Educar para uma vida activa: Como ultrapassar o paradoxo que caracteriza a situação da Educação Física no contexto internacional
Descrição do Produto
FICHA TÉCNICA Título: Gymnasium ‐ Revista de Educação Física, Desporto e Saúde ISSN:1645‐3298 Sítio: http://gymnasium.ulusofona.pt Editor: Edições Universitárias Lusófonas, Lda Propriedade: Faculdade de Educação Física e Desporto ‐ Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Cofac – Cooperativa de Formação e Animação Cultural, C.R.L. Campo Grande 376, Edifício HGabinete 2.1 1749‐024 Lisboa Projecto Gráfico António Lopes, Nuno Ferreira e João Ferreira Depósito Legal nº Impressão: Os artigos publicados são da inteira responsabilidade do(s) seu(s) autor(es) e espelham unicamente as posições dos respectivos autores, não vinculando, por isso, a Revista Gymnasium e sua proprietária.
Director
Jorge Proença
Conselho Editorial
Editores A Associados
Dartagnan Pinto Guedes (Universidadee Estadual de Lond drina, Brasil)
António Palmeira (Universidade e Lusófona de Humanidades e Tecnologiaas)
Duarte Araújo (Universidade Técnica de Lisboa) Jaime Sampaio (U Universidade de Trás‐ Os‐Montes‐E‐Alto o Douro)
Francisco Carreiro da Costa dade Lusófona de (Universid Humanidaades e Tecnologias)
Jaume Cruz Feliú (Universidad Autonoma de Barcelona, Espanha)
José Brás (Universidade Lusófon na de Humanidaades e Tecnologias)
Jorge Mota (Univversidade do Porto)
Jorge Casttelo (Universidade Lussófona de Human nidades e Tecnologias))
José Fernandes FFilho (Universidade Federal do Rio dee Janeiro, Brasil) José Rodrigues (Instituto Politécnico de Santarém) Jorge Crespo (Un niversidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias) Júlio Garganta (U Universidade do Porto)) Luís Horta (Univeersidade Lusófona de Humanidades e TTecnologias) Manuel João Coeelho e Silva (Universidade dee Coimbra) Maurice Pierón (Université de Liege, Bélgica) Miguel Angel Dellgado Noguera (Universidad de G Granada, Espanha) Onofre Contrerass Jordan (Universidad de Castilla ‐ La M Mancha, Espanha) Rafael Martín Aceero (Universidade da Coruña, Espanha) Salomé Marivoett (Universidade Lusófona de Hum manidades e Tecnologias) Víctor Matsudo (Centro Estudos Laboratório de Aptidão Física São Brasil) Caetano do Sul, B
Editor Exe ecutivo António Lopes(Universidade L Lu usófona de Human nidades e Tecnologias))
EDUCAR PARA UMA A VIDA ACTIV VA: COMO ULTRAPA ASSAR O PARADOXO QUE CARACTEERIZA A EDU UCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTTO INTERNA ACIONAL? 1,2
Francisco Carreiro da Costa , 1 Faculdade de Ed ducação Física e Desporto, Universidade Lusófona L de Humanid dades e Tecnologias – Lisboa, Portugal; 2 Centro Interdiscciplinar de Estudo d da Performance Hum mana (CIPER), Faculdade de Motricidade Hum mana, Universidade Téécnica de Lisboa, Cruz Quebrada, Portugal
A Educação Físsica vive presentemente um paradoxo no contexto mundiial. Por um lado, a EF F é considerada um ma disciplina políticca, social e culturalmente m países e regiiões do mundo. Porr outro lado, a EF é é vista, marginal em muitos não só uma dissciplina fundamenta al relativamente à p promoção de um esstilo de vida activo e saudável, mas tam mbém um instrum mento indispensáveel para concretizar com m sucessouma polítiica de saúde pública a. Num primeiro momento, realiza‐sse uma caracterizaçção da situação da a EF no nacional, referindo a as razões que estão o na origem do parradoxo. contexto intern Num segundo m momento, faz‐se um ma análise da literattura sobre o contrib buto da EF para a prosssecução da grande ffinalidade: educar p para uma vida activa a. Num terceiro momeento, descreve‐se um estudo sobre a EF e a promoção de um estilo de vida activo, mobilizand do a visão de pro ofessores, alunos e e pais. apresentada uma proposta de superaçção do paradoxo acttual da Finalmente, é a EF centrada na a necessidade de cconstruir uma relaçção de coerência entre e a formação inicia al em EF, as finalid dades da EF na Esccola, e uma didáctiica que permita realiza ar um ensino de qua alidade em EF.
Palavras‐Chave: Educação Física, Estilo de Vid da Activo, Formaçção de Didáctica da Educa ação Física. Professores, D
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 37
EDUCATING FOR AN N ACTIVE LIIFESTYLE: HOW H TO OV VERCOME THE PAR RADOX THAT CHARACTTERISES PHY YSICAL EDUCATION IN THE INTERNA ATIONAL CONTEXT? 1,2
Francisco Carreiro da Costa , 1 Faculdade de Ed ducação Física e Desporto, Universidade Lusófona L de Humanid dades e Tecnologias – Lisboa, Portugal; 2 Centro Interdiscciplinar de Estudo d da Performance Hum mana (CIPER), Faculdade de Motricidade Hum mana, Universidade Téécnica de Lisboa, Cruz Quebrada, Portugal
The Physical Ed ducation (PE) presen ntly lives a paradoxx in the global conteext. On the one hand, PE is a policy, socia ally and culturally m marginaldiscipline in n many is considered not only a countries and regions worldwidee. Moreover, PE is fundamental diiscipline to the prom motion of an activee and healthy lifestyyle, but also an indispeensable tool for achieving a successful public health policyy. First, we make a cha aracterization of th he status of PE in the international co ontext, referring to thee reasons underlying g the paradox it facces. Secondly, we ca arry out an analysis of tthe literature on thee contribution of PE to the achievementt of the following aim: “educating for acttive living”. Thirdly, y, we describe a stu udy on promoting an active lifestyle thrrough PE, mobilizin ng the vision of tea achers, arents. Finally, we p present a proposal tthat aims to overcome the students and pa paradox of the current PE situation in the global conttext, centered on th he need to build a conssistent relationship p between initial teeacher training in PE, P the purposes of thee PE at School, and tthePE didactics.
Key‐words: Physical P Educatio on, Active Lifestyle, Teacher Traaining, Didactic of Ph hysical Education.
Página 38
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
EDUCAR PARA UM MA VIDA ACTIVA: A CO OMO ULTRAPA ASSAR O O PARADOXO QUE Q CARACTEERIZA A EDUCAÇÃO O FÍSICA NO CONTEXTTO INTERNA ACIONAL? 1,2
Francisco Carreiro da Costa , 1 Faculdade de Ed ducação Física e Desporto, Universidade Lusófona L de Humanid dades e Tecnologias – Lisboa, Portugal; 2 Centro Interdiscciplinar de Estudo d da Performance Hum mana (CIPER), Faculdade de Motricidade Hum mana, Universidade Téécnica de Lisboa, Cruz Quebrada, Portugal
A Educação Física F (EF) vive preesentemente um paradoxo no con ntexto mundial. Por um lado, a EF é co onsiderada uma d disciplina política, social nte marginal em m muitos países e reegiões do mundo,, fruto e culturalmen de uma visão socio‐cultural redutora que atribuí à EF um papel os objectivos do proceso educativvo nas secundário naa prossecução do Escolas (Pühsse & Gerber, 2005). Por outro lado, a EF é vista, não n só como uma disciplina fundameental relativamen nte à promoção de d um estilo de vidaa activo e saudáável (Trudeau & Shephard, 2005)), mas também um m instrumento indispensável para p concretizar com sucessouma p política de saúde pública (Sallis & MacKenzi, 1991; Trost, 2006). nsáveis pelas instituições esco olares, Muitos politticos e respon pressionados pelas estatísticaas sobre o rend dimento dos alunos e horar a posição o das suas instituições nos ran nkings, visando melh adoptam pollíticas ou tomam m decisões de gestão g que têm como consequênciaa a redução do ttempo atribuído no currículo escolar a disciplinas que não contam parra as estatísticas d da educação. obre a situação d da EF nos diferenttescontinentes (K Klein & Os estudos so Hardman, Haardman, 2005, 2 2008; Hardman & Marshall, Püh hse & Gerber, 2005)) indicam que o teempo atribuido à EF no currículo e escolar ou é insuficiente, ou tem vindo o a ser reduzido eem muitos países com o objetivo de proporcionar mais tempo a outras áreas de aprendizzagem e dos alunos, a supostamentee mais importaantes para a educação considerando o os desafíos qu ue têm de enfreentar num mund do em mudança accelerada. Com eefeito, persiste no seio de muitas m comunidades educativas, e em alguns secto ores de sociedaade, a o de mais tempo para a Matemática e a Língua Maaterna reinvindicação
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 39
Carreiro d da Costa
(Sibley & Etn nier, 2003). Trataa‐se de uma visãão inadecuada so obre o processo de d desenvolvimento e formação dos alunos, baseada naa ideia inconsistente de que proporccionar mais temp po a uma determ minada ndizagem resultará de imediato em m mais sucesso esccolar. área de apren Semelhante perspectiva p tem originado a defeesa de uma política de gestão educattiva dirigida para o aumento do tempo no horário e escolar de disciplinas que, segundo o o pensamento o de alguns, de everão constituir o currículo fundameental, retirando teempo às disciplinaas que o por exemplo a Educação Física, a consideram periféricas como A situação acontece, Educação Visual e a Educcação Musical. A nte, quando um n número crescentee de investigadore es tem paradoxalmen vindo a demo ostrar que a práttica estruturada da actividade física na escola exerce uma influência p positiva na atenção o, na aprendizage em, no nto e no sucesso eescolar dos aluno os (Dollman et al., 2006; comportamen Sallis et al., 1999; 1 Shephard, 1 1997; Trost, 2004 4; Wilkuns et al., 2003; van der Mars,, 2006).
