Ecossistemas de inovação: uma meta-síntese

June 14, 2017 | Autor: Marcos Ferasso | Categoria: Inovação
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Descrição do Produto

Organizadores Fernando Antonio Prado Gimenez

Emerson Carneiro Camargo Alexandre Donizete Lopes de Moraes

Franciele Klosowski

Inovação e Cooperação:

A Relação

Universidade-Empresa

INOVAÇÃO E COOPERAÇÃO: A RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA Organizadores: Fernando Antonio Prado Gimenez Emerson Carneiro Camargo Alexandre Donizete Lopes de Moraes Franciele Klosowski

Realização Agência de Inovação UFPR Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Universidade Federal do Paraná &DSDH3URMHWR*UiÀFR(GLWRULDO Liriane Knapik Diagramação Lais Romero Pancote (PDLOSDUDFRQWDWR [email protected]

E24 Inovação e cooperação: a relação universidade-empresa \ Fernando Antonio Prado Gimenez ... [et al.], organizadores. – Curitiba: UFPR, 2015. 192 p. : il. Vários autores. ,QFOXLELEOLRJUDÀDV ISBN: 978-85-87801-28-9 1. Inovações tecnológicas. 2. Cooperação universitária. 3. Transferência de tecnologia. I. Gimenez, Fernando Antonio Prado, 1957-. II. Universidade Federal do Paraná. Agência de Inovação. CDD 378.103 Bibliotecário: Arthur Leitis Junior - CRB 9/1548

ISBN: 978-85-87801-28-9 Todos os direitos reservados à Agência de Inovação UFPR. Tel.: (41) 3360-7416 E-mail: [email protected] Site: www.inovacao.ufpr.br

AUTORIDADES DA UFPR Reitor Zaki Akel Sobrinho 9LFH5HLWRU Rogério Andrade Mulinari 3Uy5HLWRUGH$GPLQLVWUDomR Edelvino Razzolini Filho 3Uy5HLWRUDGH$VVXQWRV(VWXGDQWLV Rita de Cássia Lopes 3Uy5HLWRUDGH([WHQVmRH&XOWXUD Deise Cristina de Lima Picanço 3Uy5HLWRUDGH*HVWmRGH3HVVRDV Laryssa Martins Born 3Uy5HLWRUDGH*UDGXDomRH(GXFDomR3URÀVVLRQDO Maria Amélia Sabbag Zainko 3Uy5HLWRUGH3HVTXLVDH3yV*UDGXDomR Edilson Sergio Silveira 3Uy5HLWRUDGH3ODQHMDPHQWR2UoDPHQWRH)LQDQoDV Lucia Regina Assumpção Montanhini

AGÊNCIA DE INOVAÇÃO UFPR 'LUHWRUD([HFXWLYR Elenice Mara Matos Novak &RRUGHQDGRUGH(PSUHHQGHGRULVPRH,QFXEDomRGH(PSUHVDV Cleverson Renan da Cunha &RRUGHQDGRUGH3URSULHGDGH,QWHOHFWXDO Alexandre Donizete Lopes de Moraes &RRUGHQDGRUHVGH7UDQVIHUrQFLDGH7HFQRORJLD Elenice Mara Matos Novak/Alexandre Donizete Lopes de Moraes 6HFUHWiULD([HFXWLYD Franciele Klosowski (VWDJLiULR Robert Adonias Costa Gomes

Zaki Akel Sobrinho $SUHVHQWDomR A Universidade Federal do Paraná, em seu tripé de ensino-pesquisa-extensão, gera inovações em diversas áreas do conhecimento. A partir de 2008, com a criação da Agência de Inovação, esta Universidade GHÀQLXXPDPELHQWHTXHDJUHJDHVIRUoRVjSURGXomRGDSHVTXLVDHLQRYDomRWUD]HQGREHQHItFLRVjVRFLHGDGHHPGLIHUHQWHViUHDVGHDWXDomR A Agência publica anualmente um livro que aborda temas referentes ao Empreendedorismo e Inovação, visando auxiliar na compreensão da relação Universidade-Empresa. Esta edição se baseia em estudos e experiências sobre a evolução da inovação no Brasil, sobretudo no campo da gestão pública do transporte, esforços de inovação realizados por universidades em empreendedorismo e agronegócio, bem como alianças cooperativas e mecanismos de apoio que integram empresas, universidades e organizações VHPÀQVOXFUDWLYRV Esperamos que a leitura seja profícua e contribua para a consolidação de movimentos integradores nas Instituições, demonstrando cada vez mais o papel da inovação para o desenvolvimento sustentável do País. Zaki Akel Sobrinho Reitor da Universidade Federal do Paraná

