\"Edifício na Rua Martins de Carvalho n.º 28 a 30, Coimbra\", Relatório Final de Trabalhos de Arqueologia, aprovado por DGPC, Abril de 2017

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REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA

RUA DE MARTINS DE CARVALHO, N.º 28 A 30

COIMBRA

TRABALHOS DE ARQUEOLOGIA RELATÓRIO FINAL

FEVEREIRO DE 2017

1 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3 2. E N Q U A D R A M E N T O E S P A C I A L ............................................................................................... 4 3. E N Q U A D R A M E N T O H I S T Ó R I C O ............................................................................................. 4 3. 1. A Á R E A D A P R E S E N T E I N T E R V E N Ç Ã O .......................................................................... 10 4. PERÍODO DE EXECUÇÃO E MEIOS HUMANOS ............................................................................... 11 5. O B J E C T I V O S E M E T O D O L O G I A .......................................................................................... 11 6. A C O M P A N H A M E N T O A R Q U E O L Ó G I C O ............................................................................... 12 8. E S P Ó L I O R E C O L H I D O .......................................................................................................... 14 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 14 10. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................................... 18 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 19 W EBGRAFIA................................................................................................................................... 22 L I S T A D E U N I D A D E S E S T R A T I G R Á F I C A S ............................................................................... 23 ANEXO FOTOGRÁFICO.................................................................................................................... 33 A N E X O C A R T O G R Á F I C O ........................................................................................................... 44 F I C H A D E S Í T I O ......................................................................................................................... 46 E S T A M P A S .................................................................................................................................. 48

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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório condensa os dados recolhidos no decurso da intervenção arqueológica (acompanhamento arqueológico) decorrente do projecto de reabilitação do edifício sito na Rua de Martins de Carvalho, n.º 28 a 30, Coimbra. Os trabalhos foram executados sob a direcção do arqueólogo António Ginja, entre os dias 22 de Julho e 3 de Agosto de 2015, tendo para o efeito sido autorizados pela DRCC a 27 de Julho de 2015, através do ofício S-2015/1660 (C.S: 1035543). O facto do edifício intervencionado se encontrar dentro de uma área de elevada sensibilidade patrimonial suscitava cuidados acrescidos no cumprimento das medidas minimizadoras em vigor, nomeadamente na salvaguarda de eventuais vestígios arqueológicos e patrimoniais no decorrer da execução do projecto. Ainda que inicialmente o Plano de Trabalhos apresentado previsse sondagem arqueológica no solo e acompanhamento arqueológico a acções de afectação ao solo, não houve lugar, no decurso da execução do projecto, a quaisquer acções de afectação ao solo que justificassem estas medidas de minimização. Como tal, o acompanhamento arqueológico, regido Lei do Património Cultural (Lei n.º 107/2001 de 8 de Setembro) e pelo Regulamento de Trabalhos Arqueológicos (Decreto – Lei n.º 164/2014 de 4 de Novembro), visou exclusivamente a prevenção de impactos arqueológicos negativos decorridos das acções de afectação ao edificado, com incidência directa ou indirecta sobre contextos arqueológicos. No local da empreitada foi realizada uma reunião, a 1 de Junho de 2015, que contaria com a presença do Sr. Dr. Paulo César Santos (DRCC), do Sr. Engº. Artur Francisco e o Sr. Joel Araújo (Dono de Obra) e do arqueólogo subscritor, António Ginja, para exposição do grau de degradação do edifício visado e das subsequentes acções de estabilização conduzidas pelo promotor do projecto.

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2. E N Q U A D R AM E N T O E S P A C I A L

A intervenção arqueológica visada decorreu no edifício sito na Rua de Martins de Carvalho, n.º 28 a 30, em Coimbra. Situada na margem direita do rio Mondego, Coimbra espraia-se numa vasta planície aluvial, de formação moderna, secundária ou terciária, como atesta o assoreamento dos campos circundantes à cidade (MARTINS, 1940). A cidade encontra-se entre duas unidades geomorfológicas distintas, o Maciço Antigo Ibérico e a Orla Mesonecozóica Ocidental (BIROT, 1949), sendo o promontório onde teve origem a sua malha urbana constituído por uma colina de topo aplanado, a cotas de aproximadamente 90 metros, definida pelas linhas de água do Jardim Botânico e da Avenida Sá da Bandeira (GANHO, 1998).

Geologicamente, Coimbra assenta sobre camadas estrato-decrescentes e com limite superior na descontinuidade do tecto de um corpo métrico de calcários dolo-margosos e/ou margosos, esbranquiçados ou acinzentados e com estratificação fina (SOARES et alli, 2007).

Sendo uma cidade à beira-rio, Coimbra manteve sempre estreitas ligações com o Mondego. Todavia, se o rio era pródigo em riqueza, fertilizando campos e permitindo navegabilidade, era também fonte de cheias indesejadas. Fontes escritas recentes dão nota de várias inundações invernosas, como, por exemplo, as de 1821, 1831, 1843, 1852, 1856, 1860, 1872, 1876 ou 1878 (ROQUE, 2003).

3. E N Q U A D R AM E N T O H I S T Ó R I C O

Faremos, nas próximas linhas, uma síntese histórica do desenvolvimento urbanístico da cidade de Coimbra, com natural destaque para a zona onde se localiza a intervenção visada. Os vestígios pré-históricos da ocupação de Coimbra e suas imediações reduzem-se a uma ponta de seta calcolítica encontrada nas escavações da Alcáçova Medieval (MANTAS, 1992)

e à gruta dos Alqueves, necrópole com espólio do Neolítico, situada

entre as aldeias de Póvoa e Bordalo (ALARCÃO, 1979; CORREIA, 1946). Apesar da escassez de vestígios materiais, é provável que a zona onde hoje se situa a 4 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Universidade (num espaço situado entre a Couraça de Lisboa e o Córrego da Rua das Covas ou de Borges Carneiro) tenha sido ocupada desde épocas recuadas, já que é um local com forte defensibilidade natural (ALARCÃO, 1979). Efectivamente, poderão remontar à Idade do Ferro alguns materiais recolhidos em intervenções arqueológicas decorridas na Rua Fernandes Tomás e no Museu Nacional Machado de Castro (ALARCÃO, 2008).

Segundo Vasco Mantas, após análise topográfica desta zona, verifica-se a existência de um sistema anelar de disposição das ruas, organizado em torno da colina Universitária, que poderá reflectir um complexo de fortificações pré-romanas, semelhantes às conhecidas da época castreja (MANTAS, 1992). No período romano, Coimbra, de nome Aeminium, seria atravessada por uma das mais importantes vias da Península Ibérica, ligando Olissipo a Bracara Augusta. Tradicionalmente o traçado da estrada romana em Coimbra tem sido atribuído às actuais ruas de Ferreira Borges, Visconde da Luz e Direita. Não obstante, segundo Vasco Mantas esta via, após alcançar a margem direita do rio Mondego, passaria pela Travessa dos Gatos, Praça do Comércio e Largo do Poço, seguindo em direcção ao troço ocidental da Rua Direita (MANTAS, 1992). Aeminium, que surge pela primeira vez referenciada na História Natural de Plínio, poderá ter sido escolhida como capital de ciuitas na reorganização administrativa de 16/13 a.C., encabeçando um território cuja extensão se prolongaria desde o mar até às serras do Buçaco e de Sacões (ALARCÃO, 2008).

