque por cachorro doméstico que resultou na morte de dois indivíduos.
Determinação da disponibilidade de recursos Levantamentos florísticos. Para estimar a densidade, distribuição e abundância de recursos alimentares para os bugios-ruivos foram realizados levantamentos botânicos de todas as árvores e arvoretas com diâmetro na altura do peito (DAP) ≥ 5 cm durante os meses de abril, maio, julho, setembro e novembro de 2012. Estes levantamentos foram realizados pelo método dos transeptos lineares (Gentry, 1982) dentro da área de vida de cada grupo de estudo. Foram amostrados 15 transeptos lineares de 100 x 5 m, resultando numa área total amostrada de 7500 m2 por área de estudo. Os espécimes foram identificados in situ e/ou por meio de exsicatas com o auxílio do Prof. Dr. Cláudio Augusto Mondin do Laboratório de Botânica da PUCRS.
Amostragens fenológicos. Para estimar a disponibilidade temporal de itens pertencentes às diferentes fenofases (i.e., folhas adultas e novas, frutos maduros e verdes, e flores) está sendo uitlizado o método semi-quantitativo de Fournier (1974). De acordo com este método, faz-se uma varredura (usando binóculos 10x42) da copa de cada árvore do levantamento de disponibilidade de alimento a fim de estimar a quantidade de cada item vegetal em uma escala de 0 (ausência do item) até 4 (75-100% da copa com presença do item). Em geral, foram amostrados de 3 a 10 indivíduos das 59 espécies de plantas mais consumidas pelos bugios-ruivos segundo Chaves & Bicca-Marques (2013). Contudo, como algumas destas espécies estavam presentes ou não foram encontradas em todas as áreas, o número de espécies monitoradas por área de estudo variou de 29 a 36 (Tabela
5
3). Este levantamento fenológico foi sempre realizado antes da coleta de dados comportamentais do respectivo grupo de estudo a fim de fornecer uma descrição prévia dos potenciais alimentos disponíveis na área. O levantamento fenológico teve início em outubro e novembro de 2011 para fragmentos G2 e G3 (P.E. de Itapuã). Seguindo o procedimento descrito por Agostini et al. [2010], se calculará um índice fenológico quinzenal para as fenofases de cada espécie utilizando a média dos valores de fenologia das árvores amostradas. Por fim, se estimará o índice de disponibilidade espaço-temporal de recursos (IDR) alimentares multiplicando-se o índice fenológico para cada fenofase pela respectiva área basal (m2/ha) da espécie [Agostini et al., 2010]. Para calcular o ID total por fenofase se somarão os IDR das espécies monitoradas.
Análises de dados. Para determinar a riqueza de espécies estimada na dieta dos dois grupos de estudo foram calculados os seguintes quatro estimadores não-paramétricos da riqueza ICE, ACE, Chao2 e bootstrap usando o programa EstimateS 9.1.0 [Colwell, 2005]. Se uso a média destes estimadores para calcular a proporção de espécies registradas nos amostragens. Devido a que a média de espécies na dieta por grupo foi >71% (Tabela 10), considera-se que o esforço amostral foi suficiente para obter uma descrição apropriada da dieta do bugio-ruivo [Chao & Jost, 2012]. Para comparar a riqueza de espécies na dieta do bugio-ruivo entre fragmentos, foram usadas curvas de rarefação. Foram usados os intervalos de confidencia de 95% do estimador Mau Tau para avaliar as diferencias entre fragmentos [Colwell, 2005]. Segundo este método, existem diferencias significativas somente quando os intervalos de confidencia e as curvas de acumulação de espécies não se cruzam. Finalmente, para determinar se o
6
consumo e disponibilidade de recursos alimentares foram relacionados (i.e., os IDs de cada fenofase) utilizou-se correlações de Spearman.
Resultados Disponibilidade espacial de recursos. Em geral, os dados indicam que a comunidade de árvores no Morro do Campista (G2) e na Praia da Onça (G3) foi S. serrata, Guapira opposita (Tabelas 3 e 4).