O Parado oxo da Edu ucação Físicca no Conte exto Internaciional A circunstância da EF estar sob b a pressão das esttatísticas da Saúd de e da Educação coloca‐a perante uma situação paraadoxal: a de discciplina imprescindíveel versus disciplinaa dispensável. A percentageem de crianças e jovens que apreesenta baixos níveis de actividade físsica (Currie et al, 2004) constitui uma situação qu ue trás preocupados investigadores e muitos profissionais e organizaçõ ões de blema é particularrmente grave nass raparigas (Kimm et al., saúde. O prob 2002; Raitakaari et al., 1994; WH HO, 2009), nos po ortadores de deficciência (Fitzgerald, 2006) 2 e nas criaanças e jovens com menos reccursos económicos (WHO, 2009). C Como os hábitoss de actividade física ndem a permanecer na desenvolvidoss na infância e naa adolescência ten idade adulta (Malina, 2001; TTelama & Yang, 2000; Tammelin et al, 2003; Vanreusel et al, 1997), uma participação aadequada na activvidade de ser fundamental na física durantee a infância e a adolescência pod
Página 40
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
prevenção daa obesidade e enffermidades cróniccas na idade adullta. Os baixos níveis de actividade física são uma das causas do aumen nto do dade entre os joveens (Berkeley et al, 2000) conjuntam mente peso e obesid com os maus hábitos alimentares (Lee, Wechsleer y Balling, 2006). Estes ntos sofrem a influência de muitos sectores da socie edade, comportamen famílias incluidas, organizaações da com munidade, meios de comunicação social e Escolas. Nenhum destos sectores isoladam mente pode resolverr o problema de ssaúde pública em m que se transform mou a obesidade inffantil. Todavia, nãão é crivel que esste problema posssa ser solucionável sem políticas con nsistentes e proggramas de intervvenção C efeito, conssiderando que a maioria das crian nças e nas Escolas. Com jovens passa cerca 45% das ho oras de vigilia na escola (Fox, Coo oper & 004),as escolas, ee sobretudo a EF, podem assum mir um McKenna, 20 papel fundam mental na promoção de estilos de vvida activos e saudáveis (Pate et al., 2006) 2 e constituiem um instrumento indispensáve el para concretizar com c sucessoumaa política de saúde pública (Saallis & McKenzie, 1991; 1 Trost, 2006). Esta circcunstância tem sido amplamenterreconhecida,tanto opor investigad dores (Bidddle e & Chatzisarantiss, 1999 9; McKeenzie &Sallis, & 1996;Tappe& &Burgeson,2004;Trudeau&Shephard d, 2005),com mopor numerosas orrganizações (American Academy off Pediatrics Comm mittees on Sports Medicine and Scho ool Health; 1987 7, Centers for De esease ociation for Sporrt and Control and Prevention, 2002; National Asso Physical Education, 2004; Worlld Health Organizaation, 2000) os pelas estatísticas da Educaçãão (os Por outro laado, pressionado resultados em Matemática e Lingua Materna, por exemp plo) e m as posiçções das suas insstituições nos ran nkings, procurando melhorar muitos políticcos e gestores esccolares procuram solucionar o problema através da redução r do tempo programa dee disciplinas que e não contribuem para as estatísticas. Em muito os países a sittuação poio social no movvimento “regresso o às origens” (‘baack‐to‐ encontrou ap basics’) que reclama a reintro odução nas esco olas dos exames e dos a métodos de ensino “tradiccionais” visando preparar os alunos sobretudo para os exames (Ravvitch, 2010).
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 41
Carreiro d da Costa
Estudos recentes sobre o esttatuto da Educaçção Física nos sistemas Hardman, 2008; K Klein & Hardman,, 2007, 2008; NA ASPE & educativos (H AHF, 2006; Pü ühse & Gerber, 2 2005) indicam quee o tempo dedicaado ao ensino da EF está a diminuir eem muitas escolas. O tempo atribuido à duzido com o objjectivo de atribuir mais EF ou é insufficiente ou foi red tempo a outras áreas de aprrendizagem consideradas supostam mente essenciais ou u mais importanttes para a formaação dos alunos. Com efeito, persistte no seio de muittas comunidades educativas e em aalguns sectores de so ociedade a reivind dicação de mais ttempo, no currícu ulo dos alunos, para aa Matemática, a LLingua Materna e a Informática (Sib bley & Etnier, 2003).. Trata‐e de uma visão inadequada, sobre o processso de desenvolvimeento e formação o dos alunos, partilhada p por muitos m políticos, direectores de escolaas, professores e pais, assente naa ideia simplista de q que proporcionar mais tempo a um ma determinada área de aprendizagem m trará como ressultado imediato mais sucesso esscolar. Semelhante perspectiva p tem originado a defeesa de uma política de gestão educattiva dirigida para o aumento do tempo no horário e escolar de disciplinass que, segundo alguns, deverão constituir o currrículo fundamental, retirando tem mpo às disciplinas que consid deram A situação ocorree paradoxalmentte quando um nú úmero periféricas. A crescente de investigações teem vindo a dem monstrar que a prática p d actividade físsica na Escola exerce e uma influ uência estruturada da positiva na atenção, a aprendizzagem, comportaamento, e no su ucesso escolar dos alunos (Dollman et al., 2006; Sallis et al., 1999; Shep phard, 2004; Wilkuns et aal., 2003; van der Mars, 2006). 1997; Trost, 2 A existência d de uma política co ontradictória na EEuropa relativame ente à EF é igualmen nte evidente. Paraa verificar esta con ntradição bastará ler os documentos e analisar as decisões do Parlaamento Europeu e da plo, no documentto “The EU and SSPORT: Comissão Eurropeia. Por exemp Background aand Context” (Com mmission of the EEuropean Commu unities, 2007: 12) é po ossível ler a preoccupação seguinte:: Curriculum m time allocation ffor physical educa ation is a concern n in some coun ntries. Since 2002 2, there has been a an overall reductiion in averag ge time allocatio on for physical education in bo oth primary (from (f 121 minuttes to 109 minutes per week) and a
Página 42
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
secondaryy school curricula (from 117 to 101 1 minutes per weeek) across th he EU.27 This iss particularly wo orrying since it is estimated d that up to 80% of school‐age ch hildren only practtice physical activity a at school, while it is recom mmended that th hey have at lea ast one hour of lig ght physical activiity every day. Na linha da p preocupação anteerior, a Comissão de Cultura e Edu ucação do Parlamentto Europeu tomou u, em 2007, a segu uinte resolução so obre o papel do desp porto na educação o: 9. Solicita aos Estados‐Mem mbros que analiseem e, se necessárrio, nças de orientação o da educação físiica ponham eem prática mudan como discciplina escolar, teendo em conta ass necessidades e as expectativvas das crianças nos planos social ee no da saúde; 10. Exortta os Estados‐M Membros a torna arem obrigatória a educação física no ensino p primário e secundá ário e a aceitarem m o de que o horário eescolar inclua, pello menos, três aulas princípio d de educaçção física por sem mana, embora ass escolas devam, na medida do d possível, serr incentivadas a a ultrapassar esste objectivo m mínimo;(Jornal Official da União Eurropeia, 6‐11‐2008 8) Finalmente, n no Livro Branco so obre “A Strategy ffor Europe on Nuttrition, Overweight and a Obesity relatted health issuess” (2008: 8), afirrma‐se que:
“Childhood d is an importan nt period to insttil a preference for f healthy behaviours, and tto learn the life skills necessary to a healthy lifestylee. Schools clearly p play a crucial rolee in maintain a this respeect. ... Health ed ducation and phyysical education are a among priiority themes in th he new Lifelong Leearning Programm me (2007‐201 13), al authorities and sports clubs””.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 43
Carreiro d da Costa
Qual tem m sido o Sucesso da da EEducação Fíísica no Proccesso de ““Educar paara uma Vida V Activa”? Porquê fazer a pergunta? A peertinência da pregunta assenta no o facto da inactividade física constittuir um problem ma de educação e da Educação. A m maioria das pesso oas não tem conhecimento e conscciência sobre qual é q quantidade de acttividade física quee necessita realizaar para poder retirar benefícios para a saúde. Por exemplo, no Estudo Eu uropeu ude dos Consum midores face à Actividade A Física, Peso sobre a Atitu Corporal e Saaúde (Comissão EEuropeia, 1999), 50% 5 dos portugue eses e 47% dos espaanhois entre os 35 5 e os 54 anos, e 6 67% e 57% dos cid dadãos com mais de 55 anos respondeu:"Não necessito fazer mais activvidade Deve salientar‐se q que à época, e seggundo física/exercíciio da que faço". D as estatisticass oficiais, apenas 23% de portugueeses entre os 15 e e os 74 anos particip pava regularmentte em actividadees físicas (incluin ndo a prática despo ortiva) (Marivoet,, 2001). A situaçãão desde então não n se modificou significativamente. as aulas de Educa ação Física criand do um Repetindo a pergunta: Estão a ucativo susceptiívvel de promover a a prática da activvidade ambiente edu física para to odos os alunos ee alunas, indepen ndentemente dass suas características em capacidade física e/ou econó ómica? A respostaa é: há notícias boas e notícias menos boas. As boas notícias referem‐see ao sucesso alcançado a por muitas m intervenções em EF com o ob bjectivo de aumen ntar a intensidade e os níveis de actiividade física nas aulas e tornar os o alunos consumidores conscientes d de actividades físiccas e desportivas (Fairclough & Strratton, 2006; Kahn et e al, 2002; Jamneer, Spruit‐Metz, Bassin B & Cooper, 2004; McKenzie, 20 003; Van Acker, Caarreiro da Costa, Bourdeaudhuij, C Cardon & Haerens, 2010), assim como o facto o de muitas Escolas E unos uma EF de qualidade(Carreiiro da proporcionareem aos seus alu Costa, Marques & Diniz, 2008; Marques, 2010).