680É5,2

CAPÍTULO 1: O SISTEMA DE TRANSPORTE DE CURITIBA – INOVAÇÕES E DESAFIOS

Luiz Aurélio Virtuoso Silvia Mara dos Santos Ramos Página 11 CAPÍTULO 2: INOVAÇÃO: ASPECTOS HISTÓRICOS E O BRASIL ATUAL

Admir Pancote Página 33 CAPÍTULO 3: INOVAÇÃO NO AGRONEGÓCIO: CASO DO PROJETO TECNOPARQUE FAZENDA EXPERIMENTAL GRALHA AZUL DA PUCPR

Paulo Renato Parreira Página 57 CAPÍTULO 4: APRENDER A EMPREENDER EM QUINZE MINUTOS: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DESTE OBJETO DE APRENDIZAGEM

Dieval Guizelini Sandramara Scandelari Kusano de Paula Soares Silvia Teresa Sparano Reich Página 71 CAPÍTULO 5: RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA NO BRASIL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

Lívia Maria dos Santos Walter Shima Página 85

CAPÍTULO 6: CAPACIDADES RELACIONAIS E INOVAÇÃO: UM CASO DE ALIANÇA INTERSETORIAL

Fernanda Salvador Alves Andréa Paula Segatto Página 115 CAPÍTULO 7: INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA PARA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA: O CASO DA AGÊNCIA DE INOVAÇÃO UFPR

Fernando Antonio Prado Gimenez Emerson Carneiro Camargo Alexandre Donizete Lopes de Moraes Franciele Klosowski Robert Adonias Costa Gomes Página 131 CAPÍTULO 8: ECOSSISTEMAS META-SÍNTESE

DE

INOVAÇÃO:

UMA

Marcos Ferasso Adriana Roseli Wünsch Takahashi Fernando Antonio Prado Gimenez Página 145 CAPÍTULO 9: O DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS DE GESTÃO EM ATIVIDADES DE COLABORAÇÃO: UMA ANÁLISE DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE STARTUPS.

Luciano Minghini Página 173

ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO: UMA META-SÍNTESE

8

Marcos Ferasso Adriana Roseli Wünsch Takahashi Fernando Antonio Prado Gimenez $LQRYDomRRFXSDOXJDUGHGHVWDTXHHPSHVTXLVDVUHODFLRQDGDVj$GPLQLVtração de empresas, notadamente por ser esta um dos elementos-chave de sustentabilidade de qualquer negócio em qualquer setor da economia. No enWDQWRjPHGLGDTXHDFRQFRUUrQFLDVHWRUQDPDLVYHOR]HYRUD]DVHPSUHVDV necessitam de um constante investimento em atividades que favoreçam, nos seus níveis internos, a descoberta constante de inovações, o que permite que estas sobrevivam no mercado. Porém, ao passo que os mercados consumidores passaram a exigir cada vez mais destas empresas, viu-se surgirem problemas de ordem tecnológica no nível interno destas empresas: por vezes estas não possuem todos os recursos de que necessitam para inovar, o que requer novos modelos organizacionais para ultrapassar tais obstáculos. Na literatura sobre estratégia, as empresas buscam em diversas formas de parcerias a possibilidade de co-criar produtos e colocá-los no mercado, tais como visto em arranjos produtivos locais (ou clusters industriais (MARSHALL, 1920; LUNDWALL, 1985; PORTER, 1990), alianças estratégicas (DEVLIN e BLEACKLEY, 1988; EISENHARDT e SCHOONHOVEN, 1996; PARKHE, 1993) e redes (GRANDORI e SODA, 1995; HITE e HESTERLY, 2001; LECHNER e DOWLING, 2003), dentre RXWUDVSULQFLSDOPHQWHGHYLGRjQmRGLVSRQLELOLGDGHGRVUHFXUVRV :(51(5FELT, 1984; BARNEY, 1991) ou visando economia dos custos de transação (COASE, 1937). Em geral, os recursos são transacionados mediante contratos (WILLIAMSON, 2002) entre as empresas para a manufatura de um produto, dado que sozinhas não teriam condições de criá-lo. De igual forma, essas parcerias surgem quando as empresas não detêm, de forma isolada, o conhecimento total necessário para criar o mesmo produto (FOSS, 1996; GRANT, 1996). À medida que os produtos se tornam complexos, tanto em termos de componentes como quanto ao processo de fabricação dos mesmos, arranjos mais complexos de organizações são necessários, principalmente em setores onde a demanda de recursos especializados e a mão-de-obra altamente especializada são fatores essenciais. Estes laços criam interdependências entre estas empresas, indo além de algum tipo de parceria momentânea, para algo mais permanente em termos de relações e de longo prazo, a exemplo do surgimento dos clusters industriais de alta intensidade tecnológica (ou high-tech clusters), prevendo uma territorialidade e interdependência em seus conceitos (BRESNAHAN e GAMBARDELLA, 2004; FOSFURI e RØNDE, 2004; MAGGIONI, 1999; REES, 2005). No entanto, os setores em que há maior potencial de oportunidades de negócios - tais como nanotecnologia, biotecnologia, aeroespacial - requerem recursos e conhecimentos que estão dispersos não apenas em uma região JHRJUDÀFDPHQWHGHOLPLWDGD 8PD HPSUHVD SRGH FRFULDU XP SURGXWR FRP parceiros de países diferentes, o que pode ser facilitado pela proximidade

