Educação musical no coro infantojuvenil: aspectos do desenvolvimento rítmico, solfejo e improvisação na perspectiva de Jacques-Dalcroze (ESPEdu, 2016)

June 3, 2017 | Autor: A. Lucia Gaborim-... | Categoria: Choral Conducting, Music Education, Children's Choir Music, Método Dalcroze
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Encontro Sulmatogrossense de Pesquisadores em Educação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS de 01 a 03 de junho de 2016

EDUCAÇÃO MUSICAL NO CORO INFANTOJUVENIL: ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO RÍTMICO, SOLFEJO E IMPROVISAÇÃO NA PERSPECTIVA DE JAQUES-DALCROZE

Alex Barbosa de Lima UFMS [email protected] Ana Lúcia Iara Gaborim-Moreira UFMS [email protected]

GT 5 – Educação, Psicologia e Prática docente E – Múltiplas linguagens da arte: dança e música Resumo: O presente artigo apresenta a síntese de um trabalho de pesquisa de conclusão de curso cujo objeto principal de estudo é a educação musical por meio do canto coral. Nesse trabalho, investiga-se o desenvolvimento musical de alunos-coralistas pela prática de atividades fundamentadas nas propostas pedagógicas de Emile Jacques-Dalcroze – um dos chamados “educadores musicais ativos de 1ª geração” – que constitui uma referência para o processo de ensino-aprendizagem da Música. Como procedimentos metodológicos, após uma revisão bibliográfica sobre as propostas em questão, foram elaboradas e aplicadas atividades/exercícios na dinâmica de ensaio de um projeto coral, enfatizando os princípios básicos de Dalcroze no que tange ao fazer musical: rítmica, solfejo e improvisação. Consequentemente, empreendeu-se a reflexão e a análise sobre essas ações, sendo que esse conjunto de procedimentos se caracteriza como pesquisa-ação. Como conclusão deste artigo, analisamos como as propostas de Dalcroze são aplicáveis ao trabalho coral, adaptadas ao contexto contemporâneo brasileiro. Palavras-chave: educação musical; coro infantojuvenil; Jacques-Dalcroze.

1. Introdução O suíço Émile Jacques-Dalcroze (1865-1950) é reconhecido internacionalmente por seus estudos e práticas musicais que integram corpo e movimento no processo de ensinoaprendizagem da Música. À luz do início do século XX, quando o “dom” e o “talento” eram considerados qualidades inatas e necessárias ao estudo musical e o aprendizado de um instrumento era geralmente estruturado em uma prática mecânica e desvinculada do conhecimento teórico, Dalcroze surge com uma proposta inovadora, ao sugerir o ensino não exclusivo, um olhar sobre os alunos – em suas dificuldades e necessidades – e uma visão sistêmica do ser humano. Os princípios gerais da pedagogia de Dalcroze, comumente reconhecida por “método”, são delineados pela professora Marisa Fonterrada: relaciona-se diretamente à educação geral e fornece instrumentos para o desenvolvimento integral da pessoa, por meio da música e do movimento. Além desse propósito mais amplo, atua como atividade educativa, desenvolvendo a

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Encontro Sulmatogrossense de Pesquisadores em Educação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS de 01 a 03 de junho de 2016 escuta ativa, a voz cantada, o movimento corporal e o uso do espaço (FONTERRADA, 2008, p. 118).

Ao iniciar suas atividades docentes como professor de solfejo (leitura e escrita musical) no Conservatório de Genebra - Suíça, Dalcroze observou que alguns alunos apresentavam dificuldades rítmicas nas aulas de música, porém, andavam e executavam outros movimentos naturais ritmicamente. A partir daí, Dalcroze passou a analisar seus alunos mais cuidadosamente, percebendo que esses alunos relacionavam o ritmo a movimentos involuntários de certas partes do corpo, como movimentos da cabeça, golpes dos pés no solo e o estalar dos dedos. Logo, iniciou em suas aulas uma série de experimentos com exercícios rítmicos, propondo aos estudantes que caminhassem com a música, em tempos variados, acompanhando-os ao piano. Dalcroze deu segmento aos experimentos, incluindo cada vez mais a musculatura, e eventualmente descobriu que o sucesso para a realização deste exercício dependia do uso do corpo inteiro. O pedagogo suíço concluiu então que as pessoas possuem ritmo musical instintivo, mas não transferem seus instintos para resolver suas dificuldades; essa percepção motivou Dalcroze a criar uma metodologia em que os alunos desenvolvessem seu ritmo a partir de seus próprios movimentos e que pudessem criar livremente com os elementos musicais – ou seja, improvisar -, utilizando também a voz como meio de expressão. Dessa maneira, o corpo é passível de ouvir e externalizar, pelo movimento corporal, os elementos musicais ouvidos e sentidos; nas palavras do próprio Dalcroze, “a música, arte da expressão, é a imagem humana: sentir para expressar-se, conhecer-se para construir-se” (1931, p. 05). A proposta pedagógica de Dalcroze parte então do desenvolvimento de três elementos musicais básicos: a rítmica, o solfejo e a improvisação, de maneira integrada. Considerando que as primeiras experiências musicais são de ordem sensorial e motora, o conhecimento intelectual (teoria musical) é introduzido posteriormente, havendo uma melhor assimilação dos conteúdos. Assim, os objetivos do método Dalcroze podem ser expressos, em síntese, pela sequência de palavras viver – sentir – interiorizar. Cada conteúdo musical apresentado é vivido corporalmente em um grande número de situações, de posições, de historias, de canções, de atividades. Nessa perspectiva, o espaço é relatado por Dalcroze (1931, p. 40) como a percepção do ambiente de trabalho, possibilitando descobrir variações e organizações diferentes; o tempo se relaciona ao espaço pela música, envolvendo conteúdos de pulso, silêncio, métrica, ritmo, durações, frases, melodias, sua motricidade e graduações.