Página 44
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
Van Acker ett al. (2010) investtigaram o potenccial de formas de e jogo modificado na promoção da iigualdade entre alunos a de 13 ano os nas ducação.Os resulttados mostraram que a aulas de EF em regime de coed percentagem de actividade física de modeerada a vigorossa foi mente maior en ntre as rapariggas (69,9%) quando significativam comparada co om os valores obttidos pelos rapazees (56,8%). O resu ultado obtido foi idêêntico quer nas turmas mistas querr nas turmas em rregime de segregação o de sexos. Assim m, a utilização de formas modificad das de jogos com regras r simplificad das mostrou po ossuir o potenciial de proporcionar níveis de actividaade física de mod derada a vigorosaa para ambos os seexos em consonâância com as diirectivas internaccionais (World Healtth Organization, 2010). Os resulttados obtidos naaquele estudo são muito animadorres relativamentte à possibilidad de de parigas proporcionar níveis de activvidade física adequados às rap outro lado, aquelees resultados suportam durante nas aaulas de EF. Por o a ideia de qu ue o "problema"d da menor particip pação das raparigaas nas aulas de Educcação Física não reside nelas, mas antes no modo co omo o currículo está estruturado (Enrright & O’Sullivan, 2010). o que as Escolas o onde os professorres trabalham de forma Considerando cooperativa (tanto ( a nível in nterdisciplinar comoa nível transvversal) obtêm melhores resultados de aprendizageem (Bernauer, 1997), osta et al. (2008) realizaram um esstudo de caso cen ntrado Carreiro da Co num departamento de EF de uma Escola secundária, cujos membros m equipa e planeeiam o ano escolar das (10 Professorres) trabalham em respectivas turmas t de formaa articulada. O principal objectivvo do estudo foi an nalisar a relação eentre as orientaçções de educativaas dos professores de d EF e a quantid dade e intensidade de actividade e física proporcionada durante as aulas. Apesar dos professore es do o partilharem diferentes oriientações educaativas, departamento conforme eraa espectável, os alunos das turmas de 9 professores beneficiaram de mais de 50 0% do tempo disponível d de aula em actividade físiica de moderada aa vigorosa nas trêês aulas observadaas. m boas são as seguintes: muitas aulas de EF não As notícias menos atingem os níveis de inten nsidade desejáveeis; muitos alun nos e
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 45
Carreiro d da Costa
professores apresentam a conheecimentos insuficcientes relativame ente a como alcançaar os objectivos de uma EF que seja promotora de ssaúde; a incapacidad de que muitos aalunos revelam na n organização da d sua própria activid dade física no finaal da escolaridadee secundária. Na verdade, o os estudos que têm analisado os nííveis de actividade e física em EF têm reevelado de uma maneira consisteente que os alunos, de uma maneiraa geral, passam pouco tempo em m actividade físiica de moderada a vigorosa v (McKenzzie et al., 1995; Fairclourgh & Strratton, 2006). Por ou utro lado,estudos que procuram avvaliar a influênciaa da E. F. sobre a actividade física q que os alunos reealizam fora da Escola 09; Portmam, 2003, Rikard & Baanville, (Piéron, Ruiz & Montes, 200 2006), revelam que a EF não ttem sidobem sucedida no alcance deste demais, os estud dos que têm avaaliado o que esttão os objectivo. Ad estudantes a a aprender nas aulas de EF, sugerem que os alunos a carecem de co onhecimentos sob bre a relação entrre a actividade física e a saúde, e o mo odo como devem m gerir a sua próp pria actividade física. Os alunos de todos os níveis de ensino apresenttam um conhecim mento do, os reduzido ou vago sobre o siggnificado de fitness. Por otro lad d Educação Física parecem posssuir um conhecim mento professores de insuficiente sobre como atingir os objetivos aso ociados à promoçção da 07; Miller & Housn ner, 1998) e apare entam saúde (Castelli & Williams, 200 promoção de um estilo de vida acctivo e atribuir poucaa importância à p saudável no diálogo com os sseus alunos, falan ndo pouco sobre estes 8). temas nas aullas (Cardoso, 2008 É importante conhecer o que ssabem os alunos e o que são capazes de fazer no finaal da educação ssecundária. Um parte do que siggnifica seruma "pesssoafisicamente ed ducada"incluiu po ossuir uma boa ap ptidão física,valorizar os benefícios dee um estilo de vid da activo e saber como ora o organizar a sua própria actividade físicaa. Muito embo o não seja suficiente paramudaar o comportam mento, conhecimento melhorar e desenvolver os conhecimentos relacionados com a de ser um primeiro passo para prom mover actividade físiica e a saúde pod comportamen ntos saudáveis, ssobretudo nas raparigas. r Na verrdade, Roth & Stamatakis (2006) analisaram: (a)) a relação entre o
Página 46
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
conhecimento o das recomendações sobre a activvidade física e os níveis de participaçãão em actividad fíísica e (b) os factores que influencciavam a adesão às directivas sobre a actividade física nos rapazes e nas do do estudo foi o seguinte: apessar da raparigas. O principal resultad om as recomend dações maioria dos alunos não estar familiarizada co a física,, os autores veerificaram existirr uma relativas à actividade associação en ntre o conhecimeento das directrizes sobre a activvidade física e uma maior probabilidaade do seu cump primentode. O valor da s e maior nas rap parigas. Assim, parece p relação foi significativamente existir,sobretu udo nas raparigas, uma relaçção positiva entre o conhecimento o das recomendaçções e o seu cump primento. Além disso, e como alertam Heernández Alvarez & & Lopez (2007: 17 71): “A capaciidade de tomar decisões, de em mitir juizos de valor autónomo os, críticos e refleectidos, de elaborrar planos de acçção relacionad dos com as necesssidades de activid dade física e com m a sua utilizzação no tem mpo livre... Req quere dispôr dos d conhecimeentos (princípios, conceitos, teoria as, factos, dadoss...) que perm mitam fundamenta ar com um míniimo de coerência a e rigor as op pções e acções pesssoais”.
A Educaçção Física e a Promoçãão de um Esstilo de Vidaa Activo: A Visão dos Alunos, Professores e Pais Reconhecendo, por um lado, q que receber o apo oio e a adesão de todos ducativos é uma questão crucial se se pretende ser bem os agentes ed sucedido nas intervenções quee visam a promoçção da actividade e física e por outro lado, que esta inttervenção tem de d ser na Escola, e, concebida e aaplicada na base d de um profundo cconhecimento sobre as pessoas e pro ocessos envolvido os, levámos a cab bo um estudo (Caarreiro da Costa & Marques, M 2011) em seis Escolas secundárias da Região R Metropolitana de Lisboa com o propósito de obter uma visão o geral os alunos (n=1642 2; 835 sobre a participação nas activvidades físicas do
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 47
Carreiro d da Costa
rapazes, 807 raparigas; 5º ano até 12º ano de escolaridade; dos 1 10 aos dade), professoress (n=294; 75 do ssexo masculino, 2 219 do 18 anos de id sexo fenminin no; 40 de Educaçãão Física, 254 de o outras disciplinas) e pais (n=2462; 1056 pais; 1406 mães), assim como caracterizzar as d três grupos de pessoas relattivamente à Edu ucação percepções dos Física e à activvidade física. Em termos geerais, os nossos daados confirmamoss resultados de esstudos anteriores so obre os estilos de vidados alun nos e da sua atitude a relativamentee à EF. Muitas criaanças e adolescen ntessão pouco acttivas e tornam‐se cada vez menos acctivas com a idad de(Aarnio et al., 2002). ntagem dealunoss pratica regularm mente Apenas uma pequena percen ola e da EF. Com mo era de esperrar, as actividade físsica fora da Esco raparigas ap presentam um m menor níveldeacctividade física queos rapazes, e a idade surge co omo unfactor decisivo relativame ente à prática da acttividade física duraantea infância (Taabela 1). Tabela 1 ‐ Práticaa de actividade física dos alunos
Relativamente à prática do desporto escolar, 79,4% dos aluno os não participa na actividade (78,9% das raparigas e 80% dos rap pazes). Apenas 19,6% dos alunos p pratica desporto na Escola enq quanto actividade op pcional (20% dass raparigas; 19,2 2% dos rapazes). É de realçar que 47,6% dos alunos que diz praticar d desporto na Escola só o
Página 48
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
faz uma vez por semana ou u menos. Estes dados são alarm mantes o que o deporto o escolar é um ma actividade op pcional considerando concebida para complementarr a EF enquanto d disciplina obrigató ória do orcionar oportunidades de particip parem currículo dos alunos, e propo dade de activid dades desportivaas que permitaam a numa varied exploração das d habilidades e talentos indivviduais num ambiente inclusivo centtrado no aluno. Os dados sob bre a prática da actividade física no interior e fo ora da Escola são semelhantes aos reesultados obtidos em estudos ante eriores m Portugal(Esculcas &Mota, 200 05;Matos&Diniz, 2005; realizados em Matosetal, 20 000.). A persistêncciade elevados nííveisde inactividad de nas Escolas portuguesas coloca na ordem do dia a n necessidade urgen nte de conhecer meelhor os correlattosmotivacionaisaassociadosà activvidade física nos jovvens, especialmen nte nas raparigassuma vezqueestaas não evidenciam qualquercomprom q misso efectivo com c aEducação Física talcomo foi igualmente constatadoem outro os estudos(e.g. Daley, 2002). Quando pergguntámos aos pro ofessoresse a quaantidade de activvidade física prop porcionada pela Escola erra suficiente para proporcionarb beneficios paraa a saúde dos alunos, 45,9% respondeu"sim" (47% professsores de Educcação Física e 45,6% de outras disciplin nas) e 50,7% "não o" (52,5% de EF; 50,4% professores d profesores dee outras disciplinas). Não houve qualquerdiferença q aentre osdois grup posdeprofessores relativamente a esta questão. Considerando o o tempo atribu uido à EF (de 13 35 a 180 minuto os por semana) e a p percentagemde allunosque participa no desportoescolar, a percepção dosprofessoress de Edu ucação Física é o interpretá‐la? Castelli&Williams( C (2007) bastantesurprreendente. Como verificaram que q os professores de Educação o Física possuiam m um conhecimento olimitado sobre ccomo atingir os objectivos o associaados à EF relacionad da com a saúdee. Torna‐se assim m necessário avaaliar o conhecimento o dos professorres de EF portu ugueses relativam mente aestetema.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 49
Carreiro d da Costa Tabela 2. Pais: Pe ercepção sobre o estilo de vida dos filhos // filhas
Um resultado o interessante verificado neste estudo tem a ver com c a falta de coinccidência entre as percepções dos pais sobre a activvidade física dos seu us filhos (tabela 2) e a actividad de física reportad da por estes. Na verd dade, 86,5% dos pais e 84,7% das mães responde q que os seus filhos ou filhas são muiito activos, activos ou suficientem mente o sob a activos; enquanto 41,3% dos alunos refere não praticar desporto d um treinadorr, e 25% deles afirmar que pratica p orientação de actividade física de maneira in nformal entre quaatro a todos os d dias na m qual semana. Estees resultados revvelam que os paais desconhecem deverá ser a q quantidade e a freequência de actividade física que o os seus filhos e filhass, e eles mesmos, devem praticaar para poderem obter beneficios para a saúde. Os paais sobrevalorizam m também a activvidade física que realizam (tabela 3). Umaestratégia que vise promo over a prática da aactividade física aapenas será eficaz see, primeiro, desen nvolver nas pesso oas a consciência desta necessidade. A mesma ideia deverá aplicar‐sse às intervençõe es em olar. Convencer o os alunos a serem m (mais) activosim mplica contexto esco alterar as ideiias erradas e os preconceitos que m muitos pais,professores e directores de Escolas perfilham sobre aquantidade, intensid dade e hos e alunosnecesssitam frequênciade actividade física que os seus filh praticar.