Centro da vida cívica no período romano, o forum de Aeminium erguia-se sobre um criptopórtico artificialmente construído para a sua implantação, localizado sob o actual Museu Nacional Machado de Castro. A trama citadina envolvente, ainda em estudo, poderá vir a ser caracterizada nessa área da cidade alta a partir de estudos do sistema de esgotos, materializado na cloaca identificada na encosta abaixo do dito museu. Não obstante, e apesar da envergadura das fundações do forum evidenciarem uma certa importância da cidade no contexto ibérico, supõe-se que a zona habitada não devia, à época, ultrapassar o perímetro amuralhado da Idade Média (ALARCÃO, 1996). No sopé, no lugar apelidado durante a Idade Média de Banhos Reais, cedido por D. Afonso Henriques para a construção do Mosteiro de Santa Cruz, tivessem existido termas romanas (CORREIA, 1946). Em 409, Suevos, Alanos e Vândalos invadiram a Península Ibérica, ainda que destes apenas os primeiros se tenham efectivamente fixado em território português. Pouco conhecida a história e configuração de Coimbra no período suevo, sabe-se que em 5 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Emínio que se situava a sede do poder episcopal e que vários monarcas visigodos aí cunharam moeda (CORREIA, 1946). A Crónica de Idácio, que refere a invasão sueva a Conimbriga em 465 e 468 por exemplo, é isenta em referências relativamente a Aeminium (ALARCÃO, 2008). Acompanhando o decorrer da história do território português, também Coimbra é ocupada durante as invasões islâmicas do século VIII. De acordo com as crónicas, em 916, Coimbra foi tomada aos muçulmanos por Ermenegildo. Essa reconquista cristã, contudo, não seria definitiva e a cidade voltaria a ser tomada e perdida sucessivas vezes. A reconquista definitiva seria conseguida em 1064, por Fernando Magno (GONÇALVES, 1944),

ficando os destinos da cidade entregues ao moçárabe D.

Sesnando, que prossegue o aprimoramento da cidade, reparando e erguendo alguns templos (DIAS, 1981). No período inicial da reconquista, até à criação no século XI do românico do Norte, a arquitectura e arte são muito pouco expressivas na região de Coimbra (GONÇALVES, 1978).

No século XII, Coimbra apresentava uma estrutura urbana característica das cidades portuguesas localizadas em sítios alcandorados: a cidade alta, intramuros, e os bairros ribeirinhos do arrabalde, ligados à actividade mercantil, localizados aqui entre o Terreiro da Erva e o Largo da Portagem. O vale, onde em 1131, se implantara o Mosteiro de Santa Cruz (hoje Avenida de Sá da Bandeira), era percorrido por um pequeno ribeiro que contornava a colina onde se erguia a cidade, delimitando o arrabalde a norte. Todo o vale era semeado de hortas e outras culturas. Para além dele, situava-se o pequeno bairro de Santa Justa, no sopé de Montarroio, junto da Porta Mourisca e da entrada norte da cidade, feita pela Rua Direita (GONÇALVES, 1944). Durante os séculos seguintes a estrutura de Coimbra parece não ter sofrido grandes alterações urbanísticas. Há, obviamente, construções novas, como os mosteiros de Celas ou de Santo António dos Olivais, no século XIII, ou de Santa Clara, no século XIV (GONÇALVES, 1944), mas estes seguem geralmente a configuração dos espaços já ocupados. Um exemplo de como as novas edificações religiosas pouco alteraram, durante a Idade Medieval, a configuração urbanística de Coimbra, dá-se em 1226, quando se construiu “no Arnado, isolado do Arrabalde, o Mosteiro de S. Domingos” (ALARCÃO, 1999: 3).

Apesar desta construção, a documentação do século XIV sugere

que o arrabalde de Coimbra não terá crescido muito para norte, no sentido desse mosteiro (idem, ibidem).

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Gravura de Coimbra na segunda metade do século XVI, atribuída a Georg Braun. Fonte: Câmara Municipal de Coimbra.

No século XVI, a cidade sofre grandes alterações. A partir de 1535, Frei Brás de Braga, prior de Santa Cruz, promoveu a construção da Rua da Sofia, com grandes edifícios colegiais, e, em 1537, dá-se a transferência da Universidade/Estudos Gerais (ALARCÃO, 1999).

A transferência definitiva, por D. João III, da Universidade para

Coimbra, levou à instalação de inúmeros colégios na cidade para albergar os estudantes,

registando-se

então

um

aumento

populacional

e

consequente

adensamento do tecido urbano (DIAS, 1981). Ainda no século XVI, ganha expressão o ‘manuelino’ na decoração artística de alguns monumentos religiosos da cidade. O trabalho em pedra branca calcária de Ançã granjeia ou reafirma o nome de alguns escultores e artistas do Renascimento português, entre os quais o de João de Ruão, responsável pela criação da Porta Especiosa (Sé Velha). Durante os séculos XVII e XVIII, a cidade não sofreu intervenções urbanísticas profundas, à excepção da reforma da Universidade operada pelo Marquês de Pombal, que manteve, contudo, os seus contornos gerais preexistentes. Registe-se ainda a fundação de algumas igrejas, conventos e colégios, dentro e fora de muros. É apenas no século XIX que a cidade rompe definitivamente com o seu casco amuralhado, crescendo pelas cumeadas e ao longo dos vales. Múltiplas acções urbanísticas incutiriam à cidade novas tramas. Procede-se ao alargamento e regularização da Rua do Coruche (actual Visconde da Luz) e ao arranjo das margens do rio, transformando os antigos cais fluviais do Cereeiro e das Ameias e alargando o Largo da Portagem.

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Gravura de Coimbra no final do século XVIII, por James Murphy. Fonte: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

Outras zonas da cidade crescem também durante este surto urbano, envolvendo a Quinta de Santa Cruz, em cuja horta se instalara, em 1867, o Mercado D. Pedro V, assinala-se a abertura da Avenida Sá da Bandeira, desembocando na Praça de D. Luís (actual Praça da República), traça-se a ligação a Celas através da Rua Lourenço de Almeida Azevedo (1893). Ainda em finais do século edifica-se no planalto de Santa Cruz o primeiro bairro operário (ROQUE, 2003). A cidade cresce ainda para Montarroio e Conchada, com a abertura da Rua da Manutenção Militar em 1901 (ROQUE, 2003). Não é apenas ao nível da trama urbana que as modificações se fazem sentir nesta altura. Acompanhando, embora modestamente, as linhas de modernização do seu tempo, Coimbra é equipada com iluminação pública a gás e telégrafo eléctrico, em 1856, com a Estação Nova, entre 1864 e 1885, e com a instalação de rede telefónica, em 1905 (ROQUE, 2003). A poente do Arnado, até à actual Avenida Aeminium, vão surgir desde então, favorecidos pela proximidade do rio e pela recente instalação dos caminhos-de-ferro, unidades fabris, sublinhando a vocação do local, que se tornaria a primeira zona industrial desta centúria (SALGUEIRO, 1992). A expansão e transformação de Coimbra acentuam-se no século XX. Do início desse século datam, por exemplo, o alargamento e pavimentação da Rua de João Augusto Machado, em conjunto com o planeamento e execução de novos arruamentos, criando uma trama urbana até então inexistente (LOUREIRO, 1960) e de que passam a fazer parte as ruas Dr. Manuel Rodrigues, João de Ruão, Rosa Falcão e Mário Pais

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(ALARCÃO, 1999).

Simultaneamente, a urbanização da cidade atingiria novos perímetros,

alcançando a encosta de Montes Claros, a Cumeada (definindo-se a Avenida Dias da Silva em direcção a Santo António dos Olivais), São José, Santa Clara e São Martinho.

Gravura de Coimbra em meados do século XIX, publicada em Universo Pittoresco. Fonte: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

A cidade unificava-se finalmente, e o morro inicial, a partir do qual se formou, seria arrasado e reedificado a partir de 1943 com o início das demolições da Alta, para a construção dos novos edifícios da Universidade. Acontecia então a destruição de grande parte da antiga urbe, perdendo esta o prestígio de outrora a favor da Baixa, cada vez mais o centro nevrálgico da cidade. O perímetro da Baixa encontrava-se gizado, em meados do século XX, a nascente pelas ruas Ferreira Borges, Visconde da Luz, da Sofia e actual Rua da Figueira da Foz, a poente pelo muro do cais, que se estendia até ao Parque Manuel Braga. Foi na configuração do tecido urbano que as transformações, nesta parte da cidade, mais se fizeram sentir, com a abertura de novas ruas e o alargamento de ruas existentes. A Rua João de Cabreira que terminava, na planta de 1873-74, a ocidente no Terreiro de Santo António, veio no início do século XX, após o arranjo urbanístico com vista ao alargamento e regularização da Rua da Madalena, tornar-se mais

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extensa. A Rua da Madalena, passava então, a compreender o espaço entre o Largo das Ameias e o Arnado. Por último, a Avenida Fernão Magalhães construída de raiz no segundo quartel do século XX (1959), satisfazendo as necessidades de escoamento do crescente número de gente e de veículos. Outrora escoado a partir da Rua da Figueira da Foz em direcção à Rua da Sofia, a Avenida Fernão Magalhães desviava então o tráfego regional da Rua da Sofia, como esta havia feito no passado à Rua Direita.