146

cognitiva (LAGENDIJK e LORENTZEN, 2007; MOLINA-MORALES, GARCÍA-VILLAVERDE e PARRA-REQUENA, 2014). Assim, a literatura dos clusters industriais e das cadeias produtivas (THOMAS e GRIFFIN, 1996; FISHER, 1997; LAMBERT e COOPER, 2000; CHRISTOPHER,  QmRpPDLVVXÀFLHQWHSDUDH[SOLFDURIHQ{PHQRREVHUYDGRPRGHUQDmente em setores de alta intensidade tecnológica. Dessa forma, surge o novo conceito de ecossistemas de inovação. O objetivo deste texto é apresentar a construção teórica, por meio de uma meta-síntese (HOON, 2013), do conceito de ecossistema de inovação. Para LVVRIRUDPREVHUYDGRVRVSRVWXODGRVGH+RRQ  FRPUHODomRjH[WUDomR análise e síntese de evidências qualitativas para a construção de tal teoria por meio de síntese interpretativa. A meta-síntese oportuniza uma criação prática GHWHRULDEDVHDGDSRUPHLRGRUHÀQDPHQWRGDVWHRULDVJHUDGDVHPHVWXGRV de casos selecionados. Ao contrário da meta-análise de estudos quantitativos, cujo caráter é agregador com ênfase em relações estatísticas, a meta-síntese embasa-se em uma perspectiva interpretativa (WALSH e DOWNE, 2005). Este capítulo está estruturado em quatro seções, além dessa introdução. A próxima seção apresenta o conceito de ecossistemas de inovação e seus antecedentes. Na terceira seção estão descritos os procedimentos metodológicos adotados bem como suas fases. Em seguida, a quarta seção descreve os artigos selecionados acerca da temática e discute a contribuição dos textos para a construção teórica VREUHHFRVVLVWHPDVGHLQRYDomR3RUÀPD~OWLPDVHomRHQFHUUDRWUDEDOKRDSUHsentando as principais conclusões e achados teóricos da pesquisa.

(YROXomRGRFRQFHLWRGHHFRVVLVWHPDVGHLQRYDomR O termo cluster se deve ao surgimento do conceito de aglomeração em Marshall (1920), que se interessava pelos estudos das aglomerações produtivas de HPSUHVDVTXHVHXQLDPHPXPGHWHUPLQDGRHVSDoRJHRJUiÀFRHHPVHWRUHV econômicos próximos e complementares cujos laços interdependentes as permitiam produzir produtos que não conseguiriam de forma isolada. Ainda na Economia, Schumpeter (1934) apontou que o caminho para o desenvolvimento econômico passaria necessariamente pelo empreendedorismo, funomR HFRQ{PLFD GLUHWDPHQWH UHODFLRQDGD j LQRYDomR H GHSHQGHQWH GR HVWDEHOHFLPHQWRGHXPDFXOWXUDYROWDGDjLQRYDomR3RUWDQWRpDHPSUHVDTXH combinando os recursos em diferentes métodos de produção, promove o desenvolvimento de novos produtos e inovações. Dahmén (1950, apud LANDSTRÖEM e LOHRKE, 2010), em sua tese sustentou que o desenvolvimento econômico se daria em contexto de blocos de GHVHQYROYLPHQWRGDQGRrQIDVHjVFRPSOHPHQWDULGDGHVRXVHMDDVGLIHUHQWHV partes que se combinam. E Perroux (1955) contribuiu com a teoria dos polos de crescimento a partir dos estudos da concentração industrial francesa. Perroux descobriu que atividades econômicas conexas tendiam a se atrair JHRJUDÀFDPHQWHHDIRUPDUFRQFHQWUDo}HVHPSRORVGHFUHVFLPHQWR

