ECOTRILHAS -TRILHANDO O FUTURO: EXPERIÊNCIA EM UMA ATIVIDADE DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE CORREDORES ECOLÓGICOS

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I SEMINÁRIO DE ENSINO DE CIÊNCIAS, BIOLOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL Universidade Estadual de Maringá Maringá, 9 e 10 de Outubro de 2014 ISSN: 2358-6435

ECOTRILHAS - TRILHANDO O FUTURO: EXPERIÊNCIA EM UMA ATIVIDADE DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE CORREDORES ECOLÓGICOS

Laís Aquemi Ohara, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Isabella Conduta Crepaldi, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Isadora Janolio de Oliveira, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Maycon Raul Hidalgo, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Bruno Tadashi Takahashi, Universidade Estadual de Maringá, [email protected]

Resumo O Ecotrilhas, projeto vinculado ao Programa dos Corredores de Biodiversidade e executado pela Ecoalize - Empresa Júnior de Biologia tem como foco a valorização e aproximação do conceito “corredor ecológico” e a sensibilização ambiental. O públicoalvo foram cerca de 150 crianças do 5º ano do ensino fundamental com média de dez anos de escolas municipais situadas próximas aos córregos de Maringá. O projeto foi constituído por uma trilha interpretativa, dinâmicas e jogos didáticos, realizados no Parque do Ingá, uma área de preservação permanente municipal, e teve o intuito de promover a educação ambiental com as crianças. Por meio dessas atividades, os conceitos ecológicos puderam ser compreendidos pelo público em questão, o qual se aproximou do meio natural através da estimulação da percepção ambiental e refletiu acerca de problemas ambientais. Palavras chave: Educação ambiental, Parque do Ingá, trilha, crianças. INTRODUÇÃO 

A educação ambiental Em 1972, ocorreu a Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano, em

Estocolmo, Suécia. A partir de então, a Educação Ambiental (EA) tornou-se reconhecida como uma importante ferramenta para educar o cidadão na busca de soluções aos problemas ambientais.

De acordo com Morales (2007), a educação ambiental representa uma estratégia mediadora para alterar o quadro crítico de crescente degradação e implica na (re)construção de novos saberes, valores e conhecimentos, que somente de forma interdisciplinar, associando autonomia, diálogo, curiosidade e capacidade de sobrevivência, será incorporada no processo de formação ambiental. A EA deve ter o objetivo de construir sociedades sustentáveis que privilegiem a racionalidade e o saber socioambiental. A educação ambiental, na sociedade, tem a finalidade de formar indivíduos com subsídios teóricos necessários para a tomada de decisões que visam o bem estar individual, coletivo e do meio ambiente. A educação ambiental socializa os conhecimentos, introduzindo e promovendo novos valores, possibilitando a formação de cidadãos conscientes e com responsabilidade social e politica. Os conceitos utilizados na educação ambiental são interdisciplinares, todas as áreas da ciência estão envolvidas na compreensão e resolução dos problemas ambientais. Essa prática promove mudança na forma de pensar e transforma as práticas educativas, além de promover inter-relação dos saberes e das práticas coletivas (QUADROS, 2007). Uma das formas de se promover a educação ambiental é o uso de trilhas interpretativas em áreas protegidas, as quais permitem uma maior aproximação com os elementos da natureza e a realização de atividades de educação ambiental dinâmica. Por meio delas, indivíduos, grupos escolares ou outros grupos de afinidade podem desvendar o ambiente, conhecê-lo melhor e atuar com maior consistência na sua conservação (BELART, 1978). Além disso, tais trilhas cumprem o papel de auxiliar a compreensão dos habitats naturais da área visitada. Através das trilhas, pode-se tratar de uma ampla gama de temas, como relações ecológicas, nicho e habitats, funções ecológicas dos diferentes organismos, importância de parques, reservas, áreas verdes e corredores ecológicos. 