Página 50
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar… Tabela 3. Professsores e Pais: Auto‐perrcepção de actividade e física
No que conccerne às percep pçõesdos paissobrea situaçãoda EF no currículoescolar (tabela 4), 35 5,4% dos pais e3 33,2% das mães refere quea EF deve seruma discipllina obrigatória, mas sem avaliaçção, e mente 6% dos p paisafirmaque a EF deveseropcio onalou aproximadam atéeliminada do currículo. Tabela 4. Professsores e Pais: Estatuto da E.F. no currículo
Embora tenhaa existido algumaas diferenças entrre os quatro grup pos de pais sobre o eestatuto que Educcação Física deverrá ter no currículo o, uma
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 51
Carreiro d da Costa
observação mais atenta da tabela 5 perm mite constatar que q a p como esttudante de EF, naa escolaridade báásica e experiência passada secundária, parece p assumir um papel importaante na percepçãão dos pais, sobretud do entre aqueless que pensam que a EF deverá ser uma disciplina com m avaliação e oss pais que consid deram que não deverá d haver avaliaçãão em Educação Física. Ter tido um ma experiência po ositiva caracteriza o grupo de pais qu ue são a favor daa avaliação em EF; por erente outro lado, ter tido uma experiência neggativa ou indife caracteriza o grupo de pais que defende a não existência de avaaliação o Física. Estes resultados assinalam m a importância que q as em Educação experiências passadas em EF podem assumir no n desenvolvimen nto de atitudes, creenças e hábitos sobre a práticaa da actividade física (Trudeau & Sh hephard, 2005). Tabela 5. Caraccterização dos pais ccom percepções disttintas sobre o estattuto da Educação Física n no currículo
Obrigatória mas sem avaliação Obrigatória eavaliável
a) b)
% Cat/ Grupo 100.0 60.4 55.4 61.7 63.2
Global
Prob
Obligattória com avaliação Boa exxperiência Não seeleccionou a opção Muito activo/activa Promo over aprendizagens
% Grupo/ Cat 100.0 49.4 99.0 26.1 23.6
54.9 44.8 98.1 23.2 20.5
0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
Muito importante
49.2
58.2
46.4
0.001
Muito importante
49.4
57.6
47.1
0.005
Obligattória sem avaliação Serviço os Administrativos Importtante Negativa Ensino o secundário Insuficientemente activo / activa Diversãão Indiferrente Executtivo Não im mportante Opcion nal Indiferrente Promo over aprendizagem
100.0 17.1 63.5 11.3 26.2 14.4 6.4 29.5 3.1 5.1 100.0 36.2 54.2
100.0 43.6 36.8 44.0 39.6 42.5 47.0 38.8 51.0 46.2 100.0 7.2 2.6
34.2 13.4 58.9 8.8 22.5 11.6 4.7 26.0 2.1 3.8 5.2 26.0 20.5
0.000 0.000 0.000 0.001 0.001 0.001 0.002 0.003 0.009 0.009 0.000 0.006 0.000
Variável
oria Catego
Estatuto daa EF no currículo Experiênciaa passada em EF Analisar criticamente temas desportivos Estilo de vida do filho/filha Finalidadess da EF Experiênciaa passada em EF ‐ Resultados de aprendizaggem Experiênciaa passada en EF – Carracterísticas das aulas Estatuto daa EF no currículo Profissão EF relacion nada com a saúde Experiênciaa passada en EF Nível de ed ducação Estilo de vida do filho/filha Finalidadess da EF Experiênciaa passada em EF Profissão Experiênciaa passada em EF – Insttalações Estatuto daa EF no currículo Experiênciaa passada em EF Finalidadess da EF a) Opcional b) Não deve existtir
Página 52
Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5) Revista G
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
Sabe‐se que as crenças dos professores dessempenham um papel n juizos, na ccompreensão e na interpretação o dos importante nos fenómenos, influenciando as ssuas percepções ee o que dizem e fazem (Carreiro daa Costa, 2005;; Tsangaridou, 2006). Assim, para compreenderr os problemas q que a Educação Física experimen nta no contexto esco olar é importante ouvir o que penssam os professores das outras discip plinas sobre o p processo educativvo em EF. Apessar de 56%dos profeessores das outras disciplinas terr respondido que e a EF deve ser obrigatória e com avaliação, a perceentagem de profe esores s uma disciplina sem que partilha a perspectiva de que a EF deve ser onstitui seguram mente um obstáculo avaliação é elevada e co paraa promoção ee afirmação da EF E nas escolas. A A visão institucionalp destes professsores pode ser in nfluenciadapela sua experiência paassada em EF. Um númerosignificaativo deprofesso ores(37,8%) respo ondeu dante. quenão tinha tidouma experiêênciapositivaem EEF enquanto estud o queamaioria do osprofessores dasoutras disciplinaas são Considerando do género feminino, bem com mo a importância por eles atribuid da aos conteúdos e àà organização dass aulasparajustificarem a sua avaliaação, a influência deumaexperiência d anegativapareceassumirrelevância. De facto, os “con nteúdos” e a “orgaanização das aulaas” são aspectos ccríticos referidos pelaas raparigas quando justificam asuaaatitudenegativa face à EF (Daley, 200 02; Trost, 2006).
Como Ultrapassar a Situação Paradoxal da Educação Física no Co ontexto Interrnacional? O fracasso da EF relativamen nte à promoção da actividade física ao longo da vidaa poderá ser uma consequência daas condições (barreiras) existentes no o seio das escolas e / ou de com mo o ensino está a ser concretizado.Os professores não são capazzes muitas veze es de ntextos de apren ndizagem adequaados devido à falta de conceber con conhecimento os. Todavia, as creenças dos professsores de EF parece em ser o factor quee melhor pode explicar a falta de consistênciae entreo currículo oficcial e a prática pedagógica nas aulas (Pajares, 2992). Estudos conffirmam que os professores adaaptam e modificcam o
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 53
Carreiro d da Costa
currículo adeq quando‐o às suass próprias perspecctivas e crenças so obre a Educação Físsica (Carreiro daa Costa, 2005).M Muitos programaas de formação inicial de professores de EF (FPEF) continuam a formar f a um plano de estudos baseado no Dessporto professores adoptando descuidando, na preparação dos seus estudantes, as competências moção relacionadas com o ensino de um currículo da EF visando a prom de um estilo d de vida activo. Co omo consequênciaa, muitos program mas de FPEF reforçam m os conceitos p pré‐estabelecidoss e as práticas que q os estudantes‐prrofessores apren nderam nas aulaas de EF, através da observação (““aprenticeship of observation”) (Laawson, 1989),enq quanto alunos. Este aaspecto asume um ma grande relevân ncia para os proggramas de FPEF considerando que aa maior parte do os futuros professores nvestimento pesssoal na comp petição apresentam um grande in r a inveestigação que oss programas de FPEF desportiva, referindo fazempoucop para modificar as concepçõees inadequadas dos estudantes‐prrofessores(Carreirro da Costa et al., 1995). A explicação aapresentada por Bart Crum sobre as dificuldades po or que passa a EF no o contexto internacional permanece actual. Refere Crum (1993b) que … …“Uma formação o inicial ineficaz a associada à ausên ncia de aprendizagem m nas aulas de Educação Física nas escolas básicas e secundárias são s duas situaçõ ões que corroiem m a base de apo oio da Educação Físiica e constituem o o cimento do “círcculo vicioso do fra acasso auto‐reprodutor da Educaçã ão Física”, como o resultado de uma e uma reconhecida falta de identidade da Educação Física, isto é, de os objectivos do ccampo ausência de cconsenso não só ssobre a missão e o profissional, m mas também sobrre a natureza do sseu objeto, conteú údos e processos dee FPEF, circunstâância que faz co om que a missãão da Educação se apresente confu usa para sociedada. Assim, será muito por que passa a Ed ducação Física a não ser difícil superarr as dificuldades p que as suaas finalidades sse tornem significativas, realisttas e compreensíveeis.
Página 54
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
Qu uestão cha ave: a identtidade da Educ cação Física a A iden ntidade da l E.F F. Escolar
Currículo do Programa de FPEF •Actividades e tarefas •Competências profissionais
Carac cterísticas de um ensino de qualid dade em E.F. na as Escolas
Resultados de Aprendizagem m
Figurra 1. Educação Física a Escolar, Competên ncias Profissionais e a Forrmação Inicial em Ed ducação Física (Hardman, 2006; 2011)
As ideias e propostas desenvo olvidas no projectto AEHESIS1 (Hardman, 2006; 2011) cconstituem uma ccontribuição efecttiva para a superaaçãoda situação paradoxal da EF. A principal finalidade d do projecto AEHEESIS foi ber um modelo curricular para a a formação inicial em a de conceb Educação Física, considerando a necessidade dee reforçar o processo de nto dos diplomas profissionais na n Europa. A pre emissa reconhecimen conceptual dee base assentou n na ideia fundamen ntal de que deve existir uma relação d de coerência entrre a concepção do modelo curricu ular de um programa de FPEF e o significado sobre as “finalidad des da nsino de qualidad de em Educação Física na Escola”, “o que é um en nais necessárias para p o Educação Físiica” e “as compeetências profission desenvolvimeento das actividad des e tarefas imp plicadas” (figura 1).Com 1 efeito, as com mpetências profisssionais a desenvvolver na FPEF de everão corresponderr à necessidade de formar un proffessor capaz de pôr em prática um ensino e coerente com os critérioss definidosi. O modelo m enfatiza a en numeração dos p princípios que deverão ser explicitados. 1
AEHESIS ‐ Aligniing a European Higherr Education Structure In Sport Science
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 55
Carreiro d da Costa
Estes princíp pios apoiam‐seno o significado de: a) a identidad de da Educação Físiica; b) as caracteerísticas de uma EF de qualidade e; c) o conceito de p professor de EF; e e) as característiccas de um programa de FPEF de qualid dade. ntidade da EF no ccontexto escolar??A Escola, na sociedade Qual é a iden actual, tem a a missão de preparar e qualificaar os jovens paraa uma participação posterior humanaa e independente na vida sociocu ultural o trabalho como para o tempo livvre). Assim, a Edu ucação (tanto para o Física deve ser entendidaa como um projectodeinovaç p ão e nidade transformação cultural que tem por finalidaade dar oportun ntos e atodas as crrianças e jovenss de adquirirem os conhecimen desenvolverem asatitudes e competênciasnecessárias para umaparticipaçção emancipada e satisfatória na culturaa do movimento(C Crum, 1993a,b) ao o longo de toda a vvida. or um ensino de d qualidade em m EF? O que devee entender‐se po Provavelmentte nunca se falou tanto de qualidade de ensino com mo nos dias de hojee. Na verdade, ttanto para os po olíticos como paara os acadêmicos, as expressões “eeducação de quaalidade” e “ensino de ornaram‐se palavrras‐chave no seu d discurso quotidian no. Há qualidade” to todavia que rreconhecer que see trata de expressões que são utilizadas na maioria daas vezes com significados muito distintos. d Isto aco ontece porque não é possível disssociar da palavvra “qualidade” duas uma ideológica e m moral e outra técn nica. conotações: u
Página 56
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
passar… Educar para uma vida activa: como ultrap
A vinculação ideológica questtiona a natureza das finalidades que q se nçar, isto é, coloca‐nos perante a a pergunta seguin nte: O procura alcan que significa ser um aluno/aluna bem educad do/educada em EF? E 2Há moral que deve re evestir que associar àà dimensão ideológica o aspecto m igualmente todo t o acto de ensino. Com effeito, as escolas e os professores têm t o dever de integrar as crianças e os jovens numa democracia política p e social. Ademais, as esccolas e os professores estão moralm mente obrigados aa garantir a todoss os alunos acesso o igual ao conhecimeento e ao desenvvolvimento das caapacidades de qu ue são potencialmen nte portadores. FFinalmente, as esscolas e os professores devem organ nizar e concretizar um ensino dando prioridaade à aprendizagem m. A dimensão ttécnica, por otro llado, interroga oss meios e os resultados (eficácia) quee se pretendem obter. Dito de outra maneira, trata‐se de questionar ass características d da didáctica utilizaada. Uma didácticca que permita conccretizar um ensiino de qualidadee em Educação Física deverá respon nder adequadameente às seguintes quatro perguntass:
2
Segundo o projeecto AEHESIS, o aluno /aluna bem educado//educada “fisicamente e”: • apreseenta compromisso com a actividade física ee o desporto; • compreende como alcançarr os beneficios da activvidade física mediante e o seu onsciente; uso co • compreende a contribuição o essencial da Educaçãão Física para o bem‐estar pessoal e um estilo de vida activo e saudável; participar nas actividades físicas / desportivvas • demonstra confiança para p numa variedade de contexttos, assim como tomar a iniciativa; • adquiriu e aplica uma série de habilidades e técnicas com bom controlo do corpo e do movimento; • participa voluntariamente eem diferentes tipos dee actividades físico‐ deporrtivas; • demonstra um pensamiento reflexivo, tomada dee decisões adequada, e os; comportamentos adaptado minação e compromissso com o sucesso e bu usca do aperfeiçoame ento; • determ • desen nvolvimento da resistêência, flexibilidade, forrça e flexibilidade; • demonstra entusiasmo, inteeresse e prazer por paarticipar (Hardman, 20 006: 216‐7)
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 57
da Costa Carreiro d
• • • •
O qu ue nos informa a investigação so obre as caracterrísticas assocciadas às melhorees Escolas ou às Esscolas mais eficazzes3? Quais são as questõ ões fundamentais a ter em con nta na moção e desenvolvvimento da EF na Escola? prom O qu ue nos informa a investigação sobrre um ensino eficcaz em EF? ue nos informa a investigação sobre s os correlattos da O qu partiicipação das crianças e jovens na attividade física?