147

Lundwall (1985), seguido mais tarde por Nelson (1993), analisaram o desenvolvimento a partir dos sistemas nacionais de inovação. Freeman (1987 apud '25( GLVFtSXORGH/XQGZDOOHVHJXLQGRRVVHXVSRVWXODGRVDÀUPRX que a inovação passou a ser o foco de estudo nos clusters industriais, notadaPHQWHQRTXHVHUHIHUHjIRUPDomRGRVVLVWHPDVQDFLRQDLVGHLQRYDomRXP todo complexo formado por fatores de produção. Nos estudos da área da Estratégia, viu-se surgir a partir de Porter (1990) a aplicação do termo cluster para as aglomerações de empresas, a partir dos estudos feitos em aglomerações de empresas italianas, tal como feito por 3XWQDP  $SHUVSHFWLYDGDFRQFHQWUDomRJHRJUiÀFDSHUGXUDQRVSRVWXlados de McCann (2001) e Krugman (1991), dado que esta decorre de alguma evidência de retornos crescentes que este tipo de produção proporciona. Nas últimas duas décadas, o termo cluster industrial foi amplamente debatido, tais como nas pesquisas de Bathelt (2005), Dahl e Pedersen (2004), Krafft (2004), Iammarino e McCann (2006), Menzel e Fornahl (2007), Klink e Langen (2001), Karlsson, Johansson e Stough (2005), Karlsson, Johansson e Stough (2006), Bayliss (2007), Fleisher et al (2010), Chyi, Lai e Liu (2012), Biggiero e Sammarra (2010), Braunerhjelm e Feldman (2008), Casanueva, Castro e Galán (2013), e Kim e Jeong (2014). Em razão da evolução tecnológica e das novas formas de criação de novos produtos e de novas formas de organizações restou evidente a necessidade de um novo termo conceitual que considerasse a realidade atual. O conceito de cluster industrial engloba, além da aglomeração de empresas GH VHWRUHV SUy[LPRV H FRPSOHPHQWDUHV GD FRQFHQWUDomR JHRJUDÀFDPHQWH delimitada, e do apoio de uma governança (PROPRIS, 2001; SUGDEN, WEI e WILSON, 2006), uma estrutura maior que as empresas e que cumpre o papel de aglutinar todos os esforços dos diversos atores deste lócus produtivo. Em setores de alta intensidade tecnológica esta lógica da territorialidade SDUHFHID]HUPDLVVHQWLGRTXDQWRjSURGXomRHPHVFDODGHXPGDGRSURGXWR do que a sua criação ou (OCDE, 2011). Assim, pela limitação conceitual do termo, presenciou-se o surgimento de um novo conceito, que agora emerge da Biologia. Os aglomerados produtivos são considerados como ecossistemas de inovação, o que em muito decorre do conceito de cluster industrial pela integração dos mecanismos, cujas emSUHVDV FRRUGHQDP VHXV UHFXUVRV YROWDGRV j GHVFREHUWD GH LQRYDo}HV $'NER, 2006). A consideração da inovação em um ambiente com a perspectiva biológica também está presente em Luoma-aho e Halonen (2010) e Russell et DO  RHFRVVLVWHPDpXPVLVWHPDTXHDSUHVHQWDVHIDYRUiYHOjFDSWDomR de recursos e facilita o crescimento dos negócios, uma vez que grandes inovações não surgem de forma isolada. Revisitando a fonte do conceito de ecossistemas, a Biologia, este é entendido como o todo das relações conexas entre organismos vivos e o ambiente

148

(MORAN, 1990); uma unidade da ecologia formado por organismos, mateULDLVQmRYLYRVÁX[RVGHHQHUJLDTXHFLUFXODPGHQWURHIRUDGRVLVWHPDRTXH formaria um microcosmo dependente de fatores externos e este ecossistema p GHOLQHDGR SRU XP OLPLWH GLItFLO GH VHU GHÀQLGR SRU YH]HV HQWUHODoDGR D outros ecossistemas (BEYERS, 1964). E em se tratando da inovação, esta é entendida neste artigo na perspectiva de Schumpeter (1934), no que tange ao novo produto e ao novo processo pelo qual este é produzido. Em Zahra e Nambisan (2011) encontra-se a máxima de que as empresas perceberam a necessidade de captar redes de conhecimento que se encontram QmRPDLVORFDOL]DGDVJHRJUDÀFDPHQWHPDVGLVSHUVDVJOREDOPHQWHHTXHVHMDPQHFHVViULDVjGHVFREHUWDGHLQRYDo}HVSDUDPHOKRUVHUYLUDRVFRQVXPLGRUHV3RUWDQWRHVWHVHFRVVLVWHPDVYROWDGRVjLQRYDomRSHUPLWHPjVHPSUHVDV gerenciarem seus recursos diversos para descobrirem as inovações necessáULDVjVXVWHQWDELOLGDGHGHVHXVQHJyFLRV Em virtude da novidade conceitual ainda pouco explorada na literatura, pretende-se construir teoria por meio de uma meta-síntese (Hoon, 2013) acerca do conceito de ecossistema de inovação a partir da consulta da produção FLHQWtÀFDLQGH[DGDGLVSRQLELOL]DGD