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Dalcroze (1931, p. 30) organiza distintos tipos de exercícios para esse desenvolver musical: os exercícios gerais de abrandamento; os exercícios de alongamento; os exercícios para aperfeiçoar o movimento de maneira desenvolta e equilibrada do corpo; os exercícios tipicamente de reforço de zonas musculares frágeis ou insuficientes e, finalmente, os exercícios de tensão e relaxamento. Dessa maneira, com a integração da mente na prática musical, o corpo se sensibiliza e se desenvolve de maneira integral, o que pode ser verificado nos seguintes aspectos: interiorização de sua imagem; orientação temporal e espacial; autoconhecimento; coordenação motora; atenção auditiva, corporal e visual; memória; motricidade global e específica. Com a prática dalcroziana, desenvolvemse movimentos cada vez mais desenvoltos e criativos e o aluno aperfeiçoa suas capacidades de observar, imitar com precisão e, consequentemente, criar musicalmente. Dalcroze ressalta ainda que o mais importante deste tipo de trabalho é a eliminação de problemas inibitórios de caráter psíquico, que podem interferir na qualidade da recepção e da execução musical. Estudar e retomar o pensamento dalcroziano não é apenas retornar ao passado em bibliografias fundamentadas numa perspectiva de ensino. Os ensinamentos de Dalcroze nos trazem colaborações para o ensino musical e tem relação direta com o canto coral, uma vez que, para o canto, o corpo se torna o próprio instrumento musical. Assim, Dalcroze não pode ser simplesmente definido como pedagogia, arte ou disciplina. Dentro do processo de aprendizagem, Dalcroze nos trouxe uma importante contribuição, reconhecendo que a experiência significativa do movimento, associada ao desenvolvimento auditivo e à improvisação, facilita e reforça a compreensão dos conceitos musicais, realça a musicalidade e enfoca a consciência física e motora, necessária à performance artística (MOREIRA, 2003, p. 03). Os jogos e dinâmicas fundamentados na proposta de Dalcroze, adaptados ao contexto contemporâneo, podem ser introduzidos na prática coral com crianças, pois estimulam a participação do corpo pelos movimentos, trabalham a percepção e incentivam a improvisação, de forma a construir o pensamento musical de alunos-coralistas. De forma lúdica e dinâmica, permite que as crianças experimentem distintas sensações, criem diferentes formas de expressão corporais e exteriorizem facilmente, de maneira criativa, os elementos musicais - conforme discutiremos a seguir.