3.1. A Á R E A D A P R E S E N TE I N T E R V E N Ç Ã O

Antiga Rua das Figueirinhas, a Rua Martins de Carvalho assumiu a sua actual denominação apenas 1888, quando, por deliberação camarária, se pretendeu homenagear Joaquim Martins de Carvalho, insigne cidadão e jornalista conimbricense. Evoluindo desde um simples córrego, cuja denominação ‘das figueirinhas’ se encontra patente em códice datado do século XVI, este arruamento seria calçado pela primeira vez por iniciativa do mosteiro de Santa Cruz, edifício com que de resto confronta (LOUREIRO, 1964).

Não obstante a exiguidade do espaço de que dispunha a rua, entre o referido mosteiro e o morro da cidade Alta, ali se encontravam edificios pertença da Universidade, referidos em documentos de 1597 e de 1638, assim como a capela de Nossa Senhora do Carmo, erguida em 1784 por iniciativa da paróquia da igreja de São João de Santa Cruz, e demolida em 1904, para dar lugar à Rua Pedro Cardoso (LOUREIRO, 1964). Hipoteticamente relacionada com o viccus judeorum, a antiga Rua das Figueirinhas poderá na realidade corresponder à ‘Rua dos Judeus’, documentalmente referida desde 1130 a 1139, ainda que o nome viccus possa referir-se também a bairro. O bairro dos judeus, ou judiaria, localizava-se, de resto, entre a actual Rua de Martins de Carvalho e a Rua de Corpo de Deus, antes mesmo da construção, a partir de 1131, do mosteiro de Santa Cruz, instituição que pela primeira vez registaria a existência desta comunidade em Coimbra (ALARCÃO, 2013). Erguido a partir de 1131, o mosteiro de Santa Cruz viria a ocupar o local de uns antigos banhos, documentados desde o tempo de D. Sesnando, cujo abastecimento se faria por aqueduto, que, de acordo com alguma documentação, poderá ter-se desenvolvido precisamente ao longo da Rua de Martins de Carvalho (ALARCÃO, 2013).

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Monumento Nacional desde 1910, o mosteiro de Santa Cruz constitui um dos conjuntos patrimoniais mais relevantes da cidade de Coimbra, ocupando toda a margem norte da Rua de Martins de Carvalho. Erguido por D. Afonso Henriques a partir de 1131 para acolhimento dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, subsistem ainda alguns vestígios de raiz românica e gótica, embora o edificado actual se

paute

predominantemente

por

características

arquitectónicas

manuelinas

(www.monumentos.pt).

4. PERÍODO DE EXECUÇÃO E MEIOS HUMANOS

Os trabalhos arqueológicos decorreram entre os dias 22 de Julho e 3 de Agosto de 2015, sob direcção do arqueólogo signatário, António Ginja.

5. O B J E C T I V O S E M E T O D O L O G I A

O facto de o projecto se desenvolver em zona de elevada sensibilidade patrimonial suscitava cuidados acrescidos, face ao risco de ocorrência de impactos arqueológicos negativos, decorrentes da execução do projecto em causa. Impunha-se por isso o adequado acompanhamento arqueológico a todas as acções de afectação ao edificado, com vista à minimização de impactos arqueológicos. Não obstante, o avançado estado de degradação do edifício em causa, cujo telhado havia já ruído, implicou algumas acções de estabilização prévias, visadas pela reunião tida no local a 1 de Julho de 2015. De facto, a ruína do telhado criaria sobre as estruturas parietais e pisos internos, também já de si fragilizados, uma pressão que ameaçava arruinar toda a compartimentação interna do edifício. Assim, antes mesmo da intervenção arqueológica ter início, foram promovidas no interior do edifício acções que conduziriam à desconstrução e substituição das suas estruturas parietais e dos seus pisos internos.

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O acompanhamento arqueológico, executado de forma presencial e permanente, iniciou-se, assim, com a remoção dos escombros decorrentes das acções descritas, que se encontravam concentrados no interior do rés-do-chão do edifício. Uma vez que da compartimentação interna do edifício nada subsistia à data de início do acompanhamento arqueológico, o mesmo viria a incidir ainda sobre a remoção de alguns rebocos dos alçados internos das paredes externas do edifício, assim como de parte do reboco da sua fachada principal. A remoção dos rebocos viria a incidir apenas nos alçados onde o mesmo se encontrava em condições de degradação tais que impediam a sua preservação. O registo gráfico das ocorrências detectadas foi elaborado à escala de 1/20, salvaguardando o rigor métrico e atendendo a todos os pormenores. Já o registo fotográfico foi efectuado com recurso a uma máquina fotográfica digital de 14 megapixéis.

6. A C O M P A N H AM E N T O A R Q U E O L Ó G I C O

Ainda que não tenhamos tido oportunidade de acompanhar os trabalhos de desmonte da estruturação interna do edifício em análise, removida e substituída por nova estruturação

[001]

antes do início da presente intervenção, foram detectados vestígios

remanescentes da argamassa utilizada em algumas das suas componentes

[ex: 229],

demonstrativas da sua eventual composição térrea. Foram, para além disso, recolhidas informações, junto dos trabalhadores não especializados que promoveram o desmonte da estruturação original, que permitem deduzir a presença de tabiques sustentados por cruzes de Santo André. A preservação de certos rebocos originais, por outro lado, impediu a apropriada avaliação de várias relações estratigráficas. Assim, não foi possível avaliar as relações estratigráficas mantidas, por exemplo, entre as paredes do piso 0 ou entre as do piso 2. No piso 1, por seu turno, a picagem dos rebocos expôs os aparelhos construtivos das paredes este, norte e oeste, revelando igualmente a relação estratigráfica mantida entre as três. De facto, uma vez que a parede norte paredes este

[201]

e oeste

[233],

[248]

encostava a ambas as

terá sido construída depois destas, sendo-lhe portanto

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posterior. Esta ocorrência concorre de resto com a abertura do vão detectado na parede este dos pisos 1 e 2. De moldura

[252, 254]

exposta para o alçado poente da

parede em que se abria, este vão atesta a mesma como o muro externo do edifício vizinho, a nascente. Para esta interpretação construtiva parece concorrer ainda o aparelho

[316, 410]

imbricado na secção meridional da parede. Em tijolo ‘de palmo’ à

meia-vez, estreito e alongado na vertical e à face da parede, este aparelho sugere chaminé(s) aplicadas a nascente, estruturas que, para rendibilidade dos espaços internos, se erguem usualmente em articulação com as paredes externas dos edifícios a que pertencem. O vão seria posteriormente anulado, através de emparedamento [203, 251]

e ocultação com rebocos e pinturas

[204 a 211],

ocorrência com certeza relacionada

com a construção da parede norte e subsequente incorporação do espaço a poente do mesmo no edifício em análise. Ao nível do piso 3, um negativo de telhado

[403]

verificado na parede este, com

pendente para a Rua Martins de Carvalho, atesta a anulação de uma cobertura desaparecida, que, erguida à cota do piso 3, servia um edifício que não ultrapassaria o piso 2. Na parede oposta, a oeste, verificava-se, ao nível dos pisos 3 e 4, a existência de um aparelho distinto, em tijolo maciço do piso 2

[326].

[419, 515],

assente sobre o aparelho de pedra

Unida a argamassa de cimento, a parede oeste dos pisos 3 e 4 deverá

recuar a período recente. Deste modo, também a parede norte dos pisos 3 e 4, embora em tabuado de madeira

[433],

deverá ser de cronologia recente, dado que

encostava à parede oeste, sendo-lhe, portanto, posterior. Encostada também à parede este, a parede norte dos pisos 3 e 4 sucede-lhe na construção deste edifício, sendo expectável que da sua edificação tenha decorrido a anulação da referida cobertura. À parede oeste dos pisos 3 e 4 veio posteriormente encostar toda a estruturação de um conjunto edificado vizinho, a sudoeste, que, assim, lhe será posterior. Para além de encostar a uma parede erguida em cimento (parede oeste dos pisos 3 e 4), também a natureza dos materiais utilizados para erguer esta edificação vizinha denuncia a sua recente cronologia. Da análise da parede fundeira do edifício, a sul, resultou ainda a constatação de que se encontra parcialmente talhada no afloramento rochoso, de natureza calcária, ao nível dos pisos 0, 1 e de parte do piso 2. Sobre esta parede talhada na rocha encontravam-se erguidas três paredes justapostas, duas circunscritas ao logradouro aberto no sector sul do edifício

[603, 604],

ao nível do piso 2 e de parte do piso 3, a

última integrando já a parede externa do edifício vizinho, a sul [605].

