Economia Ecológica E Produção Limpa

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ECONOMIA ECOLÓGICA E PRODUÇÃO LIMPA

Energia Limpa na Economia: Economia Ecológica e a Produção Limpa José Martins Neto1; José Julio Ferraz de Campos Jr.2 1- Professor Assistente do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (UFBA). [email protected] 2-Pesquisador associado Núcleo de Tecnologias Limpas, Escola Politécnica (UFBA). [email protected]

RESUMO Contextualiza-se a Economia Ecológica e a Produção Limpa, definindo-se conceitos e fazendo-se reflexões dos campos de abrangência e das interdiciplinaridades. Exemplifica-se a aplicabilidade das leis da Termodinâmica na Economia Ecológica através dos conceitos e ações da Produção Limpa. Demonstra-se que investir em tecnologias limpas é lucro garantido em todas áreas de negócio. Projeta-se um horizonte promissor para o planeta com o novo paradigma: Economia Ecológica e Produção Limpa. PALAVRAS-CHAVE Economia Ecológica. Produção Limpa. Leis da Termodinâmica. Desenvolvimento sustentável. Bom negócio. Lucratividade.

SUMÁRIO 1 Introdução – Contexto da Situação Ambiental 2 Breve Histórico 3 Fundamentos Básicos da Economia Ecológica e da Produção Limpa 3.1 Economia Ecológica 3.2 Produção Limpa e Mais Limpa 3.3 Desenvolvimento Sustentável: Objetivo Comum 4 Bom Negócio na Economia: Lucratividade Garantida com Produção Limpa 4.1 Casos na Indústria 4.2 Casos na Agricultura 4.3 Tecnologias Limpas: Negócio Promissor 5 As Leis da Termodinâmica na Economia Ecológica e Produção Limpa: Balanço de Energia e Matéria 6 Conclusão

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1 Introdução – Contexto da Situação Ambiental Uma nova consciência surge em relação às questões ambientais. No modelo de desenvolvimento baseado nos conceitos da economia tradicional, a industrialização crescente que atende às demandas de consumo, lucra e acumula, sem observar a questão da degradação do meio ambiente, cuja preservação conduz à sobrevivência da espécie humana. O sistema neste modelo tradicional polui, degrada e desperdiça energia. Os recursos vitais do planeta estão sendo esgotados, colocando em risco a capacidade planetária de regeneração e manutenção dos ecossistemas. Uma noção diferenciada da economia tradicional surge como um novo paradigma, intitulada de Economia Ecológica (PEARCE, 2004), no processo econômico, assim como estão sendo aprimorados métodos de produção com prevenção da poluição, um conceito moderno de Produção Limpa. Aparece um novo desafio na noção do desenvolvimento sustentável, requerendo solução além da alocação eficiente de recursos. Isto requer discussão dos limites de ordem ecossistêmica, biofísica, termodinâmica, condições impostas pela natureza. Torna-se necessário examinar o problema da escala sustentável do sistema econômico. O pensamento econômico convencional não estimula a solução dos desafios da sustentabilidade de longo prazo. Uma visão distinta do processo econômico é objeto de reflexão por grupos, dentre os quais, os estudiosos da chamada economia ecológica e das tecnologias limpas com a prevenção da poluição na fonte e preservação do meio ambiente. Na economia clássica, em termos biofísicos, o ponto de partida é a produção: extrair energia, encontrar materiais, transformá-los, construir máquinas, produzir serviços com os quais se movimenta a economia, os três parâmetros  trabalho, terra e capital. A economia ecológica baseia-se na matéria e na energia, tal como os organismos nos sistemas biológicos. A energia é que provê a “força motora” necessária às transformações produtoras observando as capacidades tecnológicas e organizacionais. Para processar os materiais, a energia e as informações, é necessário que os fluxos de materiais, energia, máquinas e equipamentos sejam organizados, pois são bases de partida para a economia ecológica. No âmbito global, defensores do Capitalismo verde têm a natureza como capital, um novo modelo de se fazer negócios. O capitalismo industrial, afirmam Amory e Lovins (2000), “desafia a sua própria lógica ao destruir sua maior fonte de capital  o capital natural  que fornece ciclos de alimentação, estabilidade climática, composição atmosférica e produtividade biológica”, conferindo o devido valor à natureza e às pessoas. O chamado capitalismo natural usa os princípios do capitalismo  capital financeiro e manufatureiro  na forma de capital  natureza e gente , sem os quais não há vida e atividade econômica. A forma do uso e aplicação do capital conduz ao modelo de economia, influenciando os meios de produção.