Os corredores ecológicos O tema principal deste projeto é os corredores ecológicos que são considerados

porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, que ligam unidades de conservação e possibilitam entre elas o fluxo gênico e a movimentação da biota (BRASIL, 2000). Os corredores atuam facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, assim contribuindo para a manutenção das populações. Segundo Ayres et al. (2005), as estratégias de conservação da biodiversidade estavam orientadas de acordo com a necessidade de se criar áreas protegidas em

ambientes virgens. Entretanto, os autores afirmam que a preservação de processos ecológicos e evolutivos é ameaçada pelo alto isolamento dos parques e reservas naturais, que torna as espécies suscetíveis a variações ambientais e até mesmo à extinção. Neste contexto, a criação dos corredores ecológicos fortalece o sistema de unidades de conservação, preservando a diversidade genética e biológica. Pereira et al. (2007) enfatizam que o conceito de corredor ecológico está muito associado à promoção da mobilidade da fauna, fato que assegura a obtenção de recursos e a permutação de genes entre as metapopulações, por outro lado, os corredores podem tornar o indivíduo em trânsito uma presa fácil, e dispersar fenômenos transformadores como fogo, doenças e competição com espécies domésticas Ainda que não haja dados científicos suficientes para fazer generalizações, acredita-se que os corredores tenham mais efeitos positivos que negativos, contudo para que os corredores tenham uma boa qualidade, é necessário que sejam contínuos e largos (METZGER, 2008). Tal autor, também afirma que a largura é determinante nos efeitos de borda sofridos pelo corredor, sendo necessária uma largura considerável para que o corredor seja utilizado por espécies do interior de fragmento. Os corredores entre remanescentes são constituídos, segundo CONAMA (1996), pelas matas ciliares e pelas faixas de cobertura vegetal existente que interliguem unidades de conservação entre elas e entre Áreas de Preservação Permanente (APPs). Em Maringá, a concepção de corredores ecológicos foi sendo implementada por meio da proteção das faixas de vegetação ao redor dos córregos maringaenses (MENEGUETTI et al., 2009). Além das funções ecológicas exercidas pelos corredores situados em ambiente urbano, esses conceitos são de extrema importância para questões sociais. Estas questões são ressaltadas por Ribeiro (2012) que afirma que os corredores ecológicos, além de dar proteção às matas ciliares e realizar a manutenção dos cursos d’água urbanos, promovem através de sua beleza cênica, a efetivação do direito ao meio ambiente equilibrado e à sadia qualidade de vida para gerações presentes e futuras. 

O projeto “Ecotrilhas - Trilhando o futuro” Considerando a importância do conceito abordado anteriormente, foi elaborado e

executado o projeto “Ecotrilhas - Trilhando o futuro”. Este projeto foi executado pela Ecoalize - Empresa Júnior de Biologia - associação civil sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, de direito privado, caráter educacional e multiprofissional e situada na Universidade Estadual de Maringá. Ele é vinculado ao Plano Municipal de Conservação

e Recuperação da Mata Atlântica, lançado no dia 30 de novembro de 2011, na Prefeitura Municipal de Maringá. O Plano prevê uma série de ações, como: identificação de áreas degradadas, recuperação de mananciais e APPs, reflorestamentos, estabelecimento de parcerias com outras instituições, além de propiciar a execução de projetos ambientais e a formação de corredores ecológicos. O Programa Corredores de Biodiversidade é parte integrante do Plano e foi lançado no dia 05 de junho de 2012. Tal programa tem como objetivo a proteção, a revitalização e o reflorestamento de 666 mil m² de mata ciliar dos Córregos Moscado e Cleópatra, que incluindo seus afluentes, possuem mais de cinco mil metros do corpo hídrico, além a implantação dos corredores do córrego Borba Gato, com 460 mil m² de APP e 3592 metros de corpo hídrico somado com os afluentes. Sob apoio da Prefeitura Municipal de Maringá e, como parte integrante do Programa Corredores de Biodiversidade, foi elaborado o presente projeto de educação ambiental, que tem o objetivo principal de abordagem do conceito "Corredor Ecológico", a fim de promover a valorização e aproximação deste conceito com o público alvo. Além disso, o projeto teve como objetivos: abordar conceitos de ecologia; aproximar o público-alvo do meio natural, possibilitando uma vivência diferenciada da rotina urbana; sensibilizar o público-alvo em relação às questões ambientais e estimular o senso crítico e a procura de soluções para os problemas ambientais.