Tabela 3. Índice de valor de importância das espécies de árvores encontradas no fragmento G2 (Morro do Campista) Espécie Trichilia claussenii Sebastiania serrata Cupania vernalis Guapira opposita Myrcianthes pungens Allophylus edulis Chrysophyllum marginatum Eugenia rostrifolia Banara parviflora Sorocea bonplandii Garcinia gardneriana Erythroxylum argentinum Cordia americana Diospyros inconstans Myrsine umbellata Coussapoa microcarpa Ocotea porosa Annona sylvatica Casearia sylvestris Lonchocarpus nitidus Lithraea brasiliensis Luehea divaricata Ocotea pulchella Syagrus romanzoffiana Ficus cestrifolia Casearia decandra Ficus luschnathiana Campomanesia xanthocarpa Nectandra megapotamica
Família Frequência Densidade Dominância Meliaceae 6,58 20,29 14,40 Euphorbiaceae 6,14 11,70 9,67 Sapindaceae 3,51 8,18 11,01 Nyctaginaceae 6,14 6,31 7,79 Myrtaceae 3,51 5,59 6,02 Sapindaceae 5,70 3,62 4,85 Sapotaceae 5,26 3,21 5,43 Myrtaceae 1,75 6,21 5,24 Salicaceae 4,82 2,59 2,80 Moraceae 4,82 3,52 1,47 Clusiaceae 3,95 3,31 1,68 Erythroxylaceae 3,95 1,97 2,67 Boraginaceae 3,07 1,86 3,59 Ebenaceae 3,51 2,07 2,86 Primulaceae 3,95 1,97 1,84 Urticaceae 3,51 1,55 2,69 Lauraceae 3,51 1,86 2,21 Annonaceae 3,95 2,07 1,50 Salicaceae 3,51 1,66 1,09 Fabaceae 2,19 3,52 0,17 Anacardiaceae 1,75 1,24 2,25 Malvaceae 1,32 0,93 2,80 Lauraceae 2,63 0,93 0,97 Arecaceae 1,75 0,72 1,03 Moraceae 1,32 0,62 1,26 Salicaceae 1,75 0,72 0,55 Moraceae 1,32 0,41 0,52 Myrtaceae 0,88 0,31 0,45 Lauraceae 0,88 0,31 0,32 7
IVI 41,27 27,50 22,69 20,24 15,12 14,17 13,90 13,20 10,21 9,81 8,94 8,58 8,53 8,44 7,75 7,75 7,59 7,52 6,26 5,88 5,24 5,04 4,53 3,51 3,19 3,03 2,25 1,64 1,51
Zanthoxylum rhoifolium Dendropanax cuneatus Enterolobium contortisiliquum Cordia ecalyculata Chrysophyllum gonocarpum Faramea montevidensis
Rutaceae Araliaceae Fabaceae Boraginaceae Sapotaceae Rubiaceae Total
0,88 0,44 0,44 0,44 0,44 0,44 100,00
0,21 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 100,00
0,07 0,33 0,31 0,09 0,06 0,04 100,00
1,16 0,87 0,85 0,63 0,61 0,58 300,00
Tabela 4. Índice de valor de importância das espécies de árvores encontradas n3 fragmento G3 (Praia da Onça). Espécie Cupania vernalis Sebastiania serrata Trichilia claussenii Guapira opposita Allophylus edulis Ocotea porosa Myrsine umbellata Lithraea brasiliensis Casearia sylvestris Chrysophyllum marginatum Diospyros inconstans Cordia americana Casearia decandra Erythroxylum argentinum Sorocea bonplandii Ocotea pulchella Ficus cestrifolia Coussapoa microcarpa Garcinia gardneriana Enterolobium contortisiliquum Zanthoxylum rhoifolium Campomanesia xanthocarpa Dendropanax cuneatus Ficus luschnathiana Annona sylvatica Syagrus romanzoffiana Nectandra megapotamica Banara parviflora Faramea montevidensis Cordia ecalyculata Zanthoxylum fagara Myrsine coriacea Prunus myrtifolia Myrcia glabra