3URFHGLPHQWRVGRHVWXGR Para atender ao objetivo desta pesquisa, foram consultadas as publicações internacionais disponibilizadas no Brasil e indexadas em 242 bases de dados, via acesso ao portal Periódicos CAPES. Este trabalho foi realizado entre outubro e dezembro de 2014. Para a busca dos artigos, executou-se a primeira fase da meta-síntese segundo RVSRVWXODGRVGH+RRQ  TXHWHYHLQtFLRDSDUWLUGDGHÀQLomRGRFRQceito a ser melhor explorado, oriundo da evolução dos conceitos de clusters industriais, neste caso o conceito de ecossistemas de inovação. Na fase seguinte, decidiu-se fazer a primeira busca por termo-chave, com o termo ‘innovation ecosystem’. A pesquisa inicial não necessitou de pesquisa booleana (com os termos ‘OR’, ‘AND’), pois se objetivava encontrar a maior quantidade possível de artigos que contivessem tais termos em razão da novidade conceitual. Não houve restrição de período para que se obtivesse a maior quantidade de publicações e esta fase inicial resultou em uma coleta de 77 artigos. Como critérios de exclusão, analisou-se cada um dos 77 artigos, comparando-se os arquivos e descartando-se os artigos repetidos, dado que um mesmo artigo poderia estar em duas ou mais bases diferentes. Assim, excluíram-se 12 artigos por estarem repetidos. Em nova seleção dos 65 artigos restantes, excluíram-se 18 destes por serem considerados textos não acadêmicos (tais como notícias de revistas, resenhas de livros). Em nova seleção, do total de

149

47 artigos a que se chegou, 18 foram retirados do banco de dados em função de serem falsos positivos, ou seja, artigos que continham as duas palavras no corpo do texto (innovation e ecosystem) mas que não estavam relacionadas ao sentido conceitual que se buscou, critério adotado após o exame do texto completo dos artigos. A partir desta nova exclusão, chegou-se a um total de 29 artigos válidos para análise. Do total de 29 artigos selecionados, partiu-se para o seguinte critério de exclusão, o da seleção dos artigos que não contivessem o método do estudo de caso, conforme orientações sobre meta-síntese de estudo de caso qualitativo (Hoon, 2013). Após uma análise em cada um dos artigos, selecionou-se um total de 13 artigos para fase posterior. A partir de uma análise minuciosa no título, abstract, e corpo do artigo (principalmente na seção método), e com a presença do método do estudo de caso como critério de inclusão, apenas 6 artigos foram considerados válidos para a próxima etapa da pesquisa, que podem ser vistos no quadro 1. 4XDGUR²$UWLJRV6HOHFLRQDGRVVHJXQGR3HULyGLFRH$QRGH3XEOLFDomR 'DGRVGRDUWLJRVHOH FLRQDGR

150

'DGRVGRSHULyGLFR

Índice H

SCImago Journal Rank (SJR)

País

Pendente.

3

0,166

Reino Unido

Technovation (ISSN 0166-4972)

2,704

62

4,076

Reino Unido

Opening up for competitive advantage: R&D Rohrbeck how Deustsmanageet al che Telekom ment (ISSN (2009) creates an 1467-9310) open innovation ecosystem

1,266

56

1,441

Reino Unido

Autores e ano de publicação

Título

Journal

JCR – ISI Impact Factor

Engler e Kusiak (2011)

Modeling an innovation ecosystem with adaptive agents

International journal of innovation science (ISSN 1757-2223)

Li e Garnsey (2014)

Policy-driven ecosystem for new vaccine development

Rohrbeck et al (2009)

Opening up for competitive advantage: how Deustsche Telekom creates an open innovation ecosystem

R&D management (ISSN 14679310)

1,266

56

1,441

Reino Unido

Saguy et al. (2013)

Challenges facing food engineering

Journal of food engineering (ISSN 0260—774)

2,576

92

1,357

Reino Unido

A process model of technology innovation in Szajnfarber Acta astrogovernae Weigel náutica (ISSN mental agen(2013) 0094-5765) cies: insights from NASA’s science directorate

0,816

33

0,693

Reino Unido

Pendente.

4

0,686

Holanda

Weil, Sabhlok e Cooney (2014)

The dynamics of innovation ecosystems: a case study of the US biofuel Market

Energy strategy reviews (ISSN 2211467X)

)RQWHBrasil (2013, p. 13; 2014, p. 10).

Tendo os critérios de inclusão acima descritos, partiu-se para a análise dos FDVRVHPHVSHFtÀFR3DUDDFRQVWUXomRFRQFHLWXDODSDUWLUGRVFDVRVVHOHFLRnados, utilizou-se das seguintes fases: a) A redução de dados dos estudos de caso: os elementos constituintes e considerados importantes para a construção conceitual do termo ecossistemas de inovação foram separados a partir de uma atenta leitura de cada um dos artigos, para posteriormente serem categorizados, priorizados e inter-relacionados conforme Collis e Hussey (2005). Para tanto, utilizou-se como guia o formulário presente no quadro 2.