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2. Interrelações entre as propostas de Dalcroze e o Canto Coral O ingresso em um coro infantojuvenil é muitas vezes a primeira experiência musical de maneira orientada para crianças no atual contexto contemporâneo brasileiro. Elas chegam ao coro com suas próprias vivências rítmicas, oriundas dos ambientes sociais que frequentam – sua casa, sua escola, sua comunidade – e em geral, essa vivência ocorre de maneira informal e instintiva. Cada criança tem seu próprio meio de desenvolver a consciência corporal, demonstrando maior ou menor desenvoltura em relação a um grupo. As pesquisadoras Liao e Davidson (2007) evidenciam a relação entre a proposta de Dalcroze e o canto coral em seus estudos, por suas três ramificações (rítmica, solfejo e improvisação): “o ritmo explora a relação tempo-espaço-energia nos movimentos corporais; o solfejo enfatiza o treino da percepção de alturas e a harmonia, e a improvisação se preocupa com a manipulação dos elementos musicais ” (id., p. 83). Farber e Thomsen, professores dalcrozianos nos Estados Unidos, também comprovam que o estudo contínuo desses três elementos – rítmica, solfejo e improvisação – tende a aumentar a concentração e o foco, melhorar a coordenação e o equilíbrio, enriquecer a escuta e aguçar os sentidos (FARBER; THOMSEN, 2015). O regente paulista Fortunato Fernandes (2010, p.81) confirma que “a prática do canto coral, coletiva por natureza, torna-se propícia para a aplicação do método Dalcroze visando seu desenvolvimento rítmico, melódico e expressivo”. Segundo Fernandes, como o pensamento pedagógico de Dalcroze toma como ponto de partida o próprio corpo humano (e a voz) para promover a aprendizagem na relação movimento-música, ele se adequa naturalmente ao meio de expressão musical do canto coral, por meio da percussão corporal ou movimentação (rítmica), do canto propriamente dito (solfejo) e da composição/improvisação de pequenas frases rítmicas ou melódicas (improvisação) (FERNANDES, 2010, p.80). Nos ensaios corais, por meio de preceitos lúdicos e contínuos, as crianças podem ser estimuladas a buscar a sensibilização e o conhecimento corporal enquanto aprendem música. A aplicação das propostas de Dalcroze, nessa perspectiva, possibilita que os movimentos corporais sejam exteriorizados individualmente, e que sejam aperfeiçoados no grupo, transformando a forma de se relacionar com o corpo, de pensar e entender o ritmo e o movimento – a chamada “Rítmica”. De acordo com Bachmann (1998, p. 29), a Rítmica fundamenta seus princípios de trabalho na mobilização da mente e do corpo, ou seja, no que se refere aos meios de ação, reação e adaptação dos seres humanos para o mundo em torno deles, para que possa tirar todo o proveito

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Encontro Sulmatogrossense de Pesquisadores em Educação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS de 01 a 03 de junho de 2016 possível. Preocupa-se com o indivíduo como ele é, independentemente da sua idade, suas habilidades e dificuldades, sem requerer talento especial (BACHMANN 1998, p. 29).

Para o desenvolvimento do solfejo, a pedagogia de Dalcroze se apoia no canto associado ao movimento corporal: o aluno tem a oportunidade de cantar, mover-se, gesticular, reger e tocar instrumentos de percussão; é através do solfejo que o aluno desenvolve o ouvido interno, a afinação, a aptidão vocal, a respiração, a leitura e a interpretação. Conforme Mariani (2011, p. 42), o solfejo dalcroziano consiste na aplicação dos princípios da Rítmica ao solfejo, que deve ser vivido antes de ser lido e analisado, ou seja, o solfejo oral e corporal é desenvolvido antes do escrito. Já a improvisação trabalha aspectos de grande relevância no desenvolvimento global do aluno; consiste na criação musical, de maneira espontânea, utilizando-se de elementos já trabalhados anteriormente. Segundo Dalcroze, através dessa prática, o professor de música pode estimular em seus alunos a liberdade de ação e pensamento, desenvolvendo suas capacidades emotivas, imaginação e desejo de se expressar. Esse trabalho visa o relacionamento inter e intrapessoal; musicalmente, desenvolve o senso rítmico e melódico e a criatividade. Nessa perspectiva, o professor de música conduz as atividades contribuindo para o sucesso no desenvolvimento da criança, oferecendo-lhes sempre os estímulos necessários para continuar. O fator psicológico, portanto, é primordial, e se institui em saber como as crianças vêem e sentem as suas dificuldades. Observamos a importância do trabalho rítmico de forma lúdica, onde o coralista tenha liberdade e se sinta inserido em sua realidade, tanto em sua idade como em sua cultura, possibilitando que as diferenças entre os níveis de habilidade rítmica possam ser minimizadas, respeitando os limites de cada um.

3. Campo de pesquisa – o Projeto Coral Infantojuvenil da UFMS (PCIU!) O projeto de extensão e pesquisa “PCIU” veio a constituir um campo de pesquisa para que se pudesse comprovar os resultados da aplicação das propostas de Dalcroze em estudo. Ele se realiza no âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e os participantes são crianças na faixa etária de 05 a 12 anos. Ao começar a participar deste grupo, as crianças vivenciam atividades direcionadas para essa faixa etária em conjunto, possibilitando a partir dessas atividades, o contato com um novo ambiente. Estas novas práticas inseridas em seu cotidiano os fazem descobrir situações antes não vivenciadas,