Família Frequência Densidade Dominância Sapindaceae 6,07 13,08 13,58 Euphorbiaceae 6,07 14,53 12,10 Meliaceae 5,67 11,34 7,82 Nyctaginaceae 5,67 9,30 9,37 Sapindaceae 5,26 7,66 7,96 Lauraceae 4,86 5,23 10,60 Primulaceae 5,26 7,17 6,89 Anacardiaceae 5,26 5,72 7,03 Salicaceae 5,26 5,91 4,49 Sapotaceae 5,26 3,68 3,73 Ebenaceae 5,26 3,68 2,82 Boraginaceae 4,45 2,23 4,41 Salicaceae 4,45 2,81 1,62 Erythroxylaceae 4,05 2,03 2,45 Moraceae 3,64 2,71 1,50 Lauraceae 4,05 1,16 0,92 Moraceae 2,83 0,78 2,04 Urticaceae 2,43 1,36 1,58 Clusiaceae 3,24 0,97 0,76 Fabaceae 2,02 1,07 1,78 Rutaceae 2,43 0,78 0,72 Myrtaceae 1,21 1,55 1,05 Araliaceae 1,62 0,39 0,45 Moraceae 1,62 0,48 0,33 Annonaceae 1,21 0,39 0,32 Arecaceae 1,21 0,29 0,36 Lauraceae 1,21 0,29 0,28 Salicaceae 0,81 0,29 0,32 Rubiaceae 0,81 0,19 0,03 Boraginaceae 0,40 0,19 0,43 Rutaceae 0,40 0,10 0,11 Primulaceae 0,40 0,10 0,04 Rosaceae 0,40 0,10 0,04 Myrtaceae 0,40 0,10 0,03 Total 100 100 100 8
IVI 32,74 32,71 24,83 24,34 20,88 20,69 19,32 18,01 15,66 12,68 11,76 11,10 8,89 8,53 7,85 6,13 5,65 5,37 4,97 4,87 3,92 3,81 2,46 2,43 1,92 1,87 1,79 1,42 1,03 1,03 0,61 0,54 0,54 0,53 300
Riqueza de árvores por tipo de hábitat. Considerando ambos fragmentos G2 e G3 juntos, foram encontradas 47 espécies de árvores usadas como alimento pelos bugiosruivos nos fragmentos pequenos, das quais 36 já foram registradas como espécies importantes na dieta desses primatas (ver Chaves & Bicca-Marques 2013) (Tabela 5). O branquilho, Sebastiania serrata, foi a espécie com maior IVI em ambos fragmentos. Diferenças na ordem de importância das espécies vegetais entre os habitats pode resultar em diferenças na riqueza e composição da dieta dos grupos de estudo.
Tabela 5. Espécies de árvores encontradas Morro do Campista e na Praia da Onça durante os levantamentos de árvores com DAP≥5 cm.
Família
Densidade (árvores/2.25 ha)
IVI
Sebastiania serrata
Euphorbiaceae
48.7
104.3
Guapira opposita
Nyctaginaceae
32.8
92.1
Sim
Trichilia claussenii
Meliaceae
34.2
75.0
Sim
Cupania vernalis
Sapindaceae
22.9
60.9
Sim
Myrsine umbellata
Primulaceae
19.3
54.8
Allophylus edulis
Sapindaceae
13.8
44.2
Sim
Chrysophyllum marginatum
Sapotaceae
12.1
42.0
Sim
Casearia sylvestris
Salicaceae
15.7
41.3
Sim
Diospyros inconstans
Ebenaceae
8.8
31.2
Sim
Ocotea porosa
Lauraceae
7.1
28.3
Sim
Sorocea bonplandii
Moraceae
10.1
27.1
Sim
Lithraea brasiliensis
Anacardiaceae
7.7
26.1
Sim
Erythroxylum argentinum
Erythroxylaceae
5.1
22.2
Sim
Coussapoa microcarpa
Urticaceae
4.5
20.4
Sim
Cordia americana
Boraginaceae
4.1
19.6
Sim
Garcinia gardneriana
Clusiaceae
5.7
18.0
Espécies
“Top”
Fragmentos grandes
9
Luehea divaricata
Malvaceae
4.1
17.9
Sim
Banara parviflora
Salicaceae
4.2
16.6
Sim
Eugenia rostrifolia
Myrtaceae
6.7
15.1
Sim
Myrcianthes pungens
Myrtaceae
5.6
15.1
Casearia decandra
Salicaceae
4.1
14.4
Sim
Ficus cestrifolia
Moraceae
1.8
13.2
Sim
Annona sylvatica
Annonaceae
3.2
12.8
Sim
Ocotea pulchella
Lauraceae
2.1
10.7
Sim
Campomanesia xanthocarpa
Myrtaceae
3.1
10.6
Sim
Enterolobium contortisiliquum
Fabaceae
2.0
10.2
Sim
Inga striata
Fabaceae
1.3
8.2
Sim
Machaerium stipitatum
Fabaceae
2.0
7.1
Sim
Zanthoxylum rhoifolium
Rutaceae
1.3
6.8
Sim
Syagrus romanzoffiana