2 Breve Histórico 2

Surge no cenário econômico, no final dos anos 1960 e 1970, a questão ambiental e o desenvolvimento econômico, raízes da Economia ecológica. A tese “ecodesenvolvimento”, debatida na Conferência de Estocolmo (1972), mostrou que o binômio desenvolver e preservar são interdependentes. A abordagem “bioeconômica” foi proposta por importantes economistas como Georgescu-Roegan (1971) e Kenneth Boulding (1966), pioneiros desta nova perspectiva da teoria econômica. A Economia Ecológica consolidou suas bases nos anos 1980, com a fundação da International Society for Ecological Economics - ISSE (1988) e o lançamento da revista Ecological Economics (1989). Economistas e ecologistas, com a Rio 92, concluíram que se conhecia pouco sobre economia do meio ambiente. Então, os sócios da ISEE no Brasil criaram a Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, com secretaria na Nepam - Unicamp, como filial regional, para analisar propostas para um Brasil sustentável. Também discutiram Tecnologias Limpas como solução para os problemas ambientais. Em 1995, a UNIDO (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) e a UNEP (Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente), escolheram o SENAI/RS para sede de um centro de Tecnologias Limpas para disseminar técnicas de produção mais Limpa no âmbito industrial. A partir de 1998, começou o desenvolvimento da Rede Brasileira de Produção Mais Limpa, integrada por órgãos do governo, universidades e centros de pesquisa, com o propósito de se reavaliar o processo produtivo e as questões ambientais, bem como disseminar os novos conceitos, estimular práticas e promover pesquisas tecnológicas de Produção Limpa.

3 Fundamentos Básicos da Economia Ecológica e da Produção Limpa 3.1 Economia Ecológica A Economia Ecológica baseia-se no princípio de que o funcionamento do sistema econômico nas escalas espacial e temporal deve ser compreendido nas condições do mundo biofísico, de onde vem a energia e matérias-primas para funcionamento da economia, envolvendo elementos econômicos e biofísicos. A economia tradicional despreza a relevância dos processos biofísicos, o que induz estudos e pesquisas da intitulada Economia Ecológica. Nos estudos da economia Ecológica, numa dimensão transdisciplinar, buscando a integração das disciplinas economia / ecologia e fazendo uma análise integrada dos dois sistemas, há abordagens próximas da economia e da ecologia. Incorporam-se princípios biofísicos, econômicos, formas diversas de mediação, tornando a economia Ecológica um campo heterogêneo em comum. Para se estabelecer as relações dos recursos ambientais e o funcionamento do sistema econômico deve-se compreender: fluxos, balanços materiais e energéticos, princípios biofísicos e termodinâmicos. Trata-se da relação entre processo econômico utilizando princípios da física para se entender as relações entre meio ambiente e processo econômico. É um novo 3

desafio para o progresso material, ampliando-se a noção de desenvolvimento sustentável. Nessa visão o problema econômico de um grupo de indivíduos em termos de alocação eficiente dos recursos disponíveis é também de avaliar o requisito de sustentabilidade, que significa encontrar soluções eficientes e compatíveis com os limites impostos pela natureza A natureza, o ecossistema, regras biofísicas e termodinâmicas determinam o que se pode alcançar em dada situação  tamanho do sistema econômico, O foco central da teoria econômica tradicional é a locação eficiente que deve ser empreendida uma vez indicada a economia do que se pode sustentar. A economia tradicional, voltada para situações de curto prazo, quando se tem a dotação de recursos existente, não oferece base firme para se alcançar soluções de longo prazo ecologicamente sustentáveis. Propõe-se que se reformule a visão do processo econômico para que o conceito de desenvolvimento sustentável seja considerado com rigor. A economia ecológica pretende fundamentar uma nova ciência de gestão da sustentabilidade O conceito de desenvolvimento sustentável e eqüitativo impõe-se como um novo paradigma,(PEARCE,2004) amparado em vários princípios: i conservação da natureza desenvolvimento sustentável, atender as necessidades humanas fundamentais; buscar a eqüidade e justiça com autodeterminação social, respeitar a diversidade cultural; e conservar a natureza, mantendo a integridade ecológica. A sustentabilidade proposta pelos economistas ecologistas, parte do conceito de espaço ambiental, implicando em considerar a situação socioambiental em todos os locais que se inter-relacionam economicamente A partir dos anos 80, a sociedade reage com maior intensidade, de forma rápida e eficiente, contra o avanço da degradação ambiental, difundindo-se com rapidez, a consciência da preservação ambiental no sentido de práticas de negócios “ecologicamente corretas” interagindo desenvolvimento econômico com o meio ambiente, incluindo o caráter sociopolítico. (SILVA,TARALLI,1996;DONAIRE,1994) Um novo “paradigma”, onde sejam buscadas de forma integrada: eficiência econômica, justiça social e harmonia ecológica. A interação entre economia e meio ambiente contribui para se encontrar o caminho para implementação de um novo conceito :Desenvolvimento Econômico Sustentado.(ANDRADE, 1997).