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oportunizando um novo aprendizado que os acompanhará e o qual poderão disseminar ao longo de sua vida. A proposta principal do projeto é ensinar Música por meio do canto em grupo. Além de trabalhar a técnica vocal associada à aprendizagem de conteúdos musicais - como parâmetros sonoros, ritmo, leitura e escrita musical, apreciação, percepção e interpretação também são trabalhadas outras áreas de desenvolvimento cognitivo, motor e psico-social das crianças e adolescentes, como a atenção, concentração, coordenação motora, socialização, trabalho em equipe, auto-estima, linguagem, expressão e comunicação, entre outras. O PCIU! teve início em julho de 2013. A participação das crianças é gratuita e não há processo de seleção: elas participam por interesse próprio ou dos pais. O projeto se desenvolve por meio de encontros semanais, denominados “ensaios”, todos os sábados pela manhã. No período em que se realizou a pesquisa para elaboração do trabalho de conclusão de curso, os ensaios tinham carga horária de 2 horas, com uma média de 20 a 30 coralistas participantes por ensaio. Uma equipe de trabalho foi estruturada para o desenvolvimento do projeto, sendo formada pela regente/coordenadora, regente assistente, pianista acompanhadora e monitores, que além de auxiliarem a regente nas atividades, atendem as crianças em suas necessidades. No início de cada ensaio acontece a “hora das brincadeiras”, que inclui jogos rítmicos e improvisação fundamentados nas propostas de Dalcroze; essas atividades são realizadas numa sala com espaço para movimentação. Na sequência, há mudança para uma outra sala, onde há um piano de cauda para apoiar o trabalho de preparação vocal, estudo de repertório e solfejo. As atividades são interligadas nesses dois momentos, de maneira que o conteúdo musical é trabalhado de várias formas diferentes, constituindo um aprendizado musical sólido e integral. A participação das crianças-coralistas de maneira natural, sem a preocupação com o erro, mas se divertindo nas ações inerentes ao coro, faz com que todas aprendam juntas. Mesmo com o propósito de desenvolvimento rítmico e musical, o que sobressai e importa para os coralistas no momento das atividades é a diversão que vivenciam e a alegria que demonstram sentir nos encontros. Analisando as atividades rítmicas que se desenvolveram desde o início do projeto, foi possível perceber o desenvolvimento dos coralistas, em seus aspectos musicais e extramusicais. Foi notável a desenvoltura e entrosamento entre eles durante as aulas e

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apresentações. Com o estímulo rítmico, ficaram mais desinibidos, levando estas características consigo ao longo de seu crescimento. Acompanhar a evolução musical dos coralistas foi muito gratificante, percebendo ainda todo esforço dos membros da equipe que colaboram para o andamento do projeto. Daí surgiu o interesse em realizar a pesquisa para elaboração da monografia, investigando mais a fundo como acontece o processo de aprendizagem musical no coro, tendo como base as propostas pedagógicas de Dalcroze. Para a realização da pesquisa-ação, algumas atividades foram elaboradas e aplicadas pelo monitor-pesquisador (que também atua na área de Educação Física) juntamente com a regente na primeira parte da aula (“hora das brincadeiras”), com o intuito de desenvolver as propostas de Dalcroze e acompanhar o desenvolvimento musical das crianças-coralistas na aplicação dessas propostas. A seguir, apresentaremos algumas dessas atividades realizadas no projeto, juntamente com a análise das mesmas.

4. Realização e análise das atividades propostas As atividades propostas se iniciaram com exercícios de alongamento dos membros superiores e inferiores, utilizando-se como base a imitação de animais, cenas do cotidiano infantil ou demais artifícios que chamassem a atenção dos coralistas para a atividade. Nesse trabalho, os coralistas realizaram exercícios de relaxamento da tensão muscular; movimentação das articulações e assim, a preparação do organismo para desenvolver atividades mais intensas. Os exercícios tiveram direcionamento educativo com caráter lúdico, proporcionando uma atividade dinâmica e prazerosa para as crianças. Observamos ainda que essas atividades foram muito favoráveis na dinâmica de ensaios pelo fato dos mesmos se realizarem no período matutino, considerando que os coralistas se encontravam saindo de uma fase de repouso para atuar numa atividade com maior gasto energético. Para efetuar um alongamento, Dalcroze (1931, p. 82) observa que é exigida a cooperação de todos os músculos de forma consciente e, assim, uma formação de todo o corpo é necessária para criar a sensação rítmica. É necessário ressaltar que mesmo se fundamentando no lúdico, os coralistas sempre são orientados a realizar o alongamento com a postura adequada, havendo intervenção do monitor-pesquisador quando há a realização de movimentos inadequados. Tem-se nos alongamentos a oportunidade de realizar o aprendizado rítmico em andamento lento, oportunizando uma apropriação cognitiva para um gradativo aprendizado