Arecaceae
2.5
6.6
Sim
Lonchocarpus nitidus
Fabaceae
3.5
5.9
Sim
Nectandra megapotamica
Lauraceae
1.0
5.6
Sim
Myrcia glabra
Myrtaceae
1.5
5.5
Sebastiania brasiliensis
Euphorbiaceae
1.4
5.3
Faramea montevidensis
Rubiaceae
1.6
5.0
Ficus luschnathiana
Moraceae
0.9
4.7
Sim
Dendropanax cuneatus
Araliaceae
0.7
4.4
Sim
Ocotea puberula
Lauraceae
0.6
3.6
Sim
Cordia ecalyculata
Boraginaceae
0.3
1.7
Sim
Myrcianthes gigantea
Myrtaceae
0.2
1.3
Chrysophyllum gonocarpum
Sapotaceae
0.2
1.2
Mimosa bimucronata
Fabaceae
0.2
1.1
Zanthoxylum fagara
Rutaceae
0.1
0.6
Psidium cattleianum
Myrtaceae
0.1
0.6
Inga vera
Fabaceae
0.1
0.5
Myrsine coriaceae
Primulaceae
0.1
0.5
Prunus myrtifolia
Rosaceae
0.1
0.5
307.6
920.8
Soma
Sim
Sim
Sim
36
10
Fenologia das espécies usadas na dieta. Em nível de comunidade, as espécies estudadas apresentaram folhas adultas ao longo dos anos de 2012 e 2013, mas a sua disponibilidade foi inferior durante o verão (Fig. 2), pois diversas espécies são semidecíduas. Por outro lado, a produção de folhas novas apresentou o padrão inverso das adultas e esteve concentrada durante os meses de fevereiro e dezembro de ambos os anos (Fig. 2). A produção de flores começou em outubro e alcançou um pico em fevereiro e março (Fig. 2). A produção de frutos verdes foi bimodal em ambos os anos. Em 2012, esta apresentou um primeiro pico de produção em janeiro e um segundo pico em abril, mas em 2013 o primeiro pico foi em março (Fig. 2). A produção de frutos maduros em 2012 esteve concentrada nos meses de janeiro e de abril a outubro, enquanto que em 2013 a produção de frutos maduros foi bimodal, com um pico inicial em abril e um segundo pico em julho (Fig. 2). Este padrão sugere que, com algumas exceções, os meses de verão são a época de menor disponibilidade de frutos maduros nas áreas de estudo. No entanto, o tempo que os bugios-ruivos investem no consumo de frutos não é necessariamente menor nesta época de escassez de frutos maduros porque eles podem aumentar o tempo de alimentação em frutos verdes como forma de compensação. Durante o período de janeiro até junho de 2014 nos fragmentos grandes foram observados picos de disponibilidade de frutos maduros em janeiro-fevereiro, abril e junho. Por fim, o pico de produção de flores ocorreu entre fevereiro e março nos fragmentos pequenos e em janeiro nos fragmentos grandes (Fig. 3).
11
Figura. 2. Fenologia reprodutiva e vegetativa da comunidade de plantas (N=57 espécies) usadas como fonte de alimento por A. guariba clamitans durante os anos de 2012 e 2013. MF=fruto maduro, IF=fruto verde, FW=flor, ML=folha adulta, IL=folha nova. 12
Média de atividade fenológica
1.4
Fragmentos pequenos Fruto maduro
1.2
Fruto imaturo
1
Flores 0.8
Folhas imaturas
0.6 0.4 0.2 0 1
2
Média de atividade fenológica
0.9
3
4
5
6
5
6
Fragmentos grandes
0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 1
2
3
4
Mês Figura 3. Fenologia da assembleia de plantas (N=55 espécies) usadas como fonte de alimento por A. guariba clamitans durante 2014.