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8. E S P Ó L I O R E C O L H I D O

Da intervenção arqueológica resultaria a não detecção de qualquer espólio arqueológico.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando observado pelo exterior, o edifício em análise revela-se aparentemente uniforme, concorrendo a regularidade da sua fachada e similitude dos vãos nela abertos para o aspecto de uma edificação resultante de uma empreitada só. Não obstante, e ainda que limitada a sua análise pelo antecipado desmonte da estruturação interna original e pela preservação de grande parte dos seus rebocos e pinturas parietais, verifica-se resultar afinal de distintos momentos construtivos.

Representação esquemática da hipotética evolução construtiva do edifício em análise (ao centro). Primeiro momento.

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Assentes sobre o piso 0, sobre o qual não foi possível pelos motivos expostos deduzir quaisquer relações estratigráficas, os pisos 1 e 2 resultarão de uma apropriação de um espaço anteriormente a descoberto. O espaço (arruamento, pátio ou área acima de um edifício térreo) comprova-se pela existência do vão de janela e da estruturação de chaminé(s), detectados na parede este do edifício. A edificação da parede norte do piso 1 (comprovadamente encostada à parede este) e do piso 2 terá ditado a anulação do vão de janela, e deverá relacionar-se com a construção de uma cobertura, cujo negativo se detectou na parede este do piso 3. Encostada à parede este do piso 3, a cobertura apoiar-se-ia num edifício, a nascente, que teria forçosamente de preceder a sua edificação, no mínimo, até à cota em questão. Por outro lado, a oeste, o edifício vizinho deveria encontrar-se já edificado, com certeza ao nível do piso 1 e com grande probabilidade também ao nível do piso 2, já se encontra igualmente encostada pela parede norte do piso 1 do edifício em estudo.

Representação esquemática da hipotética evolução construtiva do edifício em análise (ao centro). Segundo momento.

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A apropriação do espaço anteriormente a descoberto resultaria assim num edifício circunscrito aos pisos 0, 1 e 2, a que se somaria uma cobertura, erguida a meio da cota do piso 3. O edifício resultante encostaria, como visto, a dois edifícios vizinhos que o precedem, a este e a oeste. Ocorrida num momento distinto, a edificação da parede oeste dos pisos 3 e 4 poderá resultar do alteamento do edifício vizinho, a poente, uma vez que o aparelho a que recorre (em tijolos maciços e cimento) se encontra circunscrito a este sector, sem qualquer desenvolvimento para as restantes paredes do edifício em análise. Dada a natureza dos materiais envolvidos nesta acção construtiva, a sua cronologia deverá ser relativamente recente.

Representação esquemática da hipotética evolução construtiva do edifício em análise (ao centro). Terceiro momento.

Eventualmente aproveitando o alteamento do edifício vizinho, o edifício em estudo seria, num momento construtivo distinto, de novo alteado, desta feita para acrescento dos pisos 3 e 4. Este momento comprova-se pela forma como a parede norte do 16 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

edifício em análise (em tabuado de madeira), se encontra simultaneamente encostada às paredes laterais este e oeste. Dado que encosta numa parede comprovadamente recente, a oeste, também esta acção de alteamento não deverá recuar muito na sua cronologia.

Representação esquemática da hipotética evolução construtiva do edifício em análise (ao centro). Terceiro momento.

Postos os distintos momentos construtivos que resultariam no edifício em apreciação, pouco se poderá deduzir da sua compartimentação interna original, desmontada em fase prévia ao estudo arqueológico. Ao nível do piso 0, a área apresentava-se ampla, distribuída entre dois compartimentos separados apenas por um arco (original) de sustentação aos pisos superiores. Alguns indícios existem, como referido, que dão conta da possibilidade de tabiques internos apoiados em cruzes de Santo André, com preenchimento unido por argamassa de terra. Note-se que certas avaliações estratigráficas ficariam por avaliar, na sequência da preservação de vários rebocos originais. Deste facto decorre, em algumas

17 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

circunstâncias, uma deficiente interpretação da sequência construtiva do edifício em análise.

10. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS

Os elementos recolhidos durante a intervenção arqueológica inerente à reabilitação do edifício na Rua do Cabido, n.º 19 a 21 e Travessa do Cabido, n.º 1 a 1A, embora de interesse científico não muito amplo, constituem uma relevante fonte para a compreensão da evolução construtiva deste arruamento. Por este motivo, perspectivase a divulgação dos resultados em publicações da especialidade, em oportunidade ainda em avaliação mas que se pretende necessariamente breve. Naturalmente, autorizamos a divulgação dos resultados agora expostos nas plataformas tuteladas pela Direção Geral do Património Cultural.

Coimbra, 10 de Abril de 2017

O arqueólogo responsável: (António Ginja)

18 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

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ANÓNIMO

(?)



Coimbra,

Rua

do

Cabido

n.º

19,

[30/6/2015],

disponível

em

disponível

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arqueologia.patrimoniocultural.pt. ANÓNIMO

(2006)



Coimbra

antiga,



Velha,

[30/6/2015],

lusitanianotavel.canalblog.com.

22 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

LISTA DE UNIDADES ESTRATIGRÁFICAS

U.E.

Localização

Tipologia

Descrição

Cronologia

Relações estratigráficas

001

Pisos 0, 1, 2, 3, 4, 5

Estrutural

Gaiola em madeira, erguida no âmbito da presente empreitada, criando diversos pisos, tabiques de compartimentação interna e escadas de acesso aos diversos pisos

Época Contemporânea (recente)

002

Piso 0

Estrutural

Parede meeira nascente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

003

Piso 0

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

004

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

005

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

006

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

007

Piso 0

008

Piso 0

Interface resultante da abertura de roço de canalização Estrutural

Canalização em tubo de aço galvanizado

Encostava a 402, 403, 404, 410, 416, 419, 305, 306, 308, 310, 312, 314, 316, 326, 201, 202, 203, 229, 233, 240, 002, 003, 434, 429, 433, 251; Cortava a 401, 402, 404, 405, 406, 410, 411, 412, 413, 414, 415, 416, 418, 419, 305, 306, 312, 316, 326, 202, 313, 314, 315, 316, 317, 318, 319, 224, 225, 226, 227, 229, 233, 002, 003, 429, 501, 502, 506, 507 Coberta por 003; Cortada por 001, 007, 010, 011; Encostada por 009; Equivalente a 201, 306, 406 Cobria a 002; Coberta por 004; Cortada por 001, 007, 010, 011; Encostada por 009, 001 Cobria a 003; Coberta por 005; Cortada por 007, 010, 011 Cobria a 004; Coberta por 006; Cortada por 007, 010, 011 Cobria a 005, 009 Cortava a 002, 003, 004, 005

Época Contemporânea

Coberta por 009, inserido em 010 Cobria a 008, 010; Encostava a 002, 003; Preenchia a 007; Coberta pela 006; Equivalente a 408, 312 Cortava a 002, 003, 004, 005; Preenchida por 009, 008; Coetânea de 007

009

Piso 0

Estrutural

Aparelho em argamassa de cimento e fragmentos de tijolo alveolar

Época Contemporânea (recente)

010

Piso 0

Estrutural

Interface resultante da abertura de caixa para torneiras e válvulas de segurança (0,72 m de altura x 0,64 m de largura x 0,18 m de profundidade)

Época Contemporânea (recente)

011

Piso 0

Interface resultante da abertura de caixa para caixa de correio

012

Piso 0

Estrutural

Caixa de correio em latão de três unidades geminadas (0,77 m de largura x 0,32 m de altura x 0,20 m de profundidade)

Época Contemporânea (recente)

Encostada por 013

013

Piso 0

Estrutural

Aparelho e argamassa de cimento

Época Contemporânea (recente)

Preenchia a 011; Encostava a 012

014

Piso 0

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão com fragmentos de cerâmica em chacota

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Coberta por 015

015

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 014; Coberta por 016

016

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 015; Coberta por 017

Cortava a 002, 003, 004, 005; Preenchida por 013

23 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

017

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 016; Coberta por 018

018

Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 017

019

Piso 0

020

Piso 0

Interface resultante do encosto do aparelho 203 sobre o aparelho 002

Equivalente a 309

Estrutural

Alvenaria de tijolos ‘de palmo’ à meia vez unida em aparelho regular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostava a 002; Equivalente a 310

Porta do vão de porta de entrada, a nascente, de duas folhas em madeira e bandeira envidraçada (2,26 m de altura + 0,5 m de bandeira x 1,23 m de largura)

Época Contemporânea (?)