Constitui-se num grande desafio compatibilizar desenvolvimento econômico com o meio ambiente. Nesta visão , Amory e L.H.Lovins,(2000) sugerem que ‘as empresas adotem quatro princípios do capitalismo natural: 1) O aumento radical da eficiência dos recursos: Usar os recursos de maneira de 10 a 100 vezes mais produtiva.2) Biomimetismo: Nenhum desperdício ,nenhum veneno.3) A “economia das soluções”: A mudança do modelo de negócios, da venda de mercadorias ao leasing de um fluxo contínuo de serviços que vão ao encontro das necessidades dos clientes.4) Reinvestimento no capital natural: Incrementar a produção de serviços biológicos e serviços de ecossistemas. Concluem que Empresas que reduzem o desperdício de energia e material poderão fornecer um trabalho melhor para um número maior de pessoas - a fonte primordial das inovações’. Como proposta, a economia ecológica apresenta uma visão holística e ecológica abrangente dos sistemas a serem estudados, dando especial importância ao meio ambiente, diferença clássica da economia tradicional. Para uma visão ampla da abrangência da Economia Ecológica, confrontando com os demais conceitos de economia (CAMPOS, 2003), ver TABELA 1.

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TABELA 1 – Principais diferenças entre a Economia do Meio Ambiente (Neoclássica) e a Economia Ecológica

Economia do Meio Ambiente

Economia Ecológica

Abordagem geral

Mecanicista – o meio ambiente é apenas um anexo independente do sistema econômico

Sistêmica – o meio ambiente é um sistema complexo, no qual está integrado o sistema econômico

Abordagem tecnológica

Otimista – a tecnologia pode solucionar todos os problemas

Preventiva – a tecnologia não é a solução e pode gerar problemas ainda desconhecidos

Abordagem teórica

Monodisciplinar

Multidisciplinar

Objetivo

Maximizar a utilidade do uso dos sistemas ecológicos pelo sistema econômico

Promover o desenvolvimento econômico sustentável com o meio ambiente

Escala temporal

Curto prazo

Longo prazo

Escala geométrica

Local e internacional

Local e global

Teoria do valor

Baseada na satisfação das necessidades pessoais

Não tem. Pode ser baseada na energia

Recursos naturais

Devem ser alocados no mercado do modo mais eficiente

Definem potencial do desenvolvimento econômico

Sustentabilidade

Busca a sustentabilidade dos recursos economicamente interessantes para manter o funcionamento da economia

Busca a sustentabilidade como forma de manter e melhorar a qualidade de vida das pessoas

Valoração econômica

Pode ser realizada somente com base na teoria e no ferramental da economia

Necessita um amplo conhecimento transdisciplinar para poder ser feita adequadamente

FONTE – MOTA, 2001, modificado

3.2 Produção Limpa e Mais Limpa Cada vez mais indústrias estão adotando os conceitos da Produção Mais Limpa. Fazem mudanças profundas nos processos de produção e produtos, racionalizando o consumo de matéria-prima, energia, água e evitando a geração de resíduos. Isto é a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, ampliar ou racionalizar a capacidade produtiva, aumentando a eficiência no uso de matérias-primas, prevenindo a geração de resíduos minimizando ou reciclando e reentrando no processo produtivo. 5

Esta abordagem induz inovação nas empresas, dando um passo em direção ao desenvolvimento econômico sustentado e competitivo. Tecnologias ambientais convencionais trabalham principalmente no tratamento de resíduos e emissões gerados num processo produtivo. São as técnicas de fim de tubo: “Manter a atitude de criar o problema para depois ir atrás do prejuízo”. A Produção mais Limpa pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, reduzindo os resíduos e as emissões em quantidade e elevando a qualidade ambiental. Técnicas de Produção mais Limpa num processo produtivo requerem estratégias, em função de metas econômicas, tecnológicas e ecológicas. Os fatores econômicos são instrumentos para se avaliar e definir a adaptação de um processo produtivo e como minimizar impactos ambientais. Os fatores ambientais serão prioritários, os aspectos econômicos conseqüências. Poluição é perda de matéria  energia  afetando os custos e receitas das empresas. Uma proposta de produção mais limpa contempla: avaliação técnica, econômica e ambiental do processo produtivo, identificando oportunidades de ganhos na eficiência, fazendo uma avaliação econômica e financeira das modificações sugeridas e identificando as oportunidades de redução do custo global da empresa. Esta metodologia pode ser aplicada também no comércio e serviços, e atividades do setor primário. A prioridade é a redução da poluição na fonte, com mudanças nos produtos e processos além de propor a reciclagem interna, bem como a externa como o reúso dos resíduos e emissões. A produção limpa é uma proposta mais abrangente do que a produção mais limpa. Visa atender as necessidades de produtos de forma sustentável, uso eficiente de energia renovável, materiais não nocivos, conservando a biodiversidade. A Produção Limpa usa o sistema circular onde há aproveitamento máximo da matéria disponível utilizável como fonte de energia. Como princípio, a Produção Limpa identifica a necessidade real do produto buscando formas para que essa necessidade seja satisfeita de forma econômica, sem desperdícios. Propõe o Princípio Precautório que tem como pressuposto que a maioria dos problemas ambientais — aquecimento global, poluição tóxica, perda de biodiversidade — tem origem na forma e ritmo de produção e consumo dos recursos. Prevê que o ônus da prova fique a cargo do agente poluidor em potencial, o qual deve demonstrar que certa substância ou atividade não causará danos ambientais, em vez das comunidades envolvidas comprovarem a existência do dano. No enfoque Preventivo considera que é mais barato e eficiente prevenir danos ambientais do que tentar remediar ou controlar. Deve-se partir do início do processo de produção prevenindo o problema na fonte. Considera necessária a participação popular nas decisões políticas e econômicas envolvendo todas as pessoas afetadas pelas atividades industriais como trabalhadores, consumidores e comunidades. Deve-se adotar uma abordagem holística e integrada para o uso e o consumo de recursos ambientais evitando que os poluentes sejam transferidos entre o ar, a água e o solo. Agindo nas atividades de segurança e higiene do trabalho industrial, e afins, previne as doenças ocupacionais, reduzindo os riscos de acidente, a influência da periculosidade e insalubridade, construindo um ambiente saudável e motivador da 6

