Economia Criativa: Estudo de caso sobre Cerâmica Artesanal em São José de Mipibu/RN

June 24, 2017 | Autor: C. Rn | Categoria: Ciências Sociais, Ciencias Sociales, Economia Criativa, Economia Creativa
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Economia Criativa: Estudo de caso sobre Cerâmica Artesanal em São José de Mipibu/RN Larissa Dantas Lopes do Rego Pinto Graduanda em Gestão de Políticas Públicas - UFRN E-mail: [email protected]

Josimar Gabriel Araújo Júnior Graduando em Gestão de Políticas Públicas - UFRN E-mail: [email protected]

Priscila Caroline Pereira Freire Costa – UFRN Graduanda em Gestão de Políticas Públicas - UFRN E-mail: [email protected]

Professor Dr. Fernando Manuel Rocha da Cruz (orientador) Doutor em Ciências Sociais; Professor Adjunto DPP/UFRN E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO As políticas públicas de fomento da Economia Criativa foram adotadas, no Brasil, em 2012, com a criação da Secretaria da Economia Criativa, na dependência do Ministério da Cultura, cuja missão é promover a intersetorialidade das políticas públicas de Cultura com as políticas de educação e reconhecer e articular a diversidade cultural brasileira nos espaços educativos formais em cooperação com o Ministério da Educação. Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre um empreendimento de economia criativa, que trabalha com cerâmica artesanal, na cidade de São José de Mipibu, no estado do Rio Grande do Norte. Seu objetivo é compreender como este empreendimento criativo se ajusta às Políticas Públicas de fomento da Economia Criativa, mostrando como se dá o processo de criação, produção e distribuição de seus produtos, que utilizam a criatividade e capital intelectual.

DISCUSSÃO O público é um fator preponderante no que diz respeito a esse trabalho. Desse modo, é de fundamental importância que o acesso das pessoas ao “Marta Job” seja facilitado pela gestão municipal de São José de Mipibu-RN, principalmente no que respeita ao dia comercial mais movimentado da cidade que são os sábados de feira-livre. Essa maior visibilidade poderia diretamente ajudar na abertura de mais espaços criativos e valorizá-los a partir do contato com a comunidade. Podemos dizer que essa dinâmica ceramista é abrangente, nos permitindo perceber diversas especificidades da produção humana como promissoras de lucratividade

METODOLOGIA A pesquisa utilizada é de teor qualitativo dada a complexidade da problemática abordada e a construção pelo pesquisador de um caso complexo e holístico, seja através do discurso, seja através de representações (Creswell, 1994). Foi feita uma entrevista semiestruturada aplicada ao artesão, que nos permitiu compreender como este empreendimento criativo se ajusta às Políticas Públicas de fomento da Economia Criativa, mostrando como se dá o processo de criação, produção e distribuição de seus produtos, que utilizam a criatividade e capital intelectual .

Artesão Alberto Job Porfinio produzindo uma boneca

CONCLUSÃO Considerando o promissor desenvolvimento ceramista na cidade local – São José de Mipibu-RN – no qual o Marta Job se integra, conclui-se que muito ainda pode ser feito desde a promoção da atividade como também a valorização por parte dos governantes na garantia do acesso às vias que chegam até ao local de venda dos produtos. Acredita-se que o artesão conseguirá enriquecer ainda mais o seu trabalho e constituir-se como um instrumento de desenvolvimento local dentro de um viés ainda pouco explorado no município que é a economia criativa.

Peças produzidas na Cerâmica Marta Job

RESULTADOS A Cerâmica Artesanal "Marta Job", apesar de ser antiga, ainda não é tão conhecida. Alberto Job Porfirio é o artesão e aprendeu essa arte com sua mãe Marta que também possui outra filha artesã, Marta Job Portirio, com uma loja situada às margens da BR-101. Desde seus 8 anos de idade, ele produz esse material em seu estabelecimento, onde a matéria prima utilizada é a argila comprada em carradas. No que tange ao material utilizado, foi identificado a escassez de lenha para queimar e vidrar as peças e o fato dele só poder efetuar esse processo no período da noite, como também o acesso às instalações no dia de feira livre na cidade de São José de Mipibu – RN, pois as ruas que levam até a Marta Job são interditadas durante todo o dia atrapalhando nas vendas dos trabalhos artesanais, onde segundo ele há um mau planejamento da prefeitura. Apesar disso tudo acontecer, Alberto ainda consegue com ajuda de mais dois funcionários produzir entre 300 a 600 peças, dependendo do tamanho das mesmas. Também recebe encomendas de hotéis, promotores de eventos, ornamentação entre outros. No que diz respeito à criação, algumas coisas o artesão aprendeu com a mãe, outras ele mesmo cria dependendo do pedido demandado pelas pessoas. Para divulgar esse trabalho ele recorre a duas formas: uma é a divulgação informal a famosa “boca a boca” e a outra é por meio de anúncio em um jornal que está em circulação na cidade, chamado “O Alerta”.

Peças produzidas na Cerâmica Marta Job

LITERATURA CITADA BRASIL. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 a 2014. 2ª ed. (ver.). Brasília: Ministério da Cultura. 2012. CRESWELL, John W. Research design: qualitative and quantitative approaches. Thousand Oaks (California): Sage Publications. 1994. CRUZ, Fernando Manuel Rocha da. Ambiente Criativo: Estudo de caso na cidade de Natal;RN. Natal: UFRN. 2014.

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