Encostava a 022

021

Piso 0

Estrutural

022

Piso 0

Estrutural

Moldura de porta em madeira

Época Contemporânea (?)

Encostada por 027; Encostava a 706, 705

Estruturação de vitrine, ao centro, com bandeira envidraçada (1,80 m de altura + 0,5 m de bandeira x 1,10 m de largura)

Época Contemporânea (?)

Encostava a 024

023

Piso 0

Estrutural

024

Piso 0

Estrutural

Moldura de vitrine em madeira

Época Contemporânea (?)

Encostada por 027; Encostava a 711

Época Contemporânea (?)

Encostava a 026

Época Contemporânea (?)

Encostada por 027; Encostava a 712

Época Contemporânea (?)

Encostava a 021, 022, 023, 024, 025, 026; Coberta por 004

025

Piso 0

Estrutural

Porta do vão de porta de entrada, a poente, de duas folhas em madeira e bandeira envidraçada (2,67 m de altura + 0,5 m de bandeira x 1,24 m de largura)

026

Piso 0

Estrutural

Moldura de porta em madeira

027

Piso 0

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão 028 a 200 – Não atribuídas

201

Piso 1

Estrutural

Parede meeira nascente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 001, 248; Coberta por 204; Equivalente a 002, 306, 406

202

Piso 1

Estrutural

Arco de descarga em alvenaria de tijolos ‘de palmo’ ao cutelo

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 201; Encostada e cortada por 001

203

Piso 1

Estrutural

Alvenaria de tijolos ‘de palmo’ à meia vez unida em aparelho regular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostava a 201; Coberta por 204; Equivalente a 310

204

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 201, 202, 203

205

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 204; coberta por 206

206

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 205; coberta por 207

207

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Cobria a 206, 233; Encostada por 248; Coberta por 208

208

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 207; coberta por 209

209

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 208; coberta por 210, 211

210

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Cobria a 209; Coberta por 211

211

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em tinta plástica de tom verde

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 210, 209

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 213

Época Contemporânea (?)

Encostava a sul aos vestígios 212 e, a norte, à chaminé 220

212

Piso 1

Estrutural

Arranque de antigo tabique, entretanto desmontado, sendo ainda visíveis vestígios da sua argamassa de terra

213

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

24 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

214

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 213; coberta por 215; Cortada por 001

215

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 214; coberta por 216; Cortada por 001

216

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 215; coberta por 217, 219; Cortada por 001

217

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cimento

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 216; Coberta por 218; Cortada por 001

218

Piso 1

Estrutural

Painel azulejar, com azulejos industriais de tom branco (15 cm x 15 cm)

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 217, 602; Encostada por 219; Cortada por 001

219

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em tinta plástica de tom azul

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 216, 602; Encostava a 218; Cortada por 001

Época Contemporânea (?)

Definida por 213

220

Piso 1

Estrutural

Arranque de antiga chaminé, entretanto desmontada, de que se observavam vestígios de tijolo maciço e argamassa de cal

221

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo piso, entretanto desmontado

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 207

222

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo tecto, entretanto desmontado

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 207

223

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo tabique, entretanto desmontado

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 207

224

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Coberta por 225; Encostada por 229; Cortada por 001; Cobria a 233

225

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 224; Coberta por 226; Cortada por 001

226

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 225; Coberta por 227; Cortada por 001

227

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em tinta plástica de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 226; Cortada por 001

228

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo tabique, entretanto desmontado

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 224

229

Piso 1

Estrutural

Arranque de antigo tabique, entretanto desmontado, sendo ainda visíveis vestígios da sua argamassa de terra

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostava a 224; Encostada e Cortada por 001; Cobria a 230

230

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 231; Coberta por 229

231

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 232; Coberta por 230

232

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Coberta por 231; Cobria a 233

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cortada e encostada por 001; Coberta por 232, 224, 207; Encostada por 602 Definida por 224

233

Piso 1

Estrutural

Parede meeira poente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

234

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo piso, entretanto desmontado

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

235

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo tecto, entretanto desmontado

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 224

236

Piso 1

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Coberta por 237; Cortada por 602; Cobria a 233, Definia a 241, 242

237

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Coberta por 238; Cortada por 602; Cobria a 236

238

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Coberta por 239; Cortada por 602; Cobria a 237

239

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Coberta por 240; Cortada por 602; Cobria a 238

25 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

240

Piso 1

Estrutural

Pintura parietal em tinta plástica de tom bege

Época Contemporânea (?)

Cobria a 239, 602; Cortada por 001

241

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo piso, entretanto desmontado

Época Contemporânea (?)

Definida por 236

242

Piso 1

Estrutural

Negativo de antigo tecto, entretanto desmontado

Época Contemporânea (?)

Definida por 236

Estruturação de janela, a nascente, com bandeira envidraçada (1,82 m de altura x 1,15 m de largura)

Época Contemporânea (?)

Encostava a 248; Encostada por 249

243

Piso 1

Estrutural

244

Piso 1

Estrutural

Moldura de janela em madeira

Época Contemporânea (?)

Encostada por 243, 249; Encostava a 248, 713

Época Contemporânea (?)

Encostava a 248; Encostada por 249

Época Contemporânea (?)

Encostada por 246, 249; Encostava a 248, 714

245

Piso 1

Estrutural

Estruturação de janela, a poente, com bandeira envidraçada (1,82 m de altura x 1,15 m de largura)

246

Piso 1

Estrutural

Moldura de janela em madeira

247

Piso 1

Estrutural

Arranque de antigo tabique, entretanto desmontado, sendo ainda visíveis vestígios da sua argamassa de terra Parede norte, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?) Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 249 Encostava a 201, 207; Coberta por 234, 244, 245, 256, 249; Albergava a 258 Encostava a 243, 244, 245, 246; Cobria a 248, Definia a 247

248

Piso 1

Estrutural

249

Piso 1

Estrutural

250

Piso 1

251

Piso 1

Estrutural

Aparelho de enchimento, em alvenaria de fragmentos de telha de meia cana, unidos por argamassa de cal e de areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 203; Encostava a 202, 201/310; Encostada por 001

252

Piso 1

Estrutural

Parapeito de antigo vão, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 201; Encostada por 203/310; Coberta por 253

253

Piso 1

Estrutural

Ombreira norte de antigo vão, em cantaria de calcário (amputada)

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 252; Encostava a 201; Encostada por 203/310

254

Piso 1

Interface resultante da amputação da ombreira 253

255

Piso 1

Interface resultante do encosto de 203/310 ao que restava das cantarias 252 e 253

256

Piso 1

257

Piso 1

258

Piso 1

Estrutural

259

Piso 1

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Interface resultante do encosto de 248 a 207, visível na junção entre as paredes norte e oeste

Interface resultante do encosto do aparelho 203 sobre o aparelho 201

Equivalente a 019, 309

Interface resultante do encosto do aparelho 251 sobre o aparelho 203/310/020 Lintel de descarga sobre o vão de janela nascente, em barrote de madeira

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Embutido em 248; Encostada por 244; Coberta por 259, 250, 249

Estrutural

Arco de descarga sobre o vão de janela nascente, em tijolos maciços ao cutelo

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 258, 260; Coberta por 249

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 258; Coberta por 249, 259

260

Piso 1

Estrutural

Aparelho de enchimento, em alvenaria de fragmentos de tijolos ‘de palmo’, unidos por argamassa de cal e de areão

301

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom azul

Época Contemporânea (?)