151

4XDGUR²)RUPXOiULRGH&RGLÀFDomRGRV'DGRVGRV$UWLJRV

Extração

9HULÀFDomR

6Ho}HV

,WHQVREVHUYDGRV

,GHQWLÀFDomRGRDUWLJR

Autoridades, título, periódico, data, tipo de estudo, questão de pesquisa.

Referencial teórico

Aderência do referencial teórico aos conceitos de ecossistemas de inovação.

Campo de pesquisa

Contextualização (setor, regionalidade, local de realização da pesquisa).

Método

Qualidade do estudo de caso, unidade de análise, número de casos, amostragem, técnicas de coleta e análise de dados, fontes de dados, validação.

Análise e interpretação dos dados

Principais contribuições encontradas, LGHQWLÀFDomRGHHOHPHQWRVRXFRQVWUXWRV LGHQWLÀFDomRGHIUDPHZRUNV

Discussão

Contribuições para o avanço da teoria de ecossistemas de inovação.

Conclusão

Contribuição teórica.

Sugestões de futuras pesquisas

Contribuição teórica.

Avaliação geral do artigo

Relevância para o tema em estudo, TXDOLGDGHHFRQÀDELOLGDGHGRHVWXGR

)RQWHBrasil (2013, p. 13; 2014, p. 10).

$VVHo}HVGHLGHQWLÀFDomRGRDUWLJRUHIHUHQFLDOWHyULFRFDPSRGHSHVTXLVDHPpWRGRGHSHVTXLVDVHUYLUDPGHTXHVLWRVYHULÀFDGRUHVTXDQWRj DGHUrQFLDGRDUWLJRjWHPiWLFDHPHVWXGR HFRVVLVWHPDVGHLQRYDomR R que permitiu selecionar os artigos de acordo com as bases conceituais e rigor e qualidade do estudo de caso. As seções análise e interpretação dos dados, discussão, conclusão e sugestões de futuras pesquisas mereceram PDLRU DWHQomR QR VHQWLGR GH LGHQWLÀFDU DV SULQFLSDLV FRQWULEXLo}HV WHyricas dos autores, para que fosse possível construir a teoria a partir das interpretações destes. b) Os dados inter-relacionados foram sintetizados de forma a reunir conceitos em novos padrões integrados (COLLIS e HUSSEY, 2005), busFDQGRDVLQÁXrQFLDVGHXPHOHPHQWRQRRXWUREXVFDQGRGHVFREULUXPD coerência teórico-empírica que melhor representasse a rede de eventos e elementos constitutivos. c) Os dados sintetizados foram utilizados para a construção de uma exposição de dados (COLLIS e HUSSEY, 2005) ou

152

como chamam Miles e Huberman (1994) a técnica de redes causais, na forma de rede representativa de um ecossistema de inovação hipotético. (VWDUHGHUHSUHVHQWDRÁX[RGHHYHQWRVDSDUWLUGDWHRULDHSULQFLSDOPHQWHGRVFDVRVDQDOLVDGRV(PUHODomRjYDOLGDGHGDHVWXGRUHVVDOWDVHTXH estas fases foram executadas pelo primeiro autor deste artigo, porém, todas as etapas foram acompanhadas e discutidas até o consenso com outra pesquisadora que também produzia sua meta-síntese, no sentido de obter validação quanto aos procedimentos adotados nesta pesquisa. O quadro 3 sintetiza as fases da meta-síntese adotadas nesta pesquisa, segundo Hoon (2013). 4XDGUR²)RUPXOiULRGH&RGLÀFDomRGRV'DGRVGRV$UWLJRV 5HVXOWDGRVSDUD (VWUDWpJLDRX DJHUDomRGHXPD SURFHGLPHQWR FRQWULEXLomR DQDOtWLFRXWLOL]DGR WHyULFD

)DVHVGD PHWDVtQWHVH

2EMHWLYRDQDOtWLFR

Construindo a questão de pesquisa

Imersão conceitual sobre ecossistemas de LQRYDomRHVSHFLÀFDPHQWHHPUHODomRj vinculação do termo com empreendedorismo e setores produtivos de alta intensidade tecnológica.

(VSHFLÀFDomRD priori a partir de buscas livres acerca do conceito disponíveis na internet aberta ou em periódicos indexados em bases de dados.

,GHQWLÀFDomRGD lacuna teórica que permita a LGHQWLÀFDomRGH construtos.

Localizando pesquisas relevantes

,GHQWLÀFDomRGDV publicações disponíveis sobre o tema. Busca em periódicos indexados em bases de dados segundo critérios próprios de pesquisa.

Busca de termos-chave previamente selecionados na etapa anterior (innovation ecosystems).

Localização de 77 artigos; destes 47 aderentes aos pressupostos da pesquisa

Critérios de inclusão

Dois critérios de exclusão: a) artigos repetidos e artigos não acadêmicos; e b) seleção de artigos cujo método contivesse o estudo de caso.

