Educação Musical Não-Formal na Festa do Divino Espírito Santo de Niquelândia - GO

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Seminário Nacional de Pesquisa em Música da UFG Escola de Música e Artes Cênicas da UFG Goiânia - 28 a 30 de setembro 2015

Comunicações Orais

A arte nas metodologias, tecnologias e inovações em Educação Musical e saúde (Musicoterapia)

EDUCAçãO MUSICAL NãO-FORMAL NA FESTA DO DIVINO ESPíRITO SANTO DE NIqUELâNDIA - GO Felipe Eugênio Vinhal (UFG) [email protected] Magda de Miranda Clímaco (UFG) [email protected] Resumo:

portanto, de sua identidade. Palavras-chave:

Anais do XV SEMPEM

que permeia o cotidiano dos grupos locais ligados à Festa do Divino Espírito Santo realizada dagem do tema se deu durante a pesquisa de campo relacionada à minha pesquisa de mestrado,

performances dos foliões e entrevistas importante elemento para a compreensão da maneira como aqueles grupos lidam com sua sentam, portanto, para serem analisadas, propondo um diálogo interdisciplinar entre música,

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a educação, portanto, ocorre nos mais diferentes espaços e situações sociais, num complexo de expe-

Nesse sentido, a Festa do Divino pode ser interpretada como um espaço educativo com

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O “MUNDO MUSICAL”: A FESTA DO DIVINO EM NIQUELâNDIA partir do estudo de outros autores, designa um espaço social marcado por “singularidades estilísticas, de valores, de práticas compartilhadas, mas que interagem com outros mundos musicais, -

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territorial municipal, compreende o que foi todo o Distrito do Tocantins.

à formação de uma nova gente, de uma cultura local nascida do sonho do ouro. Nesse contexto tuiu numa instituição reguladora e promotora das relações sociais da época, como o fez em toda

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texto, o que mais interessa aqui são as folias, iniciadas dias antes de Pentecostes, constituídas por

principais instrumentos a caixa, violas, violão, pandeiro e sanfona. Na performance destes rituais,

sem a mesma comoção dos adultos. a chegada no almoço ou no pouso, o agradecimento de mesa, a despedida do pouso, a esmolação

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educacionais peculiares, que nada tinham a ver com instituições formais de ensino da música. Dessa maneira, se não formal, que tipo de aprendizado se efetiva no mundo musical instituído por essa folia? AS DIMENSõES DO ENSINO E AS “zONAS DE DESENVOLVIMENTO PROxIMAL”: APRENDENDO A SER FOLIÃO

essas categorias na educação, é possível encontrar uma dualidade entre os chamados ensino formal -

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das relações com os indivíduos.

playground ou da missa, onde os indivíduos aprendem tão somente

teúdos historicamente sistematizados, normatizados por leis, dentre os quais destacam-se o de formar o atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças de grupos que se frequenta ou que pertence por herança, desde o nascimento. Trata-se do processo interativo, gerando um processo educativo. Um modo de educar surge como resultado do processo voltado para os interesses e as necessidades.

compartilha uma identidade comum. Possui intencionalidade quanto à ação educativa, entretanto num nível de sistematização quase livre, delineando-se durante o processo educativo e para o processo educativo, atendendo às necessidades práticas ou mais urgentes dele ou do grupo. Sendo evangélica oferece aulas de música na expectativa de que elas possam prover músicos para atuarem

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para o ensino informal.

tade de aprender e eu precisava que aprendia pra poder formar aquele folião da maneira que eu queria. E então, é como diz, não é que eu sou professor. [...]

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mente, nas entrevistas ou em conversas informais, a maioria dos músicos-foliões se consideram -

nar, né? Família, tem que crescer no ramo.

do direcionamento de ações em educação musical não-formais acontecem dentro dela. De todo -

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Ramos acredita que um dos mecanismos mais importantes para a compreensão de como a educação

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dos mais velhos quanto ao como do fazer musical, e aos poucos supera suas limitações, dominando pela prática e a imitação os conhecimentos dos quais não dava conta sozinha. Tudo isso num de tudo, rico de representações sociais que conferem sentido a alguns aspectos de sua identidade,

CONSIDERAÇõES FINAIS

performance musical dos foliões em seu interior, assim como o processo de educação musical

educativa no sentido de suprir uma demanda prática da vida social de seus atores, demanda por sua

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integrar o cotidiano das práticas educativas institucionalizadas. Nesse contexto, o professor pode utilizar a diversidade como força motriz para o conhecimento da diferença e dos lugares que cada aluno ocupa na escola, na cidade e no mundo, podendo enriquecer, de maneira interdisciplinar e

com sentidos de realidade, com identidades sociais e culturais que não são fechadas ou estáticas, mas precisam ser compreendidas e respeitadas.

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diversidade, havendo oportunidade para os alunos falarem de si, trocarem ideias, sentimentos. Poten-

Sendo assim, reconheço que o educador musical, a cada nova turma, tem em mãos alunos que fazem parte de vários mundos musicais, onde aprendem de maneira não-formal ou informal, em de diversões ou ouvindo as músicas do seu celular. Trazer as diferenças para a aula, promovendo a sensível de seus alunos, conferindo novos sentidos para a ação educativa, tornando a escola um palco

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EM PAUTA 95-122. História de Niquelandia:

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tora, 1998. 226 p. A História Cultural Entre Práticas e Representações Sociais Múltiplos Olhares sobre Educação e Cultura.

Ensaio: aval. pol. púb. Educ. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade Pedagogia e pedagogos, para quê? O século do ouro em Goiás:

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Terra do Anhanguera: Revista da ABEM, A Fé Católica em Cenários de Festas e Tradições: Folia de Reis e Festa do Divino EspíCatolicismo e Casamento Civil em Goiás, 1860-1920 Paixões em Cena: a Semana Santa na Cidade de Goiás (Século XIX) Entrevista de Joaquim Francisco de Oliveira em 28 maio 2015 Entrevista de Carlos de Souza Fernandes em 28 maio 2015 aprendizagem musical de adolescentes. Revista da ABEM

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