EDUCAÇÃO ECOVISUAL – INTERVENÇÃO URBANA INFORMAL IMPLEMENTADA NO MUNICIPIO DE CARIACICA

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EDUCAÇÃO ECOVISUAL – INTERVENÇÃO URBANA INFORMAL IMPLEMENTADA NO MUNICIPIO DE CARIACICA SOSSAI, Lara. RESUMO: O presente trabalho visou ampliar as intervenções visuais no município de Cariacica – ES, como forma de educação ambiental informal e medir seus efeitos junto à população local e ainda está em construção. A pesquisa foi qualitativa e ainda se encontra em implantação no município. Foi realizada em duas etapas, uma de diagnostico local das intervenções existentes e outra de implantação de novas intervenções. Por fim, mediu-se os efeitos das intervenções sobre a população a partir de depoimentos coletados aleatoriamente ate o momento. Palavras-chave: Educação, Meio Ambiente, Conhecimento.

INTRODUÇÃO A educação ambiental tem sido uma vertente da educação muito utilizada na ultima década, principalmente por empresas e gestão publica, como ferramenta de comunicação, principalmente externa. Entretanto a proposta é muito mais ampla que somente comunicar. A própria Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA – Lei 9795/99 propõe (3) três formas de condução desta vertente da educação: formal, não formal e informal. Cada qual possui suas características e locais mais propícios para condução. Pode-se citar ainda, que a educação ambiental não é somente falar sobre ecologia e meio ambiente. A educação ambiental é a vertente mais ampla e transversal da educação, pois perpassa por todos os principais enfoques que influenciam o ser humano direta ou indiretamente: cultura, religião, economia, política, sociedade e emoção. Por se tratar de um conceito amplo, é possível observar que a educação ambiental se faz em qualquer lugar, por qualquer cidadão e a todo o momento. E a educação para a vida, para a sociedade, para o uso comum.

METODOLOGIA Para a realização deste trabalho, realizou-se uma pesquisa qualitativa de intervenção local visual e observação de seus efeitos educativos informais à população local que ainda se encontra em andamento. O local elegido para a observação das interações humanas foi o município de Cariacica – ES devido a grande quantidade de manifestações pontuais existentes na localidade segundo indicações de conhecidos. Em um primeiro momento, realizou-se um levantamento fotográfico das formas de comunicação visuais pré existentes com a temática ambiental/sustentabilidade. Em uma segunda etapa, iniciou-se a intervenção eco visual, tema deste trabalho, por meio de placas educativas colocadas em diversos pontos do município (arvores cortadas, pontos viciados de lixo, etc.) com mensagens instigantes.

Por fim, entrevistou-se moradores e estudantes da região através de vídeos com a resposta a uma pergunta simples a eleger: “O que é meio ambiente para você?” ou “Como você interage com o meio ambiente a sua volta?” . Essas perguntas tiveram o objetivo de analisar como a população local entende meio ambiente, como eles se enxergam parte dele e como percebem seus impactos positivos ou negativos no ambiente onde vivem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Antes da apresentação dos resultados, vale ressaltar que esta pesquisa ainda está em fase de construção, pois se trata de uma pesquisa continua da interação entre sociedade e meio ambiente e observação dos efeitos gerados. Os resultados a serem apresentados abaixo são parciais e referentes à primeira etapa da pesquisa. A proposta e que as atividades sejam difundidas para outros municípios posteriormente. Durante a primeira etapa do trabalho visitou-se diversos pontos do município para observar manifestações já existentes dos moradores locais e entender como eles interagem /entendem o ambiente onde vivem e foram encontradas diversas formas: placas, hortas comunitárias, etc. Essas interações foram fotografadas para divulgação por meio de site, como é possível observar abaixo:

Figura 1 – Algumas imagens utilizadas no Figura 2 – Imagem da pagina criada em site site. para divulgação das imagens.

Estas imagens foram coletadas ao longo do ultimo semestre e estão sendo colocadas por etapas no site. Em um segundo momento, observou-se que a interação por meio de placas era bem aceita pela população, uma vez que muitos trabalhadores locais informavam que as placas eram antigas e que eles mesmos cuidavam sem ao menos conhecer o autor. Assim, decidiu-se confeccionar algumas destas placas e distribuí-las em alguns pontos da cidade com mensagens diversas que remetem ao pensamento sustentável sistêmico a fim de medir o impacto causado nos moradores e transeuntes. Uma forma de educação informal, como dito no inicio deste trabalho: educação eco visual.

Figura 3 – Uma das placas colocadas em arvores na Avenida Expedito Garcia.

Figura 4 – Outra placa alocada em um ponto viciado de lixo.

A fim de medir a influencia das placas e também o entendimento da população quanto à temática ambiental, ainda na segunda etapa solicitou-se a gravação de vídeos para alguns moradores e estudantes da região com a resposta de uma pergunta simples a eleger. Não foram retiradas amostras, deixou-se em aberto para que os interessados participassem. São pessoas comuns de diversas idades, classes sociais e níveis educacionais. Alguns vídeos foram encaminhados e em todos eles, percebeu-se que a temática ambiental ainda esta ligada ao pensamento ecológico cientifico puro. A população ainda enxerga meio ambiente como vegetação, como ecossistema. Percebeu-se também que em alguns depoimentos, os entrevistados demonstraram um pensamento mais amplo e integrado, com o ser humano interagindo com as cidades e ambiente construído. Mas ainda tem-se a ideia de ecossistema como meio ambiente tanto para pessoas com alguma formação quanto para aqueles que não possuem conhecimento técnico na área. Outro ponto positivo, é que as placas têm sido observadas pela população e cuidadas por ela. Algumas pessoas fotografaram as placas e postaram em redes sociais, outras comentaram com a equipe sobre a iniciativa, etc.

CONCLUSÕES A partir da análise dos vídeos recebidos com depoimentos, das manifestações pré-existentes e dos efeitos das placas colocadas, pode-se perceber que:     

A população ainda possui uma visão “romântica” e ecológica sobre meio ambiente; Ainda assim, há a preocupação em cuidar do espaço comum e manter a limpeza e equilíbrios locais, mesmo que com suas palavras; Há o respeito e interesse coletivo pelo bem comum de todos como arvores, canteiros, terrenos baldios, etc. Ainda há muito a ser explorado junto à população no que tange a educação ambiental; A população independente de classe social, idade, etc. participa das intervenções.

REFERÊNCIAS ABELHA, Marcelo. Ação Civil Pública e Meio Ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. BOBBIO, Norberto. Trad. de Carlos Nelson Coutinho. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. FERREIRA, Manoel Gonçalves Filho. Direitos Humanos Fundamentais. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. RODRIGUES, Marcelo Abelha. NERY, Rosa Maria Andrade. Direito Processual Ambiental Brasileiro. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1996. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PNEA, Lei 9795/99.

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