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em várias intensidades. Dalcroze defende que a consciência do ritmo se forma com a ajuda de experiências repetidas de contração muscular em todos graus de energia e rapidez. As atividades seguintes foram propostas com o objetivo de refinar a coordenação dos movimentos, alcançando cada vez mais a precisão rítmica. Foram utilizados movimentos naturais das crianças, como caminhar e bater palmas, associados à fala (envolvendo elementos textuais e gramaticais) e ao canto. A criatividade e imaginação foram estimuladas por meio da improvisação. Dessa forma, as crianças foram compreendendo conceitos como pulsação, métrica e durações rítmicas, de maneira que as atividades também sejam definidas como “jogos rítmicos”. O trabalho de conclusão de curso foi elaborado conforme as atividades realizadas nos ensaios. Esse trabalho foi fundamentado na perspectiva metodológica da pesquisaação. Segundo Bracht (2007, p.80), esta postura metodológica pretende aproximar a produção teórica da prática, na medida em que envolvem na pesquisa os agentes sociais inseridos na condição de sujeitos do conhecimento. Assim, orientando e orientadora atuaram respectivamente como monitor e regente do grupo pesquisado, coletando dados em forma de observação participante. Posteriormente, foi realizada uma análise e categorização desses dados – onde, segundo Minayo (2007, p.89), observamos o princípio da homogeneidade no estabelecimento de categorias exclusivas, concretas e adequadas ao trabalho de pesquisa. Para a triangulação e categorização dos dados, foram utilizadas as informações coletadas nos ensaios do coro, por meio do roteiro de análise, contendo as seguintes diretrizes: - conteúdos: relacionados aos três elementos musicais - rítmica, solfejo e improvisação; - aplicabilidade: atendeu aos princípios do método? Como? Em que aspectos atendeu? - estratégias didáticas do professor: se atividade nova ou repetida; preparação da atividade e embasamento para a realização da mesma; - dificuldades encontradas: como foram detectadas; - aspectos extra-musicais desenvolvidos – cognitivo, motor e sócio-afetivo. Passamos, agora, à análise de quatro atividades desenvolvidas no ensaio, que foram escolhidas para a elaboração da pesquisa. A opção pela apresentação das atividades em forma de tabelas teve o intuito de uma melhor visualização das análises realizadas.

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A. “Alongamento / Seguindo o Guia”

Desenvolvimento:

Conteúdo: Aplicabilidade:

Estratégia didática:

Dificuldades:

Aspectos desenvolvidos:

O exercício foi direcionado pelo monitor-pesquisador e pela regente assistente. Tendo uma figura masculina e outra feminina, combina-se que as crianças sigam respectivamente o guia de seu sexo. As meninas realizam movimentos brandos e suaves como os das histórias de princesas, enquanto os meninos seguindo também o seu guia, com posturas cautelosas, porém enérgicas e impositivas, lembram movimentos de super-heróis. Consciência Corporal. A cada movimento realizado, o sentido rítmico-corporal é desenvolvido com o cultivo especial do sistema muscular e dos centros nervosos. Esse parâmetro tem grande relevância no papel da conscientização corporal por meio dos movimentos que são pensados, sentidos e imitados pelos coralistas durante sua execução. A postura corporal adequada para o canto foi sempre solicitada para que o exercício tivesse maior eficácia, existindo a preocupação com a qualidade dos movimentos, prevenção de lesões ou desgastes desnecessários. Evocou-se o universo dos contos de fadas e histórias de heróis por meio da imaginação. Como estratégias, foram realizados movimentos que configurassem super-heróis e princesas das histórias em quadrinhos, e outras personagens. Houve a inserção de novos movimentos gradativos, porém a maior parte eram movimentos repetidos padronizados para membros superiores e inferiores. Os coralistas mais novos tiveram maior dificuldade em executar o alongamento com a postura corporal mais adequada ao canto, pela própria fase de desenvolvimento inerente à idade. Ocorreu melhoria da postura na atividade pela maioria dos coralistas. Além dos aspectos já mencionados, o cognitivo e a motricidade foram desenvolvidos durante o período pesquisado, notando-se também maior integração do grupo. Tabela 1 – análise da atividade A

B. “Qual é a tônica?” Desenvolvimento:

Os coralistas falam seus respectivos nomes batendo palmas na sílaba tônica (a “mais forte”). Ao dizer o nome, um por vez, descobrem a sílaba tônica e pela audição dos demais nomes dos colegas expandem este