produtividade qualitativa. Elevando, portanto, a qualidade de vida, a produção limpa conduz a economia na direção da ecologia. O Greenpeace, como organização baseada nos princípios de defesa e preservação do meio ambiente, tem sido um instrumento motivador de se produzir limpo, incentivando o consumo de produtos ecológicos, fazendo circular na economia a “energia limpa”. Imagine locais onde se possam adquirir produtos confiáveis e ecologicamente apropriados para o consumo, nos quais a matéria-prima proveniente da natureza foi aplicada e utilizada segundo os conceitos de produção limpa! E assim concebidos, evitam agredir e respeitam o meio ambiente, oferecendo a opção pelo consumo de produtos renováveis, que evitam provocar impactos ambientais atraindo consumidores interessados na saúde e meio ambiente. Como exemplo um espaço, cujo arranjo interno tenha utilizado tintas, móveis e equipamentos auxiliares, produzidos com insumos orgânicos, sem causar danos à natureza e que ofereça ao consumo produtos isentos de aditivos químicos e alimentos certificados por órgãos internacionalmente reconhecidos. Produtos desenhados para utilizarem matéria-prima renovável, promovendo a cultura da preservação ambiental. Esta aparente utopia tende a se tornar uma realidade brevemente. Produzir limpo requer mudança de atitude em relação aos costumes tradicionais evitando que as atividades humanas sejam poluentes e contaminantes, mas que sejam direcionadas preservando a diversidade cultural, de forma a assegurar a capacidade das gerações futuras em atenderem suas necessidades. A realidade ambiental mostra que, com as tecnologias limpas, é possível se produzir em escala industrial e comercial sem causar danos ao meio ambiente. O consumidor ao escolher um produto ecologicamente correto está exercendo o seu discernimento em preservar a existência humana e o planeta. A produção limpa, na sua abrangência, minimiza os resíduos industriais nos processos, também por atuar através das técnicas de manutenção incluindo as de inspeção em geral. Dentre elas destacam-se as preditivas, consideradas também de monitoramento, e as preventivas, nas quais são adotados conceitos de antecipação, corrigindo o defeito antes da quebra do equipamento ou trocando as peças que atingiram o fim de vida útil. Tais procedimentos evitam o dano, impedem vazamentos de produtos, perdas na produção e a contaminação ambiental. Também adotam técnicas de despoluição dos solos, removendo metais pesados que, sobretudo, contaminam os lençóis freáticos. Recuperando áreas degradadas, promovem o reflorestamento. Nos projetos de produção limpa se antevê o futuro, já na concepção do design, de forma que a energia utilizada seja aproveitada com rendimento máximo, reduzindo a ação entrópica, e obedecendo o princípio de conservação de energia. Observa-se a análise do ciclo de vida, como ferramenta estratégica, para se avaliar o potencial impacto ambiental referente a um produto, atividade ou processo ao longo de todo o seu ciclo de vida. Requer, portanto, uma visão antecipativa durante toda fase de um projeto com ações de inspeção rigorosa e acompanhamento, desde o desenvolvimento da Engenharia Básica , implantação e funcionamento. As reflexões de Frosch (1996) sobre uma nova ecologia nas empresas incluem a visão de que os projetistas incorporem em seus projetos a prevenção de perdas e desperdícios, utilizando subprodutos úteis numa cadeia de suprimento interconectada, análoga ao sistema natural, para que a minimização dos resíduos venha a se constituir num atributo do sistema industrial. Apesar da segunda lei da termodinâmica impedir a 7

