Educação Patrimonial Popular e Desenvolvimento Sustentado

May 26, 2017 | Autor: Pedro Pereira Leite | Categoria: Desenvolvimento sustentavel, Educação Patrimonial, Educação popular
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EDUCAÇÃO POPULAR PATRIMONIAL E DESENVOLVIMENTO PEDRO PEREIRA LEITE, 2016

ROTEIRO • Patrimonio e desenvolvimento local • Educação Patrimonial e Dignidade Humana • Instrumento e recursos da educação popular patrimonial

PATRIMONIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

PATRIMONIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL • Para que serve o património: • Formar pessoas; • Gerar ações transformadoras • Para tomar opções no presente

• Para que serve o desenvolvimento • Uma ideia crítica. • Progresso, riqueza • Uma narrativa

• É possível uma alternativa • É (Bem-viver, umbutu) Mutualismo, Econonia solidária • Mas tem que ser construída

PRINCÍPIOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL • A agenda 2030 define o desenvolvimento sustentável com base em três pilares: • Ambiente • Sociedade • Economia

• Para a construção/aplicação da agenda apela-se: • A participação das comunidades • Ao aprofundamento da democracia

PATRIMONIO E AGENDA 2030 • Se o Patrimonio e a cultura se constituem como um recurso do desenvolvimento sustentável à escala local é porque: • Nele e através dele e possível envolver a participação das comunidades locais

• Porque os mecanismos de participação permitem questionar a democracia representativa e mostrar a vantagem dos processos de democracia participativa.

PATRIMONIO E EDUCAÇÃO POPULAR •

Os sistemas de educação formal promovem uma aprendizagem bancaria (acumulação de informação) que não tem estimulado nem favorecido a criação da autonomia dos cidadão e a sua consciência critica;



A educação patrimonial, popular, de comunidade, informal pode :

• •

alcançar os que passam por esse sistema;

e os que nele não tiveram sucesso,

• para através do património criar autonomia e consciência critica.

APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO POPULAR • Aprendizagem baseada na resolução de problemas •

encorajam as pessoas a fazerem perguntas e a darem respostas,

• recorrendo à curiosidade natural sobre eventos ou temas específicos. • Os participantes são convidados a refletir sobre questões que não têm respostas absolutas nem desenvolvimentos simples e que refletem a complexidade de situações do mundo real..

• Aprendizagem baseada no diálogo •

O diálogo cria interações orais entre os participantes e procura estimular a troca de ideias.

• Permite criar pontes entre as pessoas e cria um espaço propício para o desenvolvimento de ideias, reflexões e propostas, mesmo que sejam opostas ou diferentes.

• •

O diálogo ajuda a desenvolver competências de comunicação e audição, logo, promove a compreensão de diferentes questões e pontos de vista.

EDUCAÇÃO POPULAR NO DESENVOLVIMENTO PATRIMONIAL • Tem como objetivo: • • • •

Criar uma consciência critica sobre o território e sobre as suas heranças; Criar condições para a população agir sobre esse território Criar processos de controlo sobre o território Dotar as comunidades de instrumentos de trabalho (ferramentas) para que isso seja possível e viável.

• Por exemplo: • • • •

Para ultrapassar a visão tecnocrática dos projetos Para identificar as necessidades locais Para criar uma cultura comum e e respeitadora da dignidade humana Para permitir a participação dos diferentes grupos da comunidade

EDUCAÇÃO GLOBAL É PRATICA DA DIGNIDADE HUMANA O direito à memória e ao território com Bem-Viver

DIREITOS HUMANOS E CULTURA • Das pessoas como direitos na lei (como Objeto) • Universais e inalienáveis • Indivisíveis e interdependentes • Iguais e não discriminatórios

• À pessoas como sujeitos da lei (exercício dos direitos e deveres) • A cultura como exercício do Direito

DIREITOS CULTURAIS EXPRESSO NA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA (1976) • o direito à criação cultural; • o direito à fruição cultural; • o direito à participação cultural, na formulação das políticas públicas;

• os direitos de autor, e • o direito à fruição do património cultural.