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conhecimento de forma prática. A atividade foi direcionada pela regente, que iniciou com uma explicação, realizou a atividade individualmente junto a cada coralista, para que pudessem entender a atividade em que deviam falar e bater palmas na tônica. Em seguida, uma pulsação foi estabelecida para ser seguida. Este exercício foi realizado com o uso do tambor para marcar a pulsação e também sem o instrumento. Com o auxílio da regente, os coralistas sentiram-se mais seguros para realizar a atividade. Com repetições em outros encontros, incluindo variações com substantivos diversos, possibilitou-se a evolução gradativa no processo de ensino-aprendizagem. Variação da atividade: improvisação com palavras dissílabas. Os coralistas batem palma na sílaba mais forte da palavra escolhida. Ex. casa, manga, jaca, etc. Primeiro falam a palavra batendo palma para descobrir a sílaba tônica, posteriormente falam a tônica na pulsação estabelecida pelo pandeiro. Observemos que Dalcroze relaciona as repetições das experiências do ouvido, voz e som com a conscientização da pessoa sobre estes aspectos: “a consciência de som só pode ser adquirida por experiências reiteradas do ouvido e voz; a consciência de ritmo, por experiências reiteradas de movimentos de todo o corpo” (DALCROZE 1931, p. 80). A atividade realizada com o nome dos coralistas ou outros substantivos com ênfase na sílaba tônica, a partir da terceira execução em dias diferentes, teve uma melhor desenvoltura na sua prática, tanto pela familiarização, como pelo desenvolvimento de cada participante. Conteúdo:

Rítmica: ao seguir a pulsação do tambor; os coralistas falavam o próprio nome (dividindo as sílabas em partes iguais, dentro de um ou dois tempos) acentuando a sílaba tônica. Improvisação: quando foi substituído o nome por outro substantivo, os coralistas escolhiam substantivos dissílabos para falar ao som do tambor, de maneira individual.

Aplicabilidade:

O jogo rítmico demonstra a experiência sensorial quando o coralista tem os primeiros contatos com a atividade usando movimentos (palmas) associados à fala. Quando houve uma variação no jogo, causou-se um novo desequilíbrio na execução da atividade, até que novamente as crianças se apropriaram das novas propostas motoras possibilitando assim a estabilidade nos movimentos.

Estratégia didática:

Cada vez que é aumentado o grau de dificuldade e o coralista transpõe a dificuldade, ele está adquirindo o conhecimento intelectual que no caso, favorece a educação rítmica e musical em um nível mais complexo. A utilização de variações na atividade resultou na inovação, com o acréscimo de um novo elemento a ser trabalhado.

Dificuldades:

Na primeira execução desta atividade, observou-se a dificuldade por parte de alguns participantes em encontrar a sílaba tônica. Com a

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demonstração realizada pela regente, todos realizaram a atividade com mais convicção e novos desafios foram sendo lançados com a conquista de habilidades. Eventuais equívocos na escolha de palavras foram naturalmente apontados pelas próprias crianças. Quando a atividade foi realizada sem a pulsação marcada no tambor, observamos que os coralistas mantiveram uma pulsação regular, atrasando somente na execução dos coralistas mais novos (5 - 6 anos de idade). Aspectos desenvolvidos:

Cognitivo, pela assimilação dos nomes e conhecimento da sílaba tônica (o que envolve, também o aspecto textual que é trabalhado na disciplina de Língua Portuguesa, no contexto escolar); atividades motoras e sócioafetivas pela sequência em que todos contribuiam com a execução da palavra e do ritmo, em que procuravam manter a uniformidade na pulsação conforme acentuação. Verificou-se, também, a disposição dos colegas em ajudar aqueles que apresentavam dificuldades, desenvolvendo a socialização, a solidariedade, a compreensão do outro. Tabela 2 – análise da atividade B

C. “Memória”

Desenvolvimento:

Cada participante, no círculo, falou uma das palavras monossílabas da sequência BOI – SOL – PÃO, até que essa sequência fosse memorizada. Posteriormente houve a inserção da variação em que a criança falou e bateu palma junto. A atividade foi apresentada pela regente com imagens referentes aos substantivos, utilizando-se do recurso data show. Em seguida os coralistas realizaram juntos e em voz alta a leitura das palavras e a próxima etapa foi cada um falar seguindo a sequência memorizada. Após esta estrutura básica da atividade, houve a inserção de uma variação mais complexa, com a sequência PÁ – PÉ – MÃO. Por fim, os coralistas visualizaram as palavras com a figura rítmica que representa uma pulsação – a semínima -, dando início à leitura musical (solfejo). Variações: todas as palavras faladas junto à palma individual; uma palavra falada e uma substituída pela palma (intercalando palavras e palmas); uma palavra falada, uma substituída pela palma e uma pela pausa; e a última variação da atividade ocorreu com pausas e execução de palmas, sem as palavras faladas. As atividades foram realizadas em mais de um encontro, com possibilidades de novas variações que alcançaram proporcionalidades de dificuldades diferenciadas.