Desenvolvimento de lista de critérios de exclusão e inclusão.

Dos 47 artigos, seis se encaixaram nos critérios.

153

154

2UGHQDomRFRGLÀcação e categorização das evidências de cada um dos estudos; sensibilidade quanto jVFRQVLGHUDo}HV contextuais de cada artigo; formulário GHFRGLÀFDomRYilido; inter-relação entre códigos dos artigos.

Extraindo e FRGLÀFDQGR os dados

Leitura atenta do texto completo dos artigos selecionados. &RGLÀFDomRGDV características do estudo e dos insights dos artigos.

Analisando em nível caVRHVSHFtÀFR

,GHQWLÀFDomRGHXPD sequência de variáveis encontradas em cada Redes causais de caso que pudessem cada um dos casos LQÁXHQFLDURFRQFHLWR HVSHFtÀFRV e estruturação do ecossistema de inovação.

,GHQWLÀFDomRGH temas ou elementos, conceitos centrais, padrões ou relações entre os casos.

Sintetizando em nível across-study

Transposição das redes causais de casos HVSHFtÀFRVGHFDGD um dos artigos em uma rede meta-causal (em forma de exposição de dados). Acu- Rede meta-causal mulação de elementos (exposição de constitutivos comple- dados). mentares a partir do cruzamento dos casos para a geração de um padrão geral entre as variáveis ou elementos encontrados.

,GHQWLÀFDomRGH um padrão ou estrutura, categorização e exposição dos elementos para garantir validade.

Construindo teoria a partir da meta-síntese

,GHQWLÀFDomRGR conceito de ecossistema de inovação que explique os seus elementos constitutivos, suas dinâmicas e relações entre participantes.

,GHQWLÀFDomRGH mudanças conceituais do termo ecossistema de inovação.

Desenvolvimento e apresentação de um formulário de FRGLÀFDomR FKHcagem de códigos inter-relacionados.

Ligação entre os resultados com a literatura sobre ecossistemas de inovação do presente artigo.

Discussão

Discussão dos resultados e explanação dos elementos constitutivos, dinâmicas e relações dos participantes do ecossistema de inovação representados na exposição de dados.

Rigor da discussão, FRQÀDELOLGDGHH validade.

Legitimação da vaOLGDGHHFRQÀDELOLdade do procedimento e atividades utilizadas.

)RQWHBrasil (2013, p. 13; 2014, p. 10).

(FRVVLVWHPDGHLQRYDomRFRQVWUXomRGDWHRULD Em razão da novidade conceitual do termo ecossistemas de inovação, poucos artigos foram considerados adequados aos critérios de seleção para este estudo. Os artigos conceituais ou de revisão teórica foram excluídos da análise, pois se buscavam evidências práticas a partir de estudos de caso que permitissem a construção teórica (EISENHARDT, 1989; EISENHARDT, 2007) tais como os postulados dos conceitos de ecossistemas de inovação presentes em Adner (2006), Luoma-aho et al (2010), Russell et al (2011), Zahra e Nambisan (2011). $SDUWLUGDOHLWXUDHDQiOLVHGRVVHLVDUWLJRVVHOHFLRQDGRVLGHQWLÀFRXVHTXH dois não apresentaram contribuições para a construção teórica que se pretendia e foram excluídos da análise. Os quatro artigos remanescentes deram origem a quatro redes causais parcialmente construídas a partir dos elementos presentes em cada um deles. Isto se deve ao fato de que há diferentes abordagens e níveis de análise em nos textos analisados: Weil et al (2014) se GHGLFDUDPjXPDPRGHODJHPSRUPHLRGHVRIWZDUHGRFRPSRUWDPHQWRGR ecossistema de inovação dos biocombustíveis nos EUA; Rohrbeck, Hölzle e Gemünden (2009) enfocaram o mapeamento de um ecossistema de inovação, porém, enfocando open innovation; o enfoque de Szajnfarber e Weigel (2013) centrou-se nos processos de inovação ocorridos no ecossistema de inovação da NASA; e Li e Garnsey (2014) enfocaram o ecossistema de inovação e o modelo de negócio em um setor de alta intensidade tecnológica. 1DVDQiOLVHVHPQtYHOGHFDVRVHVSHFtÀFRVRVGDGRVIRUDPLQWHUUHODFLRQDGRV e sintetizados conforme quadro 4. A importância teórica no que tange a alteração da base de recursos para a construção de teoria acerca dos ecossistemas de inovação foi sinalizada com o sinal ‘+’, onde: + (o artigo subsidia elementos importantes a serem considerados na construção teórica), ++ (o artigo subsidia elementos novos se comparados com outros artigos selecionados), e +++ (o artigo subsidia amplamente elementos a serem considerados na estruturação esquemática do ecossistema de inovação).