Coberta por 302

302

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 303; Coberta por 301

303

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 304; Coberta por 302

261 a 300 – Não atribuídas

26 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

304

Piso 2

Estrutural

305

Piso 2

306

Piso 2

307

Piso 2

308

Piso 2

309

Piso 2

310

Piso 2

311

Piso 2

Coberta por 303; Cobria a 305; Encostava a 343, 344, 340, 342; Definia a 341, 336, 337 Coberta por 304; Cobria a 306; Encostada e cortada por 001 Encostada e cortada por 001; Encostada por 308; Coberta por 305; Equivalente a 406, 002, 201

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Estrutural

Parede meeira nascente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Estrutural

Aparelho de emparedamento, em alvenaria de tijolos ‘de palmo’, unidos à meia vez por argamassa de cal e de areão

Estrutural

Aparelho de emparedamento, em alvenaria de tijolos ‘de palmo’, unidos à meia vez por argamassa de cal e de areão

Época Contemporânea (recente)

Preenchia a 311; Cobria a 313; Encostava a 306; Encostada e cortada por 001

Interface resultante do encosto do aparelho 306 sobre o aparelho 308 Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Interface resultante do encosto do aparelho 306 sobre o aparelho 310

Encostava a 306; Encostada por 001 Equivalente a 019

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Interface resultante do desmonte parcial do aparelho 306 para aplicação de caixa (?)

Encostava a 306; Encostada por 001; Equivalente a 020 Cortou a 306; Preenchida por 312; Equivalente a 407

312

Piso 2

Estrutural

Aparelho de enchimento, em alvenaria de fragmentos de tijolos alveolares unidos por argamassa de cimento

313

Piso 2

Estrutural

Canalização em tubo de aço galvanizado

Época Contemporânea

Coberta por 312; Equivalente a 409, 008

314

Piso 2

Estrutural

Arco de descarga sobre o vão de janela emparedado, na parede nascente, em tijolos ‘de palmo’ ao cutelo

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostado po 306, 310, 001

315

Piso 2

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostava a 306; Encostada e cortada por 001; Coberta por 320; Equivalente a 410

Interface resultante do encosto entre os aparelhos 306 e 316

Equivalente a 417

316

Piso 2

Estrutural

Aparelho inscrito na parede nascente, em alvenaria de fragmentos de tijolos ‘de palmo’ unidos à meia vez por argamassa de cal

317

Piso 2

Estrutural

Painel azulejar, com azulejos industriais de tom branco (15 cm x 15 cm)

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 318, 602

318

Piso 2

Estrutural

Reboco em argamassa de cimento

Época Contemporânea (recente)

Coberta por 317; Cobria a 320, 602; Encostada por 319

319

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em tinta plástica de tom verde

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 325, 332, 602; Encostava a 318

320

Piso 2

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Coberta por 321; Cobria a 326, 316; Equivalente a 411

321

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 320; Coberta por 322

322

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom amarelo

Época Contemporânea (?)

Cobria a 321; Coberta por 323; Equivalente a 413

323

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom amarelo

Época Contemporânea (?)

Cobria a 322; Coberta por 324; Equivalente a 414

324

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 323; Coberta por 325; Equivalente a 415

325

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 324; Coberta por 319; Equivalente a 416

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Coberta por 305, 419, 328, 334, 320; Cortada e encostada por 001

326

Piso 2

Estrutural

327

Piso 2

Estrutural

328

Piso 2

Estrutural

Parede meeira poente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal Arranque de antigo tabique, entretanto desmontado, sendo ainda visíveis vestígios da sua argamassa de terra Reboco em argamassa de cal e areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostava a 326 (?)

Época Contemporânea (?)

Coberta por 329; Cobria a 326; Encostava a 327 (?), 331 (?)

27 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

329

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 328; Coberta por 330

330

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 329

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 328, 334; Encostava a 326 (?)

331

Piso 2

Estrutural

Arranque de antigo tabique, entretanto desmontado, sendo ainda visíveis vestígios da sua argamassa de terra

332

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Coberta por 319

333

Piso 2

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 334; Coberta por 332

334

Piso 2

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Cobria a 326; Coberta por 333

335

Piso 2

336

Piso 2

Estrutural

Negativo de antigo piso, entretanto desmontado

Época Contemporânea (?)

Definida por 304

337

Piso 2

Estrutural

Negativo de antigo tecto, entretanto desmontado

Época Contemporânea (?)

Definida por 304

338

Piso 2

Estrutural

Negativo de antigo piso, entretanto desmontado

Época Contemporânea (?)

Definida por 304

339

Piso 2

Estrutural

Negativo de antigo tecto, entretanto desmontado

Época Contemporânea (?)

Definida por 304

Época Contemporânea (?)

Encostava a 342; Encostada por 304

Época Contemporânea (?)

Encostado por 304

Interface resultante da sobreposição do aparelho 326 pelo aparelho 419

Estruturação de janela, a nascente, com bandeira envidraçada (1,84 m de altura x 1,10 m de largura) Arranque de antigo tabique, entretanto desmontado, sendo ainda visíveis vestígios da sua argamassa de terra

340

Piso 2

Estrutural

341

Piso 2

Estrutural

342

Piso 2

Estrutural

Moldura de janela em madeira

Época Contemporânea (?)

Encostada por 340; Encostava a 316, 715

Época Contemporânea (?)

Encostava a 344; Encostada por 304

Época Contemporânea (?)

Encostada por 343; Encostava a 317, 716

343

Piso 2

Estrutural

Estruturação de janela, a poente, com bandeira envidraçada (1,84 m de altura x 1,10 m de largura)

344

Piso 2

Estrutural

Moldura de janela em madeira 345 a 400 – Não atribuídas

401

Piso 3

402

Piso 3

403

Piso 3

Estrutural Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco (vestígios de) Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Cobria a 402; Cortada e encostada por 001

Época Contemporânea (?)

Coberta por 401; Definia a 403; Cortada e encostada por 001; Encostada por 433

Interface resultante da anulação de um antigo telhado, entretanto desmontado

Definida por 402, 404; Encostada por 001, 433

404

Piso 3

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

405

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

406

Piso 3

Estrutural

Parede meeira nascente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

407

Piso 3

408

Piso 3

Estrutural

Aparelho em argamassa de cimento e fragmentos de tijolo alveolar

Interface resultante do desmonte do aparelho 406 para inclusão de uma caixa

Coberta por 405; Definia a 403; Cortada e encostada por 001; Cobria a 406 Cobria a 404; Cortada e encostada por 001; Encostada por 433 Coberta por 404, 429, 432, 430, 431, 435, 436; Encostada por 408, 410, 434; Imbricava com 428; Cortada por 001, 407; Equivalente a 306, 201, 002, 418 Cortava a 406; Preenchida por 408; Equivalente a 311

Época Contemporânea (recente)

Preenchia a 407; Cobria a 409; Encostava a 406;

28 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Equivalente a 312, 009 409

Piso 3

Estrutural

Canalização em tubo de aço galvanizado

Época Contemporânea

410

Piso 3

Estrutural

Alvenaria de tijolos ‘de palmo’ à meia vez unida em aparelho regular por argamassa de cal

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

411

Piso 3

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

412

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

413

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

414

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

415

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

416

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

417

Piso 3

Interface resultante do encosto entre os aparelhos 406 e 410 Parede meeira nascente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal Aparelho poente em alvenaria de fragmentos de tijolos alveolares unidos por argamassa de cimento (tijolos de 2 alvéolos: 22,5 x 6 x 10,5 cm; tijolos de 3 alvéolos: 31 x 8 x 16 cm)

Coberta por 408; Equivalente a 313, 008 Encostava a 406, 418; Coberta por 411, Cortada e encostada por 001 Cobria a 410, 418; Coberta por 412; Cortada por 401; Cortada e encostada por 001 Cobria a 411; Coberta por 413; Equivalente a 321; Cortada e encostada por 001 Cobria a 412; Coberta por 414; Equivalente a 322; Cortada e encostada por 001 Cobria a 413; Coberta por 415; Equivalente a 323; Cortada e encostada por 001 Cobria a 414; Coberta por 416; Cortada e encostada por 001 Equivalente a 324 Cobria a 41, 602; Cortada e encostada por 001 Equivalente a 325 Equivalente a 315

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Coberta por 411; Encostava a 410; Cortada e Encostada por 001; Equivalente a 406 Cortada e encostada por 001; Cobria a 326; Encostada por 433, 427, 426, 424

418

Piso 3

Estrutural

419

Piso 3

Estrutural

420

Piso 3

Estrutural

Telhado de cobertura ao prédio adjacente, a sul

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 424

421

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco, prédio adjacente

Época Contemporânea (?)