Conteúdo:

Solfejo e rítmica. Cada palavra monossílaba foi falada no tempo de uma pulsação, o que musicalmente é representado pela figura rítmica da semínima. Nas sequências das palavras ficou evidenciada a presença do solfejo acompanhado da rítmica, que por sua vez é representada pela pulsação e andamento do jogo rítmico.

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Aplicabilidade:

Os jogos rítmicos estimulam os coralistas a irem adiante de forma lúdica. As novas variações causam certo desequilíbrio na execução da performance efetuada, os levando a buscar uma nova estabilidade ao compreender e deter o controle sobre suas ações. Para Dalcroze (1931, p. 83), “cada movimento envolve tempo e espaço, sendo a consciência musical o resultado da experiência física e o aperfeiçoamento dos recursos físicos resultantes da clareza de percepção”.

Estratégia didática:

Inserção de variações onde os coralistas obtiveram novas experiências sensoriais e motoras a partir da mesma atividade.

Dificuldades:

Foram verificadas na sequência da execução das palavras pronunciadas. Ao aumentar o andamento (velocidade) da atividade, alguns coralistas se confundiram e trocaram a palavra.

Aspectos desenvolvidos:

A concentração, atenção e organização sequencial das palavras conforme o estipulado na atividade. Tabela 3 – análise da atividade C

D. “Estátua”

Desenvolvimento:

Conteúdo:

Os coralistas andaram ao som/pulsação do tambor/cajón e ficaram imóveis ao escutar um som mais forte, que preparou a pausa. Dispostos na sala, os coralistas, ao escutar o som forte, criaram tipos de estátuas com gestos corporais. Assim que o tambor voltava a tocar, se movimentaram conforme a pulsação e assim sucessivamente. Variação da atividade: “Estátua” com a formação de dois grupos: cada grupo pré-determinava a forma que seria representada no momento da estátua e outro grupo tentaria descobrir a que se referiam as estátuas. Ao realizarmos nossas atividades do cotidiano, andamos numa pulsação ou ritmo de forma natural. Ao seguir a pulsação mantida pelo instrumento, os coralistas partiram do movimento natural de caminhar tendo como parâmetro o som produzido e o qual são motivados a seguir. Dalcroze (1931 p. 82), nesse sentido, ressalta a importância de “encontrar no caminhar o ponto de partida natural para a iniciação da criança no ritmo”. Dalcroze relembra ainda que todo o nosso organismo trabalha com ritmo mantendo uma frequência em seu desenvolvimento: “o corpo de uma criança possui instintivamente o elemento essencial do ritmo, que é a noção de tempo. Assim as batidas do coração, pela sua regularidade, transmitem uma idéia clara do tempo... A ação da respiração fornece uma divisão regular do tempo” (DALCROZE, 1931, p. 81).

Ritmica e Improvisação. O mais evidente foi o rítmico, presente no andar, na pulsação mantida do instrumento de percussão e a

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Encontro Sulmatogrossense de Pesquisadores em Educação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS de 01 a 03 de junho de 2016 improvisação no momento da pausa onde os coralistas representaram estátuas.

Aplicabilidade:

A atividade demonstrou grande relevância quando houve a introdução da variação com a formação de dois grupos. Cada um formou estátuas para o outro tentar descobrir qual personagem, filme, monumento, etc, foi representado.

Estratégia didática:

A variação da atividade foi usada para motivar os coralistas e contribuir no desenvolvimento motor e cognitivo. O aspecto temporal – no sentido de constituir a estátua dentro de um tempo pré-estabelecido – e a proposta de adivinhação também foram importantes para que os coralistas se envolvessem plenamente na atividade.

Dificuldades:

Aspectos desenvolvidos:

Não foram observadas dificuldades nesta atividade.

Desenvolvimento da criatividade, do ritmo e da interação entre o grupo. Houve a interação sócio-afetiva de cada uma das equipes para chegar ao consenso do objeto a ser representado e a cooperação para formar a estátua. Tabela 4 – análise da atividade D

A partir da análise dessas atividades experimentadas e vivenciadas pelo grupo, constatou-se que os elementos básicos musicais da proposta de Dalcroze - rítmica, solfejo e improvisação – foram contemplados, sendo que em alguns momentos se mesclaram na mesma atividade. A primeira atividade (A) não desenvolvia diretamente esses elementos, mas envolvia o corpo e o movimento, de modo a introduzir e preparar as crianças-coralistas para as atividades musicais que se seguiam. Assim, essa atividade desenvolveu principalmente a Consciência Corporal; nas demais atividades (B, C e D), a rítmica esteve sempre presente. Nas atividades B e D, além da rítmica, desenvolveu-se também a improvisação e na atividade C, o solfejo. Houve motivação suficiente para que todas as crianças aceitassem participar espontaneamente das atividades e, ao acompanhar a realização dessas atividades no coro, compreendemos que, além de embasadas pelas propostas de Dalcroze, as atividades estão fundamentadas nos princípios básicos de um projeto coral, que envolvem a experiência motora e a convivência social, ao mesmo tempo em que se desenvolvem a prática vocal e o conhecimento musical.