METODOLOGIA



Descrição geral O presente projeto foi executado no Parque do Ingá nos dias 04, 05 e 06 de

dezembro de 2013. O Parque do Ingá é uma área de preservação permanente de propriedade da Prefeitura Municipal desde 1986, localizada na região central do perímetro urbano de Maringá. O público-alvo do projeto foram crianças de 10 anos, do quinto ano do Ensino Fundamental de três Escolas Municipais de Maringá: Escola Municipal Professora Miriam Leila Palandrini, Escola Municipal Campos Salles, Escola Municipal Professora Agmar dos Santos. Estas escolas foram escolhidas por serem da rede municipal e estarem situadas geograficamente perto de córregos urbanos de Maringá, que podem atuar como corredores.



Equipe do projeto

- Idealização, escrita e gerência do projeto: Lais Aquemi Ohara; - Orientação: Profª Drª Ana Tyomi Obara e Maycon Raul Hidalgo; - Equipe de elaboração do projeto: Patricia Mathias Zago, Eliezer de Oliveira da Conceição, Talita Motta Beneli, Douglas Souza, Jéssica Dário de Almeida, Marcelo Volta, Mariana Sanches, Denyse Dalabília Gobetti, Pedro Rogério Soares Fiths; - Equipe de planejamento do projeto: Isadora Janolio de Oliveira, Isabella Conduta Crepaldi, Vitor Góis Ferreira, Gabriel Henrique de Paula Cruz, Carlos Assman Rossi, Aline Amenencia de Souza. - Equipe executora do projeto: Isadora Janolio de Oliveira, Isabella Conduta Crepaldi, Vitor Góis Ferreira, Carlos Assman Rossi, Aline Amenencia de Souza, Lisiane Mattielo Bevilacqua, Isabela Peixoto Martins, Eloísa Guedes de Souza, Laryssa Negri Peres, Barbara Fulton, Matheus Gimenez Buzo, Lucas Assumpção Lolis, Amanda Caroline Covre. 

Etapas do projeto

O projeto teve três etapas principais: a elaboração, o planejamento e a execução. A elaboração foi realizada por meio do levantamento bibliográfico e do braimstorm em reuniões gerais da Ecoalize. Após a finalização do projeto, foi montada uma equipe, com membros das diretorias de Marketing, Jurídico-financeiro, Gestão de Pessoas, Projetos e Socioambiental dando início a fase de planejamento. Nesta etapa, as principais ações foram: obter aprovação da Secretaria Municipal de Educação para realizar o projeto e contatar as escolas, obter o patrocínio para a compra de materiais, conseguir o transporte para as crianças, elaborar cartilha de Marketing, divulgar o projeto, elaborar a escala de membros para execução do projeto, confecção dos materiais para as atividades e capacitação dos membros. A etapa final, referente à execução do projeto, foi realizada no Parque do Ingá. Assim que chegaram, as crianças foram separadas em três equipes, por meio de uma marcação feita com TNT colorido (verde, azul e vermelho) em cada uma delas e os procedimentos de segurança foram explicados. As crianças receberam noções iniciais sobre os corredores ecológicos através da demonstração de material didático feito de cartolina e EVA (Figura 01A). Após isso, reforçou-se o conceito de corredor ecológico por meio de uma explicação com base em uma estrutura feita por mudas e TNT (Figura 01B), que representou um modelo didático de um corredor.