COMO SE EXERCEM FORMULAÇÃO

• • •

o direito à criação cultural; o direito à fruição cultural; o direito à participação cultural, na formulação das políticas públicas;



Lei de bases do Património Cultural

PRATICAS

• os direitos de autor, • (Código)

• o direito à fruição do património cultural • (Acesso)

O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM OS DIREITOS CULTURAIS? • Os direitos culturais têm o objetivo de

garantir a cada um e a uma comunidade, a liberdade de viver a sua identidade cultural • “o conjunto de referências culturais através das quais uma pessoa, individual ou coletiva, se define, se constitui, comunica e se sente reconhecida na sua dignidade”. • (Declaração de Friburgo sobre Direitos Culturais, 2007)

DEFINIÇÃO DE DIREITO CULTURAL • 6 Domínios • O Património cultural é parta integrante do processo de formação de identidade (individual e coletiva)

• • • • •

O património cultural exprime-se através das comunidades (culturais) Todos devem ter acesso á participação na vida cultural Todos devem ter acesso à educação e a formação cultural

A informação e a comunicação sobre questões culturais A cooperação cultural

O EXERCÍCIO DOS DIREITOS CULTURAIS FAZ-SE • Através dos princípios de governação • Mecanismos de participação

• Na sua inserção na economia • Economia criativa

• Na responsabilidade dos atores públicos • Políticas públicas

• Na responsabilidade das organizações internacionais

RECURSOS DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL TERRITÓRIO E SOCIEDADE

RECURSOS DO TERRITÓRIO • Ambiente e sua bio diversidade • Estruturas publicas: museus, bibliotecas, arquivos, espaços culturais, (teatros, galerias, centros culturais)

• Espaço públicos e seus patrimónios • Comunidades locais e seus visitantes

RECURSOS DA COMUNIDADE • Pessoas e suas formas de estar, de ser e de fazer • • • • •

Grupos sociais Organização social Saberes locais Fazeres locais Formas de usar o espaço

EDUCAÇÃO POPULAR E DIREITOS A CULTURA COMO CONSTRUIR UMA EDUCAÇÃO POPULAR NO PATRIMÓNIO

QUE DIREITOS QUEREMOS NA CULTURA •

A cultura é sinónimo de educação

• •

Acontece ao longo da via A educação popular e a cultura (património) não pode ser uma mercadoria

• a aprendizagem acontece ao longo da vida • É um processo contínuo e permanente, sem um momento certo para ocorrer. • Ensinar e aprender exigem a consciência de que somos seres inacabados e incompletos, curiosos, que sabemos escutar, que temos abertura e aceitamos o novo, que refletimos criticamente sobre a



É uma prática de cultura

• rejeitamos toda e qualquer forma de discriminação. • Obriga à disponibilidade para o diálogo, a humildade, a generosidade • Gera a alegria de ensinar

É POSSÍVEL UMA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL • a mudança é possível, • • •

O campo da cultura e dos Direitos Humanos. Intervir numa realidade social

Intervir para incluir na diferença

• Todos podemos intervir e contribuir para a transição • •

Quem atua afirma a sua autonomia e liberdade De si e dos outros.

CONTEXTOS ADVERSOS •

A educação e o património estão sitiados

• • •

é vendidas como informação É promovida através da competitividade ao invés da cooperação É um processo de acumulação

• A educação está mercantilizada e é feita pelas empresas • O património é um produto que se vende



A cultura está a ser sitiada e agregada ás tendências da educação

• •

Informação, competição, mercantilizada, gentrificada É feita pelas empresas

INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL POPULAR CRIAR FATRIMÓNIOS

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO POPULAR NO PATRIMÓNIO • Os processos de intervenção participada no património duma comunidade e num dado território devem produzir (resultados) processos e aprendizagem e transformação social

INSTRUMENTOS • Carta do Patrimonio • Inventariação dos recursos (inventario participativo) • • •

Saberes, memorias, tradições, festas (património cultural) Patrimonio natural Patrimonio económico

• Construção do compromisso na ação •

processos de educação e comunicação participada.

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL • Favorecer a criação de identidades locais e de afetos, com o território e entre a comunidade

• Reconhecimento de si e do outro • Despertar a capacidade de iniciativa e de criatividade da comunidade no uso dos seus recursos

• Dar instrumentos de produção e negociação sobre os patrimónios locais

NÃO ESQUECER O PRINCIPIO DA ADEQUABILIDADE Os processos dependem dos contextos em que são aplicados Conhecer o território e a comunidade Atuar como mediador de processos

CRITICA DA MUSEOLOGIA NÓMADA • Por uma crítica à ideia do património •

criar um fratrimónio

• Por uma crítica à ideia de Desenvolvimento sustentável •

Praticas de transição e de educação popular patrimonial



Mutualidades



Economia, sociedade ambiente

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