Educação Ambiental: da teoria à prática escolar

July 23, 2017 | Autor: Leticia Viesba | Categoria: Educação Ambiental
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II Simpósio em Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade da UNIFESP

Educação Ambiental: da teoria à prática escolar Everton Viesba (FM), Letícia Viesba (IC), Marilena Rosalen* (PQ) *[email protected] Escola Estadual Padre Anchieta Universidade Federal de São Paulo Palavras Chave: Educação, Educação Ambiental, Formação Socioambiental

Introdução A Educação Ambiental (EA) é um processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade desenvolvem em conjunto, valores sociais, conhecimentos e habilidades voltadas para a conservação do meio ambiente (Brasil, 1999). Assim, a escola se torna o principal espaço para o desenvolvimento de atividades e projetos de EA visto que é um locus privilegiado para o exercício da cidadania. O presente trabalho tem como objetivo analisar as atividades realizadas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), na área de Ciências, por meio do projeto “Educação ambiental na minha escola”, desenvolvido em uma escola pública de Diadema, São Paulo. O projeto envolve as 6º séries e o ensino médio, durante as aulas vagas e algumas aulas de ciências e biologia e consiste em implementar a EA no cotidiano da comunidade escolar, em princípio, dos estudantes. Para isso, os conteúdos abordados em sala de aula além de estarem diretamente ligados a realidade dos estudantes (consumo elevado, produção de lixo, falta de água/energia e crescimento populacional), também são relacionados com os temas propostos para cada série pelo Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas Tecnologias (2010).

Resultados e Discussão Inagaki e Hatano (1983) consideram que a integração do conhecimento é mais eficaz quando os estudantes são instigados a defender seus pontos de vista, e isto ocorre naturalmente quando tentam convencer seus colegas sobre determinado assunto. Instintivamente tendem a ser mais críticos, discutindo com seus pares e com o professor, pois em relação ao conteúdo abordado em sala aceitam mais facilmente a opinião dos adultos. A partir desta consideração a principal ferramenta do projeto é a formulação de discussões mediadas entre os estudantes. Com as discussões os estudantes estão aperfeiçoando a capacidade de formular opiniões, buscam se aprofundar mais nos temas propostos para melhorar os argumentos contra seus pares, aprendem a ter uma maior preocupação com o meio ambiente e entendem a relação sensível homem X natureza.

Como forma de expandir os resultados das discussões, os estudantes realizam atividades práticas e produções para expor em eventos, feiras e mostras que a escola costuma organizar. Desta forma, o trabalho é divulgado para a comunidade escolar e naturalmente desperta o interesse e participação de outros estudantes da escola, propiciando a mudanças de atitudes.

Figura 1. Trabalhos desenvolvidos pelos estudantes da 6º série.

Conclusões Com o desenvolvimento do projeto fica evidente a importância de inserir a Educação Ambiental no contexto escolar, não como uma disciplina, mas sim um componente que integre todas as disciplinas. Isso garante aos estudantes à possibilidade de desenvolverem o senso crítico voltado as problemáticas socioambientais

Agradecimentos Escola Estadual Padre Anchieta – gestores e estudantes. Unifesp – curso de Ciências-licenciatura. Pibid-Ciências Capes – bolsa Pibid em 2013. __________________________________________ BRASIL. Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a política nacional de educação ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999. INAGAKI, K.; HATANO, G. Collective Scientific Discovery by Young Children. The Quarterly Newsletter of the Laboratory of Comparative Human Cognition, January, v. 5, 1983. SÃO PAULO, Secretaria de Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. São Paulo: SEE, 2010.

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