Para resumir,, direi que uma didáctica que perm mita realizar um e ensino de qualidadee em EF deverá basear‐se, entre outras, nas segguintes premissas: • •
• • •
•
•
Acção coordenada e ccolaborativa entree os professores. Compromisso partilhaado entre os proffessores sobre o que é ortante ensinar e sobre a melhor m maneira de organ nizar a impo aprendizagem. Decissões (de planeamento, interaacção pedagógiica e avaliação) em função do impacto que terão na aprendizaagem. porcionar um teempo de apren ndizagem suficien nte e Prop efecttivo. Garaantir a continuidaade no processo de aprendizagem m, não someente durante o o desenvolvimen nto do ano escolar e (articculação horizon ntal), mas garrantir também uma continuidade vertical,, isto é, uma articulação entre nííveis e anoss de escolaridade. Conh hecer as percepçções pessoais do os alunos, com realce espeecial para a atitu ude relativamente à EF, percepção de comp petência e orien ntação de objecctivos relativame ente à prátiica da actividade ffísica. Valorizar o papel da investigação e reeflexão no processso de horia do ensino e da aprendizagem. melh
3
Por escola efficaz entendemos aquela onde os alun nos apresentam um m maior rendimento acad démico, isto é, aprendeem mais.
Página 58
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
Que tipo de professores form mar e preparar? Ensinar não é a única no contexto escolar. Os função que um professor de EEF deve realizar n desafios que a sociedade conttemporânea colocca, quer na Escolaa quer mação na profissão docente, exigeem que as instituições de form o de professor de EF. assumam uma nova concepção Com efeito, o o professor de EF n nos dias de hoje eestá confrontado com a necessidade de d apresentar “eexpertise” (Berlineer, 1986) na realização de tarefas reelacionadas com quatro áreas de actividade profisssional para que seja capaz de alcan nçar realmente as a finalidades da EF, a saber: • • • •
em (da Tareffas a nível da orgganização do ensino e aprendizage EF e do Desporto Esco olar). Tareffas a nívelda paarticipação na Esscola (relação co om os direcctores, com os outtros professores ee os pais dos aluno os). Tareffas a nível da reelação com a co omunidade (autarrquias, clubees desportivos, ettc.). Tareffas a nível da inveestigação e inovaçção pedagógicas.
Em resumo, conceber o proffessor de EF com mo um especialissta na mo um profission nal que realiza um ma actividade téccnica e disciplina, com reflexiva baseeada em princípio os éticos e moraiss e com a disposiçção de continuar dessenvolvendo e en nriquecendo o seeu trabalho atribu uindo‐ lhe eficácia e e dignidade (Carreeiro da Costa, 20 005c: pp. 42). Que seja ainda um pro ofessor suficientemente crítico e ávido á de mudançaa para que se emp penhe na transfformação das práticas de EF, capaz, finalmente, de d trabalhar no sistema actual seem se tornar irrritável, deprimido ou cínico. de FPEFde qualidade? Existe um ggrande O que significca um programa d consenso, tan nto na literatura sobre a formaçção de professore es em geral (Darlin ng‐Hammond, 2 2000; Hargreavees, 2000; Korth hagen, Loughran & Russell, R 2006), co omo na literaturaa sobre a formaçção de professores d de EF (Bain, 1990;; Graham, 1990; O O’Sullivan, 1996, 1998), sobre as características c d dos programas de formação mais consequentess e eficazes.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 59
Carreiro d da Costa
Os programaas de qualidade de formação de d professores de d EF apresentam aas características seguintes (Carreirro da Costa, 2005 5b: 43‐ 44): •
•
•
•
•
•
•
Unid dade conceptual eentre os formado ores e a consciência de que se está a formarr professores. O programa p organiza‐se e guia‐‐se por referênciia a concepções claras e coerenttes de Escola, EF e do que é ensinar, propo orcionando aos fu uturos o que profeessores uma ideia partilhada de crenças sobre o significa ser um professsor de EF. ão explícitos. As ccompetências term minais Objeectivos de formaçã do programa p de form mação estão claramente formulaadas e divullgadas. São enssinados, igualmente, conceitos chave, c estraatégias de formaçção e procedimen ntos práticos coerentes prop porcionando aos estudantes um quadro de referência sobree o que é aprendeer a ensinar em EFF. Expeectativas de trabalho de elevada qu ualidade. Os proggramas transsmitem aos estud dantes uma culturra de exigência, esforço e ressponsabilidade. Temp po bem distribuíd do. Existe um equilíbrio entre o tempo t dediccado a conteúdo os teóricos, à ped dagogia, aos contteúdos prátiicos e às experiências associadas ao o aprender a ensinar. Enfasse nos conheccimentos e prrocedimentos prráticos gara antindo um isomorrfismo na aprendiizagem dos conteú údos e activvidades a ensin nar posteriormen nte. São organizadas sequ uências bem plaanificadas de exxperiências tanto o em laborratório como em escolas. Invesstigação e deseenvolvimento. Existe E a preocu upação perm manente de avaaliar a qualidade dos resultado os da form mação e de associar as actividades de formaçção à invesstigação respeitaanto o estado do conhecimento em form mação de professo ores. Criaçção de redes in nternas e extern nas entre forma adores, profeessores de Educaçção Física e Escola as onde a qualida ade do ensin no é reconhecida. Colaboração estrreita e coerente ccom as Escolas (básicas o secu undárias), onde aa disciplina de Edu ucação
Página 60
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
Físicaa apresenta umaa qualidade reco onhecida. Esta é é uma quesstão chave a fim de implantar e divulgar boas práticas, para repensar a pró ópria formação e criar condições de nvestigação sobree o ensino. deseenvolvimento da in
Considerações Finaiss George Sage (2000), na conferrência Cagigal pro oferida no Congresso da 994, realizado em m Berlim, comento ou que os profisssionais AIESEP de 19 de EF têm po ouca consciência ssobre o modo com mo o desporto e o outras formas de AFF, e as suas próprrias vidas profissionais, estão vincu uladas às relações sociais s que estão na origem das desigualdades entre classes sociais, do sexismo, do racismo, e de outras formas de opressão e disscriminação. Isto acontecee segundo Sage porque a nossaa formação, as nossas n práticas profissionais e a maioria dos discursos públicos sobre a EF e o o nos confrontam com perguntas ssobre o poder político e desporto, não económico, a ideologia e as su uas relações com as actividades físsicas e desportivas. Sage defendee que uma verdad deira compreensão do nosso papel como profissionais do movimento humano na sociedade contempo orânea para lá da nossa própria realidade e, uma requere que consigamos ver p mos estreitamentee associados à ordem social mais aampla. vez que estam Temos que ser s mais activos na construção do o nosso mundo social, transformand do‐nos em agentes activos em vez de permanecermos apenas como objetos dos processos socio‐histórricos. nta: "nós, conform me defende o so ociólogo Richard Flacks, F Sage acrescen temos que con nstruir a nossa prrópria história mediante a transform mação das estrutura as sociais em vezz de sermos dominados por elas".. Sage continua a deesenvolver a sua perspectiva citan ndo Richard Tinning: "o desporto é um u veículo muito o útil para desvia ar a atenção na acional mantê‐la afasstada das questões de estado e do os processos polítticos... mas (tem ig gualmente o po otencial) para desafiar d as ideo ologias
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 61
Carreiro d da Costa