transformação de todo calor de um sistema de energia em trabalho, a perda aparece como resíduo material ou calor contido. A ecologia industrial observa que os organismos usam qualquer fonte de materiais úteis como alimento; os materiais e a energia são reciclados pela natureza. A energia que liga materiais, formando compostos, pode decompô-los. Para mobilizar os processos que aumentam a ordem ou padrão, que tem valor para os seres humanos, decompondo as misturas em compostos primitivos, agregando átomos em moléculas, precisa-se de energia para mobilizar os processos de entropia. A disponibilidade e o custo da energia dirão qual processo é economicamente útil para as transformações. A literatura Prevenção da Poluição, enfatiza que: “As economias não serão suportáveis por muito tempo, a menos que o ambiente natural que o sustenta, o seja. Indica ações que possam: atender à demanda do fator 10 num horizonte temporal de 50 anos: Ou seja, aumentar a ecoeficiência, produtividade dos recursos naturais em 10 vezes. Segundo Kiperstok et al. (2003): “A produção limpa, tem relação com valores e comportamentos dos agentes econômicos e sociais, como foco principal a não geração de resíduos, conceito que está ligado ao de produção limpa em que se usa técnicas de menor consumo de recursos naturais, e menor impacto ambiental negativo”. Em tendências para o futuro, indica a diretriz a ser adotada: “[...] quebra de paradigma, adoção de práticas inovadoras, assumir desafios com base numa projeção do futuro, observando os avanços necessários para se atingir objetivos num horizonte cada vez maior, que é a chave para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.” 3.3 Desenvolvimento Sustentável: Objetivo Comum A economia ecológica e a produção limpa são interdependentes. Ambas trabalham em direção ao desenvolvimento sustentável. A produção limpa como disciplina da economia ecológica é o vetor para fazer a economia funcionar, utilizando a matéria-prima da natureza, respeitando sua capacidade regenerativa e preservando o meio ambiente para as futuras gerações. Desenvolver sem poluir, crescer sem destruir, conservar os meios de sobrevivência respeitando o ciclo da vida.

4 Bom negócio na Economia: Lucratividade Garantida com Produção Limpa Analisando um novo modelo de negócios, baseado na preservação da natureza, Amory e Lovins (2000) apontam para uma nova forma de fazer negócios, conferindo o devido valor à natureza e às pessoas, enfatizam que os EUA apesar da economia de 200 bilhões de dólares/ano em energia não chega a um décimo do potencial que as leis da física (base dos princípios da economia ecológica) permitiriam poupar, constituindo uma oportunidade de negócios. Iniciativas segundo as propostas de uma economia ecológica tem sido bemsucedidas na indústria e no agronegócio.

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Para a ONU, os agentes financeiros devem atuar para mostrar que os negócios no setor ambiental podem gerar lucros para as empresas e estimam que no setor de "energia limpa" o mercado mundial movimentará US$ 2 trilhões até 2020 .(Ciência e Meio ambiente,2002) 4.1 Casos na Indústria Na escala industrial, estudos científicos de Michael E. Porter e Class Van Der Linde (1995) indicam que a economia mundial está em transição, afirmando que “o novo paradigma tem implicações no debate da política ambiental, como abordá-la em abrangência, entrelaçando a melhoria ambiental e a competitividade”, e que a “poluição é uma forma de desperdício  Poluição = Ineficiência , nova visão que evoca a revolução da qualidade dos anos 1980 e que o conceito de produtividade dos recursos pode confrontar os custos totais dos sistemas com o valor associado a qualquer produto e custos ocultos no ciclo de vida. Com produção limpa, sistemas inovadores tornam-se lucrativos, usando estratégias competitivas essenciais, com o lema: “Verde e Competitivo”. Os holandeses criaram um sistema de ciclo fechado para cultivo de flores em estufas, água e lã de vidro  não em solo  eliminando o risco de contaminação, uso de fertilizantes e pesticidas, com nutrientes inclusos no meio circulante, reutilizável. Alcançaram: redução do impacto ambiental, custos, qualidade no produto, elevada competitividade global e 65% das exportações mundiais de flores cortadas. Inovaram nos estágios da cadeia de valores, criando tecnologia limpa e insumos especiais, compensando as desvantagens naturais do país. Produtividade dos recursos, melhoria ambiental e competitividade andam juntos. Dez fabricantes de placas de circuitos impressos, conseguiram 12 resultados em redução de custos e cinco na ampliação da capacidade de produção, com qualidade. Indústria química Americana usou controle estatístico do processo para reduzir a variação nos processos, eliminando desperdício, com melhoria da qualidade e desempenho ambiental. Reduziu o uso de soda cáustica, eliminando 6.000 t/ano de resíduos, reutilizados em parte como matéria-prima noutros processos, obtendo uma economia anual supererior a 2 milhões de dólares. Empresa Francesa do ramo Químico Textil aplicou 76 milhões de francos em equipamentos para recuperar diácidos, subprodutos do nylon, como aditivos para tinturas e curtimento, como agentes de coagulação, podendo vendê-los. Este novo processo gerou uma receita de 20 milhões de francos. Industria Química de amplo mercado internacional eliminou o uso de solventes em revestimentos, trocando por produto à base de água, reduzindo resíduos perigosos em 110 t/ano, obtendo economia superior a 200 mil dólares/ano. Uma companhia Alemã do ramo da Química Fina substituiu em seu processo produtivo o ferro gerador de lama por um agente de conversão química, evitando despejo nos fluxos de água. Ganhou 40% de rendimento na sua produção e economia de 740 mil dólares/ano. Produtores de eletrodomésticos japoneses redesenharam produtos, cortando 16% de componentes de uma lavadora e 30% de componentes de um aspirador de pó. Uma Corporação de Indústrias Químicas descobriu um meio de remover benzeno do alcatrão de hulha da sua eliminando o uso dos cobertores de gás, e economizou 5,3 milhões de dólares .