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Figura 01. A: Material didático de EVA representando fragmentos e corredor sendo mostrado aos alunos. B: Estrutura com mudas e TNT representando corredor ecológico.

Realizou-se a primeira atividade lúdica, denominada “Teia ecológica”. As crianças e os monitores foram colocados em uma roda Onde cada criança recebeu um crachá contendo a imagem de um animal, planta, micro-organismo ou fator abiótico, e representaram o que estava escrito. Um barbante foi passado de mão em mão, formando uma teia (Figura 02A). Um dos alunos puxou o barbante, e então se percebeu que vários outros integrantes da roda sentiram o “puxão”. Este fato possibilitou discutir com os alunos que em um ecossistema os seres estão ligados por meio das interações e, que se ocorre algum fato com um dos seres, o equilíbrio pode ser afetado. Na segunda atividade, chamada “Sentindo o meio” (Figura 02B), os alunos foram vendados com TNT preto e orientados a formarem duas filas, a monitora pediu que os alunos sentissem tudo que se passava ao seu redor como o cheiro, os ruídos e barulhos enquanto caminhavam, trabalhando o olfato e audição dos alunos. Ao final, foi distribuída uma fruta para cada um deles, e pedido para que adivinhassem o que era a fim de exercitar também o sentido do tato e paladar. Eles retiraram a venda e alguns aspectos visuais do ambiente foram enfatizados, como por exemplo, a grande quantidade de epífitas e musgos nas árvores.

A Figura 02. A: “Teia ecológica”. B. Dinâmica “Sentindo o meio”.

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A terceira atividade foi um teatro chamado “Missão Ecológica”. As crianças receberam capas verdes e azuis feitas de jornais, e quatro eram selecionadas para serem reis e rainhas, dos reinos verdes e azuis. Formou-se uma grande roda, representando um reino unido, uma floresta (Figura 03A). No meio da roda, havia o medalhão da vida pendurado em um suporte que mantinha o equilíbrio de todo o reino. A história foi narrada, e uma destruição foi simulada. Os alunos foram separados em duas rodas, reino verde e reino azul, sendo que o medalhão ficou em um reino e o suporte no outro. Os reinos representavam fragmentos florestais. Com o isolamento dos reinos e a separação do medalhão, todos ficaram fracos e doentes. O rei escolhia um guardião da vida, que levasse o medalhão ao outro reino para juntando ao suporte e restaurando o equilíbrio. Porém, se o guardião tentava passar, não conseguia, pois um dos monitores vestido de monstro impedia. Então, uma monitora vestida de feiticeira orientava o rei a fazer um corredor de pessoas ligando os dois reinos, através de duas correntes com as crianças de mãos dadas. Com o corredor, o guardião poderia passar em segurança e levar o medalhão ao suporte. Este corredor representava o próprio corredor ecológico. A quarta atividade foi o “Jogo da vida ambiental” (Figura 03B). Cada equipe tinha que atravessar um caminho de três casas, na qual para passar para a próxima casa eles deveriam acertar a resposta de uma pergunta. As perguntas eram relacionadas aos temas que foram tratadas durante todas as atividades anteriores com enfoque maior na sustentabilidade.

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Figura 03. A: “Missão Ecológica”. B: “Jogo da Vida Ambiental”.

Ao final, retornou-se à entrada do Parque onde foram distribuídas cartilhas explicativas e explicou-se sobre o projeto e sobre os corredores ecológicos da cidade. Cada aluno também ganhou um pequeno medalhão, feito com elástico dourado e um pingente, no qual estava escrito “Guardião da Vida”; a nomeação dos guardiões foi seguida de uma fala sobre a responsabilidade de cada um na preservação da vida e do meio ambiente.