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Considerações finais Por buscar uma interação integral em que se mobiliza o corpo inteiro para chegar a um objetivo, a proposta de Dalcroze para a educação musical propicia uma possibilidade de aprendizado diversificado, constituindo uma inovação à luz da época em que foi concebido, e entre os métodos tradicionais da educação musical. E sua utilização hoje continua sendo pertinente, como se pôde verificar nas atividades realizadas. Foram desenvolvidas atividades que encontram paralelos no cotidiano das crianças, porém com variações, e outras novas, que os coralistas ainda não conheciam – o que veio a despertar sua curiosidade e interesse. Por possuir um caráter dinâmico, as crianças se sentem atraídas pelas atividades e desenvolvem um olhar muito mais atento ao que está sendo realizado, ocorrendo o desenvolvimento cognitivo a partir do lúdico. Além disso, aplicam o conhecimento apreendido fora dos ensaios, pois independente do estímulo proporcionado, estão rodeadas por fatores que exprimem ideias de movimento, ritmo e música em suas rotinas; assim, constroem uma aprendizagem musical mais significativa. As dificuldades apresentadas durante jogos rítmicos estavam ligadas às particularidades da habilidade motora de cada coralista. Porém, não ocasionou atrasos ou baixo rendimento no processo de ensino aprendizagem do grupo. Dentre os aspectos musicais e extra-musicais desenvolvidos nos coralistas, encontram-se, além da rítmica, solfejo e improvisação, a pulsação, a métrica, a precisão, a noção temporal e espacial, a sensibilidade de percepção geral, a orientação auditiva, a concentração, a atenção, a memorização, a percepção de parâmetros sonoros na execução musical em grupo, a coordenação motora e a criatividade, que, integradas formam a consciência corporal e a consciência musical. Além disso, compreendem ainda a integração social e a cooperação na relação entre coralistas, regente e monitores. Este trabalho foi realizado com enfoque nos jogos rítmicos, compreendendo uma pequena parte das atividades de cada ensaio coral. Contudo, há uma diversidade de atividades que podem ser realizadas em um coro e que juntas proporcionam um desenvolvimento musical global dos coralistas. No caso do PCIU!, elas se compõem de preparação vocal (incluindo a consciência corporal e a postura para o canto), jogos teatrais, leitura e escrita, aprendizado das canções e apresentações. Considerando a análise dos dados, podemos concluir que houve uma boa aplicabilidade da proposta pedagógica de Daclcroze ao canto coral, trazendo resultados positivos para os integrantes do PCIU! em seu desenvolvimento musical e também

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cognitivo, motor e sócio-afetivo, sendo profícuos tanto para a Música, quanto para a área de Educação.

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Pesquisa em ação: educação física na escola. Ijuí (RS):

DALCROZE, È. J. Rhythm, music and education. 3rd ed. California. March: Copyright, 1931. FARBER, A.; THOMSEN, K.. What is Dalcroze? (2015). www.dalcrozeusa.org/about-us/history. Acesso em 08/05/2015.

Disponível

em

FERNANDES, J. F.. Método Dalcroze: perspectivas de aplicação no canto coral. In: Revista Espaço Intermediário, São Paulo, v.I, n.I, maio de 2010, p. 78-89. FONTERRADA, M. T. O. Educação musical, uma investigação em quatro movimentos: prelúdio, coral, fuga e final. 1991. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Educação). Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 1991. LIAO, M-Y; DAVIDSON, J. W. The use of gesture techiques in children’s singing. International Journal of Music Education, 25 (1), 2007, p. 82-94. MARIANI, S. Èmile Jaques-Dalcroze: a música e o movimento. In: MATEIRO, Teresa; ILARI, Beatriz (org.). Pedagogias em educação musical. Curitiba (PR): Editora IBPEX, 2011. MINAYO, M. C. S.. O desafio do conhecimento:pesquisa qualitativa em saúde. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 2004. MOREIRA, A. L. I. G. Método Dalcroze:educação musical para o corpo e a mente. Monografia. Universidade Estadual Paulista – UNESP, Programa de Pós-Graduação em Música São Paulo, 2003. Disponível em: https://www.academia.edu/6369900/M%C3%A9todo_Dalcroze__educa%C3%A7%C3%A3o_musical_para_o_corpo_e_a_mente_monografia_. Acesso em 04/03/2016.

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