dominantes q que sustentam a vviolência, a pobrezza e a opressão" (p 135) .... Sage, neste quadro q de preocupações, utilizou na sua conferên ncia o conceito de "globalização de baixo para cima" (globalization‐‐from‐ q se below). A “globalização de baaixo para cima” é um conceito que opões ao conceito de “globalizzação de cima parra baixo” e aspiraa a dar à pessoas e às ccomunidades de todo mundo, parra que voz e poder às desenvolvam as suas vidas e ass suas circunstânccias, satisfazendo assim divíduos, grupos e organizações têm t a as suas neceessidades. Os ind capacidade de se opor, resistir, lutar e dar forma à globalização o para necessidades das pessoas de todo o o mundo. satisfazer as n A qualidade do ensino depen nde em grande parte p da qualidad de dos m; por outro laado, a qualidade e dos professores que o ministram nte da qualidad de da professores depende numa parte importan nalmente, a qualidade da formaçção de formação que receberam; fin s da qualidade do trabalho realizado pelos professores sobretudo formadores de formadores. os os Assim, consttitui um dever ético e profisssional para todo formadores de d professores a realização de um m juízo crítico collectivo sobre a qualid dade do trabalho que estão a realiizar, bem como so obre a orientação e estrutura curricu ular dos program mas de formação onde intervêm. ormadores, prepaarando adequadam mente Estarão as insstituições e os fo os professorees, e desenvolven ndo nos futuros professores p as atitudes, conhecimento os e competências necessárias paraa que sejam capazes de educar para uma vida activaa, e integrar‐se neste movimento de ma” de que nos fala Sage? “globalização de baixo para cim
Página 62
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar…
Referênccias Aarnio, M ., Wi W nt e r, T., Pelton nen, J. , Kujala , U. U & Ka prio, J. ( 2002). Sta bilit y of lei sure‐t i me phy si cal a cti vity du ri ng adolescence e – a l ongit udi nal study among 16, 17 and 18‐ years‐old Fi F nni sh yout h. Scandi navi n an Jour nal of Me di ci ne & Scie nce n i n Sports, 12 , 179‐ 185. o Sport Medi ci n e and American Acaa demy of Pediatr i cs Committees on School Healt h h (1987). Physi cal fi tness and scho ol s.Pe di atrics, 80 , 449‐ 450. ducation.In, W. Robert R Bai n, L. (199 0). Physical educcati on tea cher ed ) of Reesear ch on Te ach e r Education (pp . 758‐ Houston (Ed. ).Handbook 781). New Yorrk: M a cmilla n Publlishi ng Company. Berli ner, D. (1995). Teacher expertise. In, L. L W. Anderson (Ed. ), I nte r nati onal Encycl ope di a of TTe achi ng and T e accher Educati on (p p. 46‐ 52). Cambri dg e: Cambri dg e Uni vversi ty Press. ockett , H. , Fi el d, A A., Gill man, M ., Frrazi er, L. , Cama rgo o, C. & Berkl ey, C. , Ro Coldizt, G. (20 000). Acti vit y, diet ary, a nd weight ch hanges i n a longit udina l study of prea dol escent and ado olescent boys a nd d gi rls.Pe diatr ics , 105,4, 56‐ 65. n help Bernauer, J., & Cress, K. (19997). How school communit ies can unta bilit y assessm ment. P hi Delta Kap ppan, 79, 71‐ 75. redefi ne accou Bi ddl e, S. & Cha C tzisa ra nti s N. ( 1999). M oti vati on n for a physi cally acti ve lif est yl e t h rou ug h Physi cal Educaati on.In Y. Auwee le, F. Bakker, S. Biddle, B M . Dura nd & R. Seiler (Eds. ), P Psychol ogy f or P hyysi cal Educat or s (pp. ( 5‐ 26). Champai gn, I g L: Huma n Ki neeti cs. Brown, R. , Le wis, F. , Murtag h, M. , Thorpe, S. & Colli ns, R. (199 9). 100 M i nutes Pr ojee ct: Rese archi ng P PE and Sport i n DETE D Schools . Ade el aide: Flinders Uni veersit y of Sout h Ausst ralia Cardoso, J. (2 008). As Orie nt aç ões Educaci onai s dos Pr of essore s e a sua I nfl uê nci a no Ensi no d Educa ação Física. Di sssertaçã o de Messt rado. Universi dade TTécni ca de Li sboa . Carrei ro da Costa C , F. (2005). C Cha ngi ng t h e cur ri culum does not mean changing pra cti ces at school : The i mpa ct off teachers’ b el ie efs on curri cul um i mplementation. m In n F. Carrei ro da Cost a, M. Cloes, & M. González Valeeiro (Eds. ), The A Art a nd Science of o Tea ching i n Ph hysical Education and d Sport (pp. 257‐2778). Li sboa : Edi çõees FM H.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 63
da Costa Carreiro d Carrei ro da Costa , F. (2005b b). Un Nuevo Prrofesi onalismo paa ra la Formación deel Prof esorado dee Educación Físicca. In, M. A. Go nz ál es Va lei ro, J. A. Sánchez M oli na ,, y J. Gómez Va rela r (Eds. ), Prepa ra ci ón Prof esional y Necesidades Soc ial es (Educación, Deporte, Ocio, T ercera Edad, Salud (p pp. 41‐ 48). La Coru uña. INEF Galici a, Universidad da Co oruña. Carrei ro da Co osta, F. (2007). La Enseñanz a de la Educación Física a nt e l a Implanta ci ón del Espa ci o Euro peo de Educación n Superi or. In P. Pal ou Sampol, F. J. Ponseti Verdag u er, P. A. Borras Rotg R er, y J. Vidal Conti (Eds. ), Educa ción c Fí si ca en el Sigl o XXI. Nueva s Perspectivas, Nuevos N Retos (pp. 19‐‐ 31). P al ma: u ni ve rsitat de l es Ill es Bal ears. Carrei ro da Co osta, F. , Carvalho o, L., Diniz , J., Peestana, C. , & Piéro on, M. (1995). Physi cal education a n d sport fi rst a nd d fift h years st u dent s’ expectations of the f ut u re w ork acti vities. I n n C. Pa ré (Ed. ), Be tter Te achi ng ? Th hink about i t. Procceedings of the In nterna tional Semin na r on t h e Traini ng of Teachers i n Reefl ecti ve Practi ce on P h ysi cal Edu cati on (pp. 223‐ 236).. Troi s‐ Ri vi ères: U niversité de Troi s ‐ Ri vières. Carrei ro da Co osta, F. , Carval ho, L. , Diniz, J. , & On nof re, M. (1998). School S Physical Educaati on vi ews: pa ren nts’ a nd students’ connecti ons.I n R.. Naul , K. Hardman, M. M Pi éron & B. Sk i rsta d (Eds. ), P hyssi cal Acti vity and Active Lifestyle of Chil C dr e n and Yout h (pp. 152‐ 163). Schorndorf: S Verl a g Karl Hofmann C F. & Ma r ques, A. (2011). Promoting a cti v e a nd Carrei ro da Costa, healthy lif est yles y a t school: Vi eews of st udent s, t ea chers, and pare ent s in Port ugal.In, K. K Hardma n & K.. Green (Eds. ), Conte C mporary Issu ues in Physical Educa ati on (pp. 249‐ 2688). Maidenhead: M M eyer & Meyer Spo ort. Ca st elli , D. & & Willi a ms, L. (20007). Healt h‐ relat ed e fit ness a nd Ph hysi cal Education tea chers’ cont ent kn owledg e. Journal of Te achi ng i n Ph hysi cal Educati on, 26,, 3‐ 19. Cent ers for Disease D Cont rol a nd Prevention ( 2002). Pr omoti ng bet ter he al t h f or yo ung pe ople t hrou ugh physi cal acti vit v y and sport s. Attla nta , or Di sea se Cont roll and Prevention GA: Cent ers fo Comisi ón de las l Comunida des Europeas (2000). I nf or me Eur ope o sobre l a Cali dad dee l a Educaci ón Esscol ar. Die ciséis I ndi cadores de Ca ali dad. Bruselas. a o os /l egi sla ci on/i nf _euro_cali _ dad_ed u.pdf u http: //www.f aea.es/document
Página 64
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar… Comisi ón de l as Comunidades E a uropea s (2007). L i b ro Blanco sobre el Deport e. Brus ela s. http: //ec. euro opa.eu/health/ph __det erminants/lif e_style/nut e riti on/ docu ments/nut riti on_wp_es. o pdf Comisi ón de l as Comuni da des Europeas (2008). Li bro Blanco sobrre una Estrat egia pa ra la Europa sob bre N ut ri ci ón, So obre Peso y Obe esi da d. Bruselas. http: //ec. euro opa.eu/health/ph __det erminants/lif e_style/nut e riti on/ docu ments/nut riti on_wp_es. o pdf Commissi on de d l a culture et de l'education du d Parl ement Eurropéen (2007). Rapp port sur sur l e role du spo ort dans l’edu ca c tion. http: //media . educat ion.g ouv.f r /fi le/87/0/20870. pdf. Corbin, C. (20 002). Physi cal actti vit y for everyon e: What every ph hysical educat or sho oul d know aboutt promoting l if e long physical a cti c vit y. Jour nal of Te achi a ng i n Physical Educati on, 21, 128 8‐ 144 Crum, B. (199 0). The self‐ repro ducing fa iling of Physi P cal Education n. In R. Telama , L. Laaakso, M. Pi éron, I. Ruoppila y J. Vi hko (Eds. ), Ph hysi cal Educati on and d Life‐ Long P hysiccal Activi ty (pp. 2 94‐ 330). Jyvä skyl ä: The Foundati on f o r Promotion of Ph hysical Culture and d Heal th. 92). Competing or i en ti on s for PE cu urri culum devel op pment : Crum, B. (199 The trend t owards o a consen nsus i n Netherl ands a a nd i nt e rnaati onal comparison. I n T. Wi llia ms, L. Al mond, y A. Sp arkes (Eds. ), Spo rt and Physical Activ ity. M ovi ng towar d d Ex cell e nce (pp. 85‐ 93). London: E E & FN Spon. dentida de da Educca çã o Fí si ca . Ensi na n r ou Crum, B. (199 3a ). A Crise de I d não ser, ei s a quest ão. Bole tim SPEF, 7/8, 133‐ 14 8. nal a nd practice in physi cal educcati on: Crum, B. (19 93b). Convention t a nd imp li cati ons f or cha ng n e. Quest, 45, 3 , 339‐ Problems of teaching 359. 4). A criti cal revi eew of competing P E concepts.I n, J. M M ester Crum, B. (1994 and (Ed. ), Sportt , Leisure an nd Physical E Educati on. Tre nds Development. Vol ume 1, Conf eree nce P r ocee dings of t he Se cond Eurr ope an Forum “Sport Scie nce s i n Europ pe 1993 – Cur re nt and Future P ersp pe cti ve (pp. 516‐ 533),, Aachen: Meyer & & Meyer Verl ag.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 65