EXPERIÊNCIAS E REAÇÕES OBSERVADAS É importante enfatizar que participaram do projeto cerca de 150 alunos da rede pública municipal. Analisando cada atividade, foi possível perceber que as representações de corredores ecológicos mostradas no início da atividade foram importantes para o entendimento dos alunos. “Corredor ecológico” é um conceito complexo, mas, por meio de modelos didáticos apresentados na Figura 01, sua compreensão tornou-se mais fácil. Alguns temas, como por exemplo, jogar lixo em locais inapropriados e dar comida aos animais também foram abordados com as crianças neste momento, e a maioria se mostrou muito consciente sobre a postura correta que se deve ter nestes casos. A atividade “Teia Ecológica” também se mostrou didática, entretanto, pouco atrativa para os alunos. Apesar de os alunos ficarem um pouco agitados no início da dinâmica “Sentindo o Meio” e, da falta de silêncio, perceberam os estímulos ambientais mencionando sobre o “cheiro de ar puro” e também sobre o som de cigarras e pássaros. Entretanto, deve-se tomar cuidado ao realizar a atividade, pois como eles caminharam uma pequena distância, alguns tiveram dificuldade de andar sem tropeçar. O ideal é realizar a dinâmica com os alunos parados. Na atividade “Missão Ecológica”, todas as turmas atendidas interagiram. Houve a dificuldade inicial de organizar os alunos, com a distribuição das capas e a nomeação de quem seria rei, rainha e guardião. No decorrer da história, algumas crianças participavam mais, e o auge da dramatização era o aparecimento do monstro. Ao final, eles eram induzidos a refletir sobre os elementos simbólicos da narrativa, e concluíam que o corredor apresentado na dinâmica era o próprio corredor ecológico. Com a última atividade, foi possível perceber se os alunos realmente compreenderam o tema principal, quando havia dúvidas ou confusões, estas eram esclarecidas. Além disso, as crianças eram questionadas sobre como poderiam ajudar no meio ambiente. Algumas repostas demonstraram alta consciência ambiental, como as transcrições abaixo: Nós devemos jogar lixo no lixo, plantar árvores, além disso, devemos conscientizar as pessoas, porque não adianta só nós sabermos o que é o certo, mas sim devemos sensibilizar quem está a nossa volta. (Aluno A)

Algumas repostas surpreendiam pelo carinho da criança com a natureza:

Nós podemos adubar a semente, cuidar direitinho dela, regar, para crescer para virar uma árvore linda! (Aluno B)

CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise das experiências da execução possibilitou a reflexão para algumas modificações no projeto Ecotrilhas, como por exemplo, a exploração das equipes que são criadas no começo da atividade e a adequação da dinâmica "Sentindo o Meio" de forma que fique mais segura. O objetivo destas mudanças é tornar o projeto cada vez melhor, já que é o Ecotrilhas é como um legado e estará sempre disponível para que a Ecoalize o realize novamente. A execução do projeto foi gratificante para toda a equipe. Os alunos surpreenderam pela consciência, inteligência e domínio dos conceitos ecológicos. Percebe-se que, com o avanço da tecnologia, as crianças são cada vez mais informadas; o fato de estarem em uma atividade fora do ambiente de sala de aula, com vários estímulos ambientais e também com jogos, influenciou o bom desempenho dos alunos. A utilização de atividades lúdicas proporcionaram uma melhor compreensão e construção do conhecimento pelos alunos. As atividades realizadas contaram com um envolvimento integral das crianças, principalmente na atividade “Missão Ecológica”, a qual misturou ficção com realidade. Acredita-se que o projeto tenha atingido seu objetivo, que foi a construção do conhecimento como ferramenta para tomada de decisões em prol do meio ambiente e da comunidade. A educação ambiental executada de forma lúdica e interativa fez com que os alunos refletissem sobre as questões ambientais. A sensibilização não ocorreu apenas com os alunos, mas também com os monitores ao se relacionarem com as crianças, sendo que ao final das atividades, foram presenteados com falas que fazem valer a pena o processo educativo. Segue abaixo as transcrições: Nunca vou me esquecer de hoje (Aluno C). Eu sou um guardião da vida e ninguém mexe comigo. (Aluno D).

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