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4XDGUR²,QWHUUHODomRH6LQWHWL]DomRGRVGDGRV $57,*252+5%(&.+g/=/((*(0h1'(1  Conceito de ecossistema de inovação (referencial teórico)

Business ecosystem considerado como open innovation ecosystem

Elementos constitutivos do ecossistema de inovação

- Quatro categorias do processo de inovação: 1) Geração de ideias; 2) Pesquisa; 3) Desenvolvimento; 4) Comercialização - Empresas de um open innovation ecosystem buscam compartilhar custos e riscos oriundos da pesquisa. - As mesmas empresas captam conhecimento e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos. - Colaborações universidade-empresa se dão na fase de pesquisa (transferência tecnológica). - Pesquisadores são gatekeepers entre universidade-empresa (inWHUFkPELRGHLQIRUPDo}HVFLHQWtÀFDV  - Open innovation favorece as empresas a ampliar a base de recursos das mesmas através de redes de P&D. - Fundadores das empresas promovem consórcios de projetos. - Conhecimentos são compartilhados em eventos setoriais. - Conhecimentos captados em eventos são mantidos em segredo pelas empresas. - Na comercialização, produtos e tecnologias são comercializados externamente.

Principais contribuições teóricas ao conceito

Medianas: Oferece fases do processo de inovação no nível interno das empresas de um ecossistema de inovação; enfoca a redução dos custos de transação a exemplo do conceito dos clusters industriais; reporta recursos intangíveis oriundos da Knowledge Based View (KBV); relações interpessoais permitem o intercâmbio de conhecimentos; mercado consumidor externo ao ecossistema

Contribuição conceitual

Média: Oferece elementos parciais para a construção de um ecossistema de inovação, dado que a maioria dos elementos constitutivos é explorada pela literatura dos clusters industriais (a exemplo do que se constata em Ferasso, 2008).

Alteração da base de recursos

Sim (+): Subsidia elementos a serem considerados no nível interno das empresas participantes de ecossistemas de inovação. $57,*26=$-1)$5%(5(:(,*(/ 

Conceito de ecossistema de inovação (referencial teórico)

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Novos conceitos técnicos amadurecidos no ecossistema de inovação da NASA (Literatura do conceito inexistente).

Elementos constitutivos do ecossistema de inovação

- Inovação é gerenciada por meio de pequeno número de estágios e portais. - Exploração tecnológica é feita por um pequeno time de especialistas e colaboradores externos ad hoc dos parceiros externos. - Exploração tecnológica é limitada por recursos disponíveis e número de níveis componentes da inovação. - Provar que a inovação funciona em ambiente de laboratório.  %XVFDGHUHFXUVRVGHP~OWLSODVIRQWHVGHÀQDQFLDPHQWR - Busca de inovações por meio de tentativas erro-acerto. - Resolução de problemas por cientistas e múltiplos colaboradores ad hoc e especialistas externos. - Construção de protótipos e testes para solução de problemas.  ,QRYDomRVHOHFLRQDGDGHYHSURYDUVXDHÀFLrQFLDHFRQÀDELOLGDGHGH uso (voos espaciais). - Maior necessidade de recursos para execução da exploração arquitetural (construção do protótipo).  ([SORUDomRWHFQROyJLFDÀQDQFLDGDSRUP~OWLSORVQtYHLVLQVWLWXFLRQDLV - Busca de tecnologias paralelas (modo de sobrevivência). - Relacionamento entre os parceiros estabelecido em décadas de co-desenvolvimento. - Novas colaborações trazem novas ideias e novos equipamentos.  $DORFDomRGHUHFXUVRVSRGHVHULQÁXHQFLDGDSHODHVIHUDSROtWLFD

Principais contribuições teóricas ao conceito

Medianas: Oferece fases do processo de desenvolvimento de uma inovação (ideia, testes laboratoriais, protótipo e testes, execução arquitetural), essencialmente baseada em especialistas internos e colaboradores externos (pertencentes ao ecossistema); setor altamente dependente de JUDQGHYROXPHGHUHFXUVRVÀQDQFHLURV DOWDLQWHQVLGDGHWHFQROyJLFD  complexidade da inovação a ser desenvolvida é fator crítico; reporta o relacionamento entre os parceiros para o co-desenvolvimento; setor dependente da esfera política para captação de recursos governamentais.

Contribuição conceitual

Média: Oferece elementos parciais para a construção de um ecossistema de inovação em setor de alta intensidade tecnológica. A maioria dos elementos constitutivos são igualmente explorados na literatura de clusters industriais.

Alteração da base de recursos

Sim (+): Subsidia elementos a serem considerados no nível interno de uma organização pertencente ao ecossistema, e suas relações e dependências de instituições dispersas no ecossistema. $57,*2:(,/6$%+/2.(&221(
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