Carreiro d da Costa Currie, C. , Rob berts, C. , Morgan, A. , Smith, R., Settt ert obul te, W. , Saa mda l, O. & Rasmus sen, V. (2004).Yo oung pe ople ’s he alt a h i n conte xt. He H alt h be havi our i n school‐ s age chil dre n (HBSC) st udy: i nter n nati onal re por t fr om t he 2001/ 2002 2 survey. Copenha gen: World Heal th h Organization. Daley, A. (200 02). School based physi cal acti vity i n t h e Unit ed Kin gdom: Can it creat e p physi cally active aa dult s? Que st, 54, 21‐ 33. D a rli ng‐‐Ha mm mond, L. (2000).Stt udie s of ex cele ncce i n te acher e duccat ion: pre par ati on i n t n he unde r gr adua te ye ars. Wa shingg ton: AACTE Denham, C. y Lieberma n, A. (EEds) (1980) Time t o Le ar n . Washi n gt on, DC: Nati onal I nstit ut e of Educa ttion. B K. y Dod dd, G. (2006). Th e relati onship be tween D ol l man, J. , Boshoff, curri cul um ti me for physi cal education a nd li tera cy and num meracy standards i n Sout h Aust ralia n primary schoo ol s. Europea n Ph hysi cal Education Revview, 2, 151‐ 163. Dreeben, R. y Barr, R. (1988). C Classroom compossiti on and t h e dessig n of i nst ructi on .So ci ol ogy of Educatii on, 61, 3, 129–14 2. 006). Curricul um: Forming and reeshaping t he visiion of Ennis, C. (20 physi cal educaati on in a hig h ne ed, low dema nd world w of school s. Quest, 58, 41‐ 59. n my E n rig ht , E. y O’Sulli va n, M . (2010). “ Caa n I do it in urri cul um with t eenage e pyja mas? ”.Neggotiating a physii cal education cu gi rl s. Europe an n Physical Educati o on Re vie w, 16, 3, 203‐ 322. European Com missi on (1999).A P Pa n‐ EU survey on consumer atti tud des t o physi cal a cti viity, body‐ weight aa nd healt h.Luxemb bourg Esculcas, C. & M ot a , J. (2005). Acti vidade físi ca e práti cas de lazz er em a dol escent es. Re vista P or t uguee sa de Ciê ncias do d Desporto, 5, 1, 1 69– 76. Fa i rcl oug h y Stratton, 2006 Faircl ough, S. & St ratt on, G. (2 006). A review off physical acti vit y levels during el eme nt a ry school P hy sical Education. Jour nal of Teach i ng in ati on, 25, 239‐ 2577. Physical Educa Fitzgerald, H. (2006). Disabilit y a nd Physical Ed ducation. In D. Kii rk, D. Macdonal d & M . O’Sulli van (Ed ds. ), The Handboo ok of P hysical Edu cati on (pp. 752‐ 766).. London: Sage Pu bli cati on s
Página 66
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar… Fox, K. , Coop er, e A. , & McKennaa , J. (2004). The s chool and promotti on of children’s he alt h‐ enha ncing p hysi cal a cti vit y: Perspectives f rom m the om. Jour nal of Te a chi ng i n Physical EEducati on, 23, 338 8‐ 358. Unit ed Kingdo Graham, G. (1990). ( The deveel opi ng physi cal t ea cher educatio n a nd coach: Empi r ical and researc h i n sights. I n M. M Lirette, C. Paa ré, J. Dussurea ult, y y M . Pi éron (19900), I nter ve nti on e n n é ducati on physi que et e n e ntr aî ne meent. Bi l an et per sp pe cti ve s (pp. 87‐ 99). 9 Québec: Pres ses de l’Université du u Québec. Green, K. (20 004). Physical ed ucation, lif el ong pa rti ci pati on a nd d “t he couch p otat o soci et y”.Physical Educati on and Spo ort Pe dagogy, 9, 7 3‐ 97. Hardman, K. (2006). Physi cal Education. I n K. Petry, K. Frobergg , y A. wor k pr oje ct Align ni ng a Europe an Hi H gher Mandella (Edss.), Thematic net w Educati on Str uct u ur e I n Sport Sciie nce. Re port of t he h Thir d Ye ar (pagg. 201‐ 238), Cologne : German Sport Un niversit y. Hardman, K . (2011). Phy si cal education teacher educca tion: n a nd model curri culum developmeent. In, K. Hardmaan y K. Harmonisation Green (Eds. ), Conte mpor ar y Isssues i n Physicall Educati on (pag . 175‐ 193). Mai nden head.Meyer & Me yer Sport . & M a rshall , J. ( 2000). The State a nd St atus of Ph hysical Hardman, K. & Education i n t h e I nt e rnati onaal Cont ext. Europee an P hysi cal Edu cati on Re vie w,6, 3, 2 03–29. S Hardman, K. & M a rsha ll, J. (20009). Se cond Worl d‐ wi de Survey of School Physical Educa ati on Final Re port . Manchest er: Uni versity of Ma nche est er. Harg reaves, D. D (2000). How t o o design and i mp lement a revol ut ion in teacher educaati on a nd t rai ni ngg: Some lessons f rom England. Eurropean Commissi on, Te T ache r e ducation n poli cie s i n the Eur E ope an Uni on (p pp. 75‐ 88). Li sbon: Portuguese Presi dency of t he Co uncil of t h e Eurropean Union. q it y H a sti e, P. (20 03). Te achi ng f or l ifeti me physical acti vit y t hrough qual hysi cal e ducati on. SSa n Franci sco: Ben nja mi n Cummi ngs hi gh school ph Hernández, J. & Lopez, A. (20007). Qué saben l os o escola res espaañoles. Concepto cl a ves v en educación f ísi ca y su evalua ci c ón . In J. L. Hernaandez, R. Velásquez (coords), La Edu ucaci ón Fí si ca, l oss Estil os de Vi da y l os Adolesce ntes: Cómo son, Cómo o se ve n, Qué sa be n y Qué Opina n (pp. 169‐ 204. Ba rc el ona: Edit orial G raó.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 67
Carreiro d da Costa Hernandez ‐Ál varez v , J. , Velázqu ez‐ Buendía, R., A lpnso‐ Curiel , D. , Garoz‐ G Puerta , I. , Ló ópez‐ Rodríguez, A. , y Mal donad o‐Rico, o A. (2005)). The Conceptual Kn nowledg e i n PE a n d H ealt h: What do o our Student s Kn ow? A Research on Spa S ni sh School Po pulation. In J. Al ves v Di niz , F. Carre ei ro da Cost a y M. On nofre (Eds. ), Activee Lif est yle s: The I mpact of Educati on o and Sport, Pr oce e di ngs of t he AIESSEP 2005 Worl d Congress C (pp. 293 3‐ 305). Lisboa: Ediçõees FMH Keating, X. , H arri son, L. , Chen,, L., Xia ng , P., La mbdin, m D. , Dauen hauer, Roti ch, W. , & & Pi ñero, J. (20009). An anal ysi s of o research on stt udent health‐ relat ed d fitness know wl edg e in K‐ 16 6 Physical Edu cati on progra ms. Jourr nal of Te achi ng in n Physical Educati on, 28, 333‐349. Kirk, D. (199 3). Curricul um W Work in Physical Education: Beyon nd t he Objectives Ap pproach? Jour nal of Te achi ng i n Physi P cal Educati o n, 12, 244‐ 265. Ki mm, S. , Gl y nn, N. , Kriska , A.. , Bart on, B. , Kro nsberg , S. , Dani e ll s, S., e in physical a cti vit v y in Crawford, P. , Sabry. Z. & Liu, K. (2002). Declin e black gi rl s a n d white gi rls dur i ng adolescence.N Ne w Engl and Jourr nal of M e di ci ne , 347 , 709‐ 715 o P hysi que et Sp porti ve Klein, G. & H ardman, K. (2007 ) (Eds. ).L’Éducati on dans l ’ Uni on Eur opé e nne. Tom e 1: Europe du Sud, S Europe de Centre, C Europe de L’O uest (I ). P a ris: EP S. porti ve Klein, G. & Haa rdman, K. (2008)) (Eds. ). L’Éducati on P hysi que e t Sp dans l ’ Uni on Eur opé e nne. Tom e 2: Europe du l ’Est ’ , Europe de L’’Ouest u Nord. Pa ris: EPS (II ), Europe du Korthagen, F. , Loug , hran, J. , & R Russell, T. (2006). Devel D oping funda mental m princi pl es for teacher educati o on prog ra ms a nd practi ces.Teachi ng n and ati on, 22, 1020–10041 Teacher Educa Ja mner, M. , Spruit‐ S Metz , D. , B assin, S, Cooper, D. (2004).A Contt roll ed Evaluated of a School‐based I n nterventi on to P r omote Physi cal A ct ivi ty Among Sede nt a ry Adol escen t Females: Projject FAB. Journ al of Adol escent Heealt h, 34: 279‐ 289 Lawson, L. (1 1989). From rook i e t o vetera n: Workplace W conditi ons o in physi cal educaati on and inducti o on int o t h e professsion. In, T. Templi n & P. Schempp (Eds . ), Social izati on i n nt o physi cal educaation: Learning t o t ea ch (pp. 145‐ 164)..