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4.2 Casos na Agricultura O rumo atual no agronegócio é lucrar investindo na produção naturalmente limpa de alimentos, oferecendo ao consumidor mercadorias ecologicamente corretas. Estudo de caso em usinas de cana-de-açúcar mostrou beneficio econômico, financeiro e ambiental internalizado, usando vinhaça como fertilizante, evitando a poluição na fonte, alcançando uma produtividade de 47,8% na produção de cana e reduzindo seus custos, além de benefícios para o meio ambiente e bem-estar social A vinhaça utilizada como fertilizante evita poluir o ambiente. Todo resíduo formado é devolvido à cultura (MELLO, 2003). Conforme divulgação em “Informações Agronômicas n o 29” da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campos Gerais, “[...] o novo milênio na agricultura, surge com oportunidades de negócios na agricultura brasileira, observando o respeito ao meio ambiente com produção limpa, em prol do desenvolvimento sustentável [...]”, raiz em que se fundamenta a economia ecológica. Agricultura sustentável, aprimoramento genético, produção limpa e qualidade. A horticultura e fruticultura limpas, foco produtivo da nova agricultura brasileira, seguem essa filosofia. É o caso da maçã e do pêssego cultivados no Rio Grande do Sul e da manga e da uva irrigadas no Vale do São Francisco. São mais de 3.000 fruticultores organizados num sistema integrado para garantir uma produção digna de mercados exigentes, como Europa e Japão. Outras frutas, como melão, banana, abacaxi e coco, vão ter mais espaço na pauta de exportações, que somou US$ 170 milhões em frutas frescas em 2000. Qualidade, é a tônica atual para firmar-se no mercado internacional. A pesquisa no Brasil por longo tempo esteve voltada para produtividade. Percebe-se que a tendência atual é garantir qualidade, com uma produção agrícola limpa, cultivando-se com adubos naturais para se obter safras de alimentos naturais com alto valor nutritivo. Com o aprimoramento genético de sementes feito pela Embrapa, que há 25 anos pesquisa mais de 100 variedades de cultivos resistentes a pragas e doenças, tendo aplicado na área de melhoramento genético R$ 5,4 milhões/ano em pesquisas de soja e R$ 1,9 milhão em algodão, chegou-se a R$ 200 milhões no período. 4.3 Tecnologias Limpas: Negócio Promissor Segundo a divulgação do projeto Agro/Naturlink (2004), “energias alternativas, como a solar, geotérmica, eólica, hídrica, florestais, são favoráveis ao meio ambiente, inesgotáveis e encaradas como decisivas no efeito estufa com redução da dependência de fontes energéticas externas e uso da biomassa”. A produção via energia limpa baseada nos princípios biofísicos e leis da termodinâmica é a base em que se fundamenta a economia ecológica. Segundo Alves (2004), investigador que lidera as pesquisas nessa área, no Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia, o arquipélago de Serra do Cume terá, até 2005, uma central de produção de hidrogênio. Químicos da Universidade de Massachusetts em Boston dizem ter descoberto um meio de duplicar a eficiência de um processo de produção de 10