Cobria a 422; Encostava a 515

422

Piso 3

Estrutural

Reboco em argamassa de cimento, prédio adjacente

Época Contemporânea (recente)

Coberta por 421; Encostava a 515

423

Piso 3 Estrutural

Parede prédio adjacente, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

Época Contemporânea

Interface resultante da anulação de um antigo telhado, prédio adjacente, entretanto desmontado

Definida por 422

Época Contemporânea

Coberta por 422; Encostada por 419, Cobria a 426; Encostava a 419

424

Piso 3

425

Piso 3

426

Piso 3

Estrutural

Trave de madeira, sobre o qual se erguia o aparelho 424

Época Contemporânea

Coberta por 424; Cobria a 427; Encostava a 419

427

Piso 3

Estrutural

Parede prédio adjacente, em gaiola de madeira e placas de gesso cartonado

Época Contemporânea (recente)

Coberta por 426

428

Piso 3

Estrutural

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Imbricava com 406; Encostada por 433, 419; Coberta por 429, 413; Cortada e encostada por 001

429

Piso 3

Estrutural

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 428; Encostada por 430, 433, 434, 435

430

Piso 3

Estrutural

Época Contemporânea (recente)

Encostava a 429

Interface resultante do encosto do aparelho 427 ao aparelho 419

Parede norte, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal Estruturação de vão de janela, a nascente, em alvenaria de tijolos alveolares unidos por argamassa de cimento Estruturação de janela, a nascente, em madeira e vidro, com 2 folhas, 2 portadas desdobradas em 2 panos cada, e bandeira envidraçada (1 m de altura + 0,46 m bandeira x 1,12 m de largura)

Equivalente a 315

29 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

431

Piso 3

Estrutural

432

Piso 3

Estrutural

Estruturação de vão de janela, a poente, em alvenaria de tijolos alveolares unidos por argamassa de cimento Estruturação de janela, a poente, em madeira e vidro, com 2 folhas, 2 portadas, e bandeira envidraçada (1 m de altura + 0,46 m bandeira x 1,12 m de largura) Parede norte, em tabuado de madeira vertical, com vestígios de preenchimento a argamassa de cimento, apoiado em ripado horizontal e diagonal de madeira

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 428; Encostada por 432, 433

Época Contemporânea (recente)

Encostava a 431

Época Contemporânea (recente ?)

Encostava a 401, 405, 403, 428, 429, 431, 419; Coberta por 436; Encostada por 434, 435, 001; Equivalente a 517

Época Contemporânea (recente)

Encostava a 429, 433; Coberta por 436, 438

Época Contemporânea (recente)

Encostava a 429, 433; Coberta por 440; Definia a 437

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 433, 434

433

Piso 3

Estrutural

434

Piso 3

Estrutural

435

Piso 3

Estrutural

436

Piso 3

Estrutural

437

Piso 3

438

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 434; Coberta por 439

439

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom cor-de-rosa

Época Contemporânea (?)

Cobria a 438

440

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 435; Coberta por 441

441

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom amarelo

Época Contemporânea (?)

Cobria a 440; Coberta por 442

442

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom bege

Época Contemporânea (?)

Cobria a 441; Coberta por 443

443

Piso 3

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom verde

Época Contemporânea (?)

Cobria a 442

444

Piso 3

Reboco da moldura do vão de janela a nascente, em argamassa de cimento e fragmentos de tijolo alveolar Reboco da moldura do vão de janela a poente, em argamassa de cimento e fragmentos de tijolo alveolar Estruturação da moldura do vão de janela a nascente, em madeira

Interface resultante do desmonte da estruturação da moldura do vão de janela a poente, eventualmente em madeira

Definida por 435

Interface resultante do encosto dos aparelhos 424 ao aparelho 515

Equivalente a 315

445 a 500 – Não atribuídas 501

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco (vestígios de)

Época Contemporânea (?)

Cobria a 502; Cortada e encostada por 001

502

Piso 4

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Coberta por 501; Cortada e encostada por 001; Definia a 503, 504, 505

503

Piso 4

Estrutural

Negativo resultante do desmonte de antigo telhado (?), com pendente para norte

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 502

504

Piso 4

Estrutural

Aresta de estrutura parietal, extremidade lateral sul de chaminé (?)

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 502

505

Piso 4

Estrutural

Aresta de estrutura parietal, extremidade lateral norte de chaminé (?)

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Definida por 502

506

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco (vestígios de)

Época Contemporânea (?)

Cortada e encostada por 001; Equivalente a 401

507

Piso 4

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Encostava a 517; Cortada e encostada por 001

508

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

509

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

510

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 509; Cortada e encostada por 001 Cobria a 510; Cortada e encostada por 001; Coberta por 508 Cobria a 511; Coberta por 509; Cortada e encostada por 001

30 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Cobria a 512; Coberta por 510; Cortada e encostada por 001 Cobria a 513; Coberta por 511; Cortada e encostada por 001 Cobria a 514; Coberta por 512; Cortada e encostada por 001 Coberta por 513; Cobria a 516; Cortada e encostada por 001; Encostada por 516 Cortada e encostada por 001; Encostava a 428; Cobria a 326; Encostada por 433, 421, 422, 424, 517; Equivalente a 419

511

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

512

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

513

Piso 4

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

514

Piso 4

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

515

Piso 4

Estrutural

Aparelho poente em alvenaria de fragmentos de tijolos alveolares unidos por argamassa de cimento (tijolos de 2 alvéolos: 22,5 x 6 x 10,5 cm; tijolos de 3 alvéolos: 31 x 8 x 16 cm)

Época Contemporânea

516

Piso 4

Estrutural

Reboco em argamassa de cimento

Época Contemporânea (recente)

Cobria a 515; Encostava a 514

Estrutural

Parede norte, em tabuado de madeira vertical, com vestígios de preenchimento a argamassa de cimento, apoiado em ripado horizontal e diagonal de madeira

Época Contemporânea (recente ?)

Coberta por 001; Encostava a 515; Encostada por 507

517

Piso 4

518 a 600 – Não atribuídas 601

Saguão - Piso 1

Estrutural

Piso em laje de betão armado

Época Contemporânea (recente)

Coberta por 602; Encostava a 233; Cobria e encostava ao afloramento geológico calcário (talhado artificialmente)

Época Contemporânea (recente)

Cortava a 236, 237, 238, 239, 332, 333, 334; Encostava a 240, 218, 219, 319, 317, 318, 416; Cobria a 601

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

602

Saguão - Piso 1, 2e3

Estrutural

Parede norte e nascente do saguão, em alvenaria de tijolos alveolares unidos ao alto por argamassa de cimento. Definia uma área sensivelmente constante, desde o piso 1 ao piso 3 (cerca de 4 m2: 1,20 m x 3,3 m). Ambas os alçados rebocados com argamassa de cimento. Havia sido, antes da data de inicio da presente intervenção, amplamente cortada para abertura de vãos.

603

Saguão – Piso 2 e3

Estrutural

Parede fundeira, limite sul do saguão, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal

604

Saguão – Piso 2

Estrutural

605

Saguão – Piso 2, 3e4

Estrutural

Parede fundeira, limite sul do saguão, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de cal Parede norte do prédio adjacente, a sul, limite sul do saguão, em alvenaria de pedras não facetadas unidas em aparelho irregular por argamassa de terra

Época Moderna/Época Contemporânea (?) Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 602, 604; Encostava à parede norte do prédio adjacente; Cobria o afloramento geológico calcário (talhado artificialmente) Encostada por 602, 605; Encostava a 603; Cobria o afloramento geológico calcário (talhado artificialmente) Encostada por 604, 605; Cobria o afloramento geológico calcário (talhado artificialmente)

606 a 700 – Não atribuídas 701 702 703 704 705

Fachada Principal Fachada Principal Fachada Principal Fachada Principal Fachada Principal – Piso 0

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 702

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 703; Coberta por 701

Estrutural

Pintura parietal em cal de tom branco

Época Contemporânea (?)