13
Riqueza da dieta. Até o momento foram analisados os dados de dieta de junho de 2011 a fevereiro de 2014. Durante esse período foram coletados 4489 registros de alimentação dos grupos dos fragmentos G2 e G3. Os grupos dedicaram entre 17 e 27% dos registros à alimentação. A riqueza da dieta variou de 57 a 71 espécies (Tabela 6). No entanto, os estimadores não-paramétricos de riqueza indicam que essa diversidade está subestimada, já que com o esforço amostral realizado até fevereiro de 2014 foi possível amostrar entre 71 e 76% do total de espécies esperado na dieta dos bugiosruivos (Tabela 6).
Tabela 6. Riqueza de espécies observada e esperada na dieta dos bugios-ruivos. Estimador de riqueza Grupo de estudo G2 G3
Riqueza observada ACEa ICEb Chao 2 Bootstrap Média D.P. % 57 64.7 96.44 91.23 67.96 80.1 16.1 71.2 67 78.5 100.2 96.78 78.14 88.4 11.7 75.8
a
Average-based coverage estimator (ACE), b incidence-based coverage estimator (ICE), Chao2, and Bootstrap.
Considerando os dois grupos estudados no P.E. de Itapuã juntos, o número total de espécies na dieta do bugio-ruivo foi de 95 espécies, 71 gêneros e 42 famílias. Curvas de rarefação de espécies indicam que os dois grupos usaram um número similar de espécies na dieta (Fig. 4).
14
90
Morro do Campista (G2) Praia da Onça (G3)
Número de espécies
80 70 60 50 40 30 20 10 0 0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Número acumulado de registros
Figura 4. Curvas de rarefação de indivíduos para as espécies de plantas usadas como fonte de alimento pelos bugios-ruivos. Principais espécies na dieta. As principais (“top”) espécies na dieta dos bugios-ruivos (i.e., aquelas espécies que em conjunto contribuíram com ≥80% dos registros de alimentação) em cada fragmento são mostradas na Tabela 7. A figueira (Ficus cestrifolia) foi a espécie mais importante na dieta dos bugios-ruivos, representando 26% da dieta dos bugios no Morro do Campista e 23% na Praia da Onça (Tabela 7). Provavelmente, o elevado consumo de figueira se deve à ampla distribuição dessa espécie nas áreas de estudo, a sua produção assincrônica de frutos ao longo do ano, assim como ao alto valor nutricional dos frutos de Ficus spp. Cuspidaria convoluta e Guapira opposita também se encontram entre as três espécies mais consumidas em todos os grupos de estudo. Outras espécies foram consumidas apenas ocasionalmente.
15
Tabela 7. Principais espécies de plantas da dieta dos bugios-ruivos dos grupos de estudo, indicando a % do tempo total de alimentação. A riqueza de espécies da dieta é indicada em negrito. Família Sapindaceae Annonaceae Urticaceae Bignoniaceae Ebenaceae Fabaceae Moraceae Moraceae Clusiaceae Nyctaginaceae Anacardiaceae Malvaceae Asteraceae Lauraceae Myrtaceae Moraceae Arecaceae Rutaceae Total of species
Espéciea Allophylus edulis (Flor,fr,Fr,f) Annona sylvatica (fr,Fr,f,F) Coussapoa microcarpa (Flor,fr,Fr,f,F) Cuspidaria convoluta (Flor,f,F) Diospyros inconstans (Flor,fr,Fr,f,F) Enterolobium contortisfiquum (Flor,fr,Fr,f,F) Ficus cestrfrolia (Flor,fr,Fr,f) Ficus luschnathiana (Flor,fr,Fr,f,F) Garcinia gardneriana (fr,Fr) Guapira opposita (Flor,fr,Fr,f,F) Lithraea brasfiensis (fr,Fr,f,F) Luehea divaricata (Flor,fr,f,F) Mikania glomerata (f,F) Ocotea porosa (fr,Fr,f,F) Psidium guajava (fr,Fr) Sorocea bonplandii (fr,Fr,f) Syagrus romanzoffrana (Flor,fr,Fr) Zanthoxylum fagara (fr,f,F) 33
Forma de vida Árvore Árvore Árvore Trepadeira Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Árvore Trepadeira Árvore Árvore Árvore Palma Árvore
Grupo Morro do Campista Praia da Onça 0,0 2,6 3,6 0,0 10,2 7,2 8,6 9,8 9,9 2,9 0,0 2,4 25,8 23,0 2,4 0,0 2,8 0,0 7,6 12,2 0,0 4,9 5,3 0,0 0,0 2,0 0,0 5,3 0,0 0,0 0,0 0,5 5,7 5,8 0,0 2,8 10 13
a
Fr=fruto maduro, fr=fruto imaturo, F=folha madura, f=folha imatura. Espécies listadas em ordem alfabética; F.V.=hábito.