hidrogênio movido à energia solar. O avanço elimina dúvidas quanto ao beneficio ambiental dos veículos movidos a célula combustível. Há vários projetos desenvolvidos tais como: veículos elétricos e a hidrogênio, pilha de combustível, biodiesel, energia elétrica a partir de sistema fotovoltaico/eólico, tecnologia de células solares e biomassa, com os quais deve-se conseguir que as energias renováveis representem metade do consumo mundial a partir de 2050. A central solar de Amareleja em Portugal evitará que sejam lançadas na atmosfera 28.320 t. de CO2. Em função desta visão nova da economia ecológica, a indústria de energias alternativas fatura dez mil milhões de euros/ano, devendo quadruplicar em 15 anos. Empresa ecologicamente correta, pesquisa realizada junto ao IBP, fabrica tijolos curados ao sol, evita queima de lenha, reduz resíduos em 30% e tem qualidade no conforto termo/acústico (AMILTON, 2004). A Fundação ZERI (pesquisa em emissão zero – Paraná), tem projetos com vantagens de lucro, produtividade e uso de tecnologias limpas, com o uso da biomassa como fonte de energia. Gravitis (1999) afirma: “Produção total + inovação = Resíduo zero + competitividade e que biodigestores agrícolas podem obter produto de alta concentração de nutrientes, como adubo fertilizante para vegetais.” Uma pesquisa na UFRN testou com sucesso o reaproveitamento de efluentes para a produção de flores e cultivo de milho para alimentar gado, com produtividade superior ao método convencional (PEGORIM, 2004) A General Hidroponics (1999)  California  desenvolveu tecnologia “Aero-hidroponics”. As plantas crescem sem substrato, num fluxo de solução nutritiva balanceada, saturada com oxigênio, permitindo que se cultive em qualquer lugar. Usa materiais reciclados e energia solar. O sistema é usado pela NASA, que utiliza “Flora-series e o Aeroflo”, nos estudos das culturas na estação espacial.

5 As Leis da Termodinâmica na Economia Ecológica e Produção Limpa: Balanço de Energia e Matéria O meio ambiente permite ao homem usá-lo em três funções econômicas básicas: 1. Cede os recursos naturais  energia, materiais  para produção. 2. Fornece bens e serviços. 3. Assimila dejetos, com sua capacidade de absorver os resíduos da atividade humana. Define-se energia como a capacidade de realizar trabalho, a qual se comporta segundo leis termodinâmicas.(WYLEN et al,2003)  A primeira lei é a da conservação de energia: a energia não pode ser criada ou destruída, mas transformada noutra forma. A luz pode ser transformada em trabalho, calor, na energia dos alimentos, porém nenhuma parte dela pode ser criada ou destruída. 11

 A segunda lei é a da entropia, segundo a qual não ocorrem processos de transformação expontâneos, a menos que haja uma perda de qualidade  passagem de uma forma concentrada para uma mais dispersa, tal como ocorre com um objeto mais quente num ambiente natural, o calor irá se dissipar para o ambiente mais frio. A entropia, é a medida da energia não disponível que resulta das transformações. Em conseqüência quanto menor a entropia, maior é a eficiência do processo de transformação. Esta lei declara que a disponibilidade para que a energia realize algum trabalho se esgota devido à sua tendência à dispersão (se degrada). A energia também se dispersa dos depósitos de energia ou sumidouros de calor necessários devido à segunda lei. Os joules de energia que fluem pelo sumidouro de calor não estão disponíveis para realizar mais trabalho porque a energia se encontra demasiadamente dispersa. A energia que se dispersa é energia utilizada, não é energia desperdiçada; sua saída do sistema é parte inerente e necessária para todos os processos, biológicos ou qualquer outro. Estas leis são aplicáveis em diversas situações, como duas leis da física mais importantes. Qualquer sistema, natural ou artificial deve estar de acordo com elas, senão fracassará. Na medida em que não podemos criar, em destruir a energia, mas transformála, as relações entre os sistemas econômicos e o meio ambiente são tais que tudo que é retirado do meio ambiente deve reaparecer nele mesmo, como produto ou dejeto a ser transformado. Apenas a título de exemplo de como estas leis são usadas pelos seres humanos, façamos uma análise do que acontece nos motores de combustão, utilizados nos veículos de transporte. A equação de equilíbrio dinâmico das máquinas com base nas leis da termodinâmica é definida a seguir: Trabalho motor é igual ao trabalho útil mais o trabalho passivo. Sejam : Tm

trabalho motor (o total da energia necessária no esforço exercido).

Tu

trabalho útil (a parte da energia utilizada para se realizar o que se

Tp

trabalho passivo (a parte da energia dissipada, consumida pelas resistências passivas). As resistências passivas são aquelas provenientes do atrito dos mecanismos, das vibrações, dos choques, da gravitação.

pretende).