Cobria a 704; Coberta por 702

Estrutural

Reboco em argamassa de cal e areão

Época Contemporânea (?)

Coberta por 703; Cobria a 710, 708; Encostava a 705, 713, 706

Estrutural

Moldura de vão de porta, a nascente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 706; Coberta por 708, 709; Encostada por 701, 702, 703, 704, 707, 022

31 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

706 707 708 709 710 711 712 713 714 715 716

Fachada Principal – Piso 0 Fachada Principal – Piso 0 Fachada Principal – Piso 0 Fachada Principal – Piso 0 Fachada Principal – Piso 1 Fachada Principal – Piso 0 Fachada Principal – Piso 0 Fachada Principal – Piso 1 Fachada Principal – Piso 1 Fachada Principal – Piso 2 Fachada Principal – Piso 2

Estrutural

Soleira de vão de porta, a nascente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Coberta por 705, Encostada por 704, 022

Estrutural

Gradeamento de bandeira de vão de porta, a nascente, em ferro

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostava a 705

Estrutural

Arco de descarga ao vão de porta, a nascente, em alvenaria de tijolos maciços unidos ao cutelo por argamassa de cal e de areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 705; Encostada por 709; Coberta por 704, 710

Estrutural

Aparelho de enchimento entre o arco de descarga e a moldura do vão de porta, a nascente, em alvenaria de tijolos maciços e fragmentos de tijolos ‘de palmo’ unidos por argamassa de cal e de areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 705; Encostava a 708

Estrutural

Avental de vão de janela, a nascente, em alvenaria de tijolos maciços unidos à meia vez por argamassa de cal e de areão

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Cobria a 708; Coberta por 704

Estrutural

Moldura de vão de vitrine, a nascente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 704, 024

Estrutural

Moldura de vão de porta, a poente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 026

Estrutural

Moldura de vão de janela, a nascente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 244

Estrutural

Moldura de vão de janela, a poente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 246

Estrutural

Moldura de vão de janela, a nascente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 342

Estrutural

Moldura de vão de janela, a poente, em cantaria de calcário

Época Moderna/Época Contemporânea (?)

Encostada por 344

32 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

ANEXO FOTOGRÁFICO

Fotografia 1 – Vista geral da Rua Martins de Carvalho, com destaque para o edifício intervencionado (seta amarela).

33 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 1 – Registo de ocorrências adjacentes ao vão de porta este, alçado norte, parede norte (fachada principal).

34 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 2 – Aspecto geral da estruturação interna, executada no âmbito da empreitada, com reaproveitamento do corrimão original.

35 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 3 – Aspecto geral do logradouro, na área sul do edifício.

Fotografia 4 – Pormenor de muros sucessivamente encostados, no limite sul do logradouro.

36 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 5 – Acompanhamento aos trabalhos de picagem dos rebocos remanescentes no edifício.

Fotografia 6 – Acompanhamento aos trabalhos de remoção de entulho depositado no piso 0.

37 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 7 – Aspecto geral de vão emparedado, detectado no alçado oeste da parede este do piso 1.

Fotografia 8 – Detalhe construtivo: arco de descarga em tijolos maciços ao cutelo (vão de janela oeste, piso 1, parede norte). 38 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 9 – Aspecto geral do aparelho construtivo que constituía a parede norte do piso 3, em tabuado vertical de madeira.

Fotografia 10 – Aspecto geral do aparelho construtivo que constituía parte da parede este do piso 3, em tijolo ‘de palmo’ à meia-vez. 39 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 11 – Aspecto geral do aparelho construtivo que constituía a parede sul dos pisos 3 e 4, em tijolos maciços à meia-vez.

40 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 12 – Aspecto geral das estruturas adjacentes à parede sul do edifício, pisos 3 e 4 (edifício vizinho, a sudoeste).

41 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 13 – Aspecto geral do alçado oeste da parede este do edifício, piso 3, com negativo de telhado (pendente para norte, Rua de Martins de Carvalho).

42 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Fotografia 14 – Detalhe de revestimento externo do alçado norte da parede norte (fachada principal), ao nível do piso 4, em escama de ardósia.

43 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

AN E XO C ART O GR ÁFIC O

Planta 1 – Localização da presente intervenção sobre excerto da Carta Militar de Portugal Folha 230. Fonte: I.G.E., 2ª edição, 1984.

Planta 2 – Localização da presente intervenção sobre fotografia de satélite. Fonte: Google Earth.

44 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

Planta 3 – Localização da presente intervenção sobre excerto da planta da cidade de Coimbra.

45 TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO ÂMBITO REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO SITO NA RUA DE MARTINS DE CARVALHO N.º 28 A 30, COIMBRA – RELATÓRIO FINAL

FICHA DE SÍTIO

Designação: Reabilitação de um Edifício sito na Rua Martins de Carvalho, n.º 28 a 30 Distrito: Coimbra Concelho: Coimbra Freguesia: Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu Lugar: Rua Martins de Carvalho C.M.P. 1/25.000-folha n.º 230

Altitude (m): 27 m

Coordenadas: 40º12’39’’N – 8º25’42’’W Tipo de sítio: Edifício Período cronológico: Época Medieval (?), Época Moderna, Época Contemporânea Recursos hidrográficos: --Descrição do sítio (15 linhas): O edifício intervencionado desenvolve-se em planta longitudinal, com fachada principal orientada para a Rua Martins de Carvalho, antiga Rua das Figueirinhas. Tanto quanto a preservação dos rebocos originais permitiu observar, ergue-se em alvenaria de pedras nas paredes externas norte e este, e em alvenaria de pedras e alvenaria de tijolos maciços na parede externa oeste. Das estruturas que originalmente compartimentavam o espaço interno, não subsistiam vestígios à data de início da intervenção, salvo o corrimão das escadas, que foi preservado. Na retaguarda do edifício mantinha-se um pequeno logradouro, permitindo iluminação e arejamento aos compartimentos organizados junto à traseira do mesmo. O exterior exibia grande regularidade construtiva e similitude nos vãos abertos na fachada, com escama de ardósia cobrindo parte da fachada, ao nível dos pisos 3 e 4.

Proprietários: Artur Francisco Classificação: Universidade de Coimbra – Alta e Sofia – Lista de Património da Humanidade UNESCO Legislação: --Estado de conservação: ---

Uso do solo: Habitacional

Ameaças: Reabilitação

Protecção/Vigilância: ---

Acessos: Rua Martins de Carvalho Espólio: Não existente (verificou-se a não existência de espólio arqueológico)

Descrição: ---

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Local de depósito: ---

Trabalho Arqueológico 2015 Arqueólogo responsável: António Ginja Tipo de trabalho: Acompanhamento arqueológico Datas de início: 30 de Julho de 2015

de fim: 15 de Agosto de 2015

Duração (em dias): 13 Projecto de Investigação: --Objectivos (10 linhas): O acompanhamento visou a minimização do impacto arqueológico ao nível do solo e do edificado. Resultados (15 linhas): O acompanhamento arqueológico permitiu identificar diversas tipologias de construção e registadas a estratigrafia e relações estratigráficas das estruturas afectadas pelas acções decorrentes da reabilitação prevista. A identificação de certas ocorrências possibilitou a dedução da evolução construtiva do edifício em análise, bem como dos edificios que lhe são adjacentes, a este e a oeste. Presume-se que o edifício em estudo tenha sido sucessivamente alteado, mediante o acrescento sucessivo de novos pisos, processo que foi acompanhado pelo edifício vizinho, a poente. Para a dedução desta evolução construtiva concorreram diferentes indícios, nomeadamente a anulação de um vão de janela, através de emparedamento, o negativo de coberturas, as diferenças de tipo construtivo e os interfaces entre distintos momentos construtivos. Da compartimentação interna original, pouco foi possível deduzir, dado o desmonte das estruturas que a garantiam ter ocorrido em fase anterior à da presente intervenção. Todavia, existem notícias de que se faria mediante tabiques, de que subsistiam ainda alguns negativos, eventualmente estruturados por cruzes de Santo André e preenchidos com argamassa de terra.

** Preenchido de acordo com a lista do Thesaurus do ENDOVÉLICO. Essa lista poderá ser consultada no site: www.patrimoniocultural.gov.pt

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E S T AM P A S

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