Página 68
Revista G Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5)
Educar para uma vida activa: como ultrap passar… Lee, S. , Wec hsl er, H. & Ballli ng , A. (2006). T he rol e of scho ol s in preventing ch ildhood obesit y.Prresi de nt’s Council on Physical Fitne ss and Sports. Re se arr ch Di gest , 7 (3), 11‐ 8. M ali na , R. (2 001). Adherence t o physical a cti vit v y from childh ood o t o perspective f rom tt ra cki ng st udies. Q Que st, 53, 346‐ 355 5 adulthood: a p M a ri voet , S. (2001). Hábitos Desportivos da P opul ação Port ug guesa. uto de Formação e Estudos do Despo ort o Lisboa: Insti tu Marques, A. ( 2010). A Escol a, a a Educação Física e a Pr omoção de Est E il os de Vi da Acti vos e Saudáveis : Est udo de um Caso. Di sserta ç ã o de . Dout orament o. Universidade Té o écni ca de Li sboa Matos, M . & D iniz , J. (2005).P Portuguese adol esscent s: acti ve lif estyles e a nd health. I n n J. Di niz , F. Carreei ro da Costa & M . Onof re (Eds. ), Active Lifstyles: The Impact of Educatii on and Sport (pp . 57‐ 68).Lisboa : E di ções FMH. m C. , Ca nha, LL. & Fonseca, S. (2 000). Saúde e Estiil os de Matos, M. , Si mões, Vi da nos Jove ns P n ort ugueses. Li sboa: Edições FMH H McKenzie, T. (2003). ( Assessing p physi ca l activity i nnovati n ons i n scho ools. In L. Sena Li no, R. Ornelas, F. Caa rrei ro da Costa & M. Pi éron.I nno vati on and New Te c hnol ogie s i n P hyssi cal Educati on, Sport, S Re sear ch and/ a on Teacher and Coach Pr e par ati on. Proceedings of o t h e Madei ra AIESEP A Cong ress, CD ––ROM. McKenzie, T. , Feldman, H. , Woo ods, S., Romero, K., K Da hl st rom, V. , St one, E., St ri kmill err, P , Willi st on, J. & Ha rsha, D. (19 995). Children’s a ctivi ty lesson conttext t hi rd‐g rade Ph levels a nd during hysi cal Education. Ressear ch Quart erl y a nd Sport , 66, 184‐‐ 193. McKenzie, T. & Sal lis, J. (19966). Physi cal a cti vitt y, fit ness, and healt h h‐ relat ed Physi cal c Education.In, SS. Silverman and C. Ennis (Eds. ), Stt ude nt Le ar ni ng i n Ph hysi cal Educat i on. A Appl yi ng Re sear ch h t o Enhance I nstrr ucti on (pp. 223‐ 246).. Champa ign: I L: H Human Kinetics. M ill er, M. & Housner, L. (19 98). A survey of h ealt h‐ related ph hysical fit ness know wl ed g e among preservi ce a nd d inservice ph hysical educat ors.P hyysi cal Educat or , 555, 176‐ 186. M orrow, J. , Krrzewinski‐ Mal one,, J. , Ja ckson, A., Bungum, B T. y Fitz Gerald, G S. (2004). Ameeri ca n adult s’ kn owledg e of exerrcise recommendaations, Rese ar ch Querrterl y for Exer ci se ans Sport , 75, 3, 231‐ 237.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 69
Carreiro d da Costa Nati onal Asso ocia ti on for Sportt and Physical Ed ducation (2004). M ovi ng i nt o t he f ut urre nati onal st and dar ds f or Physicall Educat ion.Resto n, VA: NASP E P ubli caa ti on NASP E a nd A AHF, O’Sulli va n, M. M (1996). What do we know about a the prof esssi onal preparation of o teachers. In SS. Si lverma n & C. C Enni s (Eds. ) Stt ude nt le ar ni ng i n ph hysi cal e ducati on: Appl yi ng resear ch h t o e nhance i nstrr uct ion (pp. 315‐ 338).. Champa ign: Hum a n Ki neti cs. O’Sulli va n, M (1998). Educati o on for an acti ve lif estyle: Chall en g es t o teacher a nd coa c ch preparation . N. Roland, K. Haa rdman, M. Piéro n & B. Skirstad (Eds.)) Physical acti vity and act i ve life st yle y of chil dre n and yout h (pp. 131‐ 149).. Schorndorf: Verl a g Ka rl Hofmann. Pajares, F. M. M (1992). Teach ers’ bel iefs and educat ional res ea rch: Cleaning up a messy construct. Re vie w of Educatii onal Re sear ch, 62 2, 307‐ 332. c T. & You ung , J. Pate, R., Da vii s, M ., Robinson, T., St one, E. , M cKenzie, 2006. Promot ing Physi cal Acti vvit y in Chil dren a nd Yout h: A Lead ership Rol e for Scho ools: A St atementt From t h e Amerrican Heart Assocci ation Counci l on Nu N t riti on, Physic al Activity, a nd Meta bol ism (Ph hysical Activity Com mmittee) in Co ollaboration Witt h the Council s on Cardiova scula r Disease in t h he Young a nd Cardiovascula C r Nu ursing. our nal of t he Amerri can He art Associi ati on, 114, 1214‐ 1224. 1 Cir cul ati on. Jo Pi éron, M ., R uiz , F. , M. & Ga rcí a Mont es, H. (2009). La opinió ón del al umnado de enseñanza seundaa ria sobre l as cla ses s de Educa ci ón Fí si ca : Un desafío pa ra l os prof esores y los formadores en la Educación F í si ca y el Deporte. I n La Educación Físi ca y el Deporrt e en l a Universsi dad:, Investig ación e Innovaci ón, Fue nt es, 8, 197‐ 217. Port man, P. (2 2003). Are Physicaal Education cla ssees encouraging st udent u s t o be physi caa ll y acti ve?: Expeeri ences of nint h h graders i n t h eii r last semest er of reequired Physi cal E ducati on. Physi cal Educat or, 22. 150 ‐ 160. Pratt, M. , Maa cera , C. y Blanto on, C. (1999) ‘Levvel s of Physi cal A ctivi ty a nd Ina cti vit y y i n Chi ldren and d Adult s i n t h e Unit ed Sta tes, C urrent Evidence and Research Issuess’, Me di ci ne and Science in Sporrt and Exerci se 31, 1 1, S526–S533. n onal Compari son s of Pühse, U. y Gerber, M. (Edss. ) (2005), Inte r nati Physical Educcati on. Conce pts, Proble ms, Pr ospee cts. Oxford: Me yer & Meyers Sport.
Página 70
Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5) Revista G
Educar para uma vida activa: como ultrap passar… Raitakari, O. , Porkka , K. , Tai meela , S. et al. (1994 4). Eff ect s of perssi st ent physi cal a cti v ity and inactivi ty on coronary ri sk fa ct ors i n childre en and young adult s: The Ca rdi ovascu la r Ri sk i n Youth Fi nns St udy. Am erican Journal of Epi demi ol og y, 140, 1 95‐ 205. 2010). The Deat h and Lif e of the Grea t American School S Ravitch, D. (2 Syst em: How Testing T a nd Choi cce a re Underminin ng Education. New w York: Basi c Books. Ri ka rd, L. , & Ba nvill e, D. (20006). Hig h school s tudent attit udes about y 400. Physical Educaa ti on. Sport, Educ ati on, and Soci et y, 11, 385‐ Roth, M. & Sttamatakis, E. (20110). Li nking young people's knowl ed dg e of public heal th guideli nes t o phyysical P h ysi ca l Acttivit y Levels in En gla nd. Pediat ri c Ex er ci se Science, 22, 4467‐ 476 00). Gl obal i nt ers ections: political economy, culture e, a nd Sage, G. (200 physi cal educ ati on a nd sport. I n , M . Pi èron y M . Gonz ález (Eds. ), ) Diez Años de Confeere nci as Académic as “José M aría Ca gi gal ” (pp. 133‐ 14 48). La Coruña: Uni veersidad da Coruña .. Salli s, J. , McK enzi e, T. , Kolod, B B. , Lewis,M., M arrsha, S. y Rosengaa rd, P. (1999). Eff ec ts of H ealt h‐ Rellat ed Physical Ed ducati on on Acaa demi c Achi evement: Project SPARK. R e seer ch Quarte rl y y f or Exercise and Sport , 2, 127‐ 134. M T. (19 91). Physi cal Educcati on’s rol e in publi c Salli s, J. & McKenzie, health. Rese ar ch Quarte rl y and SSport , 62, 124‐ 137 7; Shephard, R (1997). C u rri c ula r physi cal a cti vit y and a caa demic P di atri c Exe r cise Science , 9, 113‐ 126 1 performance. Pe Sibley, B. & Ettnier, J. (2003). T he relati onshi p beetween physical a cti vit y a nd cogniti on in chil dren: A me ta ‐anal ysis. Pe di a tri c Exercise Scie nce n 15, 243–56 Sibl eyy, B. & Etnier, J. (22003). The relatio onshi p between ph hysical a cti vit y a nd cognition c in chil d ren: A met a‐a nall ysis. P e di atri c Exxer cise Science 15, 24 43–56 Stewart, S. & M it ch ell , M. (200 3). Chapter 4: Ins t ructi ona l variable es and student know ledge a nd concep ptions of fit ness. [M onog raph].Jourr nal of Te achi ng i n Ph hysi cal Educati on, 22, 533‐ 551. Tammelin, T. , , Nayha, S. , Hills , A. , & Ja rveli n, M . (2003). Adole escent p a rti ci pati o n in sports and ad ult physi cal acti v it y. American Jourr nal of P re ve nti ve M e di ci ne , 24, 1, 22‐ 228.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 71
Carreiro d da Costa Tappe, M . y Burg B eson, C. (20044). Physi cal educaati on: A cornerst o ne f or physi cally a ct ive lif estyles. Jou ur nal of Te achi ng g i n P hysi cal Educcati on, 23, 281‐ 299. Telama , R. & Ya ng , X. (2000).D ecline of physica l a ct ivi ty from yo ut h to ood i n Fi nla nd.M e di ci ne & Science i n Sport & Exer cisse , 32, young a dul tho 1617‐ 1622. n yout h cult ure a nd n t he Tinning, R. & Fitz cl a rence, L. ( 1992). Post modern r an seconda ry s chool physi cal ed ucation. Quest, 44 4, 287‐ cri sis i n Aust rali 303. 04). School Physiccal Education in t he Post‐ Report E ra : Na Trost, S. (200 Anal ysis From P ub li c Healt h. Jo our nal of Te achi ng g i n P hysi cal Educcat ion, 23, 318‐ 337. 06). Publi c health a nd Physi cal Ed ucation. I n D. Ki rk, D. Trost, S. (200 Macdonal d a n d M . O’Sulli va n (EEds.), The Handboo ok of P hysical Edu cati on (pp. 163‐ 184).. London: Sage Pu bli cati on s. Trudeau, F. & & Shephard, R. (20005). Cont ri buti on n of school prog raa mmes t o physi cal accti vit y l ev el s and attit udes in child dren and adult s. Sports M e di ci ne , 35, 89‐ 105. Tsangaridou, N. (2006). Teacheers’ belief s. In D. Kirk, D. Macdona l d and book of P hysical Educat E ion (pp. 486 6‐ 501). M . O’Sulli va n (Eds. ), The Handb London: Sage Publi cati ons. , Carrei ro da Costta , F., De Bourdea udhuij, I. , Cardon n, G. & Va n Acker, R. , Haerens, L. (2010). Sex equ uit y and physic al a cti vit y l eve el s in coeducational Physical Educati on: ex ploring t hee potential of mo odifi ed g a me forms. P Physi cal Educati on and Spor t Pedago ogy, 15, 159‐ 173. van der M a r s, H. (2006). . Physical educati on o ti me and a caa demic achi evement. In: Ki rk D, O’Sul li van M, Mcdonall d D, eds. Handbo ook of Physical Edu cati on (pp. 1911‐ 213). Thousa nd Oa ks, Calif: Sag e Publications. Va nreusel , B. ; Renson, R. ; Beeunen, G.; Cla es sens, A. ; Lefevr e, J. ; Lysens, R. & Eynde, B. (1997)). A Longitudinal Study of Yout h Sport P a rti ci pati on aand Adherence to Sport in Adult hoo od. I nte r nati onal R Re view f or t he Soci ol ogy of o Sport, 32, 44, 373‐ 387 Wang , J. (1 998) Opportunit yy t o learn: thee i mp a cts a nd policy Anal ysi s, 20, 3, 137 7–156 i mpli cati o ns. EEducati onal Evalu ati on and P olicy A
Página 72
Gymnasium, 2013, vol.. 4: 1 (5) Revista G
passar… Educar para uma vida activa: como ultrap Wil kins, J. , Grraha m. , G. , Parkerr, S., Westfall, S., Fraser, R., y Temb bo, M. (2003). Ti mee in t h e a rts and physi cal educa e ti on a nd school achi evement. Jour J nal of Curr i cull um St udie s, 35,6, 721‐ 734. Worl d Health Organization (20 10). Gl obal Recom mendati ons on Ph hysical HO Press. Activity for Heeal th. Geneva: WH Worl d Healt h Organization (20 09). A Smna pshot of t h e Heal th of Young People in Eurrope. Compenha g en: Worl d Healt h h Organization Re egi onal offi ce for Euro ope. Worl d Heal th h Organization ((2000). Pr omoti ng act i ve livi ng i n n and t hr ough scho ols.P oli cy st atem e nt and guideli n es f or acti on. Ge eneva: Worl d H ealt h Org aniz ati on.
Revista Gymnasiu um, 2013, vol. 4: 1 (5)
Página 73
Lihat lebih banyak...
Comentários