Portanto teremos: Tm : Tu  T p

(1)

A relação do rendimento em percentagem é dado por:

12

%R 

Tu .100 Tm

(2)

Observe que na equação (1), quanto menor for o trabalho passivo maior será o trabalho útil e assim pela equação (2), maior será o rendimento do sistema. O que se pretende para a economia ecológica e na produção limpa é a correta utilização destes princípios de tal forma que se utilize ao máximo a energia disponível, conservando o meio ambiente na direção de um desenvolvimento sustentável. T é potência, em que t é tempo, Considerando-se que o trabalho realizado no tempo t teremos da equação (1) a função potência motriz igual a potência útil mais perda de potência. Sejam: Pm

potência motriz

Pu

potência útil

Wp

perda de potência

Sabendo-se que: Potência motriz é igual a Trabalho dividido pelo tempo ,ou seja: P

T , t

então teremos:

Tp Tm Tu T p  W p ,então teremos:   ,considerando-se que t t t t Pm  Pu  W p

Conclui-se que minimizando as perdas, há redução na dissipação de energia, permitindo-se a execução de mais trabalho com a mesma potência calculada ou reduzir essa potência e realizar o mesmo trabalho útil, conservando-se energia, representando ganhos econômicos consideráveis. As ações da produção limpa seguem na direção da prevenção de desperdícios de energia desenvolvendo tecnologias apropriadas ou aprimorando os processos já existentes. No exemplo específico das máquinas e ou equipamentos encontram-se diversas atuações da produção limpa: a) Prevenção da poluição - Tecnologias apropriadas à conservação do meio ambiente: combustíveis de origem renovável (álcool, óleos vegetais, biomassa, hidrogênio, gases produzidos a partir de biodigestores). 13

b) Minimização das resistências passivas - Lubrificantes com tempo de vida útil prolongada: óleos e graxas a partir de fontes renováveis ou sintetizados por meio de processos não poluentes. Redução do atrito e perdas de calor. - Usinagem de precisão: utilização de materiais de maior qualidade, isentos de contaminantes. Redução de choques, vibrações, transferência de calor, obtendo-se alinhamentos precisos. - Materiais leves, com maior resistência, isentos de impurezas e obtidos a partir de processos limpos, para fabricação de equipamentos em geral. Redução no peso significa menor ação gravitacional, diminuindo a ação resistente passiva e obtendo-se ganhos de energia. Fabricação de veículos leves e mais resistentes. 2- Energia Livre como fonte de Potência Motriz. A energia livre está disponível na natureza, devendo ser utilizada a partir de uma nova visão de utilização desta energia, permitindo-se a renovação natural das fontes, conservação de energia, redução dos impactos ambientais, utilização de resíduos como matéria-prima de processo, eliminando as perdas e a poluição. Neste aspecto a produção limpa propõe desenvolver tecnologias e procedimentos de conservação, tais como, aplicar os princípios biofísicos nos ciclos das florestas responsáveis pela manutenção de rios como fonte de energia hidráulica. Uso dos ventos para produção de eletricidade e movimentação de mecanismos diversos: bombas hidráulicas, geradores elétricos, assim como nos primórdios, a roda d’água e os moinhos de vento. Utilizar a energia das marés para geração de eletricidade Ampliar a captação da energia solar com células de alto rendimento. Estas possibilidades vão sendo ampliadas ao passo que os processos de fabricação vão se tornando limpos, reduzindo as perdas de energia, diminuindo a ação da entropia e redirecionando-se as energias economizadas para o trabalho útil, aumentandose os rendimentos em todas as etapas dos processos produtivos e dos mecanismos em geral.

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A Figura 1 apresenta um fluxograma do balanço de energia e matéria no sistema econômico considerando nele as ações da produção limpa.

Seguindo o principio de prevenção da poluição na fonte, resíduos da produção podem ser reutilizados como matéria prima de produção noutro processo. Também podendo recuperar os resíduos, podem voltar para novo processamento. Neste propósito, as pesquisas podem ir desenvolvendo novos produtos, aperfeiçoando os processos industriais, melhorando os projetos. Assim poderão conservar mais energia, reduzir a ação da entropia, obtendo ganhos econômicos consideráveis. A integração do meio ambiente com a economia, deve ser feita com base nos princípios da Produção Limpa, observando o novo horizonte oferecido pela denominada Economia Ecológica , em prol do “desenvolvimento sustentado”.

6 Conclusão O futuro da espécie humana depende da necessidade de se ampliar a consciência ambiental. Fazer a humanidade tomar um novo rumo, se assim deseja sobreviver. Promover o desenvolvimento de tecnologias limpas, aplicando as leis físicas de forma apropriada, saindo do velho modelo de fim de tubo, para a equação circular. Abandonar os conceitos destrutivos da economia obsoleta e avançar para o novo paradigma, de prevenção da poluição na fonte, fazendo circular energia limpa segundo a proposta da intitulada Economia Ecológica. Desenvolver um novo olhar, com a visão de que se pode 15

ir adiante unidos com a natureza, obtendo-se os ganhos essenciais, rumo a uma economia saudável. Referências ALVES,MÁRIO. Serra do Cume produz hidrogênio em:www.cleanenergy.blogspot.com Acesso em:28/08/04

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