Disponibilidade de recursos alimentares e composição da dieta Para ambos grupos G2 e G3, o consumo de frutos maduros e folhas imaturas esteve diretamente relacionado com sua disponibilidade, entanto que os brotos foliares somente foram consumido segundo sua disponibilidade somente para grupo G3 (Praia da Onça). Não entanto, não se foram encontradas relações significativas para os outros itens analisados (Tabela 8). Isto indica que os bugios consumem os frutos maduros e as folhas nova de forma oportunista, já que estes dois itens proporcionam a maior parte de nutrientes que estes animais precisam para satisfazer as suas demandas nutricionais (particularmente carboidratos e proteínas).
16
Tabela 8. Correlações de Spearman entre a disponibilidade de recursos e seu consumo por Alouatta guariba clamitans. N=número de meses. Resultados significativos mostrados em negrito. Item
rs
p
Fragmentos
N
G2
12 0.75 0.005
G3
12 0.77 0.003
G2
12 -0.25 0.43
G3
12 -0.06 0.85
G2
12 0.38
G3
12 -0.03 0.92
G2
12 0.73 0.006
G3
12 0.66
0.02
G2
12 0.06
0.85
G3
12 0.71
0.01
G2
12 0.15
0.65
G3
12 0.33
0.29
G2
12 0.32
0.32
G3
12 0.32
0.30
Frutos maduros
Frutos imaturos
Folhas maduras 0.22
Folhas imaturas
Brotos foliares
Flores
Botões florais
17
Determinação do orçamento de atividades. O orçamento geral de atividades dos grupos de estudo pelo método da frequência no período de junho de 2011 a junho de 2014, considerando apenas os dias com pelo menos 8 h de observação, foi dominado pelo descanso em todas as estações (Tabela 9), seguido pela movimentação, alimentação e atividades sociais, conforme descrito na literatura (ver Bicca-Marques 2003).
Tabela 9. Porcentagem de registros dedicados a cada atividade pelos grupos de bugiosruivos ao longo das estações. Médias em negrito.
Grupo Morro do Campista
Praia da Onça
Estação
Atividade Alimentação Descanso Movimentação Social Verão 10.5 60.1 27.0 2.1 Inverno 27.2 49.3 22.4 0.4 Outono 12.5 45.6 39.5 2.4 Primavera 12.4 63.8 19.3 3.6 15.6 54.7 27.0 2.1 Verão 18.2 56.7 22.7 1.4 Inverno 22.0 43.7 30.7 0.9 Outono 25.2 47.1 24.2 0.0 Primavera 13.8 53.1 25.2 6.8 19.8 50.2 25.7 2.3
Referências Agostini I, Holzmann I, Di Bitetti M (2010) Are howler monkey species ecologically equivalent? Trophic niche overlap in syntopic Alouatta guariba clamitans and Alouatta caraya. Am J Primatol 72:173–186. Bicca-Marques JC (2003) How do howler monkeys cope with habitat fragmentation? In: Marsh LK, editor. Primates in fragments: ecology and conservation. New York: Kluwer Academics/Plenum Publishers. pp. 283–303.
18
Bicca-Marques JC, Calegaro-Marques C (1994) Exotic plant species can serve as staple food sources for wild howler populations. Folia Primatol 63:209–211. Chao A, Jost L (2012) Coverage-based rarefaction and extrapolation: standardizing samples by completeness rather than size. Ecology 93:2533–2547. Chaves OM, Bicca-Marques JC (2013) Dietary flexibility of the brown howler monkey throughout its geographic distribution. Am J Primatol 75:16–29. Colwell RK (2005) EstimateS: statistical estimation of species richness and shared species from samples. Version 7.5. User s guide and application. University of Connecticut, Storrs. Available: http://purl.oclc.org/estimates. Accessed: 2014 July. Crawley, MJ. 2007. The R book, 950 p. John Wiley and Sons, Ltda., Chichester.
19